Resenha Critica de Introduçao A Teologia
Resenha Critica de Introduçao A Teologia
Resenha Critica de Introduçao A Teologia
humana, afinal é isso que nos torna diferentes de todo o resto da criação. Somos capazes
redor. As percepções que possuímos a respeito do meio em que estamos inseridos são o
enorme desejo de compreender melhor o objeto de nossa devoção e fé. Filósofos pré-
por ideias eternas e um mundo sensível e material onde as coisas nele existentes
Na idade média, esse pensamento ganha uma nova extensão, expandindo para
uma divisão entre seres humanos finitos e uma Divindade infinita em todos os aspectos,
a ideia de uma mente pensante e uma parte material que se estendia através dela.
alcançar o âmbito religioso, onde é apresentada sob a forma de uma relação entre o
maniqueísmo, sendo nela imposta a figura de uma divindade criadora da alma (bem) e
outra divindade criadora do mundo físico (mal). Santo Agostinho foi adepto a esta
objeto de estudo e interesse. Tendo por exemplo o mal como o objeto de estudo, é
sujeito teólogo.
Porém, não se pode perder de vista o caráter do objeto, sua natureza e o seu
fundamento. No caso do cristianismo, não é possível ignorar o que foi ensinado por
Jesus Cristo. Assim como no caso do Judaísmo, não há como desconsiderar as leis
enviadas por Deus a Moises. Podemos concluir que o imaginário social cria justificativa
para qualquer ideologia que for de seu interesse, mas tal fato não serve como
pelo tempo e pela própria sociedade. Em outras palavras, querer que a fantasia por si só
O Divino se revela de forma individual ao sujeito que busca a experiencia com Ele,
como a única verdade. Mas ao contrario do que aparenta, sua essencia, que é o
evangelho, é totalmente voltada para o diálogo. O próprio Cristo apresenta sua doutrina
através do diálogo relacional, não fazendo distinção de pessoas, afinal, veio para Judeus
e Gentios. Em Seu discurso aos apóstolos no evangelho de João, capitulo 14, versículos
6 ao 10, Ele se apresenta como o caminho, a verdade e a vida aos que venham a crer
Nele. Em momento algum obrigou ninguém a acreditar Nele. Sua doutrina aponta ao
convencimento, não a imposição, e que o convencimento nos dias que seguiram após a
no capitulo 16 no verso 13. Por que deveria ser diferente nas organizações cristãs e ou
no meio cristão? O que se observa neste meio é uma tentativa de usurpar do Espirito o
poder de convencer. Como observado e defendido por Claude Geffré, o dialogo inter-
sociedade atual tem acesso a informação como nunca vimos anteriormente na história
absolutas”. Mas é neste ponto que pode estar o foco do problema de evasão da fé que o
cristianismo vem sofrendo. Esse paradoxo precisa ser ultrapassado. O respeitar outras
visões que não seja a sua, ser fiel a si mesmo e a sua própria identidade e conseguir
identificar a igualdade entre parceiros, pode ser o primeiro passo para alcançar o
sucesso nesta difícil jornada. Devemos lembrar do exemplo dado por Cristo enquanto
tradições para apresentar ao ouvinte a sua verdade. Ele se inseriu em uma relação
Existe uma linha muito tênue neste pensamento que margeia o interesse e o
inconsciente de alguns cristãos na atualidade. Linha esta que abre brechas para
propostas teológicas cristãs que apresentam solução para problemas sociais, políticos e
meu ver, é um exemplo prático disso, me lembra os Judeus da época de cristo, que
Não é defender uma Teologia alheia aos problemas e mudanças no mundo, mas
oferecendo a estes uma doutrina clara, universal em seus princípios e mensagem e não
na sua consciência.
vaga para todos, mas nem todos são alcançados. Ele diz “ide e pregai o evangelho a toda
criatura” não diz “Ide e pregai o evangelho a toda criatura que eles irão aceita-lo e
segui-lo”. Para fazer parte deste reino estabelecido por Ele, com padrões morais, éticos
fazem parte desta proposta. Afinal de contas, em uma monarquia de amor, o Rei sempre
acadêmico, pastoral ou popular, como uma interprete e tradutora, não como uma juíza
ignorar o seu contexto de emprego, pois é ele quem conduzirá o teólogo a melhor
busca, uma plena experiência com o que é divino e com o sagrado e suas dimensões.