Apostila Pig Senai
Apostila Pig Senai
Apostila Pig Senai
OPERAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS
E DISPOSITIVOS
DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
OPERAÇÃO DE
EQUIPAMENTOS
E DISPOSITIVOS
DE REDES DE
DISTRIBUIÇÃO
©2014. SENAI Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico,
mecânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI-São
Paulo, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
ISBN 978-85-7519-791-2
1. Materiais 2. Equipamentos 3. Testes 4. Análise de risco
5. Técnicas de operação 5. Rede de distribuiçao I. Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional de São Paulo II. Título
III. Série
CDU: 005.95
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001
Departamento Nacional Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de figuras, quadros e tabelas
Figura 1 - Estrutura curricular do curso de
Eletricista de Redes de distribuição de energia elétrica.......................................................................................10
Figura 2 - Disposição de materiais, ferramentas e equipamentos
de segurança, previamente selecionados para realização de uma atividade..............................................14
Figura 3 - Eletricista de redes efetuando conexão em rede secundária de energia..................................15
Figura 4 - Chave seccionadora monofásica – classe de tensão 15 kV..............................................................25
Figura 5 - Chave seccionadora trifásica – classe de tensão 15 kV.....................................................................25
Figura 6 - Detalhes de composição da chave tipo faca........................................................................................26
Figura 7 - Chaves tipo faca instaladas na vertical...................................................................................................26
Figura 8 - Chaves tipo faca instaladas na horizontal.............................................................................................27
Figura 9 - Chave fusível – classe de tensão 15 kV....................................................................................................27
Figura 10 - Composição da chave fusível...................................................................................................................28
Figura 11 - Composição dos elos fusíveis..................................................................................................................29
Figura 12 - Elo e chave fusível com cartucho de armazenamento aberto.....................................................30
Figura 13 - Elo fusível rompido dentro do tubinho................................................................................................31
Figura 14 - Composição do loadbuster......................................................................................................................34
Figura 15 - Abertura da chave fusível com utilização do loadbuster...............................................................35
Figura 16 - Estojo para acondicionamento do LB...................................................................................................37
Figura 17 - Placa de identificação.................................................................................................................................38
Figura 18 - Placas de identificação equipamentos.................................................................................................38
Figura 19 - Religadora tipo KF – 15 kV........................................................................................................................41
Figura 20 - Detector de tensão......................................................................................................................................46
Figura 21 - Detector de tensão acoplado ao bastão
de manobra, verificando ausência de tensão em RDA........................................................................................47
Figura 22 - Conjunto de aterramento temporário para redes primárias........................................................50
Figura 23 - Aplicação de aterramento em rede aérea primária.........................................................................50
Figura 24 - Conjunto de aterramento temporário para redes secundárias...................................................51
Figura 25 - Instalação do conjunto de aterramento temporário.......................................................................52
1 Introdução...........................................................................................................................................................................9
2 Planejamento...................................................................................................................................................................13
2.1 Seleção de materiais, ferramentas e equipamentos de segurança...........................................14
2.2 Programação dos serviços junto à COD...............................................................................................16
2.3 A importância do planejamento............................................................................................................17
2.4 Comunicação com a COD.........................................................................................................................18
Referências............................................................................................................................................................................55
Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................57
Índice......................................................................................................................................................................................59
Introdução
Você já deve ter percebido que é muito gratificante ser um profissional da área de energia,
pois a função engloba atividades diversificadas que acompanham desafios diários.
Nesta unidade curricular, Operação de Equipamentos e Dispositivos de Redes de Distribui-
ção, que compõe o módulo Específico II do curso Eletricista de Redes de Distribuição de
Energia Elétrica você estudará o planejamento e as técnicas de operação dos equipamentos
de manobra, instalados nas redes de distribuição aérea de energia, para a realização das ativi-
dades do eletricista de redes.
Veja, na figura a seguir, a posição desta unidade no itinerário de formação e qual o caminho
a ser percorrido até que você atinja seu objetivo final.
OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO
10
Reunimos nos capítulos deste livro as informações básicas para você seguir os estudos nesta área,
tais como, o levantamento e separação de materiais e equipamentos, os testes, a elaboração da aná-
lise preliminar de riscos, as comunicações junto a Central de Operações da Distribuição – COD e as
técnicas de operação dos equipamentos e materiais destinados à realização das manobras operati-
vas na Rede de Distribuição Aéreas – RDA.
1 INTRODUÇÃO
11
Esses conhecimentos fornecerão subsídios para que você possa adotar medi-
das preventivas de controle dos riscos, analisar as características do projeto e o es-
tado da rede existente e aplicar os procedimentos para testes de equipamentos,
de acordo com normas específicas.
Convidamos você a estudar os principais aspectos sobre operação de equi-
pamentos e dispositivos de redes de distribuição, para que, integrando teoria e
prática, possa se tornar um profissional nesta área.
Bons estudos!
Planejamento
Neste capítulo você estudará como são planejadas as tarefas de operação de equipamentos
e dispositivos de manobra e proteção utilizados em redes de distribuição aérea de energia,
antes da execução propriamente dita.
É importante lembrar que tudo isto será variável, pois a realização dessas tarefas depende
da classe de tensão e dos padrões que são adotados pelas concessionárias de energia elétrica
de cada localidade.
Esses estudos contribuirão para que você possa realizar as seguintes atividades:
a) preencher formulários;
b) realizar análise preliminar de risco – APR;
c) registrar possíveis divergências sobre as condições técnicas de materiais, equipamentos
e ferramental;
d) cumprir procedimentos de trabalho – PT e ordens de serviço – OS;
e) selecionar e inspecionar as ferramentas e equipamentos de proteção individual e cole-
tivos, adequados ao tipo de atividade;
f ) selecionar normas, padrões e procedimentos de acordo com o serviço proposto;
g) aplicar procedimentos para testes de equipamentos e dispositivos, de acordo com nor-
mas específicas;
h) identificar o número da chave ou do equipamento a ser manobrado.
Bons estudos!
OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO
14
Essas manobras são realizadas, na maioria das vezes, para controlar o fluxo de
energia dos circuitos alimentadores, também conhecidos como circuitos primá-
rios de distribuição. No entanto, por vezes, as manobras ocorrem para que sejam
executadas manutenções nas redes distribuidoras, e é justamente por isso que é
fundamental que você compreenda a necessidade de programar os serviços.
Em nosso curso, trabalharemos com a rede desenergizada (desligada) para
ampliar a segurança dos eletricistas de rede que estarão comprometidos com a
execução dos trabalhos.
Porém, não é tão simples desligar a rede. Esta ação causa prejuízo e descon-
forto aos clientes da concessionária de energia elétrica, e, portanto, planos de
estudos devem ser realizados, visando minimizar os impactos. É exatamente por
esses motivos que destacamos a necessidade de se definir a programação dos
serviços junto à COD.
A empresa concessionária de energia elétrica tem o compromisso de garantir
o fornecimento de energia sem interrupções; porém, é justificável o desligamento
de alguns trechos da rede para a realização das manutenções. É importante des-
tacar que quanto menos consumidores sofrerem sem energia, melhor será para a
concessionária e para seus clientes, e, por isso, o trecho de rede a ser interrompido
deve ser o menor possível.
Enfim, quando for necessário que se proceda ao desligamento da rede ou ree-
nergização, de trechos dela, cabe à COD realizar essa ação.
1
ABALROAMENTO: Em determinadas situações, no entanto, o planejamento deve ser refeito até
que sejam encontradas e resolvidas todas as questões que envolvem a solução
Ato ou efeito de abalroar2;
colisão; choque violento de do problema. Este replanejamento é uma forma de se fazer uma revisão do que
uma coisa com outra.
foi previsto, reforçando-se assim as probabilidades de diminuição de erros em
relação ao plano original. Essa é uma das funções da COD, em conjunto com o
solicitante da programação de execução dos serviços nas redes distribuidoras.
2
ABALROAR:
Chocar-se, ir de encontro
a alguma coisa. Colidir,
geralmente veículos, em
2.4 COMUNICAÇÃO COM A COD
estruturas das redes aéreas
de distribuição. O início da jornada de trabalho de um Eletricista de Redes de Distribuição de
Energia Elétrica – ERDE é, na maioria das vezes, constituído pela comunicação via
rádio com a central de operações da distribuição – COD. Isso acontece porque é a
COD que gerencia o expediente desse profissional, principalmente nos momen-
tos em que serão executadas manutenções nas redes.
As intervenções de caráter emergencial em RDA, como por exemplo, as ocor-
rências de abalroamento1, queda de galhos de árvores, rompimento de condu-
tores ou de quaisquer estruturas da rede que motivem desligamentos não pro-
gramados, acarretam desligamentos que fogem ao controle das concessionárias.
Nessa situação, o tempo de reparo para reestabelecimento do fornecimento de
energia elétrica é fundamental para atender aos indicadores de qualidade que
são impostos pelos órgãos reguladores.
Nessas circunstâncias, as etapas de planejamento são ignoradas, em detrimento
da necessidade de atender aos clientes. Porém, as equipes que prestarão estes servi-
ços devem estar treinadas e capacitadas para tomar todas as providências que satis-
façam às condições impostas pelas normas e padrões aplicados pela concessionária.
As equipes que prestam serviço de atendimento emergencial nas RDAs reali-
zam a elaboração da APR no local da ocorrência, e o início da execução dos servi-
ços está condicionado à autorização por parte da COD. Por isso, é de fundamental
necessidade que seja feita a comunicação com essa central.
No capítulo 5 do livro de Fundamentos de Redes de Distribuição você encontra
informações detalhadas sobre os procedimentos para entrar em contato com a COD.
Vamos relembrar, então, como é feita esta comunicação, ressaltando-se que sem-
pre haverá a necessidade de confirmação de que a APR foi elaborada. Deste modo,
no diálogo entre o operador (COD) e o eletricista responsável pela execução dos tra-
balhos, o operador irá indagar o executor com a seguinte frase: “REALIZOU APR?”
O eletricista deverá responder à pergunta, que ficará gravada, como forma de
evidenciar a elaboração da APR. Ele deverá informar, ainda, todos os dados referen-
ciados na OS, tais como, seu nome (quem está falando com a COD), o local da ocorrên-
cia, a data, o horário, o número da OS, e outros que porventura possam ser solicitados.
2 PLANEJAMENTO
19
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Anotações:
Técnicas de Manobras em Redes
de Distribuição Aérea de Energia
Você já deve ter percebido que as tarefas de um eletricista de Redes de Distribuição Aérea
exige muita atenção, conhecimento de vários conceitos importantes de eletricidade e de pro-
cedimentos que garantam a segurança de si mesmo e de toda a equipe.
O que fazer quando uma faísca provocar uma labareda de fogo numa estação transforma-
dora de distribuição, no meio da execução de um trabalho?
Você já deve ter escutado falar sobre a importância do aterramento temporário. Mas, como
executar esse procedimento corretamente?
Neste capítulo, você estudará as características de alguns equipamentos de proteção e ma-
nobra utilizados para planejar e realizar desligamentos, aberturas e proteções de circuitos pri-
mários em Redes de Distribuição Aérea – RDA. Adquirindo estes conhecimentos, você poderá
efetuar suas atividades de forma correta e segura.
Vamos recordar alguns termos já tratados neste curso, para podermos apresentar os com-
ponentes instalados e suas funções específicas.
O sistema de distribuição é uma parte do sistema elétrico de potência ou da RDA desti-
nada ao transporte da energia a partir da saída do secundário de um transformador instalado
numa Estação Transformadora de Distribuição – ETD (onde termina a Linha de Transmissão
– LT), até o ponto de entrega da energia nas unidades consumidoras, abrangendo estruturas,
equipamentos e condutores.
A rede primária é o conjunto de elementos instalados na rede de distribuição, que são
energizados a partir de uma ETD, e destina-se ao suprimento da rede secundária e dos consu-
midores, atendidos em tensão primária entre 11 a 36,2 kV.
A rede secundária é composta por componentes do sistema de distribuição, energiza-
da pelas buchas secundárias dos transformadores de distribuição instalados nos postes, e
destina-se ao suprimento dos consumidores, atendidos em tensão secundária entre127 V e
220 V, e à iluminação pública.
OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO
24
As redes de distribuição aérea podem ser urbanas e rurais, que são partes
integrantes do sistema de distribuição aéreo. A rede urbana está localizada den-
tro do perímetro da cidade de cada estado; a rural compõe todas as Linhas de Dis-
tribuição Aéreas - LDA que estiverem fora do perímetro urbano. São compostas
por rede primária e rede secundária de distribuição, as quais estão interligadas
por meio de transformadores rebaixadores e elevadores da tensão elétrica, abran-
gendo tanto as estruturas, quanto os equipamentos e os condutores.
O circuito alimentador primário é parte de uma rede de distribuição primá-
ria que alimenta, diretamente ou por intermédio de seus ramais, os primários dos
transformadores de distribuição da empresa concessionária e ou de seus consu-
midores. Constitui-se de circuito tronco e de ramais do alimentador primário.
O circuito tronco em RDA é a artéria principal de um alimentador primário, que
deriva diretamente da subestação estendendo-se até o primeiro equipamento de
proteção. Ele caracteriza-se por possuir a maior bitola dos condutores instalados na
rede, e atende a maior parcela ou o total da carga do circuito alimentador, além das in-
terligações com ramificações de circuitos menores, conforme a configuração da rede.
Por fim há o ramal de alimentador primário, que parte de um alimentador
primário, deriva do circuito tronco e, na maioria das vezes, caracteriza-se por
conter condutores de bitolas menores. Esta rede, nas suas derivações, deverá ter
dispositivos de proteção tais como fusíveis, religadoras ou seccionalizadoras au-
tomáticas, disjuntores, e chaves faca, que servem para manobras de abertura e
fechamento dos circuitos, quando necessário.
Vejamos agora quais são os dispositivos de proteção e manobra necessários
para realização e suas atividades profissionais, referentes a desligamentos, aber-
turas e proteções de circuitos primários em Redes de Distribuição Aérea – RDA.
Chave tipo faca ou seccionadora é um equipamento que não efetua proteção elétri-
ca das RDA. Ele é destinado às manobras operativas e aos desligamentos ou religamen-
tos dos circuitos. As chaves tipo faca são instaladas em pontos estratégicos que visam:
a) manobrar trechos da rede para minimizar os efeitos das interrupções pro-
gramadas ou não programadas;
b) estabelecer aberturas e fechamentos do circuito posicionado antes dos
seguintes equipamentos: religadoras, seccionalizadoras, chaves a óleo e ban-
co de capacitores (equipamentos que serão vistos nos próximos capítulos).
c) efetuar manobras em troncos primários, colocando-os em operação ou
retirando-os de operação.
3 TÉCNICAS DE MANOBRAS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DE ENERGIA
25
A seguir, na Figura 4, observe alguns exemplos de chaves tipo faca instaladas na RDA.
A estrutura que você vê na Figura 4 é constituída por chaves tipo faca mono-
fásicas e, portanto, o seccionamento é realizado fase a fase, ou seja, abrindo ou
fechando uma fase de cada vez.
Na Figura 5 você pode identificar uma chave tripolar, em que o seccionamento
é realizado simultaneamente nas três fases, em uma única operação.
3
SOBRECORRENTE: Observe, nas figuras anteriores, que a chave tipo faca ou seccionadora é cons-
tituída de vários componentes, identificados na Figura 6, a seguir:
É o valor acima da
corrente elétrica normal
de funcionamento de um
circuito ou equipamento. gancho suporte para apoio de equipamento de
abertura e fechamento de circuito em carga loadbuster (LB)
isolador de porcelana
classe 15 kV
Como as chaves tipo faca têm a finalidade de realizar manobras em RDA, as espe-
cificações técnicas, tais como padronização da instalação na vertical ou horizontal,
tensão e corrente elétrica de operação, e abertura e fechamento em carga devem
obedecer aos critérios e normas que são adotados pela concessionária distribuidora.
Veja na Figura 7, a seguir, um exemplo da instalação de chaves tipo faca insta-
ladas na vertical.
4
CORRENTE NOMINAL: VOCÊ A chave fusível tem um corpo chamado porta-fusível,
nome conhecido como porta base fusível matheus ou
SABIA? simplesmente chave matheus.
É o valor de intensidade
de corrente, previsto no
cálculo de um determinado
circuito, que o material
pode suportar sem que A chave fusível é constituída de vários componentes. Observe-os na figura a seguir:
se ponha em perigo a sua
conservação.
terminal para instalação do
cabo da rede (linha)
argola para
vara de manobra
cartucho de armazenamento
do elo fusível
base fusível
O elo fusível é a parte pela qual passa corrente elétrica. Trata-se de um fila-
mento que limita a corrente e efetua a proteção do circuito, ou seja, é o elemento
sensor que detecta a sobrecorrente e interrompe o circuito.
Os elos fusíveis de distribuição são padronizados pela ABNT, de acordo com as espe-
cificações contidas em normas e métodos de ensaio. A qualidade e o dimensionamento
de seus materiais, bem como o projeto e a construção do elo fusível, são itens de pri-
mordial importância para a interrupção de uma sobrecorrente em um tempo esperado.
O elo fusível não deve fundir (queimar) com a corrente normal de operação do
circuito ou equipamento o qual ele protege e deve obedecer às curvas caracterís-
ticas de tempo versus corrente, que são encontradas nos manuais dos fabricantes.
Os elos fusíveis são constituídos das seguintes partes:
elemento fusível
rabicho
É importante entender que o botão é o elemento que fixa o elo fusível na parte
superior do cartucho, dando continuidade ao circuito. Os botões são padroniza-
dos, a fim de permitirem a ligação eletromecânica, relacionando a corrente nomi-
nal4 com o seu diâmetro, conforme o quadro a seguir.
Elemento fusível é um condutor ativo que possui uma resistência elétrica dife-
rente da resistência do cobre.
Como já estudamos no livro de Fundamentos de Eletricidade, a resistência
elétrica de um material está associada ao comprimento, à área de seção transver-
sal, à resistividade e à temperatura.
3 TÉCNICAS DE MANOBRAS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DE ENERGIA
31
elo rompido
tubinho
rabicho
Vamos supor que, após ter realizado a construção de uma estrutura que con-
tenha um transformador trifásico de 150 kVA em uma RDA de 13,2 kV, você tenha
que selecionar o elo fusível para proteção desse transformador.
Por se tratar de um transformador trifásico, é preciso observar a Tabela 3, na
qual é possível identificar que o trafo de 150 kVA na tensão de 13,2 kV deve ter
elos fusíveis de 6 T para efetuar sua proteção.
200 A 14,4 a 25 kV
600 A 14,4 a 34,5 kV
A identificação em campo é efetuada por meio de placas, que são fixadas nas
estruturas que contenham transformadores, bancos de capacitores, reguladores
de tensão, chaves tipo faca, chaves fusíveis, religadores e seccionalizadores auto-
máticos. Na Figura 17, a seguir, é possível identificar uma placa preparada para ser
utilizada na identificação de uma chave fusível ou base fusível – BF.
Como você pode constatar, a partir da figura 17, a padronização adotada pela
AES Eletropaulo, empresa distribuidora de energia elétrica do Estado de São Pau-
lo, é realizada por placa de fundo branco, com as letras e os números pintados em
vermelho, que representam a identificação dos equipamentos de forma abrevia-
da. Veja esse detalhe na Figura 18, a seguir.
Veja no quadro a seguir, como identificar a classe de tensão dos circuitos primários.
indicador do
estado (open/closed)
alavanca de
operação manual
indicador do
estado (open/closed)
alavanca de
operação manual
Alavanca de bloqueio do religamento: Permite bloquear a religadora após sua primeira operação,
independente do número de religamentos.
Alavanca na posição do bloqueio do
religamento
indicador do
estado (open/closed)
alavanca de
operação manual
indicador do
estado (open/closed)
alavanca de
operação manual
3 TÉCNICAS DE MANOBRAS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA DE ENERGIA
43
Alavanca de disparo para terra: Esta alavanca serve para proteger os componentes internos da
religadora contra oscilações de tensão.
Quando acionada para baixo, a proteção
de terra estará ligada.
indicador do
estado (open/closed)
alavanca de bloqueio
de disparo de terra
indicador do
estado (open/closed)
alavanca de bloqueio
de disparo de terra
CASOS E RELATOS
Figura 21 - Detector de tensão acoplado ao bastão de manobra, verificando ausência de tensão em RDA.
Fonte: SENAI - SP (2014)
Para execução de uma tarefa ou atividade, este tipo de aterramento deve ser
executado por um intervalo de tempo, com a rede desligada. Ao reenergizar o cir-
cuito, todos os aterramentos devem ser retirados, pois as fases estarão fechadas
ou curto-circuitadas.
OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E DISPOSITIVOS DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO
50
Este tipo de aterramento, a exemplo do que você já estudou, deve ser utilizado
apenas temporariamente, ou seja, por um intervalo de tempo necessário para a
execução de uma tarefa ou atividade, com a rede desligada.
Não se esqueça de que, ao reenergizar o circuito secundário, todos os aterra-
mentos devem ser retirados, pois as fases estarão fechadas ou curto-circuitadas.
Normalmente, em redes secundárias, os conjuntos de aterramento temporário
são instalados nas extremidades do circuito, nos quais serão executados os servi-
ços, e também nos transformadores que alimentam a rede.
Identifique, na figura a seguir, um modelo de aterramento temporário utiliza-
do nas redes aéreas secundárias de distribuição de energia elétrica.
RECAPITULANDO
A
Abalroamento 18
Abalroar 18
C
Corrente nominal 29, 31
S
Sobrecorrente 27, 28, 30, 31, 38
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Paulo Mack
Revisão Técnica
Adilson Damasceno
Juliana Rumi Fujishima
Naôr Victório Lima
Tratamento de imagens
Adilson Damasceno
Fotografia
SENAI-SP
Editoração
Margarida Maria Scavone Ferrari
Revisão Ortográfica e Gramatical
i2 Design
Naôr Victório Lima
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico