Balanced Scorecard Na Prática - BSC
Balanced Scorecard Na Prática - BSC
Balanced Scorecard Na Prática - BSC
1. INTRODUÇÃO
A ideia por trás deste anel é a de que as perspectivas interferem umas nas outras,
sendo todas balizadas pela visão e missão da empresa.
Além disso, esta representação seria a visão sintetizada da estratégia da empresa,
podendo inclusive ser divulgada e utilizada como ferramenta de comunicação.
Apesar de sintética, esta visão não é tão utilizada na prática. Isto porque ela não possui
uma visão clara de interdependência entre os objetivos.
Outro fator que previne a utilização desta visualização é a forma pouco gráfica de
análise dos dados, sendo o Mapa Estratégico a visão mais adequada para a
comunicação da estratégia por toda a empresa.
2. CONSTRUINDO O BSC
• 3) Gerência do negócio;
• 4) Gerência de serviços;
• 5) Gestão da qualidade.
O BSC parte das definições de visão e estratégia feitas pela empresa que são
estruturadas e divididas em perspectivas chaves.
2.1. Perspectivas
Elas definem quais os principais assuntos que devem ser tratados quando se analisar
a estratégia de uma empresa. Por padrão as quatro (4) perspectivas são:
• 1) Financeira;
• 2) Clientes;
• 3) Processos Internos;
• 4) Aprendizado e Crescimento.
O nome “Balanced” vem do fato que todas as perspectivas devem ser balanceadas,
contendo uma quantidade e relevância de objetivos em cada uma delas.
Algumas empresas utilizam variações destas perspectivas, como por exemplo, inserir
uma perspectiva de rotina na base (abaixo do Aprendizado e Crescimento). Isto porque
a rotina pode dar base para o desenvolvimento do aprendizado e crescimento.
Entre estas variações está a mudança de “Processos Internos do Negócio” para apenas
“Processos”, da perspectiva “Clientes” para “Mercado” ou até mesmo “Aprendizado e
Crescimento” para “Gente”.
2.1.1. Financeira
• Faturamento;
• Lucro Líquido;
• Mark-up;
• Desvio de Orçamento;
• Despesas;
entre outros.
Para que a perspectiva financeira seja coesa e faça sentido, ela deve ser derivada de
um planejamento orçamentário eficiente, que contemple todos os planos de
investimento, gastos e receitas que a empresa tem no ano.
Exemplo: Precisamos crescer o EBITDA para gerar caixa e investir em uma nova região
de atuação.
Precisamos aumentar o faturamento para melhorar nosso valor de mercado para uma
possível venda da empresa.
2.1.2. Clientes
Por exemplo:
Para não termos o EBITDA ameaçado precisamos manter nossa base de clientes
perdendo o mínimo possível.
Para que a empresa consiga atingir o mercado é necessário que ela tenha seus
processos internos funcionando de maneira eficiente. Isto significa melhor comunicação
e alinhamento entre as áreas. Isso norteará uma melhora na operação da empresa
como um todo, uma vez que os gargalos e pontos de melhora devem ser mapeados e
melhorados a partir desta perspectiva.
Diante dos desafios levantados na perspectiva de clientes, levante quais os pontos que
a operação deve ser mais eficiente.
Por exemplo:
Para que não tenhamos perda de clientes, nosso SLA de primeira resposta precisa ser
mais agressivo.
A partir dos desafios de processos, estabeleça quais são as melhorias esperadas nas
pessoas que os executam.
Por exemplo:
Para executar nossos processos com excelência precisamos manter pelo menos X%
do nosso quadro de funcionários.
Para manter nossos níveis de serviços precisamos ter uma política de promoção que
premie X% dos nossos funcionários.
Usualmente o Balanced Scorecard é representado por um mapa estratégico, sendo que
as perspectivas o dividem na horizontal, e os objetivos estratégicos ficam contidos
dentro delas, conforme a figura abaixo.
É importante perceber que entre os objetivos existem setas, as quais representam uma
relação de impacto, ou causa e efeito, dando a visibilidade de qual objetivo tem
influência sobre outro objetivo. Isto permite o mapeamento dos objetivos mais
importantes e relevantes para que a empresa atinja seu objetivo.
3. Objetivos Estratégicos
Por exemplo, como nossa situação financeira estará no fim do ano? Ou como estará
nossa relação com o mercado?
Sendo assim, uma empresa que define seu planejamento muito provavelmente inicia
por algum objetivo financeiro, seja para viabilizar alguma ação que necessita de
investimento, ou para dar o devido retorno aos seus acionistas.
A partir destes objetivos é planejada uma série de outros objetivos interconectados que
auxiliam ou impactam nestes objetivos financeiros, conforme mencionado
anteriormente.
Seguindo essa mesma linha, o EBTIDA de uma empresa, de acordo com a metodologia
BSC, deve estar relacionado com um objetivo de Clientes, como reduzir o CAC (custo
de aquisição do cliente).
Isso significa que, caso os indicadores relacionados a este objetivo estejam ruins, uma
ação deve ser tomada com certa urgência.
Enfim, os objetivos estratégicos devem traduzir de maneira clara e direta o que foi
definido como importante pela diretoria da empresa para conseguir realizar o
planejamento estratégico da companhia.
• Devem estabelecer uma relação de causa e efeito entre si, para verificar melhor os
pontos de atenção na estratégia;
• Dica: uma excelente forma de criar boas metas e objetivos é utilizar a metodologia
SMART.
3.1. Indicadores-chave
• Ter uma relação clara com o objetivo estratégico ao qual está associado;
• Ser claro e fácil de se medir, principalmente se o dado tiver que ser obtido de algum
lugar (sistema, Excel, etc);
• Alguém deve ser responsável por levantar e analisar os dados de um indicador, afinal
“cachorro com muito dono morre de fome”;
A seguir apresentamos um pequeno menu com alguns indicadores que podem ser o
ponto de partida para as medições em sua organização.
De nada adianta controlar indicadores se não definirmos um valor planejado para eles.
Sendo assim, a definição de meta para cada um dos indicadores é fundamental para
que o ciclo de gestão do BSC seja feito com sucesso.
Esta sensibilidade se desenvolve cada vez mais a medida que o modelo de gestão vai
ficando mais maduro, e que a equipe vai se acostumando a medir seu próprio
desempenho.
Uma boa prática para a definição de metas é a utilização da metodologia SMART. Esta
metodologia prevê que toda meta deve conter as seguintes características:
• Measurable (mensurável): a meta deve conter um indicador claro para que ela seja
medida;
• Attainable (atingível): a definição de uma meta que a equipe consiga atingir é crucial
para o sucesso da gestão;
Observe que a meta é: específica, pois foi descrita claramente; mensurável, pois tem
uma métrica associada (o faturamento); atingível, pois o valor a ser colocado deve
considerar valores de outros anos e os esforços planejados para o período; realista,
pois um aumento de faturamento é viável, desde que o plano e o investimento o
suportem; e temporizável, já que possui data de conclusão especificada.
3.4. Acompanhamento
Outro ponto fundamental para o sucesso do BSC em sua organização está relacionada
ao acompanhamento dos objetivos estratégicos, indicadores de desempenho e metas.
Sendo assim, e primeira pergunta que deve ser feita ao acompanhar uma meta no é:
Ela está sendo atingida?
Em casos mais simples, a análise pode partir direto para a definição da ação, até porque
no início do trabalho de gestão, a sensibilidade dos gestores é sempre um fator de
extrema importância.
Para a definição dos planos de ação propriamente dita, podem ser utilizadas as
metodologias, 5W2H (What, Why, Who, When, Where, How, How Much, ou O que, por
que, quem, quando, onde, como e quanto) ou o FCA (Fato, Causa e Ação).
Desta forma as ações para a correção de desvio ou para a melhoria do resultado ficam
estruturadas e organizadas.
Para o acompanhamento é necessária uma ferramenta de visualização e comunicação
adequada.
Um mapa estratégico com os objetivos coloridos, preferencialmente com uma cor que
indique se as metas dentro dele estão sendo atingidas ou não, é a maneira mais
utilizada.
3.5. Revisões
O BSC também prevê revisões periódicas nos objetivos e nas metas a serem atingidas.
Estas revisões podem ser motivadas por fatores externos (mudanças econômicas,
principalmente) ou por fatores internos (mudança de gestão, mudança de visão de
negócio, etc).
Há também as revisões menores, que são parte do ciclo de gestão do PDCA aplicado
sobre o BSC. Desta forma, ao se identificar uma meta ou objetivo que se distancie dos
resultados já obtidos, e que é de difícil reversão, é possível também fazer a revisão
destes elementos.
As relações entre os objetivos são uma boa prática pois permitem identificar o impacto
de uma estratégia que esteja ruim em outros objetivos. Além disso, isso facilita a
comunicação para toda a empresa do que está indo mal e onde isso pode atrapalhar
no resultado final.
Se você nunca fez gestão em BSC, a probabilidade de errar na primeira vez é alta. É
interessante então ir evoluindo sempre, aplicando o ciclo PDCA e “aumentando a barra”
gradativamente. Isso previne a frustração e aumenta a chance de sucesso do modelo.
Estabelecer as metas parece fácil, mas não é. Seja realista e audacioso, mas sem
perder a dimensão de que a meta seja de fato atingível. Além disso, é importante que
as metas sejam fáceis de se medir. Isso economiza tempo na construção e
acompanhamento do BSC.
5. ERROS COMUNS
É bastante comum quem estuda BSC ficar encantado e querer fazer tudo de uma vez,
com diversos objetivos, vários indicadores. Entretanto a chance de errar na primeira é
quase de 100%. Tome cuidado para não complicar demais no começo e gerar
sobrecarga de trabalho para montar e gerenciar seu BSC.
Nem sempre os indicadores de um negócio devem ser usados em outro, mesmo que
sejam do mesmo ramo. Se atente para o que de fato é importante para o seu negócio
de fato, sem querer utilizar exatamente as mesmas métricas de outras empresas.
Há sempre um dilema quando se faz a gestão do BSC: ser sintético ou ser detalhado.
Ser sintético faz com que a manutenção do modelo seja mais simples, mas pode omitir
alguns dados analíticos relevantes.
6. CONSIDERAÇÕES
Neste estudo de caso, você deverá se orientar por fatores conceituais de causas e
efeitos para estimular o desenvolvimento de sinergia organizacional e evidenciar a
presença desta sinergia no processo de gestão.
A metodologia BSC utilizada por você, poderá sofrer alterações e/ou adaptações
necessárias a fim de diagnosticar o grau de sinergia do processo de gestão das
organizações (públicas ou privadas).
Neste estudo de caso, temos em relação às quatro (4) perspectivas originárias do BSC
(propostas por Kaplan e Norton), uma adaptação/readaptação (proposta) na
configuração destas quatros (4) perspectivas utilizadas neste case.
1) efetividade;
2) eficácia;
5) aprendizado e conhecimento.
• cinco (5) salas de aulas, 1 (um) laboratório de informática, 1 (um) núcleo avançado
de estudos (sala) de práticas jurídicas e de contas, um (1) refeitório;
• uma (1) sala de direção, uma (1) sala de professores, uma (1) biblioteca e uma (1)
secretaria escolar.
• Cento e quarenta (140) alunos, assim configurado: cento e vinte alunos (120) alunos
servidores do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso e vinte (20) alunos
externos (membros externos) da comunidade escolar.
• O total de vinte e oito (28) servidores efetivos (concursados), sendo doze (14)
professores e dezesseis (12) técnicos administrativos, um (1) Diretor-Geral e um (1)
Vice-Diretor.
Considere neste estudo, a utilização da escala Likert como métrica de avaliação das
práticas de gestão de ativos estratégicos, por meio da atribuição de valores escalares
de zero (0) à dez (10), de A até E.
A modelagem serve para avaliar as práticas de gestão dos ativos estratégicos, por meio
da atribuição de valores escalares às afirmativas apresentadas neste instrumento.
O valor atribuído a cada afirmação e sua consonância com cada uma das perspectivas
analisadas, estão demonstradas nos quadros 2 e 3, conforme se segue:
Quadro 2. Instrumento de Atribuição de Valores Escalares
AS AFIRMAÇÕES PODEM TER DIREÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA (LIKERT)
A B C D E
Concordo Concordo em Concordo em Discordo em Discordo
Plenamente Grande Parte Parte e Discordo Grande Parte Plenamente
de Outra
VALORES ESCALARES
Após a aplicação do questionário e tabulação dos dados, a análise estatística dos dados
para determinação da média, considerou a seguinte fórmula e memórias de cálculos:
Onde:
(? ? ? × 10) + (? ?× 8) + (? × 5) + (? × 2) + (? × 0)
∑ 𝑉𝐸𝐴 = = ???
115 + 42 + 8 + 2 + 1
(? ? ? × 10) + (? ? × 8) + (? × 5) + (? × 2) + (? × 0)
∑ 𝑉𝐸𝐴 = = ???
141 + 16 + 7 + 3 + 1
(? ? × 10) + (? ? × 8) + (? ? × 5) + (? ? × 2) + (? ? × 0)
∑ 𝑉𝐸𝐴 = = ???
98 + 31 + 15 + 13 + 11
(? ? × 10) + (? ? × 8) + (? ? × 5) + (? × 2) + (? × 0)
∑ 𝑉𝐸𝐴 = = ???
95 + 49 + 12 + 7 + 5
(? ? × 10) + (? ? × 8) + (? ? × 5) + (? × 2) + (? × 0)
∑ 𝑉𝐸𝐴 = = ???
86 + 27 + 42 + 6 + 7
Considerações (Conclusão)
Fonte: Estrutura desenvolvida (esboço) para atender ao objetivo deste Estudo de Caso.
Figura 11 – Mapa Estratégico (esboço) de Sinergia da Escola de Contas (TCE-MT)