Direito Penal Especial - EBN Cursos
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ATENÇÃO!
CRIMES CONTRA A VIDA: Homicídio, Induzimento, instigação ou auxílio ao Suicídio,
infanticídio, Aborto.
Esses, quando dolosos, serão julgados pelo TRIBUNAL DO JURI.
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
Qual o bem que afeta? A VIDA HUMANA, no caso esse é o bem jurídico protegido!
É um CRIME COMUM.
O QUE É UM CRIME COMUM? Aquele que NÃO exige qualidade especial do sujeito.
Exemplo: bombeiro que tem o dever de salvar vidas, ao ver seu desafeto se afogar nada faz,
no caso temos um HOMICÍDIO POR OMISSÃO IMPROPRIA.
Lembrar: início da vida = quando inicia o parto, dessa forma, já podemos ter homicídio, pois
se for antes, pode caracterizar aborto a depender das circunstâncias.
Mas e caso a pessoa não venha a óbito? Aí teremos uma tentativa de homicídio.
HOMICIDIO MAJORADO:
Aumenta-se a pena em 1/3 se é praticado:
Contra menor de 14 anos.
Contra maior de 60 anos.
Homicídio privilegiado:
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou
sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
DICA DE PROVA:
Para ser privilegiado tem que ser sob DOMÍNIO de violenta emoção.
Exemplo: um rapaz provocou o outro, e esse foi em casa rapidamente, pegou a arma e
matou-o, ainda caracteriza o privilégio
PRIVILEGIADORA: Circunstância que REDUZ A PENA NOS LIMITES MÍNIMO E MÁXIMO.
Exemplo de valor social: mata um político corrupto que esbanja dinheiro público e ainda zoa
a população.
QUALIFICADORAS:
§ 2º Se o homicídio é cometido:
Concurso necessário;
Um deve pagar, e outro receber;
Doutrina chama de homicídio mercenário;
O matador é conhecido como sicário;
executor: sempre responde pela qualificadora.
mandate: pode ou não responder pela qualificadora, depende da motivação pessoal
acerca do crime.
julgado (resp 1209852/pr) se a motivação do mandante para encomendar a morte da
vítima for, por si só, torpe ou desprezível, poderá este também ser apenado com a
qualificadora.
Motivo desproporcional;
Exemplo clássico: Mévio mata Ticio por dívida de 10 reais;
Também está presente a interpretação analógica;
Dolo eventual e motivo fútil não são incompatíveis
IMPORTANTE: ou existe motivo fútil ou existe motivo torpe, não tem como existir os dois.
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
Meio insidioso: meio desleal ➞ deve ser utilizado sem conhecimento da vítima.
EXEMPLO: veneno no prato, se eu souber que tem veneno não existe essa qualificadora.
Mediante dissimulação: uso de disfarce, ou forçar uma amizade e depois cometer o crime.
Exemplo Clássico: tu chamas uma pessoa para um lugar totalmente deserto, chegando lá
executa o crime.
Para configurar deve ser contra a mulher em razão dela ser mulher.
Objetivas: o meio e o modo de execução, veneno, fogo, explosivo etc., e a condição da vítima
criança, velho, enfermo e mulher grávida;
São subjetivas as que dizem respeito aos motivos: fútil, torpe, dissimulação, etc.
Enquadram-se:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica;
I – Polícia federal;
IV – Polícias civis;
VI – Polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 104,de 2019)
Homicídio funcional
Requisitos:
Homicídio em razão da função.
Agente no exercício da função.
Exemplo rápido:
Policial jogando futebol, arruma uma briga e morre em decorrência dela – não incide a
qualificadora.
Policial jogando futebol, uma das pessoas do campo em retaliação a sua condição de
policial e por ter prendido o seu irmão dele mata o policial – incide a qualificadora.
• Privilegiadora: subjetiva.
• Qualificadora: objetiva.
Praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente, por força
da Lei n. 8.072/1990.
Nesse sentido, o homicídio simples (não praticado em atividade típica de grupo de
extermínio) e o homicídio privilegiado-qualificado NÃO são classificados como hediondos!
HOMICÍDIO CULPOSO:
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Conduta – voluntária
Resultado – involuntário
Inobservância de regra técnica: nesse caso, o agente conhece a regra técnica, mas deixa de
observá-la, constituindo uma atitude irresponsável de sua parte.
Bizu: Se tu foges do local porque o pessoal quer te matar, não configura causa de aumento
de pena.
Exemplo: acidente de carro, você mata um inocente culposamente, daí a galera fica revoltada
e quer te matar, apesar de você querer prestar socorro, você foge com medo de morrer, logo
não incide aumento de pena.
Perdão judicial para situações em que as próprias consequências da infração penal se tornem
tão graves que a sanção penal seja desnecessária.
Já imaginou? perder uma filha dessa forma e ainda ser preso? Sofrimento duplicado.
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei n. 13.968, de 2019)
Qualificadoras:
Se o crime é contra pessoas nessas condições acima, ele responderá por LESÃO CORPORAL
GRAVÍSSIMA, E em caso de morte, RESPONDERÁ POR HOMICIDIO.
INFANTICÍDIO:
Art. 123. Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo
após:
Estado puerperal é um estado clínico peculiar e temporário que afeta as mulheres entre o
desprendimento da placenta e o posterior retorno do organismo materno às suas condições
anteriores à gestação.
Circunstâncias incomunicáveis
Exemplo: se uma mãe em estado puerperal pede a uma pessoa para matar seu filho, os
DOIS RESPONDEM POR INFANTICÍDIO, isso mesmo, no caso a elementar do tipo penal se
comunica.
Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada
ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou
violência.
IMPORANTE! Iniciado o trabalho de parto, não há crime de aborto, mas sim homicídio ou
infanticídio conforme o caso.
As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de UM TERÇO 1/3, se, em
consequência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão
corporal de natureza grave; e são DUPLICADAS, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém
a MORTE.
Aborto necessário:
STJ. 6ª Turma. REsp 1.829.601/PR, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 04/02/2020
(INFO/STJ 665).
A qualificadora do motivo fútil (art. 121, § 2º, II, do CP) é compatível com o homicídio
praticado com dolo eventual? SIM. O fato de o réu ter assumido o risco de produzir o resultado
morte (dolo eventual), não exclui a possibilidade de o crime ter sido praticado por motivo fútil,
uma vez que o dolo do agente, direto ou indireto, não se confunde com o motivo que ensejou
a conduta.
LEVES
LESÕES
GRAVES
CORPORAIS
GRAVÍSSIMAS
§ 1º Se resulta:
II – Perigo de vida;
Redução ou enfraquecimento.
Pode ser membro, sentido ou função.
Exemplo: diminuir sua visão, audição.
IV – Aceleração de parto:
O auto deve ter ciência que a mulher está grávida, caso contrário não incidirá a
qualificadora.
Essa nomenclatura não está expressa no código penal. No código penal apenas existe LEVE E
GRAVE.
§ 2º Se resulta:
A mera comprovação que não há um como definir quando o indivíduo voltará ao trabalho,
já caracteriza.
II – Enfermidade incurável;
IV – Deformidade permanente;
V – Aborto:
Crime preterdoloso
Preterdoloso ➞ Dolo no início culpa no fim.
Se o autor causa as lesões com intuito de provocar aborto, deverá responder por aborto
de acordo com o art 125.
STJ: transmitir HIV configura lesão corporal gravíssima, configurando enfermidade incurável.
Crime: preterdoloso.
É requisito básico que o agente não tenha a intenção de matar, pois estaria configurado
homicídio.
MAJORANTES 1/3:
Rixa é um crime que vem sendo cobrado, vamos analisa-lo com calma:
Características:
Agora um resumo sobre crimes contra a honra, pois quando vem no edital “CRIMES CONTRA
A PESSOA” pode vir crimes contra honrar.
CALÚNIA:
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime.
IMPORTANTE! essa imputação tem que ser falsa, para configurar calúnia.
Exceção da verdade: ação que permite ao acusado por crime de calúnia ou injúria provar o
fato atribuído à pessoa que se julga ofendida.
Incorre na mesma pena, quem sabe que é falsa a calúnia e mesmo assim divulga.
DIFAMAÇÃO:
INJURIA RACIAL:
AMEAÇA
Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-
lhe mal injusto e grave;
Ameaça praticada por funcionário público no exercício das funções PODERÁ CARACTERIZAR
ABUSO DE AUTORIDADE.
A ameaça também é delito SUBSIDIÁRIO, que inclusive constitui elementar de diversos outros
crimes (como o delito de roubo ou de extorsão.)
FURTO
Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel;
Elementares do Tipo:
Coisa:
− Coisa é todo objeto de natureza corpórea.
− Pode ter valor financeiro ou sentimental.
Alheia:
− Coisa pertencente a um terceiro;
− Coisa sem dono não serve como objeto de furto;
− Coisa perdida não caracteriza o delito do art. 155 e sim o do artigo 169, II;
− Coisa própria também não enseja o delito de furto.
Móvel:
− A coisa deve ser passível de remoção;
− Energia elétrica, sinal de telefone e redes de água são COISAS MÓVEIS POR EQUIPARAÇÃO;
Furto de uso:
É FATO ATÍPICO em nosso ordenamento jurídico;
Furto Privilegiado:
Se o criminoso é PRIMÁRIO, e é de PEQUENO VALOR a coisa furtada, o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena
de multa.
Privilegiado – Primário, Pequeno valor.
Reclusão por detenção.
Diminui de 1/3 a 2/3 ou apenas multa.
Furto Qualificado
➞ A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
➞ Há nova previsão de furto qualificado pelo uso de explosivos. O pacote anticrimes tornou
a referida modalidade um CRIME HEDIONDO.
USOU EXPLOSIVOS – CRIME HEDIONDO!
➞ É crime próprio.
➞ Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência
a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência;
➞ É um delito pluriofensivo;
Espécies de Roubo
Consumação
Roubo Majorado
➞ Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado
ou para o exterior;
Roubo Qualificado
Latrocínio
➞ É HEDIONDO.
Roubo de uso
Extorsão
➞ Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos,
além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Extorsão majorada
➞ Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se
a pena de um terço até metade.
Extorsão qualificada
➞ É o famoso sequestro-relâmpago;
➞ É CRIME HEDIONDO.
➞ Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
condição ou preço do resgate;
➞ É crime comum.
➞ É CRIME HEDIONDO.
➞ Se resulta a morte.
Extorsão indireta
➞ Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia.
➞ Formas Equiparadas:
− Usurpação de águas:
◦ I – desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
Esbulho possessório:
◦ II – invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas
pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
➞ A perícia é IMPRESCINDÍVEL.
Dano
➞ Dano qualificado:
− I – com violência à pessoa ou grave ameaça;
− II – com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais
grave;
− III – contra o patrimônio da União, Estado, DF, Município, autarquia, FP, EP, empresa
concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
− IV – por motivo EGOÍSTICO ou com PREJUÍZO CONSIDERÁVEL PARA A VÍTIMA.
➞ Se praticado com o objetivo de causar dano, responde pelo DANO, e não pela conduta do
art. 164.
➞ Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de local especialmente
protegido por lei.
Apropriação Indébita
➞ Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, DE QUE TEM A POSSE OU A DETENÇÃO.
➞ Indivíduo tem a posse do bem e decide inverter o título da posse, passando a se comportar
como o verdadeiro proprietário;
➞ Dolo deve ser subsequente (indivíduo deve decidir se apropriar após o momento em que
obtém a posse do objeto).
➞ FORMAS MAJORADAS:
− I – em depósito necessário;
− II – na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou
depositário judicial;
− III – em razão de ofício, emprego ou profissão.
➞ Art. 169 – Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito
ou força da natureza;
➞ Quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que
tem direito o proprietário do prédio;
➞ II – Quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando
de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente,
dentro no prazo de quinze dias;
➞ É um delito a prazo;
Estelionato
➞ Não se confunde com o furto mediante fraude pois não há subtração – a vítima entrega a
vantagem ilícita voluntariamente;
➞ Requisitos:
− Erro da vítima;
− Vantagem ilícita;
Duplicata Simulada
➞ O indivíduo emite fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponde à mercadoria
vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado;
➞ Forma Equiparada:
− Nas mesmas penas incorrerá aquele que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de
Registro de Duplicatas.
Abuso de Incapazes
➞ É crime formal;
Induzimento à Especulação
Fraude no Comércio
➞ Crime próprio, cujo sujeito ativo é comerciante no exercício de sua atividade, tentando
enganar seu cliente ou consumidor;
➞ Pode se configurar com a entrega de uma mercadoria falsa ou deteriorada como se fosse
perfeita ou entregando uma mercadoria por outra.
OUTRAS FRAUDES:
➞ É crime material.
Fraudes e Abusos na Fundação ou Administração de Sociedade por Ações
➞ Crime próprio, praticado pelo indivíduo que promoveu a fundação da sociedade por ações
(caput), por diretor, gerente, fiscal, liquidante ou representante de sociedade anônima
estrangeira (§ 1º) ou por acionista (§ 2º). Emissão Irregular de Conhecimento de Depósito ou
Warrant
Fraude à Execução
Receptação
➞ Receptação Própria:
− Indivíduo adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta, ele próprio, o produto de um
crime;
➞ Receptação Imprópria:
− O indivíduo influi para que terceiro de boa-fé adquira, receba ou oculte o produto de um
crime;
➞ Quem pratica a receptação é um TERCEIRO que NÃO está envolvido no crime do qual
provém o objeto;
➞ Receptação de Animais
➞ Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender,
com a finalidade de produção ou de comercialização, semovente domesticável de produção,
ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime;
➞ O objetivo do legislador foi de dar maior proteção a atividade pecuária, criando um delito
específico para aquele que pratica a receptação de gado e outros semoventes de produção.
IMUNIDADES ESPECÍFICAS:
➞ Art. 181 – É ISENTO de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
− I – do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
− II – de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou
natural;
➞ Art. 182 – Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título
é cometido em prejuízo:
− I – do cônjuge desquitado ou judicialmente separado;
− II – de irmão, legítimo ou ilegítimo;
− III – de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita;
➞ III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
PECULATO
Todas são praticadas em razão do cargo. NÃO BASTA SER funcionário público. Tem que ser
praticada uma conduta relacionada ao cargo ocupado pelo autor.
PECULATO APROPRIAÇÃO
Agente público se APROPRIA DE DINHEIRO, valor ou bem de que tem posse em razão do
cargo público.
PECULATO-DESVIO
Agente público DESVIA DINHEIRO, valor ou bem de que tem posse em razão do cargo.
PECULATO-FURTO
Agente público SUBTRAI DINHEIRO, valor ou bem utilizando-se de facilidades propiciadas
pelo cargo que ocupa.
PECULATO-CULPOSO
Agente público que TEM O DEVER DE GUARDA de determinados bens públicos agente com
imprudência, negligência ou imperícia, resultando em sua subtração por terceiros.
312, § 3°, do Código Penal: “No caso do parágrafo anterior [peculato culposo], a
reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, EXTINGUE A PUNIBILIDADE; se lhe
é posterior, reduz de metade a pena imposta”. Tal benefício não exclui as sanções de
ordem administrativa e política.
Particular DEVE SABER que está atuando em conjunto com um AGENTE PÚBLICO.
Funcionário público se apropria de dinheiro ou utilidade que recebeu em razão do cargo, mas
por erro de terceiro.
O erro deve ser espontâneo, e não induzido.
Se o funcionário público exige vantagem para deixar de lançar ou cobrar tributário o crime
será contra a ordem tributária, previsto no art. 3 da Lei 8.137/90.
Se o funcionário público retarda, deixa de praticar ou pratica contra a lei ato de ofício em
atendimento a interesse a sentimento pessoal haverá PREVARICAÇÃO.
PREVARICAÇÃO
Art. 319 -Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra
disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Art. 318 -Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho
(art. 334):
2) Configura crime de contrabando (art. 334-A, CP) a importação não autorizada de arma de
pressão por ação de gás comprimido ou por ação de mola, independentemente do
9) Quando o falso se exaure no descaminho, sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido, como crime-fim, condição que não se altera por ser menor a pena a este
cominada. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 TEMA 933) (AgRg no REsp
1347057/PR, Rel. Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, Julgado em 16/08/2016, DJE
24/08/2016).
CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA
Art. 320 -Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu
infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao
conhecimento da autoridade competente:
ADVOCACIA ADMINISTRATIVA
Art. 321 -Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração
pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
Informativo: 639 do STJ –Direito Penal: É atípica a conduta de agente público que
procede à prévia correção quanto aos aspectos gramatical, estilístico e técnico das
impugnações administrativas, não configurando o crime de advocacia administrativa
perante a Administração Fazendária.
RESISTÊNCIA
Art. 329 -Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
DESOBEDIÊNCIA
Art. 330 -Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
Pena -detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
RESISTÊNCIA – VIOLÊNCIA
DESOBEDIÊNCIA – SEM VIOLÊNCIA
DESACATO
CORRUPÇÃO ATIVA
Art. 333 -Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo
a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: TRE-PA Prova: IBFC - 2020 - TRE-PA - Analista Judiciário -
Administrativa
GABARITO B
Peculato culposo
(F) É hipótese de peculato o ato de dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da
estabelecida em lei.
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis - MG Prova: IBFC - 2018 - Prefeitura
de Divinópolis - MG - Procurador do Município
A) Peculato culposo
B) Advocacia administrativa
C) Abandono de função
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Câmara de Feira de Santana - BA Prova: IBFC - 2018 - Câmara
de Feira de Santana - BA - Procurador Jurídico Adjunto
Acerca dos crimes contra a Administração Pública, conforme dispõe o Código Penal
(Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940), assinale a alternativa correta.
Alternativas
A A pena de reclusão, cominada para o crime Corrupção Passiva é aumentada de um sexto,
se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional
B Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, somente quem, ainda que
transitoriamente, exerce cargo, emprego ou função pública mediante remuneração
C A pena prevista para o crime de Tráfico de Influência é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)
anos e multa, aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é
também destinada ao funcionário
D Na figura culposa do crime de Peculato, a reparação do dano, a qualquer tempo, reduz a
pena imposta pela metade
A) Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003)
B) Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
C) Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou
promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no
exercício da função: (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de
1995)
D) Peculato culposo
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Câmara de Franca - SP Prova: IBFC - 2016 - Câmara de Franca
- SP - Advogado
Constitui crime próprio, contra a administração pública, no qual se exige do sujeito ativo a
qualidade jurídica especial de funcionário público:
Alternativas
A Tráfico de Influência.
B Usurpação de função pública.
C Corrupção ativa.
D Facilitação de contrabando ou descaminho.
Gab : D
Tráfico de Influência
Corrupção ativa
Gabarito: B
CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
Favorecimento real
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio
destinado a tornar seguro o proveito do crime:
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: TRE-AM Prova: IBFC - 2014 - TRE-AM - Analista Judiciário -
Área Administrativa
O funcionário público que solicita, para si, diretamente, vantagem indevida, em razão de
sua função, comete o crime de:
Alternativas
A Concussão.
B Prevaricação.
C Corrupção Ativa.
D Corrupção Passiva.
Gabarito Letra E
Corrupção passiva
§ 1º - A pena é aumentada
de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou
deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário
pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem:
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
Tício, servidor público, retira-se da repartição onde trabalha sem perceber que deixou
aberta a gaveta com os valores arrecadados por ele. Armando se aproveita da situação e se
apropria do dinheiro que se encontrava sob a guarda de Tício. Nessa hipótese, pode-se
afirmar que:
Alternativas
A Tício não cometeu crime algum.
B Armando terá reduzida pela metade a pena que lhe for imposta na sentença, se devolver
o dinheiro indevidamente apropriado.
C Armando cometeu o crime de excesso de exação, sendo-lhe aplicada a causa de aumento
da pena se o dinheiro tiver sido desviado em proveito próprio.
D Tício cometeu o crime de peculato culposo.
Gabarito: "D".
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Peculato culposo
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
Antônia, servidora pública federal, exigiu para si, em razão da função, vantagem indevida.
Pode-se afrmar que a servidora cometeu o crime de:
Alternativas
A Concussão.
B Prevaricação.
C Peculato.
D Violência arbitrária.
Gabarito: "A".
Concussão
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
Caio, servidor público, que estava sendo processado pela prática do crime de peculato
culposo, reparou o dano causado antes de prolatada a sentença condenatória. Diante dessa
situação, configurou-se a:
Alternativas
A Excludente de imputabilidade.
B Circunstância atenuante
C Causa de extinção de punibilidade.
D Excludente de antijuridicidade.
Peculato culposo
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Socioeducativo
“A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional.” Trata-se de causa de aumento de pena prevista para o crime de:
Alternativas
A Concussão.
B Prevaricação.
C Peculato.
D Corrupção passiva.
Gabarito: "D".
Corrupção Passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem:
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Penitenciária
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
d) Art.327 § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes
previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção
ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista,
empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: SEDS-MG Prova: IBFC - 2014 - SEAP-MG - Agente de
Segurança Penitenciária
No que se refere aos crimes praticados por funcionário público contra a administração
pública em geral, analise o item a seguir:
Advocacia administrativa
(CERTA) III. Caracteriza sim concussão, mesmo não tendo assumido por ora:
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função
ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: TJ-PE Prova: IBFC - 2017 - TJ-PE - Analista Judiciário - Função
Judiciária
COMENTÁRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois tal conduta constitui crime de estelionato (forma equiparada),
previsto no art. 171, §2º, VI do CP.
b) ERRADA: Item errado, pois a pena, neste caso, será aumentada em um terço, na forma do
art. 168, §1º, II do CP.
c) ERRADA: Item errado, pois a receptação prevista no art. 180, §3º do CP é chamada pela
Doutrina de “receptação culposa”.
d) CORRETA: Item correto, pois neste caso teremos uma causa pessoal de isenção de pena,
nos termos do art. 181, I do CP.
e) ERRADA: Item errado, pois neste caso há crime de apropriação de coisa achada, previsto
no art. 169, § único, II do CP.
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: POLÍCIA CIENTÍFICA-PR Provas: IBFC - 2017 - POLÍCIA
CIENTÍFICA-PR - Odontolegista
Alternativas
A Homicídio
B Aborto
C Feminicídio
D Indução a suicídio
E Extorsão
GABARITO E
Furto
Furto qualificado
Roubo
Extorsão
Extorsão indireta
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª
Classe
Suponha que um determinado indivíduo vá até uma padaria e, utilizando uma cópia
grosseira de uma nota de R$ 10,00 (dez reais), consiga comprar pães, causando prejuízo ao
referido estabelecimento. Este indivíduo praticou:
Alternativas
A Crime de petrechos para falsificação de moeda e será julgado pela Justiça Federal.
B Crime de moeda falsa e será julgado pela Justiça Federal.
C Crime de estelionato e será julgado pela Justiça Estadual.
D Crime de falsificação de papéis públicos e será julgado pela Justiça Estadual.
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: IBFC - 2014 - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª
Classe
GABARITO "B".
III - Súmula 440 DO STJ - Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento
de regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base
apenas na gravidade abstrata do delito
letra A
Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: TJ-PR Prova: IBFC - 2014 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas
e de Registros - Provimento
Assinale a alternativa correta:
Alternativas
A O crime de fraude à execução se processa mediante ação penal pública condicionada à
representação.
B O crime de receptação não é punível, se desconhecido ou isento de pena o autor do crime
de que proveio a coisa.
C O crime de receptação não admite a modalidade culposa.
D É isento de pena quem comete o crime de furto em prejuízo de seu cônjuge, na
constância da sociedade conjugal, desde que este não tenha idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos.
Gab: D
Art 181 CP - é isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título
(crimes contra o patrimônio), em prejuízo: do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-SC Prova: FCC - 2021 - DPE-SC - Defensor Público
Considera-se hediondo o crime de
Alternativas
A fraude eletrônica praticada contra pessoa idosa.
B roubo circunstanciado pelo emprego de arma.
C extorsão na forma simples ou qualificada.
D furto qualificado pelo emprego de explosivo.
E aborto provocado por gestante ou terceiro.
O crime em apreço não está no rol dos crimes hediondos, mas veja: houve um aumento na
pena relacionado ao tipo penal.
A assertiva induz a erro (me induziu kkkk). Na verdade não é apenas "arma", dado que pode
ser arma branca, e na verdade somente o roubo circunstanciado pelo emprego de arma DE
FOGO (uso proibido ou restrito) que é hediondo (art. 1º, II, b, da lei 8.072/90).
A extorsão na forma simples não é hediondo. É hediondo apenas a extorsão qualificada pela
restrição da liberdade da vítima OU lesão corporal OU morte.
É a assertiva correta.
furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo
comum.
Ano: 2021 Banca: ADVISE Órgão: Prefeitura de Coremas - PB Prova: ADVISE - 2021 -
Prefeitura de Coremas - PB - Advogado
Para efeitos do Código Penal (Decreto-lei nº 2.848/40), a conduta de subtrair o condômino,
co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum, constitui crime de:
Alternativas
A Furto.
B Roubo.
C Sequestro.
D Furto de coisa comum.
E Extorsão.
Gabarito: D
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a
que tem direito o agente.
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-RR Prova: FCC - 2021 - DPE-RR - Defensor Público
O delito de estelionato
Alternativas
A cometido contra idoso ou vulnerável tem a pena aumentada de um sexto a dois terços.
B mediante fraude eletrônica é punido com pena de 4 a 8 anos.
C com o advento da Lei Anticrime (Lei n° 13.964 de 2019) passou a depender sempre de
representação.
D na figura privilegiada, embora sem previsão legal, aplica-se nos casos em que a pessoa
acusada é primária e de pequeno valor o prejuízo.
E absorve o falso toda vez que utilizado para sua prática, sendo incabível o concurso entre
os dois delitos.
a) cometido contra idoso ou vulnerável tem a pena aumentada de um sexto a dois terços.
• CP, Art.171, §4º: A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é
cometido contra idoso ou vulnerável, considerada a relevância do resultado gravoso.
• CP, Art. 171, §2º-A: A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a
fraude é cometida com a utilização de informações fornecidas pela vítima ou por
terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos telefônicos ou envio de
correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
c) com o advento da Lei Anticrime (Lei n° 13.964 de 2019) passou a depender sempre de
representação.
CP, Art. 171, §5º: Somente se procede mediante representação, salvo se a vítima for: I -
a Administração Pública, direta ou indireta; II - criança ou adolescente; III - pessoa com
deficiência mental; ou IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
d) na figura privilegiada, embora sem previsão legal, aplica-se nos casos em que a pessoa
acusada é primária e de pequeno valor o prejuízo.
e) absorve o falso toda vez que utilizado para sua prática, sendo incabível o concurso entre
os dois delitos.
• Para uma primeira corrente, tendo vista que estão em jogo bens jurídicos diversos,
vale dizer, patrimônio e a fé pública, é perfeitamente possível o concurso material
de crimes, uma vez que estaremos diante de mais de uma conduta dando causa a
uma pluralidade de resultados. Esse é o entendimento adotado pelo STJ, que,
todavia, faz uma ressalva ao firma o posicionamento no sentido de que se o falso se
exaure no estelionato, o delito contra a fé pública ficará absorvido pelo delito
patrimonial, conforme Súmula 17 do STJ "Quando o falso se exaure no estelionato,
sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido".
• Já para o STF, o agente também deverá responder pelos dois delitos, mas em
concurso formal de crimes, considerando, para tanto, que existe apenas uma única
conduta fracionada em dois atos distintos e que produzem mais de um resultado
lesivo, advertindo-se, ainda, que o Pleno do STF já se utilizou do mesmo
entendimento adotado pelo STJ, no sentido de que o crime de falso seria absorvido
pelo estelionato quanto a potencialidade lesiva daquele se esgota neste último.
Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Guarujá - SP Prova: VUNESP - 2021 -
Prefeitura de Guarujá - SP - Procurador Jurídico
O crime de furto tem pena aumentada de 1/3 (um terço), nos expressos termos do art. 155,
§ 1° do CP, se o crime é praticado
Alternativas
A durante o repouso noturno.
B mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas.
C com emprego de chave falsa.
D com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
E com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza.
Gab : A
Furto
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a
utilização de servidor mantido fora do território nacional;
ll- aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou
vulnerável.
Ano: 2021 Banca: NC-UFPR Órgão: PC-PR Prova: NC-UFPR - 2021 - PC-PR - Delegado de
Polícia
Suponha que um sujeito se passe por policial rodoviário para abordar motoristas numa
estrada pouco movimentada e assim cobrar propina para não multar supostas
irregularidades encontradas nos veículos. Essa conduta praticada pelo falso policial deve
ser tipificada como:
Alternativas
A corrupção passiva.
B concussão.
C extorsão.
D furto.
E estelionato.
Gabarito: E
É caso de estelionato porque o sujeito não é policial rodoviário, então não preenche a
qualidade subjetiva para ser autor dos crimes próprios de servidor público. Importante
lembrar que no estelionato há a participação ainda que mínima da vítima, neste caso, a
vítima iludida paga a propina (ou seja, a coisa não lhe é subtraída).
Assim, incabível corrupção passiva (letra A) e concussão (letra B), já que são crimes
específicos de servidor.
Por fim, não pode ser furto (letra D) porque a assertiva deixa claro a conduta dos motoristas
de participar da ação já que induzidos a erro, ou seja, não há a elementar do crime que é
subtrair
GABARITO: D.
Ano: 2021 Banca: IDECAN Órgão: PC-CE Prova: IDECAN - 2021 - PC-CE - Inspetor de Polícia
Civil
Raíssa, penalmente imputável de 20 anos, reside com a mãe, Lourdes, de 45 anos.
Aproveitando-se da desatenção de sua genitora, Raíssa subtrai da carteira da mãe a quantia
de R$5.000,00 (cinco mil reais). Nessa hipótese, assinale a alternativa correta.
Alternativas
A Raíssa responderá por delito de furto, mas com causa de diminuição de pena.
B Raíssa responderá por delito de apropriação indébita, incidindo agravante de delito
praticado contra ascendente.
C Raíssa é isenta de pena, incidindo hipótese de escusa absolutória.
D Raíssa responderá por delito de estelionato, incidindo agravante de delito praticado
contra ascendente.
E A escusa absolutória aplica-se a todos os delitos patrimoniais, mas não impede eventual
incidência de circunstância agravante de delito praticado contra ascendente.
GABARITO: C.
Raíssa praticou um crime de furto contra sua mãe (ascendente), cuja idade é de 45 anos.
Nessa situação, como não há hipótese de vedação do art. 183, a autora será beneficiada
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo: II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja
civil ou natural.
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto
Segundo o entendimento do STJ, a realização de saques indevidos na conta-corrente de
uma pessoa sem o seu consentimento, por meio da clonagem do cartão e da senha,
caracteriza
Alternativas
A estelionato.
B falsidade ideológica.
C apropriação indébita.
D furto mediante fraude.
E conduta atípica.
Gabarito: D
Vocês não vão mais confundir e errar questões sobre esses dois tipos penais se lembrarem
que: no furto mediante fraude é dispensável a participação da vítima. Já no estelionato o
agente emprega a fraude e faz com que a vítima, sujeito passivo do crime, entregue o bem
com espontaneidade, ou seja, a participação da vítima é indispensável.
Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova: CESPE / CEBRASPE - 2021 -
MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto
No caso em tela, Paulo obteve uma vantagem (de forma indevida, ilícita), em prejuízo à
entidade de direito público (majorante), de forma fraudulenta.
• CP, Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento:
• Pena - reclusão, de 01 a 05 anos, e multa.
• § 3º - A pena aumenta-se de 1/3, se o crime é cometido em detrimento de entidade
de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou
beneficência.
(INFORMATIVO 672)
A jurisprudência do STJ não tem admitido, nos casos de prática de estelionato “qualificado”,
a incidência do princípio da insignificância (princípio inspirado na fragmentariedade do
Direito Penal). Isso porque se identifica, neste caso, uma maior reprovabilidade da conduta
delitiva.
No caso concreto, o STJ afirmou que não era possível o trancamento da ação penal, sob o
fundamento de inexistência de prejuízo expressivo para a vítima, considerando que, em se
tratando de hospital universitário, os pagamentos aos médicos são provenientes de verbas
federais.
STJ. 5ª Turma. AgRg no HC 548.869-RS, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 12/05/2020
Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-BA Prova: FCC - 2021 - DPE-BA - Defensor (A) Público (A)
No crime de roubo,
Alternativas
A quando praticado com arma de fogo de numeração suprimida, a pena é aplicada em
dobro por ser equiparada a arma de fogo de uso restrito ou proibido.
B a arma imprópria e a arma branca, ensejam a majoração da pena em dois terços.
C a hediondez é considerada se praticado com restrição da liberdade da vítima ou se a
subtração for de substâncias explosivas.
D conforme entendimento dos Tribunais Superiores, o roubo impróprio é incompatível com
o concurso de agentes.
E a aplicação da pena em dobro pelo emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido
só incide em relação à figura do caput.
No roubo com arma branca ou arma imprópria a pena é majorada em 1/3 (um terço) até a
metade.
CP, Art. 157. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V);
Importante destacar que o furto com emprego de explosivo é considerado crime hediondo
(inciso IX).
Já o roubo com emprego de explosivo (artigo 157, §2º. –A, II, CP) não é considerado como
crime hediondo.
CP, Art. 157. § 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:
"§ 2º-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso
restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo.
Ano: 2020 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP Prova: VUNESP -
2020 - Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos - SP - Guarda Municipal
Considere o seguinte caso hipotético: “A”, funcionário público, arromba a janela de uma
repartição e subtrai uma impressora. Nos termos do Código Penal, e apenas com base nas
informações do enunciado, é correto afirmar que “A” cometeu o crime de
Alternativas
A peculato comum.
B corrupção ativa.
C furto qualificado.
D peculato furto.
E violência arbitrária.
GABARITO - C
A elementar Funcionário público não foi utilizada. Não é o fato de ser funcionário
público que torna o crime NECESSARIAMENTE CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
Para ser peculato apropriação 312 - Precisaria ter a posse em razão do cargo ou desviá-la
em proveito próprio ou alheio.
Considere o seguinte caso hipotético: “A”, mediante violência, constrange “B” a deixar de
fazer alguma coisa, com o intuito de obter para si uma indevida vantagem econômica. Nos
termos do Código Penal, é correto afirmar que “A” cometeu o crime de
Alternativas
A estelionato.
B furto, qualificado pelo emprego de violência e com pena de reclusão.
C roubo.
D extorsão.
E extorsão indireta, qualificado pelo emprego da violência.
GABARITO D
Trata-se de extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de
obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou
deixar de fazer alguma coisa:
------------
DIFERENÇAS:
Ano: 2020 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: IBFC - 2020 - EBSERH - Advogado
O atual Código de Direito Penal, recepcionado pela Constituição de 1988, inicia a Parte
Especial tratando dos crimes contra a pessoa. Sobre eles, assinale a alternativa incorreta.
Alternativas
A Também é crime se a lesão corporal for praticada contra ascendente, descendente, irmão,
cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda,
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade
B Trata-se de homicídio qualificado aquele cometido contra a mulher por razões da
condição do sexo feminino
C É crime o aborto de feto com anencefalia
D É crime contra a pessoa praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que
está contaminado, ato capaz de produzir contágio
E É crime abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono
GAB ( C )
O Supremo Tribunal Federal decidiu que a interrupção da gravidez de feto anencéfalo não
pode sequer ser chamada de aborto. o STF julgou procedente a ADPF 54, para declarar a
inconstitucionalidade da interpretação segundo a qual a interrupção deste tipo de gravidez
é conduta tipificada nos artigos 124, 126, 128, incisos I e II, do CP.
De acordo com o entendimento firmado, o feto sem cérebro, mesmo que biologicamente
vivo, é juridicamente morto, não gozando de proteção jurídica e, principalmente, de
proteção jurídico-penal
--------------------------------------------------------------
Art. 129, § 9º Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
-------------------------------------------------------------------------------------
ATENÇÃO:
PARA O STJ, De acordo com o STJ, a qualificadora do feminicídio pode coexistir com a
qualificadora do motivo torpe, pois o feminicídio tem natureza objetiva, o que dispensa a
análise do animus do agente, enquanto o motivo torpe tem natureza subjetiva, já que de
caráter pessoal.
----------------------------------------------------------------------
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está
contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
-------------------------------------------------------
e) Abandono de incapaz
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e,
por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
I. O aborto realizado pelo médico para salvar a vida da gestante é chamado de aborto
terapêutico.
Alternativas
A Todas as afirmativas estão corretas
B Estão corretas apenas as afirmativas I e II
C Estão corretas apenas as afirmativas II e III
D Está correta apenas a afirmativa II
E Está correta apenas a afirmativa III
ALTERNATIVA B
OBSERVAÇÕES:
●Aborto de feto anencéfalo (má formação ou ausência de encéfalo ) NÃO é crime (crime
impossível ). Sobre o tema:
“Na ADPF 54 – caso do aborto de feto anencéfalo – [...] o Tribunal julgou o mérito da ação
para determinar a aplicação de INTERPRETAÇÃO CONFORME A CONSTITUIÇÃO aos arts. 124,
126 e 128, I e II, do CP, de modo que a interrupção da gravidez de feto anencefálico,
devidamente atestada por profissional especializado, NÃO mais configure a conduta típica
disposta nos referidos artigos.” (MENDES, Gilmar Ferreira)
OBSERVAÇÕES
No crime de homicídio, previsto no título “Dos Crimes contra a Pessoa” do Código Penal, são
circunstâncias qualificadoras, exceto:
Alternativas
A Se o crime é cometido contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)
anos.
B Se o crime é cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem
de outro crime.
C Se o crime é cometido com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro
meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.
D Se o crime é cometido à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro
recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Aumento de pena
Resposta: A
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: MPE-SP Prova: IBFC - 2013 - MPE-SP - Analista de Promotoria
I. A prática por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por
III. Se o agente comete o crime sob a influência de violenta emoção, provocada por ato
injusto da vítima, o juiz pode reduzir a pena.
I. Errado. O Item I está incorreto quando utiliza o termo "qualifica" já que o correto era
empregar termos como "causa de aumento" ou "majorante". Veja a redação do dispositivo
legal: Art. 121, CP (...) § 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime
for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou
por grupo de extermínio.
II. Errado. O § 4º do art. 121 é causa de aumento de pena. Art. 121, CP (...) § 4o No
homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um
terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60
(sessenta) anos.
III. Errado. O agente deve estar sob "domínio" e não sob a influência, já que está última é
circunstância atenuante. Art. 65, CP - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: c)
cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
vítima; Diferentemente ocorre no § 1º do art. 121, veja: Art. 121, CP (...) § 1º Se o agente
comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio
IV. Correto. Homicídio qualificado: Art. 121, CP (...) § 2° Se o homicídio é cometido: V - para
assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime.
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: IBFC - 2013 - PC-RJ - Oficial de Cartório
I. O pai de um jovem viciado em “crack” que, em ato de desespero, mata o traficante que
fomece drogas para o seu filho, poderá ter sua pena reduzida em face da caracterização do
homicídio privilegiado por relevante valor moral.
II. O marido que, ao surpreender a esposa conversando com outro homem em praça
pública, tomado por ciúme egoístico, efetua disparos de arma de fogo contra ela, ceifando
sua vida, comete homicídio privilegiado em decorrência do domínio da violenta emoção.
III. O homicídio praticado por agente público, que tem como vítima o morador de uma
comunidade carente suspeito de colaborar com os traficantes locais, caracteriza figura
privilegiada, em decorrência do relevante valor social da conduta.
IV. O cliente que suprime a vida do dono de um bar porque este se negou a servir-lhe uma
dose de bebida fiado, comete o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil.
V. O agente que emprega violência física reiterada contra o suspeito da prática de um crime
visando extrair-lhe a confissão, mas lhe causa a morte em decorrência da intensidade das
sevícias, responde pelo crime de homicídio qualificado pela tortura.
Alternativas
A I, IV e V.
B II, III e IV.
C I e IV
D IV eV.
E II, III eV.
Apesar da palavra "em ato de desespero", o privilégio não foi baseado na violenta
emoção, pois essa precisa decorrer de uma injusta provocação da vítima.
II. O marido que, ao surpreender a esposa conversando com outro homem em praça pública,
tomado por ciúme egoístico, efetua disparos de arma de fogo contra ela, ceifando sua vida,
comete homicídio privilegiado em decorrência do domínio da violenta emoção.
III. O homicídio praticado por agente público, que tem como vítima o morador de uma
comunidade carente suspeito de colaborar com os traficantes locais, caracteriza figura
privilegiada, em decorrência do relevante valor social da conduta.
IV. O cliente que suprime a vida do dono de um bar porque este se negou a servir-lhe uma
dose de bebida fiado, comete o crime de homicídio qualificado pelo motivo fútil.
V. O agente que emprega violência física reiterada contra o suspeito da prática de um crime
visando extrair-lhe a confissão, mas lhe causa a morte em decorrência da intensidade das
sevícias, responde pelo crime de homicídio qualificado pela tortura.
O crime de homicídio
Alternativas
A qualificado deixa de ser classificado como hediondo, se praticado na forma tentada.
B por ofender o mais grave bem jurídico do ordenamento, não comporta regime inicial
diverso do fechado.
C culposo na direção de veículo automotor tem a pena aumentada de um terço se o agente,
no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
D tem a incidência de causa de diminuição de pena, quando praticado sob influência do
estado puerperal.
E é considerado qualificado para o mandando e privilegiado para o executor, se cometido
mediante paga.
Gabarito: C
____________________
C - Gabarito. Art. 302, §1º, inciso IV do CTB - No homicídio culposo cometido na direção de
veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente: IV - no
exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de
passageiros.
D - Errado. Aí não seria homicídio (art. 121), mas sim infanticídio. (art. 123), haja vista a
condição de puerperal da agente.
GABARITO: LETRA B
Ademais, o agente também responde pelo crime de aborto, pois tinha a consciência de que
a vítima estava gravida, conforme relatado na questão.
Embora não tenha relação com a questão, faço o seguinte questionamento: há bis in idem
na imputação simultânea da qualificadora do feminícidio praticado contra mulher grávida
e do crime de aborto? Não. o STJ vem compreendendo que, enquanto o art. 125 do CP
tutela o feto enquanto bem jurídico, o crime de homicídio praticado contra gestante,
agravado pelo art. 61, II, h, do Código Penal protege a pessoa em maior grau de
vulnerabilidade, raciocínio aplicável ao caso dos autos, em que se imputou ao acusado o art.
121, § 7º, I, do CP, tendo em vista a identidade de bens jurídicos protegidos pela agravante
genérica e pela qualificadora em referência (vide HC 141.701/RJ).
O Min. Relator destacou que, no crime de aborto provocado por terceiro, apesar de ser
necessário que a vítima esteja grávida, o bem tutelado pelo ordenamento jurídico é a vida
do feto (CC 104.842/PR) e no homicídio contra a gestante, o Código Penal protege quem
está mais vulnerável" (Resp 1.672.789/SP).