2º Trimestre - 2019 - #327
2º Trimestre - 2019 - #327
2º Trimestre - 2019 - #327
Missão daEscolaBíblica
TRANSFORMAR
AS PESSOAS
EM DISCÍPULAS
DE CRISTO,
ATRAVÉS DO
ENSINO
E DA PRÁTICA
DA PALAVRA
DE DEUS
Copyright © 2019 – Igreja Adventista da Promessa
Revista para estudos na Escola Bíblica. É proibida a reprodução parcial
ou total sem autorização da Igreja Adventista da Promessa.
EXPEDIENTE
Apresentação.................................................... 5
1 Fé, em uma sociedade hostil............................. 8
2 Quem controla a história?................................ 16
3 Uma prova de fogo.......................................... 23
4 Do trono ao pasto............................................ 30
5 O perigo de se exaltar..................................... 37
6 Vale a pena confiar?......................................... 44
7 O reino eterno de Cristo.................................. 51
8 Tempos difíceis................................................. 58
9 Deus cumpre promessas.................................. 66
10 Batalhando em oração..................................... 73
11 Um governante cruel........................................ 81
12 Tempo de esperança........................................ 89
Bibliografia.................................................... 107
ABREVIATURAS DE LIVROS DA BÍBLIA
UTILIZADAS NAS LIÇÕES
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gos foram treinados em todas as ciências da Babilônia e, depois, coloca-
dos para trabalhar no palácio (Dn 1:3-4). Porém, devido a sua inteligência
fora do comum e a sua habilidade de interpretar sonhos, dadas por Deus,
Daniel chegou à posição privilegiada de governador da província da Ba-
bilônia e chefe supremo de todos os sábios do império (Dn 2:48).
A sua grande marca foi a integridade. Ele foi fiel ao seu Deus, em todas
as circunstâncias, até mesmo quando correu risco de morrer, como no
caso da famosa história da cova dos leões. Era homem de oração e tinha
uma comunhão profunda com Deus, a ponto de ser informado por anjos
de que era muito amado no céu (Dn 9:23, 10:11,19). O Senhor lhe respon-
dia por meio de livramentos, sonhos e visões.
Durante todo o exílio, Daniel esteve ligado ao palácio, mas também
exercia o ministério profético, em que procurava orientar e consolar os
exilados do seu povo. Muitos judeus não conseguiam compreender por
que Deus havia deixado o seu povo ir para o cativeiro. Parecia que o Se-
nhor havia perdido as rédeas da história e já não conseguia protegê-los
ou que lhes havia esquecido.
Daniel, que era um profundo conhecedor das mensagens do profeta
Jeremias, sabia que o exílio na Babilônia estava no plano de Deus, que ele
usaria aquele tempo para disciplinar e curar o seu povo (Jr 29:1-14). Se-
gundo a profecia, seriam setenta anos de servidão na Babilônia (Jr 25:11).
Isso estava no cronograma divino e seria uma ação educativa. A missão de
Daniel era mostrar que Deus não havia esquecido o seu povo e que tudo
estava sob controle.
Ainda assim, havia realidades que nem mesmo Daniel conseguia en-
tender; por isso, ele se dedicava, cada vez mais, à consagração e à ora-
ção, suplicando a Deus que lhe revelasse seus mistérios, a fim de que
tivesse uma palavra para orientar o povo. Assim, o Senhor o ajudou a
compreender aquela situação presente de Israel; também lhe deu sonhos
e visões sobre o futuro e o fim dos tempos. Foi nesse contexto que o livro
foi escrito. Seu objetivo era dar ânimo aos exilados, revelando o plano
soberano de Deus para seu povo.
A mensagem central do livro é que Deus governa o mundo, “em todas
as eras e em todos os lugares”.4 Ele é Senhor sobre todos os reinos da
Terra. Assim, reinos e impérios surgem e desaparecem, “mas Deus esta-
5. Wilkinson (2000:243)
6. Lopes (2005:135)
7. Ibidem, p.15
8. Wilkinson, op. cit., p.243
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06 DE ABRIL 2019 Hinos – Inicial: HBJ 14 • Final: HBJ 260
1
Fé, em uma
sociedade hostil
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar a importância de
saber que Deus conduz
No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de
a história das nações, ao Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a
longo dos tempos, pois
isso nos ajuda a nos manter
Jerusalém e a sitiou. E o Senhor entregou Jeoaquim,
íntegros e fiéis a ele, mesmo rei de Judá, nas suas mãos. (Dn 1:1-2 – NVI)
diante de um governo
ou de uma sociedade
hostil a nossa fé.
INTRODUÇÃO
LEITURA DIÁRIA
D 31/03 Dn 1:1-4 Ao olharmos para o nosso mundo e tudo que
S 01/04 Dn 1:5-6 acontece ao nosso redor, temos a impressão de
T 02/04 Dn 1:7-9 que todas as coisas estão fora de controle: a natu-
Q 03/04 Dn 1:10-12
reza com suas tragédias, as nações com suas guer-
Q 04/04 Dn 1:13-15
S 05/04 Dn 1:16-18
ras, o ser humano em suas relações. Pode parecer
S 06/04 Dn 1:19-21 que vivemos num mundo desgovernado. Alguns,
inclusive, dirão que, se Deus está vendo todas es-
sas coisas, ele não se importa.
Contudo, nesta semana, ao abrirmos esta série
de lições, intitulada “O Deus soberano: estudos no
PÔR DO SOL livro do profeta Daniel”, veremos que, ainda que
Sexta-feira, 05/04 – 18h02 pareça o contrário, o Senhor não perdeu o controle
Sábado, 06/04 – 18h01
sobre a natureza, as nações e a humanidade. Ele
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário continua se importando conosco. Diante da sua fi-
e o horário de verão.
delidade, somos desafiados a nos manter também
fiéis e íntegros, em meio a uma sociedade corrupta.
I. EXPLORANDO O TEXTO
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição.
O primeiro capítulo de Daniel apresenta o con-
texto do livro e mostra a chegada de Daniel e seus
amigos à Babilônia. Narra uma história de fideli-
www.portaliap.org | 9
convicção desse profeta? Pelo curso tes: A primeira era a permissão de
dos acontecimentos desse primeiro estudar na melhor universidade da
capítulo, ele vai mostrando o Deus época. O vestibular consistia de
soberano em ação. Tudo e todos es- três exames: o exame de qualida-
tão debaixo da soberania divina. Não des sociais: os jovens deveriam ser
são os poderosos que conduzem a de linhagem real e dos nobres; o
história e que regem o mundo, mas, de qualidades físicas e morais: não
sim, o Deus de Daniel. Mesmo em podiam apresentar nenhum defei-
circunstâncias tão adversas, o profe- to, e o de qualidades intelectuais:
ta manteve firme sua fé naquele que deviam ser instruídos em sabe-
governa o mundo e a história. doria, competentes para assistir
2. O íntegro Daniel e o perigo no palácio (Dn 1:4). Os três foram
da Babilônia: Deus decidiu escrever aprovados com mérito.
a maior parte da história da vida de A segunda proposta era a pro-
Daniel na Babilônia, uma terra es- messa de emprego e sucesso pro-
tranha, sombria e misteriosa, com fissional. Eles estudariam, durante 3
muitas oportunidades; afinal, era a anos, em período integral; depois,
maior potência política e econômi- trabalhariam no palácio; fariam par-
ca da época, bem como um lugar te no primeiro escalão do governo
de gente profundamente envolvida mais poderoso do mundo daquela
com todo tipo de pecado. A cidade época. Era uma chance de ouro,
era sedutora e perigosa. Por isso, na tudo que qualquer jovem desejava.
Bíblia, ela é símbolo de uma socie- Era o sonho de qualquer pai.
dade avessa a Deus (Gn 11:1-9; Ap Mas, diante de tantas oportunida-
17:4-5, 18:2-5). Em suma, a Babilô- des fáceis, Daniel e seus companhei-
nia representa toda forma de idola- ros tiveram discernimento; perce-
tria, rebeldia e perversidade moral. beram os riscos a sua santidade. De
Foi para lá que Daniel e seus ami- fato, a universidade babilônica que-
gos foram levados. Eram jovens com ria tirar a convicção de Deus da vida
cerca de 15 ou 16 anos, num país es- daqueles jovens, plantando novas
tranho, com uma língua desconheci- convicções, novas crenças e novos
da, longe do templo, do sacerdote valores. Isso não é muito diferente,
e perto de tudo que podia afastá- em nossos dias. O ambiente acadê-
-los de Deus. Foi um grande desafio mico é importante, mas traz desafios
para Daniel e seus amigos viverem lá aos jovens cristãos. Infelizmente,
e permanecerem fiéis a Deus. muitos caem em ciladas de professo-
Assim que chegaram, recebe- res mal-intencionados, perdem a fé e
ram duas propostas muito atraen- abandonam suas convicções.
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02. Após ler Dn 1:1-2 e o item 1, responda: O que Daniel queria
dizer com a expressão O Senhor entregou? Por que precisamos
confiar na soberania de Deus?
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DESAFIO DA SEMANA
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13 DE ABRIL DE 2019 Hinos – Inicial: HBJ 17 • Final: HBJ 11
2
Quem controla
a história?
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar ao estudante
O rei disse a Daniel: “Não há dúvidas de que
que Deus tem o controle
absoluto da história, de o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos
modo que, no final dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você
tempos, ele cumprirá o seu
propósito de estabelecer conseguiu revelar esse mistério” (Dn 2: 47 - NVI)
plenamente o seu reino.
INTRODUÇÃO
LEITURA DIÁRIA
D 07/04 Dn 2:1-6 George Orwell1 tem uma frase interessante:
S 08/04 Dn 2:7-13
“Quem controla o passado, controla o futuro;
T 09/04 Dn 2:14-20
Q 10/04 Dn 2:21-26
quem controla o presente, controla o passado”.
Q 11/04 Dn 2:27-34 Sua tese é que quem, no presente, está no poder,
S 12/04 Dn 2:35-41 impõe sua versão sobre os fatos do passado e in-
S 13/04 Dn 2:42-49 fluencia, decisivamente, o futuro. Para esse autor,
são os poderosos de Terra que escrevem e contro-
lam a história. Será que isso é verdade?
Quem, afinal, tem esse controle? Para Daniel,
é claro que só Deus tem domínio sobre a história,
PÔR DO SOL sobretudo, no que diz respeito ao futuro. Ao ser
Sexta-feira, 12/04 – 17h56 humano, este tempo é imprevisível, mas, a Deus,
Sábado, 13/04 – 17h55 não. Isso não significa que ele seja culpado pelas
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário
e o horário de verão.
perversidades dos homens, mas, sim, que pode
prevalecer sobre a maldade e cumprir seus propó-
sitos eternos.2 Hoje, com base em Daniel 2:1-49,
trataremos dessa questão.
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição.
1. (2009:414)
2. Wiersbe (2006:319)
3. ibidem, p.315
4. Lopes (2005:42) 5. ibidem, p.45
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Eis a interpretação do sonho re- dias destes reis (Dn 2:44). Esse
velada por intermédio de Daniel: trecho se refere ao Império Roma-
Tu és a cabeça de ouro (Dn 2:38). no dividido e dá a entender que
Essa parte da estátua simboliza continuará existindo, até o fim dos
o reino da Babilônia, que durou tempos.7 O texto de Apocalipse
de 636 a.C. a 539 a.C. O peito e 17:3,10 diz que esse reino dividido
os braços de prata representam o atingirá o seu ápice com o ajunta-
reino Medo-Persa (539 a.C. a 330 mento de dez reis, que darão su-
a.C.), descrito como inferior ao po- porte ao reinado do Anticristo.
derio babilônico, tal como a prata O filho da perdição reinará, mas
é inferior ao ouro. O ventre e os não por muito tempo, pois o Deus
quadris de bronze simbolizam o do céu suscitará um reino que não
reino da Grécia (330 a.C. a 63 a.C.). será jamais destruído; (...) esmiuça-
Sobre este, Daniel afirma: ... gover- rá todos estes reinos (Dn 2:44). No
nará toda a terra (Dn 2:39). período que compreende o Impé-
De fato, Alexandre, o Grande, rio Romano até o reino do Anticris-
estabeleceu aquele que, provavel- to, o reino de Deus é estabelecido.
mente, foi o maior império da An- Este reino foi implantado desde a
tiguidade.6 As pernas de ferro re- primeira vinda de Cristo e se torna-
presentam o Império Romano (63 rá pleno na sua segunda vinda.
a.C. a 474 d.C.): forte como o ferro, O reino de Deus é a pedra corta-
pois o ferro quebra e destrói tudo da, vista no sonho do rei babilôni-
(Dn 2:40). Os pés de ferro e barro co, que esmiuçou o ferro, o bronze,
representam todos os reinos, desde o barro, a prata e o ouro (Dn 2:45);
o Império Romano até o reino do destruirá o reino dividido e o reino
Anticristo. Nesse período, o Império do Anticristo, e encherá toda a Ter-
Romano se enfraquece e se desinte- ra. Não haverá espaço para outro
gra, tornando-se um reino dividido reino. Os inimigos do evangelho
(Dn 2:41). Por meio de alianças po- serão destruídos, e o reino de nos-
líticas, esse reino tenta se reerguer, so Senhor triunfará plenamente.
mas não consegue (Dn 2:43). 4. Ele governa na eternidade:
3. Ele esmiúça os reinos: Na Deus controla a história porque co-
continuação da interpretação do nhece os mistérios, desvenda o fu-
sonho de Nabucodonosor, Daniel turo e esmiúça os reinos; além disso,
faz a seguinte menção: Mas, nos governa eternamente. Essa verdade
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03. O que simboliza a pedra cortada, vista no sonho do rei
babilônico? Para responder, leia Dn 2:44,45 e o item 3.
DESAFIO DA SEMANA
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20
MOMENTO MISSIONÁRIO
Seja um mantenedor dos projetos missionários: Banco Bradesco | Ag. 0099 | CC 281419-6
Convenção Geral das Igrejas Adventistas da Promessa – CNPJ: 62.678.412/0001-32
3
Uma prova
de fogo
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar que as provações Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que
são oportunidades para
aperfeiçoarmos nossa fé andam passeando dentro do fogo, sem
em Deus, glorificarmos sofrer nenhum dano; e o aspecto do quarto é
seu nome e confiarmos
em sua soberania. semelhante ao Filho de Deus. (Dn 3:25)
INTRODUÇÃO
LEITURA DIÁRIA
D 14/04 Dn 3:1-3 Tragédia ou oportunidade são as duas maneiras
S 15/04 Dn 3:4-7 de as pessoas encararem os momentos críticos da
T 16/04 Dn 3:8-11 vida. Os exemplos bíblicos revelam que as prova-
Q 17/04 Dn 3:12-15
ções são oportunidades de experimentarmos a so-
Q 18/04 Dn 3:16-19
S 19/04 Dn 3:20-24
berania divina e glorificarmos o nome do Senhor,
S 20/04 Dn 3:25-30 por meio da fidelidade a sua Palavra.
O capítulo 3 de Daniel destaca um teste de fideli-
dade imposto aos três amigos de Daniel. Eles já ha-
viam sido testados, ao chegarem à Babilônia, quan-
do lhes ofereceram iguarias reais (Dn 1:5-16). Nessa
PÔR DO SOL nova ocasião, o teste seria uma verdadeira prova de
Sexta-feira, 19/04 – 17h50
fogo. Vejamos o que essa história tem a nos ensinar.
Sábado, 20/04 – 17h49
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário
I. EXPLORANDO O TEXTO
e o horário de verão.
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Deus não abandona os que lhe O soberano Criador faz da per-
são fiéis. A cena era inacreditável. seguição aos fiéis uma maneira
Nabucodonosor precisou chamar de exaltar o seu nome. Por maior
Sadraque, Mesaque e Abede-Ne- que seja a “prova de fogo” pela
go, para ver de perto o que lhes ha- qual passamos, é certo que nada
via acontecido. Ao se aproximarem, foge ao controle de Deus; todas
o imperador percebeu que nenhum as coisas cooperam para o bem
fio de seus cabelos havia sido quei- daqueles que o amam (Rm 8:28).
mado (Dn 3:26-27). O livramento Vejamos, após as questões, duas
concedido pelo Senhor fez o arro- aplicações importantes para o
gante rei emitir um decreto de glo- nosso crescimento espiritual.
rificação a Deus (Dn 3:28-29).
Nem sempre a vida cristã gera- lha. Eles estão sujeitos à fúria dos
rá conforto. O capítulo 3 do livro maus e às dores que podem causar.
de Daniel revela que os servos de Nessas circunstâncias, precisamos
Deus podem ser jogados na forna- lembrar que Deus está no controle
www.portaliap.org | 27
de todas as coisas. Ele pode nos fará o que for melhor para nós e
livrar dos perigos, para manifestar glorificará o seu nome. Ao invés de
sua glória, assim como, para mani- determinarmos o nosso futuro ou
festar a mesma glória, pode permi- murmurarmos pelo que nos está
tir que estes nos sobrevenham. acontecendo, que tal esperarmos
Diante dos riscos iminentes, no Senhor e confiarmos nele? Po-
precisamos confiar nos planos de nhamos nossa confiança em Deus,
Deus. O Senhor é detentor de nos- pois nosso futuro está seguro em
sas vidas e nossos destinos. Ele suas mãos.
06. O crente em Jesus passará por momentos críticos? Qual deve ser
a expectativa do crente, em relação ao que Deus fará em sua vida?
DESAFIO DA SEMANA
MOMENTO MISSIONÁRIO
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27 DE ABRIL DE 2019 Hinos – Inicial: HBJ 221 • Final: HBJ 228
4
Do trono ao
pasto
OBJETIVO TEXTO-BASE
Ensinar que o orgulho é
Tu serás expulso do meio dos homens e viverás
um caminho perigoso, cujo
destino é a vergonha, e que, com os animais selvagens; comerás capim como os
por outro lado, a humildade bois e te molharás com o orvalho do céu. (Dn 4:25)
é um caminho seguro, cujo
destino é a glória.
INTRODUÇÃO
I. EXPLORANDO O TEXTO
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bilônico. Deste modo, ele poderia 4. A restauração: “Sete tempos”
reconhecer a autoridade divina e foram o período determinado por
glorificar ao Senhor dos céus, que Deus para ensinar uma dura lição ao
governa sobre tudo e todos. orgulhoso rei: A soberba precede a
3. O cumprimento: Os dias tran- ruína, e a altivez do espírito, a que-
quilos do altivo rei estavam conta- da (Pv 16:18). O rei, que, outrora,
dos. A frondosa e imponente árvo- se orgulhava das suas imponentes
re seria cortada, e sua queda seria construções e ostentava sua fama
iminente. Desta forma, Daniel cha- pelo mundo, agora era punido se-
ma o rei à atenção, ministrando-lhe veramente pelo Senhor, sem que
um sábio conselho, em que apre- ninguém pudesse ajudá-lo.
senta três orientações: 1) Renuncia Nabucodonosor viveu no nível
a teus pecados e a tua maldade; 2) mais baixo da humilhação, pastan-
pratica a justiça; 3) tem compaixão do com a cara no chão, até o dia
dos necessitados (Dn 4:27). em que olhou para cima e reconhe-
Nabucodonosor se manteve ceu que há Deus no céu. Só assim
resistente. Era um rei obstinado e pôde retomar o seu juízo. Humilha-
egocêntrico. Mesmo após um ano do e arrependido, pôde entender a
inteiro, desde a revelação do so- sua real condição, diante de Deus,
nho, permaneceu seduzido pela e experimentar o poder da graça
vaidade. Observamos isso, ao ler- divina. Aprendeu que Deus fere e
mos suas audaciosas palavras: Aca- cura; humilha e exalta.5
so não é esta a grande Babilônia Com seu entendimento restaura-
que eu construí como capital do do, Nabucodonosor adorou aque-
meu reino, com o meu enorme po- le que verdadeiramente tem todo
der e para a glória da minha majes- poder no céu e na terra: Então lou-
tade? (Dn 4:30 – grifos nossos). vei o Altíssimo; honrei e glorifiquei
Tais palavras afrontaram a sobe- aquele que vive para sempre (Dn
rania divina, e o altivo rei foi punido 4:34b). A propósito, essa foi a pri-
pelo Altíssimo Rei. Nabucodonosor meira atitude do arrependido rei.
foi expulso do meio dos homens, Dessa forma, Deus restaurou a sua
passou a comer capim como os dignidade e o seu reinado, tornan-
bois e foi molhado com o orvalho do-o maior do que antes.
do céu, até que os seus cabelos e Do trono ao pasto, do orgulho à
pêlos cresceram como as penas de vergonha, da humilhação à glória,
uma águia, e as suas unhas como
as garras de uma ave (Dn 4:33). O
rei passou a viver como um animal. 5. Lopes (2005:65)
03. Qual foi o sábio conselho que o profeta deu ao soberbo rei?
Como se deu o cumprimento do sonho, na vida de Nabucodonosor?
Para responder, leia Dn 4:27-33 e o item 3.
04. O que fez o rei, quando recobrou sua consciência? Como Deus
restaurou a sua vida e o seu reino? Como podemos ver a graça de Deus
na vida do altivo Nabucodonosor? Baseie-se em Dn 4:34-37e no item 4.
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II. APLICANDO O TEXTO
DESAFIO DA SEMANA
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4
MOMENTO MISSIONÁRIO
5
O perigo de
se exaltar
OBJETIVO TEXTO-BASE
Expor ao estudante da
Mas tu, Belsazar, seu sucessor, não te
Escola Bíblica, com base
em Daniel 5, a história de humilhaste, embora soubesses de tudo isso.
Belsazar, a fim de incentivá- Pelo contrário, tu te exaltaste acima do Senhor
lo a abandonar a idolatria
e adotar a humildade, para dos céus. (Dn 5:22-23a - NVI)
evitar o perigo de se exaltar.
INTRODUÇÃO
I. EXPLORANDO O TEXTO
Escaneie o código abaixo Se você nunca leu Daniel 5 antes, é possível já ter
para ouvir o podcast desta lição.
ouvido falar do “grande banquete de Belsazar” ou
1. Lopes (2005:69)
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estava no comando de tudo e hon- sário. Parsim: Seu reino será dividido
rara ao Senhor, mas Belsazar, mes- e entregue aos medos e aos persas
mo sabendo disso, não se humilhou (Dn 5:26-28). A Bíblia nos informa
(Dn 5:22). Por desonrar ao Senhor, que, naquela mesma noite, o rei foi
recebeu sua sentença escrita em morto, a Babilônia caiu e Dario, o rei
aramaico, na parede, pela mão de medo, subiu ao poder (Dn 5:30-31).
Deus: Mene, Mene, Tequel e Parsim Devido à arrogância de seu rei, o
(Dn 5:23-25). Traduzidas, essas pa- que o levou à sentença de morte, a
lavras significam: “contados, conta- Babilônia desabou. Realmente, Deus
dos, achados em falta, divididos”.8 se opõe aos arrogantes, mas conce-
Daniel revelou que a sentença de de graça aos humildes (Tg 4:6). Na-
Deus para o rei Belsazar seria um bucodonosor se humilhou e recebeu
juízo iminente: Mene: Deus contou graça. Belsazar se exaltou e enfrentou
os dias de seu reinado e determinou a oposição. O perigo de se exaltar é
seu fim. Tequel: Você foi pesado na que a oposição a essa postura vem
balança e não atingiu o peso neces- do próprio Deus, e terrível coisa é cair
nas mãos do Deus vivo! (Hb 10:31).
8. ibidem, p. 112 Vamos refletir com as perguntas.
05. Quais são os ídolos deste tempo que podem ocupar o lugar
do verdadeiro Deus em sua vida? Qual deles é seu ídolo? Você
concorda que, para não se exaltar, precisa abandonar a idolatria?
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pense de si mesmo além do que por sua arrogância, mas, como Na-
convém (Rm 12:3). bucodonosor, humilhe-se, debaixo
Se a sua mente foi iluminada pela da poderosa mão de Deus (1 Pd
graça de Deus, para reconhecer a 5:6). Adote a humildade para a sua
glória do seu reino, por meio de Je- vida, antes que seja tarde demais. Se
sus Cristo, não se mantenha altivo, tiver de gloriar-se em alguma coisa,
como Belsazar, que foi condenado glorie-se na cruz de Cristo (Gl 6:14).
DESAFIO DA SEMANA
Domingo 28/04 Lc 21 Gn 38 Sl 29
Segunda-feira 29/04 Lc 22:1-38 Gn 39 Sl 30
Terça-feira 30/04 Lc 22:39-71 Gn 40 Sl 31
Quarta-feira 01/05 Lc 23:1-25 Gn 41 Sl 32
Quinta-feira 02/05 Lc 23:26-56 Gn 42 Sl 33
Sexta-feira 03/05 Lc 24:1-12 Gn 43 Sl 34
Sábado 04/05 Lc 24:13-53 Gn 44 Sl 35
MOMENTO MISSIONÁRIO
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11 DE MAIO DE 2019 Hinos – Inicial: HBJ 360 • Final: HBJ 333
6
Vale a pena
confiar?
OBJETIVO TEXTO-BASE
Aprender com a história
Quando Daniel soube que o decreto tinha sido
de Daniel, que, por tanto
confiar na soberania publicado, foi para casa, para o seu quarto,
de Deus, vivenciou um no andar de cima, onde as janelas davam para
grande livramento.
Jerusalém. Três vezes por dia ele se ajoelhava
e orava, agradecendo ao seu Deus, como
costumava fazer. (Dn 6:10 – NVI)
LEITURA DIÁRIA
D 05/05 Dn 6:1-4
S 06/05 Dn 6:5-8
INTRODUÇÃO
T 07/05 Dn 6:9-12
Q 08/05 Dn 6:13-16 Como manter a fidelidade e a confiança em
Q 09/05 Dn 6:17-20 Deus, em tempos de crise e grandes dificulda-
S 10/05 Dn 6:21-24 des? Essa é uma pergunta que cada um de nós
S 11/05 Dn 6:25-28
deve fazer. O fato é que o “dia mau” vem para
todos nós: através da situação em que nossa
integridade é testada, do luto que bate a nos-
sa porta, da enfermidade que enfrentamos, do
desemprego ou da crise financeira que não es-
PÔR DO SOL perávamos.
Sexta-feira, 10/05 – 17h35 Esses são apenas alguns dos exemplos de
Sábado, 11/05 – 17h35
como nossa fé pode ser posta à prova. No en-
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário tanto, vamos perceber, através do exemplo
e o horário de verão.
de Daniel, que sempre vale a pena confiar em
Deus, apesar das circunstâncias. Assim como
ocorreu com os seus três amigos, Daniel foi
submetido a uma “prova de fogo” e não su-
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição. cumbiu, por causa da sua convicção no único e
verdadeiro Deus.
www.portaliap.org | 45
esse decreto, mas não era o caso de as feras, se essa fosse a vontade do
Daniel, que tinha uma vida devocio- Senhor. O texto nos informa que,
nal profunda e constante. ao saber do decreto, ele foi para
O costume do profeta era orar seu quarto, abriu as janelas, ajoe-
três vezes, todos os dias. Isso fazia lhou-se e orou, dando graças ao
parte de sua adoração diária e de seu Deus (Dn 6:10 – NTLH – grifo
sua comunhão com Deus, algo que nosso). O profeta não ficou lamen-
não estava disposto a abrir mão. tando ou murmurando; ao contrá-
Ao saber da lei que o sentenciaria rio, escolheu glorificar ao Senhor.
à cova dos leões, Daniel não teve É certo que Daniel sabia que
dúvida: foi imediatamente para a o Altíssimo podia livrá-lo daquela
sua casa e entrou em oração, dan- sentença, e, certamente, orou nesse
do graças a Deus. Preferiu morrer sentido. É o que todos fariam. Mas,
a deixar de orar. Alguém poderia se não o livrasse dos leões, Deus
dizer: “São apenas trinta dias!”. não deixaria de ser Deus. Ainda as-
Mas o profeta nem cogitou a pos- sim, o conhecimento que o profeta
sibilidade de obedecer ao decreto. tinha do Senhor levava-o a saber
Colocou-se nas mãos daquele que que ele não desampara seus filhos.
é soberano e decidiu confiar. Em qualquer momento, o Soberano
3. A confiança de Daniel: A co- interviria. Daniel confiava nas pro-
munhão fez que Daniel tivesse ex- messas de seu Deus. Assim, mesmo
periências com Deus e o ajudou a que fosse morto pelas feras, sabia
confiar em sua soberania. O profe- que o Senhor não o deixaria para
ta sabia que Deus está no contro- sempre na sepultura.
le dos “mais temíveis perigos que 4. O livramento de Daniel: O
rondam este mundo”,3 inclusive, a fato é que Daniel foi acusado do
cova dos leões. Contudo, dizer que “crime de orar” e sentenciado a
ele confiava não significa dizer que ser devotado por leões famintos.
esperava livramento do Senhor, de Dario, o rei, amigo do profeta, ten-
qualquer jeito, mas, sim, que, por tou, de todas as formas, salvá-lo,
crer que Deus está no controle de mas não conseguiu. Ao ordenar
tudo, decidiu submeter-se a sua a execução, Dario disse a Daniel:
vontade soberana. Que o seu Deus, a quem você ser-
Daniel se colocou nas mãos de ve continuamente, o livre (Dn 6:16).
Deus e estava disposto a enfrentar Até mesmo o rei persa, por causa
da influência de Daniel, sabia do
que Deus é capaz.
3. Duguid (2016:96)
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04. Após ler Dn 6:11-28 e o item 4, responda: Quais foram as
consequências para Daniel de sua decisão de desobedecer ao
decreto real, mantendo-se fiel ao Senhor? Fale também sobre o
livramento de Daniel.
05. Que ações você precisa desenvolver para investir na sua vida
devocional e no seu relacionamento com Deus?
DESAFIO DA SEMANA
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18
MOMENTO MISSIONÁRIO
O LOUVOR MISSIONAL
LE
Missões existem para levar o evangelho onde a adoração não existe. Uma das D
S
formas ou expressões da adoração é o louvor. Entretanto, nossa busca incessante
T
por relevância e autossatisfação tem revelado um descompromisso com o evan-
Q
gelho e nos tornado irrelevantes. Isso tem acontecido no nosso próprio arraial,
Q
em que a adoração tem sido deformada pelas liturgias seculares desordenadas. S
Porém, a boa teologia ajuda a manter a arte como instrumento legítimo do louvor S
missional. Com isso, evitam-se desvios ou discrepâncias.
É bom lembrar que as pessoas que não tiveram a oportunidade de conhecer
os mistérios da salvação em Cristo, por intermédio de sua graça, jamais com-
preenderão a essência da arte em louvor a Deus, que sempre será produzida e
apresentada, essencialmente, segundo o Espírito Santo. Só quem anda no Espí-
rito entende as coisas do Espírito. Levemos, portanto, o evangelho para os que
esperam por uma oportunidade de louvar a Deus, em espírito e em verdade. Eis Sex
Sá
a essência do louvor missional.
7
O reino eterno
de Cristo
OBJETIVO TEXTO-BASE
Apresentar ao estudante
Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o
uma compreensão sobre o
capítulo 7 de Daniel que lhe possuirão para todo o sempre, de eternidade em
permita estar atento ao reino eternidade. (Dn 7:18)
da iniquidade e o encoraje a
confiar no reino eterno.
INTRODUÇÃO
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pre.5 Observe a maneira como essa usurpam bens e direitos de seus sú-
verdade é enfatizada no sonho. ditos. No reino eterno de Cristo, os
Mas há, ainda, uma terceira ver- salvos desfrutarão das delícias que
dade importante: o reino da justi- ali serão oferecidas (Ap 22:1-5).
ça será universal. Daniel também Sendo assim, entendemos que
vê um governo para os santos de Deus continua controlando sobera-
todas as nações da Terra. Eles não namente a história. Nenhum gover-
apenas o servem e lhe obedecem, no déspota pode surpreendê-lo ou
mas também possuem o reino. Mais frustrar-lhe os planos. Embora o reino
uma vez, o relato mostra uma clara da iniquidade continue organizan-
oposição entre este reino e os go- do-se para a tribulação dos últimos
vernos tirânicos deste mundo, que dias, nosso rei eterno tem o domínio
sobre todas as coisas e, finalmente,
5. Lopes (2005:90) governará com poder e glória.
www.portaliap.org | 55
nos céus agindo para que seu rei- desconfiança humana, Cristo con-
no seja plenamente consumado, tinua plantando fé em milhares de
na vinda de seu Filho. Em meio à corações. Confie no governo dele.
DESAFIO DA SEMANA
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25 DE MAIO DE 2019 Hinos – Inicial: HBJ 309 • Final: HBJ 109
8 Tempos difíceis
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar, à luz do capítulo
... surgirá um rei de duro semblante, mestre em
8 de Daniel, que, mesmo
nos tempos difíceis de astúcias. Ele se tornará muito forte, mas não
sua caminhada, o povo pelo seu próprio poder. Provocará devastações
de Deus deve continuar
confiando no Senhor. terríveis e será bem-sucedido em tudo o que fizer.
Destruirá os homens poderosos e o povo santo.
(Dn 8:23-24 – NVI)
LEITURA DIÁRIA
D 19/05 Dn 8:1-4
INTRODUÇÃO
S 20/05 Dn 8:5-7
T 21/05 Dn 8:8-11
Q 22/05 Dn 8:12-14
Imagine que você e seu povo estão passando por
Q 23/05 Dn 8:15-17 um período difícil, longe de sua terra. Vocês não veem
S 24/05 Dn 8:18-23 a hora de todo o sofrimento chegar ao fim. Oram por
S 25/05 Dn 8:24-27 períodos de refrigério. Então, quando Deus decide
lhes revelar algo sobre o futuro, vocês descobrem
que há mais períodos de extrema angústia à frente,
para as futuras gerações. Qual seria a sua reação? Isso
aconteceu com o profeta Daniel, numa visão registra-
PÔR DO SOL da no capítulo 8 do livro que leva seu nome.
Sexta-feira, 24/05 – 17h30 A visão aconteceu no terceiro ano do reinado de
Sábado, 25/05 – 17h29 Belsazar (cerca de 550 a.C.).1 Essa foi a segunda vi-
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário
são do profeta, no reinado deste monarca – a pri-
e o horário de verão.
meira aconteceu dois anos antes (Dn 7:1). Deus lhe
revelou fatos sobre tempos muito difíceis, que viriam
sobre o seu povo (os judeus), no futuro. Daniel ficou
doente, por alguns dias, diante de tais revelações.
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição. Mas o que o profeta viu de tão chocante? Vejamos.
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incomum e estrategista militar singu- da descendência de um dos quatro
lar, educado pelo famoso Aristóteles. generais de Alexandre, o Grande.
O bode ataca o carneiro de Tal rei é Antíoco IV, oitavo rei da
dois chifres. Temos, aí, a descrição dinastia de Selêuco. Ele reinou de
de uma nação virando a outra de 175 a 164 a.C., já próximo ao fim
ponta-cabeça. O carneiro (Império do dividido Império Grego, pois
Medo-Persa) é desmantelado, e o Roma, muito em breve, conquista-
bode se torna muito grande. Em ria toda a região.
331 a.C., Alexandre e suas tropas Antíoco se caracterizou por seu
venceram o Império Medo-Persa. ódio ao povo judeu. Ele atacou a
Depois disso, o Império Grego Terra Gloriosa (Palestina) e pisou
cresceu de modo avassalador. Por as estrelas do exército do céu, isto
isso, diz-se que o bode “não toca- é, o povo de Deus (Gn 15:5, 22:17;
va o chão”. Em apenas treze anos, Êx 12:41; Jr 33:22; Dn 8:10-12, 24-
quase todo o mundo conhecido da 25). Os livros apócrifos dos Maca-
época estava aos pés de Alexan- beus registram as terríveis atrocida-
dre, inclusive a Palestina. des cometidas por ele (1 Macabeus
No auge de sua força, entretan- 1:29-32, 41-50,52-61; 2 Macabeus
to, o chifre do bode foi quebrado, 6:1-11). Ele se levantou contra o
e outros quatro nasceram no seu príncipe do exército (Dn 8:11), tal-
lugar. No auge do seu poder, Ale- vez uma menção a Deus, aos seres
xandre morreu, prematuramente, celestiais ou ao próprio sumo-sacer-
com 32 anos de idade, em 323 a.C. dote (líder do povo de Deus).3
Seu império foi, então, dividido en- Ressaltamos que esse chifre pe-
tre quatro dos seus mais proemi- queno não pode ser confundido
nentes generais: Cassandro, a Oes- com o chifre pequeno de Daniel
te, recebeu a Macedônia e a Gré- 7:8. Este último é uma referência
cia; Lisímaco, ao norte, ficou com ao Anticristo do final dos tempos.
a Trácia e a Ásia Menor; Ptolomeu, Podemos considerar, entretanto,
ao sul, ficou com o Egito; Selêuco, que o pequeno chifre de Daniel 8:9
a oeste, recebeu a Síria. Duzentos é um protótipo do de Daniel 7:8.
anos antes de tudo acontecer, Da- Ele fez localmente o que o Anticris-
niel viu todos esses fatos. to fará universalmente. Esse epi-
3. A visão do chifre pequeno: sódio pressagia o que acontecerá
Na continuação da visão, o profeta
viu um chifre pequeno sair de um
dos quatro chifres (Dn 8:9). Trata- 3. Se o sumo-sacerdote estiver em vista, os
estudiosos sugerem Onias III (Edlin, 2015,
-se de um rei incomum, que sairia p. 244).
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teológicos equivocados e motiva- válidas, para essa visão, que deixou
ções históricas questionáveis. Já as Daniel perplexo e doente. Seu povo
duas últimas fazem jus ao contexto sairia da Babilônia, mas continuaria
e se enquadram no padrão de sig- sendo uma nação subjugada: tem-
nificado da visão. Tanto uma quanto pos difíceis viriam. O que podemos
a outra podem ser admitidas como aprender de tudo isso?
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06. Quando você não sabe o motivo de algo estar acontecendo, é
comum bater-lhe o desespero? O que aprende com o trecho do livro
de Daniel sobre crer, mesmo quando não consegue entender?
DESAFIO DA SEMANA
Seu desafio será separar um tempo para ler o conteúdo das pas-
sagens dos livros de 1 e 2 Macabeus, citados nesta lição. Tente
conseguir uma Bíblia católica, que possui esses livros, ou acessá-los
pela internet. Eles não são inspirados por Deus e, portanto, não
possuem a autoridade dos sessenta e seis livros bíblicos. Contudo,
guardam valor histórico importante.
Leia essas passagens e pense nas terríveis atrocidades que An-
tíoco IV cometeu contra o povo de Deus do passado. Diante disso,
imagine como será a vida, no período da grande tribulação, quan-
do o Anticristo aparecer. Ore a Deus sobre isso e peça-lhe mais fé
e perseverança para enfrentar os tempos difíceis que fazem parte
da caminhada cristã.
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1 DE JUNHO DE 2019 Hinos – Inicial: HBJ 12 • Final: HBJ 15
9
Deus cumpre
promessas
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar ao estudante das
Orei ao Senhor, ao meu Deus, e confessei: “Ó
Escrituras, à luz de Daniel
9, que Deus cumpre Senhor, Deus grande e temível, que mantém a sua
promessas; por isso, aliança de amor com todos aqueles que o amam e
devemos crer em sua palavra
e aguardar o seu tempo. obedecem aos seus mandamentos” (Dn 9:4 – NVI)
I. EXPLORANDO O TEXTO
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição. Os acontecimentos narrados no texto bíblico
que analisaremos nesta lição datam do ano em que
Ciro, o Grande, conquistou a Babilônia (539 a.C.).
No primeiro ano do seu reinado, ele “constituiu”
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pecados e os do povo, quando o nas, sessenta e duas semanas e uma
anjo Gabriel veio voando rapida- semana. Vejamos o que representa
mente para falar com ele (Dn 9:21- cada período.
22). O mensageiro angelical tinha O primeiro período é curto (sete
uma nova revelação para o profe- semanas) e diz respeito ao tempo
ta, diferente do que ele esperava. que vai desde o momento em que
Daniel estava orando porque o fim os judeus fossem liberados para
dos setenta anos estava chegando, voltar a sua terra até o momento
e ele desejava a restauração do seu em que Jerusalém fosse restaura-
povo. Contudo, Deus lhe apresenta da (Dn 9:25). O decreto aconteceu
planos muitos maiores. pouco tempo depois da oração de
A nova aliança não seria feita Daniel. Foi editado por Ciro, por
imediatamente. Havia um novo volta de 538 a.C. (Ed 1:1-4). Os
período de tempo apresentado: judeus voltaram para a sua terra e
Setenta semanas estão decretadas Jerusalém foi edificada em tempos
(Dn 9:24). Literalmente, temos a difíceis (Dn 9:25b).
expressão: “setenta períodos de O segundo período é mais lon-
sete”. Nesse tempo, Deus restau- go (sessenta e duas semanas) e vai
raria o povo de um cativeiro muito desde a reconstrução da cidade
mais sério e danoso: o cativeiro do até a chegada do ungido (Dn 9:25).
pecado (Dn 9:24). Por causa do O ungido em questão é o Senhor
pecado, Deus enviara seu povo Jesus Cristo. Trata-se de uma refe-
para a Babilônia. Os setenta anos rência a sua primeira vinda à terra.
eram apenas parte de um plano Depois desse segundo período, o
maior. O plano de Deus para a res- ungido será cortado e já não estará
tauração completa do seu povo foi (Dn 9:26). Essa é uma referência à
apresentado a Daniel. morte de Cristo.
Mas como entender essas seten- O terceiro período é o da última
ta semanas? É importante não ten- semana, diferente de todas as ou-
tarmos fazer contas para encontrar tras. Trata-se de um período sim-
um cumprimento literal. Não cre- bólico. O texto diz: E ele fará uma
mos que as setentas semanas se firme aliança com muitos por uma
referem a quatrocentos e noventa semana (Dn 9:27).”Ele” é uma re-
anos literais. Trata-se de um número ferência ao Messias. Essa semana
simbólico, que aponta para a obra ocorre entre as duas vindas de Cris-
de Cristo, em sua primeira vinda e to. A aliança em questão é a nova
na consumação. Elas estão dividi- aliança profetizada por Jeremias,
das em três períodos: sete sema- feita na cruz. Até a metade dessa
03. A revelação que Gabriel trouxe para Daniel era aquilo que ele
estava esperando? O que isso revela sobre os planos de Deus? Baseie-
se em Dn 9:20-24.
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II. APLICANDO O TEXTO
DESAFIO DA SEMANA
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08
1
MOMENTO MISSIONÁRIO
O cárcere está cheio. Não há vagas. Isso nos leva a pensar que construir mais
presídios poderia resolver o problema. Mas seria essa a solução? Entre 2000 e
2016, constatou-se um acréscimo de 30 mil presos, nos presídios espalhados pelo
Brasil. Em junho de 2016, a população carcerária era de 726.712 mil, e esse nú-
mero só tem aumentado. A taxa de reincidência é de 70%. Acima de 40%, são
presos sem condenação, ou seja, que ainda não foram julgados. A maioria dessa
população é constituída de usuários de drogas, não de traficantes. A justiça con-
dena, disciplina, mas não trata esses seres humanos. É preciso considerar que o
cárcere é o último estágio. Isso significa que muitas outras instituições falharam
antes, a começar pela família.
Estamos entre os 10 países com o pior nível de desigualdade social. O que
temos feito a respeito disso? Qual papel da igreja? Qual é o nosso papel? Po- LE
demos fazer muito mais do que orar. Podemos atuar de diversas formas, como, D
por exemplo, através da Capelania Prisional, que já existe há mais de 25 anos, S
mas que continua precisando de cristãos que olhem como Cristo olharia para T
essas pessoas: Estive preso e não fostes me visitar (Mt 25:43). É necessário um Q
verdadeiro despertamento para levar a palavra, o amor e a esperança a esses Q
10
Batalhando
em oração
OBJETIVO TEXTO-BASE
Mostrar, através da
Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em
experiência de Daniel, a
importância da oração, que você decidiu buscar entendimento e humilhar-
refletindo sobre as coisas se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas,
grandiosas que ocorrem,
enquanto oramos. e eu vim em resposta a elas. (Dn 10:12 - NVI)
2. Wiersbe (2006:368-369)
1. Duguid (2016:178) 3. Lopes (2005:128)
5. ibidem, pp.369-370
4. Wiersbe, op. cit., p.368 6. Duguid, op. cit., p.181
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3. Uma guerra invisível: Quando maligno, agindo contra o reino de
o anjo o ajudou a levantar, tocando Deus. Diante daquela resistência es-
nele, falou-lhe palavras de ânimo. piritual, o mensageiro celestial pre-
Disse que ele era muito amado no cisou da ajuda de Miguel,7 que é um
céu (Dn 9:11). Essa não era a primei- dos primeiros príncipes (Dn 10:13).
ra vez que tinha ouvido isso, nem Assim, sem saber, enquanto orava,
seria a última. Ele era alvo do amor Daniel participou desse conflito. Nós,
e do cuidado de Deus. Suas orações também, podemos crer que, enquan-
eram ouvidas no céu. O anjo disse a to oramos, “Deus coordena os exérci-
Daniel que não ficasse com medo, tos do céu para lutar a nosso favor”,8
pois era Deus quem o tinha enviado. ainda que nem façamos ideia das ba-
O profeta também foi informado talhas travadas nessa guerra invisível.
de que, desde o primeiro dia em Os seres malignos se uniram para
que aplicara o coração a buscar ao evitar que Daniel recebesse a men-
Senhor e se humilhar, desejando sa- sagem, porque esta desmascarava
bedoria, Deus o tinha ouvido e aten- a trama do reino das trevas contra o
dido (Dn 10:12). Deus tem pressa em povo de Deus e mostrava que tudo
responder nossas orações. Como estava sob o controle divino. Po-
aconteceu com Daniel, os céus se rém, não puderam resistir aos anjos
movem para atender a igreja. de Deus. Daniel recebeu a mensa-
Contudo, a conversa do anjo gem, entendeu os propósitos divi-
com o profeta nos revela uma guer- nos e conheceu, de antemão, fatos
ra invisível entre agentes do mal e que cobrem toda a história.
os agentes de Deus. Ao explicar a
demora da resposta, o anjo escla-
7. Miguel é um arcanjo ou um anjo de hierar-
receu que tivera de lutar contra o quia superior. É identificado como defensor
príncipe do reino da Pérsia. Este o do povo de Deus e citado 5 vezes, em toda
a Bíblia (Dn 10:13,21, 12:1; Jd 9; Ap 12:7). O
resistira por 21 dias, impedindo-o texto de Daniel 10:13 é uma prova de que ele
de entregar as revelações a Daniel. é um ser criado e não pode ser confundido
com Jesus. Esse texto também sugere que
Obviamente, não se trata, aqui, de existem outros anjos dessa mesma hierarquia.
um ser humano, mas de um ser 8. Wiersbe, op. cit., p.371
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(Ef 6:10). Eles agiram para que niel não tivesse novas revelações,
Daniel não entendesse a verdade; nem progredisse na fé, e querem
hoje, fazem o mesmo conosco fazer o mesmo conosco. Precisa-
(Mt 13:19). Atuaram para que Da- mos identificar suas ciladas.
05. Você sabe que os anjos maus agem contra o avanço da obra de
Deus e atuam para fazer você cair em pecado e sair da presença de
Deus? Você tem conseguido identificar suas ciladas? Leia Ef 6:10-12.
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15
1
MOMENTO MISSIONÁRIO
Uma das perguntas emergentes nestes últimos tempos é: Como a igreja pode
transformar a cidade? É sabido que não somente no Brasil, mas no mundo todo,
o processo de urbanização tem se acelerado nos últimos anos, causando, de certa
maneira, verdadeiro caos na vida dos cidadãos urbanos, com o aumento de fa-
velas, estímulo à formação dos guetos, violência, tráfico de drogas, aumento da
população carcerária, doenças e prostituição. É bem verdade que o Estado tem
a responsabilidade de por ordem nesse caos urbano; porém, a igreja existe para
ir por todo o mundo e pregar o evangelho a todos (Marcos 16:15). Nesse senti-
do, sua missão é alcançar a sociedade nessas áreas superpopulosas, diminuindo
seus medos, suas inseguranças, sua pobreza e suas necessidades, pelo poder da
Palavra de Deus.
Este é um tempo de mudanças drásticas na maneira como as pessoas se rela- LE
cionam, e, à medida que as mudanças acontecem, são necessários novos hábitos, D
que devem permear as ações da igreja de Cristo, para que esta impacte as pesso- S
as, conduzindo-as na direção da graça salvadora, o único caminho para libertá-las T
da opressão, do caos e da marginalidade. Mateus 5:16 ensina o que a igreja, re- Q
presentada individualmente por cada seguidor de Cristo, deve fazer para impac- Q
tar a cidade: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam S
S
as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. Como isso é
possível? Através de intercessão, capacitação, proclamação e ação. A combinação
dessas atitudes servirá de base para que a igreja se transforme numa plataforma
de difusão dos valores cristãos, que se espalharão pelas cidades.
11
Um governante
cruel
OBJETIVO TEXTO-BASE
Ajudar o estudante a ... e se levantará em seu lugar um homem vil,
compreender a profecia
expressa no capítulo 11 de ao qual não tinham dado a dignidade real; mas
Daniel, que trata acerca de ele virá caladamente e tomará o reino, com
um governante cruel, seus
antecessores e sua figura intrigas. (Dn 11:21)
apocalíptica.
INTRODUÇÃO
LEITURA DIÁRIA
D 09/06 Dn 11:1-6 No estudo anterior, sobre o capítulo 10 de Da-
S 10/06 Dn 11:7-12 niel, vimos que os anjos de Deus triunfaram sobre a
T 11/06 Dn 11:13-18
resistência maligna e que a mensagem foi entregue
Q 12/06 Dn 11:19-24
Q 13/06 Dn 11:25-31
a Daniel. No capítulo 11, base do presente estudo,
S 14/06 Dn 11:32-37 Deus mostra ao profeta que seu povo sofreria os
S 15/06 Dn 11:38-45 danos das guerras travadas por grandes nações e
que um governante perverso encabeçaria grande
perseguição contra o povo judeu e se oporia ao
Deus a quem este adora. Contudo, assim como na
revelação do capítulo anterior, a vontade do Se-
PÔR DO SOL nhor triunfaria sobre os intentos malignos.
Sexta-feira, 14/06 – 17h28 Na época em que a visão foi dada a Daniel, os
Sábado, 15/06 – 17h28 judeus que haviam retornado do exílio para Jerusa-
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário
lém e pretendiam reconstruir o templo, interrompe-
e o horário de verão.
ram a obra e estavam desanimados, por causa da
perseguição dos inimigos.1 Mas a visão de Daniel
se propõe a estimulá-los a não se deixar surpreen-
der pelo sofrimento, mostrando que Deus está no
Escaneie o código abaixo
para ouvir o podcast desta lição. controle da situação, jamais permitindo que o seu
reino seja tragado pelos poderes deste mundo.
1. Duguid (2016:192)
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Está escrito que esse rei se en- jará contra os santos, terá autorida-
grandecerá sobre todo deus (Dn de sobre as nações e tentará fazer
11:36). Somente do Anticristo se diz que os cristãos fiéis abandonem o
isso (2 Ts 2:4). Ele proferirá blasfê- evangelho (Dn 11:7).
mias contra o nome de Deus e ten- As características do Anticristo
tará mudar as leis naturais (Dn 7:25; mostradas em Apocalipse 13 são
Ap 13:6). Antíoco, por sua vez, ado- semelhantes às descritas em Daniel
rava os deuses da Grécia.10 Além 11. Ele é perverso e se imporá so-
disso, Daniel 11:40-45 não se encai- bre os reinos do mundo. Agirá com
xa com o que se sabe sobre Antío- a eficácia de Satanás e perseguirá
co, cujo fim se deu numa pequena o povo de Deus com grande fúria
campanha contra a Pérsia, em 164 (Dn 11:38-44). Porém, será derrota-
a.C., não entre o mar e Jerusalém.11 do, no final, e não haverá quem o
O Anticristo surgirá durante a socorra (Dn 11:45).
época da grande tribulação, que Chegamos ao final do estudo
será um período de intenso so- de Daniel 11. É importante res-
frimento no mundo e de grande saltar que todos os eventos mos-
apostasia (Mt 24:21; Ap 7:14). Em trados ao profeta têm a ver com
Apocalipse 13:1-10, ele é a perso- o povo de Deus. A nossa história
nificação da primeira besta.12 Pele- está nas mãos do Senhor. O sofri-
mento ocorrerá, mas, após, virá o
10. Wood (2014:328)
triunfo. Não há o que temer. Dito
11. Duguid, op. cit., p.203 isso, vejamos, a seguir, duas im-
12. Rocha (2014:135) portantes lições.
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2. Em meio à tribulação, mantenha a esperança.
Daniel conseguiu prever a chegará, e a igreja triunfará, de
atuação do Anticristo no mundo uma vez por todas.
(Dn 11:36-45). Este se manifesta- Portanto, não perca a esperança,
rá durante o período da grande ainda que esteja passando por cri-
tribulação. Nessa época, que an- ses ferrenhas. Esteja certo de que
tecederá imediatamente a volta a tribulação é passageira e logo
de Cristo, os cristãos fiéis serão findará. Não esqueça o que escre-
duramente perseguidos. O Anti- veu o apóstolo Paulo: ... tenho por
cristo usará todo o seu poder po- certo que os sofrimentos do tempo
lítico mundial para fazer oposição presente não podem ser compara-
a Deus e a seu povo. Porém, não dos com a glória a ser revelada em
terá êxito eternamente. O seu fim nós (Rm 8:18).
DESAFIO DA SEMANA
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MOMENTO MISSIONÁRIO
isso que lemos, em todo o livro de Atos, a igreja se expandir pelo mundo, vencer S
T
inimigos, derrubar barreiras, ultrapassar fronteiras, abrir novas portas, seguir sempre
Q
em frente? A igreja que tem o Espírito Santo como seu guia e mentor estará sempre
Q
viva, atuante e relevante no bairro, na cidade, no país e no mundo. O Espírito Santo S
na direção é garantia de igrejas revitalizadas e novas comunidades cristãs plantadas. S
Quando a igreja é guiada pelo Espírito Santo, sai para levar alegria e glória a um
mundo triste e condenado (At 13:48). Como resultado, ao invés de apatia, como-
dismo e mesmice, a igreja se enche de alegria e se torna festiva (At 15:3). Vamos, na
direção do Espírito Santo, revitalizar e plantar novas igrejas?
12
Tempo de
esperança
OBJETIVO TEXTO-BASE
Ensinar que a grande
Haverá um tempo de angústia tal como nunca
tribulação será um tempo
de muita angústia, mas houve, desde o início das nações e até então. Mas,
também de esperança para naquela ocasião, o seu povo, todo aquele cujo nome
os salvos, pois entenderão
os sinais e saberão que a está escrito no livro, será liberto. (Dn 12:1 - NVI)
recompensa está próxima.
INTRODUÇÃO
LEITURA DIÁRIA
D 16/06 Dn 12:1 Pela graça de Deus, chegamos ao último capí-
S 17/06 Dn 12:2-3 tulo do livro de Daniel. Na semana passada, vimos
T 18/06 Dn 12:4-5
que “os reinos se levantam e caem segundo o pro-
Q 19/06 Dn 12:6-7
Q 20/06 Dn 12:8-9
grama de Deus”.1 Ele é realmente o soberano e
S 21/06 Dn 12:10-11 está dirigindo a história. De fato, a história não é
S 22/06 Dn 12:12-13 um trem desgovernado e fora dos trilhos. Pode até
perecer que estamos caminhando para o caos, mas
há alguém no comando, e este alguém é Deus.
O destino do mundo não está nas mãos dos reis
e dos poderosos, mas, sim, nas mãos do Senhor. Ele
PÔR DO SOL está no trono e governa sobre tudo e todos. O so-
Sexta-feira, 21/06 – 17h29 berano já estabeleceu o fim da história. Este drama
Sábado, 22/06 – 17h29 termina com um final feliz para a igreja, uma vitória
Baseado no horário de Brasília.
Considere a diferença de fuso horário
magnífica para o povo de Deus. No texto de Daniel
e o horário de verão.
12, temos uma bela descrição desse desfecho.
I. EXPLORANDO O TEXTO
1. Lopes (2005:135)
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primeira metade da semana cobre fizeram com Jesus, em Atos 1:6 e 7.
o período que vai da primeira vinda Daniel teve uma resposta semelhante
de Cristo até o início da grande tri- à recebida pelos discípulos.
bulação e o surgimento do Anticris- O anjo lhe respondeu: Agora, Da-
to (Ap 11:2,3, 12:6,14). É o período niel, você pode ir embora, pois tudo
da igreja. A segunda metade da se- isso deve ficar em segredo (Dn 12:9
mana vai do início da grande tribu- – NTLH). Ele foi, gentilmente, convi-
lação e o surgimento do Anticristo dado a se retirar. Já tinha ouvido e
até a segunda vinda de Cristo. Em visto o suficiente. O propósito das
termos literais, o tempo desta se- profecias não é promover especula-
gunda metade da semana é menor, ção quanto a datas e detalhes, mas,
por causa dos eleitos (Mt 24:22). sim trazer esperança e consolo. Ape-
Tanto em Daniel 7:25 quanto em sar disso, o anjo adicionou outros
12:7, a expressão “tempo, tem- detalhes. Disse que, na grande tri-
pos e meio tempo” diz respeito à bulação, os salvos serão ainda mais
segunda metade da semana. É o purificados, embranquecidos e pro-
tempo em que o Anticristo reinará vados (Dn 12:10), como é dito em
e perseguirá os santos (Dn 7:25). Apocalipse 7:9,1-14. Disse, ainda,
Esse é o período da grande tribu- que os ímpios piorarão na perversi-
lação. Obviamente, não é literal. dade, por não compreenderem os
Nesse tempo, a igreja será silencia- fatos, mas os sábios, isto é, os salvos
da (Ap 11:7-9). Essa ideia é apre- em Cristo, entenderão (Dn 12:10).
sentada em Daniel, através da fra- Nos versículos 11 e 12, são apre-
se: Quando o poder do povo santo sentados dois outros números. O
for finalmente quebrado, todas es- texto diz que, desde o tempo em
sas coisas se cumprirão (Dn 12:7). que o sacrifício contínuo for tirado,
4. A garantia particular: Ao ouvir até que se cumpra a abominação
aquele diálogo entre os anjos, Daniel desoladora, haverá mil duzentos
se perturbou e decidiu participar da e noventa dias. Lembra de Daniel
conversa. O profeta diz que ouviu, 9:27? Esses dois eventos marcam o
mas não entendeu; por isso, pergun- início da segunda metade da última
tou: Meu senhor, qual será o resul- semana, isto é, o início da grande
tado disso tudo? (Dn 12:8). É como tribulação e do reinado do Anticris-
se dissesse: “Senhor, explique isso to. É curioso, entretanto, que temos
melhor”; “Dê-me mais detalhes”, ou o acréscimo de trinta dias aos três
“Pode me dizer exatamente a data?”. anos e meio ou mil duzentos e ses-
Possivelmente, faríamos o mesmo,
no seu lugar. Foi o que os discípulos
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03. Leia Dn 12:5-7; Ap 12:6,14; o item 3, e explique: Na conversa
entre os seres angelicais, Daniel ouviu que aquelas profecias se
cumpririam depois de um tempo, dois tempos e metade de um
tempo. O que isso significa?
06. O que o livro de Daniel, tanto nas histórias contadas quanto nas
profecias proferidas, ensinou a você sobre fidelidade? Baseie-se em
Dn 12:13 e Ap 2:10.
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DESAFIO DA SEMANA
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29
13º 1
Sábado
LE
D
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Estudo especial
S
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29/06/2019
Sex
Sá
13
Crescimento
sobrenatural
OBJETIVO TEXTO-BASE
Ajudar o estudante a
Os que aceitaram a mensagem foram batizados,
refletir, com base na Bíblia,
a respeito de uma das e naquele dia houve um acréscimo de cerca de
marcas do avivamento três mil pessoas. (At 2:41)
autêntico, que é o
crescimento sobrenatural,
motivando-o a buscar em
Deus essa bênção. INTRODUÇÃO
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Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor (1 Co 3:6). É claro que a
Senhor, dia a dia, os que iam sendo igreja utiliza estratégias missionais
salvos. É Deus quem a faz a igreja para alcançar o crescimento numé-
avançar. O segredo para ela cres- rico. Contudo, deve reconhecer
cer de forma saudável é o poder que seu trabalho não terá sucesso
do Espírito Santo. algum sem a bênção de Deus.7 A
Dito isso, é necessário fazermos igreja avivada tem crescimento so-
duas considerações importantes. brenatural, não pela sabedoria de
A primeira é que a salvação do pe- seus pastores ou pelo esforço de
cador depende do Senhor. O tex- seus membros, mas pela ação do
to é claro em dizer que ele acres- seu Senhor.
centava os que iam sendo salvos. A igreja primitiva não depen-
Deus cumpriu a profecia de Joel deu de si mesma para crescer.
que diz: ... todo aquele que invo- O Senhor esteve ao seu lado o
car o nome do Senhor será salvo tempo todo e a fez prosperar, em
(At 2:21; cf. Jl 2:32). meio às adversidades. Os após-
O Senhor faz a igreja crescer co- tolos entregaram a condução de
locando, em suas fileiras, pecado- suas vidas a Cristo, que os tor-
res arrependidos, que, salvos por nou vitoriosos. Que o nosso Deus
ele, se tornam novas criaturas (2 Co conduza a sua igreja neste tem-
5:17). Quando a igreja passa pelo po, ajudando-a a se expandir, até
autêntico avivamento, torna-se ins- aos confins da Terra.
trumento de Deus para salvar vidas.
A segunda consideração é que
o sucesso da igreja depende do 7. ibidem, p.756
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não podemos deixar de pedir-lhe que devemos recorrer. Clamemos
estratégias adequadas para alcan- ao Senhor para nos trazer um aviva-
çarmos as pessoas com a pregação mento que produza um crescimen-
do evangelho. O avanço da obra to sobrenatural de nossas igrejas lo-
depende de Deus. Logo, é a ele cais. Devemos desejar essa bênção.
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MOMENTO MISSIONÁRIO
OS MISSIONÁRIOS EM MOVIMENTO
APRESENTAÇÃO
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
LIÇÃO 1
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
LIÇÃO 2
LOPES. Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
LIÇÃO 3
DUGUID, Iain M. Estudos bíblicos expositivos em Daniel: fé que passa pela adver-
sidade. Tradução de Jônatas Abdias de Macedo. São Paulo: Cultura Cristã, 2016.
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
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LIÇÃO 4
DUGUID, Iain M. Estudos bíblicos expositivos em Daniel: fé que passa pela adver-
sidade. Tradução de Jônatas Abdias de Macedo. São Paulo: Cultura Cristã, 2016.
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
LIÇÃO 5
HELM, David. Daniel para você. Tradução de Thomas de Lima. São Paulo: Vida
Nova, 2018.
LOPES. Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
SWIM, Roy E. (et al). Comentário bíblico Beacon: vol. 4. Tradução de Valdemar
Kroker e Haroldo Janzen. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.
LIÇÃO 6
HELM, David. Daniel para você. São Paulo: Vida Nova, 2018.
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
ROCHA, Alan (org.). Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as
presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014.
LIÇÃO 8
EDLIN, Jim. Novo comentário bíblico Beacon: Daniel. Tradução de Beth Dias.Rio
de Janeiro: Central Gospel, 2015.
HELM, David. Daniel para você. Tradução de Thomas de Lima. São Paulo: Vida
Nova, 2018.
WOOD, Leon. Comentário de Daniel. São Paulo: Editora Batista Regular, 2014.
LIÇÃO 9
DUGUID, Iain M. Estudos bíblicos expositivos em Daniel: fé que passa pela adver-
sidade. Tradução de Jônatas Abdias de Macedo. São Paulo: Cultura Cristã, 2016.
LIÇÃO 10
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
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WIERSBE, Warren W. Comentário bíblico expositivo: Antigo Testamento: vol 4.
Tradução de Susana E. Klassen. Santo André: Geográfica, 2006.
LIÇÃO 11
DUGUID, Lain M. Estudos bíblicos expositivos em Daniel: fé que passa pela adver-
sidade. Tradução de Jônatas Abdias de Macedo. São Paulo: Cultura Cristã, 2016.
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2005.
ROCHA, Alan (org.). Apocalipse: escreva, pois, as coisas que você viu, tanto as
presentes como as que estão por vir. São Paulo: GEVC, 2014.
WOOD, Leon James. Comentário de Daniel. São Paulo: Editora Batista Regular,
2014.
LIÇÃO 12
HELM, David. Daniel para você. Tradução de Thomas de Lima. São Paulo: Vida
Nova, 2018.
LOPES, Hernandes Dias. Daniel: um homem amado no céu. São Paulo: Hagnos,
2014.
LIÇÃO 13
LOPES, Hernandes Dias. Atos: a ação do Espírito na vida da igreja. São Paulo:
Hagnos, 2012.
www.portaliap.org | 111
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