Trabalho Final Sociologia
Trabalho Final Sociologia
Trabalho Final Sociologia
Discentes:
Catarina Palma, nº51854
Inês Figueiras, nº50822
Miguel Lourenço, nº51902
Pedro Faisca, nº51801
Índice
Índice
Resumo………………………………………………………………………………………………………………………………….3
Introdução……………………………………………………………………………………………………………………………..4
Análise do inquérito……………………………………………………………………………………………………………..10
Conclusão…………………………………………………………………………………………………………………………….13
Bibliografia……………………………………………………………………………………………………………………………14
Anexos………………………………………………………………………………………………………………………………….15
12
Resumo
O nosso trabalho debruça-se sobre a pesquisa do impacto das novas tecnologias
nas crianças de faixa etária dos 2 aos 6 anos de idade.
12
Introdução
12
História do desenvolvimento da tecnologia e o seu impacto na
sociedade
1
KENSKI, 2003; MARCONDES FILHO, 1998, 1994.
12
o que se pode ligar às tecnologias hoje em dia. Assim, na Grécia Antiga, a tecnologia é
o conhecimento científico (teoria=theoreo) convertido em técnica
(experiência/habilidade=techné).
Num mundo onde, cada vez mais, a comunicação e a informação estão de mão
dada, são muitas as tecnologias que surgem. Desde tablets a telemóveis e televisões
mais avançadas, o acesso a estas é muito fácil pois toda a sociedade consegue chegar a
elas. No passado esta não era uma realidade esperada quando a tecnologia era vista
como algo de «especialista», ao contrário de hoje que os objetos tecnológicos são bens
necessários dentro dos lares da sociedade atual.
2
KENSKI, Vani Moreira. Novas Tecnologias: O redimensionamento do espaço e do tempo e os Impactos
no Trabalho Docente. XX Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, 1997, pág. 8.
12
O impacto da tecnologia no desenvolvimento cognitivo e social
das crianças
3
Conjunto interdisciplinar que estuda e descreve a estrutura e o funcionamento da mente e do
conhecimento humanos.
12
Papel da tecnologia na aprendizagem da criança
4
KENSKI, Vani Moreira é professora na Universidade de São Paulo, licenciada em Pedagogia e Geografia.
12
Com o desenvolvimento das novas tecnologias e com o surgimento de novos
objetos tecnológicos, a realidade que temos presente é que, as crianças substituem as
brincadeiras clássicas, nomeadamente jogos de rua, por jogos de computadores e
tablets.
Análise do inquérito
5
GARMES, A.; MOURA, M.; «Obesidade infantil: a doença do milénio», Cienciaetec.
6
MATOSSO, R.; «Tecnologia e Sedentarismo», Saladatextual, 2010.
12
Para nos ajudar a fundamentar a ideia de que a utilização das tecnologias, como
os computadores ou telemóveis, por parte de crianças com uma faixa etária entre os 2 e
os 6 anos de idade pode ser prejudicial para as mesmas, realizámos um inquérito online
para ficarmos a saber qual a opinião das pessoas sobre este tema. Como tal, dividimos o
inquérito por diversas perguntas acompanhadas com várias opções de resposta. No total
obtivemos 90 respostas às 5 questões colocadas, sendo que 73% foram dadas por
pessoas do sexo masculino e 27% por pessoas do sexo feminino.
Deste modo, o inquérito começa com a pergunta: «Hoje em dia, cada vez mais
as tecnologias são usadas para entreter as crianças mais novas devido à falta de tempo
dos pais ou de outro familiar. Concorda?». Decidimos começar com esta questão, visto
que um dos maiores problemas familiares atuais é o facto de os pais não terem tempo
para estar, falar e conviver com os seus filhos devido aos seus horários de trabalho não
serem compatíveis com as horas que os filhos estão em casa ou devido à acumulação de
stress que depois resulta na falta de paciência para ter esses momentos mais intimistas
com os filhos. O conhecido psicólogo inglês Steve Biddulph, em entrevista ao Jornal
Diário de São Paulo e que é famoso pelos seus livros «Os segredos das crianças felizes»
e «Criando crianças» afirmou que «temos hoje a geração com a maior falta de pais que
já houve na história (…). Há pais que não dão atenção, não brincam, não beijam, não
tem afeto pelos filhos. Simplesmente criam. Essa relação é desastrosa, porque os filhos
crescem sem ânimo, motivação e afeto pelo outro. Esses filhos têm dificuldades na
escola, não têm interesse por cursos superiores. Se um pai lê uma história para o filho na
hora de dormir ou leva e vais buscar as crianças à escola e brinca com elas, as pesquisas
demonstram que isso vai melhorar as condições de vida dos filhos». Posto isto, muitos
pais para substituírem o entretenimento familiar que não conseguem dar, acabam por
trocar esse entretenimento por um entretenimento digital, ou seja, acabam por oferecer
aos filhos consolas, jogos, telemóveis e computadores para que estes estejam ocupados
e não os incomodem.
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não conseguem passar com os filhos, devido ou ao seu horário de trabalho ou ao stress e
falta de paciência para cuidar, educar e passar tempo com eles.
Com o excessivo uso das tecnologias por parte das crianças é de esperar que no
seu futuro sofram alterações, tanto a nível físico como psicológico. Chega a ser abusiva
a maneira como as crianças, desde tão novas, usam os dispositivos tecnológicos e sabem
usa-los com bastante eficácia, mas por vezes outra atividades mais simples e
necessárias, como vestir ou atarem os sapatos não as sabem realizar. A AVG
Technologies tem realizado vários estudos intitulados AVG Digital Diaries, onde
analisam de que forma a tecnologia tem afetado a vida familiar ao longo dos anos. Nas
crianças entre os 3 e os 5 anos de idade foi notável que 66% das crianças analisadas
sabem jogar computador mas apenas 14% dos mesmos sabe atar os sapatos. Como tal,
esta incapacidade de desenvolvimento no que às atividades básicas diz respeito levou-
nos a questionar as pessoas se na sua opinião o futuro pessoal das crianças pode sofrer
alterações devido a este uso da tecnologia, pergunta que obteve 94,4% de respostas
afirmativas. Esta grande percentagem reflete o pensamento da sociedade atual sobre as
gerações futuras e a preocupação de que estas não se desenvolvam o suficiente para
exercer tarefas básicas, como por exemplo, tarefas domésticas, ganhando assim o hábito
do comodismo e da preguiça.
Posto isto, quisemos perceber melhor quais as características mais visíveis que
se podem vir a desenvolver nos jovens do futuro, colocando como opções de resposta à
pergunta as seguintes opções, com a possibilidade de escolher mais que uma opção:
egoísmo, ganância, isolamento infantil, não pragmatismo ou outro. Num total de 165
escolhas, a resposta com mais escolha foi a que se refere ao isolamento infantil com 82
votos, sendo seguida pela opção «egoísmo» que teve 33 escolhas e depois «ganância»
que teve 21 escolhas. A finalizar com 17 escolhas ficou a opção «outro» e com 12
escolhas a opção «não pragmatismo». Segundo Natália de Paiva, graduada em
psicologia na Faculdade Integral Diferencial no Brasil, e Jonathan Costa, graduado em
psicologia na Faculdade Santo Agostinho no Brasil, todas estas características
explicam-se pelo facto de «as crianças substituírem as amizades reais pelas virtuais e
preferem se divertirem aderindo ao mundo virtual (jogos eletrónicos e redes sociais) em
detrimento de jogar bola ou correr, ou seja, brincadeiras tradicionais nas quais envolvem
exercícios físicos e a interação social com outras crianças».
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Assim, na pergunta seguinte perguntámos no nosso questionário se concordavam
que as atividades na rua deviam ser substituídas por esta educação «digital», questão na
qual obtivemos 73,3% de respostas «não» e apenas 26,7% de respostas «sim». As
respostas negativas podem-se explicar por terem sido respondidas por uma faixa etária
já mais velha e que teve uma educação diferente, distante destas novas tendências,
enquanto as respostas positivas encontramos justificação por terem sido respondidas por
uma faixa etária mais jovem e que está habituada a utilizar intensivamente a nova
tecnologia, não vendo nestas os problemas que outros veem.
Por fim, colocámos uma questão de resposta aberta que nos permitiu perceber
mais a fundo o que a sociedade atual pensa sobre este assunto e por isso perguntámos se
acham possível num mundo em que as novas tecnologias reinam, haver a esperança de
que a educação das crianças na faixa etária dos 2 aos 6 anos possa ser como antes, mais
baseada em jogos com a família, brinquedos e atividades com outras crianças na rua em
vez de computadores e tablets. Nesta pergunta obtivemos as mais variadíssimas
respostas, mas as que se destacaram mais revelavam que tudo depende da educação que
os pais dão aos filhos, ou seja, se os pais transmitirem aos filhos a importância que é
brincar e conviver com outras crianças e aprenderem as tarefas básicas como atar os
sapatos, vestirem-se, etc e não lhes colocarem ao alcance tão precocemente as novas
tecnologias, os filhos não irão ganhar vicio nem importância pelas mesmas. Portanto, a
sociedade acaba por colocar um pouco a culpa desta tendência nos próprios pais por
estes disponibilizarem as tecnologias tão cedo aos seus filhos e não lhes ensinarem a
divertirem-se com outras coisas.
Conclusão
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Após a realização deste estudo sobre a opinião da sociedade atual em relação a
como o uso de tecnologias por crianças entre os 2 e os 6 anos de idade pode ser
prejudicial para as mesmas, percebemos que aos olhos da sociedade atual a principal
culpa por esta utilização abusiva de tecnologias pelas crianças deve-se em grande parte
aos próprios pais que disponibilizam o acesso às mesmas bastante cedo.
Porém, não só aos olhos do comum humano tal é visível, mas também é uma
opinião partilhada pelos psicólogos e sociólogos que estudam os comportamentos das
crianças e os hábitos das mesmas. São vários os estudos que comprovam que esta
utilização tão precoce pode ser bastante prejudicial não só ao presente do jovem, como
também ao seu futuro. Isolamento, ganância e egoísmo são algumas das características
mais verificadas no comportamento da juventude atual e vários são os estudos que
apontam as tecnologias como a principal culpada para tal situação.
Até que onde irá crescer esta tendência? Esta é a nova questão que nos surge
após a realização deste trabalho, pois se no futuro apenas tivermos uma sociedade
viciada e agarrada às tecnologias, tudo o que é natural e real irá perder a sua essência e
teremos uma sociedade controlada pelas máquinas, visto que desde crianças começam
logo a ser instruídos para utilizarem computadores, tablets e telemóveis em idade muito
tenra. Será normal que com 2, 3, 4, 5 ou 6 anos uma criança já saiba usar um destes
aparelhos melhor que o seu pai ou mãe? E que saiba fazer isso melhor do que atar os
sapatos? São questões que só futuramente terão consequências concretas, ou seja,
quando estas crianças do mundo atual forem os adultos do futuro.
Bibliografia
12
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na-infancia-.htm
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http://www.latec.ufrj.br/educaonline/index.php?
option=com_content&view=article&id=183:vani-kenski&catid=40:quem-e-
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inacreditavel/
http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0839.pdf
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sabem-mexer-num-computador-revela-estudo
http://colegiointegrado.net/temos-hoje-a-geracao-com-a-maior-falta-de-pais-que-ja-
houve-na-historia-steve-biddulph/
https://books.google.pt/books?hl=pt-
PT&lr=&id=i7uhwQM_PyEC&oi=fnd&pg=PA11&dq=o+desenvolvimento+das+novas
+tecnologias&ots=hN_y8Hi6sa&sig=ozXTBdsMmgNBOhyorWhBhnRa_WI&redir_es
c=y#v=onepage&q=o%20desenvolvimento%20das%20novas%20tecnologias&f=false
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