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INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
15 BIBLIOGRAFIA: ................................................................................................ 45
INTRODUÇÃO
Prezado aluno,
Bons estudos!
1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
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Uma das missões da PPP é formar alunos críticos bem como conscientes, a
partir de aulas que não sejam apenas expositivas.
A BNCC ainda estabelece a necessidade do professor está sempre atualizado,
buscando o aperfeiçoamento, além de orientado pelo coordenador escolar, o que leva
a necessidade de o que o gestor escolar, estar envolvido em reuniões pedagógicas
com os professores, alunos e responsáveis buscando envolver assim a comunidade
escolar nas mudanças.
Interessante para o gestor por exemplo é mapear o perfil da comunidade,
buscando assim fazer um levantamento dos problemas, buscando soluções,
acolhendo assim a comunidade escolar, através de dinâmicas, onde cada gestor
escolar, buscará sugestões da comunidade escolar com o fim de solucionar os
problemas encontrados ou apontados.
O gestor deverá divulgar os resultados, bem como as alterações realizadas,
buscando assim apresentar os documentos por meio de comunicados à imprensa ou
reuniões.
Para que haja o envolvimento e a participação dos alunos, nas mudanças,
poderá ser realizada através da formação de diretórios estudantis, por meio de
incentivo a autogestão, autonomia e cooperação, que se tratam de competências
previstas pela BNCC.
Ainda assim, outra forma de incluir os estudantes é o uso da ferramenta Google
Docs, que se trata de uma versão gratuita online do Word, essa ferramenta possibilita
à comunidade compartilhar suas sugestões em tempo real além de poder ser utilizada
por todos ao mesmo tempo.
Tal ferramenta também pode servir com o fim de otimizar o tempo dos
professores bem como de toda equipe, onde poderão reservar as reuniões para
consolidação do que já foi lido e revisto.
Diante das competências descritas pela BNCC, que podem ser desenvolvidas
de diversas maneiras pelo PPP, não aparecendo apenas no currículo disciplinar,
torna-se importante integrar disciplinas, bem como rever as avaliações com base na
escuta de estudantes e professores, além da incorporação dos aspectos culturais
regionais nas práticas pedagógicas, todas essas podem ser formas de atender às
demandas da BNCC.
6
O Projeto de Política Educacional também deve promover uma cultura de
participação, estimulando a resistência de professores e alunos à mudança, para que
a identidade da escola também seja respeitada neste processo, ainda podem realizar
o mapeamento de características locais e comunitárias específicas para estabelecer
novas parcerias público-privadas.
Isto inclui pensar na mobilidade estudantil, bem como na arquitetura
envolvente, e também na possibilidade de visitar museus, institutos, teatros ou outros
circuitos culturais que enriquecem o tesouro do aluno da história além da
transformação da área em que estudam.
Desta forma, é concebível que o objetivo do BNCC seja f ormar cidadãos
íntegros, autossuficientes e criativos, capazes de sucesso pessoal e profissional.
7
Trata-se de um processo inacabado e, portanto, contínuo que se constrói ao longo da
trajetória de cada instituição.
O projeto é coletivo e todos os personagens, pais, professores, alunos, funcionários e
direção técnica são responsáveis pelo sucesso do projeto, direta ou indiretamente.
Portanto, sua eficiência depende em parte do comprometimento das pessoas
envolvidas em fazê-lo.
O projeto político educacional é definido da seguinte forma: Originalmente o
termo projeto significa antecipar e lançar o futuro.
Assim, falar de um projeto significa pensar a utopia não como um lugar para o
impossível, mas como a possibilidade de sua realização e não apenas uma fantasia
incomensurável como apresentada no início. O desejo de mudança, a verdadeira
possibilidade de ser, a partir de:
É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que
maneira, por quem para chegar a que resultados. Além disso, explicita uma
filosofia e harmoniza as diretrizes da educação nacional com a realidade da
escola, traduzindo sua autonomia e definindo seu compromisso com a
clientela. É a valorização da identidade da escola e um chamamento à
responsabilidade dos agentes com as racionalidades interna e externa. Esta
ideia implica a necessidade de uma relação contratual, isto é, o projeto deve
ser aceito por todos os envolvidos, daí a importância de que seja elaborado
participativa e democraticamente. (NEVES 1995, apud GONÇALVES, 2014,
p.6142)
8
A dimensão política, a forma social, é a forma coletiva em que alunos,
professores, superintendentes, conselheiros, funcionários e líderes estudantis
discutem o Projeto de Política Educacional. Todos nós planejamos nosso dia a dia, de
forma sistemática ou não.
Foi por meio de discussões e necessidades individuais e coletivas que o Projeto
de Política Educacional foi concebido na cabeça das pessoas, de modo que, em
relação a esses aspectos político-educacionais do Projeto, encontramos em
MARQUES um respaldo, ao expressar: O projeto político-educacional tem um caráter
dinâmico e não se faz porque os gestores querem, mas porque nos preocupamos com
a situação das crianças, escolas e sociedade e queremos mudança. (MARQUES.
apud. SILVA. 2000)
9
3.1 Definições e Características do PPP
Proposta pedagógica.
Projeto educacional.
Projeto de estabelecimento.
Plano diretor.
Projeto de escola.
10
Enquanto a sociedade como um todo está em constante mudança, uma das
características importantes do PPP é o seu dinamismo, então o PPP está vivo.
Desta forma, deve ser reembolsado de forma contínua, à medida que as
escolas vão mudando e, conforme assinalado, o PPP procura valorizar a identidade
da instituição.
Conforme mencionado acima, a construção de projetos políticos educacionais
deve ser, de produção coletiva e participativa, assim, todos os sujeitos participantes
do processo serão solidariamente responsáveis pela execução dos conteúdos nele
propostos.
Onde o sujeito deve ver-se no PPP, pois a ferramenta norteará todas as ações
escolares que forem determinadas e estabelecidas a partir dos pressupostos da
disciplina escolar, assim, gestores internos e externos, professores, funcionários, pais
e comunidade.
Portanto, acreditamos que a própria escola e os indivíduos que a compõem
podem perceber e refletir sua realidade, corroborando a ideia enfatizada por Freitas
(1991):
11
4 A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA ESCOLA
12
Trata-se de mudanças que geralmente não são aceitas pela comunidade
escolar, pois criam a ideia de mais trabalho, mais tempo, mais custos, que por sua
vez serão contestados por alguns. Referindo-se a essa opinião, Gadotti e Demo
(1998) observam que o Projeto Político Pedagógico é um sinal de mudança, pois
identifica pontos importantes para a educação básica como: A ferramenta instrumental
mais eficaz para o exercício da cidadania e da mudança qualitativa na sociedade e na
economia. (GADOTTI e DEMO, 1998)
Para os autores supracitados, esses aspectos são essenciais no sentido de
criar oportunidades de formação de stakeholders e possibilitar que a educação tenha
como foco a construção de qualidade, enquanto a escola é um nicho onde a gestão
do conhecimento e a capacidade de produção se transformam, porque é suposto
retirar conhecimento dele, em vez de simplesmente reproduzir.
Os projetos de políticas educacionais são uma forma eficaz de superar a
fragmentação da ação tanto na educação como nas escolas, dinamizando e
revitalizando o espírito de toda a comunidade escolar, onde todos têm um sentimento
de familiaridade, sentindo-se corresponsáveis pelo desenvolvimento e melhoria do
ensino.
O comprometimento dos professores é ótimo e pode ajudar a fazer da escola
um lugar de crescimento e humanidade, sendo, importante que se atualizem
constantemente, busquem referências e auxiliares de ensino que servirão para inovar
seu método de ensino.
Necessário ainda que o trabalho em equipe, privilegie um espaço onde você
possa experimentar e trocar experiências, sempre considerando a sua formação.
Ao elaborar e executar o seu PPP a escola deverá destacar:
13
As características da população a ser atendida e da comunidade na qual
se insere.
O regime de funcionamento.
15
de intervenção na política, além de um elemento fundamental na organização política,
além da determinação das estratégias e táticas de luta das diferentes forças sociais.
Por se tratar de um elemento impulsionador de lutas sociais, com a capacidade
de amenizar as imposições de uma sociedade capitalista, acredita-se ser necessário
entender melhor a constituição de uma análise econômica, compreendendo seus
elementos, para encontrar uma construção real na forma de PPP rumo a uma
sociedade justa e menos desigual, a educação é um dos fatores primordiais na busca
dessa transformação.
Acontecimentos:
Antes de entender o que eventos incluem em uma análise de conjunção, é
necessário entender o que eles significam, SOUZA (1987) define eventos como
eventos de particular significado para uma nação, uma classe social, um grupo
social ou uma pessoa.
Esse fator torna-se importante na análise, pois as investigações de eventos revelam
situações da sociedade, de um grupo ou de uma classe. Alguns exemplos podem
ser considerados: greve geral, eleição presidencial, guerra, desastre natural.
Cenários:
Os espaços onde ocorrem os acontecimentos sociais, políticos e econômicos,
podem ser considerados cenários. Cada cenário tem sua especificidade, exemplo
disso é descrito por SOUZA (1987). Quando seu poder é maior. Portanto, é
necessário estudar e refletir sobre os cenários de luta e as diferentes características
de cada um.
Atores:
SOUZA (1987) define ator como uma pessoa que desempenha um papel, alguém
que desempenha um papel em uma trama, uma teia de relações. O indivíduo é
agente social quando apresenta algo para a sociedade, concretiza uma ideia, uma
necessidade, um projeto.
Porém, um ator nesse contexto não é visto apenas como indivíduo, mas também
grupos sociais, instituições, sindicatos, partidos políticos, igrejas, meios de
comunicação, entre outros.
Relação de forças:
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Os atores sociais mencionados acima (indivíduos, classe social, mídia, partidos
políticos) sempre se relacionam e essa relação pode ser de conflito, convivência ou
cooperação. A análise de tais forças revela relações de poder, paridade ou
submissão.
Frequentemente, as relações de poder não são medidas apenas por quantidades,
pode haver casos em que a verificação será mais abstrata, por exemplo, ao analisar
a força de um movimento social.
Outro fator importante relacionado ao equilíbrio de poder é que os dados verificados
mudam constantemente e, portanto, não são imutáveis.
Articulação entre estrutura e conjuntura:
Todos os elementos de uma associação elencada acima não surgem por acaso,
pelo contrário, estão associados à história, no momento em que a sociedade está
passando, influenciados por aspectos sociais, econômicos e políticos.
Portanto, é necessário considerar tudo com cuidado, porque por trás de cada
evento, movimento e contradição sempre haverá um pano de fundo, que muitas
vezes não é claro.
17
atingir metas e objetivos definidos em conjunto, assim, à medida que os conceitos que
compõem as PPPs foram explorados, os dois eixos que sustentam o Projeto de
Política Educacional serão destacados no corpo conceitual, abrangendo-o com
objetividade e utopia:
Visão Humana.
18
Porém, a pesquisa aqui desenvolvida se orienta diferentemente da visão
conservadora de Durkheim, para a concepção histórica crítica de Saviani, que aborda
a escola como instituição social, ou seja, produto das necessidades sociais, como
instituição cujo objetivo é: transmitir e assimilar conhecimentos científicos, além de
permitir a transformação das pessoas e da sociedade por meio de conhecimentos
elaborados.
20
Significa compreender o significado histórico da educação e da escola pública
e compreender sua transformação atual de acordo com o processo histórico que a
determinou.
Assim, a partir dessa relação entre o global, o nacional e o local, a realidade da
escola pode ser entendida como uma só, porém, é entendida como resultado dessas
relações mais amplas.
Essa análise pode nos levar à definição e interpretação das finalidades sociais
da educação e da escola, nos levando a questionar sobre o tipo de sociedade para a
qual a escola atrai ou deseja participar, o tipo de disciplina que a escola pretende
formar, isto é, qual a intenção entendida em termos de suas dimensões política,
cultural e educacional.
De acordo com VEIGA (2000), a escola persegue finalidades, por isso é preciso
ter clareza das mesmas.
Este trabalho de problematização visa fazer com que a escola passe para uma
de suas principais atribuições, que é a de refletir sobre suas intenções educacionais.
A clareza sobre a finalidade social da escola permite à comunidade escolar definir,
também de forma mais adequada, os seus critérios e plano de ação de acordo com o
que almeja para os aspectos educacionais, de gestão e de democracia.
Ao discutir os quadros de referência, existem três eixos de discussão: quadros
de caso; estruturas doutrinárias e operacionais, cujo referencial de caso refere-se a
uma reflexão sobre as relações da educação, da escola em seu processo histórico e
suas relações com contextos sociais mais amplos.
Trata-se de quimizar a educação, relacionando-a com outros aspectos da
realidade, não só a nível local, mas também a nível nacional e global, procura ainda
compreender as conexões e relações das questões locais, visualizando-as dentro da
estrutura deste contexto mais amplo.
O ponto de partida é a realidade local da comunidade em que a escola está
inserida, os estilos de vida dos sujeitos que compõem a forma coletiva, a organização
21
e a comunidade, a cultura local, a profissão e a organização do espaço comunitário,
etc.
Discutir esses elementos nos possibilita compreender as mudanças de seu
caráter histórico, trocar valores, conhecer a representação do grupo para a sociedade
brasileira, sobre sua comunidade. Determinar satisfação e insatisfação, expectativas.
A discussão do marco situacional desencadeia processos de reflexão
relacionados aos valores sociais e políticos relacionados à sociedade e à educação
que levam ao debate e ao estabelecimento do marco doutrinal do Projeto Político-
Pedagógico, ou seja, da explicitação dos fundamentos teóricos, políticos e sociais que
o fundamentam.
Nesse caso, doutrina não se refere ao dogmatismo, mas sim à discussão dos
fundamentos teóricos que irão embasar o PPP da escola, que norteará suas ações,
procura discutir, neste eixo, o tipo de sociedade que queremos construir, a formação
social e cultural que queremos para as nossas crianças e jovens.
Que valores queremos desenvolver, qual o papel social da escola nos
processos de formação do sujeito humano, e assim por diante? Nesse eixo, discute-
se o reverso da educação, emerge um horizonte necessário para um futuro melhor.
Ligado internamente a estes dois eixos, o terceiro eixo, enquadramento
operacional, articula-se com as relações da escola com a sociedade; é uma discussão
relevante para o contexto local, para o que é específico da escola como instituição
social e, em particular, da escola em que trabalhamos, estudamos.
A estrutura então aborda as realidades locais, refletindo as necessidades,
expectativas e desejos mutáveis do grupo. Esta é a palestra escolar que queremos.
Conforme GANDIN (1994), o marco operativo é:
[...] também uma proposta de utopia, no sentido que apresenta algo que se
projeta para o futuro [...]; todavia, como alerta o autor, para que o marco
operativo não se torne um palavreado vazio, é preciso que este tenha um
forte aporte teórico. O marco operativo não é o plano ou programação de
ação; ele dá base e sustenta este plano de ação; refere-se à realidade
desejada. Por isso, nos alerta Gadotti (2000), o PPP, em suas várias
dimensões de elaboração, toma sempre como ponto de partida o já instituído,
aquilo que já foi historicamente construído, não para perpetuar ou para
afirmar fatalismos (“foi sempre assim, nada mudará”), mas para criar uma
nova utopia, um novo instituinte. (GANDIN, 1994)
22
8 ELABORANDO UM DIAGNÓSTICO OU CONHECENDO A REALIDADE DA
ESCOLA
23
b) Esse julgamento é feito com base em uma prática particular sobre a realidade
da escola sobre a qual está planejada a mudança e
c) Esse julgamento é feito considerando os preceitos estabelecidos no sistema.
Embora se concentrem mais no aspecto operacional, os critérios analíticos
também são referenciados no quadro teórico e situacional.
Tendo o diagnóstico como um dos pontos do desenvolvimento do PPP, a sua
função é promover um processo de avaliação aprofundada da forma como a escola
se organiza e cumpre a sua missão educativa, os desafios das dificuldades que a
escola enfrenta para cumpri-lo, as habilidades que encontra para direcionar suas
ações na direção de uma escola pública democrática.
As análises realizadas em campo não são neutras, consideram-no como uma
referência para uma certa compreensão da função social da escola, a sua
organização, incluindo o trabalho pedagógico, a gestão, as relações com os alunos,
com a comunidade, etc.
O diagnóstico não é simplesmente uma imagem da realidade ou uma mera
dificuldade, acima de tudo é o confronto entre a situação em que vivemos e a situação
em que queremos viver. (VASCONSELLOS, 1995)
Portanto, o diagnóstico não é uma ferramenta técnica, neutra e adaptativa a ser
utilizada por outras organizações ou instituições sociais, está funcionando e é
intencional, é baseado em valores, está apontando em uma direção.
Portanto, o diagnóstico escolar também deve ser feito de forma participativa.
Isso implica na coleta de dados quantitativos e qualitativos, organizados,
sistematizados e interpretados, formando importantes indicadores para o
planejamento de futuras ações de mudança de escola.
Para diagnosticar realidades educacionais e obter informações que auxiliem no
desenvolvimento de planos de ação, é imprescindível estratégias de coleta de
informações analíticas que auxiliem na compreensão dos diversos fatores que
impulsionam ou dificultam o trabalho educacional.
Então, como abordamos a realidade escolar, procurando identificar não só as
questões óbvias, mas também as dimensões não escritas, decisões que à primeira
vista nem sempre nos parecem.
24
O primeiro passo é formar uma equipe, ou grupo de trabalho, com
representantes de partes da comunidade escolar para coordenar esta etapa, assim, o
grupo de trabalho poderia então desenvolver uma ferramenta para orientar as
discussões e facilitar o registro de informações, avaliações e expectativas da
comunidade escolar.
Este grupo também pode identificar estratégias que serão utilizadas para
coletar esses materiais com a comunidade escolar, assim esses dados devem então
ser analisados e agregados em um documento final, representando a formalização
das discussões feitas ao longo do processo.
O ponto de partida para o desenvolvimento de uma ferramenta para orientar as
discussões e reunir informações ou coletar dados deve ser um arquivo a partir do qual
aspectos da organização e prática escolar podem ser estabelecidos, para serem
analisados.
É importante que cada aspecto seja discutido e definido com clareza, para que
sejam identificados os eixos de análise e suas questões, norteando a discussão com
a comunidade escolar.
Definir as dimensões para analisar simplesmente funciona, visando facilitar a
compreensão dos diferentes níveis de atividades escolares, para facilitar a
compreensão de fenômenos específicos. Porém, não devemos esquecer que a escola
é um todo e que essas dimensões se sobrepõem e se harmonizam.
25
esportivas, cantina, São bem
biblioteca, salas para iluminadas,
professores. ventiladas?
Organização e
Currículo escolar
gestão da prática
Avaliação
pedagógica
Inclusão (combate ao
preconceito, atenção aos
estudantes
trabalhadores,
estudantes com
necessidades educativas
especiais)
Experiências culturais
diversificadas
Planejamento coletivo
(professores)
Gestão
PPP – construção,
democrática da
efetivação e avaliação.
escola
Instâncias de participação
coletiva e sua atuação
(CE, grêmios etc.)
Respeito aos direitos das
crianças e dos
adolescentes (divulgação
desses direitos)
Acessibilidade e
compreensão das
informações e
indicadores usados pela
26
escola (democratização
das informações)
28
Responsabilidade por implementá-la, quais recursos serão exigidos:
documentação de recursos, como será monitorado: procedimento de avaliação. Este
detalhe facilita a implementação de PPP e procedimento de avaliação de preço.
Do ponto de vista aqui apresentado, o plano de ação, parte integrante do PPP,
rejeita orientações técnicas, pois está vinculado às necessidades da escola, e, deve
ser flexível, porque as operações escolares muito dinâmicas podem exigir
reorientação, ajuste ou reparo. Assim, o planejamento é uma prática, ele demonstra o
ajuste estreito entre teoria e prática, entre o que é planejado e o que é feito.
29
Pais ou responsáveis: pessoas que entregam seus filhos à escola para
participarem de sua formação, oculta ou não, mas parceiros na
educação de crianças, adolescentes e jovens.
Não há dúvida de que o PPP existe para garantir o direito dos alunos de
aprender e assim desenvolver conhecimentos e habilidades de autocuidado,
pensamento crítico, criatividade, espírito inovador, abertura.
Aberto às diferenças, valorizar a diversidade, sociabilidade, responsabilidade e
determinação. No entanto, é também uma ferramenta importante para dar sentido ao
trabalho dos educadores e isso inclui todos os profissionais que atuam nas escolas.
E por que a equipe escolar tem que trabalhar de maneira significativa? Desta
forma, o esforço pessoal e profissional será recompensado e reconhecido pela
sociedade.
30
Para isso, seus integrantes devem atuar com respeito, consistência,
comprometimento, responsabilidade e intenção, no trato com a aprendizagem dos
alunos.
Portanto, PPP é mais do que apenas papel, que ficará amarelo e se deteriorará
se armazenado, a palavra escrita tem uma função social. Escrevemos PPPs para
documentar o que queremos, sentimos e observamos.
Este documento tem uma das funções sociais mais importantes e não pode ser
reduzido a uma obrigação legal. Se for copiado e colocado de lado, não alcançará seu
propósito; existirá apenas para cumprir uma tarefa exigida pelo Ministério da
Educação.
O administrador, como mediador e interlocutor, ao convocar a comunidade
escolar para dar um novo sentido ao PPP, recomenda que todas as partes reflitam e
participem de seu desenvolvimento. A base de um bom documento são as perguntas
compartilhadas.
As PPPs escolares precisam revelar a realidade e ser debatidas
democraticamente para serem dinâmicas e oferecerem ações e soluções que
atendam aos anseios da maioria. Por isso, não é possível focar o desenvolvimento
em um único número de conselheiros.
Quando nos referimos a construir coletivamente o PPP, estamos falando de
educar na e para a democracia. Etimologicamente, o termo educar tem origem no
latim educare, que é composto pela união do prefixo ex, fora, e ducere, conduzir ou
levar. Assim, educar significa conduzir para fora, direcionar para fora.
A realidade do dia a dia, necessidades práticas, atividades gerais, como:
horário das atividades, como servir o almoço, horário coletivo de trabalho do professor,
como tratar os alunos, qualidade das aulas, espaço de organização, acesso a
materiais e suprimentos, autonomia do aluno, entre outros aspectos, são os processos
que revelam a parceria público-privada da escola, formalizada em texto ou não.
Devemos supor que o PPP é sim o que já existe na escola. Isso é o que
realmente acontece na vida cotidiana. O PPP oficial pode revelar a vida cotidiana na
escola, portanto, antes de começar a pensar sobre design ou modificação, é
importante analisar o PPP real.
31
Para empreender essa missão, sugerimos iniciar pela observação do
funcionamento cotidiano de sua escola, com abertura para se permitir a aprender
muito com isso. Nossa primeira reação ao realizar essa análise é justificar o que
acontece. Por isso, é preciso um esforço grande para observar friamente os fatos e
depois refletir e verificar o que é necessário e o que é possível melhorar para que o
sentido máximo da Educação seja alcançado: a aprendizagem dos alunos.
10 PPP X ESCOLAS
32
11 DIAGNÓSTICO COM BASE NOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA
ESCOLA
Indicadores de acesso:
É importante obter dados sobre direitos de acesso, ou seja, registro e evasão de
acesso. Se os registros aumentam ou diminuem ao longo de um período de tempo,
pode indicar a necessidade de buscar mais informações para descobrir o porquê.
Por exemplo, o aumento no número de registros é devido ao aumento da população
do distrito, um novo estabelecimento comercial é estabelecido no distrito. Ao
compreender o ocorrido, é possível repensar o projeto escolar.
Indicadores de fluxo:
Outra análise relevante envolve o fluxo de dados, ou seja, o número de alunos
progredindo ou não em um determinado sistema de ensino. São eles: evasão,
desaprovação, aprovação e distorção de ageano.
Quantos alunos são aprovados e reprovados na escola? Quantos no ano são
adequados para a idade? Em que ano a escola teve mais sucesso ou mais
reprovação e em que áreas? O feedback pode fornecer pistas para ações que
devem ser listadas e priorizadas no PPP para melhorar essas métricas.
Indicadores de aprendizagem:
É fundamental estudar a sequência histórica dos resultados de avaliações externas,
como a Avaliação Nacional de Literatura - ANA, a Prova Brasil e o Exame Nacional
do Ensino Médio - ENEM. No caso da ANA, é necessário determinar onde se
encontra a maior parte dos alunos do 3º ano e planear o que fazer; para o resto,
33
discernir qual é o melhor resultado: ano da prova, campo e pontuação e entender o
porquê.
A coleta desses dados ajudará a comunidade escolar a identificar pontos fortes e
áreas de melhoria na escola. Por sua vez, fornecem pistas para definir a missão,
visão, princípios e valores da entidade, bem como o seu plano de ação e/ou
atividades.
35
O arcabouço legal das PPPs é a Lei de Diretrizes e Instalações Educacionais,
que regula o desenvolvimento de projetos distintos dentro de cada instituição de
ensino. Porém, as unidades produzem ou reproduzem PPP de forma burocrática,
apenas para atender às normas legais.
36
contextos, além de nossa rede escolar real continua sendo um problema sério. Em
termos de pesquisa, confrontou-se a dicotomia presente no ato da investigação.
O estudo da história do professor revela a disjunção entre sujeito e objeto,
resultado da diluição do sujeito na sociedade contemporânea, com consequências
terríveis que são amplamente discutidas, mas nem sempre solucionáveis nas
humanidades e nas ciências sociais.
Muitos pesquisadores têm enfatizado a importância de considerar os sujeitos
professores, crianças e jovens, famílias nas recomendações e nos estudos do
processo educacional, uma área que parece produtiva refere-se à necessidade de
conhecer não só as histórias pessoais e trajetórias dos professores, mas também as
histórias de propostas e grupos organizacionais, seus caminhos, erros e acertos, seus
méritos.
As origens das discussões curriculares no Brasil têm a ver com a pesquisa
escolar, em particular o novo movimento escolar, a crença no poder das escolas e a
busca por soluções alternativas.
Por exemplo: lugar criativo com área de jogos para crianças, parque-escola etc.
A ênfase do chefe da educação do Estado Novo nas elites de formação interrompeu
esse processo.
Com a redemocratização da sociedade, a partir de 1945, foi retomada a
proteção da escola pública como direito de todos, principalmente na década de 1950.
Porém, na década de 1960, a alternativas da escola, nos movimentos populares da
academia.
Aí vem a importância de Paulo Freire, um filósofo da educação que aposta na
ação livre e cultural, mas, se a essa altura existiam secretários de educação como o
de Natal que acreditavam em uma escola pública popular e buscavam meios de fazê-
lo, é isso, a partir de 1985, com a conquista do direito de voto, perdida para a ditadura
militar.
A contribuição de Freire para seu trabalho oferece subsídios substanciais no
setor de educação de jovens e adultos para o treinamento e a educação de
professores em serviço que promovem a transcendência consciente e o pensamento-
ponte.
37
Entre nós, a educação tem que ser, acima de tudo, uma tentativa constante
de mudança de atitude. De criação de disposições mentais democráticas,
através de que se substituam no brasileiro antigos e culturológicos hábitos de
passividade, por novos hábitos, de participação e ingerência. (FREIRE, 2003.
apud. SILVA, 2015).
39
Proposta educacional; programa de estudo proposto; projeto político-educacional;
projeto político.
Voltando ao contexto em que esse debate ocorreu pela primeira vez no Brasil,
cabe lembrar que em 1995, por iniciativa do MEC / SEF / COEDI, pesquisadores
brasileiros produziram textos sobre esses temas ou conceitos.
Liderado por Ângela Barreto, na época coordenadora do COEDI, o processo
seguiu uma longa discussão sobre a formação de profissionais da educação infantil
culminando em uma oficina realizada em Belo Horizonte em 1995 e sobre os critérios
de qualidade de creches e jardins de infância.
O trabalho tem como objetivo identificar as propostas existentes e desenvolver
uma metodologia de análise de propostas que ajudará os estados e municípios a
realizar suas próprias análises sobre o desenho e implementação das propostas. São
várias etapas: inicialmente, há uma produção teórica sobre o tema proposta
pedagógica ou currículo, projeto.
Em seguida, foram determinados os critérios para a análise das propostas e
sua implementação: o MEC questionou os Ministros da Educação e os Ministros da
Educação dos municípios das capitais de todos os Estados sobre as propostas
proposta educacional ou programa de educação infantil, e esta é a literatura analisada.
Terceiro: grupos formados com participantes e consultores do MEC estiveram
no local implementando as propostas analisadas, visitando creches e jardins de
infância e entrevistando especialistas.
Vários relatórios foram escritos, o produto final foi editado pelo MEC para
auxiliar grupos de secretários municipais e estaduais na análise e elaboração de
propostas de educação infantil.
Mais uma vez, a questão da formação de profissionais surge como uma
questão importante e urgente, pois da análise dessas propostas e formulação da
metodologia, cabem comentários políticos e teórico-metodológicos.
Em primeiro lugar, cabe destacar que a orientação teórico-metodológica do
currículo ou proposta curricular, a visão das políticas públicas e o papel do
departamento contam com integrantes da equipe do COEDI e especialistas.
O consultor está na contramão do MEC, empenhado em definir os parâmetros
curriculares para todos os níveis de estudos do ensino básico.
40
Essa discrepância, entre outras coisas, resultou na suspensão do material, a
mais importante contribuição do MEC para a educação infantil, esse documento oficial
que se tornou Referência do Programa Nacional de Educação Infantil, alvo de intensa
polêmica acadêmica, tanto sobre sua forma de elaboração e conteúdo, quanto sobre
suas formas práticas atualmente.
Por outro lado, a discussão da proposta pedagógica ou curricular, feita pelos
consultores, apresentou um esboço geral das formas possíveis de abordar a questão,
pois ler diferentes perspectivas pode ajudar a reposicionar o debate que se
desenvolve na academia e no campo das políticas públicas.
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desenvolvimento do currículo requer relações, sistemas de poder, textos, documentos
e discursos, mas também há imaginação, criatividade e sonhos (SILVA, 2015).
As DCNEIs definem, no art. 3, o currículo na etapa da educação básica como:
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A escola como instituição social voltada para a educação do cidadão tem como
objetivos principais a sua instrução e sua formação. Entretanto, esses objetivos
podem ser alcançados com melhor qualidade quando integrados e articulados aos
objetivos administrados a uma gestão democrática.
A gestão caberá promover não apenas uma ação institucional e comunitária
para que as pessoas se sintam responsáveis pela escola e realizar seus obj etivos
essenciais, mas também uma articulação harmônica entre os recursos humanos e
materiais, elementos essenciais que a escola necessita para alcançar sucesso no
processo ensino-aprendizagem, e formar cidadãos autônomos, criativos, construtores
e transformadores da sociedade.
43
Reconhecemos que essa é a principal função da escola, quando a escola é
administrada de modo eficiente e eficaz, oferece condições para a melhoria da
qualidade de ensino e da aprendizagem.
As relações que ocorrem no cotidiano escolar são um processo constante de
construção e regeneração, pois a dinâmica do processo histórico faz com que as
construções e a sua reconstrução tenham sempre carácter temporário.
Portanto, a escola constrói seu projeto político educacional buscando a
democratização e sua vinculação à sociedade.
Assim, um projeto bem construído, que permite que seus membros saibam
onde e como estão caminhando, também pode interferir em seus limites. Haverá,
então, um processo de avaliação contínuo, realizado após cada atividade
desenvolvida nos projetos, com a participação de alunos, professores e corpo
docente.
Portanto, essa avaliação ocorrerá de forma contínua nos aspectos qualitativo e
quantitativo, visto que professores e alunos são sujeitos do processo de
aprendizagem.
Portanto buscar uma nova organização escolar significa uma ousadia para os
educadores, pais, alunos e funcionários. Para que a construção do projeto seja
possível, não é necessário fazer com que os professores, equipe pedagógica e os
funcionários trabalhem mais, basta propiciar situações que lhes permitam aprender,
pensar e realizar o fazer pedagógico de maneira diferente.
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45
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