Currículo: Ciências Da Natureza E Suas Tecnologias
Currículo: Ciências Da Natureza E Suas Tecnologias
Currículo: Ciências Da Natureza E Suas Tecnologias
1º SEMESTRE
ENSINO MÉDIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA SEGUNDA SÉRIE
Currículo em Ação
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
Currículo
em Ação
CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS
2
SEGUNDA SÉRIE
ENSINO MÉDIO
CADERNO DO PROFESSOR
1º SEMESTRE
PARTE 2
Governador
Rodrigo Garcia
Secretário da Educação
Hubert Alquéres
Secretária Executiva
Ghisleine Trigo Silveira
Chefe de Gabinete
Fabiano Albuquerque de Moraes
SENSIBILIZAÇÃO
Acontece logo ao início de uma situação de aprendizagem, quando é apresentada a definição da
competência socioemocional em foco, e feito o levantamento dos conhecimentos prévios.
1 DURLAK, J. A., WEISSBERG, R. P., DYMNICKI, A. B., TAYLOR, R. D., & SCHELLINGER, K. (2011). The impact of enhancing students’ social and emotional learning:
A meta-analysis of school-based universal interventions. Child Development, 82, 405-432.
ACOMPANHAMENTO
Durante a realização da situação de aprendizagem, é possível observar e estimular a interação
dos estudantes com os objetos do conhecimento e o exercício da competência socioemocional. A
qualidade das interações durante a aula, acompanhadas e/ou mediadas pelo(a) professor(a), contribui-
rão para a tomada de consciência dos estudantes acerca dos momentos em que estão ou não exer-
citando a competência em foco.
AVALIAÇÃO EM PROCESSO
Essa etapa pode acontecer em momentos variados da situação de aprendizagem, pois é valioso
realizar breves conversas para identificar como os estudantes estão percebendo seu desenvolvimento.
Procure formular perguntas que os ajudem a manter a conexão entre o que vivenciam nas aulas e as
suas experiências fora da escola e a revisitar suas
metas de desenvolvimento, pensando o que po- Para apoiar essa ação, sugerimos o uso de um
dem fazer de concreto para alcançá-las. diário de bordo docente para subsidiar,
Vale destacar que a avaliação do desenvolvi- também, o acompanhamento do processo de
mento de competências socioemocionais dos es- autoavaliação do desenvolvimento socioemo-
tudantes não possui um padrão métrico a ser se- cional pelos estudantes e, assim, realizar boas
guido, ou seja, não pode ser traduzida em notas devolutivas formativas.
ou gerar qualquer efeito de comparação entre os
estudantes. O desenvolvimento socioemocional é
uma jornada pessoal de autoconhecimento!
FÍSICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL - PARTE 1
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
Professor, aproximadamente entre os anos de 1946 e 1948, nas Ilhas Marshall, aconteceram
testes de bombas nucleares; para saber mais, indica-se que o professor assista ao seguinte documen-
tário: https://youtu.be/IVwzhGtzDuI. Acesso em: 20 jan. 2022. Para esta atividade inicial, os estu-
dantes devem assistir ao vídeo sobre a construção dos personagens do desenho “Bob Esponja”, que,
possivelmente, tem relação com esses testes uma vez que a “Fenda do Bikini” faz referência à fenda
aberta após a detonação da bomba “Castle Bravo”.
Espera-se que os estudantes possam identificar o nome do local dos testes das bombas e ana-
lisar como a exposição a níveis de radiação altos podem afetar os seres vivos e o meio ambiente. Para
o professor mediar um pouco esta discussão, sugere-se a leitura do primeiro capítulo do livro a fim de
Agora que você respondeu às questões anteriores, chegou o momento de verificar como está o
“Atol de Bikini” 50 anos depois de a ilha servir de local para a realização de testes para a bomba nucle-
ar. Convidamos você e seus colegas a assistirem ao vídeo e anotar como é possível estimar o tempo
de contaminação da ilha e como a exposição à radiação pode afetar o meio ambiente. Após estas
considerações, troque suas análises com os demais colegas em uma roda de conversa.
Vídeo: Disponível em: https://youtu.be/avnkWuGPSn4. Acesso em: 16 dez. 2021.
Professor, recomenda-se que neste segundo vídeo os estudantes possam analisar como a radia-
ção causou grande impacto na “Ilha de Bikini”, e refletir sobre o tempo que a exposição à radiação
pode durar. Já sobre o primeiro vídeo do “Bob Esponja”, a ideia é que os estudantes possam compre-
ender que a possível inspiração para os personagens pode ter uma relação com os relatos que apare-
cem no vídeo sobre a mutação dos animais na região.
Após os estudantes analisarem as consequências do tempo de exposição à radiação, é impor-
tante que eles compreendam e aprofundem essas ideias. Nesse sentido, a próxima atividade propõe
um experimento de analogia sobre o conceito de meia- vida.
1) Simulando o decaimento radioativo: você e seu grupo deverão providenciar os seguintes mate-
riais e realizar o procedimento indicado:
Materiais:
• 30 tampinhas de refrigerante
• 30 etiquetas com a indicação do elemento químico Polônio “Po”
• 30 etiquetas com a indicação do elemento químico Chumbo “Pb”
• 1 caixa de sapato ou similar
Procedimento:
• O que você acha que está representando cada agitação da caixa? (Cada agitação da caixa
representará um período de meia-vida do elemento em questão, como, por exemplo: Polônio).
• O que você entende por meia-vida?
Sugerimos que as respostas dos estudantes sejam anotadas na lousa para discussão e, poste-
riormente, você pode explicar para eles que essas tampinhas representam os átomos que sofreram
decaimento transformando o Polônio em Chumbo.
Professor, é importante discutir com eles que as tampinhas representam átomos instáveis, e a
caixa é o corpo que contém “átomos”.
O decaimento radioativo é a emissão de energia na forma de radiação ionizante. A radiação ioni-
zante emitida pode incluir partículas alfa, partículas beta e/ou raios gama. O decaimento radioativo
ocorre em átomos desequilibrados chamados radionuclídeos. Caso julgue necessário, retome a Situa-
ção de Aprendizagem 1 do Volume 1 da 2ª Série, na qual é abordado o assunto sobre as radiações
Alfa, Beta e Gama.
Quando se decompõe, um radionuclídeo se transforma em um átomo diferente. Os átomos con-
tinuam se transformando em novos produtos de decomposição até que atinjam um estado estável e
não sejam mais radioativos.
A taxa de decaimento radioativo de um elemento é medida em termos de um tempo característi-
co, chamado de meia-vida. Este é o tempo transcorrido para que decaia metade da quantidade ori-
ginal de um determinado isótopo radioativo. Assim, meia-vida é o tempo necessário para que uma
amostra perca metade de sua radioatividade. Por exemplo: O polônio-210 tem meia-vida de 138,38
dias e decai por emissão de partículas alfa para o chumbo-206, que é estável.
É importante lembrar que as medidas da simulação são estatísticas; assim, cada vez que a simu-
lação é feita, os resultados são ligeiramente diferentes e raramente a metade exata da amostra desin-
tegrará até o instante correspondente à meia-vida. O professor, neste momento, pode resgatar a ativi-
dade de mobilização inicial para que os estudantes possam pensar por que após um tempo as Ilhas
Marshall não podem ser habitadas.
Abaixo indicamos algumas referências para aprofundar o planejamento de sua aula, bem como a
discussão com os estudantes sobre o tema.
Professor, oriente os estudantes na organização do plano cartesiano, no qual no eixo das abscis-
sas será indicado o número de meia-vida e no eixo das ordenadas, a quantidade de tampinhas restan-
tes na caixa a cada jogada. As figuras abaixo são um exemplo de preenchimento da tabela e constru-
ção de um gráfico.
a) Observando o gráfico que você construiu, como descreveria a curva de cada amostra?
O gráfico do decaimento radioativo tem o formato de uma função exponencial decrescente. Caso
julgue necessário, sugira que os estudantes retomem a Situação de Aprendizagem 5 do Volume 3 do
componente de Matemática (1ªsérie).
b) Você já ouviu falar em datação por carbono? Quando um ser vivo morre, a quantidade de
carbono-14 diminui, o que implica um decaimento radioativo. Faça uma pesquisa sobre a
meia-vida do carbono-14, esboce seu gráfico e compare com o gráfico obtido na simulação.
Professor, com base nos gráficos da simulação e na pesquisa realizada pelos estudantes, a ideia
é que eles compreendam a semelhança.
Portanto, a datação com carbono-14 é uma técnica que permite aos cientistas de diversas áreas
do conhecimento determinar a idade de sedimentos, fósseis humanos ou vegetais, desde que conte-
nham átomos de carbono em sua composição.
Para entender como essa técnica funciona, precisamos lembrar o conceito de isótopos de car-
bono; assim, sugerimos que os estudantes retomem a Situação de Aprendizagem 4 do Volume 3 do
componente curricular de Química.
Discuta com eles que o radiocarbono presente nas moléculas de dióxido de carbono atmosférico
entra no ciclo biológico do carbono, é absorvido do ar pelas plantas verdes e, em seguida, passado
aos animais através da cadeia alimentar. O radiocarbono se decompõe lentamente quando é absorvido
por um organismo vivo, e a quantidade perdida é continuamente reabastecida, desde que o organismo
esteja vivo. Quando o organismo morre, ele deixa de absorver o carbono-14, de modo que a quanti-
dade de radiocarbono em seus tecidos diminui constantemente. O carbono-14 tem meia-vida de
5.730 ± 40 anos – ou seja, metade da quantidade do radioisótopo presente em um determinado mo-
mento sofrerá desintegração espontânea durante os 5.730 anos seguintes. Como o carbono-14 se
decompõe a essa taxa constante, uma estimativa da data em que um organismo morreu pode ser
feita medindo-se a quantidade de seu radiocarbono residual.
Agora que você conheceu um pouco sobre a vida e obra de uma grande cientista,
reveja suas anotações e siga as etapas a seguir:
Imagem 1: Marie
Curie. Fonte: pngwing
Imagem 2: Manchete
de Marie Curie.
Fonte: pngwing Dentre as possíveis anotações dos estudantes, as que podem surgir, ou o
professor pode indicar também, são:
Espera-se que os estudantes sugiram manchetes que valorizem os feitos da cientista no que se
refere à radioatividade.
b) Após definir sua manchete, compartilhe-a com o colega ao lado; reflitam sobre as manchetes
escritas por cada um e se elas expressam bem as ideias expostas no vídeo.
Promova uma socialização das manchetes e peça que justifiquem suas escolhas com base
no vídeo.
Vale ressaltar que os restos mortais da cientista foram armazenados em um caixão feito de chum-
bo para que não houvesse contaminação às pessoas e ao ambiente ao redor.
Aproveite o momento para ressaltar que os rejeitos de usinas nucleares são armazenados em
recipientes especiais e descartados em locais feitos de concreto, cujo confinamento pode chegar a
300 anos. Já no Brasil, o descarte é realizado em mineradoras ou institutos energéticos.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PARTE 2
Competências gerais:
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
Professor, nesta atividade, propomos a metodologia rotação por estação, na qual os estudantes
deverão ser organizados em grupos para realizar as atividades propostas em cada estação pela qual
irão passar.
Na estação 1, sugerimos que os estudantes listem alguns materiais que refletem e materiais que
absorvam a luz. É interessante discutir com eles que cada material absorve e reflete parte da energia
solar incidida sobre ele. No entanto, alguns materiais absorvem muito mais do que refletem e vice-
-versa. A quantidade de energia solar que um material absorverá ou refletirá depende de várias proprie-
dades físicas. Materiais densos tendem a absorver mais energia solar do que materiais menos densos.
A cor e o revestimento também afetam a quantidade de energia solar que um objeto pode absorver ou
refletir. Conforme a densidade de um material aumenta, sua capacidade de absorver energia solar
normalmente também aumenta. Por exemplo, materiais densos, como adobe, concreto e tijolo, absor-
vem uma grande quantidade de energia solar. Materiais menos densos, como isopor e madeira, não
absorvem tanta energia solar. Essas propriedades podem variar de acordo com o revestimento do
material. Por exemplo, se um material denso como o concreto fosse recoberto com um revestimento
altamente reflexivo, ele não absorveria tanta energia.
Professor, as atividades deste Momento 3 têm como propósito aprofundar os estudos sobre
Refração da Luz em diversos meios. Ao realizar a leitura, pergunte aos estudantes o que eles acham
que poderia ser índice de refração; após o debate, explique como o índice de refração pode ser calcu-
lado pela fórmula n = c , onde n é o índice de refração, c é a velocidade da luz no vácuo e v a veloci-
dade da luz no meio.
Para as atividades que seguem, sugerimos o uso do simulador “Desvio da Luz”. Com este simu-
lador, espera-se que os estudantes compreendam como funciona o comportamento dos raios de luz
ao atravessar diversos meios, bem como a Lei de Snell Descartes.
a) Selecione a opção no simulador “Mais Ferramentas” e acione o feixe de luz conforme imagem
1. Se você mudar o comprimento de onda da luz, utilizando a seta do espectro eletromagné-
tico no canto superior esquerdo do simulador, o que acontece com a trajetória deste raio de
luz, sendo que ele está passando por meios de refringências diferentes?
Sugere-se que os estudantes registrem aqui suas hipóteses do que vai acontecer antes de exe-
cutar o simulador.
b) Agora, arraste a ferramenta “transferidor” e centralize-a sobre a reta normal, como mostra a
figura abaixo.
c) Selecione os meios materiais, de acordo com a tabela abaixo, e posicione o laser para que o
raio incidente faça 45º com a reta normal conforme Imagem 2. Em seguida, anote o valor dos
ângulos de: reflexão e refração, do índice de refração do meio (n) e da velocidade de propaga-
ção da luz. Observação: para verificar a velocidade de propagação do raio incidente, utilize a
ferramenta “Rapidez” no simulador, posicionando sobre o raio.
Professor, esta atividade tem como objetivo que os estudantes explorem o simulador e preen-
cham a tabela com os dados encontrados. Em seguida, as questões servirão para análise acerca da
refração e reflexão da luz em diferentes meios.
Não há
ar 1 ar 1 45º 1c 1c
refração
ar 1 água 1,333 45° 45° 32° 1c 0,75 c
ar 1 vidro 1,5 45° 45° 28,1° 1c 0,67 c
Agora que você já preencheu a tabela, vamos refletir sobre outras questões.
d) Sabendo que o índice de refração da água é maior do que o índice de refração do ar, o que
acontece com os valores do ângulo de refração quando um raio de luz passa do ar para a
água? Justifique a sua resposta.
Quando o raio de luz passa do ar para a água, o ângulo de refração diminui, ou seja, o raio refra-
tado se aproxima da reta normal. Isso acontece porque quando a luz passa de um meio menos refrin-
gente para um meio mais refringente, a sua velocidade diminui.
e) Por que a tabela não traz valor de ângulo de reflexão quando o ar é meio material 1 e 2
simultaneamente?
Ao mudar os meios materiais no simulador, colocando 2 meios materiais iguais, observamos que
não há uma superfície para refletir o raio de luz.
f) No simulador, selecione a opção para o meio material 2 “Mistério A”, anote os valores do ân-
gulo de incidência e do ângulo refratado. Discuta com o professor sobre como calcular o índi-
ce de refração do meio 2.
Após calcular o índice de refração, calcule a velocidade da luz no meio 2; verifique se sua respos-
ta está correta com ajuda da ferramenta “rapidez”.
n2 = 0,71
0,29
n2 = 2,45
Professor, sugerimos que esta atividade seja feita em duplas sob sua orientação, e de sua esco-
lha o compartilhamento destas imagens, como mural físico ou digital, entre outros. O esquema de in-
cidência e reflexão da radiação eletromagnética pode ser representado por diversas imagens que po-
dem ser frutos de pesquisa. Entretanto, a imagem desenhada ou esquematizada deve atender aos
princípios do sensoriamento remoto. A imagem seguinte representa um exemplo de como esta ima-
gem poderá ser esquematizada. Vale lembrar que a socialização das diferentes imagens com a mesma
representação ampliará o entendimento do tema entre os estudantes.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS AOS RECURSOS
NÃO RENOVÁVEIS
Competências gerais:
Habilidades:
1) Vamos mostrar o que vocês já sabem? Dividam-se em grupos diferentes conforme os temas
indicados abaixo. Seu professor vai dividir a turma em 5 grupos diferentes. Cada grupo terá um
tempo estipulado para registrar suas reflexões sobre as vantagens e desvantagens de cada tipo
de veículo.
Professor, o objetivo desta atividade, focado nos tipos de combustíveis de veículos, é realizar um
registro e socialização de argumentos e hipóteses que os estudantes já trazem acerca do tema com
base em estudos e aprendizagem adquiridos ao longo dos anos. Neste momento, não é necessário
que eles estudem sobre o tema ou realizem pesquisas, contudo a função do professor nesta atividade
é analisar o debate e mediar o tempo de registro das reflexões, orientar a escolha de quem vai sociali-
zar para os demais grupos e mediar o tempo da réplica por grupo ao debaterem se o que foi apresen-
tado é de concordância do grupo ou não. Sugerimos que cada grupo apresente os prós e contras em
5 minutos e que cada grupo debata o que foi apresentado em 5 minutos.
Lembramos que este assunto já foi estudado em outros momentos conforme segue:
Sugerimos que o que foi apresentado e debatido seja sistematizado em um mural digital ou físico
conforme quadro abaixo, pois, ao final do Momento 4, voltaremos a falar sobre isso. No quadro, suge-
rimos possíveis reflexões que venham a surgir.
As baterias demandam
horas para serem
completamente
recarregadas.
5- Veículos Os carros híbridos Desempenho mais
híbridos empregam motores baixo.
elétricos e de
combustão interna. Alto custo para compra.
Motor menor e
eficiente.
Após a elaboração do mural, orientamos que o professor divulgue aos estudantes as ideias apre-
sentadas por eles e reforce que, no Momento 4, este mural será revisitado e atualizado com novas ideias.
Nesta atividade, você e seu grupo apresentarão um mural digital e socializarão com os demais
grupos.
2) Diferentemente dos veículos movidos a energia elétrica, ainda são comuns, em nosso meio, na
grande maioria, os veículos movidos a motores de combustão. Os motores destes veículos são
chamados de motores de dois ou quatro tempos e funcionam de acordo com o Ciclo de Otto.
Este nome é em homenagem ao engenheiro alemão Nikolaus August Otto. Agora vamos conhe-
cer melhor os tempos do motor de combustão. Para isso, a turma será dividida em grupos para
depois socializar a pesquisa. Veja o que cada grupo irá pesquisar:
Grupo 1: Assistir ao vídeo “Motor Ciclo de Otto – Apreendendo quatro tempos: fun-
cionamento básico”, disponível em: https://youtu.be/K5kAAhyHz1k e produzir um rela-
tório explicando os tempos do motor a combustão.
Grupo 3: Estabelecer as diferenças entre os motores de dois tempos e quatro tempos na forma
de ilustração ou produção textual.
Professor, o objetivo desta atividade é que os estudantes conheçam o Ciclo de Otto, consigam
representá-lo e saibam fisicamente como é o funcionamento destes motores a combustão. A organi-
zação de três grupos permite que os estudantes apresentem aos outros grupos suas pesquisas. Após
os três grupos apresentarem, o professor pode levar outros materiais impressos ou digitais que deem
suporte aos estudantes durante as atividades. Se necessário, a Situação de Aprendizagem 4 do volu-
me 1 da 2ª série poderá ser consultada para retomada dos ciclos termodinâmicos. Para subsidiar a
sistematização da aprendizagem, apresentamos em seguida alguns pontos importantes que deverão
surgir no produto desta atividade.
Para o Grupo 1, espera-se que os estudantes compreendam que o Ciclo de Otto é um ciclo ter-
modinâmico que representa os motores a combustão interna dos veículos. No motor de quatro tem-
pos, teremos as seguintes fases:
1ª - Admissão: nesta fase, a válvula de admissão está aberta. Então entra no cilindro a mistura
de combustível e ar sob pressão constante.
2ª - Compressão: com as válvulas de admissão e escape fechadas, o pistão comprime a mistu-
ra de ar e combustível cerca de 9 vezes a pressão atmosférica.
3ª - Expansão: como as válvulas de admissão e escape continuam fechadas, a vela solta uma
faísca e provoca a combustão da mistura combustível. Desta forma, o pistão é bruscamente forçado
para baixo liberando espaço no cilindro.
4ª - Exaustão: a válvula de escape se abre e a de admissão continua fechada, conduzindo os
resíduos da explosão para fora pelo escapamento.
Sendo assim, espera-se que o Grupo 2 aborde os tempos citados pelo Grupo 1 e represente-os
com imagens:
Para o Grupo 3, espera-se que seja citada a diferença dos dois tipos de motores de combustão.
Diferentemente do que foi apresentado nos Grupos 1 e 2, no motor de dois tempos, em seu pri-
meiro tempo, o pistão realiza um movimento descendente após a faísca. Durante este movimento, o
pistão elimina os gases da compressão do sistema. No 2º tempo, o pistão comprime a mistura e, si-
multaneamente, recebe nova mistura a ser comprimida.
Professor, será imprescindível retomar com os estudantes os processos termodinâmicos discuti-
dos na 1ª série – Volume 4 – Situação de Aprendizagem 2 – Momento 1.
Justificativa dos
Novos
Grupo Prós Contras demais grupos
conhecimentos
em debate
1- Veículos Manutenção mais Combustível mais caro. Espera-se que os
movidos a barata. demais grupos
gasolina Consumo maior. apresentem
Motor dura menos. argumentos
favoráveis e
Motor vibra menos Torque menor que o motor desfavoráveis aos
e é mais silencioso. diesel. diferentes tipos de
veículos.
2- Veículos Menor poluição. Grande gasto de energia para
movidos a a produção.
etanol Mais barato.
Matéria-prima é limitada.
Solúvel em água.
Pode prejudicar motores não
É renovável. adaptados.
Justificativa dos
Novos
Grupo Prós Contras demais grupos
conhecimentos
em debate
3- Veículos Motor mais durável. São mais caros.
movidos a
diesel Consome menos. Manutenção também é
mais cara / menor oferta de
Preço do diesel é oficinas.
menor.
Motor vibra mais e faz mais
barulho.
Motor menor e
eficiente.
ANOTAÇÕES
QUÍMICA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PARTE 1
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
Unidade temática: Matéria e Energia; Tecnologia e Linguagem Científica.
Imagem 1: Embalagens
Fonte: Pixabay
c) Pode-se utilizar qualquer tipo de embalagem/ recipiente para aquecimento dos alimentos no
micro-ondas?
Resposta pessoal
Professor (a), a Situação de Aprendizagem 1 visa dar continuidade aos estudos sobre toxicidade
das substâncias químicas e tempo de permanência dos poluentes abordados nas Situações de Apren-
dizagens 3 e 4 do Volume 1. Nessa SA traremos um enfoque nas substâncias alumínio, mercúrio,
chumbo e cádmio, para favorecer a proposta de abordagem de forma contextualizada. Pretende-se
que, ao final, o estudante seja capaz de avaliar os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente com
relação ao uso de alguns materiais e produtos, posicionando-se criticamente e propondo soluções
individuais e/ou coletivas para seus usos e descartes responsáveis.
O Momento 1 – “Uso de embalagens e recipientes nos alimentos” tem como objetivo estudar os
benefícios de diferentes materiais e produtos relacionados ao acondicionamento de alimentos, consi-
derando a sua composição, reatividade e toxicidade.
A atividade 1.1 propõe uma conversa sobre a importância e o uso das embalagens de alimentos.
Para isso, sugere-se a leitura de algumas imagens, seguida de alguns questionamentos a respeito das
embalagens, os tipos de materiais que as compõem e o uso de embalagens para aquecimento de
alimentos no micro-ondas. Todas essas questões serão trabalhadas no decorrer do Momento 1, por-
tanto, não é necessário proporcionar aprofundamento nesse instante. Pode-se fazer uma Roda de
Conversa para que os estudantes possam apresentar e discutir suas respostas.
Essa atividade pode ser utilizada na avaliação diagnóstica a fim de reconhecer as fragilidades e
potencialidades dos estudantes desde a leitura de imagem, elaboração das respostas e apresentação.
1.2 Complete as questões do quadro a seguir assistindo ao vídeo “Ganhos da embalagem e rotula-
gem na comercialização – ATeG Agroindústria”, e pesquisando quando necessário. Socialize as
ideias com os colegas.
c) Quais os fatores que O primeiro fator a ser considerado é que as embalagens não podem conter
devem ser considerados na substâncias tóxicas que possam contaminar o alimento, além de outros
escolha das embalagens? fatores, como a resistência da embalagem, temperatura de conservação,
quantidade de alimento a ser embalada, forma de acondicionamento,
durabilidade etc.
d) Quem determina como A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é o órgão responsável
as embalagens devem ser pela legislação a respeito da conservação de alimentos.
fabricadas, utilizadas e
descartadas?
e) Para que servem os Os rótulos permitem a comunicação entre o fabricante e o consumidor, além
rótulos? Quais informações de facilitar a escolha do produto. Informações obrigatórias: denominação
devem apresentar? de venda do alimento, presença ou não de conteúdo líquido, nome/razão
social e endereço do fabricante, prazo de validade, lista de ingredientes,
identificação da origem e do lote, instruções sobre o preparo e uso do
alimento, informações nutricionais etc.
Sugestões:
Professor (a), a atividade 1.2 propõe o estudo sobre os benefícios das embalagens para os ali-
mentos, os fatores que devem ser considerados nas embalagens para cada produto e a importância
dos rótulos para informar e incentivar sua compra.
Nesse momento, vale ressaltar que as embalagens ou recipientes não devem liberar substân-
cias indesejáveis, tóxicas ou contaminantes que tragam riscos à saúde. Também chamar a atenção
para o cumprimento da legislação determinada pela Anvisa, órgão responsável pela conservação
dos alimentos.
Sugere-se o uso do vídeo “Ganhos da embalagem e rotulagem na comercialização”, que poderá
ser reproduzido na sala por meio de um projetor. Durante a exibição do vídeo, podem-se fazer algumas
paradas e questionamentos a fim de esclarecer quaisquer dúvidas. Na sequência, os estudantes com-
pletarão o quadro com as principais ideias para que possam apresentar e discutir com os colegas.
A avaliação poderá ser feita de acordo com a participação e o envolvimento dos estudantes
durante a apresentação do vídeo, o registro no quadro com as principais ideias e a apresentação
dos resultados.
1.3 As embalagens e os recipientes utilizados para guardar alimentos e bebidas podem causar pro-
blemas à saúde do consumidor. O risco se encontra na transferência de substâncias tóxicas do
material de fabricação para o alimento. Diante disso, realize pesquisas abordando os questiona-
mentos a seguir. Registre em seu caderno e compartilhe com os colegas.
b) Qual a definição química para metais? Como poderiam ser prejudiciais à saúde? Cite exemplos.
Os metais constituem a maior parte da Tabela Periódica, esses átomos apresentam como princi-
pal característica a capacidade de perder elétrons e formar, consequentemente, cátions. Estão distri-
buídos de acordo com sua configuração eletrônica e propriedades químicas, possuem alto ponto de
fusão e são excelentes condutores de eletricidade e de calor. Exemplos: alumínio, cobre, ferro, zinco,
chumbo etc. Dentre os metais, existem alguns denominados metais pesados, que são tóxicos; ou seja,
prejudiciais aos seres vivos e ao meio ambiente. No entanto, existem metais denominados pesados
que são essenciais para a realização de diversas funções importantes no nosso organismo. Por exem-
plo: o cobre: compõe diversas enzimas e cofatores essenciais para a síntese da hemoglobina, além de
ajudar na absorção de vitamina C; o ferro: atua na síntese dos glóbulos vermelhos e no transporte de
oxigênio para todas as células do corpo; o zinco: atua no fortalecimento do sistema imunológico, auxi-
liando na síntese de células imunológicas e na defesa contra vírus, bactérias e fungos. Outros metais,
como o arsênio, o chumbo, o cádmio e o mercúrio, possuem alta densidade e elevada toxicidade,
podendo ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
Sugestões:
Embalagens de fast-food fazem mal à saúde, diz estudo. Disponível em: https://cutt.
ly/LUvrTOg. Acesso em: 28 set. 2021.
Professor (a), a atividade 1.3 propõe aprofundamento de estudos sobre algumas substâncias
tóxicas e o processo de migração de contaminantes de embalagens para os alimentos. Nesse proces-
so, ocorrem interações entre os componentes do alimento e o material de embalagem que podem
alterar as propriedades sensoriais, as propriedades físicas, químicas e mecânicas dos alimentos e do
material da embalagem.
Também propõe a retomada de conhecimentos sobre os metais, abordando propriedades, be-
nefícios e riscos, para que o assunto seja ampliado nos próximos momentos. Discute o uso do micro-
-ondas para aquecimento de alimentos em embalagens/ recipientes que podem liberar substâncias
tóxicas, como o bisfenol A (BPA) e ftalatos. Recomenda-se atenção especial para o fechamento das
embalagens/ recipientes (material plástico ou metálico), que poderá resultar em algum grau de migra-
ção e contaminação. Finalizando o estudo, destaca-se a preocupação com as embalagens tipo fast-
-food resistentes à gordura que podem conter substâncias químicas fluoradas potencialmente prejudi-
ciais à saúde. Vale ressaltar que o vidro é considerado um material inerte, não acarretando problemas
relacionados à interação com os alimentos.
Para esta atividade, sugere-se a sala de aula invertida e a divisão em grupos; cada grupo ficará
com uma questão e texto de apoio. O professor poderá promover momento de socialização na sala de
aula para que todos os grupos possam apresentar a questão e a resposta pesquisada. Para a sociali-
zação, pode-se criar um mural virtual compartilhado para que todos os grupos possam registrar suas
respostas e fazer comentários e complementações nos registros dos outros grupos.
É fundamental o acompanhamento do professor no decorrer da realização dessa atividade com
o intuito de esclarecer algumas dúvidas que os estudantes apresentarem sobre a pesquisa realizada,
a interpretação dos textos e vídeos, o registro e a apresentação dos dados por meio do mural virtual.
As observações e todas as evidências coletadas pelo professor poderão ser consideradas no proces-
so de avaliação.
Saiba mais:
Equipe 1: O alumínio está presente em nossas vidas de muitas maneiras, como ele poderia into-
xicar o ser humano? Quais as consequências da intoxicação por alumínio à saúde?
Sugestões:
Espera-se que os estudantes comentem que o alumínio é o terceiro elemento mais abundante na
crosta terrestre. Entramos em contato com esse metal de muitas formas, pois ele está presente no ar
(poeira do solo), na água tratada, nos alimentos, em utensílios domésticos, embalagens, medicamen-
tos antiácidos, antitranspirantes, cremes dentais, batons, filtros solares e é também utilizado na indús-
tria para constituição de muitos outros produtos.
Diante da ampla utilização do alumínio, espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que
a exposição ao alumínio acontece normalmente e que o organismo elimina grande parte dele. Porém, a
presença de alumínio em grande quantidade pode ocasionar o acúmulo no organismo, podendo até
mesmo dificultar o transporte de nutrientes, comprometer o funcionamento de vários órgãos vitais, alte-
rar processos bioquímicos e celulares e ocasionar o aparecimento de diversas doenças graves.
Equipe 2: Como pode acontecer a contaminação por chumbo? Quais as consequências à saúde
e ao meio ambiente?
Sugestão:
Espera-se que os estudantes comentem que a intoxicação por chumbo pode acontecer por expo-
sição às tintas de parede à base de chumbo, por utensílios domésticos com esmalte de cerâmica, por
contínuo contato com baterias, cimentos de construção, exposição contínua à gasolina, e outros mate-
riais e métodos de industrialização que contenham chumbo. Os estudantes poderão relacionar os es-
maltes de utensílios de cerâmica com as embalagens que poderão conter chumbo, concluindo que eles
podem acarretar contaminação de alimentos, principalmente líquidos, alimentos ácidos ou quentes.
As consequências da intoxicação poderão se manifestar ao longo da vida, no desenvolvimento
físico e cognitivo, com danos irreparáveis ao cérebro, pois o chumbo é um metal que interfere nos
processos genéticos e pode aumentar o risco de aparecimento de câncer.
A contaminação do meio ambiente por chumbo pode acontecer por acidentes ou destinação
inadequada de resíduos. Essa substância é capaz de persistir no solo e no fundo de rios durante mui-
to tempo. Como consequência disso, acontece acumulação de chumbo ao longo das cadeias alimen-
tares: os animais do topo da cadeia, entre eles o homem, acumulam altos teores de chumbo à medida
que se alimentam de seres contaminados.
Equipe 3: O mercúrio é um metal perigoso à saúde e ao meio ambiente? Como pode acontecer
a contaminação por este metal?
Sugestão:
Resolução da Anvisa proíbe dois aparelhos que contêm mercúrio. Disponível em:
https://cutt.ly/EIStqVy. Acesso em: 20 jan. 2022.
A exposição ao mercúrio pode acontecer por liberação em ações humanas, como a queima de carvão,
petróleo, em práticas de mineração de ouro, em fabricação de produtos que utilizam mercúrio, como termô-
metros e barômetros; lâmpadas fluorescentes; amalgamas odontológicas e outros. Neste momento, sugere-
-se debater ideias com os estudantes sobre o motivo da proibição da venda e importação de termômetros
com mercúrio, e por que esse tipo de restauração com amálgamas não é mais utilizado na odontologia.
O mercúrio é absorvido pelos organismos vivos e vai se acumulando durante toda a vida. A con-
taminação pode acontecer pela água, pelo solo, atingir a cadeia alimentar e causar doenças, ao longo
do tempo, como diarreia, náuseas, ansiedade, desmaios, fraqueza, dores no estômago, tumores e até
danos mais graves no sistema nervoso central, causando perda de coordenação, ocorrências de tu-
mores, lesões renais, alterações cardiovasculares e outros.
No solo, o mercúrio causa o empobrecimento da fertilidade, chegando a inutilizar completamente
uma área. Na água é ainda pior, o metal atinge a forma metilmercúrio, e suas moléculas rapidamente
contaminam os rios e ocasionam a morte de espécies, podendo atingir lençóis freáticos de abasteci-
mento de populações, tornando a água imprópria para o consumo.
Equipe 4: Poderia o cádmio, denominado metal raro, oferecer riscos à saúde e ao meio ambien-
te? De que forma? Quais as consequências?
Sugestão:
Sugestão:
Intoxicação por produtos químicos: uma possível abordagem para a disciplina Química
no Ensino Médio. Disponível em: https://cutt.ly/bUvt57R. Acesso em: 21 set. 2021.
O cádmio pode oferecer riscos, pois é facilmente encontrado em ambientes aquáticos. Sua pro-
priedade insolúvel contamina o solo, acumula-se nas gramíneas, contamina o lençol freático e a água.
Ele é bioacumulativo em toda a cadeia alimentar, aves, peixes, gados, cavalos e no organismo humano.
Pode estar presente em mariscos, ostras e peixes de água salgada, alguns tipos de chás e na fumaça
do cigarro (forma de pó oxidado). Outras fontes incluem soldas, fundição e refinação de metais, como
zinco, chumbo e cobre; também pode ser encontrado em pigmentos (pinturas), ripas galvanizadas,
baterias, processo de galvanoplastia, combustão dos automóveis e em alguns suplementos naturais,
como dolomita e medula óssea (tutano). O acúmulo de cádmio no organismo pode acarretar vários
problemas de saúde no sistema nervoso central e no sistema respiratório (enfisema pulmonar), hiper-
tensão arterial, doenças do coração, câncer, doença “Itai-Itai”, que produz problemas no metabolismo
de cálcio e complicações, descalcificações e reumatismos. Ainda pode provocar perda de olfato, for-
mação de um anel amarelo nos dentes, redução na produção de glóbulos vermelhos e outras doen-
ças. A explicação bioquímica para os efeitos do cádmio é que ele inativa muitos sistemas enzimáticos
e não existe um sistema que regule o metabolismo de absorção e excreção de cádmio.
A Atividade 2.1 tem o objetivo promover o estudo de alguns metais tóxicos (alumínio, chumbo,
mercúrio e cádmio) que fazem parte do nosso cotidiano. Com objetivo de avaliar os riscos à saúde,
considerar a toxicidade, refletir sobre o nível de exposição, por seus usos e costumes, e ainda levá-los
a tomar decisão individual e/ou coletiva para uso responsável.
Para tanto, recomenda-se que o professor organize os estudantes em grupos produtivos, orien-
te-os a escolher uma Equipe (1,2,3 ou 4) e conduza-os à pesquisa para que respondam às questões
propostas e elaborem um material de sistematização de dados. Os registros poderão conter resumo
de textos, equações químicas, gráficos, infográficos e/ou tabelas, como apoio para o momento de
socialização com os colegas. Para os registros, sugere-se o aplicativo de lousa digital, pois as equipes
poderão elaborar “cartazes virtuais” ou mural e apresentá-lo às demais equipes.
É possível, ainda, desenvolver estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações, procuran-
do textos e artigos científicos ou livros didáticos, paradidáticos e revistas científicas disponíveis na escola.
Na sequência, proporcione momentos de apresentação e socialização das produções, visando o
desenvolvimento de competências socioemocionais; estabeleça combinados, determine o tempo de
apresentação e oriente-os a dar devolutivas às dúvidas dos colegas.
O Professor tem o papel de facilitador e mediador de todo o processo de ensino e aprendizagem,
fazendo intervenções sempre que necessário. Durante a pesquisa, se for identificado desconhecimen-
to de palavras, recomenda-se construir um Glossário Virtual, à medida que forem surgindo dúvidas
com palavras desconhecidas, para que ampliem o vocabulário estudando o significado das palavras.
Para a construção do quadro, sugere-se destacar as principais fontes de contaminação dos me-
tais tóxicos estudados, assim como os possíveis efeitos à saúde e ao meio ambiente.
2.2 Em duplas, analise o artigo a seguir, responda às questões propostas, organize as principais
ideias em um fluxograma e socialize-as com os colegas.
Sugestão:
a) O esgoto pode contaminar o solo com metais pesados (tóxicos)? De que forma?
Espera-se que os estudantes comentem que o esgoto poderá contaminar o solo por despejo de
esgoto bruto, pois ele poderá conter metais tóxicos.
b) Quais metais tóxicos poderiam ser encontrados no esgoto e quais as principais fontes
poluidoras?
Espera-se que os estudantes citem os metais estudados: alumínio, chumbo, cádmio e mercúrio.
No entanto, poderão também comentar sobre outros metais, como cobre, zinco, molibdênio e níquel.
As principais fontes de metais tóxicos no esgoto são provenientes de despejos industriais (extração de
metais, tintas, galvanoplastia, química, farmacêutica, couro, petróleo etc.), assim como no descarte
incorreto de lixo (baterias e outros não servíveis).
c) Quais as consequências para o solo e para as plantas quando o esgoto contendo metais pe-
sados é despejado no solo?
As principais consequências para o solo e para as plantas dependem do tipo de metal presente
no esgoto. Para a contaminação por alumínio, pode causar quebra na produtividade de culturas em
solos ácidos (com pH menor que 5,5), porém, em solos mais alcalinos (com pH maior que 7,0), pode-
rá precipitar-se e eliminar a toxicidade. As concentrações tóxicas do alumínio solúvel nos solos que
influenciam negativamente o crescimento das culturas pode ser evitada com a adição de calcário man-
tendo, assim, o pH acima de 5,0.
O chumbo pode prejudicar o crescimento celular das plantas quando absorvido em altas concen-
trações. O sistema radicular de uma planta, responsável pela fixação, absorção, reserva e condução
de nutrientes, pode conter concentrações de centenas de mg/L, enquanto seu sistema foliar raramen-
te conterá mais de 10 mg/L. Porém, análises realizadas comprovaram a existência de acumulação
considerável de chumbo nos sistemas foliares de culturas; o fato foi relacionado à contaminação por
fontes aéreas, principalmente por fumaça resultante da queima de combustíveis fósseis.
Altas concentrações de mercúrio no solo produzem compostos que poderão reagir e ser forte-
mente tóxicos para as atividades metabólicas das plantas.
O cádmio adicionado ao solo é rapidamente absorvido pelas plantas, aumentando drasticamente
o nível do elemento acumulado.
Estudos comprovam que a toxicidade das plantas por metais pesados (tóxicos) pode desenvol-
ver a ligação de compostos com grupos sulfídricos de proteínas, causando a inibição da atividade
ou ruptura dessas estruturas, e o distanciamento de um elemento essencial, ocasionando seu esta-
do de deficiência.
A Atividade 2.2 tem o objetivo de ampliar saberes sobre as possibilidades de contaminação do
solo por meio do esgoto não tratado. Despertar a responsabilidade individual e coletiva, pois, apesar
de muitos terem conhecimento de que todo esgoto deve ser tratado, ainda há vários casos de despe-
jo de qualquer tipo no solo.
Para tanto, sugere-se organizar os estudantes em duplas produtivas, orientar para a pesquisa e
proporcionar direcionamentos para elaboração de um Fluxograma.
Sugestão:
O fluxograma não se limita à sugestão, pois poderá ser realizado por meio de outro tipo de apli-
cativo ou numa folha de papel. O objetivo deste é servir como instrumento de apoio para organização
e sistematização das principais ideias.
Durante a socialização, é importante enfatizar o descarte abusivo e incorreto de metais nos esgo-
tos, pois as pessoas, por contato, são intoxicadas, podendo desenvolver várias doenças.
Para avaliar, o professor poderá observar os estudantes continuamente, analisar o avanço
na aprendizagem, as dúvidas, as dificuldades apresentadas, o interesse pelo aprendizado, os
avanços tecnológicos, o engajamento com os colegas, a gestão de tempo e outros aspectos que
considerar pertinente.
Professor(a), a atividade 3.1 tem o objetivo de que os estudantes conheçam e avaliem de forma
crítica os benefícios e os riscos à saúde e ao ambiente de determinadas embalagens, considerando a
composição, a toxicidade e a reatividade de diferentes materiais e produtos, como também o nível de
exposição a eles, posicionando-se criticamente e propondo soluções individuais e/ou coletivas para
seus usos e descartes responsáveis. Para isso, é importante retomar as informações da atividade 1.2.
É essencial que os estudantes percebam e identifiquem que a conservação dos alimentos é uma
das grandes preocupações, pois muitos alimentos perdem suas características sensoriais ou são des-
cartados por não estarem embalados da maneira correta. Cada tipo de alimento tem necessidades
específicas no que diz respeito à sua armazenagem, conservação e transporte que devem ser levados
em consideração pelo estabelecimento que os fornece. Um alimento conservado em uma embalagem
adequada é extremamente benéfico, tanto para o consumidor quanto para o produtor, pois preserva
suas qualidades nutricionais, facilita o transporte e tende a prolongar a durabilidade do produto. Po-
rém, ainda há a questão do descarte a ser avaliada.
Para realizar essa atividade, sugere-se que os estudantes sejam organizados em grupos e cada
grupo fique responsável por realizar uma pesquisa sobre o tema indicado no painel.
Para complementar a atividade, recomendar ao estudante que direcione a pesquisa de acordo
com os seguintes itens:
Saiba mais:
3.2 Em grupos, assistam ao vídeo “Pesquisadores da Fiocruz alertam para o perigo do mercúrio”,
leiam o texto “Contaminação por mercúrio se alastra na população Yanomami” e, com base nas
informações encontradas, redija um texto dissertativo-argumentativo apresentando sua opinião
sobre este tema.
Sugestões:
Fonte: MARINHO, Fernando. Texto dissertativo-argumentativo. Brasil Escola. Disponível em: https://cutt.ly/7ISjyBT.
Acesso em: 20 jan. 2022.
Para o desenvolvimento da atividade, oriente o estudante para que selecione, organize e relacio-
ne, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista e aponte, em
sua conclusão, críticas ou sugestões para resolução do problema sobre o mercúrio.
Professor, espera-se que o estudante compreenda que o mercúrio é relativamente incomum na
crosta terrestre e a sua liberação ocorre por processos naturais (erosão e atividade vulcânica) e por
mineração. As atividades antropogênicas são as principais fontes de contaminação do ambiente. Uma
vez liberado, o mercúrio permanece no ambiente, onde assume diversas formas químicas que trazem
danos ambientais irreversíveis ao solo, à água e à ictiofauna dos rios, além de graves efeitos à saúde
humana, como má formação fetal, danos cerebrais, problemas neurológicos e até a morte.
Espera-se que os estudantes compreendam que o mercúrio é um metal tóxico e que a sua ocor-
rência no ambiente é motivo de grande preocupação. Esse fato está ligado aos efeitos tóxicos desse
metal e a preocupação ambiental decorrente de suas características, como persistência e capacidade
de se bioacumular na cadeia trófica, representando um risco para a saúde da população.
Outro fato importante para estudar é o garimpo de ouro, localizado principalmente no norte do
país, que se tornou o principal responsável pela maior emissão desse poluente para o meio ambiente.
Além disso, o mercúrio e seus compostos são altamente tóxicos para ecossistemas e para o homem
e doses elevadas podem ser fatais para o ser humano, mas mesmo doses relativamente baixas podem
ter efeitos adversos no desenvolvimento neurológico, no sistema cardiovascular, imunológico e repro-
dutivo, como visto na Atividade 2.2.
As atividades humanas vêm modificando o ciclo natural do mercúrio, e esses estudos confirmam
sua alta toxicidade para plantas e animais, além de sua habilidade para bioacumular na cadeia aquáti-
ca e terrestre; consequentemente, a população pode ser exposta a esse elemento principalmente
através do consumo de peixes e frutos do mar contaminados com metilmercúrio.
Professor, você poderá avaliar o desenvolvimento da atividade pelos estudantes desde a leitura,
análise do vídeo e a produção escrita na forma de texto dissertativo-argumentativo.
Contextualizando uma situação do cotidiano vivenciada por uma personagem fictícia, analise o
estudo de caso a seguir:
Idalina recebeu diversos links de vídeos da internet mostrando que no local de aplicação da
vacina X para COVID-19 é possível se colocar uma moeda e ela fica presa à pele e que em outro
local, no mesmo braço, um pouco mais abaixo, a moeda não permanece. Você pode ajudar Idalina
a explicar o ocorrido?
Professor, essa atividade tem como objetivo levar os estudantes a compreenderem a importância
da veracidade das informações e o fato de que a fake news pode ter o intuito deliberado de enganar o
leitor, levantando informações falsas frequentemente motivadas por interesses.
A metodologia utilizada é do estudo de caso na qual se realiza uma abordagem de ensino base-
ada em situações de contexto real, assim como a Aprendizagem Baseada em Problemas (Problem
Based Learning – PBL). As abordagens de ensino e aprendizagem baseadas em situações de contex-
to real são poderosas para desenvolver competências e habilidades relativas à resolução de proble-
mas, à tomada de decisão, à capacidade de argumentação e ao trabalho efetivo em equipe. O estudo
de caso tem o potencial de trazer ao contexto real conceitos que podem ser abstratos ou desconexos,
caso sejam abordados apenas de forma teórica e isolada.
Espera-se que, por meio de consultas a fontes seguras, o estudante compreenda que em algumas
vacinas existe a presença do adjuvante imunológico que é um ingrediente usado com intuito de criar uma
resposta imunológica mais forte, rápida e duradoura, aumentando, assim, a sua eficácia. Em outras pa-
lavras, os adjuvantes ajudam as vacinas a funcionar melhor. A maioria das vacinas desenvolvidas atual-
mente inclui apenas pequenos componentes de germes, tais como suas proteínas, ao invés de todo o
vírus ou bactéria. Isso torna a vacina mais segura, principalmente para grávidas e pacientes imunossupri-
midos, mas aumenta a importância do adjuvante, pois a proteína sozinha é muito menos estimulante para
o sistema imunológico do que o vírus vivo enfraquecido. Existem vários tipos de tipos de adjuvantes
imunológicos, sendo os sais de alumínio, presente na vacina Coronavac, um dos mais comuns. A pre-
sença do alumínio nas vacinas é segura porque a quantidade presente é muito baixa. É importante que
compreendam que não há veracidade no vídeo sobre o magnetismo, visto que a vacina não apresenta
quantidade significativa de alumínio ou outro material paramagnético; além disso, para influenciar magne-
ticamente esses materiais, seriam necessárias grandes forças magnéticas, como as usadas nos apare-
lhos de ressonância magnética nuclear. O fato pode ocorrer devido a uma série de fatores, como oleosi-
dade e hidratação da pele, ou resíduo da cola usada no curativo da vacina. No entanto, quando se tentar
grudar uma moeda em cima do curativo da vacina, a moeda não ficará fixada.
Professor, o estudo de caso envolve a abordagem de conteúdo por intermédio do estudo de si-
tuações de contexto real, as quais são denominadas “casos”. Pressupõe a participação ativa do estu-
dante na resolução de questões relativas ao caso, normalmente em um ambiente colaborativo com
seus pares. Apesar de a questão poder ser resolvida individualmente, uma das maiores riquezas dessa
abordagem de ensino é a interação pedagógica que promove mudanças significativas na sala de aula.
Trata-se de uma abordagem ativa e colaborativa, que promove o desenvolvimento da autonomia e da
metacognição, quando conduzida de forma apropriada. Os casos são construídos em torno de objeti-
vos de aprendizagem (habilidades e competências) que se pretendem desenvolver, seguidos de ques-
tões que devem ser respondidas pelos estudantes. A presença dessas questões torna o estudo de
caso uma abordagem de ensino guiada. Os estudantes analisam os saberes necessários para a reso-
lução do caso, pesquisam e discutem em pequenos grupos. A próxima etapa é a discussão dos
resultados no grande grupo, que deve sempre ser finalizada pelo professor, que realiza uma avaliação
do trabalho da turma, podendo retomar pontos importantes.
Sugestões:
Com alumínio, Coronavac é responsável por 74% das vacinações contra a Covid-19 no Brasil
Vacinas contra a Covid-19 não possuem ímãs nem causam magnetismo. Disponível
em: https://cutt.ly/NUvyCZK. Acesso em: 22 nov. 2021.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PARTE 2
Competências gerais:
2. Construir e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
Imagem 01: Água
Fonte: Pixabay
A atividade 1.1 propõe um debate de ideias, com objetivo de observar o conhecimento prévio dos
estudantes e diagnosticar seus saberes e concepções sobre água potável. Com esta atividade, reto-
mamos conceitos que já foram estudados no Ensino Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio. Du-
rante o debate, sugere-se incentivar o estudante a expor suas ideias e não adverti-los, neste momento,
sobre certo ou errado. Ao finalizar o Momento 2.1, o Professor terá oportunidade de retomar as ques-
tões, proporcionar oportunidades de reelaboração de hipóteses, fazer intervenções e, assim, ressigni-
ficar os conhecimentos, elaborando um plano para intervenções pontuais.
Sugestão:
Água suja deixa 3 mil doentes por ano em Rio Branco do Sul. Disponível em:
https://cutt.ly/vUviklz. Acesso em: 22 dez. 2021.
Espera-se que os estudantes respondam que a água potável é a água própria para o consumo,
boa para beber; não pode conter microrganismos patogênicos nem substâncias que representem
risco à saúde em níveis superiores aos máximos permitidos, além de não poder apresentar caracterís-
ticas que causem rejeição por parte da população (como gosto, odor ou cor). As águas utilizadas em
atividades socioeconômicas são retiradas de rios, lagos, represas e aquíferos. Para se tornar potá-
vel, para beber, cozinhar, fazer suco ou chá, necessita passar por etapas de tratamento para evitar
contaminações e problemas de saúde.
b) Escreva quais são as principais etapas do tratamento de água e o que acontece em cada
uma delas.
Pré-cloração: é a etapa em que é adicionado cloro assim que a água chega à estação, com a fi-
nalidade de facilitar a retirada de matéria orgânica e metais.
Pré-alcalinização: depois do cloro, adicionam-se à água a cal ou soda, que têm a função de ajus-
tar o pH, de acordo com os valores exigidos. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre
6,0 e 9,5.
Vale lembrar que o pH é o fator hidrogeniônico, ou seja, representa o quanto a água está ácida,
básica ou neutra (pH de 7 é neutro; abaixo de 7 é ácido e acima de 7 é básico ou alcalino).
Base:
NaOH (s) → Na+ (aq) + OH-(aq)
Sal básico:
Na2 CO3 (s) → 2 Na+(aq) + CO32-(aq)
Após o ajuste do pH, adiciona-se o sulfato de alumínio, que irá se dissolver na água e depois
precipitar na forma de hidróxido de alumínio.
Dissolução:
Al2(SO4 )3 (s) → 2 Al3+(aq) + 3 SO42-(aq)
Precipitação:
Al3+(aq) + 3 OH-(aq) → Al(OH)3 (s)
Floculação: após a grande movimentação da água na etapa anterior, ocorre uma mistura lenta da
água, que provoca a formação de flocos com as partículas.
Decantação: neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujei-
ra formados na etapa anterior.
Filtração: nesta etapa, a água atravessa tanques formados por pedras, areia e carvão antracito,
que são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação.
Pós-alcalinização: é a etapa em que é feita a correção final do pH da água para evitar a corrosão
ou incrustação das tubulações.
Desinfecção: nesta etapa, é feita uma última adição de cloro na água, antes de sua saída da
Estação de Tratamento. O cloro adicionado tem a finalidade de garantir que a água fornecida este-
ja isenta de bactérias e vírus.
Fluoretação: é a fase em que é adicionado o flúor na água, pois ele ajuda a prevenir cáries.
1.3 Em grupo, assista ao vídeo “Experimento de Química – Tratamento de água”, registre suas obser-
vações, responda às questões e socialize suas ideias com os colegas.
Materiais Procedimento
• béquer ou vidro (como os de Coloque água da torneira até cerca de 2/3 do volume do vidro.
maionese) Adicione uma “pitada” de terra (para a água ficar turva).
• colher de plástico de sobremesa Adicione uma colher rasa de soda cáustica (NaOH) e agite a
• sulfato de alumínio (Al2(SO4 )3 ) solução cuidadosamente com a colher. Lave a colher tomando
• hidróxido de sódio (soda cuidado para não colocar os dedos na parte que tocou na solução
cáustica NaOH) de soda cáustica e enxugue com um pedaço de papel.
• terra Em seguida, com a colher seca, adicione 2 colheres rasas de
• filtro de areia e carvão preparado sulfato de alumínio e misture muito bem.
com garrafa pet Deixe em repouso em torno de 10 minutos. Anote suas
observações.
Filtre o sobrenadante e recolha o filtrado. Para preparar o filtro, corte
a garrafa ao meio e inverta a parte superior, encaixando-a na base.
Enrole um tecido na boca da garrafa e preencha com carvão e areia.
Esta atividade é uma oportunidade para o estudante entrar em contato com as etapas do trata-
mento de água.
Para tanto, organize os estudantes em grupos e oriente-os na investigação por meio do vídeo ou
da execução do experimento; caso não seja possível dar autonomia aos grupos, sugere-se realizar o
experimento por demonstração, pois a prática experimental pode levar os estudantes a ampliar saberes
e alcançar conhecimentos empíricos necessários para a continuidade dos estudos.
Para avaliação desta atividade, o Professor poderá observar e considerar os aspectos do
desenvolvimento do estudante, a participação, o envolvimento com a prática, o trabalho em grupo, os
registros das principais informações, a coerência das respostas e a socialização de ideias.
Sugestão:
1.4 Em grupo, sob orientação de seu professor, percorra cada uma das três estações descritas nos
itens a seguir, para contribuir com as questões sobre o tema “Tratamento de esgotos”; em segui-
da, socialize as ideias com os colegas.
Sugestão:
Espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que o método utilizado nas grandes es-
tações de tratamento é por lodos ativados, onde há uma fase líquida e outra sólida. Esse processo
consiste num sistema no qual uma massa biológica cresce, forma flocos e é continuamente recircula-
da e colocada em contato com a matéria orgânica sempre com a presença de oxigênio (aeróbio). O
método é inteiramente biológico e aeróbio, no qual o esgoto bruto e o lodo ativado são misturados,
agitados e aerados em unidades conhecidas como tanques de aeração. Após esse processo, o lodo
é enviado para o decantador secundário, onde a parte sólida é separada do esgoto tratado. O lodo
sedimentado retorna ao tanque de aeração ou é retirado para tratamento específico. No interior do
estado de SP, além das estações convencionais, a Sabesp dispõe de lagoas de tratamento. Já no lito-
ral, as instalações adotam o método de lodos ativados e, em algumas cidades, dutos ou outros emis-
sários submarinos para lançar os esgotos tratados no mar.
Sugestão:
Espera-se que os estudantes comentem que a utilização da água na higiene pessoal, alimentação
e limpeza vira esgoto. Ao deixar as casas, o esgoto vai para as redes coletoras, até chegar às Estações
de Tratamento de Esgotos. Antes de ser tratado, o esgoto passa por grades para retirar a sujeira
(papel, plástico, tampinha etc.), depois é transportado para uma caixa que vai retirar a areia contida.
Após a caixa de areia, o esgoto é enviado aos decantadores primários, onde ocorre a sedimentação
de partículas mais pesadas. Como o esgoto é composto por matéria orgânica e microrganismos,
é encaminhado para tanques de aeração. O ar fornecido faz com que os microrganismos ali presentes
se alimentem e multipliquem-se no material orgânico, formando o lodo e diminuindo a carga poluidora
do esgoto. Na sequência, é enviado a um decantador secundário, em que o sólido restante vai para o
fundo e a parte líquida já está sem 90% das impurezas. Esta água resultante do processo de tratamen-
to de esgoto não pode ser bebida. Ela é lançada nos rios ou reaproveitada para limpar ruas, praças e
regar jardins.
Sugestão:
Espera-se que os estudantes registrem e comentem que, na fase sólida, o esgoto passa por uma
entrada primária, separando a água do sólido através da sedimentação das partículas mais pesadas.
Na sequência, há a entrada do lodo em um decantador secundário. Nesta etapa, o lodo será tratado
pelo processo de adensamento e por flotação. Nos adensadores, o lodo torna-se mais concentrado
através da separação de uma parte da água presente. Nos flotadores, acontece a separação entre
a água e o sólido, que ocorre através da introdução de água com microbolhas de ar. Na sequência, o
lodo é encaminhado aos digestadores, que recebem o lodo do sistema de adensamento. Neles, há mi-
crorganismos anaeróbicos que degradam a matéria orgânica presente no lodo, formando gás metano
e água, promovendo a estabilização do lodo, ou seja, não haverá odores desagradáveis. Depois desse
processo, o lodo é encaminhado a filtros prensa para desidratar o lodo proveniente do condicionamen-
to químico, dotado de várias placas com telas filtrantes que serão preenchidas por lodo através de
bombeamento. O lodo passa a ter 40% de sólidos. Para encerrar, o lodo passa por esteiras e é desi-
dratado para ser disposto em aterro sanitário.
Sugestão
Professor, a Atividade 1.4 tem como objetivo estudar o tratamento de esgotos, conhecer os
processos, fase líquida, fase sólida, e conhecer como é tratado o esgoto nas grandes cidades e no
interior do estado.
Para desenvolver a atividade, sugere-se a metodologia “Rotação por Estações”, em que os estu-
dantes passam pelas Estações de Aprendizagem respondendo às questões, na sala de aula ou em
outros espaços. Para tanto, organize os estudantes em pequenos grupos (4 a 5 pessoas) para que
cada grupo realize a pesquisa em cada Estação 1, 2, e 3 de forma rotativa. Além dos links sugeridos,
o professor poderá disponibilizar livros didáticos, revistas ou outros recursos disponíveis na escola
e orientá-los a registrar suas considerações finais num aplicativo digital, ou outra forma de registro
que o professor considerar apropriado à realidade do estudante.
Para encerrar a atividade, proporcione momentos de apresentação e compartilhamento de ideias.
É importante destacar que o tema Tratamento de Esgotos já deverá ter sido trabalhado com os estu-
dantes antes do desenvolvimento desta atividade.
Durante o fechamento desta atividade, vale destacar informações sobre os gases poluentes libe-
rados durante a tratamento do esgoto (gás metano CH4 ), um dos gases responsáveis pelo efeito es-
tufa. Neste momento, pode-se considerar a possibilidade de reaproveitamento do metano, incentivan-
do-os a pensar em soluções de problemas.
Para avaliar, sugere-se a avaliação contínua e processual, observando e analisando os avanços
nas aprendizagens, as dúvidas dos estudantes, as dificuldades apresentadas, considerando os dados
coletados na pesquisa, o interesse pelo aprendizado, os avanços tecnológicos, o engajamento com os
colegas, a gestão de tempo e outros aspectos que julgar pertinente. Dessa maneira, poderá ter evidên-
cias do que os alunos já sabem para dar continuidade a uma aprendizagem significativa.
Sugestão:
e) O que é Logística Reversa e qual a sua relação com a disposição de Resíduos Sólidos?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos trata em seu texto sobre a Logística Reversa, que, con-
forme a própria legislação define, é um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracteri-
zado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição
dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Temos como exemplo da Logística
Reversa quando as partes recicláveis de um produto eletrônico, descartado pelo consumidor, retor-
nam ao setor produtivo na forma de matéria-prima.
Professor, espera-se no Momento 2.1 que o estudante compreenda o que são resíduos sólidos
urbanos e a importância da sua correta disposição em aterros sanitários como garantia da saúde pú-
blica, pois evitam o contato humano direto com o lixo. Os aterros sanitários também impedem o con-
tato dos seres humanos com animais que possam trazer doenças infecciosas, já que tornam a cidade
mais limpa. Os resíduos sólidos urbanos corretamente dispostos, além de garantir todos os protocolos
de segurança e de estrutura previstos em lei, protegem os lençóis freáticos e o solo, assim como todo
o meio ambiente.
Espera-se, ainda, que o estudante compreenda que os aterros sanitários, quando não maneja-
dos de forma correta, ou seja, sem as devidas regras de segurança e manutenção, podem causar
impactos ambientais, tais como a contaminação dos lençóis freáticos, dos aquíferos e do solo. Suge-
re-se que resgate o conhecimento, junto aos estudantes, de que os aterros sanitários liberam gás me-
tano (CH4 ) para a atmosfera e que esse gás consegue ser 21 vezes mais prejudicial para o aquecimen-
to global que o dióxido de carbono (CO2 ).
Espera-se, também, que o estudante compreenda que temos outras formas de disposição cor-
reta dos resíduos sólidos urbanos, tais como a coleta seletiva, a reciclagem, a compostagem, entre
outros, conforme a sua composição e a existência da Logística Reversa.
A atividade 2.1 propõe uma roda de conversa sobre os lixões e aterros sanitários. Para isso,
sugere-se que o estudante assista ao vídeo “Lixões e aterros sanitários – conexão”, realize a leitura
do texto “Aterro sanitário: o que é, impactos e soluções” e, em seguida, responda às questões pro-
postas. Pode-se fazer uma Roda de Conversa para que os estudantes possam apresentar e discutir
suas respostas.
Nesse momento, vale ressaltar a diferença do lixão e do aterro sanitário e, também, chamar a
atenção para o cumprimento da legislação e os impactos socioambientais desses processos.
A partir da primeira atividade, é possível avaliar a construção do conhecimento dos estudantes,
por meio da observação de registro das questões e discussão dos grupos.
Sugestão:
Qual a diferença entre lixo e resíduos sólidos? Veja como a coleta seletiva impacta no
meio ambiente. Disponível em: https://cutt.ly/LUvoqft. Acesso em: 22 nov. 2021.
2.2 Organize-se em grupos, realize uma pesquisa sobre Resíduos Sólidos do tratamento de água e
esgoto, elabore um painel e apresente sua visão crítica do tema debatendo ideias com os colegas.
Professor, espera-se que o estudante, na atividade 2.2, compreenda que o lodo gerado pelas
estações de tratamento de água e tratamento de esgoto é o resíduo formado durante os processos. Estes
resíduos têm características tóxicas, principalmente para o solo, portanto tem sua destinação compa-
tível com as diretrizes da PNRS – Lei 12.305/2010, priorizando a possibilidade de redução, reuso e
reciclagem. Espera-se que o estudante compreenda que esses processos estão relacionados aos ci-
clos de contaminantes da água e solo, vistos anteriormente. Dentre as alternativas, podemos destacar
a utilização do lodo em solos agrícolas, cujas melhorias são estruturais do solo; ajuste de pH; adição
de traços de minerais; aumento da capacidade de retenção de água e melhoria das condições de ae-
ração do solo. Na produção de mudas, pode contribuir para o fornecimento de nutrientes e matéria
orgânica para a planta. Outras destinações ainda podem ser adotadas, como produção de cerâmica,
lançamento na rede de esgoto doméstico ou em aterro sanitário. Tendo em vista as restrições da legis-
lação para lançamento dos resíduos de Estação de Tratamento de Água (ETAs) e Estações de Trata-
mento de Esgoto (ETEs) em corpos d’água, o volume de água perdido e os impactos ambientais as-
sociados a essa prática, há uma crescente necessidade de proporcionar uma destinação adequada ou
um uso produtivo a esses resíduos, minimizando também a quantidade de subproduto gerado. Desse
modo, é necessário um estudo da disposição final adequada desse resíduo a fim de contribuir para a
minimização dos impactos ambientais, evitando que o lodo seja lançado in natura nos corpos hídricos.
Nesse momento, vale ressaltar que a Lei n. 12.305/2010 é um importante instrumento, pois tem
como objetivo o gerenciamento de resíduos sólidos.
Para o desenvolvimento da atividade 2.2, sugere-se que o Professor organize os estudantes em
grupos produtivos e conduza a pesquisa. Sugere-se o vídeo “O que se pode aproveitar do esgoto?”,
disponível em: https://etes-sustentaveis.org/aproveitar-esgoto/. Acesso em 09. nov. 2021 e/ou o
texto “Destinação Final de Lodos de ETAs e ETEs”, disponível em: https://tratamentodeagua.com.
br/artigo/destinacao-final-de-lodos-de-etas-e-etes/. Acesso em: 09. nov. 2021.
Para os registros, sugere-se o aplicativo de lousa digital, pois as equipes poderão elaborar “car-
tazes virtuais” e apresentá-los às demais equipes. Na sequência, proporcione momentos de apresen-
tação e socialização das produções. Visando desenvolvimento de competências socioemocionais,
estabeleça combinados, determine o tempo de apresentação e oriente os estudantes a dar devolutivas
às dúvidas dos colegas.
Nesta ação, o Professor tem o papel de mediador e facilitador; caso necessário, fará intervenções
para evitar concepções equivocadas. Durante a pesquisa, se for identificado desconhecimento de
palavras, recomenda-se construir Glossário Virtual à medida que forem surgindo dúvidas com
palavras desconhecidas para que ampliem o vocabulário estudando o significado das palavras.
Para avaliar, o professor poderá observar os estudantes continuamente, analisando os avan-
ços nas aprendizagens, as dúvidas, as dificuldades apresentadas, o interesse pelo aprendizado,
os avanços tecnológicos, o engajamento com os colegas, a gestão de tempo e outros aspectos
que considerar pertinente. Dessa maneira, poderá ter evidências de um processo de aprendiza-
gem mais significativo.
2.3 Em grupos, realize uma pesquisa sobre a destinação final dos resíduos sólidos, prepare um semi-
nário e apresente sua visão crítica do tema debatendo ideias com os colegas.
Sugestões:
Sugestão:
Espera-se que os estudantes escrevam sobre o Art. 3º da Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020.
Considera-se saneamento básico: conjunto de serviços públicos, infraestruturas e instalações
operacionais de: a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades e pela disponibilização
e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias ao abastecimento público de
água potável, desde a captação até as ligações prediais e seus instrumentos de medição; b) esgota-
mento sanitário: constituído pelas atividades e pela disponibilização e manutenção de infraestruturas e
instalações operacionais necessárias à coleta, ao transporte, ao tratamento e à disposição final ade-
quados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até sua destinação final para produção de
água de reuso ou seu lançamento de forma adequada no meio ambiente; c) limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos: constituídos pelas atividades e pela disponibilização e manutenção de infraestru-
turas e instalações operacionais de coleta, varrição manual e mecanizada, asseio e conservação urba-
na, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sóli-
dos domiciliares e dos resíduos de limpeza urbana; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas:
constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e pelas instalações operacionais de drenagem de
águas pluviais, transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, trata-
mento e disposição final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza e a fiscalização preven-
tiva das redes.
Esta atividade pode ser realizada em grupo. Sugere-se que os estudantes socializem a pesqui-
sa por meio de um mural virtual compartilhado.
O professor poderá observar e registrar o desenvolvimento da atividade pelos estudantes desde
a realização da pesquisa, elaboração do mural e apresentação dos resultados.
Sugestão:
Espera-se que os estudantes, por meio da pesquisa de campo e entrevista realizada com os
moradores do bairro, investiguem o acesso ao saneamento básico: abastecimento de água potável;
esgotamento sanitário; limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos; drenagem e manejo das águas
pluviais urbanas. Também é importante identificar as necessidades locais e/ou regionais em relação a
esses serviços.
Para isso, sugere-se que o professor oriente os estudantes a prepararem algumas perguntas
para a realização da entrevista e consolidação dos resultados com o uso de tabelas e gráficos. Como
exemplo:
3.4 Diante dos estudos anteriores a respeito do saneamento básico e dos resultados obtidos na pes-
quisa de campo, avalie e/ou proponha ações que contribuam para a melhoria na qualidade de
vida da população.
Espera-se que os estudantes utilizem todo o conhecimento sobre o saneamento básico com
a verificação da presença no bairro ou município, para que possam avaliar e/ou promover ações visan-
do a melhoria da qualidade de vida da população.
Para tanto, os estudantes poderão manter o trabalho em grupos e debater ideias a fim de elabo-
rarem propostas de intervenção. Pode-se solicitar que escrevam uma carta argumentativa com suas
considerações. É importante que esse trabalho seja realizado com o apoio do professor de Língua
Portuguesa, orientando-os sobre a estrutura e principais elementos desse gênero textual. É importante
reservar um momento para que os estudantes possam compartilhar suas produções.
Deve-se considerar todo o processo de desenvolvimento da carta argumentativa para a avalia-
ção, observando o desenvolvimento cognitivo e socioemocional.
Sugestão:
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS AOS RECURSOS
NÃO RENOVÁVEIS
Competências gerais:
Habilidades:
A atividade 1.1 prevê um debate de ideias com objetivo de valorizar o conhecimento prévio dos
estudantes e diagnosticar seus saberes e concepções.
Tem ainda a finalidade de retomar conhecimentos estudados na 1ª série do Ensino Mé-
dio Volume 1, Situação de aprendizagem 3 e 4 e refletir sobre a produção dos recursos não renováveis.
Durante a roda de conversa, sugere-se incentivar os estudantes a expor suas ideias e argumentar
sobre seu posicionamento. Neste momento, recomenda-se não interromper ou advertir com “certo” ou
“errado”, pois, ao finalizar a SA, o Professor terá oportunidade de retomar as questões, proporcionar
oportunidades para reelaboração de hipóteses e fazer intervenções que proporcionem ressignificação
de conhecimentos. Para tanto, deve-se analisar o raciocínio apresentado pelos estudan-
tes como diagnóstico inicial e, a partir dele, elaborar um plano com intervenções pontuais.
1.2 Em duplas, realize a leitura dos textos sugeridos, responda às questões abaixo produzin-
do uma síntese em um cartaz virtual. Na sequência, socialize seu cartaz com os colegas e discu-
ta sobre a dependência do mundo atual em relação aos recursos não renováveis.
Sugestão:
É possível viver sem petróleo? Disponível em: https://cutt.ly/RUvpUT1. Acesso em:
15 dez. 2021.
da outros compostos que servem de matéria-prima para produção de plásticos e outros políme-
ros. Praticamente, não há atividade econômica que não utilize produtos vindos do petróleo.
Sugestão:
A atividade 1.2 tem o objetivo de analisar a dependência do mundo atual em relação aos combus-
tíveis não renováveis e discutir sobre a necessidade de introdução de alternativas mais sustentáveis.
Para tanto, sugere-se a metodologia do trabalho em duplas com objetivo de que um estudan-
te auxilie o outro de forma mais pontual e que ambos se desenvolvam intelectual e socialmente.
Recomenda-se, também, convidar o Professor de Geografia para que sejam realizados alinhamentos
interdisciplinares.
Para avaliar os estudantes, sugere-se analisar o diagnóstico da aprendizagem continuamente,
verificar a evolução das ideias apresentadas, analisar os objetivos alcançados nas atividades, conside-
rar os avanços, o interesse do estudante e o engajamento com os colegas. Dessa maneira, poderá ter
evidências do que os estudantes já sabem para dar continuidade a uma aprendizagem significativa.
Sugestão:
A atividade 1.3 tem o objetivo de fazer com que o estudante articule ideias, posicione-se e
manifeste seu ponto de vista sobre a necessidade de introdução de alternativas para reduzir o consumo
de combustíveis de origem fóssil no Brasil e no mundo.
Para tanto, sugere-se a metodologia sala de aula invertida, em que o estudante realiza a leitura
dos textos sugeridos que apresentam exemplos de como as políticas públicas podem encaminhar e
apoiar ações de redução de gases poluentes na atmosfera e alternativas na geração de energia. O
estudante, ao ler estes exemplos, poderá escrever o artigo de opinião em outros espaços de estu-
dos. Na sequência, recomenda-se solicitar que os estudantes exponham suas ideias e participem de
um debate com os colegas.
No debate, espera-se que seja discutida a necessidade de reduzir o consumo de petróleo e seus
derivados, que surjam reflexões sobre os tipos de transporte (individual e/ou coletivo), que compreendam
os problemas dos combustíveis com fontes não renováveis nas questões socioambientais, que desta-
quem as ODS (07 e 13) e as políticas econômicas relativas aos créditos de carbono.
Vale salientar que o artigo de opinião deve ter a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo,
ou seja, deve ter introdução, desenvolvimento (contextualização, argumentação e contra- argumenta-
ção) e conclusão (resumo das ideias e proposta de intervenção). Se necessário, recomenda-se convi-
dar o Professor de Língua Portuguesa para que sejam realizados alinhamentos interdisciplinares.
Para avaliar os estudantes, sugere-se analisar o diagnóstico da aprendizagem continuamente,
verificar o consenso sobre as ideias apresentadas, analisar se atingiram os objetivos da atividade,
considerar os avanços e o interesse pelo aprendizado. Dessa maneira, poderá ter evidências do que
os estudantes já sabem para dar continuidade a uma aprendizagem significativa.
MOMENTO 2: RECURSOS RENOVÁVEIS
2.1 Realize a leitura das imagens a seguir, responda às questões e socialize as respostas com
os colegas.
Professor, o Momento 2 tem como objetivo estudar os recursos renováveis, como o biodie-
sel, o etanol e o biogás, para que o estudante possa, no Momento 3, analisar e comparar diferentes
processos e produtos, tendo em vista as questões socioambientais, políticas e econômicas.
Para isso, sugere-se, na atividade 2.1, a leitura de imagem seguida de alguns questionamentos
sobre a obtenção de energia renovável. Espera-se que os estudantes respondam que as imagens
representam a matéria-prima (girassol, mamona, cana-de-açúcar e fezes do porco) para a obtenção de
energia renovável (biodiesel, etanol e biogás).
Em relação ao processo de obtenção de energia, os estudantes podem escrever que é necessá-
rio extrair o óleo do girassol e da mamona seguido da transesterificação, do craqueamento térmico e
da esterificação. Cabe ressaltar que não é necessário aprofundar os estudos em cada processo, pois
a Química Orgânica será trabalhada nos próximos bimestres. Em relação à cana-de-açúcar, os estu-
dantes já conheceram, na 1ª série (SA3 – “Combustíveis que movem o mundo”), o processo de
obtenção; dessa forma, caberá fazer uma retomada. Na produção de biogás pelas fezes do porco, vale
destacar a geração de gás metano composto em maior quantidade. Esses processos serão aprofun-
dados no decorrer do Momento 2.
Para a realização desta atividade, sugere-se uma roda de conversa. Com o auxílio de um projetor,
o professor poderá apresentar as imagens para os estudantes a fim de que façam a leitura e respon-
dam às questões.
É importante que o professor observe todas as respostas apresentadas e faça as intervenções
que forem necessárias. Esta atividade pode ser utilizada como uma avaliação diagnóstica.
2.2 Em grupos, realize pesquisas e responda aos questionamentos sobre os temas de cada estação
de forma rotativa, conforme orientações do professor. Registre as respostas e compartilhe-as
com seus colegas.
Sugestões:
Espera-se que os estudantes escrevam que o biodiesel é um biocombustível feito a partir de bio-
massa (matéria orgânica de origem vegetal ou animal), como, por exemplo, plantas (óleos vegetais) ou
de animais (gordura animal), obtido a partir de processos químicos denominados craqueamento, este-
rificação ou transesterificação. Por meio desse processo, os triglicerídeos presentes nos óleos e gor-
dura animal reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a
glicerina. O primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel após passar por processos de
purificação para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação
em motores de ignição por compressão.
Sua principal finalidade é substituir o óleo diesel usado em automóveis pesados, como ca-
minhões e ônibus. Ele pode ser usado em motores a combustão interna com ignição por com-
pressão ou para geração de outro tipo de energia que possa substituir parcial ou totalmente
combustíveis de origem fóssil. Óleo de girassol, de amendoim, de mamona, de soja, de milho, de
dendê ou palma são muito comuns de serem encontrados no Brasil. Vantagens: baixos índices
de poluição, colaborando com a sustentabilidade no país; geração de emprego e renda no cam-
po, diminuindo o êxodo rural; utilização de uma fonte de energia renovável, dependendo da plan-
tação de grãos oleaginosos no campo; substituição gradativa de uma fonte não renovável (petró-
leo); produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de produção pode ser mais
baixo do que os derivados de petróleo. Desvantagens: risco de diminuição das reservas florestais
do nosso planeta devido ao alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço à plantação
de grãos; aumento no preço dos produtos derivados de matéria-prima (leite de soja, óleos, carne,
rações para animais, ovos etc.) utilizados na fabricação deste combustível, tendo em vista sua
vasta utilização.
De acordo com Boletim Mensal de Energia – Ministério das Minas e Energia, 2017, o Brasil pro-
duz, atualmente, cerca de 50 mil barris de biodiesel por dia, sendo o segundo maior produtor mundial
de biodiesel (cerca de 4 bilhões de litros por ano).
Sugestão:
Estação 3: Por que é obrigatório adicionar biodiesel no óleo diesel? De que maneira essa mistu-
ra é identificada?
Sugestão:
Espera-se que os estudantes escrevam que a mistura do biodiesel ao diesel fóssil teve início em
2004, em caráter experimental e, entre 2005 e 2007, no teor de 2%, a comercialização passou a ser
voluntária. A obrigatoriedade veio no artigo 2º da Lei n°11.097/2005, que introduziu o biodiesel na ma-
triz energética brasileira. Em janeiro de 2008, entrou em vigor a mistura legalmente obrigatória de 2%
(B2), em todo o território nacional. Com o amadurecimento do mercado brasileiro, esse percentual foi
sucessivamente ampliado pelo CNPE até o atual percentual de 12,0%.
A combinação entre o biodiesel e o diesel mineral é conhecida pela letra B, acrescida ao número
que corresponde à quantidade de biodiesel na mistura. Por exemplo, uma mistura de 5% de biodiesel
é chamada B5, já uma de 20% de biodiesel é B20. A utilização do biodiesel puro ainda está em perío-
do de teste, sua nomenclatura é B100.
Fonte: Evolução do Biodiesel no Brasil.
Disponível em: https://cutt.ly/qIB26s9. Acesso em: 23 jan. 2022.
A especificação do biodiesel tem sido aprimorada constantemente ao longo dos anos, o que tem
contribuído para o alinhamento da sua qualidade às condições do mercado brasileiro e a sua harmo-
nização com as normas internacionais, assegurando maior segurança e previsibilidade aos agentes
econômicos. A especificação do biodiesel a ser comercializado no país para ser misturado ao óleo
diesel A é estabelecida pela Resolução ANP nº 45, de 25 de agosto de 2014.
Fonte: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
Disponível em: https://cutt.ly/QIB9gsO. Acesso em: 23 jan. 2022.
Estação 4: O que se pode perceber quanto à adição de biodiesel apresentada na linha do tempo
na Imagem 2? Qual a importância de ampliar o percentual de biodiesel no diesel?
Sugestão:
Imagem 02 - Linha do tempo dos percentuais de adição de biodiesel para a formulação do diesel B. Fonte: ANP.
Espera-se que os estudantes escrevam que, a partir de janeiro de 2008, houve a obrigatoriedade
da mistura de 2% (B2) com a evolução do percentual, com projeção até 2023 de 15%. Todos estes
incentivos servem para fortalecer a indústria nacional, diminuir a dependência ao diesel de petróleo,
que em pequena parte ainda é importado, e melhorar a condição do meio ambiente, visto que ele é
biodegradável, não tóxico, praticamente livre de enxofre e aromáticos, bem como reduz substancial-
mente a emissão de monóxido de carbono e de hidrocarbonetos não queimados. A Petrobras possui
esta tecnologia e o combustível orgânico já está sendo utilizado em alguns veículos em nosso país.
Acredita-se que, para o futuro, este combustível possa, aos poucos, substituir nos veículos os com-
bustíveis fósseis. Será um grande avanço para o desenvolvimento sustentável do país.
Sugestão:
2.3 Assista ao vídeo “Biogás, a energia que vem do campo”, responda às questões e compartilhe as
respostas com seus colegas.
Questões Respostas
1. Escreva sobre O biogás é um tipo de biocombustível produzido a partir da decomposição de
o biogás e sua materiais orgânicos (de origem vegetal ou animal), que são decompostos por
obtenção. meio da ação de bactérias fermentadoras (processo de fermentação anaeróbia no
biodigestor), produzindo biofertilizante e uma mistura de gases, cuja maior parte é
composta de metano e gás carbônico. O metano (biometano) é um gás combustível,
que pode ser aproveitado para geração de energia térmica, elétrica e como
combustível veicular (biogás). A fermentação acontece em determinados patamares
de temperatura, umidade e acidez. Para que o biogás seja produzido, é necessária a
instalação de um biodigestor.
2. Quais O uso do biogás contribui com a redução de um passivo ambiental das empresas que
as vantagens do produzem este biocombustível, pois diminui os custos com a produção de energia
biogás? elétrica e térmica, além da produção de biofertilizantes.
3. Qual a matéria- A matéria-prima usada na produção do biogás é de origem orgânica, são aproveitados
prima utilizada para a materiais, como esterco (humano e de animais), palhas, bagaço de vegetais e lixo.
produção de biogás?
4. Qual o principal Devido à alta concentração de metano (cerca de 50%) e de dióxido de carbono (acima
malefício do de 30%), o biogás é um dos principais poluentes do meio ambiente, pois contribui
biogás para o meio diretamente para o aumento do efeito estufa. O metano pode ser considerado até
ambiente? 21 vezes mais poluente que o gás carbônico.
Sugestão:
Professor, a atividade 2.3 tem como objetivo estudar o biogás, seu processo de obtenção,
vantagens e desvantagens. Cabe ressaltar que o componente de Biologia também abordará os
combustíveis alternativos como o biogás; se possível, conversar com o professor de Biologia para
integrar as atividades.
Para a realização da atividade, sugere-se o vídeo “Biogás, a energia que vem do campo” seguido
de alguns questionamentos. Pode-se utilizar um projetor para que os estudantes assistam ao vídeo.
Também é importante fazer algumas pausas durante a apresentação para algumas retomadas e sa-
nar as dúvidas que surgirem. Depois, os estudantes poderão, em duplas, completar o quadro com as
principais ideias do vídeo e socializá-las com os demais.
Durante a realização da atividade, pode-se observar e registrar a participação, envolvimento e
elaboração das respostas pelos estudantes, o que servirá como subsídio para a avaliação formativa.
Saiba Mais
MOMENTO 3: AMPLIANDO REPERTÓRIO ENERGÉTICO
3.1 Em grupo, escolha um tema para pesquisar sobre as vantagens e desvantagens dos combustí-
veis alternativos indicados e, na sequência, socialize seus registros por meio de postagem no
mural virtual.
Sugestões:
Espera-se que os estudantes relatem que, apesar de ainda não serem tão acessíveis no Brasil,
os carros elétricos fazem parte de uma inovação tecnológica que tem como propósito diminuir a emis-
são de gases efeito estufa (GEE).
Esses veículos têm um sistema de propulsão elétrica diferente dos veículos comuns que têm um
motor de combustão interna. O motor elétrico é alimentado por uma bateria recarregável, que armaze-
na energia química, posteriormente convertida em energia elétrica e, finalizando o processo, o motor
faz uma conversão final para energia mecânica.
Por ser uma bateria recarregável, é necessário ter em conta que a bateria tem de ser, en-
tão, carregada com frequência. Muitos modelos têm também um sistema de regeneração de
energia integrado. Este sistema gera energia elétrica através das travagens, carregando parcial-
mente a bateria.
Vantagens dos veículos elétricos: maior eficiência do motor; funcionamento do motor com zero
emissões de gases que intensificam o efeito estufa; condução silenciosa e agradável; baixos custos de
utilização; travagem regenerativa; menos impostos e incentivos.
Desvantagens dos veículos elétricos: baterias (uma das grandes desvantagens das baterias é o seu
peso. Embora tenha havido avanços tecnológicos, para que as baterias proporcionem uma autonomia
interessante, ainda pesam bastante e têm perda de eficiência); autonomia (relacionada, também, com as
baterias, o seu tamanho e tecnologia usada, a autonomia dos veículos elétricos ainda é limitada quando
comparada com um veículo com motor de combustão); tempo de carga (as baterias de íons de lítio já
permitem que quando carregadas em locais específicos possam atingir cerca de 80% da sua capacidade
em cerca de 15 a 20 minutos, porém, a carga total, quando efetuada em casa numa tomada normal de
220v, pode durar entre 6 a 8 horas); custo de aquisição (apesar dos custos mais baixos de operação, os
veículos elétricos apresentam em contrapartida um custo de aquisição normalmente mais elevado, devi-
do ao fato de ser produzido em pequenas séries); pode promover indiretamente a emissões dos gases
que intensificam o efeito estufa através da produção da energia elétrica, que carregará a bateria, como
no caso das termelétricas, e durante a produção das baterias e demais componentes do veículo.
Sugestões:
Espera-se que os estudantes relatem que esse modelo de automóvel possui tanques de hidrogê-
nio que se mesclam com o oxigênio presente no combustível e que, por meio desse processo, é gera-
da a eletricidade necessária para movimentar os motores elétricos do veículo. Nesses veículos o arma-
zenamento é feito em tanques específicos, que são capazes de aguentar as temperaturas baixíssimas
do hidrogênio, que podem chegar a até -36ºC.
Na movimentação da corrente elétrica, o hidrogênio é expelido do tanque para então entrar em
contato direto com o ar, ou seja, com o oxigênio. O resultado dessa reação faz com que o automóvel
libere vapor de água por meio de seu tubo de escape, e a reação entre o oxigênio e o hidrogênio é o
fator que cria essa corrente elétrica essencial para nutrir o motor elétrico.
Isso significa que, por mais que esses veículos sejam movidos a hidrogênio, o seu motor depen-
de diretamente de eletricidade, da mesma forma como acontece com os já conhecidos automóveis
elétricos. Portanto, esses carros mesclam duas tecnologias distintas para formar um veículo ambien-
talmente correto e com uma excelente autonomia.
Vantagens do hidrogênio: não é tóxico; é o elemento mais abundante no Universo; grande potencial
no setor dos transportes; grande densidade energética; baixo nível de emissão de gases responsáveis
pelo efeito estufa; não aumenta a poluição sonora já que se trata de um processo silencioso; um grande
volume deste elemento pode ser armazenado facilmente; pode ser usado para gerar energia; alternativa
ecológica que pode ajudar a economia dos países permitindo a criação de postos de trabalho e o desen-
volvimento econômico. Esses modelos de automóveis são mais sustentáveis e menos poluentes.
Desvantagens do hidrogênio: alternativa cara; requer a utilização de metais nobres; implica cus-
tos de transporte e distribuição; não se encontra isolado na natureza; tem uma relação de dependência
de hidrocarbonetos, petróleos e seus derivados; altamente reativo.
Sugestões:
Espera-se que os estudantes relatem que os veículos híbridos são geralmente constituídos por
dois motores que atuam de maneira isolada ou combinada, dependendo das características do proje-
to e da carga que os veículos se destinam a transportar. De maneira geral, os motores elétricos são
utilizados em velocidades mais baixas, de até 60 km/h. Somente quando a situação exige potência
superior, como no caso de uma ultrapassagem, o motor a explosão é acionado para tração.
Dentro da categoria de veículos híbridos, existem, ainda, os híbridos plug-in, recarregados na
tomada, e os híbridos não plug-in, cujas baterias são alimentadas a partir da energia gerada pelo pró-
prio motor a combustão.
Portanto, os tipos de híbridos são: híbrido misto; híbrido em série; híbrido paralelo e híbridos plug-
-in. Em grande parte dos híbridos, o motor elétrico é recarregado ou pelo motor a combustão ou pela
frenagem do carro.
Vantagens do carro híbrido: é mais ecológico (ou seja, produz menos impacto ambiental) do que
os carros inteiramente a combustão; os híbridos emitem gases poluentes, mas não poluem tanto
quanto um carro movido exclusivamente a gasolina ou etanol; possuem algumas facilidades normati-
vas; as partidas são instantâneas, como nos carros elétricos, o que traz mais eficiência ao carro; otimi-
zação e economia, tanto de energia, quanto de combustível.
Desvantagens do carro híbrido: os carros híbridos e sua manutenção são mais caros, principalmen-
te no Brasil; os híbridos não têm um grande desempenho, como grandes acelerações e velocidades
máximas muito altas; ciclo da bateria: outra desvantagem dos automóveis híbridos está relacionada à
quantidade de vezes em que as baterias são carregadas e descarregadas. Algo bem parecido com o
celular, que, após um número de ciclos de recargas, na maioria das vezes, torna-se necessária a troca da
bateria, o que pode ter um preço alto, devido às suas particularidades, como dito anteriormente.
Espera-se que o estudante reconheça que a principal diferença entre um carro híbrido e um car-
ro elétrico é que o híbrido combina um motor de combustão interna e motor elétrico para enviar energia
para suas rodas. No entanto, o carro elétrico obtém energia de uma única fonte de motor para impul-
sionar o veículo.
A Atividade 3.1 propõe estudos sobre novas tecnologias energéticas e de materiais, com objetivo
de avaliar as vantagens e desvantagens socioambientais, além de levar os estudantes a analisar criti-
camente e a tomar decisão individual e/ou coletiva para uso responsável.
Para tanto, recomenda-se que organize os estudantes em grupos, oriente a pesquisa e solicite-lhes
que elaborem um material de sistematização sobre o tema para socializar com os demais colegas.
Para os registros, sugere-se o aplicativo padlet, pois os grupos poderão elaborar um “mural vir-
tual” e, na sequência, proporcione momentos de apresentação e socialização das produções.
Professor, nesta ação, é importante o papel de mediador e facilitador, fazendo intervenções quan-
do necessário. Além disso, recomenda-se, também, visando o desenvolvimento de competências
socioemocionais, a inclusão de combinados, tais como a determinação do tempo de apresentação e
o esclarecimento de dúvidas dos colegas. É importante acompanhar a realização de toda a ativida-
de registrando as considerações que poderão contribuir para a avaliação.
3.2 Retome a atividade 3.1, complemente sua pesquisa e, em duplas, preencha os itens do quadro
em seu caderno, socialize-os e discuta suas ideias com os colegas.
Emissões
Tipo de de Gases
Vantagens Desvantagens Poder calorífico
Combustível de Efeito
Estufa
Combustível derivado do
petróleo; não renovável;
Possui melhor custo-benefício alta emissão de GEE;
do que as fontes de energias erros de armazenamento
Gasolina A Sim 10.400 kcal/kg
alternativas; Maior eficiência; e extração podem causar
ótimo lubrificante para o motor inúmeros e graves
problemas tanto ao meio
ambiente quanto à saúde.
Emissões
Tipo de de Gases
Vantagens Desvantagens Poder calorífico
Combustível de Efeito
Estufa
A queima do biodiesel gera
Se o consumo mundial
baixos índices de poluição,
for em larga escala, serão
não colaborando para o
necessárias plantações em
aquecimento global; gera
grandes áreas agrícolas,
emprego e renda no campo,
podendo promover a
diminuindo o êxodo rural; é
diminuição das reservas
uma fonte de energia renovável,
florestais do nosso planeta;
dependendo da plantação de 7.770 kcal/l a
Biodiesel Sim o uso de grãos para a
grãos oleaginosos no campo; 8.125 kcal/l
produção do biodiesel
fortalece as economias dos
pode promover o aumento
países menos dependentes
no preço dos produtos
dos produtores de petróleo;
derivados deste tipo de
produzido em larga escala e com
matéria-prima ou que os
uso de tecnologias, o custo de
utilizam em alguma fase de
produção pode ser mais baixo
produção.
do que os derivados de petróleo.
Erros de armazenamento
Redução da dependência de
e extração do gás natural
Gás Natural petróleo importado; redução
podem causar inúmeros
Veicular - Sim das emissões de GEE; 8.600 kcal/m³
e graves problemas tanto
GNV redução da poluição local
ao meio ambiente quanto
(principalmente urbana).
à saúde.
Redução de custos ao
É um dos principais
gerar energia a partir de
poluentes do meio
recursos próprios; fonte de
Biogás Sim ambiente, contribuindo 5.000 kcal/m³
energia renovável; promove
diretamente para o
a criação de produtos como
aumento do efeito estufa.
fertilizantes.
Peso da bateria; autonomia;
tempo de carga; custo
de aquisição (apesar dos
Maior eficiência do motor; custos mais baixos de
funcionamento do motor com operação, os veículos
zero emissão de gases que elétricos apresentam em
intensificam o efeito estufa; contrapartida um custo
condução silenciosa; custos de aquisição normalmente
de utilização; travagem mais elevado, devido ao
Elétrico Não
regenerativa; condução fato de ser produzido em
//
facilitada; menos impostos pequenas séries); produção
e incentivos. Promoção de de eletricidade (dependendo
uma nova indústria – Indústria da forma como é
brasileira é seguidora na produzida a eletricidade,
eletrificação. pode haver emissões de
CO2 relacionadas com a
circulação dos veículos
eléctricos).
Emissões
Tipo de de Gases
Vantagens Desvantagens Poder calorífico
Combustível de Efeito
Estufa
Sugestões:
Espera-se que os estudantes analisem e preencham a tabela proposta. Em relação à eficiên-
cia energética, é importante retomar os conhecimentos anteriores; para isso, sugere-se inicialmente o
levantamento de conhecimentos prévios a partir das combustões comuns (entalpia de combustão) e
as já vivenciadas pelo estudante, porém não recomendamos o aprofundamento do tema, pois esses
conceitos serão aprofundados no próximo bimestre. Sugere-se, também, retomar o conceito e o cál-
culo de entalpia de combustão para os combustíveis propostos na tabela, quando couber.
Professor, é importante retomar o fato de que, em relação à eficiência energética da gasolina,
citamos o motor de ciclo Otto, que está sendo estudado em Física, no qual ocorrem perdas em todo
o processo, principalmente na forma de energia térmica.
Em relação à emissão de Gases Efeitos Estufa, é importante os estudantes relembrarem que a
emissão desses gases ocorre, principalmente, por meio da queima dos combustíveis fósseis. O dióxido
de carbono é um dos principais gases que intensificam o efeito estufa e provoca alterações climáticas.
Em relação aos biocombustíveis produzidos no Brasil, temos o etanol e o biodiesel, que também
emitem CO2, porém com algumas diferenças em relação à gasolina, como o menor volume de CO2
emitido pelo etanol, devido a seu teor de carbono menor; e as emissões de CO2 do etanol são com-
pensadas pela cana-de-açúcar que, ao se desenvolver no campo, absorve da atmosfera esse mesmo
dióxido de carbono emitido pelo escapamento do automóvel, pois o seu crescimento ocorre a partir do
processo de fotossíntese, que precisa do CO2 presente na atmosfera.
O gás natural veicular aparece como alternativa eficiente para diminuir a dependência do petróleo,
além de ser uma fonte menos hostil ao meio ambiente. A aplicação desse combustível pode reduzir até
65% da emissão de gases poluentes como o dióxido de carbono.
Em relação ao carro elétrico, mesmo não emitindo nenhum gás, ele tem uma pegada de carbono
alta. Ela começa em seu processo de produção; o das baterias é bastante poluente. O carro elétrico
não polui, mas sua energia é obtida a partir de um processo de produção que, em diversos países, é
dependente da queima de combustíveis fósseis.
Em relação ao carro híbrido, é importante que os estudantes compreendam que é um automóvel
com um motor de combustão interna e um motor elétrico que permite manter o motor de combustão
funcionando a baixas rotações, ou em certos momentos não funcionando, e, desse modo, reduzir o
consumo de combustível e a emissão de poluentes.
Professor, recomenda-se orientar os estudantes no preenchimento da tabela com foco nas van-
tagens e desvantagens em relação à sustentabilidade (eficiência energética, econômica, social e polí-
ticas públicas) de cada um dos combustíveis propostos.
Para realizar a atividade 3.2, recomenda-se a metodologia da “Sala de aula invertida”. Solicite ao
estudante que realize uma pesquisa, antes da aula, sobre questões socioambientais, políticas e eco-
nômicas relativas à dependência do mundo atual em relação aos recursos não renováveis e discuta a
necessidade de introdução de alternativas e novas tecnologias energéticas e de materiais, comparan-
do diferentes tipos de combustíveis. Oriente-os para preencherem a tabela e anotarem suas dúvidas e
observações a fim de serem socializadas na aula. Sugere-se iniciar a aula, instigando a explanação dos
estudantes e, à medida dos desdobramentos das ideias, dúvidas e observações, acrescentar questio-
namentos e conceitos que possibilitem o aprofundamento do que foi pesquisado. Avalie se a pesquisa
realizada pelos estudantes e as respostas inseridas na tabela atenderam aos objetivos da atividade,
além dos desdobramentos expositivos de cada estudante.
BIOLOGIA
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PARTE 1
Competências gerais:
1. Analisar fenômenos naturais e processos tecnológicos, com base nas interações e relações entre
matéria e energia, para propor ações individuais e coletivas que aperfeiçoem processos produti-
vos, minimizem impactos socioambientais e melhorem as condições de vida em âmbito local,
regional e global.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
(EM13CNT303) Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da
Natureza, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresentação dos dados, tanto na forma
de textos como em equações, gráficos e/ou tabelas, a consistência dos argumentos e a coerência das
conclusões, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informação.
Unidade temática: Matéria e Energia; Tecnologia e linguagem científica.
Objetos de conhecimento: Bioacumulação trófica; Descarte indevido de resíduos e seus efeitos nas
cadeias tróficas e nos organismos vivos.
Orientações gerais: Professor, o tema dessa situação de aprendizagem foi pensado na área (biologia,
física e química), visto que a habilidade é comum para os três componentes, que, nesse caso, será a
habilidade EM13CNT104. No Momento 1, a bioacumulação e alimentação humana, usando como
base um texto de divulgação científica (mais uma possibilidade de contemplar as habilidades
EM13CNT301 e EM13CNT303), serão abordados os conceitos de bioacumulação e contaminação e
as devidas contextualizações. No Momento 2, o enfoque será, ainda abordando bioacumulação e
contaminação, em defensivos agrícolas e a saúde coletiva, abordando os riscos e benefícios de sua
utilização; para isso, a proposta é compreender como são organizados os rótulos desses produtos. No
Momento 3, que encerra essa situação de aprendizagem, a proposta é trazer como pano de fundo
uma questão do ENEM, e discutir como essa temática pode ser abordada em provas externas, além
de trazer também uma proposta de discutir o que são distratores, com a intenção de enriquecer e dar
base para os estudantes se preparem para provas. Ainda no Momento 3, existe a sugestão da produção
de um material informativo, tendo em vista que deve ficar muito claro o público-alvo, para que a
linguagem e abordagem sejam as mais efetivas possíveis.
Ao longo de toda a SA, serão propostas atividades envolvendo metodologias ativas, lembrando que
elas precisam de uma atenção especial em seu planejamento para a obtenção dos melhores
resultados possíveis.
• Qual o título do texto? Ao ler o título, qual a ideia que podemos ter sobre o que será tratado
nessa investigação?
• No componente de Química, vocês estudaram metais pesados. De que forma os metais
pesados podem estar relacionados à pesquisa com peixes?
• A resposta pode variar de acordo com as percepções do estudante, mas é importante ele
perceber a possibilidade de contaminação por bioacumulação.
• É possível fazer uma previsão/relação entre metais pesados, peixes e saúde humana?
Após essa ativação inicial, anote em seu caderno suas considerações sobre as questões do
texto, que estabelecem hipóteses e previsões para essas respostas.
Anote as respostas em seu caderno pessoal; ao final, em uma roda de conversa promovida pelo
professor, responda: É possível relacionar a presença de metais pesados em peixes utilizados
para o consumo humano? Quais argumentos podem fundamentar essa resposta?
1.2 Com base na leitura da atividade anterior, existe diferença entre bioacumulação e contaminação?
Bioacumulação é o termo geral que descreve um processo pelo qual substâncias (ou compostos
químicos) são absorvidas pelos organismos. [...] Bioacumulação ocorre de um nível trófico para outro e
representa o aumento da concentração de uma substância nos tecidos ou órgãos de um ser vivo.
Fonte: Instituto de Oceanografia da USP. Disponível em: https://cutt.ly/cSD1RtT. Acesso em: 1º jul. 2021.
Professor, o objetivo inicial neste momento é fazer uma avaliação diagnóstica com os estudan-
tes a fim de levantar os conhecimentos prévios e consolidar conceitos importantes, revisitando a ativi-
dade do Caderno do estudante da 1 série, 3º bimestre, SA 1, Momento 3 – Interferência Humana nos
Ciclos Biogeoquímicos – fertilizantes e agrotóxicos (Atividades 3.5; 3.6; 3.7).
Defensivos agrícolas são produtos químicos, físicos ou biológicos usados no controle de seres
vivos considerados nocivos ao homem, suas criações e suas plantações. São também conhecidos
como agrotóxicos, pesticidas, herbicidas e praguicidas. Entre os defensivos agrícolas ou agrotóxicos
são encontrados produtos que controlam plantas invasoras (herbicidas), insetos (inseticidas), fungos
(fungicidas), bactérias (bactericidas), ácaros (acaricidas) e ratos (raticidas). Esses produtos são comu-
mente utilizados nas lavouras para evitar o ataque de pragas, parasitas, entre outros.
A falta de preparo e conhecimento por parte de quem aplica esses defensivos, além da falta de
fiscalização e maior controle de qualidade dos produtos agrícolas podem ser as possíveis causas para
que os índices de contaminação sejam muito altos.
Essas substâncias contaminam o ambiente e também os produtores das cadeias alimentares,
além de que, quando ingerimos alimentos de origem vegetal ou animal contaminados pelo uso de
agrotóxicos, estamos nos expondo à bioacumulação.
Imagem 1: Adaptada para o material./Imagens: Pngwing Fonte: INCA. Disponível em: https://cutt.ly/5ULZYjT.
Acesso em: 28 dez. 2021.
c) De que forma a posição trófica interfere no nível de toxicidade? Qual seria a posição trófica do
ser humano nesse sistema?
As cadeias alimentares ligadas a esses ambientes serão afetadas, podendo ocorrer a bioacu-
mulação de substâncias tóxicas ou nocivas aos seres vivos (Produtores, Consumidores e Decompo-
sitores) ao longo das cadeias e teias alimentares: quanto maior o nível trófico, a partir do produtor,
maior a acumulação.
Professor, sugira que os estudantes façam um esquema exemplificado.
2.3 Como as relações ecológicas podem auxiliar no controle de pragas e produção de alimentos?
Professor, resgatar relações ecológicas como predação, parasitismo e protocooperação.
A premissa básica do controle biológico é controlar as pragas agrícolas e os insetos transmisso-
res de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos benéficos,
predadores, parasitoides e microrganismos, como fungos, vírus e bactérias.
a) Em duplas pesquisem o uso de um tipo de controle biológico utilizado com eficácia na agricul-
tura ou no meio ambiente para o controle de pragas.
Professor, oriente os estudantes a pesquisarem um exemplo de controle biológico e socializarem
suas pesquisas com a turma na forma de apresentação de um vídeo ou infográfico.
Exemplos:
Besouro coprófago como controle biológico da mosca do chifre. Disponível em:
https://cutt.ly/7Uw1R8R. Acesso em: 20 dez. 2021.
Inimigos naturais das pragas de milho. Disponível em: https://cutt.ly/xUw0gpJ. Acesso em:
20 dez. 2021.
SAIBA MAIS
b) Ainda em duplas, esquematizem uma teia alimentar, identificando a função ecológica de cada ele-
mento dessa teia. Em seguida, pensando no uso de agrotóxicos numa área próxima a essa teia,
quais os impactos que podem causar nos organismos (Produtor, Consumidor, Decompositor)?
Professor, lembre aos estudantes que cada ser vivo tem uma função na teia alimentar e que
tanto os produtores como os consumidores e decompositores podem ser afetados pelo uso de
agrotóxicos. Além das cadeias e teias alimentares, outros processos importantes para a manuten-
ção da vida (reprodução dos vegetais) podem ser afetados/prejudicados, como a polinização, uma
vez que os agentes polinizadores, como insetos e outros animais (aves, roedores, mamíferos), tam-
bém podem ser contaminados.
SUGESTÃO – Se houver condições e tempo, faça uma leitura (ou escuta do podcast) comparti-
lhada com os estudantes do material sugerido abaixo para ilustrar ainda mais a discussão sobre os
impactos que os defensivos causam no ambiente, relacionando seus efeitos nas cadeias alimentares,
uma vez que interferem nos processos de polinização pelas abelhas, responsáveis por 75% da polini-
zação das angiospermas, o que interfere diretamente nas cadeias alimentares na natureza.
MOMENTO 3 – CONTEXTUALIZAÇÃO
Professor, a proposta desse momento é exemplificar como essa temática “Bioacumulação e
Contaminação” pode ser observada em provas externas.
Sugerimos que faça a leitura coletiva da questão, e, durante a análise das alternativas, é possível
conceituar para os estudantes o que são distratores: “não são apenas alternativas erradas, eles con-
têm respostas com os erros que mais costumam ser cometidos pelos [alunos] estudantes ou apresen-
tam sentido, mas não dentro da proposta da questão.” (Disponível em: https://cutt.ly/iUnlBMV.
Acesso em: 28 dez. 2021). Será uma discussão importante para a compreensão da construção das
questões das avaliações externas.
3.1 Caiu no ENEM – Questão 63 – Disponível em: https://cutt.ly/WUogmjX. Acesso em: 22 dez. 2021.
A figura representa uma cadeia alimentar em uma lagoa. As setas indicam o sentido do fluxo de
energia entre os componentes dos níveis tróficos.
Sabendo-se que o mercúrio se acumula nos tecidos vivos, que componente dessa cadeia ali-
mentar apresentará maior teor de mercúrio no organismo se nessa lagoa ocorrer um derramamento
desse metal?
(A) As aves, pois são os predadores do topo dessa cadeia e acumulam mercúrio incorporado
pelos componentes dos demais elos.
(B) Os caramujos, pois se alimentam das raízes das plantas, que acumulam maior quantidade
de metal.
(C) Os grandes peixes, pois acumulam o mercúrio presente nas plantas e nos peixes pequenos.
(D) Os pequenos peixes, pois acumulam maior quantidade de mercúrio, já que se alimentam das
plantas contaminadas.
(E) As plantas aquáticas, pois absorvem grande quantidade de mercúrio da água através de suas
raízes e folhas.
Resposta: (A). As aves acumulam o mercúrio encontrado nos outros níveis tróficos, pois ocupam
o nível mais elevado dessa cadeia alimentar.
Texto elaborado pelos autores. Adaptado de “Exposição de mercúrio pelo consumo de peixes em comunidades
tradicionais da Amazônia do Norte do Brasil”. Disponível em: https://www.mdpi.com/1660-4601/17/15/5269/htm.
Acesso em: 28 dez. 2021.
Após a leitura e discussão do texto, elabore um material informativo (podcast, folder, post em
redes sociais) para a população local, explicando como a mineração pode impactar toda uma cadeia
alimentar e, a partir disso, indique instruções sobre atitudes que cada pessoa pode tomar para preven-
ção de possíveis danos à saúde.
Professor, é possível fazer uma leitura coletiva; depois disso, organize a turma em grupos, e após
o entendimento de que a contaminação por mercúrio impacta na bioacumulação nos tecidos dos or-
ganismos e, consequentemente, chega até a “mesa” da população, solicite que produzam um material
com caráter informativo, usando vocabulário apropriado para que haja entendimento do público-alvo,
a população ribeirinha.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO AMBIENTAL – PARTE 2
Competências gerais:
2. Analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da Vida, da Terra e do Cosmos para elaborar
argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Univer-
so, e fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis.
3. Investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e
suas implicações no mundo, utilizando procedimentos e linguagens próprios das Ciências da
Natureza, para propor soluções que considerem demandas locais, regionais e/ou globais, e co-
municar suas descobertas e conclusões a públicos variados, em diversos contextos e por meio
de diferentes mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
Habilidades:
Professor, propomos a leitura do trecho a seguir com os estudantes e, em seguida, inicie as orien-
tações para a atividade:
Com o intuito de preservar ambientes do patrimônio natural e cultural do Brasil, foi criada, no ano 2000,
a Lei Nacional N° 9.985. Conforme essa lei, a União, os estados e os municípios podem criar novas
Unidades de Conservação (UC). No Brasil, essas unidades são definidas como áreas que possuem
características naturais relevantes e cujo ecossistema necessita de proteção e conservação.
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Unidades de conservação brasileiras. Brasil Escola. Disponível em:
https://cutt.ly/BUsWZ3w. Acesso em: 23 dez. 2021.
Sugerimos o modelo sala de aula invertida para o desenvolvimento dessa atividade. Em uma
aula, peça aos estudantes que assistam, em casa, ao vídeo: Qual a diferença entre Preservação e
Conservação? O vídeo pode ser substituído por uma pesquisa abordando a diferença entre esses
dois termos. Depois disso, deverão elaborar um mapa mental comparando os conceitos de Conserva-
ção e Preservação para a aula seguinte (em sala de aula), a fim de subsidiá-los durante uma discussão
(roda de conversa), junto com as demais pesquisas propostas na atividade.
a) Após assistir ao vídeo, monte um mapa mental em seu caderno comparando os conceitos
abordados.
b) Atualmente o Brasil possui 728 Unidades de Conservação, sendo que existem diferentes tipos
de unidades. Como podem ser classificadas as Unidades de Conservação?
Professor, sugerimos que monte uma ficha de avaliação para auxiliá-lo no processo de avalia-
ção dos materiais produzidos pelos grupos. Além da diferença entre preservar e conservar, é importan-
te que os estudantes compreendam que o simples ato de decretar reservas não tem sido capaz de
evitar o desmatamento nem a exploração ilegal de recursos, pois não há uma estrutura de fiscalização
e gestão capaz de administrar e preservar as áreas públicas. Essa questão pode entrar como tópico
na ficha de avaliação, juntamente com os três a serem abordados na reportagem.
A apresentação pode ser diversificada, utilizando recursos focados em desenvolver a oralidade,
como apresentação oral expositiva ou podcast, dando aos estudantes a oportunidade de aplicar seus
talentos e desenvolver habilidades voltadas ao mundo do trabalho e seu projeto de vida.
Saber se expressar em público é uma habilidade que promove credibilidade e autoconfiança e
atividades com esse foco podem auxiliar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais. A esco-
la é um ótimo espaço para desenvolver esta habilidade. Por isso, algumas técnicas podem ser pratica-
das na atividade proposta ajudando no desenvolvimento dos estudantes. Segue uma sugestão:
Uma das problemáticas enfrentadas pelas Unidades de Conservação (UC) são os atropelamen-
tos. Grande parte das UC é cortada ou limitada por estradas, fator agravante e que preocupa os
administradores.
b) Durante a apresentação dos demais grupos, todos os integrantes de seu grupo devem anotar
os pontos de destaque para, em seguida, organizarem as informações em um mapa mental.
c) Cada grupo escreverá uma Carta de Solicitação à uma Instituição, argumentando sobre a
importância do monitoramento ambiental na preservação das espécies de uma área (fictícia ou
não) que está sofrendo com queimadas e/ou desmatamento e cujas espécies encontram-se
em risco. Quais dados vocês considerariam importantes para serem observados e levanta-
dos? Não se esqueçam de sugerir estratégias para essas ações.
Professor, essa é uma atividade avaliativa, pois os estudantes colocarão em prática os conceitos
abordados durante os seminários. Eles deverão solicitar uma coleta de dados sobre a área (biodiversi-
dade, fragmentação de hábitat, diminuição da vegetação) pensando nela como um ecossistema e to-
dos os elementos que o compõem. Espera- se que eles ressaltem a importância de um estudo e
acompanhamento sistemático dessa área. Eles podem partir de um ecossistema fictício ou real. Os
estudantes devem sugerir meios de coletar, observar e monitorar os dados, como uso de tecnologia
(câmeras, satélites, drones), além da observação In loco.
SAIBA MAIS
CAIU NO ENEM
Questão 95 - Disponível em: https://cutt.ly/yUn6krv. Acesso em: 28 dez. 2021.
A fragmentação dos hábitats é caracterizada pela formação de ilhas da paisagem original, circun-
dadas por áreas transformadas. Esse tipo de interferência no ambiente ameaça a biodiversidade. Ima-
gine que uma população de onças foi isolada em uma mata pequena. Elas se extinguiram mesmo sem
terem sido abatidas. Diversos componentes da ilha de hábitat, como o tamanho, a heterogeneidade, o
seu entorno, a sua conectividade e o efeito de borda são determinantes para a persistência ou não das
espécies originais. Uma medida que auxilia na conservação da biodiversidade nas ilhas mencionadas
no texto compreende a:
A) formação de micro-hábitats.
B) ampliação do efeito de borda.
C) construção de corredores ecológicos.
D) promoção da sucessão ecológica.
E) introdução de novas espécies de animais e vegetais.
A gestão de controle ambiental pode ser de âmbito federal, estadual ou municipal. Existem algumas
leis, decretos, portarias e instruções que normatizam, legalizam e dão diretrizes às atividades que
causam impacto ambiental e necessitam de um monitoramento periódico.
No âmbito federal, a Lei nº 11.460, de 21 de março de 2007, em seu Art. 1º, determina que Ficam
vedados a pesquisa e o cultivo de organismos geneticamente modificados nas terras indígenas e
áreas de unidades de conservação, exceto nas Áreas de Proteção Ambiental.
Professor, se possível, logo após a leitura, projete o vídeo do SAIBA MAIS Como são regula-
mentados os OGM? Ele aborda o conceito de biossegurança com olhar técnico e legislativo que
complementa a proposta desta atividade.
A biossegurança se dedica ao estudo e à tomada de medidas para a prevenção de possíveis
efeitos adversos provocados pela biotecnologia. Seguir as normas de biossegurança promove preser-
vação do meio ambiente, por meio da redução dos riscos de exposição. A presença de OGM (Orga-
nismos Geneticamente Modificados) no meio ambiente pode ocasionar transferência de genes para
espécies selvagens, desenvolvimento de resistência a pesticidas e surgimento de superpragas, além
de causar danos às espécies nas proximidades das lavouras.
SAIBA MAIS
É importante que os estudantes entendam que um transgênico é um OGM, porém nem todo
OGM é transgênico. O esquema acima pode ajudar a elucidar a diferença. Contudo, como essas
diferenças ocorrem em nível molecular, é preciso retomar alguns conceitos básicos de genética, os
quais permitirão aos estudantes compreenderem melhor a problemática envolvendo a diminuição da
variabilidade genética.
Sugestão:
Reflexões a partir do diálogo entre um professor do Ensino Médio e uma especialista em bioquímica
e biotecnologia. Disponível em: https://cutt.ly/SUTTxNZ. Acesso em: 30 dez. 2021.
2.1 Observe a estrutura e a constituição das moléculas de ácidos nucleicos. Quais componentes são
objeto de estudo quando falamos em OGM?
Professor, essa é uma atividade para retomada de conceitos; espera-se que os estudantes asso-
ciem o termo GENETICAMENTE a genes, DNA ou bases nitrogenadas. Sugerimos que faça a leitura da
imagem com os estudantes, para que seja possível identificar lacunas de aprendizagens, reativar co-
nhecimentos prévios e auxiliá-los no processo de associação de informações.
a) Com base em seus conhecimentos, faça um infográfico sobre DNA; se necessário, consulte
a SA 4 da 1ª série, 4ºbimestre. Seguem também duas indicações no SAIBA MAIS que podem
ser utilizadas para apoiar na organização dos conceitos que serão estudados.
Professor, essa é uma atividade para promover mobilização de conhecimentos prévios, po-
dendo também ser adaptada para uma recuperação contínua. Espera-se que os estudantes con-
sigam sintetizar os principais conceitos a respeito da estrutura e constituição do DNA. Nos anos
finais, ao trabalhar as habilidades EF09CI08 e EF09CI09, também foram abordados conceitos
básicos acerca do DNA.
Nesse momento, é importante rever conceitos, como DNA, genes e variabilidade genética
(mutações). Solicite que incorporem no infográfico essas palavras e conceitos.
SAIBA MAIS
2.2 Você já deve ter ouvido falar em transgênicos, engenharia genética e organismos geneticamente
modificados (OGM).
a) Assista ao vídeo abaixo e faça um glossário em seu caderno, envolvendo esses conceitos e
outros que julgar necessário.
Os termos que serão inseridos no glossário são individuais, pois cada estudante apresenta seu
próprio repertório. Atente-se aos termos que aparecem com maior frequência, pois podem ser um
norteador para recuperação contínua.
Cultivo 1
Cultivo 2
Cultivo 3
Professor, o esquema representa uma seleção artificial, as características estão mais bem explo-
radas na resposta da questão “c”.
C) Com o auxílio de um glossário e suas anotações, redija um texto explicando o que aconteceu
ao longo de cada cultivo I, II e III.
Variabilidade genética: termo científico que mede a variedade de alelos (diferentes versões de
um mesmo gene) que uma espécie apresenta. No caso da imagem, são as diferentes cores e tamanhos.
Seleção artificial: termo científico referente aos processos de cruzamentos seletivos, conduzi-
dos pelo ser humano com o objetivo de selecionar características, genotípicas e fenotípicas, a fim de
obter novas populações de organismos com um fim específico. No caso da imagem, os vegetais que
produziram mais morangos, morangos vermelhos e maiores.
Alelos: os genes alelos são formas alternativas de um mesmo gene. Estão localizados no mesmo
lugar (lócus) nos cromossomos homólogos. O gene é responsável por armazenar e reproduzir os da-
dos genéticos de um indivíduo. No caso da imagem, alelos diferentes podem resultar em uma carac-
terística fenotípica diferente, como a pigmentação (cor) ou o tamanho.
Recombinação (ou recombinação gênica): é a troca aleatória de genes (material genético) entre
duas moléculas de DNA durante a meiose, contribuindo para a variabilidade genética. No caso da
imagem, há uma diminuição da variabilidade genética, pois o cruzamento se dá entre indivíduos com
alelos similares.
Erosão genética: termo científico para a diminuição da diversidade genética em uma população,
que leva a uma diminuição do patrimônio genético e aumenta o risco de extinção. No caso da imagem,
pode-se associar à diminuição da produção agrícola em decorrência do aumento da suscetibilidade
das plantas a pragas e doenças.
S- Quais Sugestões você daria para melhorar a situação de Dona Maria e Sr. Paulo?
L- O que é necessário Ler e conhecer para se posicionar com mais efetividade?
SAIBA MAIS
SITUAÇÃO 1): Maria, dona de uma conhecida franquia de restaurantes da cidade, sempre busca
os melhores preços dos produtos no supermercado para manter a qualidade e o preço acessível
de sua comida. Na semana passada, encontrou uma marca nova de óleo de soja com um preço
bem melhor que os demais, com isso, comprou uma caixa inteira do produto. Entretanto, não
percebeu que, na embalagem, havia um triângulo amarelo com a letra T no centro.
SITUAÇÃO 2): Paulo é um conhecido fazendeiro da região, obtém seus rendimentos a partir da
comercialização de grãos anualmente, na qual intercala a produção entre milho e soja durante as
diferentes épocas de colheita. Paulo sempre investe um bom dinheiro na compra de herbicidas/
defensivos agrícolas para conter o ataque de pragas à plantação, o que, na maioria das vezes, reduz
a produção dos grãos. Neste ano, recebeu algumas sementes de uma grande empresa que modificou
as sementes em laboratório, e, segundo esta mesma empresa, essas sementes oferecem maior
produtividade mantendo o mesmo espaço de plantio e é mais resistente às pragas. Com a promessa
de melhorar a produtividade e reduzir os gastos com defensivos agrícolas, Paulo aceitou plantar
sementes modificadas. Entretanto, o que o agricultor não sabe é que plantou sementes transgênicas.
Professor, como pontos positivos, podem-se destacar sementes resistentes com maior qualida-
de nutritiva; melhor produtividade; importante os estudantes associarem os transgênicos com a biodi-
versidade, uma vez que os “organismos naturais” contêm genes que foram há muitos anos seleciona-
dos naturalmente e, ao deixá-los resistentes a algumas pragas, podem tornar- se superpragas,
aumentando assim o uso de agrotóxicos, sem contar a perda da biodiversidade e os riscos à saúde,
como alergias. Transgênicos interferem diretamente na perda da biodiversidade.
Professor, é importante que fique claro que não existe uma resposta pontual, visto que a propos-
ta da metodologia é proporcionar momentos de reflexão pelos estudantes.
3. Etapa de estudos individuais: cada estudante deverá se apropriar do conteúdo. Ou seja, além
da leitura, é importante que ele entenda do que se trata, estimule pesquisas e a construção
de um glossário. Essa etapa pode ser realizada em casa.
4. Grupo de especialistas: após a etapa de estudos individuais, os estudantes dos diferentes
grupos, responsáveis pelo mesmo conteúdo, se juntarão (grupo de especialistas) para com-
partilhar o que pesquisaram e entenderam.
5. Compartilhamento com o grupo original: os estudantes retornam aos grupos originais e ensi-
nam o conteúdo que estava sob sua responsabilidade aos demais.
a) Com seu caderno pessoal, para anotar os pontos mais relevantes, assista ao vídeo a seguir:
c) Como atividade de finalização contextualizando o vídeo Esculpindo a vida com a Lei de Bios-
segurança, cada grupo deverá responder em uma folha a parte aos seguintes questionamentos:
• Quais os riscos de extinguirmos uma espécie inteira propositalmente? Quais aspectos da Lei
11.105/05 foram considerados em sua resposta?
• Quais as diferenças, em grau de risco, de modificarmos geneticamente alguns indivíduos e
uma espécie inteira? Quais aspectos da Lei 11.105/05 foram considerados em sua resposta?
• Qual a importância da existência de uma legislação e agências reguladoras das atividades
envolvendo OGM?
SAIBA MAIS
DEPENDE DE NÓS: A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2020 como o
Ano Internacional da Saúde das Plantas, reconhecendo assim a importância desses
seres vivos na preservação do planeta. Disponível em: https://cutt.ly/JUTT0KW.
Acesso em: 30 dez. 2021.
A energia eólica é a segunda mais utilizada no Brasil, perdendo apenas para a energia hidrelétrica.
Seu aumento tem se intensificado a cada dia, sendo que houve um crescimento de 15,5% de energia
gerada em 2019 em relação a 2018. Atualmente, tem sido utilizada de forma complementar à energia
gerada nas hidrelétricas.
Existem dois tipos de parques eólicos: “onshore” e “offshore”. Os “onshore” se localizam em ter-
ra, geralmente situados em regiões próximas ao mar ou interiores. Já os “offshore” se localizam no mar.
Apesar de o Brasil possuir uma costa litorânea imensa, há somente estudos para instalações de par-
ques eólicos “offshore”, não existindo ainda nenhum efetivamente instalado.
No quesito sustentabilidade, a energia eólica possui inúmeras vantagens, visto que ela não libera
gases tóxicos em sua produção e não gera resíduos. Contudo, o objetivo nesse momento é levantar
as desvantagens, explicitando que ela não é totalmente inofensiva à natureza.
Professor, após uma leitura compartilhada no trecho do box, inicie uma conversa com os estu-
dantes acerca da temática. Depois disso, solicite que respondam às questões com o apoio do material
disponível no box SAIBA MAIS.
a) Gerar energia limpa e renovável mediante a força dos ventos é uma importante estratégia para
que o Brasil cumpra suas metas de desenvolvimento sustentável, e é necessário estimular
essa geração. Contudo, ela não é totalmente inofensiva à natureza. Quais os principais impac-
tos à fauna e flora?
Há impactos sobre a fauna, principalmente morcegos e aves. Eles se chocam contra as pás das
hélices e morrem. Além disso, a emissão de ruído pelas hélices das torres causa interferência nas rotas
de aves. Em relação à flora, a diminuição dos agentes polinizadores (principalmente morcegos) e a
modificação da paisagem natural (remoção/destruição) resultam na redução da vegetação nativa, faci-
litando o acesso de pessoas a regiões (o que antes não ocorria).
Professor, o objetivo é que os estudantes percebam os efeitos da ação humana e das políticas
ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta. O link da reportagem completa “O pouco
conhecido impacto negativo da energia eólica no Nordeste” está disponível no SAIBA MAIS. Se for
possível, você pode realizar a leitura compartilhada com a sala, retomando e relacionando habilidades
e conceitos acerca de sustentabilidade e matriz energética abordados anteriormente (EM13CNT106).
APA (Área de Proteção Ambiental) é uma categoria de Unidade de Conservação Federal. Essas
áreas pertencem ao grupo de UC de uso sustentável, em geral extensa, com certo grau de
ocupação humana, com atributos bióticos, abióticos, estéticos ou culturais importantes para a
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Têm como objetivo proteger a
diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso do
patrimônio natural (recursos naturais), sendo necessário um plano de manejo. Cabe ao Instituto
Chico Mendes (ICMBio) estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público. Elas
podem ser federais, estaduais ou municipais.
APP (Área de Preservação Permanente) são áreas em que a vegetação deve ser preservada
(mantida intacta); é possível que, dentro da APA, dependendo das condições geográficas do
terreno, existam várias APP, que são definidas pelas condições geográficas do terreno, tais como
faixa marginal dos rios, topo dos morros, proximidade das nascentes, terrenos acima de 1.800m.
A obrigação de preservar APP é do proprietário do terreno, que inclusive deve recompor a vegetação
original delas, caso tenham ocorrido alterações. Uma APP pode estar presente em terrenos privados
e públicos, na zona rural e na zona urbana. A Lei dos Crimes Ambientais define como crime a
utilização das APP sem autorização dos órgãos ambientais. Adaptado para o material. Fonte:
ICMBio https://cutt.ly/pUKDxdo
SAIBA MAIS
3.2 Com os conhecimentos adquiridos sobre os impactos da implantação de uma usina eólica, e
quais as políticas públicas existentes para manutenção e preservação de áreas, elabore um texto
demonstrando a importância da população ter acesso a essas informações para que possa par-
ticipar de forma ativa e garantir que haja a melhor tomada de decisão.
Professor, a proposta é que os estudantes compreendam que existe uma eletrodependência muito
grande, e que aos poucos a demanda por energias limpas e renováveis será ainda maior, por isso conhe-
cer e demarcar áreas (com olhar ambiental) é fundamental para que os impactos sejam menores, mais
previsíveis e controlados, principalmente no que se trata da manutenção da biodiversidade.
Professor, esse momento tem como objetivo principal uma proposta de intervenção social: aná-
lise de políticas públicas em relação aos elementos que compõem o desenvolvimento sustentável sob
a ótica da química, física e biologia. Sugerimos que converse com os professores da área de Ciências
da Natureza e suas Tecnologias para alinhar possibilidades pedagógicas. Inicie um levantamento de
conhecimentos prévios com os estudantes em relação às políticas públicas na área ambiental.
Linha histórica:
Professor, esse momento possui como objetivo instigar os estudantes a compreenderem o que é
uma política ambiental e discutir quais aspectos da ação humana podem auxiliar na garantia da sus-
tentabilidade do planeta. Para isso, sugerimos que utilize a metodologia de sala de aula invertida,
que consiste no estudante estudar os conteúdos previamente e, durante a aula, esclarecerem as dú-
vidas e realizarem atividades.
Nova Escola. Disponível em: https://cutt.ly/YULCb8m. Acesso em: 28 nov. 2021. Adaptado.
Sugerimos que forneça o material de estudo citado no box SAIBA MAIS e oriente os estudantes
a analisarem os marcos históricos da política ambiental no Brasil, assim como os aspectos qualitativos
presentes nos principais marcos históricos brasileiros. Instigue a autonomia do estudante em pesqui-
sar em outras fontes informações sobre a temática. No dia da aula, inicie uma exposição dialogada
com as seguintes questões:
Anote na lousa as principais contribuições dos estudantes e instigue-os a formular uma frase
geral para essa questão. Sugestão: A política consiste em normativas que estipulem ações coletivas
públicas e de iniciativa privada com vistas a garantir o desenvolvimento sustentável do planeta.
Os marcos variam de acordo com a pesquisa de cada estudante; é importante que oportunize a
fala de todos e, ao final, oriente a construção de uma linha do tempo com, no mínimo, cinco momentos
diferentes, como, por exemplo:
1930 a 1960 – Não há uma instituição principal para a política ambiental.
1960 – Início da discussão em torno da poluição industrial.
1972 Conferência de Estocolmo (Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano).
1990 – Rio 92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNU-
MAD). Acordos ambientais que refletem sua influência até a atualidade.
2012 – O marco principal foi a realização da Conferência Rio+20 (Conferência das Nações Unidas
sobre Desenvolvimento Sustentável – CNUDS.
c) O que caracteriza a política ambiental de uma empresa? Quais empresas pesquisadas apre-
sentam políticas que vão ao encontro das premissas da sustentabilidade?
Sugestão de respostas: investimento em reciclagem; ações que usam energia limpa; consumo
consciente de recursos naturais; entre outros. Após as discussões, oriente os estudantes a citarem
quais políticas de empresas que pesquisaram no momento inicial da aula invertida. Vá anotando as
citações dos estudantes na lousa, e, ao final, peça para que transcrevam as conclusões das discus-
sões nos cadernos pessoais, listando principalmente os papéis do governo (público), das empresas e
dos cidadãos no compromisso com as políticas ambientais para a sustentabilidade.
Professor, esta atividade procura ativar os conhecimentos dos estudantes visto que é um termo
recente e circula em redes sociais; apesar disso, relembre os elementos importantes para acessar infor-
mações confiáveis. Após a pesquisa, solicite que os estudantes compartilhem o resultado encontrado.
De forma geral, Greenwashing é o termo utilizado para denominar políticas e ações falsas sobre
o desenvolvimento sustentável. Devido à urgente necessidade de estabelecer ações que protejam o
meio ambiente, algumas instituições, sejam públicas, privadas e até ONGs (Organizações Não
Governamentais), utilizam a comunicação social como forma de promover a ideia de sustentabilidade,
porém, não a executam.
Um guia para o consumidor não se deixar enganar pelas práticas de Greenwashing das em-
presas: Disponível em: https://idec.org.br/greenwashing. Acesso em: 28 nov. de 2021.
Professor, oriente os estudantes para que essa atividade seja realizada com atenção aos rótulos,
etiquetas, folders, entre outros instrumentos de comunicação social que representem o compromisso
com a sustentabilidade. Em seguida, sugerimos uma leitura compartilhada com os estudantes da
matéria do Instituto de Defesa do Consumidor e, a partir disso, em agrupamentos produtivos, orien-
te-os a dar o “parecer” sobre os rótulos pesquisados.
a) Diante do que estudamos até o momento, discuta com os colegas os dados incipientes do
Brasil em relação à reciclagem. Leia a matéria abaixo:
Por que o Brasil ainda recicla tão pouco (e produz tanto lixo)? Disponível em:
https://cutt.ly/nUHZ8VX. Acesso em: 30 nov. 2021.
Nesse momento, sugerimos que forneça o material de leitura para os estudantes lerem em casa
(modelo de aula invertida) e, durante a aula, tragam questionamentos quanto aos elementos presen-
tes nos textos.
Professor, caso necessário, forneça dados da sua cidade em relação às políticas ambientais e
oriente os estudantes na construção dialética do conhecimento.
b) Por que, mesmo sabendo da importância do desenvolvimento sustentável, temos altos índices
de pessoas que não reciclam (nem mesmo separam os resíduos)?
A principal justificativa refere-se ao fato de que ainda faltam políticas públicas de gestão de resí-
duos sólidos. Ainda não existe um grande número de prefeituras que fazem a coleta específica; além
disso, ainda há falhas na sensibilização das pessoas em relação à separação e diminuição de produ-
ção de resíduos.
c) É só uma questão de (ou falta de) conhecimento? Investigue, no seu entorno, situações em
que não ocorre o compromisso com a sustentabilidade. Exemplo: separação correta dos resí-
duos nos condomínios, nos shoppings, adoção em massa de copos descartáveis nas empre-
sas, uso de embalagens de isopor para entregas de alimentos, entre outros.
Professor, essa atividade pode ser realizada coletivamente dentro ou fora do espaço da escola.
Você pode criar um mural digital em que os estudantes possam ir adicionando registros de suas investi-
gações. Na aula seguinte, tais registros podem servir de embasamento para as propostas em torno de:
Ao final da atividade, os estudantes podem, coletivamente, elaborar uma lista de ações para
mitigar os problemas encontrados na investigação. O painel digital (ou físico) pode ser disponibi-
lizado a toda a comunidade escolar como estratégia de intervenção social.
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS AOS RECURSOS
NÃO RENOVÁVEIS
Competências gerais:
Habilidades:
Orientações gerais: Professor, o tema dessa situação de aprendizagem foi pensado na área (biologia,
física e química), visto que a habilidade é comum para os três componentes, que, nesse caso, será a
habilidade EM13CNT309. No Momento 1, os combustíveis fósseis como o “motor” do mundo, a
abordagem é feita a partir da análise de um vídeo, seguido da sistematização de todos os conceitos
com o uso de um infográfico, por intermédio do qual os estudantes têm a possibilidade de analisar a
dependência dos combustíveis fósseis por meio de uma visão histórica. No Momento 2, o foco é
voltado para os hábitos de consumo, e a partir da sensibilização sobre a temática, os estudantes
podem, a partir de reflexões pertinentes e contextualizadas com os ODS, traçar metas e repensar
hábitos. Ainda no Momento 2, fica evidente o desenvolvimento de competências socioemocionais, que
podem ser largamente exploradas. O Momento 3 é a proposta final, e traz uma ação “mão na massa”
a partir da metodologia Aprendizagem Baseada em Projetos, em que a intencionalidade é que os
estudantes elaborem um projeto de uma cidade com uma malha energética com menor impacto
ambiental. Nesse momento, o estudante poderá compilar todos os conhecimentos obtidos no seu
percurso. Durante a situação de aprendizagem, as habilidades EM13CNT301 e EM13CNT303 podem
ser desenvolvidas, ao explorar a linguagem científica e a tecnologia nas atividades.
Professor, espera-se que as respostas aumentem o nível de aprendizado de cada estudante, bem
como a interpretação de informações audiovisuais.
O Programa de Eficiência Energética – PEE é um programa, regido por Leis Federais, que
obriga todas as Concessionárias de Energia Elétrica a destinar 0,5% do seu faturamento anual para
financiar projetos de eficiência energética.
Objetivos:
• Maximizar os benefícios públicos da energia economizada e da demanda evitada;
• Promover a transformação do mercado de eficiência energética;
• Estimular o desenvolvimento de novas tecnologias;
• Criação de hábitos e práticas racionais de uso da energia elétrica.
Adaptado para o material. Fonte: SENAI. Disponível em: https://cutt.ly/qUKC4ri. Acesso em: 04 jan. 2022.
a) ODS 7 propõe garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.
A meta é alcançar os objetivos até 2030. Pesquise quais estratégias são necessárias para
cumprir as metas da ONU Brasil.
Você pode acessar as metas do Brasil acerca do ODS 7 na página do IPEA – Instituto de
Pesquisa e Economia Aplicada. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/ods/ods7.html.
Acesso em : 04 jan. 2022.
Professor, para essa etapa, você pode inserir discussões que relacionem a biotecnologia na pro-
dução de combustíveis alternativos para a produção de energia. Alguns materiais de apoio estão dis-
poníveis no box SAIBA MAIS. Para essa temática é importante também discutir os aspectos CTSA que
se relacionam com os investimentos em biotecnologia.
SAIBA MAIS
Esse momento tem como objetivo trabalhar conteúdos atitudinais frente à temática da política
ambiental. Promova um debate com os estudantes levantando as “justificativas” para a não adoção
de hábitos, produtos mais sustentáveis.
Espera-se que surjam discussões quanto à facilidade de pegar “um copo descartável” em vez de
“trazer a caneca” todos os dias (necessidade de lavar) etc.
Caso não surjam organicamente, focando na redução de plásticos, levante itens facilmente subs-
tituíveis, como sacolas plásticas, canudos plásticos, absorventes e fraldas descartáveis, cotonetes e
escovas de dente plásticas. Em seguida, peça que os estudantes sugiram alternativas mais sustentá-
veis para cada um deles, como:
1- Bolsa reutilizável;
2- Saquinhos hortifrúti;
3- Canudos de vidro, inox ou bambu;
4- Coletor menstrual e absorventes de pano;
5- Cotonetes e escova de bambu;
6- Loja de roupas consciente.
Professor, ao longo do debate, estimule que os estudantes façam anotações sobre os pontos
com os quais concordam e dos quais discordam apresentados pelos colegas. Quanto maior a quanti-
dade de argumentos, maior a oportunidade de reflexão e maior o engajamento. Para que eles se sin-
tam mais à vontade para falar, comece a discussão expondo seu ponto de vista.
Depois disso, incentive os estudantes a avaliarem todos os argumentos, para que considerem se
realmente permanecerão com a mesma opinião. O principal objetivo do debate é ampliar horizontes,
por meio da troca de argumentos e reflexão acerca de um assunto. Ouvir e compreender o argumento
do outro, desde que esse esteja bem embasado, pode fazer com que assumam uma nova postura
frente a determinado assunto.
Professor, após o debate, organize a sala em duplas e peça aos estudantes que redijam um texto
argumentativo sobre as tecnologias alternativas aos recursos não renováveis serem a solução para a
dependência desses recursos.
SAIBA MAIS
Até aqui foi possível avaliar a problemática do uso em larga escala do plástico. Porém, a problemática
pode ser ainda mais impactante quando analisamos os efeitos do microplástico na saúde individual
e coletiva.
Agora é com você, estudante, liste objetos e bens de consumo que fazem parte do seu dia a dia,
que contêm plástico (e outros subprodutos do petróleo) em sua composição e poderiam ser substitu-
ídos, tanto o objeto/bem ou o material utilizado para confecção. A proposta é que sejam sugeridas
ações possíveis de serem executadas, visto que, nesse momento, a tomada de decisão é individual.
Socialize com os colegas suas sugestões.
Professor, é importante que fique claro que a fala comum “se todos fizerem seu papel, a situação
pode melhorar” é rasa e envolve questões delicadas, porém aqui a ideia é que os estudantes busquem
alternativas viáveis, rentáveis e acessíveis.
Exemplos que poderão aparecer na discussão:
• Produtos de higiene pessoal que não levam parabenos (xampus, sabonetes, desodorantes).
Observação: é possível e acessível produzir desodorantes naturais.
• Substituir plástico filme para embalar alimentos por panos de cera. Observação: os panos de
cera são fáceis de serem confeccionados e baratos.
• Não comprar frutas, verduras e legumes embalados em bandejas de isopor e plástico filme.
Observação: todos esses produtos utilizam derivados do petróleo em sua composição.
• Priorizar a compra de produtos que utilizam refil, pois a embalagem normalmente é mais fina,
menos resistente e leva menos plástico.
• Sempre que possível fazer os percursos a pé ou utilizando meios de transporte mais ecológicos,
como bicicletas, skate ou patinetes.
Estudante, é possível que você já tenha discutido sobre o conceito dos “R” (erres), dentre eles
existe o Recusar, que vai totalmente ao encontro das discussões que essa situação de aprendizagem
tem abordado. Em uma roda de conversa, organizada pelo professor, responda:
Professor, nesse momento é importante que os estudantes repensem desde coisas aparente-
mente “simples”, como troca constante de equipamentos eletrônicos, como coisas que normalmente
não aparentam ser desperdício do patrimônio natural, por exemplo: o alimento que colocamos no
prato é o suficiente e não haverá sobra.
c) Agora é o momento de organizar seus objetivos e metas. Construa o seu plano de consumo
sustentável.
Objetivo compreende aquilo que você deseja alcançar. Meta é o tempo estipulado e meios que
serão utilizados para atingir este objetivo.
Para auxiliar os estudantes, sugerimos que apresente a ferramenta 5W2H, em que se mapeiam
as metas para tirar um objetivo do papel. Por meio de 7 perguntas/diretrizes, é possível definir as metas
a serem alcançadas, os custos, os responsáveis por cada etapa, entre diversos outros pontos.
A sigla 5W2H diz respeito à inicial em inglês das 7 perguntas/diretrizes que devem ser respondi-
das/definidas pelo responsável pelo plano de ação. São elas:
5 W:
What – o que será feito?
Why – por que será feito?
Where – onde será feito?
When – quando?
Who – por quem será feito?
2H
How – como será feito?
How much – quanto vai custar (ou economizar)?
Professor, essa é mais uma atividade que pode auxiliar o desenvolvimento de competências so-
cioemocionais, em especial às associadas à macrocompetência Autogestão. Dialogue com os estu-
dantes, mostrando que a partir do momento que alguém se propõe a responder e definir cada uma
destas diretrizes, conseguirá determinar com assertividade as metas que precisa cumprir para alcan-
çar os objetivos com mais facilidade.
SAIBA MAIS
Proposta de mão na massa: Ao final dessa atividade, sugerimos propor uma atividade que
engloba a metodologia ativa com foco na Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), visando solucio-
nar problemas da vida real. Nesse momento, sugerimos que trabalhe com os estudantes os conceitos
e a análise de impactos na construção de uma malha energética que atenda a cidade de forma mais
sustentável possível. É importante comparar os pontos positivos e negativos de cada
usina e propor um projeto que ofereça o menor impacto ambiental possível. Como ma-
terial de apoio, sugerimos ler a reportagem da Nova Escola: A geração de energia em
jogo. Disponível em: https://cutt.ly/HULSGZm. Acesso em: 20 out. 2021.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
ANOTAÇÕES
Onde denunciar?
– Você pode denunciar, sem sair de casa, fazendo um Boletim de Ocorrência
na internet, no site: https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br.
– Busque uma Delegacia de Polícia comum ou uma Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM). Encontre a DDM mais próxima de você no site
http://www.ssp.sp.gov.br/servicos/mapaTelefones.aspx.
– Ligue 180: você pode ligar nesse número - é gratuito e anônimo - para
denunciar um caso de violência contra mulher e pedir orientações sobre
onde buscar ajuda.
– Acesse o site do SOS Mulher pelo endereço https://www.sosmulher.sp.gov.br/
e baixe o aplicativo.
– Ligue 190: esse é o número da Polícia Militar. Caso você ou alguém esteja
em perigo, ligue imediatamente para esse número e informe o endereço
onde a vítima se encontra.
– Disque 100: nesse número você pode denunciar e pedir ajuda em casos
de violência contra crianças e adolescentes, é gratuito, funciona 24 horas
por dia e a denúncia pode ser anônima.
1º SEMESTRE
ENSINO MÉDIO
CIÊNCIAS DA NATUREZA SEGUNDA SÉRIE
Currículo em Ação