Artigo Josy. Final.
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RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Na obra, Para a História do Negro no Brasil (1988, p. 9), o país, “em razão de
sua dimensão e da ausência de preocupação com a reprodução biológica dos
negros, foi o maior importador de escravos das Américas. Estudos recentes estimam
em quase 10 milhões o número de negros transferidos para o Novo Mundo, entre os
séculos XV e XIX. Para o Brasil teriam vindo em torno de 3.650.000.” Dito isto,
A vivência destas pessoas era marcada pela violência contínua, tanto física,
quanto cultural, material e psicológica, além da intensa perpetuação de autoridade e
hierarquização estabelecida pelo homem branco que se via como superior a tudo e
todos, atrelado a isso havia as jornadas de trabalho que poderiam se estender por
20 horas ao dia. A agressão exercida sistematicamente contra os escravos tinha o
objetivo de incutir-lhes o temor de seus senhores e impedir que fugas e revoltas
acontecessem.
Ainda com a obra Para a História no Brasil (1988, p. 49), ”a abolição, mesmo
tendo havido movimentação dos negros, foi um negócio de brancos. Ela tirou o
negro da condição de escravo, mas deixaram de lado as propostas de abolicionistas
como Patrocínio, Nabuco e Rebouças: distribuição de terras para os ex-escravos,
assistência econômica e social, acesso à educação, ampliação do direito à
participação política, reformas, enfim, que fizessem do negro um cidadão.
A partir disto, percebemos que mesmo com a abolição não foi dada a
liberdade ao pé da letra, pois os resquícios desse período moldam diversos
parâmetros da sociedade atual, e entre esses parâmetros esta o da desigualdade e
o da discriminação. O processo escravocrata foi tão cruel, desumano e
segregacionista, que suas consequências são vividas diariamente por toda a
população que não se adéqua aos desejos ou a própria elite. A pobreza, as diversas
formas de violência e a estratificação da nação brasileira são um reflexo de um país
que normalizou as relações desiguais e que continua permitindo que determinados
grupos continuem a margem da sociedade em detrimento da concentração de renda
e poder nas mãos de poucos, bem como era moldada a colônia. Sendo assim:
Com isso, a relação de ser quem é servida e ser quem serve carrega traços
peculiares que revelam as raízes coloniais onde estamos inseridos. Ter quem lhe
sirva não só trás a visão de fora de distanciamento de pobreza, como também
impulsiona um sentimento de pertencimento em relação a quem serve. Brites afirma
ainda que:
Diante do cenário exposto, os autores explicitam como uma das formas mais
terríveis de trabalho análogo a escravidão o doméstico:
5. METODOLOGIA
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COLEN, Shellee. Like a mother to them: stratified reproduction and West Indian
Childcare workers and employers in New York. In: GINSBURG, F. e RAPP, R.
Conceiving the new world order: the global politics at reproduction. Berkley,
University California Press, 1995, pp.78-102.