Produto 2 - Tomo II Revisão Plano de Saneamento Básico PJF
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JULHO / 2022
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
GESTÃO E FISCALIZAÇÃO
CONSULTORIA
Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.
SISTEMA DE ABASTECIMENTO - ROSÁRIO DE MINAS .......................... 88 Estações Elevatórias de Esgoto e Linhas de Recalque ...................... 116
SISTEMA DE ABASTECIMENTO - IGREJINHA .......................................... 91 Emissários Finais e Corpos Receptores .............................................. 143
No Item A, Situação dos Serviços de Abastecimento de Água, em seu primeiro capítulo, é Ainda no mesmo capítulo, é feita a descrição e avaliação do sistema existente, partindo desde
realizada uma caracterização institucional da prestação dos serviços, demonstrando todo o a concepção dos sistemas implantados, informações e indicadores operacionais das
histórico da evolução do abastecimento de água de Juiz de Fora, até chegar à situação unidades lineares e não lineares, bem como um detalhamento das unidades operacionais
institucional atual referente à operação e regulação, bem como uma análise da existentes no SES de Juiz de Fora, a se destacar as estações elevatórias de esgoto e
sustentabilidade econômica do serviço prestado. estações de tratamento de esgoto.
No Capítulo 2 foi realizado um diagnóstico da situação da prestação dos serviços, analisando- Na continuidade do item, nos capítulos subsequentes, apresenta-se o histórico do
se os índices de cobertura, de consumo e de perdas na distribuição de água. monitoramento quantitativo e qualitativo dos efluentes. Há ainda, informações referentes às
licenças ambientais do SES, projetos e obras em andamento, além de indicadores técnicos,
Já no Capítulo 3 foi elaborado um levantamento e diagnóstico dos mananciais de água bruta operacionais e financeiros.
utilizados pela CESAMA, analisando-se em especial o uso e ocupação do solo nas bacias de
contribuição destes mananciais. Por fim, o Item B é concluído com a apresentação das considerações finais referentes ao
sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora.
Nos Capítulos 4, 5 e 6 é realizado um levantamento e diagnóstico de toda a infraestrutura do
sistema de abastecimento de água da Sede de Juiz de Fora, do controle operacional realizado
pela CESAMA, bem como da infraestrutura de abastecimento nos distritos urbanos.
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Prefeitura de Juiz de Fora
A - SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL abastecimento, com a construção de adutoras, reservatórios, estações de tratamento e redes
de distribuição.
HISTÓRICO DA OPERAÇÃO com o objetivo de estabelecer diretrizes para o abastecimento de água da região até 2011,
com avaliação das possibilidades de ampliação e análise das condições hidrológicas do
Conforme demonstrado no PSB de Juiz de Fora, elaborado no ano de 2013, o primeiro funcionamento do sistema existente.
canalizada até dois reservatórios construídos no Bairro Alto dos Passos. Nesta época, a através da Lei Municipal n° 7762/1990 para substituir o DAE, empresa pública da
Prefeitura era a responsável pelo serviço de abastecimento de água e esgotamento sanitário administração indireta, dotada de autonomia financeira, administrativa e patrimonial, cabendo
As tubulações da área central da cidade foram construídas em grandes dimensões, para recuperação da adutora Dr. João Penido, ao desenvolvimento de projetos e obras para
captar tanto a água pluvial, quanto o esgoto sanitário, em um sistema unitário. Percebia-se expansão do abastecimento de água na periferia, à construção da terceira adutora e sub-
em períodos de altas temperaturas e baixo índice pluviométrico, o forte odor emanado dessas adutora sul.
galerias, justamente pela presença apenas do esgoto sanitário. Esse fato fez com que a
população pressionasse o poder público para melhoria das condições sanitárias. Em 1994, após diversas paralisações, a Represa de Chapéu D’uvas é inaugurada, visando a
regularização das vazões do Rio Paraibuna para o controle de cheias. Em 2001 a CESAMA
Em 1915, os sanitaristas Lourenço Baeta Neves e Francisco Saturnino Rodrigues de Brito, assume a função de manter e operar a barragem. Em 2005 é concedida à CESAMA a outorga
propuseram um novo Plano de Saneamento para o Município, onde se elencava soluções de preventiva, em 2010 tem-se o início das obras para captação e adução dessas águas.
caso, propôs-se a utilização do sistema separador absoluto, onde a água pluvial e o esgoto de risco da cidade.
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Em 2002 foi feito um Estudo de Concepção da Complementação do Sistema de Esgotamento • Fixar, reajustar e revisar valores das taxas, tarifas e outras formas de contraprestação
Sanitário de Juiz de Fora, pela Empresa MKM Engenharia Ambiental, que se baseou no dos serviços públicos de saneamento básico;
levantamento das informações disponibilizadas pela Prefeitura de Juiz de Fora/ CESAMA, • Homologar, regular e fiscalizar, inclusive as questões tarifárias;
acerca dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Município, sua • Editar regulamentos, abrangendo as normas relativas às dimensões técnica,
projeção para o horizonte de projeto e legislações pertinentes. econômica e social de prestação de serviços;
• Exercer fiscalização e poder de polícia;
No ano de 2014, após cerca de quatro anos de obras, foi inaugurada a adutora de água bruta • Proceder análise, fixação, revisão e reajuste do valor das taxas, tarifas e outros preços
de Chapéu d’Uvas, com extensão de 17 km e capacidade de adicionar 900 L/s ao sistema, públicos;
transportando água da barragem até a Estação de Tratamento de Água - ETA CDI. Esta • Decidir sobre a fixação e reajuste de taxas e tarifas relativas aos serviços públicos de
barragem é responsável pelo abastecimento de cerca de 40% do município. saneamento;
• Receber, apurar e encaminhar, através de sua Ouvidoria, as reclamações dos
Ainda no ano de 2014 foi finalizada a elaboração do Plano de Saneamento Básico de Juiz de usuários;
Fora pela empresa ESSE Engenharia e Consultoria, cuja aprovação foi dada pelo Decreto n°
• Criar e operar sistema de informações sobre os serviços públicos de saneamento
11.878/2014.
básico
• Comunicar aos órgãos competentes os fatos que possam configurar infração à ordem
Segundo informações repassadas pela CESAMA, ao final de 2021 os índices de atendimento
econômica, ao meio ambiente ou aos direitos do consumidor;
do sistema de abastecimento de água total e urbano eram de, respectivamente, 96,0% e
• Dirimir, no âmbito administrativo, as divergências entre os agentes setoriais, bem como
97,1%. Já para o sistema de esgotamento sanitário os índices de atendimento total e urbano
entre estes e os usuários;
eram de, respectivamente, 94,7% e 95,8%
• Deliberar quanto à interpretação das leis, normas e contratos, bem como sobre os
casos omissos;
REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS
• Definir a pauta das revisões tarifárias, assim como os procedimentos e prazos de
revisões e reajustes, ouvidos o titular, os usuários e o prestador dos serviços;
A regulação da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário
• Divulgar semestralmente relatório das atividades realizadas, indicando os objetivos e
do município de Juiz de Fora é realizada pela Agência Reguladora Intermunicipal de
resultados alcançados, devendo ser apresentado ao titular do serviço para apreciação.
Saneamento de Minas Gerais – ARISB-MG, por meio do Convênio de Cooperação n°
02.2020.004 entre o município de Juiz de Fora e a ARISB-MG, com a interveniência da
CESAMA, englobando as seguintes obrigações por parte da ARISB-MG.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
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ANÁLISE DO PLANO PLURIANUAL de resultado e o Fluxo de Caixa apresentado pela CESAMA referente a 31 de dezembro de
2020, os quais estão apresentados nos Quadros 2, 3 e 4.
Segundo informações repassadas pela CESAMA, estão estimados investimentos da ordem
de cerca de 252 milhões de reais ao longo dos próximos 3 anos, dos quais, cerca de 105,4 Quadro 2: Balanço Contábil de 2020 (R$ milhões).
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Quadro 3: Demonstrativo de Resultado de 2020 (R$ milhões). Quadro 4: Demonstrativo de Fluxo de Caixa de 2020 (R$ milhões).
De acordo com o balanço de 2020, pode-se calcular indicadores contábeis que demonstram
a situação da CESAMA no ano de referência, no que concerne à prestação dos serviços de
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abastecimento de água e esgotamento sanitário. Dentre os índices possíveis de serem • Margem Bruta: Mensura o percentual de lucro bruto que a CESAMA possui na prestação
calculados, destaca-se os seguintes: dos serviços.
• Índice de Liquidez Corrente: Indica se a empresa está cumprindo com as obrigações Margem Bruta = lucro bruto / receita líquida x 100
imediatas. Margem Bruta = 69,30%
Liquidez corrente = ativo circulante/passivo circulante • Margem EBTIDA: Mensura o percentual de lucro operacional que a CESAMA possui na
Liquidez corrente = 3,859 prestação dos serviços.
• Índice de Liquidez Seca: Indica se a empresa está cumprindo com as obrigações Margem EBTIDA = EBITDA / receita líquida x 100
imediatas, porém sem considerar seu estoque. Margem EBTIDA = 36,23%
Liquidez seca = (ativo circulante – estoques) /passivo circulante • Margem Líquida: Mensura o percentual de lucro líquido que a CESAMA possui na
Liquidez seca = 3,760 prestação dos serviços.
• Índice de Liquidez Imediata: Indica a capacidade de pagamento da empresa de forma Margem Líquida = lucro líquido / receita líquida x 100
rápida. Margem Líquida = 24,73%
Liquidez Imediata =recursos disponíveis imediatos/passivo circulante • Retorno Sobre o Patrimônio (ROE): Mensura o lucro gerado pela empresa em relação
Liquidez Imediata = 0,769 aos investimentos realizados.
• Índice de Liquidez Geral: Indica a situação da CESAMA no longo prazo ROE = lucro líquido / patrimônio líquido
ROE = 15,78%
Liquidez Geral = (ativo circulante + realizável a longo prazo) / (passivo circulante + passivo
não circulante) • Retorno Sobre os Ativos (ROA): Mensura o lucro gerado pela empresa em relação ao
Liquidez Geral = 1,111 total de ativos que ela dispõe.
• Índice de Endividamento: Indica o grau de endividamento do negócio ROA = lucro líquido / Ativo Total
ROA = 10,60%
Endividamento = total de passivos (circulante + exigível no longo prazo) / total de ativos
Endividamento = 0,312 Os indicadores de liquidez para o curto e longo prazo demonstram uma plena saúde
financeira da empresa, pois a mesma se encontra em condições de suprir os passivos de
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curto prazo com os ativos da CESAMA. Há de se destacar também, o baixo índice de Figura 2: Estrutura Tarifária – CESAMA 2022
A margem bruta da prestação do serviço no ano de 2020 foi de 69,30%, no entanto despesas
gerais e administrativas, financeiras e tributárias representam 33,07%, 0,16% e 10,85%
respectivamente, resultando em uma margem líquida de 22,13%, ou seja, garantindo o lucro
líquido superior à meta estipulada em 19% pela companhia no seu Relatório Administrativo.
Importante destacar, que todos estes indicadores apresentam apenas a situação da CESAMA
no ano de análise, ou seja, desconsidera as demandas de investimentos futuros para
melhorias e ampliações de atendimento nos sistemas de água e esgoto.
Para uma análise aprofundada da situação da prestação dos serviços de água e esgoto de
Juiz de Fora, há a necessidade de uma análise do fluxo de caixa anual de longo prazo, de
modo a permitir uma análise econômica com base em indicadores como o payback, a taxa
interna de retorno do projeto, bem como ao valor presente líquido do projeto de longo prazo.
A estrutura tarifária foi recentemente revisada pela ARISB-MG, cujo reajuste aplicado foi de
5,19% sobre a estrutura tarifária, a qual está apresentada na Figura 2. Fonte: CESAMA 2022.
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Conforme apresentado, a estrutura tarifária vigente é baseada na cobrança de uma tarifa fixa, 2 SITUAÇÃO DO SERVIÇO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
a qual representa a disponibilidade do serviço de abastecimento de água e de coleta e
tratamento dos esgotos sanitários, sendo adicionada a esta tarifa fixa, o custo por cada m³ ANÁLISE CRÍTICA DO PSB E PLANO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE
consumido. JUIZ DE FORA
Importante salientar que além da política de implementação de tarifa social, a CESAMA O PSB de Juiz de Fora foi elaborado pela empresa ESSE Engenharia ao longo do ano de
possui para esta categoria de ligações o benefício de isenção da taxa de ligação de água e 2013, sendo finalizado no início de 2014. O referido instrumento de planejamento contava
esgoto, beneficiando a população de baixa renda e melhorando os níveis de atendimento do com 3 metas estabelecidas para o sistema de abastecimento de água:
serviço prestado.
• Índice de atendimento por rede de distribuição de 100% no Ano 2022.
Comparando a atual estrutura tarifária da CESAMA com a Companhia de Saneamento de • Consumo per capita de 155 L/hab.dia entre 2014 e 2033.
Minas Gerais – COPASA, tem-se um desconto de cerca de 28% sobre a tarifa fixa de água e • Índice de perdas na distribuição de 26% no Ano 2022.
de 42% sobre a tarifa fixa de esgoto das economias residenciais unifamiliares.
A princípio, conforme informações levantadas ao longo do diagnóstico, a única meta atendida
Segundo a Nota Técnica 179/2022 da ARISB-MG, a receita requerida, a qual considera as foi a de manter o consumo per capita abaixo de 155 L/hab.dia. No que tange à cobertura,
projeções de despesas de exploração e investimentos do ciclo tarifário, previa uma tem-se um atendimento de cerca de 96% da população em 2021 e o índice de perdas atual
necessidade de reposicionamento tarifário preliminar de 15,02%. Entretanto, ao serem está em 33,8%.
descontadas outras receitas esperadas para o período, metade da disponibilidade financeira
líquida e a não realização de outros investimentos previstos no ciclo tarifário anterior, chegou- Ainda segundo informações levantadas em campo referente às ações propostas no PSB de
se ao reposicionamento tarifário final de apenas 5,19%. Juiz de Fora, tem-se os seguintes status de execução para cada uma das proposições de
melhorias no sistema demonstrados no Quadro 5.
Importante destacar que as revisões são calculadas apenas para um ciclo tarifário de 3 anos,
não levando em consideração demandas de investimento de longo prazo. A partir da Quadro 5: Status de Execução das Ações de Abastecimento Água do PSB/JF.
Ações Propostas Prazo Situação
consolidação do PSB/JF, a CESAMA e a ARISB-MG deverão trabalhar uma estruturação Elaborar o Plano de Controle de Poços de propriedade da CESAMA. Curto -
tarifária com visão de um projeto de longo prazo. Elaborar o Plano de Controle de Poços e Minas pertencentes a particulares Curto -
Traçar diretrizes de proteção da área de preservação do manancial de Chapéu
D'Uvas, Ribeirão Espírito Santo e São Pedro e atualizar a legislação vigente para a Curto -
proteção da Represa João Penido
Finalizar as obras da adutora de Chapéu D'Uvas e ampliar as unidades da ETA CDI Curto OK
Ampliar a ETA Marechal Castelo Branco. Curto -
Construir vertedouro de segurança na Represa Dr. João Penido. Curto -
Elaborar projetos e obras de desvio das adutoras de água tratada do sistema João
Curto OK
Penido
Ampliar o número de hidrantes existentes no Município, visando o combate a incêndios Curto -
Elaborar e implementar projetos para os sistemas de abastecimento dos distritos Curto Parcial
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Ações Propostas Prazo Situação Há de se destacar as zonas especiais de interesse social – ZEIS, cujos atendimentos do
Elaborar estudo de concepção dos sistemas produtores e de distribuição,
Curto - sistema de abastecimento ainda não atingiram a universalização. No Quadro 6 são
contemplando todo sistema de abastecimento do município de Juiz de Fora
Ampliar o sistema de distribuição, buscando a universalização do serviço de apresentados os percentuais de atendimento em cada ZEIS que necessita ainda de
Médio Parcial
abastecimento de água.
Modernizar os equipamentos de manutenção dos sistemas de abastecimento Médio Parcial investimentos de ampliação visando a universalização.
Atualizar o Plano Diretor de Abastecimento de Água. Médio -
Promover melhoria da qualidade da água tratada - controle (CESAMA) e Vigilância Longo -
Elaborar Estudos e Projetos para possíveis demandas futuras. Longo - Quadro 6: ZEIS Sem Universalização do Atendimento de Água.
Implantar redes e ligações para expansão vegetativa da zona urbana visando manter a
Longo Parcial
universalização do sistema.
Elaborar o Plano de Controle e Redução de Perdas. Curto - Região de % de
Código Bairro Identificação
Modernizar e ampliar o sistema de macromedição e telemetria Curto Parcial Planejamento Atendimento
Capacitar recursos humanos da CESAMA. Curto -
Atualizar e modernizar o cadastro de redes de distribuição de água. Curto Parcial
Aprimorar rotina de combate a fraudes de água. Curto - L 08 Linhares Rua Raimundo Tavares Leste 86,52%
Setorizar a rede Longo Parcial _Estrada Remonta Margem esq. Rio
CO 15 Remonta Centroeste 78,79%
Substituir rede e hidrômetros Longo OK Paraibuna_
N 01 Náutico Ribeirão das Palmeiras Norte 0,00%
Parque
NE 05 Rua Senador Milton Campos Nordeste 43,41%
Guarani
Granjas
COBERTURA E QUALIDADE DE ABASTECIMENTO NE 06 Rua Joaquim Guedes Nordeste 50,00%
Bethânia
L 21 Santa Rita Rua Fernando Marcato Leste 91,38%
C 06 Bairu Vila Gaspar Centro 38,83%
Cobertura do Sistema de Abastecimento de Água Ponte Preta
N 07 Margem direita Rio Paraibuna Norte 26,55%
V
Vila Vila Esperança. Área de inundação Ãl†o
N 08 Norte 84,80%
Segundo informações repassadas pela CESAMA, ao final de 2021 os índices de atendimento Esperança córrego
Vila
do sistema de abastecimento de água total e urbano eram de, respectivamente, 96,0% e N 09 HOLCIN Norte 0,00%
Esperança
Vila
97,1%. N 10 Vila Esperança a II_Rua 1-A Norte 87,06%
Esperança
N 12 Santa Cruz Vila Mello Reis - Rua Luiz Villani Norte 95,04%
N 16 Santa Lucia Vila São Sebastiao BR-267 Norte 0,00%
Segundo as projeções do IBGE, a população em 2021 era estimada em 577.532 e, Cidade do
CO 01 Favelinha da FACIT Baixo e Alto Centroeste 50,10%
considerando o nível de atendimento de 96%, tem-se um total de 554.431 habitantes locados Sol
CO 04 Jardim Natal Vila Todos Juntos Centroeste 92,30%
em 225.763 economias residenciais, resultando numa média de 2,46 habitantes por N 17 Santa Cruz São Francisco de Paula Norte 87,17%
residência. O 01 Borboleta Ocupação do Borboleta - sem terra Oeste 93,14%
O 02 Borboleta Encosta do Borboleta - abrigo na escola Oeste 0,00%
Jardim
O 05 Alto Jardim Casablanca Oeste 85,38%
Segundo o Relatório de Gestão e Desempenho da Diretoria Executiva da CESAMA e as Casablanca
Jardim
informações disponibilizadas no Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento - O 06
Casablanca
Baixo Jardim Casablanca Oeste 82,59%
SNIS, ocorreu a seguinte evolução de atendimento urbano, conforme demonstrado no O 11 Torreões Oeste 0,00%
Rua Antônio Moreira e entorno do Morro
Quadro 6. S 06 Ipiranga
do Carrão
Sul 79,19%
Bela Aurora
S 08 Rua Jandira Limpio Pinheiro - Lado impar Sul 53,58%
(Ipir
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Prefeitura de Juiz de Fora
Por Economia
Ano Volume Consumido (m³) Economias Ativas
(m³/mês.economia)
Região de % de
Código Bairro Identificação 2020 31.870.813 249.230 10,66
Planejamento Atendimento
2021 31.962.711 254.001 10,49
Fonte: CESAMA, 2022.
Santa
S 16 Rua Adail Alevato Sul 85,59%
Efigênia
Cruzeiro do Analisando estes indicadores no Estado de Minas Gerais por meio do SNIS, ao longo do ano
S 22 Rua Pedro Celeste_Bomba de Fogo Sul 86,13%
Sul
Santo de 2020 a média de consumo foi de 10,79 m³/econ.mês, ou seja, o consumo médio por
SE 01 Cantinho do Céu Sudeste 86,30%
Antâœnio economia no município de Juiz de Fora foi em média 2,8% inferior à média dos estadual no
SE 04 Retiro Vila Santo Antônio II Sudeste 87,84%
Costa ano de 2020.
SE 08 Jardim da Lua Sudeste 96,95%
Carvalho
L 26 Floresta Toza Leste 0,00%
No que se refere ao consumo per capita, considerando a população projetada pelo IBGE, a
De acordo com a Gerência Comercial da CESAMA, hoje são atendidas 8.958 economias com média ao longo dos últimos seis anos analisados foi de 147,06 L/hab.dia, conforme demonstra
tarifa social para famílias cadastradas no CADÚnico da Prefeitura de Juiz de Fora. o Quadro 8, chegando a 152,31 L/hab.dia em 2020 valor este 4,7% inferior à média estadual
de 159,82 L/hab.dia.
Ainda, segundo informações repassadas pelo Comitê Técnico de Planejamento do Plano de
Saneamento Básico (CTP – Saneamento) de Juiz de Fora, cuja fonte é o Cadastro Único de Quadro 8: Consumo de Água Per Capita.
fevereiro de 2021, atualmente cerca de 636 famílias não tem acesso a água canalizada, com Ano Volume Consumido (m³) População Per Capita (L/hab.dia)
destaque para os territórios socioassistenciais – TS de Linhares, Torreões e Igrejinha.
2016 28.249.506 559.636 138,30
2017 29.706.472 563.769 144,36
Consumo Por Economia e Per Capita
2018 30.016.105 564.310 145,73
2019 31.157.932 568.873 150,06
Segundo informações obtidas no Relatório de Indicadores e Desempenho da CESAMA, 2020 31.870.813 573.285 152,31
referente ao ano de 2021, o consumo médio de água por economia por mês foi de 10,5 m³. 2021 31.962.711 577.532 151,63
Fonte: CESAMA, 2022.
Analisando o histórico dos últimos 5 anos, tem-se uma média de 10,51 m³/economia.mês,
Índice de Perdas
como mostra o Quadro 7 apresentado na sequência.
Desde o ponto de captação até o momento em que a água passa pelo hidrômetro existe um
Quadro 7: Consumo de Água Por Economia.
Por Economia
longo caminho em que a água percorre, o qual resulta em perdas de água. As perdas ocorrem
Ano Volume Consumido (m³) Economias Ativas
(m³/mês.economia) de modo natural num sistema de distribuição, entretanto, podem ser exponencialmente
2016 28.249.506 228.954 10,28
maiores quando da ineficiência na operação e na manutenção das redes, bem como na
2017 29.706.472 233.707 10,59
inadequada gestão comercial.
2018 30.016.105 239.241 10,46
2019 31.157.932 245.179 10,59
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Neste item serão analisadas as perdas na distribuição e de faturamento, que correspondem Figura 4: Índice de Perdas Anuais na Distribuição (%).
respectivamente às perdas físicas na distribuição juntamente às perdas não físicas por falhas
na micromedição, bem como às perdas no faturamento, cujo resultado é estritamente
financeiro à CESAMA. Devido à variação das perdas mês a mês, ocasionada especialmente
pelo descasamento entre a medição do primeiro ao último dia do mês com a leitura dos
hidrômetros, a qual ocorre de modo variado para cada região, as análises de perdas mensais
sempre consideram um acumulado do período de 12 meses.
Figura 3: Índice de Perdas Mensais em 2021 na Distribuição (%). Figura 5: Índice de Perdas Anuais na Distribuição (L/lig.dia).
Em conversas com a equipe técnica da CESAMA, entende-se que este aumento no índice de
perdas nos últimos anos se deve, em especial, ao aumento da idade média do parque de
hidrômetros, que, apesar de ainda se encontrar em idade inferior a 5 anos, já reflete no
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
aumento das perdas aparentes, também conhecidas como perdas comerciais nos últimos Conforme informações levantadas durante a visita técnica, foi observado que o parque de
anos. hidrômetros da CESAMA possui majoritariamente idade operacional inferior a 5 anos, o que
permite concluir que as perdas na distribuição devem ser majoritariamente ocasionadas por
Outro fator que deve ser considerado nas perdas é a existência de ligações com fraudes perdas físicas.
(também conhecido como gato) e hidrômetros fraudados, impactando diretamente no volume
micromedido. Para melhorar esta gestão das perdas operacionais, a CESAMA está implantando um
programa de operação por meio de distritos de medição e controle, tornando mais efetivo o
Foi citado ainda, que a CESAMA vem trabalhando na estruturação de um contrato de serviço de pesquisa e reparo de vazamentos não visíveis.
eficiência no controle de perdas com a iniciativa privada, ação que poderá gerar ganhos
financeiros sem a necessidade de realizar investimentos, ou seja, passando os riscos de Distritos de Medição e Controle - DMC
investimentos para o setor privado.
A implantação dos distritos de medição e controle tem como ponto de partida a divisão da
Analisando as perdas de faturamento, tem-se uma leve deterioração ao longo dos últimos 4 rede de abastecimento de água em áreas menores e mais gerenciáveis para o combate à
anos, saindo de 28,48% para 33,73%, como mostra a análise dos últimos 10 anos na Figura redução das perdas de água.
6.
Segundo as informações repassadas pela CESAMA, o sistema de abastecimento de água
Figura 6: Índice de Perdas Anuais de Faturamento (%). possui atualmente 20 distritos de medição e controle implantados e controlados, os quais
abrangem cerca de 34.702 ligações, o que representa 22,6% das ligações de água. No
Quadro 9, tem-se o número de ligações por DMC e zona de pressão do DMC.
13
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 9: Número de Ligações por DMC. O programa de controle de perdas por meio de distritos de medição e controle se iniciou em
Zona
Número Numero de abril de 2021, cujos volumes macromedidos estão apresentados no Quadro 10.
Regiões de
de Ligações Ligações por ZP
Pressão
Booster S. Sebastião 3.270 E10 3.270
Alegria do boi 1.604 VRP50 1.604 Quadro 10: Volumes Macromedidos por DMC.
VRP28 102 Regiões MÉDIA Abril Maio Junho julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
SpinaVille 219
R81 117 Booster S. Sebastião 179.536 166.929 172.999 172.187 190.080 179.289 180.740 186.470 186.899 180.230
R83 756 Alegria do boi 27.019 26.463 27.346 25.453 25.980 27.138 27.838 26.329 27.775 28.846
Santos Dumont 830 SpinaVille 6.196 6.881 5.813 5.919 5.888 6.636 7.076 6.480 5.287 5.785
VRP42 74
N. S. de Fátima 317 E60 317 Santos Dumont 11.424 13.071 12.675 12.934 12.478 9.732 12.493 11.410 8.999 9.026
N. S. de Fátima 5.451 5.496 5.288 5.106 5.324 5.789 5.806 5.158 5.651 5.437
Eldorado - VISTA ALEGRE 194 E23 194
Eldorado - MC LESSA 3.363 3.980 3.764 3.266 3.032 3.204 3.402 3.525 2.929 3.162
Eldorado - MC LESSA 259 E23 259
Grama 214.383 232.190 219.715 212.611 206.880 207.951 197.827 207.951 222.120 222.200
R40 3.787
Grajaú 60.693 62.996 58.553 59.943 56.652 63.451 65.719 59.642 57.654 61.630
Grajaú 6.718 R21 1.811
Alto Bom Clima 2.029 2.275 2.295 2.177 2.155 2.018 1.875 1.763 1.918 1.788
E118 1.120 Encosta do Sol 7.148 7.534 7.180 7.098 6.715 7.071 7.907 6.713 6.937 7.180
EAT245 105 Democrata 19.641 22.072 21.856 20.632 20.606 18.693 20.017 17.107 17.470 18.320
Alto Bom Clima 111
E187 6 Nova Benfica 17.361 19.008 15.685 15.801 15.803 15.422 18.026 17.463 18.896 20.142
Encosta do Sol 507 R59 507 São Damião 20.073 23.494 19.995 19.881 18.015 20.266 20.811 19.526 19.466 19.207
E22 870 Alfineiros 11.304 11.508 11.529 10.601 10.348 11.585 11.624 11.490 11.050 12.001
Democrata 1.119
E196 249 Jardim Natal 6.195 6.324 5.988 6.000 5.638 6.294 6.774 5.858 6.401 6.480
VRP38 1.233 Borboleta 14.318 15.741 12.748 14.701 13.531 13.747 15.633 15.883 12.411 14.470
Nova Benfica 1.368
E136 135 Santa Lúcia 26.815 29.527 31.605 32.452 26.660 29.749 24.079 22.343 22.473 22.447
São Damião 1.312 E131 1.312 Vitorino Braga 79.920 88.280 84.110 81.026 75.826 78.824 80.069 76.843 73.977 80.325
Alfineiros 828 E126 828 Portuguesa 1.245 ** ** ** ** 1.322 1.270 1.140 1.366 1.125
Jardim Natal 430 E101 430 ** Início do controle em agosto de 2021
VRP35 576 Fonte: CESAMA, 2022.
Borboleta 674
VRP36 98
Santa Lúcia 1.273 E87 1.273
As perdas na distribuição de cada um dos DMC’s controlados estão demonstradas no Quadro
R51 1.069
VRP40 992 11.
R41 2.289
E45 773
VRP49 506 Quadro 11: Índice de Perdas (%) por DMC.
R94 239
E165 335
Grama 10.254 E164 14
E42 896
E115 236
E66 1.248
E204 9
E163 161
E155 110
R75 1.377
E138 284
E150 636
E150 (2) 119
E150 (3) 404
Vitorino Braga 3.379
E54 1.276
R85 412
E149 91
Fonte: CESAMA, 2022.
R84 157
VRP Portuguesa 36 VRP19 36
Fonte: CESAMA, 2022.
14
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
O quadro acima demonstra a importância dos distritos de medição e controle no auxílio ao • Caetés de Minas.
combate às perdas não visíveis na rede de distribuição. Com as informações acima
apresentadas, pode-se por exemplo, planejar uma varredura de pesquisa e vazamento no Nos itens a seguir serão detalhados os mananciais superficiais de abastecimento.
DMC Vitorino Braga em detrimento aos demais, pois o mesmo, constantemente apresenta
um índice de perdas superior a 50%, resultado muito superior aos demais DMC’s, bem como Represa Chapéu D’Uvas
superior à média municipal de cerca de 33%.
O barramento foi construído a 50 km da nascente do rio Paraibuna, afluente do rio Paraíba
do Sul, e levou quase 40 anos para ser concluído.
3 LEVANTAMENTO E AVALIAÇÃO DOS MANANCIAIS DE ÁGUA BRUTA
Figura 7: Imagens de satélite do represamento.
Além dos mananciais supracitados, o município conta ainda com 3 mananciais superficiais
para atendimento da população nos Distritos Urbanos, sendo eles:
Por fim, o município conta ainda com a utilização de manancial subterrâneo para atendimento
das seguintes localidades:
• Igrejinha;
Dentre as principais finalidades deste sistema, estão o controle de inundações na cidade
• Dias Tavares;
através da regularização das vazões do rio Paraibuna e o abastecimento de água. A estrutura
• Paula Lima;
15
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
conta com área de espelho d’água máxima de 12,6 km² e volume máximo de 183 milhões de Quadro 12: Principais tipos de uso no entorno da bacia.
Área
metros cúbicos, sendo a variação cota, área e volume demonstrado na Figura 8. Com a vazão Uso
(ha) (%)
fornecida de 900 L/s, atende, em média, à demanda de água de 40% do município. Área antrópica agrícola 195,75 2,50
Área antrópica não agrícola 20,53 0,26
Figura 8: Curva Cota-Área-Volume da Represa Chapéu D’Uvas. Remanescente florestal 1.589,46 20,26
Área campestre 5.181,31 66,06
Área brejosa 20,85 0,27
Solo exposto 9,99 0,13
Corpos hídricos e reservatório 817,79 10,43
Unidades do sistema 7,70 0,10
Total 7.843,39 100
Fonte: Elaborado por AMPLA Consultoria, 2022.
16
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Plano de Segurança da Barragem Sua proposta inicial ocorreu no ano de 1929, com intuito de regularizar as vazões do
manancial, bem como solucionar as inundações que ocorriam em Juiz de Fora, sendo
A CESAMA possui um plano de segurança da barragem Chapéu D’Uvas, cuja última revisão classificada na época como uma das mais importantes obras de saneamento do Estado de
foi realizada em maio de 2022, seguindo as diretrizes propostas pela Resolução N°236/2017 Minas Gerais.
da Agência Nacional de Águas – ANA. Segundo o documento, pode-se observar as seguintes Sua utilização estendeu-se ainda ao abastecimento público, como aproveitamento das águas
informações mais relevantes: de seu reservatório, que estaria a aproximadamente 10 km de distância da sede urbana do
município.
• Foi realizada análise de estabilidade, onde verificou-se que a estrutura encontra-se
estável de acordo com a NBR 13.028/2017 e os critérios de Projeto Civil da Eletrobrás As obras da barragem de terra de 11,5 m de altura e 80 m de comprimento ocorreram entre
(2003) em todos os cenários analisados; os anos de 1933 e 1934. A área de espelho da água é de aproximadamente 4,2 km², e o
• Os instrumentos apresentaram variações coerentes com o comportamento do nível do volume armazenado pode chegar a 25 milhões de m³, sendo a variação cota, área e volume
reservatório, indicando que estão em adequado estado de funcionamento; demonstrado na Figura 10.
• Não foi apresentado procedimentos referentes a operação, manutenção, testes,
instrumentação e monitoramento do barramento. Figura 10: Curva Cota-Área-Volume da Represa Dr. João Penido.
O Sistema Dr. João Penido conta com uma barragem de acumulação localizada na região
norte do município de Juiz de Fora, onde se situa a represa homônima, instalada em trecho Fonte: Plano de Segurança de Barragens, CESAMA 2019.
do ribeirão dos Burros, afluente direto do rio Paraibuna. Os principais tributários do ribeirão
A morfometria do manancial em estudo está listada no Quadro 13, a seguir, enquanto a Figura
dos Burros (antigo córrego dos Pintos) são o córrego da Grama e o córrego Vista Alegre,
11 apresenta a vista aérea de parte da área da represa.
contribuintes diretos do reservatório.
18
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 13: Características morfométricas. A Resolução Conama nº 357/2005 define classes de enquadramento das águas superficiais
Característica Dimensões
de acordo com sua destinação e usos preponderantes, estabelecendo condições de
Comprimento máximo 7,25 km
Largura máxima 1,7 km qualidade de água específicos para cada uma. Ainda, segundo a Deliberação Normativa
Profundidade máxima 10,90 m COPAM nº 016/1996, é definido que o manancial em estudo pertence à Classe 1, desde sua
Profundidade média 6,53 m nascente ao seu encontro com o rio Paraibuna.
Área de superfície 3,7 km²
Perímetro 17,8 km
Como descrito na Deliberação Normativa COPAM nº 10/1986, que estabelece, entre outras
Fonte: Elaborado por AMPLA Consultoria, 2022.
providências, as normas e padrões de qualidade das águas, fica estabelecido que as águas
Figura 11: Imagem de satélite do represamento. estaduais de Classe 1 destinadas ao abastecimento domésticos também estariam aptas à
proteção e comunidades aquáticas, à recreação de contato primário, à irrigação de hortaliças
consumidas cruas e à aquicultura. As águas devem, portanto, estar resguardadas de
contaminação por excremento humano e outros poluentes que possam advir de atividades
humanas no seu entorno.
Por estar inserida em área urbana ocupada por significativa quantidade de ocupações em
seu entorno, há grande preocupação com a maneira como atividades humanas que ocorrem
às margens do represamento podem impactar e deteriorar a qualidade de água no
reservatório.
No Quadro 14 apresentam-se os dados de outorga mais recente concedida ao orientado por normas de parcelamento do terreno. No Art. 3º, definem-se os elementos
empreendimento em questão. considerados como áreas de proteção em todo o perímetro da bacia hidrográfica do
represamento:
Quadro 14: Informações de Outorga.
Processo Requerente Atividade Manancial Vazão (m³/s) I - Os corpos D`água;
Companhia de II - A faixa de proteção da Represa Dr. João Penido, medindo 100 ms
Saneamento e de largura em projeção horizontal a partir da curva de nível da cota
Ribeirão dos 744,00ms, acima do nível do mar, corresponde ao nível máximo da
115/2001 Pesquisa do Meio Abastecimento 0,75
Pintos Represa;
Ambiente -
Cesama III - A faixa de proteção de 50ms de largura medidos em projeção
Fonte: IGAM, 2008. horizontal, a partir dos limites do leito menor, em cada uma das margens
dos cursos d`água;
IV - a faixa de proteção das nascentes, definida por círculo de raio igual
a 50ms, medidos em projeção horizontal e tendo a nascente como
centro;
19
Revisão do Plano de Saneamento Básico
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V - os topos e morros, as florestas e demais formas de vegetação ali Quadro 15: Principais tipos de uso no entorno da bacia.
existentes, conforme o disposto na legislação florestal. Área
Uso
(ha) (%)
Ficam isentos de aplicação do Artigo supracitado serviços, obras e edificações destinadas à Área antrópica agrícola 31,16 1,82
proteção de mananciais, controle de recuperação de erosão, estabilização de encostas, Área antrópica não agrícola 70,75 4,12
manutenção da saúde pública ou implantação de infraestrutura de alto interesse público, e Remanescente florestal 284,70 16,60
Área campestre 850,05 49,56
irrigação. O uso para construção de fossas, campismo e para agricultura fica proibido, e a
Área brejosa 142,33 8,30
instalação de redes de esgoto dos loteamentos deve localizar-se no perímetro da área de
Solo exposto 36,61 2,13
drenagem. Corpos hídricos e reservatório 297,28 17,33
Unidades do sistema 2,38 0,14
Ainda, o Art. 6º determina que: Total 1.715,26 100
Fonte: Elaborado por AMPLA Consultoria, 2022.
I - Nos setores I e II:
a) nas áreas com declividade inferior a 35% (trinta e cinco por cento) os
lotes resultantes do parcelamento deverão ter a área mínima de O que se nota das informações constantes no Quadro 15 e na Figura 12 é que de fato a
3.000m², com testada igual ou superior a 30 ms.
b) nas áreas com declividade superior a 35% (trinta e cinco por cento) urbanização mais densa é a ribeirinha, e que o solo exposto ou coberto por gramíneas parece
os lotes resultantes do parcelamento deverão ter a área mínima de ter substituído a vegetação ciliar original.
5.000m², com testada igual ou superior a 35ms.
II - no setor III, nas áreas com declividade inferior a 35% (trinta e cinco
por cento) os lotes resultantes do parcelamento deverão ter
obrigatoriamente e no mínimo 8.000m2 de área e testada, igual ou
superior a 50ms.
No Art. 8º impõe como vedado o parcelamento de áreas com declividade superior a 35%
localizadas no setor III, bem como das áreas de preservação no setor IV e seus subsetores.
Há quase que completa ausência de mata ciliar na área estudada. Um dos problemas
associados enfrentados a este aspecto são as ocupações e pastagens irregulares às
margens do manancial, atividades de substancial influência no assoreamento e na promoção
da eutrofização de ecossistemas aquáticos.
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Figura 12: Mapa de uso e ocupação do solo no entorno da Represa Dr. João Penido.
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Visando combater a problemática da ocupação nos arredores do manancial, a Prefeitura de • Foi realizada análise de estabilidade, onde verificou-se que a estrutura encontra-se
Juiz de Fora instituiu por meio da Portaria n° 11.711/2021, o Grupo de Trabalho (GT) com a estável de acordo com a NBR 13.028/2017 e os critérios de Projeto Civil da Eletrobrás
incumbência de promover a elaboração de estudos preliminares que subsidiem futuras (2003) em todos os cenários analisados;
proposições para a contenção da expansão da mancha urbana e consequente degradação • Os instrumentos apresentaram variações coerentes com o comportamento do nível do
ambiental da bacia de contribuição do manancial. Dentre as ações executadas destaca-se a reservatório, indicando que estão em adequado estado de funcionamento;
continuidade da suspensão da emissão de licenças e autorizações, em caráter temporário, • Não foi apresentado procedimentos referentes a operação, manutenção, testes,
por meio do Decreto n° 14.794, que vigorará até 5 de outubro de 2022. instrumentação e monitoramento do barramento.
• Inexistência de plano de ações emergenciais.
O Município de Juiz de Fora criou o Programa Nossa Água, nos moldes do Programa Produtor de Água • A barragem está classificada como categoria de risco médio e dano potencial
(PPA) promovido pela Agência Nacional de Águas (ANA) que utiliza o conceito de Pagamento por associado alto, levando classificação A.
Serviços Ambientais (PSA). • Segundo o Guia de Revisão Periódica de Segurança de Barragens da ANA, esta
estrutura deveria ter capacidade de atender um tempo de retorno mínimo de 1000
O Programa Nossa Água objetiva a recuperação ambiental dos mananciais de abastecimento da anos, porém de acordo com simulações, a estrutura não atende a capacidade mínima
Represa Dr. João Penido e Ribeirão Espírito Santo, cujos recursos financeiros para implantação são exigida.
oriundos da aplicação da Lei Estadual nº. 12.503/1997, conhecida como Lei Piau, que cria o Programa • A CESAMA já possui projeto para ampliação da capacidade de extravasamento de
Estadual de Conservação da Água. Desta forma, em novembro de 2020 foi firmado o Convênio n.º cheias e, assim, atender as exigências da ANA.
09.2020.008 entre as antigas Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Atividades Urbanas - SEMAUR, • Foi elaborado um Plano de Ação com 16 itens a serem realizados no prazo de até 18
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária - SEDETA e CESAMA, para meses pela CESAMA.
possibilitar o repasse dos recursos financeiros correspondente a 0,5% do faturamento tarifário mensal
da CESAMA, conforme determinação da Lei Piau, para o custeio do Programa.
Ribeirão Espírito Santo
Programa foi lançado oficialmente no dia 21 de setembro de 2021, e atualmente se encontra em fase
O ribeirão do Espírito Santo é um manancial superficial de passagem que constitui o sistema
de elaboração dos Projetos Individuais das Propriedades - PIP, contemplando os produtores
homônimo, localizado a noroeste do município de Juiz de Fora. Sua bacia hidrográfica drena
cadastrados.
uma área de mais de 140 km², em maior parte rural. As águas, de Classe 1 desde suas
nascentes até o encontro com o rio Paraibuna, são disputadas para outras atividades, como
Plano de Segurança da Barragem
para empreendimentos agropecuários e industriais.
A CESAMA possui um plano de segurança da barragem Dr. João Penido, cuja última revisão
foi realizada em maio de 2022, seguindo as diretrizes propostas pela Resolução N°236/2017
da Agência Nacional de Águas – ANA. Segundo o documento, pode-se observar as seguintes
informações mais relevantes:
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Figura 13: Imagem de satélite da captação. sua maior parte, no entanto, ainda é rural, com presença de atividades agropastoris não muito
distantes da área urbana (Figura 14).
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Figura 14: Mapa de uso e ocupação do solo no entorno do Sistema Espírito Santo.
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Córrego São Pedro assoreamentos intensos em seu leito trazem urgência na busca de medida de mitigação e
resguardo dessas águas.
O córrego São Pedro escoa suas águas para o reservatório do sistema São Pedro, também
conhecido como Represa dos Ingleses. O sistema também é alimentado pelas águas do Uso e ocupação do solo no entorno
córrego Grota do Pinto, e ambos os córregos estão inseridos na bacia do rio Paraibuna.
A região a montante do represamento, localização privilegiada na cidade, é alvo de
especulação imobiliária, resultando em expansão das áreas construídas. Além disso, o
Ainda no tocante às particularidades do sistema São Pedro, está localizado na região oeste
entorno do represamento apresenta matas fragmentadas e em progressiva supressão,
da cidade de Juiz de Fora, a área particular foi cedida para fins de exploração parcial pelo
tornando o reservatório e os cursos d’água vulneráveis ao carreamento e deposição de solo
serviço público, e atualmente drena uma área de aproximados 13 km², além de abastecer 8%
em seus leitos.
da população do município. A barragem de terra conta com 200 m de comprimento e 5 m de
altura, configurando uma área de espelho d’água de até 350,8 km² e volume máximo de 1,1
Figura 16: Imagem de satélite do represamento.
milhão de m³, sendo a variação cota, área e volume demonstrado na Figura 15.
O córrego homônimo enquadra-se como Classe 1, desde sua nascente até o ponto de
captação na cidade, e, em vista das restrições de qualidade de água impostas a esta
categoria, há preocupação acerca da deterioração que vem sofrendo em razão da poluição
urbana crescente. Ocupações no seu entorno, lançamentos de efluentes sem tratamento e
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Figura 17: Uso e ocupação do solo na área de captação do Sistema São Pedro.
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A atual configuração dos arredores do represamento permite contemplar os riscos para o • A barragem está classificada como categoria de risco médio e dano potencial
sistema São Pedro. Há uma porcentagem significante de área antropizada (17,40%) e de solo associado alto, levando classificação A.
exposto (3,31%), as mais altas dentre os demais mananciais estudados. • Considerando a altura do maciço e a estrutura de descarga existente, a estrutura não
atende à capacidade de conduzir com segurança cheias com tempo de retorno mínimo
A parcela de remanescente florestal não é das mais baixas, mas a combinação dos fatores de 500 anos.
de desmatamento da mata ciliar e maior impermeabilização do solo chamam a atenção. Em • Foi elaborado um Plano de Ação com 12 itens a serem realizados no prazo de até 18
época de estiagem as águas sofrem os efeitos de assoreamentos intensos, estes oriundos meses pela CESAMA.
dos períodos de cheias, bem como a baixa vazão. São cabíveis medidas corretivas e
mitigadoras a nível socioambiental e ecológico a fim de garantir a longevidade e eficácia do Ribeirão do Pião
sistema produtor de águas.
O ribeirão Pião fornece água para o sistema de abastecimento de água do distrito de
Plano de Segurança da Barragem Torreões. O Ribeirão é afluente do Rio do Peixe, tributário da bacia do Paraibuna, e cujas
águas estão enquadradas como Classe especial, segundo a Deliberação Normativa COPAM
A CESAMA possui um plano de segurança da barragem São Pedro, cuja última revisão foi nº 16/1996, cuja definição e destinação é definida pela Deliberação Normativa Conjunta
realizada em maio de 2022, seguindo as diretrizes propostas pela Resolução N°236/2017 da COPAM/CERH-MG nº 01, de 05 de maio de 2008.
Agência Nacional de Águas – ANA. Segundo o documento, pode-se observar as seguintes
informações mais relevantes: Desta forma, as águas do ribeirão Pião destinam-se ao abastecimento para consumo
humano, cujo modelo de tratamento utilizado pela CESAMA é o de tratamento convencional
• Foi realizada análise de estabilidade, onde verificou-se que a estrutura encontra-se em estação de tratamento de água.
estável de acordo com a NBR 13.028/2017 e os critérios de Projeto Civil da Eletrobrás
(2003) em todos os cenários analisados; Uso e ocupação do solo no entorno
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O Quadro 19 destrincha a quantificação de área coberta por cada tipo de uso de solo,
mapeado e representado na Figura 19.
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Figura 19: Uso e ocupação do solo na área de captação do Sistema do Ribeirão do Pião/Torreões.
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Ribeirão do Carmo
Foi analisada o uso e cobertura do solo da bacia contribuinte ao pequeno represamento, cujas
tipologias elencadas e quantificadas estão representadas no Quadro 20 e no mapa da Figura
21.
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Figura 21: Uso e ocupação do solo na área de captação do Sistema do Ribeirão do Carmo.
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Manancial de Sarandira
Quadro 22: Principais tipos de uso no entorno da bacia.
O manancial de Sarandira encontra-se nas proximidades do núcleo urbano de Juiz de Fora e Área
Uso
(ha) (%)
é utilizado como fonte de abastecimento público de água na região por meio de captação na
Área antrópica não agrícola 0,81 1,12
represa implantada. Sua nascente verte para o córrego Ponte da Pipa, no distrito de
Remanescente florestal 1,73 2,38
Sarandira, sendo ele tributário do rio Cágado, afluente mais a jusante do rio Paraibuna. Área campestre 66,70 91,88
Área brejosa 1,89 2,61
Segundo promulgado com a Deliberação Normativa COPAM nº 16/1991, o rio Cágado está Solo exposto 1,39 1,91
enquadrado como rio de Classe 1, em sua completa extensão. No Quadro 21 estão elencados Unidades do sistema 0,07 0,10
Total 72,60 100
dados de vazão média de longo período (Qmlp), bem como vazões mínimas de referência.
Fonte: Elaborado por AMPLA Consultoria, 2022.
Quadro 21: Dados de vazões do rio Cágado.
Vazão Valor (L/s) As áreas ocupadas por campos de pastagem e/ou por gramíneas naturais apresentam-se
Qmlp 20,71
como a classe de cobertura mais representativa para a área no entorno do manancial de
Q7,10 5,99
Sarandira, representando 91,88% do total. Em seguida nesse ranking estão as demais
Q90 9,64
Q95 8,54
categorias de cobertura vegetal: área brejosa, com 1,89 ha (2,61% da área total) e
Fonte: Minas Gerais, 2010. remanescentes florestais, com 1,73 ha (2,38% da área total).
Do vale que drena para o córrego Ponte da Pipa afloram águas que configuram uma área
úmida, característica de inundação, povoada por vegetação higrófila e gramínea, com
ocorrência de vegetação arbórea fragmentada, sem formação de mata, com árvores e
palmeira isoladas.
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Nos itens a seguir será realizada uma caraterização e diagnóstico da situação atual das
unidades operacionais do sistema de abastecimento de água da sede de Juiz de fora.
A água bruta é captada na Represa Chapéu D’Uvas por um sistema de tomada direta em Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
O recalque da água bruta é realizado por 3 conjuntos moto bomba, como mostra a Figura 25,
sendo dois operando e um reserva, com potência instalada de 300 cv cada, com capacidade
de recalcar uma vazão de até 1.566 m³/h.
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Figura 27: Gerador de Energia da Captação Chapéu D’Uvas. Figura 29: Adutora Chapéu D’Uvas.
Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022. Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
A adução de água bruta é realizada inicialmente por 3 adutoras de água bruta, como mostra Antes de seguir seu trajeto até a ETA CDI, há uma torre de alívio – TAL instalada para
a Figura 28, passando então para uma adutora em FoFo com diâmetro de 900 mm e extensão proteção dos equipamentos contra potenciais golpes de aríete, conforme demonstra a Figura
de cerca de 17,5 km até a ETA CDI, vide a Figura 29. 30. Após o recalque até o TAL, a adução funciona por gravidade com capacidade instalada
de 900 L/s.
Figura 28: Adutoras de Água Bruta Submersas na Represa Chapéu D’Uvas.
Todo o sistema de captação de Chapéu D’Uvas conta também com macromedição da vazão
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captada, bem como telemetria com telecomando das unidades operacionais, vide a Figura
31. Ao longo da visita técnica foi possível identificar que as unidades operacionais de captação
da Represa Chapéu D’Uvas encontravam-se em excelente estado de conservação e
Figura 31: Macromedição e Telemetria de Chapéu D’Uvas. operação.
A CESAMA já possui uma outorga de direito do recurso hídrico por meio da Resolução ANA
nº 773/2015, mesmo sendo este manancial localizado no município de Ewbank Camara, bem
como já solicitou outorga de captação para uma vazão média de 900 L/s.
Além do abastecimento da ETA CDI, a adutora de água bruta da represa de Chapéu D’Uvas
abastece também a ETA Marechal Castelo Branco, entretanto, por uma necessidade de
Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022. aumento da pressão na rede, está instalado um recalque intermediário na adutora de água
bruta.
Além da função de controle de cheias no município de Juiz de Fora, a barragem tem também
a função de gerar regularidade no abastecimento de, em média, 40% da população. Na Figura
O sistema foi recentemente implantado e conta com 2 conjuntos moto bomba, porém apenas
32 é possível visualizar o vertedouro da represa Chapéu D’Uvas.
um deles está instalado, como mostra as Figuras 33 e 34.
40
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O acionamento do conjunto moto bomba em operação é realizado por sistema de inversor de Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
frequência, vide a Figura 35, permitindo a modulagem da vazão de acordo com a necessidade
Na descrição da unidade operacional, bem como nas imagens apresentadas é possível
da operação.
identificar o adequado estado de conservação de todas as unidades operacionais do booster
de água bruta Castelo Branco.
Figura 35: Acionamento do Booster Castelo Branco.
A água bruta é captada na Represa João Penido por gravidade em uma tubulação com
diâmetro de 600 mm e por um sistema de tomada direta em estrutura flutuante com adutora
de 800 mm. O recalque da água bruta é realizado por 4 conjuntos moto bomba, como mostra
a Figura 37, com potência instalada de 40 cv cada, com capacidade de recalcar uma vazão
de até 720 m³/h a uma altura manométrica de 8 mca.
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Figura 37: Tomada de Água Bruta da Represa João Penido. Figura 39: Macromedição - João Penido.
Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022. Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
O acionamento dos conjuntos moto bomba é realizado por sistema de soft start, porém com Figura 40: Vertedouro da Represa João Penido.
Ao longo da visita técnica foi possível identificar que as unidades operacionais de captação
da Represa João Penido encontravam-se em adequado estado de conservação e operação.
Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
Todo o sistema de captação de João Penido conta também com macromedição da vazão A CESAMA possui outorga de captação para uma vazão de até 750 L/s, por meio da Portaria
captada na chegada à ETA Marechal Castelo Branco, vide a Figura 39, bem como telemetria nº 667/2002 do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, com validade pelo período de 20 anos,
com telecomando das unidades operacionais. Na Figura 40 é possível visualizar o vertedouro sendo, portanto, necessária sua reavaliação e consequente renovação.
da represa João Penido.
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Para a realização de captação no Ribeirão Espírito Santo, foi construída uma pequena
estrutura de barragem com pedras para elevação do nível da água no ponto de captação,
como mostra a Figura 43.
A CESAMA possui outorga de captação para uma vazão de até 620 L/s, por meio da Portaria
nº 647/2002 do Instituto Mineiro de Gestão das Águas, com validade pelo período de 20 anos,
sendo, portanto, necessária sua reavaliação e renovação.
43
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de água bruta, mostrado na Figura 45. A estrutura é composta também de gradeamento para Figura 46: Conjuntos Moto Bomba da Captação Ribeirão Espírito Santo.
O acionamento dos conjuntos moto bomba é realizado por sistema de inversor de frequência,
vide a Figura 47.
Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
Figura 45: Poço de Sucção. Figura 47: Acionamento dos CMB’s da Captação Ribeirão Espírito Santo.
Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022. Fonte: Arquivo Técnico, Ampla 2022.
O recalque da água bruta é realizado por 3 conjuntos moto bomba, como mostra a Figura A adutora de água bruta tem diâmetro de 400 mm em ferro fundido e com extensão
46,com potência instalada de 350 cv cada, com capacidade de recalcar uma vazão de até aproximada de 1.180 metros até a ETA CDI.
620 L/s a uma altura manométrica de 80 mca.
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Todo o sistema de captação do Ribeirão Espírito Santo conta também com macromedição da ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
vazão captada, bem como telemetria com telecomando das unidades operacionais.
O sistema de produção de água para a área urbana de Juiz de Fora conta atualmente com 3
Ao longo da visita técnica foi possível identificar que as unidades operacionais da captação unidades de tratamento, sendo: ETA CDI, ETA Marechal Castelo Branco e ETA São Pedro,
Ribeirão Espírito Santo se encontravam em adequado estado de conservação e em plena cujas localizações podem ser verificadas na Figura 48 e cujos levantamentos e diagnósticos
operação. serão apresentados nos itens a seguir.
Houve diversas melhorias no sistema que foram realizadas após a crise hídrica, ocorrida
especialmente no ano de 2015. Entre as principais, pode-se destacar a implantação de
adutora de água bruta que conectou a represa Chapéu D’Uvas à ETA CDI e, posteriormente
à ETA Marechal Castelo Branco, conferindo uma maior segurança hídrica na capacidade de
captação.
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A ETA CDI tem vazão de projeto de até 620 L/s, passando por ampliação nas suas unidades
de floculação e filtração no ano de 2021 para uma capacidade de até 1.000 L/s, porém, a
ampliação não é utilizada na sua plenitude pela companhia por dificuldades operacionais.
Esta unidade operacional recebe água bruta do Ribeirão Espírito Santo, bem como um reforço
proveniente da represa Chapéu D’Uvas, como mostra a Figura 49 com as duas chegadas na
ETA. Na mistura rápida da ETA, ocorre a aplicação de cloreto férrico e cal para regulação do
pH ótimo de coagulação.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
Figura 49: Chegada de Água Bruta na ETA CDI.
Figura 51: Floculadores Mecanizados – ETA CDI
A ETA é do tipo tratamento convencional, sendo composto por uma calha Parshall na entrada,
floculadores mecânicos, decantadores convencionais e filtros de fluxo descendentes, como
mostra as Figuras 50, 51, 52 e 53..
47
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Figura 52: Decantadores Convencionais – ETA CDI Nas Figuras 54 e 55 são demonstradas as unidades operacionais da etapa de ampliação que
não estão sendo utilizadas.
• Floculadores – São 6 unidades com dimensões úteis de cada câmara de 5,40 m x 5,50
m x 3,00 m.
• Decantadores – São 2 unidades com dimensões úteis de cada câmara de 12,45 m x
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
29,80 m x 3,70 m.
• Filtros – São 12 unidades com dimensões úteis de cada câmara de 5,30 m x 3,20 m. Para realização da limpeza dos filtros, estão instalados dois conjuntos moto bomba com
acionamento por inversor de frequência, além de um pequeno recalque para pressurizar a
mangueira de limpeza das paredes, como mostra a Figura 56.
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Figura 56: Recalque de Limpeza dos Filtros. Figura 58: Gerador da ETA CDI.
O processo de cloração é realizado por meio do sistema hidrogeron para geração de cloro a
partir da eletrólise da salmoura, conforme demonstrado na Figura 57. Aplica-se ainda o
fluossilicato de sódio para realização da fluoretação da água para distribuição.
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Após o processo de tratamento, a água tratada é encaminhada para o reservatório da ETA Figura 61: Medidores em Tempo Real.
Do reservatório da ETA CDI, ocorre a distribuição por gravidade para o Distrito Industrial e
seguindo o fluxo de distribuição de modo integrado aos demais sistemas de distribuição.
A ETA CDI possui Licença de Ambiental Simplificada – LAS n° 041/2019 concedida pelo
Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA, com validade de 10 anos. Não existe
sistema de tratamento de lodo gerado na ETA, sendo o mesmo, no momento, encaminhado
para o sistema de descarga da estação.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
Laboratório de Análises de Qualidade
ETA Marechal Castelo Branco
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Figura 63: ETA Marechal Castelo Branco e ETA João Penido (desativada). Figura 65: Floculadores Mecanizados – ETA Marechal Castelo Branco.
A ETA é do tipo tratamento convencional, composta de dois módulos iguais, sendo composto
de processo de coagulação com aplicação de sulfato de alumínio na câmara de chegada,
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
floculadores mecânicos, decantadores convencionais e filtros de fluxo descendentes, como
mostra as Figuras 64 a 67. Figura 66: Decantadores Convencionais – ETA Marechal Castelo Branco.
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Figura 67: Filtros Descendentes – ETA Marechal Castelo Branco. Figura 68: Recalque de Limpeza dos Filtros.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Figura 69: Reservatório de Limpeza dos Filtros.
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Figura 70: Cloração - Sistema Hidrogeron. Figura 72: Gerador da ETA Marechal Castelo Branco.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
Figura 71: Fluoretação e Cloração Reserva. Após o processo de tratamento, a água tratada é encaminhada para o sistema de distribuição,
podendo ser por gravidade ou com auxílio de bombeamento para aumento de pressão na
rede adutora, de acordo com a demanda de consumo.
No final de todo o processo de tratamento, tem-se ainda a aplicação de cal para correção do
pH.
A ETA Marechal Castelo Branco conta ainda com um gerador, bem como telemetria,
conforme mostra a Figura 72.
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Figura 74: Travessia da Adutora de Água Tratada 3. Figura 75: Bancada do Laboratório – ETA Marechal Castelo Branco.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
Em todas as adutoras de saída estão instalados macromedidores, cujo controle de vazão é ETA São Pedro
realizado pelo centro de controle operacional – CCO.
A ETA São Pedro tem capacidade de operar uma vazão de até 150 L/s, recebendo água bruta
Um dos problemas encontrados na operação, foi a capacidade do decantador na ETA da represa São Pedro. Já na chegada à ETA, ocorre a aplicação de sulfato de alumínio ferroso
Marechal Castelo Branco, o qual estava operando afogado na saída para o filtro, resultando para coagulação e cal para regulagem do pH ótimo de coagulação, como mostra a Figura 76
em elevado carreamento de sólidos e consequentemente uma redução na carreira de e cujo reservatório pode ser visto na Figura 77.
filtração.
Figura 76: Coagulação de Água Bruta na ETA São Pedro.
A ETA Marechal Castelo Branco possui Licença de Ambiental Simplificada – LAS n° 040/2019
concedida pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA, com validade de 10
anos. Não existe sistema de tratamento de lodo gerado na ETA, sendo encaminhado para o
canal de descarga da ETA.
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Figura 77: Reservatório de Cloreto Férrico na ETA São Pedro. Figura 79: Decantadores Convencionais – ETA São Pedro.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
A ETA é do tipo tratamento convencional, sendo composto, além da calha Parshall na Figura 80: Filtros Descendentes – ETA São Pedro.
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O processo de cloração é realizado por meio do sistema hidrogeron para geração de cloro a Figura 83: Telemetria e Telecomando da ETA São Pedro.
Da ETA São Pedro, ocorre a distribuição por recalque para a Zona B, Zona E e Alto dos
Pinheiros, cujas características serão demonstradas na sequência.
A ETA São Pedro possui Licença de Operação Corretiva – LOC n° 22/2017 concedida pelo
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMDEMA, com validade de 10 anos, ficando as
Figura 82: Fluoretação e Cal. seguintes condicionantes a cargo da CESAMA:
Apesar da exigência da LOC, não existe sistema de tratamento de lodo gerado na ETA, sendo
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. encaminhado para o sistema de drenagem urbana.
A ETA conta com sistema de telemetria e macromedição de saída, como pode ser visto na
Figura 83.
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A saída de água tratada da ETA São Pedro é composta de 3 linhas de recalque, sendo:
• Recalque para a Zona B, composto de 2 conjuntos moto bomba com potência instalada
de 100 cv (Figura 85) que operam sem equipamento reserva, sendo que deste recalque Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
sai uma derivação para lavagem dos filtros. O acionamento se dá por sistema de inversor
de frequência, vide a Figura 86. • Recalque para a Zona E, composto de 1 conjunto moto bomba com acionamento por
chave compensadora (Figuras 87 e 88)
• Recalque para Alto dos Pinheiros, composto de 1 conjunto moto bomba, com acionamento
por inversor de frequência (Figura 89).
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Figura 87: CMB1s de Recalque ETA São Pedro – Zona E e Alto dos Pinheiros. Figura 89: Acionamento do Recalque Alto dos Pinheiros.
LABORATÓRIO CENTRAL
A estrutura do laboratório conta com 350 m² com equipamentos para análises diárias de
acordo com a Portaria de Consolidação GM/MS nº 888/2021, além de outros de última
geração, tais como:
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
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O laboratório conta ainda com a Certificação ISSO 17.025, que confere ao laboratório o ANÁLISE CRÍTICA DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA
reconhecimento pela competência na produção de dados e resultados tecnicamente válidos.
Segundo as informações levantadas juntamente à CESAMA, a produção de água ao longo
Nas Figuras 90 e 91 pode-se observar o adequado estado de conservação do laboratório do ano de 2021 foi de 48.331.651 m³, ou seja, uma média de 1.530 L/s, sendo todo o volume
central. macromedido. O volume de água de serviço no mesmo período foi de apenas 39.281 m³, o
que representa 0,08% do volume produzido. A capacidade de produção atual, segundo a
Figura 90: Sala de Análises Bacteriológicas. CESAMA, vem sendo suficiente para atender as demandas de abastecimento da população,
não sendo recorrentes intermitências por problemas de produção.
No que tange às condições atuais das instalações existentes, foram identificadas diversas
necessidades de melhorias operacionais, dentre as quais, pode-se destacar:
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interligando na rede de distribuição. As iniciativas de setorização abrangem até o momento, reservatório capacidade (m³) reservatório capacidade (m³)
pequenos setores de medição de modo a auxiliar no controle de perdas, porém sem impactar Jardins Imperiais 100 Portal do Aeroporto 103
Parque Imperial 30 Nova Gramado 34
na macro distribuição do sistema. Zona A 600 Fazendinhas de Valadares 25
Zona B 670 Jardim Cachoeira 30
Zona E - VELHO 1.750 Recanto da Mata 75
Reservatórios de Água Tratada
Zona E - NOVO 5.000 Alto Santo Antônio I 235
Bairú 800 Terras Altas II 30
A partir da análise do cadastro técnico do sistema de abastecimento de água, observou-se Grajaú 700 Terras Altas I 150
Bonsucesso 300 Torreões II 68
que o sistema de distribuição de água de Juiz de Fora é composto de 98 unidades de
Tiguera 600 Milho Branco Invasão 30
reservação, as quais combinadas resultam numa capacidade de reservação de 52.708 m³, Grama 1.300 São Lucas 390
conforme apresentado no. Quadro 24. Na Figura 92, observa-se a localização das unidades Henrique de Novaes 16.600 Parque das Águas 138
Bairro Nª. Sra. de 200 Nova Germânia 78
operacionais no sistema de distribuição.
Floresta 100 São Judas III 5
Jardim Natal 250 Caetés II 50
. Quadro 24: Capacidade dos Reservatórios de água tratada. São Bernardo 600 Alto Santo Antônio II 30
reservatório capacidade (m³) reservatório capacidade (m³) Parque ABC 550 Igrejinha II 30
Recanto da Mata II 57 Milho Branco I 500 Santo Antônio 500 Pedras Preciosas II 100
Estrela Alta Elevadi 99 Milho Branco II 200 Parque Guarani 120 Residencial Alvim 50
Estrela Alta Apoiado 262 Nova Benfica 150 Parque Independência 400 Residencial Miguel Marinho 97
PARQUE GUARANI 120 R.O 2.500 São José 700 Pedras Preciosas I 50
SANTA LOLA 72 Pedra Bonita 32 Amazônia 120 Alphavile I - apoiado 287
Alto Foguete Nova Benfica 10 São Judas I 400 Cidade do Sol 700 Santo Agostinho 50
Alphaville II - Elevado 50 São Judas II 35 Encosta do Sol 150 Jardim São João 50
Spinaville (menor) 8 Florestinha 28 Capacidade de Reservação Total 52.708
São Luiz Elevado 7 Granjas da Represa 20 Fonte: CESAMA, 2022.
São Luiz Apoiado 155 Fontesville 12
São Pedro - Caiçaras Novo 5.000 Spinaville (Maior) 111
Zona D 1.000 Terras do Comendador 50
Machado Sobrinho 300 Boto II 58
Retiro 500 Paula Lima 100
Guaruá 300 Rosário de Minas 38
Esplanada 125 Igrejinha I 100
Bosque do Imperador 30 Torreões I 30
Alto Grajaú 300 Sarandira 100
Mirante 150 Aeroporto 150
Alto dos Pinheiros 390 Boto I 200
Boa Vista 2.500 CERESP 160
Flamboyant II 50 Bom Pastor 200
Flamboyant I 50 Granville 200
Jardim da Serra 200 Caiçaras 200
JK 300 La Roca 75
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Principais Reservatórios do Sistema de Distribuição Figura 94: Reservatórios Bom Sucesso e Tiguera.
Há de se destacar também, pelo porte estrutural, os reservatórios Caiçaras Novo e Zona E Figura 95: Reservatórios Zona B e Zona E Novo.
Novo com 5.000 m³, bem como o Boa Vista com 2.500 m³.
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Figura 97: Reservatórios Boa Vista e Caiçaras Novo. Quadro 25: Estimativa de Demanda de Reservação.
Além disso, a distribuição dos reservatórios não ocorre de modo igualitário em todo o sistema
de distribuição. Num cenário ideal, uma macrosetorização do sistema permitiria uma análise
mais aprofundada da capacidade de reservação, porém as condições atuais do sistema não
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
permitem este detalhamento.
Considerando os volumes consumidos ao longo dos últimos anos, pode-se concluir que o adequado estado de conservação da maioria das unidades, apesar da necessidade de
sistema de reservação atende, de modo geral, com folga as demandas de abastecimento, melhorias contínuas para garantir a manutenção adequada das estruturas. Porém, há casos
como pode ser visto no Quadro 25, onde foram analisadas as demandas de reservação, de em que a recuperação é emergencial, como é o caso da necessidade de recuperação da
acordo com o volume consumido pela população. estrutura física no reservatório Henrique de Novaes, cujo vazamento ocorre de modo
contínuo, como pode ser visto na Figura 99.
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Altura Altura
Potência Potência Potência Potência
Local Vazão (m³/h) Manométrica Local Vazão (m³/h) Manométrica
Motor 1 (cv) Motor 2 (cv) Motor 1 (cv) Motor 2 (cv)
(mca) (mca)
Granville 3 3 9 30 Pq. Ind. 2 1,5 1,5 10 16
Jardim da Serra 30 30 Previdenciários 7,5
Jardim Emaús 3 3 Randal de Oliveira 3 3 13 25
JK 1 / JK 2 30 30 62 55 Rec. dos Lagos 1 20 20
JK 1 / Tiguera 175 200 300 92 Rec. dos Lagos 2 3 3
JK 2 30 30 71 Recanto da Mata 5 5 6 70
Jockey Club 50 50 115 85 Recanto da Mata 2 5 5
Mandala 7,5 7,5 7,8 65 Reforço Pedra bonita(fontesville) 15 98
Maternidade 400 400 Renascença 5 5
MIGUEL MARINHO 4 4 18 30 Resev. Zona B/ Elev. Zona A 50 50 12,21 20,71
Milho Branco 30 50 41,5 70 RESIDENCIAL ALVIM 5 7,5 8 100
Milho branco invasao 2 2 7,4 35 Residencial São João 7,5 7,5 10,1 100
Mirante 10 10 Residencial São Luiz 7,5 7,5
N. S. da Paz 20 RHN 250 250
N. S. de Fátima 6 6 Ribeiro de Abreu 5 5 8 30
N. Senhora do Nazaré 7,5 Sagrado Coração 7,5
Nova Benfica 1 40 40 38 Santa Isabel 15 15
Nova Benfica 2 30 54 91 Santa Lola 6 6
Nova Benfica 3 0,5 0,5 Santa Lucia 30 30 58 75
Nova gramado 20 20 35 58 Santa Maria 3 3 14 34
NOVO TRIUNFO 10 10 18 80 Santa Tereza 5 5 2 65
Odilon Braga 25 25 45 90 Santo Agostinho 7,5 5 10 80
Paineiras 5 5 12 46 Santos Dumont 25 25 35 120
Paracatu Bomba 1 75 São Damião 40 40 50 105
Paracatu Bomba 2 75 São Geraldo 7,5 7,5 4,8 75
Paracatu Bomba 3 125 12 36 São José 50 50
Parque ABC 25 25 São Judas 1 40 40 70 80
Parque exposições 600 600 São Judas 2 15
PARQUE GUARANI 50 50 160 65 São judas 3 2 2 8 13
Parque Imperial 10 10 São Lucas 7,5 7,5 54 27
Pedra Bonita 7,5 7,5 4,2 110 São Seb. - Booster 150 150
PEDRAS PRECIOSAS 10 7,5 10,2 102 Spinaville 1 20 20 22 120
Poço artesiano Caetés 6 18,2 90 T. do Comendador 7,5 7,5 4,2 110
Poço artesiano La Rocca 5 Terceira Seção 40 40 130 54
Poço artesiano NAUTICO Tig. / Inv. S. Ant. 40 40 37,8 170
Poço artesiano Dias Tavares 8 Tig. / Santo Ant. 75 75
Poço artesiano humaitá 6 Tiguera / Retiro 30 30
Poço artesiano Igrej.1(velh) 12 UFJF 125 125
Poço artesiano Igrej.2 (cach.) 8 Vera Cruz 5 1 90
Poço artesiano Igrej.3 18 Vila Bejani 5 12,5 40
Poço artesiano Paula Lima 1 8 VILA DOS SONHOS 2 2 3,1 42
Poço artesiano Paula lima 2 15 Vila Esperança 20 20 35 75
Poço artesiano R.de Minas 1 8 Vila Fortaleza 5 8 75
Poço artesiano R.de Minas 2 8 Vila montanhesa 20 20 25 80
Portal da Torre 3 3 15 25 Vitorino/Grajau 150 150
Pq Jardim da Serra 10 10 22 25 Vitorino/Linhares 60 60 165 75
Pq. Ind. 1 50 50 Vitorino/São José 100 100
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Altura
Potência Potência
Local Vazão (m³/h) Manométrica
Motor 1 (cv) Motor 2 (cv)
(mca)
Vivendas da Grama 1,5 1,5 2 75
Zona D 200 216 150
Fonte: CESAMA, 2022.
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Principais Elevatórias do Sistema Figura 103: Booster Vitorino-São José e Booster Tigueras.
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Figura 106: Booster Santo Antônio, Booster Alto Santo Antônio e Booster Retiro Figura 109: Booster Belmiro Braga e Booster Caiçaras.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
Figura 107: Booster Zona B-Zona A e Booster Zona E Velho. Figura 110: Booster São Sebastião e Booster Zona D.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
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Análise Crítica do Sistema de Elevatórias de Água Tratada Figura 112: Conjuntos Moto Bomba de Reposição – Almoxarifado Central.
Deste modo, é de extrema importância a manutenção preventiva e preditiva das unidades Todas as bombas de reposição são devidamente cadastradas e com informativo das
operacionais, algo que vem sendo realizado de modo satisfatório pela CESAMA por meio de unidades operacionais compatíveis para substituição, resultando em maior agilidade de
equipes terceirizadas, além da equipe de manutenção eletromecânica própria para realizar o reposição e consequentemente no período de intermitência.
gerenciamento destes serviços.
Sobre as unidades visitadas, foram identificadas as seguintes situações que merecem ações
Outro ponto de extrema relevância, é a necessidade de conjuntos moto bomba reservas para de melhorias a serem consideradas no planejamento do PSB de Juiz de Fora:
as unidades de bombeamento, de modo a garantir a continuidade do abastecimento durante
a necessidade de reparos eletromecânicos. Para tanto, a CESAMA possui diversas unidades • Apenas um conjunto moto bomba - cmb está instalado na elevatória JK, pois existe
de conjuntos moto bomba em seu almoxarifado central para garantir a imediata reposição, apenas um inversor de frequência na unidade operacional.
como pode ser visto na Figura 112. • Apenas um conjunto moto bomba - cmb está instalado na elevatória Centenário, pois
existe apenas um inversor de frequência na unidade operacional.
• Elevatória zona D é composta de apenas um conjunto moto bomba.
Importante destacar a busca contínua da CESAMA por eficiência energética, fato que pode
ser observado na renovação de ativos eletromecânicos, no adequado estado de conservação
das unidades operacionais, em especial pelas tecnologias utilizadas de acionamento por
inversor de frequência ou por soft start o que garante uma relevante economia de energia
elétrica nas despesas operacionais da CESAMA.
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No entanto, após conversa com equipe técnica da CESAMA e análise do cadastro das redes
Analisando o cadastro técnico do município de Juiz de Fora, é possível identificar que o
de distribuição de água, verificou-se a necessidade de atualização do cadastro das redes de
mesmo se encontra um pouco desatualizado, pois a distribuição da extensão de rede para
distribuição e unidades não lineares, visto que novas unidades de bombeamento,
cada diâmetro e material, resultou em aproximadamente 1.689,3 km, ou seja, cerca de 199,37
reservatórios e válvulas redutoras de pressão - VRPs foram recentemente implantadas e
km a menos em relação às informações de rede consolidadas repassadas pela CESAMA, o
ainda não se encontram no cadastro. Há também a situação de, segundo relatos dos técnicos,
que representa uma diferença superior a 10% do cadastro técnico.
unidades desativadas que ainda não foram retiradas do cadastro técnico.
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Conforme discorrido ao longo do presente diagnóstico, o relevo acidentado de Juiz de Fora, Quadro 28: Cadastro das VRPs.
Pressão saída
Código Endereços Φ
além de exigir uma demanda muito grande de bombeamentos de água, necessita de uma calculada
VRP 1 Rua Benício de Souza Rocha, 81 - Graminha 50 28
grande quantidade de válvulas redutoras de pressão – VRP, cuja função, como o próprio VRP 2 Rua Belo Vale Nº 67 (Esquina c/ Rua Borda da Mata) 200 7
VRP 4 Rua Vera Consuelo Nascimento, 66 - Vila Ideal 100 30
nome diz, é manter uma pressão constante de saída de uma rede de distribuição, de acordo VRP 6 Rua Eugênio do Nascimento - Entrada CAS (HU) 50 28
VRP 8 Terras Altas - rua Orlindo Ferreira Cristina Lote 66 75 20
com as demandas de consumo da população. VRP 12 Rua Francisco Vaz de Magalhães Nº 360 (Esquina R. Waldir Martins) 50 50
VRP 13 Rua "C" - Campo Alegre Nº 90 (Niteroi) 50 22
VN 15 Santo Antônio - Descida do morro para Campo Alegre - Niterói 50 5
Segundo informações repassadas pela CESAMA, existem cerca de 55 VRPs instaladas na VRP 16 Santo Antônio - Descida do morro para Campo Alegre - Niterói 50 5
VMP 17 Santo Antônio - Descida do morro para Campo Alegre - Niterói 50 5
rede de distribuição do município, cujos cadastros, ainda incompletos, são apresentados no VRP 19 Av. Prefeito Mello Reis Nº 535 - Portuguesa 50 8
VRP 20 Ladeira Alexandre Leonel, trevo do Shopping Independência (Shopping) 100 38
Quadro 28. VRP 21 Rosário de Minas (2 VRP's) 50 20
VAG22 Elevatória Bairu (Anti-Golpe) 150
VRP 28 Spinaville I - R. José Pina - 350 75 21
VRP 31 R. Nelson Lougon Borges de Mattos - Portal do Aeroporto - Lt 7, Q.B 50 20
VRP 32 R. Nelson Lougon Borges de Mattos - Portal do Aeroporto - Lt 10, Q.D 75 18
VRP 34 Rua Bráulio Lodron Nº 55 - FontesVille II 25
VRP 35 Borboleta - rua José Lourenço Nº 1899 75 9
VRP 36 Borboleta - rua Tem.Paulo Maria Delage com J.Lourenço (antiga elevatória) 75 31
VRP 37 Bom Pastor - rua Pedro Gonçalves de Oliveira Nº 490 50 28
VRP 38 Assune Antonio Ribeiro (Prox. Nº 480 frente esquina R. José Ribeiro De Matos) 75 35
VRP 39 Rua Julieta Gonçalves dos Santos Nº 125B - Vila da Prata - 50 22
VRP 40 Joaquim Marques Coimbra (Esquina c/ Sebastião Rodrigues prox.) 75 25
VRP 41 Vivendas da Serra - rua Luis Gualberto Júnior Nº 125 50 10
VRP 42 Santos Dumont - rua Geraldo Timoteo de Oliveira Nº 72 50 20
VRP 43 Rua Mariano Alonso Castilho Nº 195 - Tiguera 75 50
VRP 47 Pedras Preciosas - Retiro - rua Opala Lote 44 50 15
VRP 48 Terras Altas - Rua Milton Coelho Marques Lote 13 50 20
VRP 49 Av. Juiz de fora - Granjas Bethania 100 75
VRP 50 Av. Pedro Afonso Pinheiro Nº 772 - Jardim Gaúcho 100 45
VRP 51 Rua Miguel José Mansur Nº 276 - Cascatinha 150 89
VRP 52 VRP - Escadão entre as ruas União e r.Primeira Vitória 2 - Alto Santo Antônio 50 9
VRP 53 Ladeira Alexandre Leonel, trevo do Shopping Independência (Guaçuí) 50 28
VRP 55 Rua Bady Geara - Ipiranga - Prox. Esq. R. Antônio de Castro 150 102
VRP 57 Jardim São João Próximo ao reservatório - ENTERRADA 50 10
VRP 58 Rua "A" Lt 14, Q.G - Residencial Alvim
VRP 59 Rua "A" Lt 48, Q.F - Residencial Alvim
VRP 60 Rua Cap. Maurício Sávio Nº 56 - Elevatória Vila Fortaleza 50 48
VRP 60 Loteamento em Filgueiras em frente a Vila dos Sonhos 50
VRP 61 Belo Vale - Independencia / Rua João Manata 75
VRP 62 Rua Poeta Célio Grunewald (Em frente Nº 94 - Lote 15) - Nova Benfica 50 35
VRP 68 Dr. Geraldo Paleta Nº 588 - Santa Rita de Cassia 50 20
VRP 69 Odilardo Madina (Em frente a portaria ) - Parque do Império 50 65
VRP 70 Orvile Derby Dutra Nº 1186 - Santa Rita de Cassia 50 10
VRP 71 Joaquim dos Santos Never Nº 100 - Araci 50
VRP 72 cadastrar aqui VRP em frente à E182 ( Carlos Palmer )
VRP 73 VRP BOSQUE IMPERIAL II (PRIVILEGE SAIDA COM 20 MCA) 20
VRP 74 VRP PARQUE DAS ÁGUAS (TREVO) 50 15
VRP 75 Rua Celso Martins Vaz Nº 125 - Teixeiras
VRP 76 Jardim bela vista
VRP 77 Rua Diamante - Lote 14 Pedras Preciosas, Graminha
VRP 78 Rua Avelino Jacob da Silva Nº 96 - Granjas Betânia
VRP 79 Vale dos Guedes
VRP 80 Rua Nhá Chica Nº 228 - Granjas Betânia
Fonte: CESAMA, 2022.
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Além da implantação de VRPs, a CESAMA vem trabalhando no programa de remodelação elevatórias de maior porte, como pode ser verificado no item de levantamento e diagnóstico
das redes de distribuição de água, cujo objetivo é a redução das perdas físicas, bem como a do CCO.
redução das perdas de carga na distribuição, melhorando também a eficiência energética.
De acordo com informações levantadas juntamente à CESAMA, os macromedidores de água
Dentre as ações principais neste programa está a implantação de redes de distribuição de bruta instalados no sistema de produção são os seguintes:
reforço com diâmetros superiores, bem como ajustes na rede para a revisão das zonas de • Dois medidores de água bruta do Ribeirão Espírito Santo para a ETA CDI.
abastecimento e implantação dos distritos de medição e controle. • Medidor do volume de água bruta captada na represa Chapéu D’Uvas.
• Dois medidores da parcela de água bruta da Represa João Penido que segue para a
Segundo informações repassadas pela CESAMA, somente no período de abril de 2022 a ETA Castelo Branco.
março de 2025 estão estimados R$ 25.500.000,00 para este programa.
Já entre os macromedidores de água tratada no sistema de produção, destacam-se:
Dentre as principais críticas ao sistema de distribuição de água, pode-se destacar:
de ferro fundido é um fator natural e que em redes de menor diâmetro gera uma perda de telemetria de vazão que transmite a informação ao sistema de controle operacional.
Macromedição
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Figura 114: Macromedidor e Telemetria da Captação Chapéu D’Uvas. Figura 116: Macromedidor do Booster São Sebastião.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
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• Residenciais – 87,4%;
• Comerciais – 7,0%;
• Industriais – 1,3%;
• Públicas – 0,9%;
• Mista – 2,6%.
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Ao longo da visita técnica, foi possível identificar que a operação do sistema de distribuição Figura 126: Poço Profundo e Tratamento – Distrito Paula Lima.
de água é realizada a partir do sistema de controle operacional, pois com base nas variáveis
hidráulicas das principais unidades operacionais são realizadas as intervenções de controle
de vazão nos centros de reservação e de acionamento e/ou modulação das elevatórias. Ainda
com base nas variáveis hidráulicas apresentadas no sistema, são repassadas intervenções
para as equipes de campo operacionalizar válvulas que não sejam remotamente controladas.
O acionamento do poço é realizado por sistema soft start, vide a Figura 127 e a distribuição
6 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA – DISTRITOS da água captada no poço ocorre em marcha, sendo a sobra direcionada para o reservatório
URBANOS de jusante.
O abastecimento de água do Distrito Paula Lima é realizado pela captação por meio de poço
profundo com potência de 15 cv e com macromedidor tipo mecânico instalado no barrilete de
saída, onde recebe também a aplicação de cloro por bomba dosadora, conforme
demonstrado na Figura 126. A vazão média captada no período de fevereiro de 2021 a janeiro
de 2022 foi de 1,79 L/s.
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO - DIAS TAVARES Figura 129: Acionamento do Poço Profundo – Distrito Dias Tavares.
O abastecimento de água do Distrito Dias Tavares é realizado pela captação por meio de
poço profundo com potência de 8 cv e com macromedidor tipo mecânico instalado no barrilete
de saída, onde recebe também a aplicação de cloro por meio de bomba dosadora, conforme
demonstrado na Figura 128. A vazão média captada no período de fevereiro de 2021 a janeiro
de 2022 foi de 0,41 L/s.
O acionamento do poço é realizado por inversor de frequência com programação para manter O sistema de abastecimento de água do Distrito de Torreões tem concepção de captação
15 mca na saída do poço, vide a Figura 129, o que permite a modulagem da vazão de superficial em um lago, cuja visita não foi possível de ser realizada devido à difícil condição
distribuição de acordo com a demanda de consumo. de acesso ao local.
A captação no lago é realizada por gravidade e conta ainda com um booster intermediário
com potência instalada de 12,5 cv, capacidade de recalque de até 25 m³/h e uma altura
manométrica máxima de 80 mca, o qual é composto de 2 conjuntos moto bomba, sendo que
um encontrava-se em manutenção. Destaca-se o inadequado estado de conservação da
unidade operacional, como demonstra a Figura 130.
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Figura 130: Booster de Água Bruta – Distrito de Torreões. Para o tratamento, são utilizados barrilha, ortopolifosfato, cloro e polímero, cuja aplicação é
realizada por meio de bombas dosadoras. A casa de química pode ser observada na Figura
132.
Figura 132: Casa de Química - ETA Torreões.
O acionamento é realizado por sistema de partida direta, tecnologia já defasada, que resulta
em aumento do consumo de energia, bem como redução da vida útil do equipamento. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
A ETA Torreões é uma estrutura compacta com capacidade de tratar cerca de 3,5 L/s por A estação conta ainda com laboratório para as análises de qualidade cotidianas, vide a Figura
meio de um sistema convencional de tratamento, composto de coagulação, floculação, 133, sendo as de maior complexidade encaminhadas para o laboratório Central
decantação e filtração, conforme pode ser visto na Figura 131. A operação é realizada em
média 12 horas por dia, resultando numa produção diária de cerca de 150 m³. Figura 133: Laboratório - ETA Torreões.
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Da ETA, a água tratada é destinada a dois reservatórios com capacidades de 40 m³ e 100 No período da visita técnica, o sistema estava operando normalmente, porém com
m³, vide a Figura 134, para posterior distribuição. O sistema é atualmente desprovido de necessidades de melhorias operacionais que serão abordadas ao longo do planejamento,
macromedição na rede de saída com diâmetro de 50 mm. visando a solução dos seguintes pontos críticos encontrados:
Figura 134: Reservatórios – Distrito de Torreões. • Apenas um conjunto moto bomba – cmb em operação no recalque de água bruta;
• Necessidade de melhoria no modelo de acionamento energético do conjunto moto
bomba;
• Necessidade de melhorias nas estruturas civis da casa de bombas do recalque de
água bruta, na estrutura civil de laboratório e casa de química da ETA e nos
reservatórios de água tratada, cuja deterioração aparenta ser mais avançada.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. O abastecimento de água do Distrito Rosário de Minas é realizado pela captação por meio de
dois poços profundos, ambos com potência instalada de 8 cv, equipados com macromedidor
Para a distribuição, o sistema conta ainda com uma elevatória de água tratada para tipo mecânico instalado no barrilete de saída, onde recebem também a aplicação de cloro por
abastecimento de um loteamento localizado em cota superior, o qual é composto de 2 meio de bomba dosadora, conforme demonstrado na Figura 136. A vazão média captada no
conjuntos moto bomba, vide a Figura 135 sendo 1 operando e 1 reserva com potência período de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022 foi de 1,58 L/s, sendo 0,55 L/s do Poço Rosário
instalada de 2 cv e acionamento por inversor de frequência. Velho e 1,03 L/s do Poço Rosário Novo.
Figura 135: Elevatória de Água Tratada – Distrito de Torreões. Figura 136: Poço Profundo Novo e Velho – Distrito Rosário de Minas.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
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O acionamento do poço novo é realizado por sistema de partida direta, enquanto o poço velho As unidades operacionais estão em adequado estado de funcionamento, porém pode-se
é realizado por inversor de frequência, vide a Figura 137. destacar a necessidade de cercamento da área do poço novo, bem como a modernização do
acionamento do conjunto moto bomba.
Figura 137: Acionamento do Poço Novo e Velho – Distrito Rosário de Minas.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022. Figura 139: Manancial de Água Bruta – Distrito Valadares.
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Figura 144: Elevatória de Água Tratada – Distrito Valadares. Figura 146: Poço Profundo 2 e 3 – Bairro Igrejinha.
O abastecimento de água do Bairro Igrejinha é realizado pela captação por meio de três poços
profundos, ambos com macromedidor tipo mecânico instalado no barrilete de saída, onde
recebe também a aplicação de cloro por meio de bomba dosadora, conforme demonstrado
nas Figuras 145 e 146.
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Figura 148: Acionamento do Poço 3 – Bairro Igrejinha. Figura 149: Reservatório – Bairro Igrejinha.
Toda a água captada é encaminhada diretamente ao reservatório do distrito, vide a Figura • Igrejinha I – 2,54 L/s.
149, passando então a distribuir por gravidade. • Igrejinha II – 1,73 L/s.
• Igrejinha III – 3,74 L/s.
O abastecimento de água do Distrito Caetés de Minas é realizado pela captação por meio de
poço profundo, com macromedidor tipo mecânico instalado no barrilete de saída, onde recebe
também a aplicação de cloro por meio de bomba dosadora, bem como passa por um filtro
compacto antes da distribuição, conforme demonstrado na Figura 150. A vazão média
captada no período de fevereiro de 2021 a janeiro de 2022 foi de 0,75 L/s.
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Figura 150: Poço Profundo e Tratamento – Distrito Caetés de Minas. SISTEMA DE ABASTECIMENTO - SARANDIRA
O acionamento do poço é realizado por sistema de partida direta, vide a Figura 151, sendo
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022.
este o único aspecto negativo encontrado no sistema.
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Da ETA, a água tratada é recalcada por meio de 2 conjuntos moto bomba, 1 operando e 1 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
reserva, ambos com potência de 10 cv, vide a Figura 155, diretamente para o reservatório,
vide a Figura 156, para posterior distribuição. A operação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário é operado pela
CESAMA. Conforme discorrido ao longo do diagnóstico do sistema de abastecimento de
Figura 155: Elevatória de Água Tratada – Distrito Sarandira.
água, verificou-se a existência de mananciais suficientes para suprir as demandas atuais de
consumo de água da população.
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medição e controle que abrangem 34.702 ligações de água, ou seja, 22,6% do total. A
implantação de DMC’s auxilia no aumento da eficiência na pesquisa e no combate às perdas
de água na rede de distribuição.
Ainda com relação aos dados fornecidos pela CESAMA, observou-se que o cadastro técnico
disponibilizado pela CESAMA se encontra, em parte, desatualizado.
A CESAMA possui uma logística operacional que supre as demandas atuais, dispondo de
corpo funcional para a operação diária, bem como de manutenção preventiva e corretiva,
além de um corpo técnico direcionado para a gestão comercial e administrativa da
companhia.
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1 CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Conforme já apresentado no diagnóstico do SAA, a partir da Presidência, o organograma da
Cesama é dividido em três diretorias – Diretoria Financeira e Administrativa (DRFA), Diretoria
Em 1963 é criado o Departamento de Águas e Esgotos - DAE, em caráter de autarquia Na DRFA, destaca-se a Gerência Comercial, responsável pelo Departamento Comercial, bem
municipal com autonomia administrativa, tendo como fonte de recursos, a cobrança de tarifas como pelo Departamento de Faturamento e Corte. Na DRDE, há duas gerências: Gerência
por prestação de serviços. Deu-se o início então a várias obras de ampliação do sistema de de Obras, responsável execução e fiscalização das obras, e a Gerência Técnica, esta
abastecimento, com a construção de adutoras, reservatórios, estações de tratamento e redes responsável pelo Departamento de Projetos e Departamento de Medição e Cadastro Técnico.
de distribuição.
Por fim, a DRTO, divide-se em três gerências: Gerência de Automação e Telecomunicações,
Em 1990 é criada a Companhia de Saneamento e Pesquisa do Meio Ambiente – Cesama, Gerência de Manutenção (subdividida nas três regionais – Norte, Leste e Sul), e a Gerência
através da Lei 7762/1990 para substituir o DAE, empresa pública da administração direta, de Operação.
Em 2001 a razão social da Cesama passa a ser Companhia de Saneamento Municipal, Esgoto (STE).
mantendo a sigla, visto que o objetivo da empresa não é a atividade de planejamento e gestão
ambiental, é planejar e executar sistemas de abastecimento de águas e esgotamento
sanitário. 2 SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Sendo assim, atualmente os serviços de esgotamento sanitário, assim como o abastecimento ANÁLISE DAS AÇÕES PROPOSTAS NO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO
de água, são realizados pela Cesana. Na Figura 157, pode-se observar a evolução da marca BÁSICO DE JUIZ DE FORA (2014)
ao longo do tempo.
Em 2013, o município de Juiz de Fora elaborou o seu Plano Municipal de Saneamento Básico,
Figura 157: Evolução ao Longo do Tempo o qual tem um horizonte de planejamento de 20 anos, contados a partir do ano de 2014.
Sendo assim, naquela ocasião, a partir do diagnóstico dos serviços de esgotamento sanitário,
determinou-se cenários de prognósticos e ações específicas para o aumento da cobertura de
atendimento, assim como da qualidade da prestação destes serviços, a se destacar o
aumento do percentual de tratamento dos esgotos coletados no município de Juiz de Fora.
Fonte: CESAMA
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A fim de analisar e avaliar o avanço na prestação dos serviços de esgotamento sanitário do PSB (2014) Unidades/Obras/Ações Diagnóstico Revisão PSB (2022)
município, ao longo dos últimos 8 anos, buscou-se compilar, de forma sintética, as propostas CT 12 - Fábrica A ser implantado
FASE 3 (2019 a CT - Ipiranga A ser implantado
determinadas para Juiz de Fora, a se destacar as ações de curto e médio prazo (2014 a
2021) CT - São Geraldo A ser implantado
2021). Distritos A ser implantado
Fonte: Adaptado de PSB/JF, 2014
tratamento da época, levando em consideração o seu comportamento no horizonte de (licitação ou obra), as unidades CT Tapera e CT São Pedro.
projetos existentes sem recursos para a sua execução e de projetos necessários, conforme qual estava relacionado ao gerenciamento de esgotos sanitários nos seguintes itens: “Gestão
o Quadro 30. Ambiental” e “Despoluição do Rio Paraibuna”, ambos os programas voltados para a
recuperação ambiental do Rio Paraibuna, além de outros como o de “Otimização dos
Quadro 30: Fases do Prognóstico do PSB/JF (2014) e Diagnóstico de 2022 Sistemas de Distribuição de Água e Coleta de Esgotos” e o de “Universalização de
PSB (2014) Unidades/Obras/Ações Diagnóstico Revisão PSB (2022) atendimento de Água e Esgotos” (PPA, 2014).
CT 02 - Cidade do Sol Existente
CT 04 - Nova Era Existente
Diagnóstico (2014) CT 05 - Santa Cruz Existente
Dentre as principais ações previstas nesses programas estão aquelas que se relacionam à
CT 07 - Benfica Existente coleta e ao tratamento de efluentes domésticos e à melhoria e qualidade da água do Rio
ETE Barreira do Triunfo Existente
Paraibuna e seus afluentes:
CT 09 - Jóquei Clube A ser implantado
CT 11 - Carlos Chagas A ser implantado • Executar o Projeto Caça-Esgotos;
IP2-IP3 - Setor Surerus A ser implantado • Executar coletores tronco;
IP2-IP3 - Setor Vila Ideal Existente
Em fase de implantação (Licitação
• Ampliar a capacidade de tratamento de esgotos;
IP2-IP3 - Setor Independência
FASE 1 (2014 e ou obra) • Proceder à coleta e tratamento de grande parte do esgoto produzido no Município,
2015) IP2-IP3 - Setor Manoel Honório A ser implantado
IP2-IP3 - Setor Vitorino Braga A ser implantado procedendo à execução de interceptores e sua condução para tratamento em ETEs.
Em fase de implantação (Licitação
IP2-IP3 - Setor Mariano Procópio
ou obra)
Em fase de implantação (Licitação
No Quadro 31, está apresentado o Macroprojeto 06, proposto no PSB/JF (2014).
CT - Santa Luzia
ou obra)
CT 01 - Barbosa Lage Parcialmente implantado
CT 03 - GAC Parcialmente implantado
IP1 - 01 A ser implantado
FASE 2 (2017) CT10 - Milho Branco A ser implantado
IP2 - 01/02 - Existente;
IP2 - 01/02/03/04
IP2 - 03/04 - A ser implantado
CT - Grama A ser implantado
CT 08 - Ponte Preta A ser implantado
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Quadro 31: Projeto 06 - Ações Imediatas para a Situação do Esgotamento Sanitário • Sistema Barreira do Triunfo com capacidade para tratar uma vazão de 10L/s, podendo
Prazo Imediato Com relação à ETE União Indústria, atualmente já construída, a vazão nominal da unidade é
de 691 L/s, tendo em vista que o projeto foi adaptado, pois o Subsistema Ipiranga será
Fonte: Adaptado de PSB/JF, 2014
atendido exclusivamente pela ETE Santa Luzia. Sendo assim, dos dez reatores anaeróbios
projetados, apenas oito foram executados.
Ainda, no prognóstico do PSB/JF (2014), foi definido o PROGRAMA 3 – GESTÃO DO
ESGOTAMENTO SANITÁRIO – PRÓ-ESGOTOS, cujos principais objetivos eram elaborar
Por fim, tem-se que, inicialmente, para cada um dos sistemas foi prevista uma estação de
estudos e projetos de engenharia, melhorar o desempenho operacional, ampliar as unidades
tratamento de esgotos. Posteriormente o Sistema União Indústria foi subdividido, passando
do sistema de esgotamento sanitário e melhorar o nível de eficiência operacional.
a contar com o Subsistema Ipiranga que será atendido pela ETE Santa Luzia.
Conforme apresentado nos relatórios que compõe o PSB/JF (2014), a carência detectada no
Em suma, no PSB/JF (2014) foram propostas ações a serem implementadas a curto, médio
município estava na implantação e ampliação das estações de tratamento, mas também na
e longo prazos, sendo elas:
necessidade em se proceder à coleta dos esgotos que são gerados, interceptando-os e
encaminhando-os às ETEs. Além disso, existiam ligações clandestinas nas galerias de água
• Ações de planejamento: ações voltadas para a elaboração de estudos e projetos e
pluvial, fato que estaria sendo corrigido através do programa “Caça Esgotos”.
do sistema de esgotamento sanitário e ainda de estudos ambientais para obtenção de
licença ambiental para execução das obras;
Conforme foi citado no PSB/JF (2014), o estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento
• Ações de melhorias: aquelas ações específicas de melhoria das unidades existentes;
Sanitário de Juiz de Fora, realizado em 2002, definiu ações estruturantes englobando projetos
• Ações de ampliação: ações voltadas para a implantação de infraestrutura, buscando
e obras que seriam necessárias à ampliação dos serviços de esgotamento sanitário no
a universalização do sistema;
município. Este estudo foi levado em consideração na definição das ações propostas ao
município no PSB/JF (2014) • Ações de modernização: são aquelas ações que procuram aumentar a eficiência
operacional do sistema de esgotos, através da modernização dos equipamentos e
O referido estudo definiu três sistemas principais de esgotamento para a Sede do município atividades cotidianas.
de Juiz de Fora:
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Nos quadros a seguir, apresentam-se as ações propostas no PSB/JF (2014), para todo o Quadro 34: Ações Propostas no PSB/JF (2014) – Curto e Médio Prazo
A305 A306
horizonte de planejamento, com o prazo definido e o responsável por sua implementação.
Criar programa para a substituição
Ação Proposta de fossas negras ou construídas
Quadro 32: Ações Propostas no PSB/JF (2014) – Curto Prazo Atualizar o Plano Diretor de Esgotamento Sanitário
de forma incorreta na zona rural e
A301 A302 no entorno de mananciais
Ação Proposta Captar recursos para obras e Elaborar programa para recebimento de Criar programa voltado à
projetos da Fase 2 efluentes não domésticos conscientização da população
quanto ao uso de fossas
Elaborar programa de recebimento de efluentes não construídas de forma O Plano Diretor de Esgotamento Sanitário,
Executar obras e projetos irregular/incorreta elaborado em 1986, deverá ser atualizado de
domésticos a ser oferecido aos usuários não Descrição
pertinentes à Fase 2 com recursos na área rural e no entorno de acordo com as características do sistema existente
domésticos como, por exemplo, indústrias, que
a serem adquiridos. São eles: mananciais, bem como promover e da população a ser atendida.
queiram lançar seus efluentes na rede pública de
subsistema Norte: CT01 – e orientar quanto a maneira
esgotamento sanitário. Assim sendo, o usuário não
Barbosa Lage, CT03 –GAC e IP1 correta de construção desses
doméstico que optar por esta forma de destinação
– 01; subsistema Reversão: CT10 dispositivos.
Descrição dos seus efluentes deverá seguir o que
– Milho Branco e IP2 – Responsável Cesama Cesama
rege o referido programa cujo objetivo
01/02/03/04; subsistema Grama: Prazo Curto Prazo Médio Prazo
está em reduzir os riscos dos trabalhadores da
CT – Grama; sistema Barreira do
Cesama responsáveis pela manutenção do sistema, Fonte: Adaptado de PSB/JF, 2014
Triunfo – Ampliação ETE Barreira
proteger as redes como um todo, assegurar a
do Triunfo e rede coletora de
qualidade do efluente que seguirá para as ETEs e
esgotos.
possibilitar o reuso do efluente final das ETEs. Quadro 35: Ações Propostas no PSB/JF (2014) – Longo Prazo
Responsável Cesama/Seplag Cesama A307 A308 A309
Prazo Curto prazo Curto prazo
Implantar redes e
Fonte: Adaptado de PSB/JF, 2014 Substituir sistema estático de ligações para expansão
Ação Proposta esgotamento sanitário pelo vegetativa da zona
Substituir rede
sistema dinâmico nos urbana visando manter
Quadro 33: Ações Propostas no PSB/JF (2014) – Curto Prazo distritos a universalização do
A303 A304 sistema
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Prefeitura de Juiz de Fora
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Conforme já mencionado no PSB/JF (2014), assim como neste relatório, no município de Juiz
de Fora destacam-se dois grandes estudos de planejamento do sistema de esgotamento
sanitário, ambos norteadores das ações propostas ao longo das últimas décadas no
município, sendo eles – Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Área Urbana de Juiz de
Fora (1986) e o Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora
(2002).
Para o dimensionamento das unidades, sejam elas lineares ou não lineares, necessárias para sendo que se concluiu que a alternativa com a proposta de um sistema centralizado em
a implantação do sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora, foram definidos critérios apenas uma estação de tratamento de esgoto fosse o mais adequado à realidade do
município de Juiz de Fora. Destaca-se que o tratamento dos esgotos se daria em nível
e parâmetros de projeto, como por exemplo o per capita de geração de esgoto e a taxa de
infiltração de água pluvial nas redes coletoras de esgoto. Ainda, foi definida a população final terciário, pela tecnologia de lodos ativados convencional, com desinfecção do efluente por
cloração.
de plano, tomando-se como base um estudo do Departamento de Água e Esgotos (DAE),
responsável pela operação dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário
Um outro ponto pertinente, abordado no estudo, é a respeito do atendimento de áreas
na época.
isoladas do centro urbano, como o caso do bairro da Grama. Para estas localidades, o plano
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
previu a utilização de alternativas individuais no tratamento dos esgotos gerados, como por exclusivamente para a área urbana do município, não sendo considerados os distritos,
exemplo, o uso de fossas sépticas e valas de infiltração. tampouco a área rural.
Apesar de ser um estudo com mais de 35 anos desde a sua elaboração, o Plano Diretor de Além de levar em consideração o Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Área Urbana de
Esgotamento Sanitário da Área Urbana de Juiz de Fora definiu um caminho lógico para a Juiz de Fora, o estudo de concepção elaborado em 2002 também considerou a existência de
implantação do sistema de esgotamento sanitário existente hoje no município. duas estações de tratamento de esgoto já implantadas e em operação no município: a ETE
Barreira do Triunfo e a ETE Barbosa Lage.
A dinâmica do município mudou bastante durante estas décadas que se passaram, alterando
também os eixos de expansão da área urbana, bem como a tecnologia aplicada na De uma forma objetiva, as sete alternativas de concepção do sistema de esgotamento
implantação e na operação de um sistema de esgoto do porte de um município como Juiz de sanitário de Juiz de Fora variavam no que tange à descentralização do sistema, considerando
Fora. Todavia, mais à frente ainda neste relatório, poderá ser visto como o Plano Diretor de a implantação de até sete estações de tratamento de esgoto.
Esgotamento Sanitário da Área Urbana de Juiz de Fora ainda norteia as ações que são
propostas, assim como as obras que são executadas no município. Após apresentar as análises técnicas e econômicas das alternativas, o Estudo de Concepção
do Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora definiu como sendo mais viável a
Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora implantação de três sistemas considerando quatro estações de tratamento de esgoto, como
(2002) pode ser visto na Figura 159 e Figura 160.
O Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora foi elaborado O sistema de esgotamento sanitário da Sede de Juiz de Fora foi dividido em três sistemas:
no ano de 2002 pela empresa MKM Engenharia Ambiental. Assim como no plano diretor, este Sistema Barreira do Triunfo, Sistema Barbosa Lage e Sistema União Indústria, cada um com
estudo contemplou um diagnóstico da situação à época do município, definiu premissas e a sua respectiva estação de tratamento, com exceção do Sistema União Indústria, que conta
parâmetros de projeto para a evolução do sistema e apresentou alternativas de esgotamento com duas estações de tratamento: ETE União Indústria e ETE Santa Luzia.
sanitário no município, além de um estudo econômico-financeiro destas alternativas, a fim de
escolher a mais adequada. Após a consolidação do Estudo de Concepção do Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz
de Fora, em 2002, a Cesama o adotou como base para as tomadas de decisão futuras, bem
Com um horizonte de projeto também de 20 anos, este estudo, apesar de levar em como da aplicação de recursos na expansão do sistema e na implantação de novas unidades
consideração o Plano Diretor de Esgotamento Sanitário da Área Urbana de Juiz de Fora, operacionais.
apresentou uma nova projeção populacional, a partir de uma análise mais aprofundada.
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Análise dos Estudos Existentes Como pode ser observado, ao longo dos últimos anos, há uma oscilação no número de
habitantes atendidos pelo sistema, tendo em vista que a Cesama projeta esta informação
Conforme apresentado, ambos os estudos foram, e ainda são, relevantes no planejamento com base no número de ligações ativas no SES, que por sua vez, variam de acordo com o
estratégico do sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora. Ao longo dos anos, o número de cortes nas ligações inadimplentes e inativadas.
município cresceu e modificou a sua dinâmica, demandando novas soluções, no que tange à
universalização da coleta e do tratamento dos esgotos. Todavia, ao se analisar os índices apresentados pela Cesama, no que tange o atendimento
total e urbano do sistema de esgotamento sanitário, pode-se concluir que entre os anos de
Apesar de tantas mudanças ocorridas nas últimas décadas no município, os dois estudos 2017 e 2020, o percentual de atendimento total ficou no patamar de 93,6%. Em 2021, este
ainda são considerados norteadores e marcos fundamentais na implantação de medidas que índice foi calculado em 94,7%, apresentando ampliação em torno de 1%, ao se comparar com
permitam melhorar a qualidade ambiental e de saúde pública em Juiz de Fora. Todavia, ao os anos anteriores. Para o mesmo ano, o atendimento urbano do SES foi de 95,8% da
longo da revisão do PSB/JF, poderá ser observado tanto a influência destes dois estudos tão população residente na zona urbana de Juiz de Fora. No mapa apresentado na Figura 161,
relevantes na história do sistema de esgotamento sanitário do município, quanto às pode-se observar a cobertura de atendimento com a coleta de esgotos na zona urbana do
adaptações na concepção que se fazem necessárias, frente à nova realidade de Juiz de Fora. município.
COBERTURA DE ATENDIMENTO Destaca-se que o município de Juiz de Fora já atingiu a meta de coleta de esgoto, segundo
fixado pelo Marco do Saneamento no Brasil, instituído pela Lei nº 11.445/07 e atualizado pela
A cobertura de atendimento do sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora pode ser Lei nº 14.026/20, que definiu o prazo limite como sendo o ano de 2033 para a universalização
avaliada a partir de duas óticas diferentes, a se destacar a população atendida com a coleta dos serviços de esgotamento sanitário no país, ou seja, alcançar ao menos 90% de cobertura
de esgoto, seja ela urbana ou rural, e o índice de tratamento do esgoto coletado. de coleta e tratamento.
Quanto à população atendida em Juiz de Fora pelo sistema de esgotamento sanitário, No que se refere ao tratamento dos esgotos coletados, a realidade do município de Juiz de
apresenta-se o Quadro 37, o qual traz o histórico dos últimos cinco anos desta informação. Fora encontra-se aquém da meta de universalização, que é de 90% de coleta e tratamento
de esgoto. No Quadro 38 estão apresentados os índices de tratamento calculados nos últimos
Quadro 37: População Atendida pelo Sistema de Esgotamento Sanitário em Juiz de Fora cinco anos no município.
Ano População Atendida com o SES¹ Índice de Atendimento Total
2017 530.874 93,7% Quadro 38: Índice de Tratamento dos Esgotos Coletados em Juiz de Fora
2018 528.900 93,7%
2019 532.659 93,6% Ano Índice de Tratamento de Esgoto
2020 536.598 93,6%
2021 534.785 92,6¨% 2017 6,97%
¹O cálculo da população atendida de esgoto depende do número de ligações ativas, que podem oscilar 2018 5,56%
anualmente para mais ou menos dependendo do número de ligações cortadas de água. 2019 6,38%
Fonte: Cesama, 2022
2020 6,44%
2021 7,42%
Fonte: Cesama, 2022
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Distritos Urbanos e Zona Rural Ao avaliar os dados do Cadastro Único de fevereiro de 2021 foi verificado que a falta de
acesso ao esgoto é maior do que a falta de acesso a água canalizada pela parcela da
Com relação aos Distritos Urbanos e à Zona Rural, segundo informações da Cesama, assim população vulnerável.
como identificado in loco, não se observou mudanças desde o levantamento realizado na
primeira versão do PSB, em 2014. Nos núcleos urbanos localizados nos distritos, há uma Domicílios que não possuem banheiro ou sanitário no domicílio expõem os seus moradores
diferença substancial na destinação final dos esgotos domésticos. Em Caeté de Minas e a ambientes mais propensos a propagação de doenças, endêmicas ou epidêmicas, além de
Valadares observa-se a predominância de redes coletoras, em Sarandira o principal destino serem potenciais vetores de propagação.
dos esgotos são fossas rudimentares, em Penido e Humaitá há predominância de
lançamentos diretamente nos corpos d’água. Já na zona rural ocorre maior predominância de O Território Socioassistencial – TS Linhares é o território com maior dificuldade aos serviços
lançamentos de esgotos diretamente nos corpos d’água. de saneamento de água e esgoto, aparecendo nas categorias como o território com maior
quantidade de famílias em vulnerabilidade social sem acesso às infraestruturas sanitárias. O
Cabe salientar que nestas localidades, não existe tratamento dos esgotos, sendo assim, a TS Torreões é o segundo território com mais famílias. Contudo, os TS Rosário de Minas
utilização de fossa séptica como alternativa para disposição dos efluentes é a alternativa mais também se destacam na quantidade de famílias sem acesso ao esgotamento sanitário.
indicada. Destaca-se que a Cesama, como operadora do SES de Juiz de Fora, não tem
controle absoluto desta situação. No que tange às Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, conforme já apresentado na
Caracterização Geral do Município, o município de Juiz de Fora possui 137 áreas, segundo
População Vulnerável definido no Plano Diretor Participativo. Deste total, segundo levantamento da Administração
Municipal, 44 áreas estão identificadas com déficit de atendimento na cobertura do Sistema
O Quadro 39, apresentado a seguir, traz informações de um levantamento realizado através de Esgotamento Sanitário.
do Cadastro Único da PJF, onde se analisou o total de famílias que se encontram em situação
de vulnerabilidade, quanto ao acesso ao serviço de esgotamento sanitário e a existência de No Quadro 40, apresenta-se o detalhamento destas áreas com vulnerabilidade nos serviços
banheiro ou sanitário no domicílio. de esgoto. Destaca-se que as informações apresentadas a seguir foram levantadas pela PJF,
e são informações de referência do PDP de Juiz de Fora.
Quadro 39: Famílias em Situação de Vulnerabilidade Sanitária
% em relação ao Total de Territórios Socioassistenciais Na sequência, tem-se um resumo do quantitativo de ZEIS em cada uma das regiões de
Total de
Categoria Identificada Famílias no Cadastro (TS) com Maior Quantidade
Famílias
Único de Famílias planejamento definidas pelo PDP em Juiz de Fora. Neste contexto, é possível identificar onde
Linhares, Torreões e estão as principais lacunas de atendimento com a cobertura do sistema de esgotamento
Sem Esgotamento Sanitário 939 1,91%
Rosário de Minas
sanitário.
Linhares, Vila Ideal,
Ausência de Banheiro ou Granjas Betânia, Ipiranga,
168 0,34%
Sanitário no Domicílio Santo Antônio, São Pedro
e Torreões.
Fonte: Adaptado de Cadastro Único, CECAD, fevereiro de 2021
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Quadro 40: Detalhamento das ZEIS com Vulnerabilidade no Atendimento do SES Quadro 41: Resumo das Regiões de Planejamento com ZEIS Vulneráveis em Saneamento
Cobertura de
Região de Região de Planejamento Quantidade de ZEIS com Déficit Percentual (%)
Código da ZEIS Bairro Identificação Atendimento - SES
Planejamento
(%) Centro 5 11%
C 02 Dom Bosco Baixo Dom Bosco Centro 93,59% Centro Oeste 3 7%
C 04 Dom Bosco Alto Dom Bosco Centro 95,99% Leste 7 16%
C 05 Dom Bosco Morro dos Cabritos Centro 62,96%
Nordeste 4 9%
L 02 Vitorino Braga Campo do Grotao Leste 0,00%
L 03 Tres Moinhos (Lin Tres Moinhos Leste 92,00%
Norte 6 14%
L 07 Linhares Grota dos Puris Leste 80,46% Oeste 8 18%
L 10 Linhares Vila Yung_Rua B Leste 56,33% Sudeste 3 7%
L 11 Linhares Rua do Boto I e II Leste 51,01% Sul 8 18%
N 01 Nautico Ribeirao das Palmeiras Norte 0,00% Total 44 100%
NE 01 Santa Terezinha Vila Santa Terezinha_Regularizada_37 e remo‡Æ Nordeste 53,15%
Fonte: Adaptado de SESMAUR
NE 05 Parque Guarani Rua Senador Milton Campos Nordeste 0,00%
NE 06 Granjas Bethania Rua Joaquim Guedes Nordeste 52,04%
NE 10 Eldorado Alto Eldorado Nordeste 70,83%
L 24 Santa Paula Rua Maria Luiza Alves Leste 78,38% Analisando estas informações apresentadas, conclui-se que todas as Regiões de
C 06 Bairu Vila Gaspar Centro 0,00%
N 04 Ponte Preta II Margem Esquerda do Rio Paraibuna_trecho_2 Norte 0,00% Planejamento possuem ZEIS identificadas com vulnerabilidade no atendimento dos serviços
N 07 Ponte Preta V Margem direita Rio Paraibuna Norte 0,00%
N 09 Vila Esperanca HOLCIN Norte 0,00%
de esgotamento sanitário, a se destacar a RP Oeste, RP Norte, e RP Leste, que juntas,
N 10 Vila Esperanca Vila Esperan‡a II_Rua 1-A Norte 60,38%
representam, aproximadamente, metade do total de ZEIS vulneráveis.
N 16 Santa Lucia Vila Sao Sebastiao BR-267 Norte 0,00%
CO 01 Cidade do Sol Favelinha da FACIT_Baixo e Alto Centroeste 62,89%
CO 08 Amazonia Ocupacao Amazonia Centroeste 0,00%
CO 10 Carlos Chagas Fazenda Sta Candida Centroeste 86,41%
O 02 Borboleta Encosta do Borboleta_abrigo na escola Oeste 0,00%
O 04 Morada do Serro Rua Jose Lourenco Oeste 37,86% DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O 05 Jardim Casablanca Alto Jardim Casablanca Oeste 76,13%
O 06 Jardim Casablanca Baixo Jardim Casablanca Oeste 79,78%
O 08 Adolfo Vireque Baixo Adolfo Vireque Oeste 98,36%
O 10 Borboleta Travessa Borboleta Oeste 13,00% A seguir apresenta-se os sistemas de esgotamento sanitário de Juiz de Fora. Além do
O 11 Torreoes Oeste 0,00%
O 12 Cruzeiro de Santo Alameda Cruzeiro de Santo Antonio Oeste 0,00% detalhamento da concepção geral do sistema, bem como das unidades operacionais (lineares
S 04 Cruzeiro do Sul Rua Valdomiro Eloy do Amaral Sul 20,60%
S 06 Ipiranga Rua Antonio Moreira e entorno_Morro do Carrap Sul 73,45%
e não lineares) que o compõe, abordar-se-á também alguns itens referentes ao controle e à
S 08 Bela Aurora (Ipir Rua Jandira Limpio Pinheiro_Lado impar Sul 58,64%
gestão técnica e operacional que a Cesama tem sobre o sistema.
S 09 Bela Aurora (Ipir Rua Orlando Estephani Sul 30,39%
S 15 Sagrado Coracao d Vale Verde Sul 82,53%
S 16 Santa Efigenia Rua Adail Alevato Sul 91,88%
S 17 Santa Efigenia Vila da Prata II Sul 62,10% Concepção do Sistema Existente
S 23 Santa Efigenia Previdenciarios_proximo ao campo de futebol Sul 45,20%
SE 01 Santo Ant“nio Cantinho do Ceu Sudeste 91,12%
SE 04 Retiro Vila Santo Antonio II Sudeste 74,99%
SE 07 Retiro Margem do Ribeirao Marmelos_Vila Sao Jose Sudeste 77,43% O Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora foi sendo implantado ao longo das
C 09 Poco Rico Seara_Empav Centro 0,00%
L 26 Floresta Toza Leste 0,00%
décadas, conforme as propostas de concepção apresentadas nos estudos analisados neste
Fonte: Adaptado de SESMAUR relatório, a se destacar o Plano Diretor de Esgotamento Sanitário (1986) e o Estudo de
Concepção do SES de Juiz de Fora (2002).
Atualmente, a Sede do município de Juiz de Fora é atendida por três sistemas independentes:
Sistema Barreira do Triunfo, Sistema Barbosa Lage (Subsistema Norte e Subsistema
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Prefeitura de Juiz de Fora
Reversão) e Sistema União Indústria (Subsistema Vila Ideal, Subsistema Ipiranga e Juiz de Fora. Ao longo das décadas, o município cresceu e expandiu sua a zona urbana, bem
Subsistema Retiro). como adensou esta região. Fato este, que acarreta grandes dificuldades na execução de
obras para a separação dos sistemas de coleta de esgoto e da coleta das águas pluviais,
Para atender a demanda de tratamento do esgoto gerado nestes sistemas, foram principalmente pelas consequências na mobilidade urbana.
identificadas três estações de tratamento de esgoto, cada uma delas localizada na respectiva
área de abrangência do sistema, sendo elas: ETE Barreira do Triunfo, ETE Barbosa Lage e Um ponto relevante, quanto à parte do SES de Juiz de Fora ser do tipo unitário, é no que
ETE União Indústria. tange à educação ambiental dos usuários do sistema. Um grande problema identificado é a
alta carga de contribuições irregulares de águas pluviais na rede coletora. Fato este que
O transporte do esgoto é realizado por redes coletoras, coletores tronco e interceptores. A acarreta extravasamentos nos poços de visita, bem como nas estações elevatórias. No que
transposição entre as bacias de esgotamento sanitário do sistema, bem como eventuais se refere às estações de tratamento, destaca-se o quanto é prejudicial aos processos
travessias, são realizadas com a utilização de estações elevatórias de esgoto. No Sistema biológicos de tratamento a diluição do efluente.
Barbosa Lage foram identificadas seis unidades de recalque de esgoto (duas fora de
operação), já no Sistema União Indústria, esta conta com duas unidades de recalque. Na Figura 162 está apresentado um mapa com a concepção geral do SES de Juiz de Fora,
considerando-se a delimitação dos sistemas de esgotamento sanitário, bem como a
Ainda, no que tange o tratamento dos esgotos gerados, foram identificadas outras duas localização das principais unidades operacionais. Neste mapa, é possível visualizar a
estações de tratamento de esgoto, exclusivas para o atendimento de dois condomínios localização da futura ETE Santa Luzia, a qual completará a concepção do SES de Juiz de
fechados, sendo eles: Portal do Aeroporto e Alphaville. Fora.
Tendo em vista que apenas uma parcela do esgoto coletado no município é tratada, conforme
apresentado anteriormente, uma grande parcela do esgoto é apenas afastada da fonte Destaca-se que ao longo deste relatório, todas as unidades operacionais, bem como as
geradora e disposto sem qualquer tipo de tratamento nos cursos d’água do município. Assim, informações relevantes do SES de Juiz de Fora serão apresentadas de forma detalhada.
ao longo das visitas técnicas ao SES de Juiz de Fora, identificou-se três unidades de recalque
responsáveis por afastar os esgotos coletados, sendo elas: EEE Terra Nostra, EEE São Luiz
e EEE Nova Califórnia.
Apesar do SES de Juiz de Fora ser considerado, quase que em sua totalidade, do tipo
separador absoluto, observou-se que, principalmente na área central da Sede, há uma grande
confluência com o sistema de microdrenagem municipal, evidenciando características de um
sistema unitário, ou seja, quando a coleta de águas pluviais é feita concomitantemente com
o esgoto.
Segundo relatos de técnicos da PJF, bem como da Cesama, a implantação do sistema misto
na área central do município, é um fato carregado desde o início da implantação do SES de
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Ligações Prediais e Economias de Esgoto Quando observada as classes de consumidores, pode-se concluir que a grande maioria, seja
das ligações ou economias, a predominância é do uso residencial. Esta classe representa
Segundo dados fornecidos pela Cesama, ao final do ano de 2021, o SES de Juiz de Fora aproximadamente 88% do total de ligações e economias.
atendia um total de 153.423 ligações, sendo que 144.522 eram ligações ativas, ou seja,
aproximadamente 94%. No que se refere às economias, segundo a Cesama o total, para o Outro ponto levantado, com base no cadastro comercial da Cesama, é com relação às
mesmo ano, era de 267.189 economias, sendo que economias ativas representavam ligações sociais de esgoto, ou seja, aquelas unidades que fazem parte do CAD Único do
aproximadamente 96%, 256.402 economias. município de Juiz de Fora. Esta categoria representa, aproximadamente, 5% do total das
ligações de esgoto, totalizando 7.110 ligações, no ano de 2021. Entretanto, de acordo com a
Nos Quadros 42 e 43 apresenta-se o histórico da evolução do número de ligações e Gerência Comercial da CESAMA, hoje são atendidas 8.958 economias com a tarifa social
economias ao longo dos últimos 5 anos, categorizando-as por classes de uso. para famílias cadastradas no CadÚnico da Prefeitura de Juiz de Fora.
Quadro 42: Número de Ligações Quanto ao padrão da ligação de esgoto indicado pela Cesama, apresenta-se o material
Variação
Ano Residencial Comercial Industrial Pública Mista Total
Anual institucional da companhia, na Figura 163. Na sequência, outro material educativo reforçando
2017 126.072 10.746 987 1.453 4.149 143.407 2,01% a temática.
2018 128.295 11.034 1.274 1.457 4.065 146.125 1,90%
2019 130.633 11.337 1.544 1.454 4.043 149.011 1,98%
2020 132.258 11.643 1.663 1.430 4.000 150.994 1,33%
2021 134.059 12.072 1.952 1.375 3.965 153.423 1,61%
Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
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Figura 163: Padrão da Ligação de Esgoto Indicado pela Cesama Figura 164: Material Educativo Referente às Ligações Prediais de Esgoto.
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Apesar de haver a divulgação de materiais institucionais referentes à correta ligação ao e 2021, houve um incremente de apenas 12,5 km destas no sistema. Em parte, isto mostra
sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora, observou-se que um dos problemas que há alguns anos o município já apresenta extensão de rede coletora suficiente para coletar
crônicos do SES de Juiz de Fora é a contribuição de águas pluviais através de ligações os esgotos gerados, conforme já apresentado na evolução da cobertura de atendimento no
irregulares, que ocorrem já na ligação entre o usuário e a rede coletora. período analisado.
Ao proceder a análise do total da extensão de rede coletora com o número de ligações ativas,
Não foi identificada nenhuma ação específica que fiscalize as ligações prediais de esgoto, apresentado anteriormente, tem-se a densidade de metros de rede por ligação existente no
seja da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora ou da Cesama. Todavia, a Cesama fiscaliza as sistema. No SES de Juiz de Fora este indicador é da ordem de 9,47 m/lig., ou seja, indo de
caixas padrão de esgoto, porém não fiscaliza a ligação predial interna, não conseguindo encontro com a densidade de economias por ligação de esgoto, este valor indica um elevado
identificar ligações de água pluvial interna nos imóveis. índice de verticalização e adensamento urbano. Novamente, destaca-se que estes
indicadores representam uma média de todo o sistema, podendo variar de uma região para
A ausência de programas de fiscalização das ligações de esgoto corrobora para o aumento a outra, dependendo de suas características urbanísticas, definidas basicamente pelo Plano
da contribuição indevida de água pluvial no SES, que por sua vez, propaga problemas ao Diretor do município.
longo do transporte do esgoto nas redes coletoras e estações de recalque, a se destacar os
extravasamentos de esgoto. No que diz respeito aos materiais utilizados, as redes coletoras são construídas, em sua
maioria, com PVC, segundo dados do cadastro técnico da operadora do sistema. Ainda do
Rede Coletora, Coletor Tronco e Interceptor cadastro, observou-se uma quantidade relevante de redes construídas em material cerâmico.
Em parte, isto se justifica por dois fatores principais – a idade do sistema, principalmente na
Com relação às redes coletoras, as quais são responsáveis de coletar e afastar os esgotos região central, e, a utilização de trechos onde o sistema de coleta de esgoto é misto com a
gerados, no SES de Juiz de Fora, segundo o cadastro técnico da Cesama, há um total de coleta de águas pluviais. Todavia, não se obteve de forma atualizada do cadastro técnico, as
1.369 km de rede implantada. extensões da rede coletora classificadas por diâmetro e material.
No Quadro 44, apresentado a seguir, pode-se observar a extensão de rede coletora dos Com relação aos coletores tronco do sistema, bem como dos interceptores, unidades lineares
últimos 5 anos, bem como o incremento que o sistema recebeu, ao longo destes anos. de coleta e transporte dos esgotos gerados no município, assim como já identificado no
PSB/JF (2014), observou-se que as seguintes unidades continuam em operação:
Quadro 44: Extensão de Rede Coletora
Ano Incremento (km) Incremento (%) Total (km)
2017 3,72 - 1.360 • Coletor tronco: CT 07 – Benfica, CT 05 – Santa Cruz, CT 04 – Nova Era, CT 02 –
2018 3,28 0,24% 1.363
Cidade do Sol;
2019 2,82 0,21% 1.366
2020 1,17 0,09% 1.367 • Coletor tronco CT Yungue;
2021 1,56 0,11% 1.369
Fonte: Adaptado de Cesama, 2022 • Interceptor de esgotos: IP - 01;
Conforme os dados repassados pela operadora do sistema, conclui-se que pouco foi Com relação às unidades lineares apresentadas a seguir, por se tratar de obras mais
executado, no que diz respeito às redes coletoras, tendo em vista que entre os anos de 2017 recentes, não as observou inseridas no cadastro técnico georreferenciado, disponibilizado
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pela Cesama. A partir dos projetos fornecidos, contabilizou-se as extensões das etapas Figura 165: Material Institucional - Redes Coletoras
Segundo a Cesama, todas as obras referentes aos projetos estão parcialmente concluídas,
e aguardando licitação para execução final, com previsão de no curto prazo estarem
concluídas.
Assim como é feito com relação às ligações prediais de esgoto, onde a Cesama atua na
educação ambiental de seus usuários, através da distribuição de materiais institucionais
educativos, com relação à manutenção das redes coletoras o mesmo também ocorre,
conforme apresentado na Figura 165.
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Todavia, a obstrução das redes coletoras, assim como das estações elevatórias de esgoto Quadro 45: Estações Elevatórias de Esgoto Existentes
Sistema Unidade de Recalque Situação
também é algo corriqueiro na operação e manutenção do SES de Juiz de Fora, conforme EEE 01 - Barbosa Lage Em operação
relatado por técnicos da Cesama. EEE 02 - GAC Em operação
EEE 03 - Nova Era Em operação
Barbosa Lage
EEE 05 - Benfica Em operação
EEE 09 – Bairro Industrial Inoperante
Na Figura 166, pode-se observar técnicos da Cesama desobstruindo uma estação elevatória
EEE 11 - Cerâmica Inoperante
de esgoto, que estava inoperante devido ao acúmulo de sólidos na entrada da sucção da EEE Independência Em operação
União Indústria
EEE Vila Ideal Em operação
bomba. Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
Cada uma das estações elevatórias de esgoto possui suas respectivas linhas de recalque, as
quais são as tubulações por onde o esgoto é transportado de forma pressurizada até um
ponto onde ele seja escoado, novamente por gravidade.
116
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Quanto à operação das elevatórias de esgoto do SES de Juiz de Fora, conforme relatado por
técnicos da Cesama, um problema crônico para estas unidades é o aumento da vazão em
dias chuvosos. Conforme já relatado neste diagnóstico, a contribuição de águas pluviais no
sistema é uma problemática que afeta tanto a coleta e o transporte do esgoto, assim como o
tratamento do efluente que chega na estação de tratamento.
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Figura 168: Localização das Estações Elevatórias de Esgoto do SES de Juiz de Fora
118
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A EEE 05 está localizada às margens do Rio Paraibuna, na avenida Garcia Rodrigues Paes
no bairro Benfica. Na Figura 169, tem-se uma vista geral da unidade de recalque.
Apesar da estrutura estar cercada, a sua proximidade com a pista de rolamento da avenida, A EEE 05 conta com um conjunto motobomba com potência de 15CV e vazão de 300 m³/h
indica a fragilidade desta elevatória a acidentes com veículos, bem como dificulta o (83 L/s), sendo ele acionado por partida direta, a partir do nível de operação do poço de
estacionamento dos veículos de manutenção e maquinários utilizados nas operações sucção. A respectiva linha de recalque, construída em ferro fundido, possui 1 km de extensão
rotineiras da equipe de manutenção do SES de Juiz de Fora. e diâmetro de 300 mm.
A elevatória apresenta-se em bom estado de conservação, o poço de sucção é totalmente • EEE 03 – Nova Era
coberto (vide Figura 170), existe tubulação extravasora em caso de paralisação do sistema e
mecanismos de retenção de sólidos. Os resíduos retidos são removidos com auxílio de A EEE 03 está localizada na rua General Almerindo da Silva Gomes, esquina com avenida
caminhão tipo limpa fossa, enviando-os para o aterro sanitário. Presidente Juscelino Kubitscheck, no bairro Nova Era. Na Figura 171, tem-se uma vista geral
da unidade de recalque.
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Figura 171: Vista Geral da EEE 03 Toda a estrutura de bombeamento e retenção de sólidos encontra-se confinada,
proporcionando o acúmulo de gases aos quais os operadores ficam expostos durante
atividades de limpeza e manutenção de equipamentos, sendo assim, trata-se de um ambiente
insalubre, conforme apresentado na Figura 173.
Pode-se observar que a EEE 03 se encontra devidamente cercada e identificada por uma
placa contendo a logomarca da Cesama. Os painéis e equipamentos estão protegidos por
estruturas físicas adequadas e são devidamente trancadas.
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A EEE 03 conta com um conjunto motobomba com potência de 15CV e vazão de 300 m³/h Não há nenhum cercamento ao redor da estrutura civil da unidade, onde está abrigado o
(83 L/s), sendo ele acionado por inversor de frequência, a partir do nível de operação do poço quadro de comando da EEE 02. Toda a estrutura de bombeamento e retenção de sólidos
de sucção. A respectiva linha de recalque, construída em ferro fundido, possui 77 m de encontra-se confinada, promovendo o acúmulo de gases aos quais os operadores ficam
extensão e diâmetro de 200 mm. expostos durante as atividades de manutenção dos equipamentos, sendo assim, trata-se de
um ambiente insalubre.
• EEE 02 – GAC
Figura 175: Gradeamento e Bombeamento Confinado
A EEE 02 está localizada na Avenida Garcia Rodrigues Paes em uma região próxima à área
do Exército. Na Figura 174, tem-se uma vista geral da unidade de recalque.
A EEE 02 encontra-se implantada muito próxima à pista da avenida, sendo que parte de seu Apesar de não haver ocorrências de mau cheiro nos arredores da EEE 02, em parte por não
poço de sucção foi construído sob a pista de rolamento. As operações de limpeza e haver residências e comércios próximos, destaca-se novamente o mau posicionamento do
manutenção são complicadas, por conta da necessidade de interdição de parte da pista para poço de sucção, sob a pista de rolamento, conforme apresentado na Figura 176.
acomodação do caminhão limpa fossa ou quando da entrada de operadores para algum tipo
de manutenção. Segundo técnicos da Cesama, o trânsito do local é um dos maiores
problemas relacionados à manutenção desta unidade.
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Figura 176: Poço de Sucção Sob a Pista de Rolamento Figura 177: Vista Geral da EEE 01 – Externa
A EEE 02 conta com um conjunto motobomba com potência de 25CV e vazão de 250 m³/h
(70 L/s), sendo ele acionado por partida direta, a partir do nível de operação do poço de
sucção. A respectiva linha de recalque, construída em ferro fundido, possui 454 m de
extensão e diâmetro de 300 mm.
A EEE 01 está localizada entre a rua Antônio da Silva e a avenida Garcia Rodrigues Paes, Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
no bairro Barbosa Lage, já nas proximidades da ETE Barbosa Lage. Nesta elevatória, todo o
esgoto afluente à ETE Barbosa Lage é concentrado, portanto essencial ao bom Pode-se observar que a EEE 01 se encontra devidamente cercada e os painéis e
funcionamento da ETE. Nas Figuras 177 e 178, tem-se uma vista geral da unidade de equipamentos estão protegidos por estruturas físicas adequadas e são devidamente
recalque. trancadas.
Como a Cesama estabelece rotinas de limpeza na estação em horários que causem menor
impacto à população vizinha, problemas inerentes à emanação de odores acabaram por ser
minimizados, porém não extinguidos. Ainda há diversas ocorrências de maus odores
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provenientes da EEE 01. Destaca-se que a EEE 01 se encontra muito próxima das Figura 180: Linha de Recalque da EEE 01 (Travessia Aérea)
Um ponto relevante a respeito da EEE 01 é o fato dela ser a unidade de recalque final de todo
o esgoto coletado no sistema Barbosa Lage até a ETE. Sendo assim, será necessário
executar a sua ampliação, visto que a vazão atualmente instalada é aquém da vazão
estimada para a plena operação do projeta da ETE Barbosa Lage.
• EEE 09 e EEE 11
A EEE 01 conta com um conjunto motobomba com potência de 12,5CV e vazão de 300 m³/h Barbosa Lage.
(83 L/s), sendo ele acionado por inversor de frequência, a partir do nível de operação do poço
de sucção. A respectiva linha de recalque, construída em ferro fundido, possui 104 m de Nas Figuras 181 e 182, apresentadas a seguir, pode-se observar as vistas gerais das
extensão e diâmetro de 400 mm. Como pode ser visto na Figura 180, a linha de recalque da unidades de recalque desativadas.
EEE 01, em parte, é uma travessia sobre o Rio Paraibuna, chegando na ETE Barbosa Lage.
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A EEE Independência está localizada às margens da Avenida Brasil, próximo ao viaduto que
leva à Avenida Itamar Franco. Na Figura 183, tem-se uma vista geral da unidade de recalque.
Figura 182: Vista Geral da EEE 11 Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
Essa unidade conta com quatro conjuntos motobombas (vide Figura 184), que operam em
regime de revezamento de dois em dois. O acionamento dos conjuntos motobombas é feito
por inversor de frequência, conforme a variação do nível do poço de sucção. A sua linha de
recalque tem aproximadamente 1,2 km de extensão, e conecta a unidade até o IP 02 Vila
Ideal.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
Apesar de toda a unidade ser cercada, bem como contar com uma edificação para os painés
de controle dos conjuntos motobombas (vide Figura 185), a EEE Independência foi alvo de
furtos de cabos elétricos e equipamentos, logo após a conclusão das obras. Esta ocorrência,
além de atrasar o início das operações, causou um prejuízo de quase 1 milhão de reais à
Cesama.
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Figura 184: Poço de Sucção da EEE Independência Figura 186: Subestação Abrigada da EEE Independência
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022 Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
A EEE Vila Ideal está localizada às margens da Rodovia BR 267, no Bairro Vila Ideal. Na
Figura 187, tem-se uma vista geral da unidade de recalque.
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Figura 187: Vista Geral da EEE Vila Ideal Figura 188: Painel de Controle - Inversor de Frequência
A EEE Vila Ideal foi recentemente implantada e ainda não está operando em plena
capacidade, conforme o projeto executado. Esta unidade de recalque faz parte do Sistema Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
União Indústria, sendo uma unidade de grande relevância, tendo em vista a vazão máxima
de projeto de 1.244 L/s. Destaca-se que esta é a elevatória final do sistema, a qual transporta
o esgoto até a ETE União Indústria. Figura 189: Subestação Abrigada da EEE Vila Ideal
A EEE Vila Ideal conta com quatro conjuntos motobombas (vide Figura 188), que operam
em regime de revezamento de dois em dois. O acionamento dos conjuntos motobombas é
feito por inversor de frequência, conforme a variação do nível do poço de sucção. A sua linha
de recalque tem aproximadamente 3,4 km de extensão.
No momento da visita técnica, a EEE Vila Ideal apresentava bom estado de conservação,
bem como toda a unidade estava cercada, além de contar com uma edificação para os painés
de controle dos conjuntos motobombas (vide Figura 190).
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Figura 190: Sala Elétrica da EEE Vila Ideal Figura 191: Vista Geral da EEE Terra Nostra
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022 Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
O SES de Juiz de Juiz de Fora conta ainda com mais três unidades de recalque de esgoto,
sendo elas a EEE Terra Nostra, EEE São Luiz e EEE Nova Califórnia.
A EEE Terra Nostra faz parte do Sistema União Indústria, mais precisamente localizada no
Subsistema Ipiranga, ao Sul da Zona Urbana de Juiz de Fora. Tendo em vista que neste
subsistema os principais coletores troncos, interceptores, bem como a ETE Santa Luzia ainda
não estão implantados, a EEE Terra Nostra tem como papel principal o afastamento do
esgoto coletado em sua área de influência. Assim, a unidade é responsável por recalcar o
esgoto até um poço de visita localizado a, aproximadamente, 500 metros. A partir daquele
ponto, o esgoto é transportado por gravidade.
Nas Figuras 191 e 192, apresentadas a seguir, tem-se uma vista geral da EEE Terra Nostra,
onde pode-se observar que a unidade é cercada e identificada. Na sequência, observa-se
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
que o poço de sucção é completamente coberto e a unidade encontra-se em bom estado de
conservação.
O painel de controle da EEE Terra Nostra está apresentado na Figura 193. Observa-se que
seu acionamento é realizado através de inversor de frequência, conforme o nível de operação
127
Revisão do Plano de Saneamento Básico
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de seu poço de sucção. Não foram obtidos dados operacionais da unidade, como vazão de Figura 194: Vista Geral da EEE São Luiz
A EEE São Luiz, localizada a Leste da Zona Urbana do município de Juiz de Fora, faz parte
do futuro Subsistema Grama, o qual fará parte do Sistema Barbosa Lage. Tendo em vista
que neste subsistema os principais coletores troncos e interceptores ainda não estão
implantados, a EEE São Luiz tem como papel principal o afastamento do esgoto coletado em
sua área de influência. Assim, a unidade é responsável por recalcar o esgoto até um poço de
visita localizado a, aproximadamente, 300 metros. A partir daquele ponto, o esgoto é
transportado por gravidade até ser lançado in natura no Ribeirão das Rosas.
´
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
Nas Figuras 194 e 195, apresentadas a seguir, tem-se uma vista geral da EEE São Luiz, onde
pode-se observar que a unidade é cercada. Na sequência, observa-se que o poço de sucção,
O painel de controle da EEE São Luiz está apresentado na Figura 196. Observa-se que seu
o qual é completamente coberto e a unidade encontra-se em bom estado de conservação.
acionamento é realizado através de inversor de frequência, conforme o nível de operação de
seu poço de sucção. Não foram obtidos dados operacionais da unidade, como vazão de
operação, bem como características do conjunto motobomba e da linha de recalque.
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Figura 196: Painel de Controle da EEE São Luiz Figura 197: Vista Geral da EEE Nova Califórnia
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022 Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
A EEE Nova Califórnia faz parte do Sistema União Indústria, mais precisamente localizada Figura 198: Poço de Sucção da EEE Nova Califórnia
no Subsistema Vila Ideal, na porção Oeste da Zona Urbana de Juiz de Fora. Tendo em vista
que neste subsistema os principais coletores troncos, interceptores ainda não estão
implantados, a EEE Nova Califórnia tem como papel principal o afastamento do esgoto
coletado em sua área de influência. Esta elevatória foi implantada, incialmente, para atender
um condomínio residencial instalado no bairro Nova Califórnia. Atualmente, a unidade é
responsável por recalcar o esgoto gerado de toda a vizinhança que cresceu nos últimos anos.
Segundo técnicos da Cesama, a EEE Nova Califórnia frequentemente sofre problemas com
falta de energia, o que paralisa a sua operação, e causa extravasamento de esgoto em poços
de visita próximos, assim como em residências.
Nas Figuras 197 e 198, apresentadas a seguir, tem-se uma vista geral da EEE Nova
Califórnia, onde pode-se observar que a unidade é cercada e identificada. Na sequência,
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
observa-se o poço de sucção, que por sua vez é completamente coberto. A unidade encontra-
se em bom estado de conservação.
O painel de controle da EEE Nova Califórnia está apresentado na Figura 199. Observa-se
que seu acionamento é realizado através de inversor de frequência, conforme o nível de
operação de seu poço de sucção. Não foram obtidos dados operacionais da unidade, como
vazão de operação, bem como características do conjunto motobomba e da linha de recalque.
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Figura 199: Painel de Controle da EEE Nova Califórnia foi mantido o sistema, anaeróbio e aeróbio. Para as unidades de tratamento do Portal do
Aeroporto e Alphaville, não foram feitas tais exigências, visto que a previsão é que estas
estações de tratamento sejam desativadas tão logo os coletores de esgoto cheguem
próximos a estas unidades. Estão previstas ampliações para as ETE Barbosa Lage que irão
complementar suas estruturas para a configuração proposta pelo Estudo de Concepção do
Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora. Neste momento, as estações de
tratamento de esgoto implantadas têm as seguintes configurações, conforme apresentado a
seguir.
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Figura 200: Localização das Estações de Tratamento de Esgoto do SES de Juiz de Fora
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A ETE União Indústria possui uma vazão nominal de 691 L/s, ou seja, capaz de tratar
59.702m³/dia de esgoto. Todavia, em 2021 ela tratou uma média de apenas 11,6 L/s (1.000
m³/dia), tendo em vista que apenas um reator está em operação e, ainda, em início de
operação. Destaca-se que a vazão na ETE União Indústria é medida através de um medidor
ultrassônico posicionado na calha Parshall, logo após o tratamento preliminar.
Ao todo, são oito reatores do tipo UASB instalados. Destaca-se que o projeto previa dois
reatores a mais, todavia, com a implantação da futura ETE Santa Luzia, a qual tratará os
esgotos do Subsistema Ipiranga, não há mais a necessidade de ampliar a vazão desta
unidade. No que tange o tratamento complementar, através de lodos ativados, este encontra-
se ainda apenas no projeto. Apesar de ser de suma importância a implantação e a operação
da ETE União Indústria, a conclusão do seu projeto, considerando a sua eficiência, é
essencial para a garantia do objetivo principal de garantir o lançamento de efluentes tratados
com quantidade e qualidade ambientalmente corretas.
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Na Figura 202, tem-se uma vista geral da ETE União Indústria. Figura 203: Tratamento Preliminar – ETE União Indústria
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Os gases gerados nos processos de tratamento da estação são coletados através de Segundo técnicos da Cesama, a ETE União Indústria até o momento não gerou lodo
canalizações que conectam todos os reatores à central de queimadores, conforme suficiente a ponto de ser necessário ser feito o desaguamento, e posterior tratamento, tendo
apresentado na Figura 205. em vista a baixa vazão de esgoto recebida, até então, na unidade.
A ETE União Indústria conta com um laboratório, o qual está em fase de implantação, como
pode ser visto na Figura 207. A unidade ainda conta com salas para a administração,
vestiários e um espaço para cozinha e refeitório.
Quanto ao lodo gerado nos reatores, a ETE União Indústria conta com um sistema de
recirculação de lodo, porém o lodo excedente é encaminhado para a central de tratamento
de lodo, como pode ser visto na Figura 206. Neste local o lodo é centrifugado e desidratado,
e então, armazenado em contêineres.
A ETE União Indústria, de um modo geral, encontra-se em bom estado de conservação, visto
que é a unidade de tratamento mais nova do SES de Juiz de Fora. Todavia, observou-se falta
de manutenção das estruturas civis, as quais ainda não estão sendo utilizadas. Outro ponto
observado foi à não execução de serviços de capina e roçada há algum tempo,
transparecendo uma impressão de abandono do terreno da ETE.
A ETE União Indústria é a unidade de tratamento mais relevante do SES de Juiz de Fora,
sendo assim, carece de maior celeridade para que sua plena operação ocorra.
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
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No que tange as etapas de tratamento, a ETE Barbosa Lage conta com as seguintes unidades
operacionais:
• Tratamento preliminar;
• Tanques de equalização;
• Tanques de aeração;
• Decantadores;
• Digestores de lodo;
• Centrífuga de lodo;
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Na Figura 209, observa-se a chegada do esgoto, bem como parte do tratamento preliminar Figura 210: Tanques de Equalização – ETE Barbosa Lage
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022 Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
Após o gradeamento de sólidos, caixa de areia e de gordura, o esgoto é encaminhado para Figura 211: Tanques de Aeração – ETE Barbosa Lage
os tanques de equalização, como pode ser visto na Figura 210. Na sequência, o efluente é
recalcado para os tanques de aeração, apresentados na Figura 211.
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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O lodo gerado no tratamento é recirculado para os digestores de lodo, como pode ser O lodo excedente é encaminhado para a desidratação, através de centrífuga, como pode ser
observado, em destaque, na Figura 212. Nesta mesma figura, pode-se observar, à direita, a observado na Figura 214. Na ocasião da visita técnica, a centrífuga recentemente instalada
casa de máquinas onde estão instalados os sopradores de ar, e ao fundo, o decantador estava fora de operação, tendo em vista problemas na instalação elétrica.
secundário (vide Figura 213), última etapa do tratamento.
Figura 214: Centrífuga de Lodo – ETE Barbosa Lage
139
Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Figura 215: Armazenamento de Produtos Químicos – ETE Barbosa Lage Por fim, reitera-se que a ETE instalada corresponde a um módulo de 4 propostos no projeto
original desta unidade que propunha a implantação de um sistema de lodos ativados com
uma vazão média de final de plano de 290 L/s. Após a sua implantação foi adequado o projeto
básico para o sistema proposto no estudo de concepção (UASB + Lodos Ativados). Neste
novo estudo foi ampliada a vazão para 374 L/s, com a inclusão da contribuição do coletor
Grama.
A ETE Barreira do Triunfo foi planejada para operação em final de plano com uma capacidade
de tratamento de 20 L/s, porém atualmente a capacidade instalada da ETE é de 10 L/s,
recebendo uma vazão média da ordem de 5,0 L/s, proveniente exclusivamente da geração
de efluentes da fábrica da Mercedes Benz. Destaca-se que a vazão na ETE Barreira do
Triunfo é medida através de um medidor ultrassônico posicionado na calha Parshall, logo
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
após o tratamento preliminar.
O efluente final da ETE Barbosa Lage é encaminhado através de um emissário final até o Rio
A ETE Barreira do Triunfo tem suas etapas de tratamento muito similares à ETE Barbosa
Paraibuna, conforme apresentado em item específico deste relatório.
Lage, porém em proporções menores. A unidade é composta, na fase líquida do tratamento,
por um sistema de tratamento preliminar seguido por um tanque de aeração conjugado com
De modo geral, as estruturas físicas da ETE Barbosa Lage encontram-se em bom estado de
um decantador secundário. Para a fase sólida utiliza-se um tanque de descarte de lodo
conservação, sendo observados apenas alguns pontos de corrosão em peças e
(digestor) dotado de aeração complementar, e uma unidade de desidratação, com
equipamentos metálicos, como nos guarda-corpos e passarelas. Estas são constatações já
equipamento do tipo prensa, que no momento da visita técnica encontrava-se desativado.
feitas no PSB/JF (2014), o que indica a falta de ações corretivas e preventivas na unidade.
Nas Figuras 216 a 218, apresentadas a seguir, pode-se observar as principais unidades da
Como a unidade foi concebida sem grande flexibilidade operacional para a etapa atual
ETE Barreira do Triunfo.
(apenas 01 tanque de aeração e 01 decantador secundário) eventos que demandam
manutenção, acabam por trazer transtornos à operação do sistema.
Outro ponto bastante prejudicial ao tratamento biológico realizado na ETE, é quanto à diluição
que o esgoto afluente à estação sofre em dias de chuva, tendo em vista as contribuições de
água pluvial que o sistema recebe de forma irregular, bem como onde o sistema opera em
regime unitário, o que diminui a carga orgânica do esgoto, bem como a eficiência do
tratamento.
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 216: Tanque de Equalização – ETE Barreira do Triunfo Figura 218: Decantador Secundário – ETE Barreira do Triunfo
Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022 Fonte: Arquivo Técnico Ampla, 2022
Figura 217: Tanque de Aeração – ETE Barreira do Triunfo Na Figura 219, pode-se observar a prensa de lodo, responsável pela desidratação do lodo
para o posterior descarte, esta encontra-se desativada. Segundo técnicos da Cesama, esta
condição já se apresenta há alguns anos.
O efluente final da ETE Barreira do Triunfo é encaminhado através de um emissário final até
o Rio Paraibuna, conforme apresentado em item específico deste relatório.
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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De modo geral a ETE Barreira do Triunfo tem sua condição operacional satisfatória. A ETE Portal do Aeroporto já é operada por técnicos da Cesama, e é uma estação de
Atualmente está operando com folga, sendo necessário manter apenas um tanque de pequeno porte, constituída por um reator UASB, tanque de aeração e decantador secundário.
aeração em funcionamento, bem como armazenar e recircular o efluente entre as etapas, Na Figura 220 tem-se uma vista geral da ETE.
principalmente aos finais de semana, quando a vazão de esgoto diminui drasticamente.
Figura 220: Vista Geral da ETE Portal do Aeroporto
Em relação às condições físicas das unidades observou-se que a ETE apresenta condições
satisfatórias em termos de funcionamento dos equipamentos eletromecânicos e condições
estruturais. Apenas algumas peças metálicas, tais como guarda-corpo, apresentam sinais de
corrosão. Estas são constatações já feitas no PSB/JF (2014), o que indica a falta de ações
corretivas e preventivas na unidade.
Está sendo estudado a remodelação de todas as elevatórias do sistema Barbosa Lage que
Destaca-se que não se obteve informações técnicas e operacionais, em detalhes, destas
receberão o acréscimo de vazão do sistema Barreira do Triunfo. Posteriormente será revisada
estações de tratamento. Todavia, são estações de pequeno porte, sem grandes relevâncias
a coleta de esgoto de Barreira do Triunfo para lançamento de todo o esgoto deste sistema
ao contexto do SES de Juiz de Fora.
para a elevatória projetada.
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Figura 221: Vista Geral da ETE Alphaville Conforme apresentado no diagnóstico do Sistema de Drenagem Urbana e Manejo de Águas
Pluviais, o Rio Paraibuna é responsável por drenar toda a bacia urbana do município de Juiz
de Fora, ou seja, todo o efluente líquido, tratado ou não, acaba tendo como destino final o
curso d’água do Paraibuna. A seguir apresenta-se alguns registros fotográficos dos pontos
de lançamento dos efluentes tratados, conforme vistoriado in loco.
Como pode ser observado, com exceção das estações de tratamento de esgoto localizadas
em condomínios fechados, as quais tem menor relevância ao sistema de tratamento como
um todo, e que por sua vez, utilizam de córregos próximos como corpo receptor de seus
Fonte: Acervo técnico – Ampla Consultoria e Planejamento, 2022
efluentes, as demais têm o Rio Paraibuna como corpo receptor.
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Figura 224: Ponto de Lançamento – ETE Barreira do Triunfo Lançamento de Efluentes é aplicada aos empreendimentos passíveis de Licenciamento
Ambiental, previstos pela Deliberação Normativa COPAM nº 217/2017, no entanto, estes
devem ser convocados por meio de portaria específica pelo órgão gestor de recursos hídricos,
conforme estabelece o Art. 8º da Deliberação Normativa CERH nº 26/2008 com nova redação
posta pela Deliberação Normativa CERH nº 47/2014.
Cadastro Técnico
Fonte: Acervo técnico – Ampla Consultoria e Planejamento, 2022
Figura 225: Ponto de Lançamento – ETE Portal do Aeroporto A Cesama possui um cadastro técnico do SES de Juiz de Fora, o qual está em processo de
construção há anos. Este cadastro técnico está armazenado em uma plataforma SIG –
Sistema de Informação Georreferenciada próprio da Cesama, todavia, segundo técnicos da
companhia, há muito material arquivado para ser incluído neste cadastro.
No que diz respeito às outorgas de lançamento dos efluentes tratados nas estações de
tratamento de esgoto em operação do SES de Juiz de Fora, cabe informar que a Outorga de
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Centro de Controle Operacional Figura 227: Tela do CCO do SES de Juiz de Fora
Nas figuras apresentadas a seguir, pode-se visualizar as telas que os operadores do CCO do
SES de Juiz de Fora têm acesso para o monitoramento das principais unidades operacionais
do sistema, a se destacar as estações elevatórias de esgoto e estações de tratamento de
esgoto.
Nem todas as unidades operacionais estão conectadas ao CCO, todavia, segundo técnicos
da Cesama, mesmo assim é possível ter um panorama geral da operação do SES, assim
como identificar falhas na operação das unidades de maior impacto na coleta e no tratamento
dos efluentes.
As unidades operacionais que são monitoradas no CCO do SES de Juiz de Fora estão
conectadas via telemetria, conforme constatado em visita técnica.
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Quadro 48: Vazões Médias de Tratamento (Ano de 2021) – SES de Juiz de Fora Para uma análise temporal ao longo dos últimos cinco anos, apresenta-se o Quadro 49, a
União Barbosa Barreira do seguir. Nele, é possível observar a variação da vazão média de tratamento, bem como do
Variação
Mês Indústria % Lage % Triunfo % Total (m³)
Mensal
(m³/mês) (m³/mês) (m³/mês) percentual do esgoto tratado, referente ao total coletado.
Janeiro 52.550 26,10% 140.640 69,85% 8.146 4,05% 201.336 -
Fevereiro 44.658 25,46% 122.880 70,05% 7.881 4,49% 175.419 -12,87% Quadro 49: Histórico de Vazões Médias de Tratamento – SES de Juiz de Fora
Março 43.122 21,50% 152.786 76,17% 4.668 2,33% 200.576 14,34% Percentual de
Abril 37.351 27,66% 93.804 69,47% 3.866 2,86% 135.021 -32,68% Ano Média Mensal (m³) Total (m³) Vazão Média (l/s) Esgoto Tratado no
Maio 31.096 25,66% 85.788 70,78% 4.314 3,56% 121.198 -10,24% Ano
Junho 26.205 18,68% 109.717 78,22% 4.348 3,10% 140.270 15,74% 2017 138.094 1.657.127 53 6,97%
Julho 27.753 19,05% 113.696 78,02% 4.274 2,93% 145.723 3,89% 2018 103.709 1.244.504 40 5,56%
Agosto 24.391 16,61% 118.014 80,37% 4.433 3,02% 146.838 0,77% 2019 123.973 1.487.672 48 6,38%
Setembro 15.919 11,72% 114.899 84,60% 4.995 3,68% 135.813 -7,51% 2020 127.989 1.535.872 49 6,44%
Outubro 24.115 14,09% 139.071 81,27% 7.943 4,64% 171.129 26,00% 2021 158.062 1.896.750 61 7,42%
Novembro 10.985 7,45% 130.171 88,24% 6.356 4,31% 147.512 -13,80% Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
Dezembro 23.553 13,39% 141.053 80,18% 11.308 6,43% 175.914 19,25%
Total 361.699 19,07% 1.462.519 77,11% 72.532 3,82% 1.896.750
Um ponto que chama atenção é a estagnação do percentual de esgoto tratado referente ao
Média (m³) 30.142 121.877 6.044 158.062
total coletado. Ao longo do período analisado, não houve uma evolução significativa, o que
Vazão (L/s) 11,6 47,0 2,3 61,0
Fonte: Adaptado de Cesama, 2022 interfere diretamente na qualidade dos corpos receptores dos esgotos coletados pelo SES de
Juiz de Fora, a se destacar, o Rio Paraibuna, que recebe a contribuição de todos os córregos
Conforme já mencionado, a ETE União Indústria encontra-se em fase de implantação dos que cortam a zona urbana do município.
procedimentos operacionais, portanto, apresenta uma vazão de tratamento bastante aquém No que tange o perfil qualitativo do efluente tratado, apresenta-se a sequência de quadros a
do total instalado. seguir, onde tem-se as médias do ano de 2021, dos principais parâmetros de análise,
considerando a entrada e a saída da ETE Barbosa Lage e ETE Barreira do Triunfo, assim
Ao longo de 2021, a média da vazão de tratamento de esgoto no SES de Juiz de Fora ficou como a eficiência do tratamento.
em 61 L/s, o que por sua vez, representa os 7,42% de esgoto tratado, frente ao total de esgoto
coletado no município. Quadro 50: Análise do Efluente Tratado (Parâmetros Médios de 2021) – ETE Barbosa Lage
Parâmetro Unidade Entrada Saída Eficiência
DBO mg/L 187 38 80%
Um ponto sensível na análise das vazões mensais de tratamento é a variação mensal. Como
DQO mg/L 334 70 79%
pode ser observado, entre os meses do ano de 2021, há variações positivas e negativas nas Fósforo mg/L 5 4 17%
Nitrogênio mg/L 28 18 36%
vazões tratadas. Isto ocorre devido à grande influência das chuvas no sistema de Sólidos sedimentáveis mg/L 4 1 77%
esgotamento sanitário de Juiz de Fora, em parte pelo sistema apresentar características SST mg/L 217 52 76%
E. coli NMP/100 mL N/D N/D N/D
unitárias em alguns trechos, mas também, devido à grande quantidade de ligações irregulares Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
de drenagem pluvial na rede coletora de esgoto.
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Quadro 51: Análise do Efluente Tratado (Parâmetros Médios de 2021) – ETE Barreira do Triunfo Figura 228: Laboratório Central de Análise do SES de Juiz de Fora
Parâmetro Unidade Entrada Saída Eficiência
DBO mg/L 674 12 98%
DQO mg/L 872 40 95%
Fósforo mg/L N/D N/D N/D
Nitrogênio mg/L N/D N/D N/D
SST mg/L 3091 28 99%
Sólidos sedimentáveis mg/L 66 0 100%
E. coli NMP/100 mL N/D N/D N/D
Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
Todavia, de modo geral, o efluente das estações de tratamento vem atendendo às condições
de lançamento de efluentes estabelecidas na DN COPAM/CERH 01/2008, para os
parâmetros DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio (60 mg/L ou eficiência > 70%), DQO –
Demanda Química de Oxigênio (180 mg/L ou eficiência > 65%) e sólidos sedimentáveis (< 1
mL/L). Para os parâmetros fósforo, nitrogênio e coliformes a deliberação citada não apresenta
valores de padrão de lançamento, sendo que as concentrações devem respeitar a classe do
corpo receptor, conforme a Resolução CONAMA 357/2005 e 430/2011.
As análises físico, químicas e biológicas do esgoto bruto e do efluente tratado das estações
de tratamento são realizadas, sob responsabilidade da Cesama, no laboratório localizado
junto à ETE Barbosa Lage.
Fonte: Acervo técnico – Ampla Consultoria e Planejamento, 2022
Na Figura 228, apresenta-se uma vista geral da estrutura do laboratório. Na sequência, Figura
Além das análises realizadas pela própria Cesama, conforme determina a legislação
229, o detalhamento da bancada de análise.
pertinente, há um laboratório externo que faz a coleta e a análise do esgoto bruto e do efluente
tratado, a fim de auditar e complementar as análises feitas do controle operacional da
companhia.
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Nos quadros a seguir, apresenta-se com detalhes as análises mensais das unidades de
tratamento Barbosa Lage e Barreira do Triunfo, respectivamente. Destaca-se para as lacunas
nos resultados das análises referentes à ETE Barreira do Triunfo.
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1º Bimestre 2º Bimestre 3º Bimestre abr/21 4º Bimestre 5º Bimestre ago/21 6º Bimestre out/21 7º Bimestre dez/21
Parâmetro dez/20 - jan/21 fev/21 - mar/21 - mai/21 jun/21 - jul/21 - set/21 - nov/21 - jan/22 Especificação Unidade
Montante Jusante Montante Jusante Montante Jusante Montante Jusante Montante Jusante Montante Jusante Montante Jusante
pH 6,81 6,91 6,98 6,85 6,63 7,61 7,15 6,34 7,32 7,08 7,16 7,29 7,5 7,35 6,0 a 9,0 UpH
Temperatura 24,1 24,4 21,7 21,7 20 19 21 20 23 23 * * 24,1 22,4 < 40° °C
SST * * * * * * * * * * * * * * Máx. Diária 100 ml/l
Sólidos Sedimentáveis * * * * * * * * * * * * * * mg/l
Sulfactantes * * * * * * * * * * * * * *
DBO 4,7 6,3 4,5 8,17 1 1 3 4 < 2,0 < 2,0 < 2,0 < 2,0 3 5,4 ≤ 5,0 mg/l
DQO 21 10 15 14 < 10 < 10 19 37 65 44 55 44 32 33 mg/l
Óleos e Graxas * * * * * * * * * * * * * * Ausente mg/l
E. Coli > 1600 > 1600 > 2419,6 >2419,6 36,4 770 > 2419,6 > 2419,6 Presença Ausência Presença Presença Presença Ausência ≤ 1000 NMP/100ml
Oxigênio Dissolvido 4,5 4,2 5,9 5,9 6,5 6,3 7,4 5,9 6,22 6,15 8,3 8,25 7,2 7,22 ≥ 5,0 mg/l
Turbidez 12,28 18,09 28,3 14,5 < 0,01 < 0,01 4,6 3,09 28,3 18,8 21,3 15,3 24,4 31,4 Até 100 uT
Detergentes * * * * * * * * * * * * * * mg/l LAS
*Parâmetro não realizado
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Conforme pode ser observado no Quadro 54, apresentado a seguir, a Cesama apresentou a Complementação do Coletor Tronco Tapera
Coletor Tronco Santa Luzia
licença ambiental de três estações de tratamento de esgotos em operação no SES de Juiz Projeto básico/executivo para integração dos Sistemas Barreira do
Ações em desenvolvimento Triunfo e Barbosa Lage
de Fora. (Licitação/Projeto/Obra) Elevatória Mariano Procópio
Complementação de interceptores IP2 e IP3 e travessias
Complemento do Coletor São Pedro
Destaca-se que estas três unidades de tratamento são as mais relevantes do sistema, ETE Santa Luzia
Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
enquanto as ETEs Portal do Aeroporto e Alphaville operam para atender exclusivamente os
respectivos condomínios fechados, sendo a ETE Alphaville, ainda operada pela
Já, segundo apresentado no Plano de Investimentos da Cesama, tendo como horizonte do
administradora condominial, tendo em vista que está em curso a transição da operação para
mês de abril de 2022 ao mês de março de 2025, o Programa Despoluição do Rio Paraibuna
a Cesama.
(Fase 1) prevê um investimento total de aproximadamente 79 milhões de reais, conforme
pode ser visto em detalhes no Quadro 56.
Quadro 54: Resumo das Licenças Ambientais das ETEs do SES Juiz de Fora
Licença Ambiental
ETE
Registro Validade Observação
Quadro 56: Plano de Investimentos da Cesama (04/2022 a 03/2025)
Barbosa Lage Nº 0793 26/11/2022 Com condicionantes Programa Valor
União Indústria Nº 018/2020 17/12/2030 Com condicionantes Despoluição do Rio Paraibuna Fase 1 (Caixa Econômica Federal) R$ 78.974.740,73
Barreira do Triunfo Nº 004/2020 10/09/2030 Com condicionantes
Caixa (Financiamento) R$ 62.465.392,59
Fonte: Adaptado de Cesama, 2022
Cesama R$ 16.509.348,15
Detalhamento
Como pode ser visto, todas as licenças ambientais apresentam condicionantes, seja ela Recomposição da parte elétrica Elevatória Independência R$ 893.000,00
emitida pelo órgão ambiental estadual, como a da ETE Barbosa Lage, ou pelo órgão CT Tapera R$ 1.672.977,62
CT São Pedro (Prev. inicial 4,3 Milhões) R$ 3.600.000,00
ambiental municipal.
IP-2, IP-3 e Travessias R$ 5.518.000,00
CT Santa luzia R$ 13.090.763,11
Elevatória Mariano R$ 3.200.000,00
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Quadros 57 e 58, apresentados a seguir, tem-se dois programas destacados do PPA, sendo foram apresentados ao longo deste relatório, sendo aqui feito um breve histórico da prestação
eles: Programa de Estruturação Urbana e Programa Meio Ambiente e Sustentabilidade. dos serviços nos anos anteriores.
Quadro 57: Plano Plurianual de Juiz de Fora – Programa de Estruturação Urbana Destaca-se que os indicadores econômicos e financeiros foram apresentados no diagnóstico
Nome da Ação / Descrição (código) do sistema de abastecimento de água de Juiz de Fora, tendo em vista que o sistema
Ano Meta Física (%) Valor
Recuperação Ambiental do Rio Paraibuna (229) comercial é unificado, entre o SAA e o SES.
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drenagem pluvial no sistema, seja ela nas próprias residências ou ao longo das extensões da
rede coletora, contribuem para as ocorrências de extravasamento de esgoto.
Quadro 59: Indicadores Técnicos, Operacionais e de Qualidade do Sistema de Esgotamento Sanitário de Juiz de Fora
2020 93,60 94,68 94,68 74,88 6,44 4,82 9,11 0,05 8,53 102,89 3,87
2019 93,63 94,71 94,71 74,87 6,38 4,77 9,25 0,07 5,16 107,15 2,80
2018 93,73 94,80 94,80 74,58 5,56 4,15 9,40 0,06 6,72 110,02 2,13
2017 94,17 95,25 95,25 80,00 6,97 5,58 9,56 0,07 6,63 111,54 2,03
Fonte: Adaptado de SNIS
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS é a implantação da ETE União Indústria, a qual ampliará de maneira significativa o percentual
do esgoto a ser tratado e já coletado no sistema, desde que o plano de investimento proposto
O sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora, conforme informações e indicadores pela Cesama, considerando a implantação de diversos trechos de coletores tronco e
apresentados ao longo do relatório, no que tange a coleta dos esgotos, dispõe-se de redes interceptores, seja de fato executado, tendo em vista que são unidades essenciais para o
coletoras que abrangem quase que a totalidade Área Urbana do município. Todavia, no que transporte do esgoto até as unidades de tratamento.
Um ponto sensível para a coleta dos esgotos gerados no município de Juiz de Fora é a grande grandes intervenções previstas para execução ainda no curto prazo. Mais um ponto que
contribuição de águas pluviais no sistema. Conforme já pontuado em diversos itens ao longo corrobora para o compromisso de melhorar a coleta do esgoto, bem como ampliar de forma
deste diagnóstico, observou-se que este é um problema crônico, em parte causado pela significativa o tratamento deste efluente coletado, refletindo assim, em mais qualidade de vida
concepção de um sistema unitário (na sua grande maioria localizado na região mais antiga para os munícipes de Juiz de Fora, assim como salubridade ambiental, além da preservação
do SES, ou seja, no centro), mas também, pelo fato de haver muitas ligações irregulares de dos cursos d’água que fazem parte da dinâmica urbana do município.
água pluvial, tanto nas residências, quanto ao longo da extensão das redes coletoras.
Por fim, destaca-se a ausência de coleta e tratamento de esgotos nos Distritos Urbanos do
A topografia da área urbana do município favorece que o esgoto coletado seja, em grande município de Juiz de Fora. Nestas localidades, assim como na Zona Rural do município, o
parte do sistema, transportado por gravidade. Nos pontos onde há a necessidade da tratamento do esgoto gerado é realizado de forma individual, sem atuação por parte da
implantação de estações elevatórias de esgoto, ou já há a unidade implantada (em operação Cesama, bem como da PJF. Por se tratar de áreas menos adensadas, principalmente as
ou não) ou há projeto prevendo-a. Com relação ao estado de conservação destas unidades, propriedades rurais, a utilização de fossas sépticas, e outros sistemas individuais de
observou-se que, de um modo geral, todas se apresentavam em situação satisfatória de tratamento, é uma alternativa viável para manutenção da salubridade ambiental destas
conservação e operação. Destaca-se um ponto bastante positivo observado, no que se refere localidades. Todavia, é necessária uma atuação do poder público, seja na educação
à eficiência energética das elevatórias de esgoto, sendo que todas de maior relevância para ambiental, seja na fiscalização.
o SES de Juiz de Fora contavam com acionamento realizado por inversor de frequência.
O grande gargalo identificado no SES de Juiz de Fora é quanto ao tratamento dos esgotos
coletados. Considerando o baixo índice de tratamento, aproximadamente 31% do total
coletado, esta fragilidade do sistema implica diretamente na baixa qualidade da água dos
córregos que cortam o território municipal, bem como do Rio Paraibuna, responsável por
drenar toda a área urbana de Juiz de Fora.
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