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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA

3ª VARA DA COMARCA DE ITUIUTABA – MINAS GERAIS.

PAN ARAÚJO DA SILVEIRA, brasileira, casada, portadora da Cédula de Identidade


n°4341883 SSP/MG, inscrita no CPF sob o n° 02545886142, residente e domiciliada
nesta cidade na Rua das Goiabeiras, número 252, bairro Eldorado, por sua Advogada com
escritório profissional na cidade de Ituiutaba/MG, na Rua das Palmeiras, nº 85, Centro,
onde recebe correspondências e intimações para os atos processuais, vem,
respeitosamente, à honrosa presença de Vossa Excelência, promover a presente:

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PEDIDO CAUTELAR DE


AFASTAMENTO DO CÔNJUGE DO LAR em desfavor de PIN ARAÚJO DA
SILVA, brasileiro, casado, portador do RG 15235692 SSP-MG, inscrito no CPF sob o n°
02845885642, residente e domiciliado nesta cidade na Rua das Goiabeiras, número 252,
bairro Eldorado; passa-se a declinar os fatos e fundamentos jurídicos para ao final
requerer nos termos seguintes:

01) DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA:


Inicialmente, a Requerente afirma que não possuir condições de arcar com custas
processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio, razão pela qual
faz jus ao benefício da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 4° da Lei 1.060/50, com
redação introduzida pela Lei 7.510/86 e art. 28 da Lei n° 11.340/2006(Maria da Penha).

02) DOS FATOS:


A requerente contraiu matrimônio com requerido em Julho de 1994, no regime de
comunhão parcial de bens, convivendo com este mais de vinte anos.
Nos últimos meses, o promovido, despregado, passou a ter comportamento
desequilibrado, chegando tarde da noite embriagado, com condutas bastante violentas
contra a promovente, incomodando até mesmo os vizinhos com o tom da sua voz e gênio
bastante alterado, suportando, a promovente, a situação com muita dificuldade.
Na última semana, após ameaça-la diversas vezes, chegou, então, a agredi-la com
utensílios domésticos. Vivendo atualmente, em situação constante de agressões diz-se
incapaz de conviver com o promovido, temendo pela sua integridade física, desejando
divorciar-se do mesmo.
Por esses motivos, pretende a Promovente, com fulcro no artigo 22, da LEI Nº 11.340/06,
o afastamento do promovido do lar, evitando-se que a demora do processo de divórcio
cause prejuízos irreparáveis à Promovente.

03) QUANTO AO DIREITO:


A violência contra a mulher é um mal que vem sendo veemente repudiado por toda a
comunidade internacional, inclusive pelo Brasil, que introduziu no ordenamento jurídico
pátrio, a mais importante forma de adesão à comunidade internacional acerca dos
compromissos firmados por Tratados e convenções Internacionais de proteção aos
direitos humanos, dentre estes o combate à violência doméstica e familiar contra a
mulher.

Neste sentido disciplina a legislação vigente:

LEI Nº 11.340/06 Art. 3o. Serão asseguradas às mulheres as condições para o exercício
efetivo dos direitos à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à
moradia, ao acesso à justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à
dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

LEI Nº 11.340/06 Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto
ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

LEI Nº 11.340/06 ART 19 § 1º. As medidas protetivas de urgência poderão ser


concedidas de imediato, independentemente de audiência das partes e de manifestação do
Ministério Público, devendo este ser prontamente comunicado.
Portanto, por todo esboçado se tem por preenchido os requisitos jurídicos e legais a
autorizar definitivamente o divórcio e o afastamento do cônjuge, no caso telado.

04) DO PEDIDO:
Diante do acima exposto vem a promovente requerer a Vossa Excelência:

a) Que o Promovido se afaste do lar, do domicilio ou lugar de convivência da vítima;


b) Sejam concedidos à Promovida os Benefícios da Justiça Gratuita, haja vista não ter
condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais
despesas aplicáveis à espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua
família, nos termos da inclusa declaração de hipossuficiente, na forma do artigo 4 da Lei
n. 1.060, de 05 de fevereiro de 1950, e artigo 1, da Lei n. 7.115, de 29 de agosto de 1983;
c) Seja o Promovido citado no endereço indicado no preâmbulo desta peça madrugadora,
para, querendo, responder aos termos da presente demanda no prazo legal, sob pena de
revelia, confissão e demais cominações legais (CPC, art. 285 e art. 319);
d) Seja intimado o douto representante do Ministério Público, para que se manifeste e
acompanhe o feito até o seu final, sob pena de nulidade, ex vi dos artigos, 84 e 246 do
Código de Processo Civil;
e) Que, ao final, seja julgado procedente o pedido e, por consequência, decretado o
divórcio do casal, bem como, que a promovente permaneça com o usufruto do imóvel;
f) Sejam deferidos todos os meios de provas em direito admitidos, inclusive os
moralmente legítimos que não estão previstos no Código de Processo Civil, mas hábeis a
provar a verdade dos fatos em que se funda a presente demanda (CPC, art. 332);
g) Seja o Promovido condenado a pagar as custas e demais despesas processuais
aplicáveis à espécie, honorários advocatícios e demais cominações legais.

Dar-se-á à causa vertente o valor de R$6000,00, (seis mil reais).

Nos termos apresentados, pede e espera Justo deferimento.

Ituiutaba/MG, 22 de março de 2021.

______________________________________
Franciele Medeiros Couto

OAB/MG 2568

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