INTRODUÇÃOITU
INTRODUÇÃOITU
INTRODUÇÃOITU
INTRODUÇÃO
Segundo Pereira e Calhau (2016), a infecção do trato urinário (ITU) é definida como uma
bacteriúria importante e sintomática. É uma infecção prevalente em todas as idades,
principalmente no sexo feminino, de etiologia quase sempre bacteriana e com apresentação
clínica muito variável. O quadro clínico de infecção urinária pode variar desde bacteriúria
assintomática até formas mais graves, como a pielonefrite. Aproximadamente 20% a 40% das
infecções do trato urinário inferior evoluem para pielonefrite
Segundo a organização mundial da saúde (OMS 2020), afirmou que o trato urinário está
didaticamente classificado em duas grandes partes denominadas superior (rins e ureteres) e
inferior (bexiga e uretra), causadas por vários agentes infecciosos, no caso da Enterococcus, o
Proteus e a Klebsiella que são raros e como causa principal a Escherichia coli responsável por
70 a 80% das infecções urinárias.
A ITU é um qua!dro infeccioso muito prevalente entre a população mundial, e estima-se que
86% das pessoas já tenham sofrido com alguma infecção do trato urinário ao longo da vida,
especialmente a população feminina, devido a sua anatomia uretral ser mais curta que o
comprimento da uretra masculino, e consequentemente os patógenos podem colonizar mais
facilmente a bexiga e o espaço uretral (RAMOS GC, 2016).
Os hábitos de vida e higiene estão relacionados ao surgimento de infecção do trato urinário.
Em países subdesenvolvidos como a Angola, a população por ter menos acesso ao
saneamento básico e as informações de saúde, têm provavelmente 53% de chances de
contraírem o quadro infecioso do que à população de países desenvolvidos como a Inglaterra,
que a população tem mais acesso à educação em saúde, e as ações e serviços de promoção e
proteção da saúde.
A bactéria Escherichia coli isolada de pacientes com infecção urinária febril (pielonefrite) apresenta
fatores de virulência que elevam sua sobrevivência no hospedeiro, uma vez que facilitam a ascensão
no trato urinário por mecanismo de contracorrente. Ao aderirem ao epitélio, tanto da bexiga como
do trato urinário superior, podem fiar quiescentes, não se sabendo qual estímulo as reativa (Bresolin,
2016; Pereira; Calhau, 2016).
1.2. JUSTIFICATIVA
A infecção urinária está presente em todos os países do mundo e, conforme dados
epidemiológicos, em média 150 milhões de pessoas são diagnosticadas com essa infecção por
ano, no mundo inteiro. No que diz respeito a custos para economia global, essa única infecção
gera anualmente mais de 6 bilhões de dólares de gastos.
1.3. OBJECTIVOS
1.3.1. Objectivo Geral
Avaliar o diagnóstico da infecção do trato urinário na população do Bengo
bairro(Panguila) sector-9, com as idades compreendidas entre os 18-30 anos em
Janeiro de 2023.
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Definição de termos e conceitos
Conceito: A infecção do trato urinário (ITU) pode ser definida como a presença de
microrganismos que se fixam e se multiplicam nas vias urinárias, podendo causar danos na
uretra e atingir os rins. Quando este processo infeccioso se restringe apenas à uretra e à
bexiga, denomina-se cistite, quando atinge os ureteres e os rins denomina-se pielonefrite
(VIEIRA 2015).
Infecção
Invasão dos tecidos corporais de um organismo ou hospedeiro por parte dos microorganismos
capazes de provocar doenças (VIEIRA2015).
Trato Urinário
São conjuntos de órgãos destinado a formação, reservação, filtração e eliminação da urina
(PRADO 2014).
Urina
É um líquido biológico formado nos rins e armazenado pela bexiga antes de ser expelido para
o exterior (JULIANA, 2015).
Bactéria
São organismos unicelulares procariotas causador de doença (PRADO 2014).
EscherichiaColi
É uma bactéria gram-negativo que acomete o trato urinário (FILIPE TIAGO, 2014).
2.2. Taxonomia
Reino: Monera
Filo: proteobacteria
Classe: Gammaproteobacteria
Ordem: Enterobacteriales
Família: Enterobacteriaciae
Género: Escherichia
Espécie: Escherichia coli
2.3. Etiologia
Dentro do espectro bacteriano que pode causar ITU na gestante, a Escherichia coli é o
uropatógeno mais comum, responsável por aproximadamente 80% dos casos. Outras bactérias
aeróbias Gram-negativas contribuem para a maioria dos casos restantes, tais como Klebsiella
pneumoniae, Proteus mirabilis e bactérias do gênero Enterobacter. Bactérias Gram-positivas
também causam ITU (prevalência baixa), destacando-se o Staphylococcus saprophyticus,
Streptococcus agalactiae e outros estafilococos coagulase negativos, principalmente em casos
de infecções complicadas com litíase (VIEIRA;JULIANA, 2015).
Hoje não se aceita mais o conceito antigo de que a infecção é apenas extracelular, havendo
comprovação de que algumas cepas bacterianas podem replicar no interior da célula,
explicando as dificuldades no tratamento de alguns casos. Não é evento raro o crescimento de
mais de uma espécie bacteriana na urocultura, o que pode significar contaminação durante a
coleta de urina.
2.4. Epidemiologia
Segundo a OMS (2020), a ITU é uma patológia extremamente comum, considerada a
segunda infecção mais prevalente na população, e está atrás apenas daquelas que acometem o
sistema respiratório. Ocorrem no mínimo cerca de 150 milhões de casos de infecção urinária
por ano em todo mundo, a ITU pode acometer ambos os sexo e em todas as idades, porém
destaca-se em alguns grupos etários, como mulheres, homens, jovems com mau higiene,
uma vida sexual activa, assim também, como em crianças e idosos (VIEIRA;JULIANA,
2015).
2.5. Fisiopatologia
Os sistemas urinários compõem-se de dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma
uretra, que em sincronismo desempenha a função de manter a homeostase. O organismo ao
realizar os processos de metabolização celular produzem resíduos que devem ser eliminados
como também substâncias em excesso, a via urinária possui importante papel contribuinte
para manter este equilíbrio (TORTORA, 2006).
Regula a pressão arterial secretando substância (enzima renina) que atua na viarenina-
angiotensina;
A urina formada é excretada pelos rins através dos ureteres e armazenada nointerior da bexiga
até ser eliminada pela uretra através do processo de micção(capacidade de esvaziamento da
bexiga devido seu nível limiar). Desta forma, osistema urinário contribui na remoção de
resíduos, reabsorvendo água e solutosnecessários para manter a estabilidade corporal
(NEVES, 2011).
Conforme Filipe Tiago, (2014), considera que na maioria das vezes cerca 70 a 80% das ITU
são causadas pela bactéria E.Coli.
2.7.1. Infecção urinária na mulher
Segundo (FREITAS, 2008), a infecção nos ureteres são infecções dos canais que levam a
urina dos rins até a bexiga.
2.11. Patogenia
Existem três vias de disseminação para os agentes etiológicos das ITU. A via
ascendente, a via hematogênica e a via linfática. A principal via de infecção do trato urinário é
a via ascendente, e, as bactérias patogênicas encontram facilidades especiais no sexo
feminino, já que as bactérias colonizadoras do introito vaginal e periuretral estão bastante
próximas da uretra. Além disso, a uretra feminina possui menor comprimento o que facilita a
ascensão destas bactérias (E. coli).
A via hematogênica é uma via menos importante de infecção, entretanto, assume importância
especial nos casos de sepse, condição na qual as bactérias (S. aureus;
Mycobacteriumtuberculosis e Histoplasma spp.) atingem o parênquima renal. A via linfática é
demonstrada experimentalmente através de conexões linfáticas existentes entre os ureteres e
os rins (BATISTA 2002).
De acordo com Prado e Valle 2007, a infecção do trato urinário considera-se risco em:
Mulheres grávidas;
Mulheres que usam diafragma como metódos contraceptivos;
Pessoas com históricos de cálculos renais (pedras nos rins);
Pessoas com sonda vesical;
Pessoas com diabete melitus;
Portadores de complicações com a próstata;
Idosos e pessoas com Imunodificiência.
O exame de urina de rotina inclui o exame de características físicas, como cor, aspecto e
gravidade específica; características químicas incluindo pH, proteínas, glicose, cetonas,
sangue, bilirrubina, nitrito, esterase leucocitária e urobiliogênio; e ainda estruturas
microscópicas no sedimento urinário (PIRES 2002).
A densidade normal da urina varia de 1,010 a 1,030 e indica a concentração de sólidos totais
dissolvidos na urina, varia conforme o volume urinário e com a quantidade de solutos
excretados (principalmente cloreto de sódio e ureia). A densidade urinária fornece
informações importantes e pode ser facilmente obtida com o uso de urodensímetro,
refratômetro ou tiras reactivas
Os dois principais tipos de tiras reagentes, de acordo com Strasinger e Di Lorenzo (2009)
são fabricados sob os nomes comerciais Multistix (Siemens Medical SolutionsDiagnostics) e
Chemstrip (RocheDiagnostics).
A urina normal é ligeiramente ácida, podendo o pH variar entre 4,5 e 8. Para a determinação
do pH, utilizam-se tiras reagentes com graduação em cores, simples ou múltiplas (NEVES
2014).
2.14.6. Urocultura
2.14.7. Antibiograma
O método antibiograma tem como base o padrão de sensibilidade dos microrganismos
a uma série de antibióticos. Muitas das vezes, perfis de sensibilidade antibiótica diferentes são
suficientes para distinguir duas linhagens bacterianas, porém, tem pouca utilidade nos casos
de microrganismos cujo padrão de sensibilidade seja previsível e estável. Seu valor é
inquestionável na monitoração dos microrganismos resistentes aos diversos antimicrobianos,
como os estafilococos resistentes a meticilina, ou as enterobactérias resistentes à gentamicina.
2.15. Tratamento
O tratamento da ITU varia de acordo com o tipo de cada infecção e a sua gravidade.
Geralmente o tratamento é feito a base de antibióticos, mas o médico pode receitar
analgésicos para aliviar a dor e ardência ao urinar, varia de acordo com a frequência que o
paciente apresenta no quadro infeccioso. O uso de antibióticos durante a gravidez é bastante
restrito, medicamentos usados diariamente com segurança na prática clínica diária não devem
ser usados nas gestantes, a exemplo do cloranfenicol e sulfamidas, além de tetraciclinas,
quinolonas e sulfas no primeiro trimestre. Antibiótico como a penicilina, cefalosporina,
nitrofurantoina tem sido usado no tratamento de infecção urinária, sem efeito adverso para o
feto. Entre elas, fluoroquinelones, cloranfenicol, eritromicina e tetraciclina.
2.16. Prevenção
A doença é causada por microrganismos patôgenos como a Escherichia Coli, que
colonizam a parede do cólon, a região perianal e também o introito vaginal. Em casos de
falta de higiene, esses microorganismos se proliferam e podem ascender pela uretra e
chegar à bexiga ou rins, causando infecção urinária. Sendo que a E.coli está localizada no
intestino, tendo sua saída pelas fezes, ao defecar, é essencial que tenha o hábito de utilizar
o papel higiênico de frente para trás, ou seja o papel passa primeiro na vagina e depois no
ânus, nunca o contrário para que as bactérias presentes na região anal não sejam
arrastadas em direção à vagina (MAIARA RIBEIRO,2018).
Mais de 70% do corpo humano é composto de água. "A água é fundamental para o
transporte de substâncias, como o oxigênio, nutrientes e sais minerais, pois faz parte da
composição do plasma sanguíneo. Além de levar nutrientes para as células, a água
proporciona a eliminação de substâncias para fora do corpo. Esse é o caso da urina, que é
formada basicamente por água e substâncias tóxicas (PINHEIRO 2020).
A cistite pode ser provocada por maus hábitos de higiene, mas também por
excesso de higiene, A vagina possui a flora natural de germes, que ajudam a impedir a
chegada de bactérias nocivas vinda do ânus. Se você limpa a região da vulva e do períneo
com muita frequência, ou faz o uso de produtos antissépticos especiais, pode haver uma
redução das bactérias invasoras, portanto a limpeza deve ser feita de forma parcimoniosa.
A higiene íntima é muito importante e deve ser feita de forma adequada para não
prejudicar a saúde íntima da mulher, sendo recomendado lavar a região genital com água
e sabão neutro ou íntimo, evitar o uso de lenços umedecidos e de papel higiênico
perfumado e não realizar duchas vaginais, a não ser que seja indicado pelo médico.
(PINHEIRO P. D., 2021).
3. METODOLOGIA
3.1. Tipo de estudo
Será realizado um estudo observacional descritivo transversal com abordagem quantitativa e
qualitativa.
O nosso estudo será direcionado aos moradores do municipio de caxito, bairro do panguila
(sector – 9) com uma amostra de 50 moradores.
3.4.Critérios de inclusão
serão incluídos no nosso estudo os moradores com idades compreendidas dos 18 – 30 anos e
aqueles que estiveram presentes no dia da recolha, bem como aqueles que de forma
voluntária que se predispuseram a participar do estudo preenchendo assim o inquérito para a
recolha de dados.
Serão excluídos no nosso estudo os moradores com idades inferoir a 18 e superior 30 anos ,
aqueles que não estiveram presentes no dia da recolha, aqueles que preencheram os inquéritos
de forma incorreta, bem como aqueles que não aceitarão participar do estudo.
Após a aceitação será dirigido uma carta com o projecto tecnológico anexado, direcionado a
comissão de moradores do bairro panguila (sector – 9) para a recolha de dados. Primeiramente
sensibilizamos a população no que concerne aos objetivos do estudo e em seguida entregamos
o consentimento livre e esclarecido dos sujeitos da pesquisa que asseguram a confiabilidade e
a utilização das informações dos participantes sem prejuízo dos mesmos.