Forma de Madeira: Série Construção Civil
Forma de Madeira: Série Construção Civil
Forma de Madeira: Série Construção Civil
Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira
Gerente
Regina Malta
Coordenação
Ma
Marina Lacerda Paes dos Santos
Samuel Soares Barbosa
Zuleide Ponciano de S. Santos
www.firjan.com.br
Av. Graça Aranha, 1
Centro, Rio de Janeiro
Forma de madeira
FICHA TÉCNICA
Elaboração:
Ângela Elizabeth Denecke Analista de Educação da GEP
Luiz Antônio da Cruz Braga Docente de Construção Civil
Marcello Martins Consultor Técnico
Roberto da Cunha Coordenador de Construção Civil
Simone Dória Medeiros Técnica em Educação
Vera Regina Costa Abreu Analista de Educação da GEP
Apresentação .............................................................................................................. 09
Uma Palavra Inicial ..................................................................................................... 11
1 Introdução .............................................................................................................. 13
2. Segurança e Produtividade na Construção Civil ..................................................... 14
3 Tópicos de Matemática ........................................................................................... 16
3.1. Revisão .................................................................................................................. 16
3.2. Unidades ............................................................................................................... 17
3.3. Escalas .................................................................................................................. 17
4. Conhecendo os Elementos Estruturais .................................................................. 19
4.1. As lajes .................................................................................................................. 19
4.2. As vigas ................................................................................................................. 20
4.3. Os pilares .............................................................................................................. 20
4.4. As fundações ......................................................................................................... 21
4.5. Outros elementos estruturais ................................................................................... 22
5. Plantas de Formas e Armações ............................................................................... 23
5.1. Plantas de formas .................................................................................................. 23
5.2. Plantas de armações ............................................................................................... 24
6. Apresentação do Ferramental ............................................................................... 26
6.1. Ferramentas para medição ..................................................................................... 26
6.2. Ferramentas usadas para alinhamento, nivelamento e prumo .................................... 26
6.3. Ferramentas usadas para corte ................................................................................ 26
6.4. Outras ferramentas ................................................................................................. 27
7. Informações Técnicas Sobre Manuseio das Ferramentas ..................................... 28
7.1. Medir e riscar a madeira........................................................................................... 28
7.2. Serrar a madeira .................................................................................................... 28
7.3. Pregar a madeira .................................................................................................... 30
7.4. Instruções sobre como travar o serrote .................................................................... 31
7.5. Instruções sobre como afiar o serrote ...................................................................... 32
8. Construção de Bancada para Gravatas ................................................................... 34
9. Confecção de Formas para Blocos .......................................................................... 36
10. Confecção da Forma para as Cintas...................................................................... 37
10.1. Preparar as madeiras da forma da cinta ................................................................. 37
10.2. Preparar o fundo da forma da cinta ........................................................................ 37
10.3. Preparar os painéis laterais da forma .................................................................... 37
10.4. Montar a forma da cinta ........................................................................................ 37
10.5. Montar a forma da cinta sobre os blocos ou pilares ................................................. 37
11. Confecção da Forma para os pilares .................................................................... 39
11.1. Processo de execução com tábuas de pinho ............................................................ 39
11.1.1. Preparar a forma do pilar ........................................................................... 39
11.1.2. Preparar os painéis externos do pilar .......................................................... 39
11.1.3. Preparar os painéis internos do pilar ........................................................... 39
11.1.4. Montar a forma ......................................................................................... 39
11.2. Processo de execução com chapas de compensado ................................................. 41
11.2.1. Preparar a forma do pilar ........................................................................... 41
11.2.2. Preparar os painéis externos do pilar .......................................................... 41
11.2.3. Preparar os painéis internos do pilar ........................................................... 41
11.2.4 Montar a forma .......................................................................................... 41
12. Confecção da Forma para as Vigas que Apoiarão a Laje ...................................... 43
12.1. Processo de execução utilizando tábuas de pinho ................................................... 43
12.2.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 43
12.2.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 43
12.2.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................. 43
12.2.4. Montar a forma da viga .............................................................................. 43
12.2. Processo de execução utilizando chapas de compensado ......................................... 44
12.2.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 44
12.2.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 45
12.2.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................. 45
12.2.4. Montar a forma da viga .............................................................................. 45
13. Confecção da Forma para as Vigas invertidas ...................................................... 47
13.1. Processo de execução utilizando tábuas de pinho .................................................... 47
13.1.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 47
13.1.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 47
13.1.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................ 47
13.1.4. Montar a forma da viga ............................................................................. 47
13.2. Processo de execução utilizando chapas de compensado ........................................ 49
13.2.1. Preparar a forma da viga ........................................................................... 49
13.2.2. Preparar o fundo da viga ........................................................................... 49
13.2.3. Preparar os painéis laterais da viga ............................................................ 49
13.2.4. Montar a forma da viga ............................................................................. 49
14. Confecção de um estrado para receber uma laje ................................................. 51
14.1. Processo de execução utilizando chapas de compensado ......................................... 51
14.1.1. Preparar as madeiras para o estrado da laje ................................................ 51
14.1.2. Preparar o estrado ..................................................................................... 51
15. Confecção da forma para a escada com dois lances e um patamar ..................... 54
15.1. Processo de execução utilizando chapas compensadas ............................................ 54
15.1.1. Preparar as madeiras para as formas da escada .......................................... 54
15.1.2. Preparar o estrado que vai servir como fundo da escada .............................. 54
15.1.3. Preparar painéis laterais ............................................................................. 54
15.1.4. Preparar os degraus .................................................................................. 54
16. Escadas, considerações gerais e cálculos ............................................................. 57
17. Confecção da fôrma para a caixa d’água (reservatório elevado) ......................... 59
17.1. Processo de execução utilizando chapas de compensado ......................................... 59
17.1.1. Preparar as madeiras para a forma da caixa d’água ..................................... 59
17.1.2. Preparar os painéis externos dos pilares para caixa d’água ........................... 59
17.1.3. Preparar os painéis internos dos pilares para caixa d’água ............................ 59
17.1.4. Montar a forma dos pilares para caixa d’água .............................................. 60
17.1.5. Preparar o estrado que vai servir como fundo da caixa d’água ...................... 60
17.1.6. Preparar os painéis laterais da caixa d’água ................................................. 60
17.1.7. Montar os painéis laterais sobre o tabuado do fundo da caixa d’água ............ 60
17.1.8. Preparar a tampa da caixa d’água ............................................................... 61
17.1.9. Montar os painéis da tampa da caixa d’água sobre os seus painéis laterais .... 61
18. Confecção de forma de muro de arrimo ............................................................... 65
18.1. Processo de execução utilizando tábuas ................................................................. 65
18.1.1. Preparar as madeiras para a forma do muro de arrimo ................................ 65
18.1.2. Preparar os painéis dos pilares do muro de arrimo ....................................... 65
18.1.3. Preparar os painéis do muro de arrimo ........................................................ 65
18.1.4. Montar a forma dos muros de arrimo .......................................................... 65
19. Destinação de resíduos ........................................................................................ 68
20. Referências Bibliográficas ................................................................................... 70
Apresentação
Em breve, o Rio de Janeiro será palco de um grande evento: a realização dos Jogos Pan-
Americanos, 2007. Eles representam uma excelente oportunidade para promover o
reconhecimento internacional do nosso estado e, também, um grande estímulo ao turismo, que
proporciona muitos empregos. Além disso, vão possibilitar a realização de novos investimentos
para modernizar a infra-estrutura da nossa cidade, trazendo benefícios à população e,
principalmente, permitir a mobilização de muitas pessoas em torno de um único projeto.
As ações previstas visam, aqui, assegurar a realização do evento não só nos aspectos que se
referem aos jogos, como também ensejam a possibilidade de desenvolver programas que
propiciem melhorias sociais efetivas.
A realização das atividades diárias mais simples, como acesso ao trabalho, recreação, compras,
serviços, devem encontrar condições favoráveis garantindo um convívio social que expresse a
qualidade de vida, não só dos habitantes da cidade, mas também para aqueles que vêem
prestigiar o evento como participantes dos jogos ou como turistas.
Nessa perspectiva, para atender as necessidades específicas da área de construção civil, geradas
pelo evento, tornou-se oportuno a criação do Programa Espaços Urbanos Seguros que visa
promover a qualificação profissional de jovens e adultos em técnicas construtivas. O Programa é
constituído por oito cursos distintos que prepararão profissionais para atuarem na área de
construção civil.
Este material complementa essa qualificação, nele você encontrará subsídios para aprofundar seus
estudos. Faça uma leitura cuidadosa, anote suas questões, reflexões e dúvidas para,
posteriormente, com a ajuda do professor, resolvê-las.
Meio ambiente...
Saúde e segurança no trabalho...
O que nós temos a ver com isso?
Antes de iniciarmos o estudo deste material, há dois pontos que merecem destaque: a relação
entre o processo produtivo e o meio ambiente; e a questão da saúde e segurança no trabalho.
As indústrias e os negócios são a base da economia moderna. Produzem os bens e serviços
necessários e dão acesso a emprego e renda, mas para atender a essas necessidades, precisam
usar recursos e matérias-primas. Os impactos no meio ambiente muito freqüentemente decorrem
do tipo de indústria existente no local, do que ela produz e, principalmente, de como produz.
Assim sendo, é preciso entender que todas as atividades humanas transformam o ambiente.
Estamos sempre retirando materiais da natureza, transformando-os e depois jogando o que
“sobra” de volta ao ambiente natural. Ao retirar do meio ambiente os materiais necessários à
produção de bens, altera-se o equilíbrio dos ecossistemas e arrisca-se ao esgotamento de diversos
recursos naturais que não são renováveis ou, quando o são, têm sua renovação prejudicada pela
velocidade da extração, quase sempre superior à capacidade da natureza de se recompor.
Torna-se necessário, portanto, traçar planos de curto e longo prazo, a fim de diminuir os impactos
que o processo produtivo causa na natureza. Além disso, as indústrias precisam se preocupar com
a recomposição da paisagem e ter em mente a saúde tanto dos seus trabalhadores como da
população que vive ao redor dessas indústrias.
Podemos concluir, então, que com o crescimento da industrialização e sua concentração em
determinadas áreas, o problema da poluição se intensificou demasiadamente. A questão da
poluição do ar e da água é bastante complexa, pois as emissões poluentes se espalham de um
ponto fixo para uma grande região, dependendo dos ventos, do curso da água e das demais
condições ambientais, tornando difícil a localização precisa da origem do problema. No entanto, é
importante repetir que, quando as indústrias depositam no solo os resíduos, quando lançam
efluentes sem tratamento em rios, lagoas e demais corpos hídricos, causam danos às vezes
irreversíveis ao meio ambiente.
O uso indiscriminado dos recursos naturais e a contínua acumulação de lixo mostram a falha
básica de nosso sistema produtivo: ele opera em linha reta. Extraem-se as matérias-primas através
de processos de produção desperdiçadores e que produzem subprodutos tóxicos. Fabricam-se
produtos de utilidade limitada que, finalmente, viram lixo, o qual se acumula nos aterros. Produzir,
consumir e dispensar bens desta forma, obviamente, não são atitudes sustentáveis.
Enquanto os resíduos naturais (que não podem, propriamente, ser chamados de “lixo”) são
absorvidos e reaproveitados pela natureza, a maioria dos resíduos deixados pelas indústrias não
tem aproveitamento para qualquer espécie de organismo vivo e, para alguns, pode até ser fatal.
O meio ambiente pode absorver resíduos, redistribuí-los e transforma-los. Mas, da mesma forma
que a Terra possui uma capacidade limitada de produzir recursos renováveis, sua capacidade de
receber resíduos também é restrita, e a de receber resíduos tóxicos praticamente não existe.
Ganha força, atualmente, a idéia de que as empresas devem ter procedimentos éticos que
considerem a preservação do ambiente como uma parte de sua missão. Isso quer dizer que se
devem adotar práticas que incluam tal preocupação, introduzindo-se processos que reduzam o uso
de matérias-primas e energia, diminuam os resíduos e impeçam a poluição.
Cada indústria tem suas própria características. Mas já sabemos que a conservação de recursos é
importante. Deve haver, portanto, uma crescente preocupação acerca da qualidade, durabilidade,
possibilidade de conserto e vida útil dos produtos. As empresas precisam não só continuar
reduzindo a poluição, como também buscar novas formas de economizar energia, melhorar os
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efluentes, reduzir a poluição, o lixo, o uso de matérias-primas. Reciclar e conservar energia são
atitudes essenciais no mundo contemporâneo.
É difícil, no entanto, ter uma visão única que seja útil para todas as empresas. Cada uma enfrenta
desafios diferentes e pode se beneficiar de sua própria visão de futuro. Ao olhar para o amanhã,
nós (o público, as empresas, as cidades e as nações) podemos decidir quais alternativas são mais
eficientes e, a partir daí, trabalhar com elas.
Infelizmente, tanto os indivíduos como as instituições só mudarão suas práticas quando
acreditarem que seu novo comportamento lhes trará benefícios – sejam financeiros, para sua
reputação ou para sua segurança. Apesar disso, a mudança nos hábitos não é uma coisa que
possa ser imposta. Deve ser uma escolha de pessoas bem-informadas a favor de bens e serviços
sustentáveis. A tarefa é criar condições que melhorem a capacidade de as pessoas escolherem,
usarem e disporem de bens e serviços de forma sustentável.
Além dos impactos causados na natureza, diversos são os malefícios à saúde humana provocados
pela poluição do ar, dos rios e mares, assim como são inerentes aos processos produtivos alguns
riscos à saúde e segurança do trabalhador. Atualmente, os acidentes de trabalho são uma questão
que preocupa os empregadores, empregados e governantes, e as conseqüências acabam afetando
a todos.
Sabendo disso, podemos afirmar que, de um lado, é necessário que os empregados adotem um
comportamento seguro no trabalho, usando os equipamentos de proteção individual e coletiva, e
de outro, cabe aos empregadores prover a empresa com esses equipamentos, orientar quanto a
seu uso, fiscalizar as condições da cadeia produtiva e a adequação dos equipamentos de proteção.
A redução do número de acidentes só será possível à medida que cada um – trabalhador, patrão e
governo – assuma, em todas as situações, atitudes preventivas, capazes de resguardar a
segurança de todos.
Deve-se considerar, também, que cada indústria possui um sistema produtivo próprio, e, portanto,
é necessário analisá-lo em suas especificidades, para determinar seu impacto sobre o meio
ambiente, sobre a saúde e os riscos que o sistema oferece à segurança dos trabalhadores,
propondo alternativas que possam levar a melhores condições de vida para todos.
Da conscientização, partimos para ação: cresce, cada vez mais, o número de países, empresas e
indivíduos que, já estando conscientizados acerca dessas questões, vêm desenvolvendo ações que
contribuem para proteger o meio ambiente e cuidar da nossa saúde. Mas isso ainda não é
suficiente. É preciso ampliar tais ações, e a educação é um valioso recurso que pode e deve ser
usado em tal direção. Assim, iniciamos este material conversando com você sobre o meio
ambiente, saúde e segurança no trabalho, lembrando que, no seu exercício profissional diário,
você deve agir de forma harmoniosa com o ambiente, zelando também pela segurança e saúde de
todos no trabalho.
Tente responder à pergunta que inicia este texto: meio ambiente, saúde e segurança no trabalho
– o que eu tenho a ver com isso? Depois, é partir para a ação. Cada um de nós é responsável.
Vamos fazer a nossa parte?
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1. Introdução
As Estruturas de Concreto Armado são responsáveis pela absorção de todas as cargas que atuam
numa edificação, reservatórios ou arrimos e sua conseqüente distribuição e transferência para o
seu apoio no solo.
Sua execução depende de muitos profissionais que devem trabalhar de maneira integrada. Assim,
o arquiteto idealiza seu projeto para em seguida, o engenheiro estrutural executar o cálculo de
todos os elementos envolvidos na obra, concebendo desta maneira o projeto estrutural. Neste
projeto constarão as especificações e detalhamentos que seguirão para o canteiro, destinados a
toda equipe de obra onde se encontram os engenheiros, técnicos, mestres, carpinteiros,
armadores e demais profissionais envolvidos na construção de uma estrutura de concreto armado.
Afim de que a execução de uma estrutura de concreto armado seja realizada com qualidade, todas
as prescrições contidas nos projetos devem ser criteriosamente seguidas, e em caso de dúvida o
profissional envolvido deve comunicar-se imediatamente com seu superior a fim de esclarecer e
resolver os eventuais problemas.
A perfeita execução de uma estrutura, repercutirá na qualidade da obra, e principalmente na
segurança de seus usuários. Todos os profissionais que participam de sua construção devem
considerar a importância da realização correta de seus serviços, tendo em vista a responsabilidade
em zelar pelas vidas e pelos bens.
O texto desta apostila contém as informações básicas necessárias a formação do carpinteiro de
formas. O mesmo deverá acompanhar atentamente as aulas, aproveitando a oportunidade para
esclarecer todas as dúvidas. Nesta apostila você também encontrará valiosas dicas de como evitar
erros freqüentes, melhorar sua produtividade e evitar acidentes de trabalho.
Este texto foi elaborado com o intuito de servir de reforço as informações transmitidas ao
participante pelo docente do Curso de Carpinteiro de Formas.
A evolução na técnica de construir tem sido contínua, por tal motivo abordaremos além do
trabalho com formas de madeira, informações sobre o uso de chapas compensadas, visando um
melhor atendimento a este segmento de mercado.
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2. Segurança e produtividade na construção civil
À empresa compete:
− Fornecer equipamentos de proteção individual e/ou coletiva.
− Promover treinamento aos trabalhadores.
Ao profissional cabe usar o equipamento para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se pela
sua guarda e conservação, devendo saber discernir atos e condições inseguras.
Segundo a NR6 da ABNT, o carpinteiro de fôrmas em suas atividades deve usar os seguintes
equipamentos individuais de segurança:
− Calçados impermeáveis de proteção contra riscos mecânicos e contra a umidade,
− capacete de segurança contra impactos e queda de objetos,
− cinto de segurança para trabalhos em alturas superior a 2m (dois metros) em que haja risco de
queda,
− luvas de proteção contra materiais escoriantes ou cortantes,
− óculos de segurança contra impacto de partículas e poeiras,
− protetores auriculares para locais em que o nível de ruído seja superior ao estabelecido na NR-
15 da ABNT nos Anexos I e II.
− protetores de tronco, tais como, aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de
proteção para trabalhos em que haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem
mecânica, térmica, meteorológica e de umidade.
− trava de queda de segurança acoplado ao cinto de segurança ligado a um cabo de segurança
independente, para trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos
de qualquer tipo.
Lembre-se
O acidente não acontece por acaso.
“Prevenir é melhor que remediar” .
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de concretagem e acima desta.
− instalação de montantes verticais e parapeitos para vedação dos vãos livres das escadas.
Quanto aos critérios de produtividade, é preciso antes de agir estabelecer um plano, conhecer as
metas a alcançar, apresentar domínio quanto a métodos e técnicas a serem utilizados e organizar
bem o local de trabalho, separando as ferramentas e materiais necessários e dispondo-os de forma
adequada para facilitar a execução do trabalho
O trabalhador deverá procurar agir certo da primeira vez e produzir a maior quantidade possível,
observando a qualidade especificada e dentro do prazo esperado.
A partir dos resultados obtidos na execução é fundamental comparar a meta realizada com a
planejada e a partir daí corrigir algum desvio, de forma que o problema não volte a ocorrer,
aprendendo assim , com os erros cometidos.
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3. Tópicos de matemática
3.1 – Revisão
1) 2,55 + 3,78 =
2) 4,70 – 1,23 =
3) 0,45 x6 =
4) 6,48 ÷4=
Os cálculos anteriores são correntes no dia a dia da obra; por exemplo a operação número 2, pode
representar o cálculo do comprimento restante de uma tábua de 4,70 metros, cortada em uma
das extremidades com 1,23 metros, destinada a face de uma viga. Será necessário saber o
comprimento da ponta restante que terá 3.47 metros, de modo a utilizá-la em outra viga. Desta
forma, vê-se a importância do domínio das quatro operações na realização das tarefas na obra.
Outro tópico importante para relembrar, refere-se a medidas dos ângulos. Muitas vezes algumas
tábuas precisam ser cortadas de maneira esconsa, e o engenheiro calculista irá fornecer na planta
de formas o comprimento do corte e o respectivo ângulo.
Neste caso o carpinteiro precisa conhecer alguns ângulos notáveis, lembrando que um giro
completo no círculo corresponde a 360o. A figura que se segue apresenta ângulos usuais. A
medida dos ângulos é feita com o uso do transferidor sendo obtida por leitura direta quando
fazemos coincidir o centro do transferidor com a origem do ângulo e a linha correspondente a 0o
com um dos seguimentos de reta que define o ângulo.
45░
30░
60
90
░
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3.2 – Unidades
As unidades desempenham papel importante nas obras de concreto armado. Quando fizemos
anteriormente o exemplo da operação de subtração, fizemos menção a uma tábua cortada com
4,70m. Entretanto, esta medida poderia ser expressa em centímetros, apresentando um valor igual
a 470 cm. Repare que é muito importante que se tenha conhecimento da unidade em que se está
trabalhando afim de não serem cometidos erros por este motivo.
O sistema de unidades utilizado no Brasil é o Sistema Métrico, assim, a unidade básica de
comprimento é o metro, representado pela letra “m” imediatamente após o número. A partir da
unidade básica têm-se frações ou múltiplos decimais.
De posse do resumo anterior fica mais fácil entender as possíveis variações que ocorrem com a
unidade básica do sistema. Nos limitamos a colocar apenas aquelas que podem envolver um
profissional na obra.
Lembramos que uma das conversões mais comuns dentro do canteiro, refere-se a passagem de
metro para centímetro, que se faz multiplicando o valor por 100 ( ande com a vírgula duas casas
para a direita ou acrescente dois zeros após o número caso ele seja inteiro). Para a conversão de
centímetros para metros, o carpinteiro deve dividir o valor por 100 (ande com a vírgula duas casas
para a esquerda).
Observe os exemplos:
4,75 m = 475 cm
11 m = 1100 cm
1,50 m = 150 cm
0,45 m = 45 cm
Algumas peças de madeira, por muitos anos, tiveram suas medidas relacionadas com outro
sistema de unidades que era a polegada. Era muito comum chamar-se as conhecidas peças de
seção 7,5 x 7,5 cm, por peças de 3” x 3” (leia-se três por três polegadas). Cada polegada
corresponde a 25,4 mm (2,54 cm). Este sistema não deve ser mais utilizado, já que o sistema
métrico é oficial dentro da literatura técnica. Por uma questão de hábito, alguns profissionais ainda
denominam as peças de madeira em polegadas próximas do valor equivalente em milímetros, o
que deve ser evitado.
3.3 – Escalas
No decorrer do nosso curso, iremos conhecer melhor as plantas, que constituem os diversos
desenhos que compõe o projeto.
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Estes desenhos são uma representação reduzida daquilo que terá um tamanho real na obra. Esta
redução que os desenhos apresentam deve conter um fator de proporcionalidade entre cada
unidade representada no desenho e o seu equivalente no tamanho verdadeiro. A este fator dá-se
o nome de escala.
Todos os desenhos apresentados numa planta de estruturas devem conter indicada qual foi a
escala que o projetista utilizou-se para representar graficamente aquele elemento.
Imagine que um projetista tem que representar uma viga com 10 metros de comprimento. É obvio
que seria impossível de desenhá-la em tamanho real e ele então lança mão de um fator de
proporcionalidade que foi escolhido, informando que cada metro real da barra corresponderá a 1
centímetro no desenho, isto é, a viga no desenho estaria reduzida em 100 vezes do seu tamanho
natural.
Esta viga se apresentaria no desenho com um comprimento gráfico de 10 cm representando algo
que no tamanho real tem 1000 cm (10 metros). Então uma linha com 10 cm representaria uma
barra com 1000 cm. Se dividirmos os dois números acima por 10, encontraremos uma relação de
1 para 100.
Representa-se este fator de escala como sendo 1:100 (leia-se um para cem), onde o primeiro
número expressa a unidade de desenho e o segundo o valor correspondente em tamanho real.
O instrumento utilizado para medições de desenhos com fator de proporcionalidade é o
escalímetro, que geralmente com seção triangular apresenta seis escalas das mais usuais (1: 125,
1:100, 1:75, 1:50, 1:25 e 1:20).
Vamos exercitar:
Imagine que você está numa obra, sem escalímetro, somente com um “metro duplo articulado” e
tem que determinar o tamanho de uma barra expressa no desenho em escala 1:50.
Fizemos menção ao fator de proporcionalidade como um fator de redução, devido ao fato de que
na maioria esmagadora dos desenhos de estruturas, as verdadeiras grandezas são representadas
graficamente em dimensões menores do que a real, no entanto, nada impede que tenhamos um
fator de ampliação para representar um detalhe, como por exemplo, de um furo destinado a
colagem de armaduras para recuperação ou reforço estrutural. Neste caso as escalas se
apresentam com o número relativo a verdadeira grandeza, menor do que a unidade de desenho (
Ex: 2:1; 10:1).
18
4. Conhecendo os elementos estruturais
Ao se executar uma estrutura de concreto ou parte dela, é importante que se conheça não
só o tipo de elemento estrutural, mas também a sua função dentro do conjunto.
A figura que se segue representa uma vista tridimensional típica de uma estrutura de
edificação. Nela encontraremos os quatro elementos principais que a compõe: lajes, vigas, pilares
e fundações.
4.1 – As lajes
São os elementos de placa, e são caracterizados por possuírem largura e comprimento bem
maiores do que a espessura. As lajes suportam as cargas de utilização numa edificação.
É sobre elas que atuarão as cargas provenientes das pessoas, dos móveis, do revestimento do
piso, de veículos num pavimento de garagem, e do seu próprio peso que possui um valor
considerável. Só para se ter uma idéia, uma laje com 10 cm de espessura pesa o equivalente a
250 kgf a cada metro quadrado (um quadrado de 1 m x 1 m).
A execução de lajes requer dos profissionais, bastante critério, principalmente, no que tange a seu
escoramento. Nas lajes pré-moldadas deverá ser observada se foi estabelecida pelo fabricante a
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adoção de contra-flecha, visando estabelecer seu nivelamento quando da ocorrência do
carregamento.
Lembre-se
Uma grande parte dos acidentes de trabalho ocorre nas lajes pré-moldadas quando
o operário pisa diretamente sobre o tijolo cerâmico de enchimento.
Atenção!
Previna-se!
Utilize tábuas dispostas convenientemente e devidamente tabicadas. Você é
necessário na obra, não no Hospital.
4.2 - As Vigas
São os elementos que suportarão as lajes, irão travar os pilares e eventualmente desviá-lo de sua
prumada. Sua característica principal é possuir um comprimento bem maior que sua seção (largura
x altura).
As vigas desempenham um papel importante na estabilidade da estrutura quando realizam a
interligação entre pilares. Podem ocorrer situações que exista uma viga sem receber nenhuma
laje, estando a mesma naquela posição para travar pilares numa direção evitando que os mesmo
venham a flambar.
Análogos às lajes, também existem vigas protendidas, comumente utilizadas em pontes e
viadutos; entretanto, seu detalhamento foge ao escopo da presente apostila ficando apenas a
citação para enriquecer os conhecimentos gerais sobre o assunto.
A execução de uma viga requer dos profissionais envolvidos bastante critério com relação ao seu
alinhamento e nivelamento. Deve-se também observar eventuais variações de seção como ocorre
nas vigas misuladas.
A parte das vigas que se prolonga a partir de um apoio sem que nenhum tipo de apoio na sua
outra extremidade é chamada de balanço.
Vigas que interligam fundações isoladas são chamadas Viga Baldrame, enquanto aquelas que
recebem um pilar nascendo em um de seus vão são chamadas Vigas de transição.
Quando uma viga fica totalmente acima da laje , isto é, sua face inferior é coincidente com a face
inferior da laje, dizemos que esta viga é Invertida.
Quando uma viga fica totalmente embutida dentro da laje, ou sua largura é maior do que sua
altura, trata-se de Viga Chata.
4.3 – Os Pilares
São os elementos verticais que receberão as cargas oriundas das vigas. Basicamente são
elementos que trabalham comprimidos.
Nos pilares, o prumo deve ser verificado com rigor, pois dele depende o seu real comportamento
ante as solicitações de carga.
Em edificações correntes devem ser observadas nos pilares as variações de seção entre
pavimentos, bem como a correta posição das esperas no pavimento superior.
Vamos aproveitar a oportunidade para citar um item comum a todos os elementos estruturais,
mas preponderantemente nos pilares, e que deve ser motivo de alerta entre todos os profissionais
20
envolvidos na execução de uma estrutura. Trata-se do cobrimento, que é a camada de concreto
existente entre as barras de aço e a face exposta do elemento estrutural.
Esta camada de concreto não existe ali por acaso ou complemento estético da face do elemento.
Esta camada destina-se a proteção das barras de aço contra o fenômeno da corrosão (oxidação) e
deve seguir rigorosamente a espessura prevista pelo projetista.
Citamos que o mesmo é importante nos pilares principalmente naqueles situados nos pavimentos
de garagem dos edifícios, já que são constantemente molhados na lavagem de pisos e veículos
conduzindo para o interior do concreto, elementos agressivos que permitirão no futuro o
estabelecimento da corrosão. Tal fato torna-se mais crítico em obras situadas em ambientes
próximos ao mar.
Portanto esteja sempre atento na verificação e manutenção destas espessuras, com a utilização
adequada de espaçadores plásticos apropriados para este fim, pois as mesmas tem grande
influencia na vida útil de uma estrutura.
4.4 – As Fundações
Lembre-se
Não arrisque!
Às vezes um terreno pode parecer bastante estável e no entanto pode romper-se
durante a abertura de uma sapata soterrando o operário. Previna-se!
Escore as cavas convenientemente.
As estacas mais comuns são do tipo : moldada “in loco” (Frank), metálicas , pré-
moldadas, Strauss e raiz.
Sobre os topos das estacas situam-se os blocos de coroamento que são elementos armados
destinados a distribuir em partes iguais, as cargas dos pilares nas varias estacas contidas num
mesmo bloco.
Os tubulões a céu aberto são fundações profundas com seções, normalmente circulares, bem
maiores do que as estacas. A execução deste tipo de fundação requer uma criteriosa avaliação do
21
engenheiro de solos , bem como dos procedimentos de contenção das paredes ao longo das
escavações.
22
5. Plantas de formas e armações
Para a correta execução de uma estrutura de concreto é necessário ter uma boa interpretação dos
desenhos contidos nas plantas. Basicamente existem dois tipos de planta num Projeto Estrutural.
O primeiro tipo é a planta de formas, que aparentemente seria de interesse do carpinteiro, mas
que deve ser analisada por todos os profissionais envolvidos na obra. Citemos por exemplo as
interferências existentes entre instalações e estruturas, os encaminhamentos dos eletrodutos
numa laje, a correta disposição das armaduras em seus apoios; estas e muitas outras informações
poderão ser analisadas caso se esteja de posse da planta de formas.
As formas compreendem um planta baixa dos elementos estruturais apresentando a identificação
de cada um deles, bem como as suas dimensões, variações de seção, desníveis, cotas, e demais
informações importantes à sua execução. Deve ainda conter pelo menos um corte em seção a ser
definida pelo projetista, preferencialmente mostrando um pé direito.
De modo geral todos os calculistas adotam a seguinte abreviatura para designar um elemento
estrutural tanto na planta de forma quanto na planta de armaduras.
Pilar = P
Viga = V
Laje = L
Sapata = S
Bloco = B
Estaca = E
Os elementos estruturais serão sempre identificados com um dos prefixos acima, seguidos por um
número que os identificará ao longo de das demais plantas onde o mesmo se encontre.
Ex. : P1 = Pilar 1
V17 = Viga 17
23
É comum também a numeração de maneira seqüencial somente dentro do pavimento. Neste caso
uma viga ou laje pode aparecer com o mesmo número, mas em pavimentos diferentes,
requerendo especial atenção dos carpinteiros e armadores. Este método é bastante utilizado.
Pelo exposto, o profissional deverá inicialmente descobrir que estilo de identificação foi adotado
pelo calculista, para em seguida iniciar a montagem do elemento.
Dicas
É importante que os carpinteiros tenham uma noção sobre as plantas de armação uma vez as
duas atividades (formas e armações) são dependentes entre si. Os detalhamentos das ferragens
estão contidos nas plantas de armações. Cada elemento estrutural tem um detalhe típico onde o
mesmo é identificado com a mesma nomenclatura adotada na planta de formas.
Nestas plantas, as barras são representadas por linhas, devidamente reduzidas de tamanho por
conta da escala que anteriormente foi estudada.
É comum no detalhamento de um elemento estrutural ter-se uma vista numa determinada escala,
24
e um corte com outra.
As plantas que são enviadas para obra, são cópias de uma original que foi desenhada em papel
vegetal ou sulfite, e que ficam guardadas no escritório da empresa ou com o proprietário da obra.
Estas cópias podem ser apresentadas em dois tipos. O primeiro é a copia fotostática (Xerox) em
papel sulfite branco com a parte escrita em preto. O outro tipo é a chamada copia heliográfica que
se apresenta num papel azulado com a parte escrita num tom de azul mais escuro.
Estamos citando estas diferenças porque as copias heliográficas são extremamente sensíveis a luz
solar. Quando expostas ao Sol, vão clareando até perder a legibilidade. Portanto se estiver
operando com estes tipos de copia, evite deixa-las aberta sobre as bancadas por muito tempo,
procurando abri-las na sombra.
Nota: Alguns profissionais têm adotado recentemente, ao invés de uma planta de armações,
produzir um caderno onde cada elemento é detalhado numa folha.
25
6. Apresentação do ferramental
26
(serrote) (arco de serra)
27
7. Informações técnicas sobre manuseio das ferramentas
Consiste em medir, utilizando o metro ou com a trena e riscar a madeira, usando o lápis e o
esquadro.
Processo de execução:
− Meça a madeira, utilizando o metro, conforme medida estabelecida.
− Marque, com o lápis, o lugar da medida solicitada.
− Coloque e acerte o esquadro na marca feita.
− Risque forte com o lápis, segurando firmemente o esquadro.
− Confira a posição correta do risco, tomando medidas com o metro em toda sua extensão e
confrontando com a medida que foi determinada previamente.
28
Processo de execução:
− Escolha e assinale a face e o canto mais convenientes.
− Meça na tábua, o comprimento a ser cortado, utilizando o metro.
− Marque a medida solicitada, usando o lápis.
− Risque pela marcação, usando o lápis e o esquadro.
− Apoie a peça sobre o cavalete ou na bancada.
− Inicie o corte junto ao risco marcado, encostando o dedo polegar na lâmina para guiá-la,
puxando o serrote, exercendo nele leve pressão (obs.: o risco deve permanecer na parte
aproveitável da peça).
− Serre aprofundando o corte lentamente junto ao risco marcado, com movimentos de vaivém e
com passadas curtas.
− Após ter aprofundado o corte, afaste o dedo da lâmina para evitar acidentes.
− Serre junto ao risco marcado, segurando o serrote com firmeza, utilizando o seu maior curso
possível, com cadência aproximada de 40 a 60 golpes por minuto.
− Em cortes transversais, a inclinação dever ser de 45º, nos longitudinais de 60º,
aproximadamente.
− O angulo formado pela face da lâmina com a madeira deve ser de 90º.
Evite acidentes:
Precauções:
− Exerça pressão adequada, apenas no avanço da lamina.
− Deixe o serrote correr livre no retorno.
− No retorno, não puxe o serrote, demasiadamente, pois, ao avançar novamente, a lâmina
poderá flexionar, provocando desvio do risco e inclusive empenar.
Observação:
− Nos cortes muito longos, coloque uma palmeta ou cunha no inicio da parte já serrada, a fim
de evitar que o rasgo se feche e prenda o serrote.
29
(figura n.º 4: Colocação de cunha para serrar)
Evite acidentes:
Observações:
− A localização dos pregos na tábua, a distancia A, deve ser
aproximadamente, uma distância do seu bordo que
corresponda, mais ou menos, à espessura da tábua B.
30
− Martele os pregos, mantendo-os ligeiramente inclinados
para que penetre na madeira com maior eficiência.
Processo de execução:
− Prenda a lâmina do serrote entre dois suportes para possibilitar o
uso conveniente da travadeira.
Figura 15 – Travamento 1
Figura 16 – Travamento 2
Figura 17 – Travamento 3
31
− Introduza a travadeira até a metade do primeiro dente (figura
anterior), aproximadamente, obedecendo ao sentido da inclinação já
existente e incline até ao máximo da metade da espessura da lâmina.
Figura 18 – Travamento 4
− Incline o segundo dente em sentido contrário ao do primeiro, conforme mostra a figura abaixo.
Figura 19 – Travamento 5
Dicas
Figura 20 – Fixação
Processo de execução:
− Prenda a lâmina do serrote na morsa; entre dois suportes de madeira, mantendo os dentes
bem próximos dos suportes a fim de evitar vibrações. Prenda sempre o serrote de maneira que
o cabo do mesmo fique á sua direita.
− Apanhe a lima triângulo de 4” e após verificar se ela está bem encostada no cabo, inicie a
afiação do primeiro dente da ponta do serrote.
− Afie; mantendo a posição da lima em ângulo reto e em sentido transversal ao da lâmina,
conforme figuras abaixo.
32
Figura n.º 22
Figura n.º 21
Dicas
Ao avançar a lima use o seu maior comprimento possível. Aplique o mesmo
processo aos demais dentes, mudando a posição do serrote quando perceber
que a fixação não se apresenta eficiente.
Precaução:
− Mantenha toda atenção no trabalho, para não se ferir nos dentes já afiados.
Evite acidentes:
33
8. Construção da bancada para gravatas
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
Processo de execução:
− Selecionar as madeira que serão utilizadas (pontaletes, tábuas e sarrafos).
− Medir e riscar as madeiras.
− Serrar a madeira de acordo com as medidas.
− Marcar com esquadro nas travessas superiores maiores a posição de cada pé .
− Pregar os pés nas travessas superiores maiores, nas marcas estabelecidas, formando painéis.
− Unir os dois painéis através das travessas superiores menores.
− Marcar a posição as travessas inferiores e os sarrafos nos pés da bancada.
− Pregar as travessas inferiores e os sarrafos (mãos francesas).
− Pregar as tábuas nas travessas superiores maiores , formando um tabuado.
− Veja a figura que se segue:
34
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 6 Pé de bancada Pontalete de pinho 8 x 8 x 80
2 2 Travessa superior maior Tábua de pinho 2,5 x 30 x 230
3 3 Travessa superior menor Tábua de pinho 2,5 x 30 x 45
4 3 Travessa inferior Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 50
5 4 Mão francesa Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 119
6 2 Tabuado Tábua de pinho 2,5 x 30 x 250
7 14 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 50
8 1 Encosta Tábua de pinho 2,5 x 15 x 60
− Marcar os espaços das gravatas, deixando livre o intervalo de 37,5 centímetros entre as guias.
− Pregar as guias para as gravatas, nas marcações, respeitando os intervalos internos de 2,5
centímetros.
− Pregar o encosto ou batente a 15,0 centímetros da borda da bancada.
35
9. Confecção de formas para blocos
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha, machadinha.
Processo de execução:
− Selecionar as madeiras que serão utilizadas (tábuas e sarrafos).
− Marcar a madeira de acordo com a planta da forma.
− Chanfrar as estacas com a machadinha.
− Serrar a madeira dos painéis das gravatas e das mãos francesas.
− Medir a posição da gravata e marcar no painel.
− Acrescentar, nos painéis de testa, as espessuras dos painéis laterais.
− Armar a forma da sapata e/ou bloco.
1. Pregar um painel de testa ao lateral.
2. Repita a operação quanto aos outros painéis.
3. Concluir a montagem da forma
− Acertar o esquadro.
− Pregar as pontas das gravatas de reforço, mantendo a forma dentro do esquadro.
− Locar a forma de bloco, de acordo com a planta.
− Cravar as estacas rentes ao painel.
− Comprimir as mãos francesas entre a forma e as estacas.
− Pregar as escoras laterais (mãos francesas) nas estacas.
36
10. Confecção da forma para as cintas
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
Processo de execução:
37
Figura 27 - Planta e vista lateral da forma de cinta
38
11. Confecção da forma para os pilares
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
39
Figura 29 - Boca
para viga
Figura 31 - Forma
para o pilar com
tábuas.
Figura 30 - Janela
para limpeza.
40
11.2 – Processo de execução com chapas de compensado.
41
Figura 35 - Forma de pilar utilizando chapas compensadas.
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 2 Painel maior Chapa de compensado 1,2 x 52,4 x 220
2 16 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 87,4
3 6 Costela Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 220
4 2 Painel menor Chapa de compensado 1,2 x 10 x 220
5 4 Costela Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 220
6 8 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 49,4
Prego 18 x 29
42
12. Confecção da forma para as vigas que apoiarão a laje
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
43
Figura 33 - Forma de viga utilizando tábuas de pinho.
44
12.2.2 - Preparar o fundo da viga.
45
Figura 37 - Forma de viga utilizando chapas compensadas.
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 1 Painel lateral externo Chapa de compensado 1,2 x 31,2 x 156,6
2 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 48,7
3 1 Painel lateral interno Chapa de compensado 1,2 x 22 x 156,6
4 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 39,5
5 1 Painel de fundo Chapa de compensado 1,2 x 12 x 159
6 4 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 49,4
7 7 Costela Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 156,6
46
13. Confecção da forma para as vigas invertidas
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
47
Figura 38 - Forma de viga invertida utilizando tábuas de pinho.
48
13.2 – Processo de execução utilizando chapas de compensado
49
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 1 Painel externo Chapa de compensado 1,2 x 30 x 330
2 1 Painel interno Chapa de compensado 1,2 x 22 x 330
3 5 Costela Sarrafo de pinho 1,2 x 5 x 330
4 7 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 40
Figura n.º 39 - Forma de viga inv5ertida utilizando
7 chapas compensadas.
Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 40
6 7 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 40
7 1 Sarrafo Pinho 2,5 x 10 x 330
8 4 Tensores Ferro CA 25 Ø 3/16” – 145cm
9 7 Loca-de-lobo Pinho 2,5 x 10 x 35
10 4 Separador Ferro CA 25 Ø 1/2” – 12cm
11 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 5 x 330
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
51
Figura 40 - Tabuado para laje utilizando chapas compensada.
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 5 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 190
2 7 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 212
3 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 324
4 1 Guia (longarina) Pontalete de pinho 8 x 8 x 324
5 10 Cunha (pontalete) Sarrafo 2,5 x 8 x 15
Prego 18 x 27
Prego 15 x 15
52
Figura 41 - Forma de laje.
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
6 3 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 110 x 220
Prego 18 x 27
Prego 15 x 15
53
15. Confecção da forma para a escada com dois lances e um patamar
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
− Marcar as alturas dos degraus nos painéis externos já cortados conforme a planta da forma.
− Marcar as medidas dos degraus no lado interno dos painéis, utilizando o metro e esquadro.
− Pregar os painéis externos no tabuado.
− Pregar externamente um sarrafo de pressão paralelo ao painel externo.
− Colocar os espelhos dos degraus, depois de feitas as armações de ferro (deixando altura para
a passagem do concreto e escorando os espelhos).
− Pregar os chapuzes ligando os painéis laterais e os extremos espelhos dos degraus.
− Pregar os calços no centro dos espelhos dos degraus.
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Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 105
6 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 178
7 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 96
8 2 Escora Chapa de compensado 8 x 8 x 125
10 1 Tabuado Tábua de pinho 1,2 x 80 x 118,5
Prego 18 x 27
Prego 15 x 15
55
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 105
5 1 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 50 x 80
6 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 178
7 2 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 96
8 2 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 125
9 1 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 80 x 173
10 1 Tabuado Chapa de compensado 1,2 x 80 x 118,5
11 1 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 160
12 1 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 143
13 2 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 190
14 8 Calço Tábua de pinho 2,5 x 17 x 35
15 10 Espelho Tábua de pinho 2,5 x 17 x 80
16 20 Chapuz Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 17
17 3 Sarrafo de pressão Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 118
18 1 Painel Tábua de pinho 2,5 x 30 x 202
19 1 Chapuz Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 35
56
16. Escadas, considerações gerais e cálculos
A determinação da largura mínima das escadas é encontrada nos Códigos de Obras de cada
cidade.
Por exemplo, na cidade de São Paulo o Código de Obras estabelece a largura mínima de 1,00m
(um metro) para as casas de habitação particular e de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para
os prédios comerciais ou residências, sem elevador.
As escadas de edifícios de mais de dois pavimentos deverão ser feitas com materiais
incombustíveis, por exemplo: o concreto armado.
A existência de elevador em um edifício não dispensa a construção de escada.
A parte horizontal de um degrau, denomina-se piso do degrau e a parte vertical perpendicular ao
piso é conhecida por espelho do degrau.
h = espelho
p = piso
Dados experimentais fizeram concluir que a altura mais recomendável para o espelho de um
degrau é de 0,19 m (dezenove centímetros). A largura do piso, raramente ultrapassa 0,30 m.
(trinta centímetros).
B. Condell, arquiteto francês, estabeleceu uma fórmula empírica que permite calcular a largura do
piso em função da altura do espelho ou vice-versa. Esta fórmula é a seguinte:
p + 2 h = 0 ,64 m isto é.
Segundo Condell: a largura do piso do degrau mais duas vezes a altura do espelho do degrau é
igual a 0,64 m. (sessenta e quatro centímetros), isto é igual à largura de um passo simples.
Desta fórmula, tirando o valor da largura do piso do degrau (p), temos:
p = 0,64 m - 2h
Tendo em vista que o melhor valor para a altura do espelho do degrau (h) é 0,19m (dezenove
centímetros), temos:
p = 0,64m - 2 x 0,19m
p=0,64m - 0,38m
57
p = 0,26m
Assim, a melhor largura do piso do degrau (p) é igual a vinte e seis centímetros.
Para calcular o valor da altura do espelho do degrau (h) em função do valor de da largura do piso
do degrau (p), devemos utilizar a seguinte fórmula:
0 , 64 − P
h= 2
OBSERVAÇÕES:
patamar
58
17. Confecção da forma para a caixa d’água (reservatório elevado)
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
59
17.1.4 - Montar a forma dos pilares para caixa d’água.
17.1.5 - Preparar o estrado que vai servir como fundo da caixa d’água.
60
17.1.8 - Preparar a tampa da caixa d’água.
17.1.9 - Montar os painéis da tampa da caixa d’água sobre os seus painéis laterais.
61
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
5 4 Costela e guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 220
6 6 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 420
7 10 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 78
8 4 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 220
9 2 Painel Chapa de compensado 1,2 x 110 x 220
14 8 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 420
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15
62
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
5 4 Costela e guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 220
6 10 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 420
7 10 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 78
8 4 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 220
9 2 Painel Chapa de compensado 1,2 x 110 x 220
14 8 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 420
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15
63
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
6 10 Travessão Pontalete de pinho 8 x 8 x 420
8 16 Escora Pontalete de pinho 8 x 8 x 220
14 8 Guia Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 420
Prego 18 x 24
Prego 15 x 15
64
18. Confecção de forma do muro de arrimo
E as seguintes ferramentas:
− Metro, lápis, esquadro, serrote comum ou serra circular e martelo de unha.
65
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Costela Pontalete de pinho 8 x 8 x 172
2 8 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 250
3 6 Painel para parede Tábua de pinho 2,5 x 30 x 300
Prego 18 x 27
66
Peça
Denominações e observações Material e dimensões
Nº Quant.
1 14 Costela Pontalete de pinho 8 x 8 x 172
2 8 Travessa Pontalete de pinho 8 x 8 x 250
3 6 Painel para parede Tábua de pinho 2,5 x 30 x 300
4 2 Painel para pilar Tábua de pinho 2,5 x 30 x 180
5 16 Gravata Tábua de pinho 2,5 x 10 x 65
6 2 Painel para pilar Sarrafo de pinho 2,5 x 20 x 180
7 6 Gravata Sarrafo de pinho 2,5 x 10 x 55
8 1 Painel para pilar Tábua de pinho 2,5 x 20 x 250
9 6 Painel para pilar Tábua de pinho 2,5 x 30 x 250
67
19. Destinação de resíduos
68
Destino de Resíduos (Cont.)
69
20. Referências Bibliográficas
FUNDACENTRO. Acessos temporários de madeira. São Paulo, 1991. (Série Engenharia Civil,
2).
FUNDACENTRO. Medidas de proteção coletiva contra quedas de altura. São Paulo, 1991.
(Série Engenharia Civil, 3).
SENAI-RJ. CFP de Construção Civil. Tecnologia de construção I. Rio de Janeiro, 1993, 29 p. il.
71
firjan.com.br/publicacoes
136
Firjan-SENAI