Direito Administrativo 25 Questes
Direito Administrativo 25 Questes
Direito Administrativo 25 Questes
DIREITO ADMINISTRATIVO
Dicas de estudos:
Direito Administrativo é uma das matérias que mais tem questões na OAB,
e por isso é tão importante você dominá-la para a prova.
Se você for fazer concurso, bom… você vai ter de saber mais ainda, porque
assim como Direito Constitucional, caem muitas questões em praticamente todos.
Sumário
DIREITO ADMINISTRATIVO........................................................................................ 1
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA .................................................................... 3
ATOS ADMINISTRATIVOS .......................................................................................................... 4
SERVIDORES PÚBLICOS ............................................................................................................. 5
AGENTES PÚBLICOS ................................................................................................................. 11
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................ 15
PROCESSO ADMINISTRATIVO .................................................................................................. 16
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................. 17
LICITAÇÕES .............................................................................................................................. 19
SERVIÇOS PÚBLICOS ................................................................................................................ 24
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ................................................................................... 28
BENS PÚBLICOS E INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE .......................................... 29
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.............................................................................. 33
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ............................................................................................ 34
GABARITO ................................................................................................................................ 38
OAB DESCOMPLICADA
No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para
a realização de atividades de relevante interesse econômico. Para tanto, fez editar
a respectiva lei autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos
constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal entidade
administrativa está em vias de iniciar suas atividades.
COMENTÁRIOS:
4
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e
contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
GABARITO: Gabarito A
ATOS ADMINISTRATIVOS
2) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXXI – 2020
a) revogar os atos administrativos que contenham vícios insanáveis, ainda que com
base em valores jurídicos abstratos.
b) convalidar os atos administrativos que apresentem vícios sanáveis, mesmo que
acarretem lesão ao interesse público.
c) desconsiderar as circunstâncias jurídicas e administrativas que houvessem
imposto, limitado ou condicionado a conduta do agente nas decisões sobre a
regularidade de ato administrativo.
d) indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas da
invalidação de ato administrativo.
COMENTÁRIOS:
A alternativa “D” está correta. Vejamos o que dispõe o Artigo 21, caput, do
Decreto-lei 4.657/42:
SERVIDORES PÚBLICOS
3) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018
6
o poder concedente encampar o contrato de concessão, retomando o serviço
público.
c) Se a concessionária desrespeitar os parâmetros de qualidade do serviço
estabelecidos no contrato, a concessão poderá ser extinta unilateralmente pelo
poder concedente, aplicando-se o instituto da rescisão.
d) Ao fim da concessão, os veículos utilizados retornam ao poder concedente,
independentemente de expressa previsão no edital e no contrato.
COMENTÁRIOS:
[…]
1
OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. São Paulo: Método, 2017.
OAB DESCOMPLICADA
7
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério
do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou
a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste
artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
(...)
GABARITO: Gabarito A
8
d) O direito de greve é constitucionalmente assegurado a todas as categorias
profissionais, incluindo os militares das Forças Armadas, os policiais militares e
os bombeiros militares.
COMENTÁRIOS:
Sobre essa questão, vamos copiar agora de maneira integral uma matéria
publicada no site Dizer o Direito2, (instagram: @dizerodireito):
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Quais são os requisitos para que os servidores públicos possam fazer greve?
São requisitos para a deflagração de uma greve no serviço público:
a) tentativa de negociação prévia, direta e pacífica;
b) frustração ou impossibilidade de negociação ou de se estabelecer uma agenda
comum;
c) deflagração após decisão assemblear;
d) comunicação aos interessados, no caso, ao ente da Administração Pública a que a
categoria se encontre vinculada e à população, com antecedência mínima de 72 horas
(uma vez que todo serviço público é atividade essencial);
e) adesão ao movimento por meios pacíficos; e
f) a garantia de que continuarão sendo prestados os serviços indispensáveis ao
atendimento das necessidades dos administrados (usuários ou destinatários dos
serviços) e à sociedade.
2 Disponível em https://www.dizerodireito.com.br/2017/09/compete-justica-comum-e-nao-
justica-do.html acesso em 05/06/2019
OAB DESCOMPLICADA
9
STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845).
Assim, a Justiça Comum é sempre competente para julgar causa relacionada ao direito
de greve de servidor público da Administração direta, autárquica e fundacional, pouco
importando se se trata de celetista ou estatutário.
Vale fazer, contudo, uma importante ressalva: se a greve for de empregados públicos
de empresa pública ou sociedade de economia mista, a competência será da Justiça do
Trabalho.
Estadual ou Federal
• Se os servidores públicos que estiverem realizando a greve forem municipais ou
estaduais, a competência será da Justiça Estadual.
• Se os servidores públicos grevistas forem da União, suas autarquias ou fundações, a
competência será da Justiça Federal.
10
dissídio de greve será do STJ (por aplicação analógica do art. 2º, I, "a", da Lei nº
7.701/88).”
GABARITO: Gabarito A
COMENTÁRIOS:
11
(...)
III – julgamento
GABARITO: Gabarito A
AGENTES PÚBLICOS
6) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXX – 2019
José, servidor público federal ocupante exclusivamente de cargo em
comissão, foi exonerado, tendo a autoridade competente motivado o ato em
reiterado descumprimento da carga horária de trabalho pelo servidor. José
obteve, junto ao departamento de recursos humanos, documento oficial com
extrato de seu ponto eletrônico, comprovando o regular cumprimento de sua
jornada de trabalho.
Assim, o servidor buscou assistência jurídica junto a um advogado,
que lhe informou corretamente, à luz do ordenamento jurídico, que
a) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de
exoneração, eis que o próprio texto constitucional estabelece que cargo em
comissão é de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente, que
não está vinculada ou limitada aos motivos expostos para a prática do ato
administrativo.
OAB DESCOMPLICADA
12
b) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de
exoneração, eis que tal ato é classificado como vinculado, no que tange à
liberdade de ação do administrador público, razão pela qual o Poder Judiciário
não pode se imiscuir no controle do mérito administrativo, sob pena de violação
à separação dos Poderes.
c) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração,
eis que, apesar de ser dispensável a motivação para o ato administrativo
discricionário de exoneração, uma vez expostos os motivos que conduziram à
prática do ato, estes passam a vincular a Administração Pública, em razão da
teoria dos motivos determinantes.
d) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração,
eis que, por se tratar de um ato administrativo vinculado, pode o Poder Judiciário
proceder ao exame do mérito administrativo, a fim de aferir a conveniência e a
oportunidade de manutenção do ato, em razão do princípio da inafastabilidade
do controle jurisdicional.
COMENTÁRIOS:
A alternativa correta é a letra “C”.
Vejamos o AgRg no RMS 32437/MG do STJ:
ADMINISTRATIVO. EXONERAÇÃO POR PRÁTICA DE NEPOTISMO.
INEXISTÊNCIA. MOTIVAÇÃO. TEORIA DOS MOTIVOS
DETERMINANTES. 1. A Administração, ao justificar ato administrativo,
fica vinculada às razões ali exposta, para todos os efeitos jurídicos, de
acordo com o preceituado na teoria dos motivos determinantes. A
motivação é que legitima e confere validade ao ato administrativo
discricionário. Enunciadas pelo agente as causas em que pautou,
mesmo que a lei não haja imposto tal dever, o ato só será legítimo se
elas realmente tiverem ocorrido. 2. Constata a inexistência da razão
ensejadora da demissão do agravado pela Administração (prática
de Nepotismo) e considerando a vinculação aos motivos que
determinaram o ato impugnado, este deve ser anulado, com a
consequente reintegração do impetrante. Precedentes do STJ. 3.
Agravo regimental não provido. (STJ – AgRg no RMS 32437
2010/0118191-3, Relator: Ministro Herman Benjamin, data do
julgamento: 22/02/2011)
GABARITO: ALTERNATIVA C
13
Assim, o servidor buscou assistência jurídica junto a um advogado,
que lhe informou corretamente, à luz do ordenamento jurídico, que
a) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de
exoneração, eis que o próprio texto constitucional estabelece que cargo em
comissão é de livre nomeação e exoneração pela autoridade competente, que
não está vinculada ou limitada aos motivos expostos para a prática do ato
administrativo.
b) não é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de
exoneração, eis que tal ato é classificado como vinculado, no que tange à
liberdade de ação do administrador público, razão pela qual o Poder Judiciário
não pode se imiscuir no controle do mérito administrativo, sob pena de violação
à separação dos Poderes.
c) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração,
eis que, apesar de ser dispensável a motivação para o ato administrativo
discricionário de exoneração, uma vez expostos os motivos que conduziram à
prática do ato, estes passam a vincular a Administração Pública, em razão da
teoria dos motivos determinantes.
d) é viável o ajuizamento de ação judicial visando a invalidar o ato de exoneração,
eis que, por se tratar de um ato administrativo vinculado, pode o Poder Judiciário
proceder ao exame do mérito administrativo, a fim de aferir a conveniência e a
oportunidade de manutenção do ato, em razão do princípio da inafastabilidade
do controle jurisdicional.
COMENTÁRIOS:
Ainda que a exoneração se trate de um ato administrativo discricionário, a
administração fica vinculada às razões expostas. É a motivação que legitima e confere
validade para que eles ocorram. Nesse caso, José pode provocar o poder judiciário para
demonstrar a ilegitimidade do ato, visto que o motivo da exoneração é equivocado, uma
vez que seus cartões de ponto demonstravam que ele não praticava os atos que
motivaram sua exoneração.
Vejamos a ementa do AgRg no RMS 32437/MG do STJ:
ADMINISTRATIVO. EXONERAÇÃO POR PRÁTICA DE NEPOTISMO.
INEXISTÊNCIA. MOTIVAÇÃO. TEORIA DOS MOTIVOS
DETERMINANTES. 1. A Administração, ao justificar o ato
administrativo, fica vinculada às razões ali expostas, para todos os
efeitos jurídicos, de acordo com o preceituado na teoria dos motivos
determinantes. A motivação é que legitima e confere validade ao ato
administrativo discricionário. Enunciadas pelo agente as causas em
que se pautou, mesmo que a lei não haja imposto tal dever, o ato só
será legítimo se elas realmente tiverem ocorrido. 2. Constada a
inexistência da razão ensejadora da demissão do agravado pela
Administração (prática de nepotismo) e considerando a vinculação aos
motivos que determinaram o ato impugnado, este deve ser anulado,
com a consequência reintegração do impetrante. Precedentes do STJ.
3. Agravo Regimental não provido. (STJ – AgRg no RMS 32437/MG
2010/0118191-3, Relator: Min. Herman Benajmin).
Gabarito: Alternativa C
OAB DESCOMPLICADA
14
COMENTÁRIOS:
Assim determina o Artigo 37, V da CF/88:
Art. 37 (...): V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;"
15
RE 376.440/DF ementa: Embargos de declaração em recurso
extraordinário. Conversão em agravo regimental, conforme pacífica
orientação da Corte. Lei distrital que criou cargos em comissão para
funções rotineiras da Administração Pública. Impossibilidade. 1. A
decisão ora atacada reflete a pacífica jurisprudência da Corte a
respeito do tema, a qual reconhece a inconstitucionalidade da criação
de cargos em comissão para funções que não exigem o requisito da
confiança para seu preenchimento. 2. Esses cargos, ademais,
deveriam ser preenchidos por pessoas determinadas, conforme
descrição constante da aludida lei. 3. Embargos de declaração
recebidos como agravo regimental, ao qual é negado provimento.3
Gabarito: Alternativa A
3
Disponível http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=7236152
OAB DESCOMPLICADA
16
COMENTÁRIOS:
O fundamento para a questão encontra-se no Artigo 78 do CTN:
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração
pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos.
GABARITO: ALTERNATIVA D
PROCESSO ADMINISTRATIVO
10) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXIX – 2019
Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de
se passar por filha de Astolfo (recentemente falecido, com quem ela não tinha
qualquer parentesco), movida pela intenção de obter pensão por morte do
pretenso pai, que era servidor público federal. Para tanto, apresentou os aludidos
documentos forjados e logrou a concessão do benefício junto ao órgão de origem,
em março de 2011, com registro no Tribunal de Contas da União, em julho de 2014.
Contudo, em setembro de 2018, a administração verificou a fraude, por meio de
processo administrativo em que ficou comprovada a má-fé de Luciana, após o
devido processo legal.
Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao exercício da
autotutela, assinale a afirmativa correta.
a) A administração tem o poder-dever de anular a concessão do benefício diante
da má-fé de Luciana, pois não ocorreu a decadência.
b) O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da pensão junto ao
órgão de origem importa na decadência do poder-dever da administração de
anular a concessão do benefício.
c) O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro sana o vício
do ato administrativo, de modo que a administração não mais pode exercer a
autotutela.
d) Ocorreu a prescrição do poder-dever da administração de anular a concessão
do benefício, na medida em que transcorrido o prazo de três anos do registro
perante o Tribunal de Contas.
COMENTÁRIOS:
OAB DESCOMPLICADA
17
Em regra, o prazo decadencial da administração pública é de 5 anos.
Contudo, há exceções, como por exemplo os que são eivados de má-fé, como no caso
da questão. Isso está previsto no Artigo 54 da Lei 9.784/99, que diz:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
GABARITO: Alternativa A
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
11) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018
18
será necessário aumentar as quantidades de alguns serviços. Em termos
financeiros, o acréscimo será de 20% – que corresponde a R$ 2.000.000,00 – em
relação ao valor inicial atualizado do contrato.
COMENTÁRIOS:
A alternativa “B” está correta por força do Artigo 65, parágrafo 1º da Lei de
Licitações (mencionada acima):
"Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com
as devidas justificativas, nos seguintes casos:
(...)
19
Por fim, a alternativa “D” também está errada, tendo em vista que a
insuficiência do projeto não implica necessariamente na anulação do contrato, conforme
prevê o Artigo 57, parágrafo 1º da Lei 8666/93:
"Art. 57 (...)
GABARITO: Gabarito B
LICITAÇÕES
12) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVII – 2018
COMENTÁRIOS:
20
I - disputa final, em que os licitantes empatados poderão
apresentar nova proposta fechada em ato contínuo à
classificação;"
IV – sorteio
GABARITO: Gabarito D
21
a) O Município Sigma não poderia ter se utilizado da modalidade convite para a
situação descrita.
b) A licitação é inválida, pois o resumo do instrumento convocatório deveria ser
publicado em jornal de circulação no Município Sigma.
c) Se o Município Sigma não justificar a presença de apenas duas licitantes, diante
da existência de limitações de mercado ou pelo desinteresse dos convidados,
deverá repetir o convite.
d) Não é cabível realizar o convite de sociedades que não estejam cadastradas no
registro pertinente.
COMENTÁRIOS:
A alternativa “A” está errada em virtude do que está disposto no Artigo 1º, I
do Decreto 9.412/2018, que alterou o Artigo 23, I e II da Lei 8.666/93, passando a
constar que para obras e serviços de engenharia a modalidade convite é aceita até R$
330.000,00.
A alternativa “B” está equivocada porque a modalidade convite não
necessita de publicação de avisos contendo os resumos dos editais, conforme Artigo
21, III da Lei de Licitações:
(...)
A alternativa “C” está correta por expressa previsão do Artigo 22, parágrafo
7º da Lei de Licitações:
22
convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa,
a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório
e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente
especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de
até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
GABARITO: Gabarito C
COMENTÁRIOS:
A alternativa “a” encontra-se equivocada, visto que não há proibição de
indicação de marca em procedimento licitatório, conforme disposto no Artigo 47, I da Lei
13.303/16.
A alternativa “b” também está equivocada, visto que a lei 13.303/16 traz uma
inversão de fases em relação à lei de licitação. O Artigo 51 da referida lei dispõe a
seguinte sequencia:
I - preparação;
OAB DESCOMPLICADA
23
II - divulgação;
IV - julgamento;
VI - negociação;
VII - habilitação;
IX - adjudicação do objeto;
GABARITO: ALTERNATIVA D
24
COMENTÁRIOS:
A hipótese descrita no caso indica licitação dispensável, nos termos do
Artigo 24, XXXV da Lei 8.666/96:
Art. 24. É dispensável a licitação:
GABARITO: ALTERNATIVA C
SERVIÇOS PÚBLICOS
16) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019
COMENTÁRIOS:
OAB DESCOMPLICADA
25
Neste caso, também há dispositivo legal que fala expressamente sobre o
caso narrado, qual seja:
É por isso que sempre dizemos que, além de muitos exercícios, você
também deve dedicar quantidade razoável de seu tempo à leitura de lei seca. A OAB e
os Concurso Públicos adoram esse tipo de questões em se tratando de primeira fase.
GABARITO: Gabarito A
26
implantação/operação do serviço, o ente local aportará recursos como
complementação da remuneração do parceiro privado.
Sobre a questão, assinale a afirmativa correta.
a) Como o parceiro privado será remunerado pela tarifa do serviço de transporte e
por uma contrapartida do poder público, a concessão será celebrada na
modalidade administrativa.
b) A contrapartida do parceiro público somente pode se dar em dinheiro, não sendo
permitido qualquer outro mecanismo, a exemplo da outorga de direitos em face
da Administração Pública.
c) A vigência do futuro contrato é adequada, mas, por se tratar de negócio com
duração de trinta e cinco anos, não poderá haver prorrogação contratual.
d) Independentemente da proporção da contrapartida do parceiro público frente ao
total da receita auferida pelo parceiro privado, não haverá necessidade de
autorização legislativa específica.
COMENTÁRIOS:
A questão fica fácil de ser compreendi com os Artigos abaixo elencados da
Lei 11.079/04:
Lei nº 11.079/04, art. 5º As cláusulas dos contratos de parceria
público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da Lei nº 8.987/95,
no que couber, devendo também prever:
Complementando:
27
GABARITO: Alternativa C
Nesse caso,
COMENTÁRIOS:
28
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida
da verificação da inadimplência da concessionária em processo
administrativo, assegurado o direito de ampla defesa."
Gabarito: Alternativa D
29
b) do Estado, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil
direta e subjetiva, para cuja configuração é prescindível a comprovação de dolo
ou culpa de Rafael.
c) de Rafael, com base em sua responsabilidade civil direta e objetiva, para cuja
configuração é desnecessária a comprovação de ter agido com dolo ou culpa,
assegurado o direito de regresso contra a concessionária.
d) do Município, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, para cuja configuração é imprescindível a comprovação de dolo ou
culpa de Rafael.
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Alternativa A
30
a) Ana deverá ajuizar ação de retrocessão do imóvel, considerando que o Município
não possui competência para atuar na educação infantil, de modo que não
poderia alterar a destinação do bem expropriado para esta finalidade.
b) Cabe a Ana buscar a anulação do acordo firmado com o Município, que deveria
ter ajuizado a indispensável ação de desapropriação para consumar tal
modalidade de intervenção do estado na propriedade.
c) O ordenamento jurídico não autoriza que Ana impugne a desapropriação
amigável acordada com o Município, porque a nova destinação conferida ao
imóvel atende ao interesse público, a caracterizar a chamada tredestinação
lícita.
d) Ana deverá ajuizar ação indenizatória em face do ente federativo, com base na
desapropriação indireta, considerando que o Município não pode conferir
finalidade diversa da constante no decreto expropriatório.
COMENTÁRIOS:
31
GABARITO: Alternativa C
NOTÍCIA INDICADA
https://liciniarossi.com.br/informativos-stf-stj/desapropriacao-tredestinacao-e-
retrocessao/
COMENTÁRIOS:
O gabarito da referida questão encontra-se no Artigo 19 do Decreto Lei 25
de 1937:
Decreto-lei nº 25/37, art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não
dispuser de recursos para proceder às obras de conservação e
OAB DESCOMPLICADA
32
reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das
mencionadas obras, sob pena de multa correspondente ao dobro da
importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa.
GABARITO: Alternativa B
COMENTÁRIOS:
É importante saber que caduca em 5 anos a expedição de declaração de
utilidade pública. No caso, como se vê, a expedição foi em 2011 e o edital em 2018, ou
seja, 7 anos depois!
Vejamos os seguintes dispositivos legais:
Decreto-lei nº 3.365/41, art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se
mediante acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de 5 anos,
contados da data da expedição do respectivo decreto e findos os
quais este caducará. (Vide Decreto-lei nº 9.282/46). Neste caso,
somente decorrido 1 ano, poderá ser o mesmo bem objeto
de nova declaração.
33
Complementando:
GABARITO: Alternativa C
34
COMENTÁRIOS:
Gabarito: Alternativa A
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
24) OAB/FGV – Exame de Ordem Unificado XXVIII – 2019
35
prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. Em
escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-
se o direcionamento da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo
Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do Município Alfa. Tendo sido
feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado.
COMENTÁRIOS:
(...)
36
de recursos federais é do Tribunal de Contas da União, conforme
o art. 70 e incisos da Constituição. 2. O art. 2º da mesma lei, por sua
vez, é compatível com a Constituição. A previsão de repasse
automático de recursos do Fundo para Estados e Municípios, ainda
que desvinculado da celebração prévia de convênio, ajuste, acordo ou
contrato, não afasta a competência do TCU prevista no art. 71, VI, da
Carta. 3. Procedência parcial do pedido."
(ADI - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 1934, Pleno,
rel. Ministro ROBERTO BARROSO, 7.2.2019)
(...)
As sanções, por sua vez, estão previstas no Artigo 12, II que determina:
(...)
A alternativa “C” também está incorreta, haja vista que a Vale Tudo, ainda
que não sendo agente público, responde pelas sanções aplicáveis à referida Lei de
Improbidade Administrativa, conforme prevê o Artigo 3º:
OAB DESCOMPLICADA
37
Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele
que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a
prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma
direta ou indireta
A alternativa “D” está correta com base nos Artigos 10, VIII e 12, II,
transcritos acima.
GABARITO: Alternativa D
COMENTÁRIOS:
É perfeitamente possível a modalidade culposa nos casos de lesão ao
erário. Vejamos o que dispõe o Artigo 10, IV da Lei de Improbidade Administrativa:
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje
perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação
dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e
notadamente:
38
GABARITO: Alternativa B
VIDEOAULA INDICADA:
AlfaConcursos – Improbidade Administrativa
https://www.youtube.com/watch?v=dScjZHxXtMw&t=2s
GABARITO
1-A 6 -C 11 - B 16 - A 21 - B
2-D 7 -C 12 - D 17 - C 22 - C
3-A 8-A 13 - C 18 - D 23 - A
4-A 9-D 14 - D 19 - A 24 - D
5-A 10 - A 15 - C 20 - C 25 - B