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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CAMPUS SOBRAL
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS II – TURMA 01C
PROFESSOR: MARCUS R. DE CASTRO

RELATÓRIO II: A SENÓIDE - VALOR EFICAZ

EQUIPE:

Amanda de Moura Marques - 500119


Francisca Jaqueline Lopes - 404710
Gustavo Gabriel Ribeiro - 472516

SOBRAL
2022
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Gráfico de tensão RMS. .............................................................................................. 5


Figura 2: Gráfico de tensão de pico. ........................................................................................... 6
Figura 3: Tensão senoidal em relação ao tempo. ........................................................................ 6
Figura 4: Circuito resistivo alimentado por uma fonte senoidal. ............................................... 9
Figura 5: Circuito resistivo montado. ......................................................................................... 9
Figura 6: Amperímetro analógico inserido no circuito............................................................. 10
Figura 7: Wattímetro. ................................................................................................................ 11
Figura 8: Circuito retificador de meia onda.............................................................................. 11
Figura 9: Circuito retificador de meia onda.............................................................................. 12
Figura 10: Wattímetro conectado no circuito da primeira parte. .............................................. 13
Figura 11: Wattímetro conectado no circuito da segunda parte. ............................................... 13
Figura 12: Onda retificada. ....................................................................................................... 14
Figura 13: Forma de onda de tensão para cálculo de valor eficaz. ........................................... 16
Figura 14: simulação no software. ............................................................................................ 17
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 7
3 MATERIAL NECESSÁRIO ................................................................................................ 8
4 PROCEDIMENTO ................................................................................................................ 9
QUESTIONÁRIO................................................................................................................... 15
5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 18
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO

Em circuitos de corrente alternada - CA, ou seja, onde a fonte de tensão


é uma fonte senoidal, tem-se o Valor de pico e o Valor eficaz. O nome é autoexplicativo, e, por
isso, há uma alternância do valor, o que é representado,
graficamente, através de uma onda.

1.1. Valor RMS ou valor eficaz

O valor eficaz de uma corrente (tensão) periódica é uma constante que


é igual à corrente (tensão) c.c, que iria entregar a mesma potência média
para uma resistência R. Desta forma, se I eficaz é o valor eficaz de i, podemos
escrever

1
𝑃 = 𝑅𝐼 = 𝑅 𝐼 𝑑𝑡
𝑇 (1)

Da qual, a corrente eficaz é:

1
𝐼 = 𝑖 𝑑𝑡 (2)
𝑇

De forma similar, podemos concluir que a tensão eficaz é dada por:

1
𝑉 = 𝑣 𝑑𝑡 (3)
𝑇

O termo eficaz é a tradução da abreviatura de root mean square, sendo por


isso também conhecido como Valor RMS. [Johnson 94]
Figura 1: Gráfico de tensão RMS.

Fonte: Mundo Projetado.

1.2. Relação entre valor de pico e valor RMS

Considerando uma corrente senoidal 𝑖 = 𝐼 cos( 𝑤𝑡 + ∅), encontra-se:

𝑤𝐼
𝐼 = 𝑐𝑜𝑠 (𝑤𝑡 + ∅)𝑑𝑡 (4)
2𝜋

𝐼
𝐼 =
√2 (5)

Desta forma, uma corrente senoidal tendo uma amplitude Im, entrega a mesma
potência média a uma resistência R, que uma corrente c.c. de valor igual a Im/√2. Também se
vê que a corrente eficaz é INDEPENDENTE da frequência ω ou da fase ϕ da corrente i. Análogo
a isso, para a tensão senoidal, encontra-se a mesma relação, sendo ela:

𝑉
𝑉 =
√2 (6)
Figura 2: Gráfico de tensão de pico.

Fonte: Mundo projetado.

1.3. Relação pratica.

Em projetos práticos, o valor da voltagem que chega à residência é o valor


eficaz, ou seja, é possível, através da relação supracitada, admitir o valor de
pico desta voltagem. No caso da tensão de 127V, este é o valor eficaz, sendo o
valor de pico o produto do valor eficaz por √2 ou seja, 179,6V. Para a tensão
de 220V faz-se a mesma relação, obtendo uma tensão de pico de 311,1V.

Figura 3: Tensão senoidal em relação ao tempo.

Fonte: Mundo projetado.


2 OBJETIVOS

Este relatório busca os seguintes objetivos:


 Medir valores eficazes de tensão e corrente em circuitos C.A.;
 Fazer uso de intrumentos analógicos e digitais;
 Calcular pôtencia média em circuitos resisitivos.
3 MATERIAL NECESSÁRIO

Na prática da senóide – valor eficaz , os materiais utilizados para a realização do


experimento em laboratório foram:
 Fonte de alimentação C.A. VARIVOLT;
 Variac 0-400 Vca;
 Carga de lâmpadas com potência norminal de 60W;
 Amperímetros e miliamperímetros C.A;
 Voltímetros C.A;
 Osciloscópio.
4 PROCEDIMENTO

A primeira parte da prática consiste na construção de um circuito de corrente


alternada, com fonte ajustada para 90V (tensão fase-neutro), alimentando uma carga composta
de 3 lâmpadas de 60W, em paralelo (180 W). Assim o circuito foi construído conforme a Figura
4 utilizando um amperímetro em série e um voltímetro em paralelo com o circuito.

Figura 4: Circuito resistivo alimentado por uma fonte senoidal.

Fonte: Próprio autor

Na figura 5 podemos ver o circuito acima montado de maneira pratica em


laboratório:

Figura 5: Circuito resistivo montado.

Fonte: Próprio autor

Sabe-se que os valores mostrados nos dispositivos de medição são os valores


eficazes de determinada função, portanto, pode-se determinar a potência aparente utilizando-os
uma vez que se sabe que os valores mostrados nos dispositivos de medição são os valores
eficazes de determinada função, portanto pode-se determinar a potência aparente utilizando-os
uma vez que:

𝑆 = 𝑉 𝐼∗ (7)
Ao energizar o circuito acima, encontra-se Vrms = 90V e Irms = 0, 5A, como mostra
a figura 6.

Figura 6: Amperímetro analógico inserido no circuito.

Fonte: Próprio autor.

Assim, a potência aparente do circuito é: 𝑆 = 90𝑉 × 0.5 𝐴 = 45𝑉𝐴 .Nesse


caso, o circuito é puramente resistivo, isso implica que tensão e corrente estão em fase, logo, o
ângulo de defasagem entre eles é ∠∅ = 0°. Sabe-se que a potência reativa pode ser determinada
por:

𝑄 = 𝑆 × sin(∅) (8)

Portanto, tem-se que:

𝑄 = 45 × sin(∅) = 0 (9)

O fator de potência FP é igual ao cosseno do ângulo de defasagem entre


tensão e corrente, ou seja, FP = cosϕ = 1. Com isso, a potência ativa do
circuito será:
𝑃 = 𝑆 × 𝐹𝑃 = 45𝑊 (10)
No laboratório também foi possível medir a potência ativa do circuito com o auxílio
de um wattímetro, como mostrado na figura 7:

Figura 7: Wattímetro.

Fonte: Próprio autor.

Na segunda parte foi montado um outro circuito em corrente contínua, semelhante


ao da primeira parte, inserindo um conversor CA / CC (retificador de meia onda) entre a fonte
de alimentação CA e a carga do circuito assim como na Figura 8.
Para saber a magnitude da tensão senoidal (tensão de pico) no circuito
fazemos a relação de 𝑉 = 𝑉 √2 obtendo 𝑉 = 90 × √2 = 127.28.

Figura 8: Circuito retificador de meia onda.

Fonte: Próprio autor


Na figura 9 podemos observar o circuito retificador de meia onda implementado em
laboratório:

Figura 9: Circuito retificador de meia onda.

Fonte: Próprio autor

Posteriormente, a tensão do conversor CA/CC foi elevada até que o brilho da


lâmpada no circuito CC fosse equivalente aos das lâmpadas no circuito da primeira parte. Para
que a potência dissipada na carga seja igual à do item anterior, é preciso que a tensão de entrada
no circuito seja igual a 127.28 volts. A corrente possui o mesmo valor que o item anterior, logo,
𝑉 , = 127.28𝑉 e 𝐼 = 0,5𝐴. Com isso, a potência aparente será:

𝑆 = 𝑉 ×𝐼 = 127.28 × 0.5 (11)


= 63.64 𝑉𝐴

Como foi dito acima, a potência dissipada na carga resistiva é 45W, assim, o fator
de potência será:

𝑃
𝐹𝑃 = cos(∅) =
𝑆
45 (12)
𝐹𝑃 = = 0.707
63.64
Portanto o ângulo de defasagem entre a corrente e a tensão é de:

∅ = 𝐶𝑜𝑠 (0.707) = 45° (13)

A potência reativa é dada por:

𝑄 = 𝑆 × sin(45) = 45𝑉𝐴𝑅 (14)

Logo após, foi inserido um wattímetro, em paralelo com a carga, nos circuitos das
figuras 4 e 8 e foi verificada o valor da potência consumida pelos dois circuitos, conforme as
figuras 10 e 11.

Figura 10: Wattímetro conectado no circuito da primeira parte.

Fonte: Próprio autor

Figura 11: Wattímetro conectado no circuito da segunda parte.


Fonte: Próprio autor

Com isso tornou-se possível fazer a análise das formas de onda da tensão na fonte
e nos terminais do circuito, assim, foi possível visualizá-las no osciloscópio como mostrado na
figura 12.

Figura 12: Onda retificada.

Fonte: Autoria Própria

Para além disso, procurou-se encontrar o significado dos valores de tensão e


corrente nos dois circuitos.
QUESTIONÁRIO

1) Nos circuitos simulados, calcule as potências fornecidas pela fonte de tensão e


consumidas pela carga de lâmpadas, em seguida, determine o fator de potência e comente
os resultados justificando.
Considerando o circuito sem diodo, ao ligar obteve-se no voltímetro e amperímetro
respectivamente, 90,5 V e 0,54 A. Portanto, a potência aparente é dada por:
𝑆 = 𝑉. 𝐼 = 90,5.0,54 = 48,87 𝑉𝐴
Logo o fator de potência é dado por:
𝑃 40
𝐹𝑝 = = = 0,82
𝑆 48,87

Já no circuito com diodo, obteve-se o valor de 80 V no voltímetro e 0,5 A no


amperímetro. Logo a potência reativa é dada por:
𝑆 = 𝑉. 𝐼 = 80.0,5 = 40 𝑉𝐴
A potência medida no wattímetro foi 15W, logo o fator de potência é dado por:
𝑃 15
𝐹𝑝 = = = 0,375
𝑆 40
Ao colocar o diodo no circuito, nota-se a presença de uma impedância, diminuindo
assim o fator de potência do circuito.

2) Determine o valor eficaz da corrente 𝑰(𝒕) = 𝟏𝟐 ∙ 𝐬𝐢𝐧(𝟑𝟕𝟕𝒕) + 𝟔 ∙ 𝐬𝐢𝐧(𝟕𝟓𝟒𝒕 + 𝟑𝟎°) A.


Sabendo que o valor eficaz da corrente formada por mais de uma senoide é dado
por:

𝐼𝑒𝑓 = 𝐼𝑐𝑐 + 𝐼𝑒𝑓 + 𝐼𝑒𝑓 + ⋯ 𝐴

Será feito o seguinte cálculo para as duas senoides ortogonais.


𝜋
𝑖(𝑡) = 12 𝑠𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑛 (377𝑡) + 6 𝑠𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑛 754𝑡 + 𝐴
6

Assim, serão calculados dois valores eficazes separadamente. As equações a seguir


resulta nos valores de 𝐼𝑒𝑓 e 𝐼𝑒𝑓 , respectivamente.
1
𝐼𝑒𝑓 = (12 𝑠𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑛 (377𝑡) ) 𝑑𝑡𝐴
𝑇

1 𝜋
𝐼𝑒𝑓 = (6 𝑠𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑛 (754𝑡 + ) ) 𝑑𝑡𝐴
𝑇 6

Sendo 𝑇 = 𝑠e𝑇 = 𝑠. Portanto, 𝐼𝑒𝑓 = 8,485𝐴 e 𝐼𝑒𝑓 = 4,243𝐴.

Assim, o valor de 𝐼𝑒𝑓 é dado por:

𝐼𝑒𝑓 = 8,485 + 4,243 = 9.487𝐴

3) Calcular o valor rms da forma de onda de tensão V(t) versus t(s) mostrado na figura
13.

Figura 13: Forma de onda de tensão para cálculo de valor eficaz.

Analisando a onda, é possível perceber que seu período é de 3s, no qual um único
ciclo pode ser dividido em três partes, ou seja, três funções diferentes de v(t). As equações a
seguir nos mostram as três funções diferentes que compõem v(t).
0 ≤ 𝑡 ≤ 1, 𝑣(𝑡) = 𝑣 (𝑡) = 4𝑡 𝑉
1 ≤ 𝑡 ≤ 2, 𝑣(𝑡) = 𝑣 (𝑡) = 0 𝑉
2 ≤ 𝑡 ≤ 3, 𝑣(𝑡) = 𝑣 (𝑡) = −4𝑡 𝑉

Sabendo que v(t) é dado por:

Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑔𝑟á𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑢𝑚 ú𝑛𝑖𝑐𝑜 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜


𝑣(𝑡) = 𝑉
𝑃𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎
Fazendo uma simplificação de v(t), tem-se:

𝑣(𝑡) = 1/3( 𝑣 (𝑡) 𝑑𝑡 + 𝑣 (𝑡) 𝑑𝑡 𝑣 (𝑡) 𝑑𝑡) 𝑉

Portanto, v(t) = 5,963V.

4) Simule o circuito retificador em onda-completa apresentado abaixo, substituindo o


valor da resistência de carga pelo valor equivalente de carga de lâmpadas e comente sobre
o valor do fator de potencia viso pela fonte. Utilize o mesmo valor de tensão senoidal (80
Vrms /60Hz) dos circuitos anteriores aplicados aos pontos A e B.

Com a ajuda do software Proteus foi possível simular e montar o circuito, consoante
indicado na figura 14, nota-se que o valor de fator de potência deu resultado igual a 1, ou seja,
aumentando em relação as simulações em laboratório, isso deve-se ao fato da mudança do valor
de carga no circuito.

Para calcular o valor da resistência equivalente das lâmpadas usa-se o valor da


tensão e corrente medidos:
𝑅 = 𝑉/𝑖
𝑅 = 80/0,48
𝑅 = 166,67𝛺

Figura 14: simulação no software.

Fonte: Próprio autor


5 CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos é possível observar a relação da lei de ohm e


sua relação com a potência dissipada nas lâmpadas. Dado essa potência foi possível calcular a
corrente em cada uma das lâmpadas.
Além disso, para uma dada corrente formada por correntes secundárias com
amplitudes, frequência e fases diferentes, foi encontrada sua corrente eficaz. Assim como para
uma onda com diferentes comportamentos na onda de tensão, foi encontrado seu valor rms total.
Assim, com o circuito retificador em onda completa montado no início, com o valor
da tensão aplicada e a corrente que passa na carga, calculou-se a resistência e após isso simulou-
se as ondas antes e após inserir o retificador. Com isso, observou-se que o diodo transforma
uma onda de tensão alternada em uma onda de tensão contínua, podendo ser visto apenas o lado
positivo da onda, isso é muito importante em circuitos que precisam de uma onda contínua,
porém a única alimentação possível é alternada. Um efeito semelhante ocorre com a onda de
corrente, na alimentação é alternada e torna-se contínua após o diodo.
REFERÊNCIAS

Apostila da disciplina Física Experimental B, Universidade Federal de São Carlos,


São Carlos, 2014.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALTER, Jearl; - Fundamentos de física:


Eletromagnetismo, 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. v.3.

NUSSENZVEIG, H. Moysés; - Curso de Física Básica 3, Eletromagnetismo. São


Paulo: Edgard Blücher LTDA, 1997.

YOUNG, H. D; FREEDMAN, R. A; - Física III: Eletromagnetismo, 12ª ed. São


Paulo: Addison Wesley, 2009.

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