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Este documento discute como a música em grupo, utilizando os métodos de Émile Jaques Dalcroze, pode promover a socialização e o bem-estar de estudantes universitários. Ele propõe realizar oficinas e workshops musicais no campus universitário para melhorar a interação social entre os alunos e reduzir os níveis de estresse. Os resultados esperados incluem uma maior integração da comunidade acadêmica e benefícios para a saúde mental e emocional dos participantes.
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Este documento discute como a música em grupo, utilizando os métodos de Émile Jaques Dalcroze, pode promover a socialização e o bem-estar de estudantes universitários. Ele propõe realizar oficinas e workshops musicais no campus universitário para melhorar a interação social entre os alunos e reduzir os níveis de estresse. Os resultados esperados incluem uma maior integração da comunidade acadêmica e benefícios para a saúde mental e emocional dos participantes.
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Música em grupo: O Regente e o fomento da experiência interpessoal

1.Caracterização do Problema

A socialização relacionada à dimensão da convivência acadêmica cria as possibilidades


para a interação dialógica dos sujeitos entre si e com o seu entorno. Ela é um dos meios
pelos quais também a formação humana pode ocorrer no ensino superior. A partir do contato
das relações interpessoais abrem-se caminhos para o conhecimento, uma vez que a relação
entre indivíduos incentiva o diálogo e consequentes aprendizagens. É a partir da
socialização que o indivíduo desenvolve sua formação, porque ela enfatiza característica na
incorporação das maneiras de ser, sentir, pensar e agir, de um grupo, de sua visão de
mundo e de sua relação com o futuro, ajustando suas posturas corporais e suas crenças
íntimas.(DUBAR, 2005).
No universo acadêmico a condição de estresse vem sendo caracterizada como fato
psicossocial com repercussão biológica, que ocorre quando há a percepção de ameaça real
ou imaginária, avaliada como capaz de alterar o estado de conforto subjetivo provocando
sensações de mal-estar transitório ou persistente. O ambiente acadêmico pode propiciar a
incidência do fenômeno do estresse, porque apresenta aos alunos uma necessidade de
adaptação frente a situações de instabilidade. O excedente do estresse pode causar
descontentamentos, desgaste físico e/ou mental, gerando envelhecimento precoce e uma
série de doenças que conduz para uma situação de danos ao organismo e prejudica o
desempenho e as atividades diárias, gerando desconfortos, cansaço e diminuindo seu ritmo
e capacidade de manter uma vida equilibrada e saudável (LIPP, 1998).
A música como experiência interpessoal, observada no convívio social acadêmico, sob a
perspectiva dos métodos de ensino musical, de Émile Jaques Dalcroze, estabelece uma
relação entre socialização, arte musical e o bem estar. No método Dalcroze encontramos a
arte musical tendo como princípio básico do processo da atividade, o sentir, viver, analisar e
intelectualizar; tomando como ponto de partida o movimento corporal. Pela linguagem
corporal dos ritmos musicais ele propõe uma percepção mediada pela sensibilidade,
expressão, equilíbrio e repetição de exercícios. O método Dalcroze propõe despertar e
aperfeiçoar a memória ao mesmo tempo que desenvolve os ritmos naturais do corpo. Tem
como objetivo a realização expressiva do ritmo e sua vivência através do movimento
corporal. (PAZ, 2013).

2. Objetivos

A música quando realizada em atividades que exploram o som e o ritmo


corporal, pode veicular a socialização e o bem estar dos envolvidos. Como atividade em
grupo possui um grande potencial no que diz respeito ao desenvolvimento das relações
humanas e se utiliza não só das experiências musicais, mas das relações delas decorrentes
como meio de promover mudanças. Ela objetiva proporcionar aos alunos um ambiente
ameno e propício para melhor desenvolverem seus estudos, socialização entre acadêmicos
de outros cursos, conhecimento do contexto acadêmico, estímulo às práticas pedagógicas,
terapêuticas e musicais baseados na interação, ação, criatividade e reflexão de acordo com
suas impressões e percepção de mundo.
Com intuito de melhorar a rotina acadêmica, o ambiente social, e o bem estar dos alunos, a
música em grupo sob os métodos ativos de Dalcroze, ainda concebe de forma integrada as
áreas de ensino e pesquisa para dar continuidade ao propósito da construção das relações
sociais, bem estar e saúde mental dos grupos sociais inseridos no contexto acadêmico,
valorizar o espaço do Campus como espaço para experiências interpessoais e de acréscimo
intelectual.

3. Justificativa

A contribuição da música em grupo como fator de socialização e bem estar, favorece o


desenvolvimento dos participantes numa abordagem que o atinge em sua totalidade.
Quando a música em grupo é percebida como fonte mediadora de aprendizado e bem estar,
ações comuns realizadas no dia a dia acadêmico transformam-se em vivências capazes de
estimular o desenvolvimento humano.
Neste sentido essa pesquisa se justifica na medida que demonstra sua importância na
formação e contribuição para que novos conhecimentos sejam mais facilmente apreendidos
durante a interação social. A música auxilia no desenvolvimento da criatividade e contribui
para a educação.
O desenvolvimento musical se dá de modo contínuo e inicia-se com experiências
verdadeiras. A evolução intelectual requer elementos que contribuam tanto na participação
quanto na estimulação. A prática musical associada a socialização e o bem estar apresenta
relevantes desenvolvimentos no aspecto de interação e bem estar. A música em grupo, em
suas inúmeras formas quando utilizada sob os métodos ativos de Dalcroze, desenvolve
habilidades de raciocínio e criatividade, desperta a consciência rítmica e estética, além de
desenvolver a linguagem oral, a afetividade, a percepção corporal, o bem estar e a
socialização
4. Métodos e Procedimentos

Pesquisa de campo entre os acadêmicos do Unisantana como forma de integração social e


demonstração do projeto de pesquis. Levantamento de dados e pesquisa do interesse da
participação dos acadêmicos na atividade musical, rítmica e corporal, mediada pelo método
Dalcroze, para socialização e bem estar dos participantes.
Organização de amostra do projeto de pesquisa no Campus do Unisant’Anna para os
acadêmicos como forma de integração e demonstração do projeto de pesquisa por meio de
atividade musical, rítmica e corporal, mediada pelo método Dalcroze, para socialização e
bem estar dos participantes.
Realização da Oficina de Música com método ativo de Dalcroze. A oficina consistirá num
encontro com o público acadêmico, convidado para uma oficina social, de interação pela
prática de atividades musicais e dinâmicas de grupo que utilizem exercícios de adaptação e
flexibilidade de movimentos, exercícios de reação e de relaxamento, vocalizes e exercícios
rítmicos.
Realização do Workshop de Música como fator de socialização e de bem estar no Campus
do Unisant’Anna. O workshop consistirá num encontro com o público e com especialistas
convidados, para uma aula interativa e dinâmica pela prática de atividades musicais e
corporais de movimentos que provoquem reflexos de inibição e excitação e exercícios
corporais e musicais de relaxamento, vocalizes a três vozes e homólogos rítmicos.

5. Resultados e/ ou produtos esperados

A música quando realizada em atividades que exploram o som e o ritmo corporal, pode
veicular a socialização e o bem estar dos envolvidos. Como atividade em grupo possui um
grande potencial no que diz respeito ao desenvolvimento das relações humanas e se utiliza
não só das experiências musicais, mas das relações delas decorrentes como meio de
promover mudanças. Ela objetiva melhorar as relações interpessoais estimulando o bem
estar, reduzindo estresses e tensões demasiadas no ambiente socioculturais, resultando em
motivação e autoestima. São partes integrantes e interdependentes do processo da
Musicoterapia, tanto a prática musical, quanto às relações interpessoais.(BRUSCIA, 2000).
Nossa capacidade de conectar-nos uns aos outros é diretamente afetada pela música
mediante circuitos cerebrais envolvidos na empatia, que geram confiança, criam afetividade,
desenvolvem cooperação e significado social. A importância da música no desenvolvimento
humano, está diretamente ligada a capacidade que temos de nos relacionar uns com os
outros, criando um ambiente de autoexpressão emocional, de afinidade, confiança física e
psicológica, responsável por promover resultados benéficos à saúde. Por meio dessa
interação chegamos a compartilhar um ambiente social de sincronia que transmite emoções
e sentimentos. As nossas emoções se desenvolvem e nos preparam para lidar rapidamente
com eventos essenciais às nossas vidas (EKMAN, 2011). As atividades socioculturais
musicais no meio acadêmico visam promover a integração do ensino entre a comunidade
acadêmica, possibilita a prática das atividades voltadas para o ensino aprendizagem e
experimentação musical.

6. Recursos financeiros, humanos e físicos e equipamentos disponíveis


Recursos financeiros para confecção de materiais de divulgação da Oficina e do Workshop.
Recursos humanos: Palestrante, Profissionais da Área da Música e da Terapia, público que
compõe a comunidade acadêmica.
Recursos físicos: Campus do Unisant’Anna, Sala de aula ou espaço social.
Equipamentos disponíveis que viabilizem a projeção de documentos em powerpoints,
notebook, equipamento de som, áudio e microfone.

7. Cronograma

Pesquisa de campo entre os acadêmicos do Unisantana.


Levantamento de dados e pesquisa do interesse da participação dos acadêmicos na
atividade musical.
Elaboração de material de divulgação. Divulgação
Organização de amostra do projeto de pesquisa no Campus do Unisant’Anna
Elaboração e organização da Oficina de Música com método ativo de Dalcroze no Campus
da Unisantana.
Realização da Oficina de Música com método ativo de Dalcroze.
Elaboração e organização do Workshop de Música como fator de socialização e de bem
estar no Campus do Unisant’Anna.
Realização do Workshop de Música como fator de socialização e de bem estar no Campus
do Unisant’Anna.

8. Riscos e Dificuldades

O risco e a dificuldade para realização do projeto de pesquisa será a aceitação e resposta


do público envolvido, local, e data indisponíveis para a realização dos encontros sociais, e
motivos de força maior que inviabilize a realização da pesquisa no Campus.
Uma vez que o envolvimento e participação do público torna-se essencial para a efetivação
das atividades e seus objetivos de socialização e bem estar no âmbito acadêmico, fatores
como inibição e falta de interação deixarão a desejar as atividades propostas pela pesquisa.

9. Referências bibliográficas

.BAUMAN, Z. Vida líquida. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 2007.

.BRITO, Teca Alencar de. Música na educação infantil. São Paulo: Peirópolis, 2003.

.BORDIN, Valmor. Voo rumo às asas: a arte e o vínculo como remédio. Rio Grande do Sul:
Nova Prata, 2009
.BRUSCIA, Kenneth E. Definindo Musicoterapia. 2. ed. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000.

.CHAGAS, Marly. Ritmo, som, vida. In Energia e cura. Petrópolis: Vozes. Rev. de Cultura das
vozes. ano 84, número 84, set. out., 1990. pp 585-592

.DUBAR, C. A socialização: Construção das identidades sociais e profissionais. Trad.


Andréa Stahel M. Silva. São Paulo: Martins Fontes, 2005

.EKMAN, Paul. A linguagem das emoções: revolucione sua comunicação e seus


relacionamentos reconhecendo todas as expressões das pessoas ao redor. São Paulo: Lua
de Papel, 2011.

.FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e


educação. 2 ed.São Paulo: Editora UNESP; Rio de Janeiro: Funarte, 2008

.HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. São Paulo: L&PM
Editores, 2015.

.ILARI, Beatriz. Música, comportamento social e relações interpessoais. Psicologia em


Estudo, Maringá, v. 11, n. 1, p. 191-198, Apr. 2006c.

.JOURDAIN, Robert. Música, Cérebro e Êxtase. Rio de Janeiro: Objetiva,1998.

.LIPP, M. E. N; NOVAES, L.E. Conhecer e enfrentar o stress. 1 ed. São Paulo: Contexto,
1998.

.MARTIN, L. J. Formação humana na ICES: Convivência acadêmica em foco. Caxias do Sul,


Brasil: ICES, 2017

.MILLECCO Filho, Luis Antônio, BRANDÃO, Maria Regina E., MILLECCO, Ronaldo P. É
Preciso Cantar – Musicoterapia, Canto e Canções. Rio de Janeiro: Enelivros. 2000.

.PAZ, Ermelinda A. Pedagogia Musical Brasileira no Século XX. Metodologias e Tendências.


2.ed. revista e aumentada. Brasília: Editora MusiMed, 2013

.RODRIGUES, I. E. A rítmica de Émile Jaques Dalcroze: uma educação por e para a


música. Uberlândia: Associação Pró- Música de Uberlândia.
.RUUD, Even. Caminhos da Musicoterapia. Tradução de Vera Bloch Wrobel. São Paulo:
Summus. 1990

.SEKEFF, Maria de L. Da Música: seus usos e recursos. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP,
2007.

.VOLTARELLI, JC. Estresse e produtividade acadêmica. Rev Med Ribeirão Preto.


2002;35(4):1-2.

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