Após a conquista normanda da Inglaterra em 1066, Guilherme, o Conquistador estabeleceu um novo sistema de governação feudal para consolidar o seu domínio. Distribuiu terras por nobres e bispos normandos e exigiu vassalagem e impostos em troca. Criou também registos de terras e propriedades para arrecadação de impostos, conhecidos como Domesday Book.
Após a conquista normanda da Inglaterra em 1066, Guilherme, o Conquistador estabeleceu um novo sistema de governação feudal para consolidar o seu domínio. Distribuiu terras por nobres e bispos normandos e exigiu vassalagem e impostos em troca. Criou também registos de terras e propriedades para arrecadação de impostos, conhecidos como Domesday Book.
Após a conquista normanda da Inglaterra em 1066, Guilherme, o Conquistador estabeleceu um novo sistema de governação feudal para consolidar o seu domínio. Distribuiu terras por nobres e bispos normandos e exigiu vassalagem e impostos em troca. Criou também registos de terras e propriedades para arrecadação de impostos, conhecidos como Domesday Book.
Após a conquista normanda da Inglaterra em 1066, Guilherme, o Conquistador estabeleceu um novo sistema de governação feudal para consolidar o seu domínio. Distribuiu terras por nobres e bispos normandos e exigiu vassalagem e impostos em troca. Criou também registos de terras e propriedades para arrecadação de impostos, conhecidos como Domesday Book.
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Alguns factos da Inglaterra Medieval
(Por Arthur de Claire)
São vários os fatores e elementos culturais, religiosos e económicos da Idade Média influenciaram com profunda intensidade, não só o surgimento do Estado, mas toda sua composição, bem como o seu modo de relacionamento com a sociedade, uma vez que influenciou diretamente o comportamento dos indivíduos e determinante para inúmeros outros acontecimentos ao longo da história. A Inglaterra não foge à regra, ressaltando vários aspetos da Inglaterra Anglo-Saxónica como a organização social no que diz respeito à relação entre o senhor e os seus companheiros, com uma sociedade fortemente hierarquizada a par de uma composição étnica não uniforme. Já no séc. XI com a invasão Normanda houve uma transformação política donde sobressaem a formação dos organismos de consulta e decisão no âmbito do poder real e ainda o início da formação do parlamento. A casa real iria mudar com a criação de vários departamentos, mas o rei continuava no centro da política Alguns factos da Inglaterra Medieval (Por Arthur de Claire) São vários os fatores e elementos culturais, religiosos e económicos da Idade Média influenciaram com profunda intensidade, não só o surgimento do Estado, mas toda sua composição, bem como o seu modo de relacionamento com a sociedade, uma vez que influenciou diretamente o comportamento dos indivíduos e determinante para inúmeros outros acontecimentos ao longo da história. A Inglaterra não foge à regra, ressaltando vários aspetos da Inglaterra Anglo-Saxónica como a organização social no que diz respeito à relação entre o senhor e os seus companheiros, com uma sociedade fortemente hierarquizada a par de uma composição étnica não uniforme. Já no séc. XI com a invasão Normanda houve uma transformação política donde sobressaem a formação dos organismos de consulta e decisão no âmbito do poder real e ainda o início da formação do parlamento. A casa real iria mudar com a criação de vários departamentos, mas o rei continuava no centro da política. Apesar de os grandes senhores superintenderem nas suas terras, deixou de haver uma escala hierárquica de senhores, vassalos e camponeses. A hierarquia era caracterizada por uma cadeia de relações e obrigações. Na base estava o povo, não sujeito a uma relação política. Em termos económicos a população vivia principalmente da agricultura e grande parte do território estava coberto de florestas, que começaram a ser reduzidas por uma questão de sobrevivência. Até final do Séc. XIII e economia britânica não sofreu grandes alterações, nem as formas de produção. Desde o final do séc. XIV e até 1490 o contexto político-social em Inglaterra é marcado por uma sucessão de guerras e conflitos. No plano interno os soberanos ingleses procuram assegurar o domínio territorial sobre o País de Gales e a Escócia. No plano externo as lutas pela conservação dos territórios em França (guerra dos 100 anos) geraram custos extremamente elevados, financeira e socialmente. Nestes séculos, sucedem-se alterações a nível social com o alargamento da classe dos mercadores e profissionais liberais, alteração dos meios de produção e consequente redistribuição da riqueza. Desponta um espírito critico em relação à Igreja, aparecem as heresias, o misticismo e humanização das figuras de culto. Entre 1290 e 1390, a nível político interno as relações entre o rei e os nobres começam a deteriorar-se do que resultam vários instrumentos legais e constitucionais, limitando o poder e a autoridade do rei. A ideia de Estado que temos hoje surgiu, assim, para regular a vida dos indivíduos e estabelecer as relações e o modo de organização entre o povo, titular do poder do Estado, e o Estado, detentor do poder para exercer suas atribuições. No séc. XV (1455-1485), a par da guerra com a França, uma guerra interna que opôs a casa de Lancaster à casa de York, lutando entre si pela coroa inglesa, foi o resultado dos problemas sociais e financeiros decorrentes da guerra dos 100 anos e do fraco reinado de Henrique VI. A guerra terminaria com a vitória de Henrique Tudor que tomou medidas para garantir uma sucessão legitima e para o fortalecimento de um governo já com características de Estado e de Nação. Além do dizimar de recursos e também por falta de um governo estável, a Guerra das Alguns factos da Inglaterra Medieval (Por Arthur de Claire) São vários os fatores e elementos culturais, religiosos e económicos da Idade Média influenciaram com profunda intensidade, não só o surgimento do Estado, mas toda sua composição, bem como o seu modo de relacionamento com a sociedade, uma vez que influenciou diretamente o comportamento dos indivíduos e determinante para inúmeros outros acontecimentos ao longo da história. A Inglaterra não foge à regra, ressaltando vários aspetos da Inglaterra Anglo-Saxónica como a organização social no que diz respeito à relação entre o senhor e os seus companheiros, comum a sociedade fortemente hierarquizada a par de uma composição étnica não uniforme. Já no séc. XI com a invasão Normanda houve uma transformação política donde sobressaem a formação dos organismos de consulta e decisão no âmbito do poder real e ainda o início da formação do parlamento. A casa real iria mudar com a criação de vários departamentos, mas o rei continuava no centro da política. Apesar de os grandes senhores superintenderem nas suas terras, deixou de haver uma escala hierárquica de senhores, vassalos e camponeses. A hierarquia era caracterizada por uma cadeia de relações e obrigações. Na base estava o povo, não sujeito a uma relação política. Em termos económicos a população vivia principalmente da agricultura e grande parte do território estava coberto de florestas, que começaram a ser reduzidas por uma questão de sobrevivência. Até final do Séc. XIII e economia britânica não sofreu grandes alterações, nem as formas de produção. Desde o final do séc. XIV e até 1490 o contexto político-social em Inglaterra é marcado por uma sucessão de guerras e conflitos. No plano interno os soberanos ingleses procuram assegurar o domínio territorial sobre o País de Gales e a Escócia. No plano externo as lutas pela conservação dos territórios em França (guerra dos 100 anos) geraram custos extremamente elevados, financeira e socialmente. Nestes séculos, sucedem-se alterações a nível social com o alargamento da classe dos mercadores e profissionais liberais, alteração dos meios de produção e consequente redistribuição da riqueza. Desponta um espírito critico em relação à Igreja, aparecem as heresias, o misticismo e humanização das figuras de culto. Entre 1290 e 1390, a nível político interno as relações entre o rei e os nobres começam a deteriorar-se do que resultam vários instrumentos legais e constitucionais, limitando o poder e a autoridade do rei. A ideia de Estado que temos hoje surgiu, assim, para regular a vida dos indivíduos e estabelecer as relações e o modo de organização entre o povo, titular do poder do Estado, e o Estado, detentor do poder para exercer suas atribuições. No séc. XV (1455-1485), a par da guerra com a França, uma guerra interna que opôs a casa de Lancaster à casa de York, lutando entre si pela coroa inglesa, foi o resultado dos problemas sociais e financeiros decorrentes da guerra dos 100 anos e do fraco reinado de Henrique VI. A guerra terminaria com a vitória de Henrique Tudor que tomou medidas para garantir uma sucessão legitima e para o fortalecimento de um governo já com características de Estado e de Nação. Além do dizimar de recursos e também por falta de um governo estável, a Guerra das Rosas…..
O Feudalismo não é um sistema de governação, nem foi
estabelecido por Guilherme da Normandia. O Feudalismo, de caráter complexo e multifacetado, foi essencialmente o sistema social prevalecente durante toda a Idade Média.
Título: A administração normanda em Inglaterra
Em 1066, Guilherme I, o Conquistador, venceu o exército anglo-saxónico naBatalha de Hastings, sendo coroado Rei no mesmo ano, marcando assim o início dodomínio normando em Inglaterra. Tendo Guilherme I a preocupação de manter osterritórios conquistados, precisava de um governo forte para gerir o país enquantoestivesse fora, que o ajudasse a angariar fundos para manter o controlo territorial esuportar as suas campanhas militares. Estabeleceu então um novo sistema degovernação em Inglaterra, o Feudalismo, baseado na distribuição de terras pornobres e bispos da sua confiança (Black 41), que iniciaram construções de castelos,abadias e catedrais, como forma de espalhar a sua influência e consolidar o seudomínio. O sistema feudal era constituído pelo rei, seguido dos senhores feudais,por quem o rei distribuía terras, os cavaleiros, e por último os camponeses (servosou vilões). Os senhores feudais prestavam vassalagem ao rei e prometiam-lhedinheiro, soldados e guarnição dos seus castelos. Os cavaleiros serviam no exércitoe ofereciam proteção aos senhores feudais, em troca de terras ou mesmo dinheiro.Os camponeses serviam os senhores feudais e cavaleiros, cultivando os seusterrenos, e tinham uma liberdade limitada, pois dependiam sempre dos seussenhores. Estas mudanças de poder e de distribuição de terras precisavam de serregistadas e confirmadas, e em 1085, Guilherme I deu início a uma recolha deinformações (uma espécie de censos) que lhe permitiu saber exatamente o quepertencia a quem. Este registo ficou conhecido como “Domesday Book”. O seuconteúdo servia de base para a aplicação de impostos aos senhores feudais. Assimsurgiu uma nova aristocracia anglo-normanda, reorganizando-se a administraçãodo estado, com a centralização do governo e o aumento do controlo das finanças eda justiça (Stenton 12-13). A nível político, criaram-se organismos de consulta e decisão que apoiavam o rei, efoi dado início ao que mais tarde iria ser conhecido como o Parlamento (Faria 65).Na casa real, o Exchequer era o organismo central, e reunia todos os ministros dorei numa sessão solene duas vezes por ano (Faria 65). Havia também o hall,organismo responsável por administrar a logística alimentar da casa real; a capela,dirigida pelo Chancellor, responsável por guardar o selo real e supervisionar astarefas de administração do reino; e a câmara real (chamber) - que mais tarde deuorigem ao tesouro - que zelava pelo bem-estar do rei e das suas posses (Faria 66). Entre os séculos XI e XIV, a casa real foi sofrendo alterações, e embora o reicontinuasse no centro da política, o poder era partilhado com os restantesorganismos do estado. O Exchequer separou-se da casa real, tornando-se numdepartamento do estado, com o tesouro como seu subordinado. O Justiciar passou a ser quem substituía o rei na sua ausência, e fazia parte de um conselhoconstituído pelo Chancellor, o Treasurer e outros indivíduos com posiçõesrelevantes na casa real, que participavam nas decisões governativas. As práticasgovernamentais e a administração da justiça foram consolidadas por Henrique II,tornando o reino mais seguro e constituído por pessoas aptas para governar. (Faria67) A má gestão por parte dos seus sucessores deu origem à revolta dos barões, quecondenavam os comportamentos abusivos do rei, e em 1215, o rei João Sem Terrafoi forçado a aceitar os termos da Magna Carta. Basicamente tratava-se de umdocumento, autenticado com o selo real, que definia e limitava os poderes reais,protegia as liberdades dos barões, e oferecia garantias a homens livres contra aarbitrariedade das decisões reais (Black 48). Este documento de enormeimportância foi uma forma de controlar o poder real, através da aceitação dascontingências da lei, e foi sendo atualizado até ao século XV. Esta revolta dosbarões e as medidas por eles tomadas, são consideradas como percursoras dademocracia parlamentar britânica, uma vez que se tornou mais comum aconvocação de assembleias para se debater reformas governamentais. (Faria 67)O Grande Conselho (que começou a ser designado como Parlamento no séculoXIII), era constituído por nobres, membros do clero, e representantes dascomunidades, e juntamente com o rei, constituíam a força governativa do país. Osupremo tribunal era o organismo onde se promulgavam as leis e se revia autilização e práticas de administração. (Faria 68)A Magna Carta seria invocada diversas vezes pelos nobres, sendo que em 1326-1327 levaria mesmo à deposição do rei Eduardo II, tendo a responsabilidade destadecisão sido partilhada pelo Parlamento. Nas décadas seguintes, as crises políticasnão cessaram, os Comuns no Parlamento questionaram a idoneidade dosconselheiros do rei, levando à acusação e julgamento de ministros e à sua respetivadeposição em 1376, procedimento que conhecemos hoje como impeachment.(Faria 103)Os séculos XIV e XV foram marcados por instabilidade política, por disputas pelopoder, como as Guerras das Rosas, e várias alterações económicas, sociais,religiosas e culturais, que indiciavam uma tendência crescente para oindividualismo e rompimento de relações de kinship. O governo Inglês foi-setornando cada vez mais eficiente nas tarefas administrativas e na manutenção dalei e da ordem no país, e a partir de 1337, o Parlamento passou a ter funçõespróprias, procedimentos regulamentados e representação permanente dos comuns,passando a reunir-se com maior frequência (Faria 107). O gradual aumento de poder dos organismos do estado e da nobreza, levou a que,já perto do final do século XV, Henrique VII procurasse restaurar os poderes do reie reafirmar os direitos feudais e autoridade judicial da Coroa, instaurando assimuma “nova monarquia” (Black 85-86).BibliografiaBartlett, Robert. BBC - Os Normandos - Episódio 1: Homens do Norte. YouTube.https://youtu.be/AF2kr31ZKNw. 9 novembro 2022Black, Jeremy. A History of the British Isles. London: Macmillan, 1997. 27- 86.ClickView. The Feudal System and the Domesday Book. YouTube.https://youtu.be/txA48AcJNmg. 9 novembro 2022Leal de Faria, Luísa. Sociedade e Cultura Inglesas. Lisboa: Universidade Aberta,1996. 63-107.Stenton, Doris May. English Society in The Early Middle Ages: 1066-1307.Harmondsworth: Penguin, 1981. 12-13 A coexistência da Tradição e da Inovação no período Early Modern O período Early Modern caracterizou-se pela consolidação do sentimento de orgulho na nação e na identidade britânica (Faria 131), e marcou o início da formação do que mais tarde se tornaria no Império Britânico, e do pensamento moderno. Foi um período de mudanças profundas na sociedade e cultura inglesas. A Reforma da igreja, iniciada por Henrique VIII, e solidificada por Isabel I, definiu o Anglicanismo como religião oficial de Inglaterra. O êxito desta Reforma dependeu grandemente da disseminação da leitura, tornada possível pela invenção da imprensa, e pelo gradual aumento da alfabetização (Faria 152).Este período foi também marcado por descobertas de novos territórios, povos e culturas (proporcionadas pela exploração marítima), por inovações tecnológicas, pelo estabelecimento de novas rotas comerciais (que aumentaram o poder económico do país), e por uma maior estabilidade política alcançada por Isabel I. Todos estes elementos influenciaram sobremaneira o espírito da época, e permitiram o desenvolvimento do pensamento humanista britânico, e a manifestação, embora tardia, de uma forma de Renascimento adaptado à realidade inglesa (Faria 131). A educação nas Universidades e nas grammar schools era bastante influenciada pela Igreja, que dava primazia ao estudo das humanidades, e à educação moral e religiosa, de acordo com os princípios protestantes, com o objetivo de eliminar quaisquer influências católicas. Estas instituições seguiam uma linha de educação humanista, ensinando as línguas e filosofias da Antiguidade, e desenvolvendo aptidões importantes para a corte. No entanto, os seus métodos de ensino foram sendo ultrapassados, levando ao aparecimento de outro tipo de instituições de ensino privadas, financiadas por mecenas, com uma oferta letiva mais diversificada – as academias científicas. Estas eram uma alternativa ao ensino universitário, considerado por alguns demasiado conservador, apegado à tradição escolástica e humanista, e resistente à inovação. As Academias e as Universidades tinham, então, missões distintas, mas complementares. Enquanto as primeiras se dedicavam à investigação científica e desenvolvimento tecnológico, as segundas cingiam-se à atividade pedagógica. (Faria 291-300) A dualidade considerada por Francis Bacon, e demonstrada nos excertos em apreço, está bem presente na cosmovisão da época, uma vez que a Tradição convivia a braços com a Inovação. Sendo ele próprio herdeiro das tradições humanistas e escolásticas, as suas críticas a estas ortodoxias visavam o carácter estático e pouco inovador das mesmas, que pouco teriam contribuído para a evolução do conhecimento, especialmente na área das ciências e do domínio da