Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico Do Agreste Núcleo de Formação Docente Curso de Licenciatura em Física
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Universidade Federal de Pernambuco Centro Acadêmico Do Agreste Núcleo de Formação Docente Curso de Licenciatura em Física
Uma revisão sistemática entre 2017 e 2021 sobre a presença das mulheres na
Física
CARUARU
2022
MARIA PATRÍCIA DA SILVA DIAS
Uma revisão sistemática entre 2017 e 2021 sobre a presença das mulheres na
Física
CARUARU
2022
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do programa de geração automática do SIB/UFPE
Uma revisão sistemática entre 2017 e 2021 sobre a presença das mulheres na
Física
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________________
Profª. Dr. Tassiana Fernanda Genzini de Carvalho (Orientadora)
Universidade Federal de Pernambuco
_____________________________________________________
Profº. Dr. Kátia Calligaris Rodrigues (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco
_____________________________________________________
Profº. Dr. Diana Patrícia Gomes de Almeida (Examinador Externo)
Universidade Federal do Recôncavo Baiano
Dedico este trabalho a minha mãe Maria das Neves da Silva, e minha avó Carmelita
Maria da Silva que com aquela cartilha do ABC vinte e um anos atrás me fizeram
alcançar o que alcanço hoje.
AGRADECIMENTOS
O presente trabalho tem como objetivo fazer um levantamento das produções que
tratam a questão da mulher na física, utilizando como base de dados os Simpósios
Nacionais de Ensino de Física (SNEF) dos anos 2017, 2019, 2021 e em algumas
revistas nacionais de ensino de física como: Revista Brasileira de Ensino de Física
(RBEF) e Caderno Brasileiro de ensino de Física (CBEF). Após uma categorização,
considerando a finalidade de cada trabalho selecionado foi possível analisar como
as discussões acerca da mulher na física tem se dado nos últimos anos. Assim,
neste trabalho as categorias criadas foram: levantamento de concepções;
levantamento de dados; análise/revisão; personalidade da física e projeto/proposta.
Portanto, é possível percerber uma crescente no número de trabalhos de
análise/revisão e projeto/proposta que envolvem as mulheres na Física nas regiões
Sul e Sudeste, principalmente no SNEF, evento que coaduna um grande contigente
de cientistas de todo o Brasil.
The present work aims to survey the productions that deal with the issue of
women in physics, using as database: the Simpósio Nacional de Ensino de Física
(SNEF) in the years of 2017, 2019, 2021 and in some national journals for teaching
physics such as: Revista Brasileira de Ensino de Física (RBEF) and Caderno
Brasileiro de Ensino de Física (CBEF). Thereafter a categorization had been done,
considering the purpose of each selected work, it was possible to analyze how
discussions about women in physics have been taking place in the past years and
then. In addition, the categories created were: survey of conceptions; data survey;
analysis/review; physics personality and project/proposal. Therefore, it is possible to
notice an increasement in the number of analysis/review and project/proposal works
involving women in physics in the South and Southeast regions, mainly at SNEF, an
event that combines a large contingent of scientists from all Brazil.
1 INTRODUÇÃO............................................................................................11
1.1 OBJETIVO GERAL.....................................................................................12
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................12
2 HISTÓRIA DA MULHER NO INGRESSO AO ENSINO SUPERIOR........14
2.1 A PRESENÇA DA MULHER NO CURSO DE FÍSICA NO BRASIL...........15
3 METODOLOGIA.........................................................................................19
4 RESULTADOS OBTIDOS..........................................................................23
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................32
REFERÊNCIAS..........................................................................................34
11
1 INTRODUÇÃO
Durante o ensino médio, o indivíduo tem que fazer algumas escolhas, dentre
elas, em alguns casos, deve escolher a graduação que almeja cursar. Assim que
começam a ser divulgadas as listas dos aprovados nas universidades, observamos
uma grande quantidade de estudantes classificados, e pouco tempo depois, é
possível ver salas de aulas serem lotadas. Logo, observando as últimas listas do
Sistema de Seleção Unificado (SISU), é possível perceber que o mesmo
comportamento acontece no curso de Licenciatura em Física.
O número de mulheres ingressantes no ensino superior já é maior que o
número de homens, conforme apontam os dados publicados pela revista Valor
Econômico1. Segundo dados divulgados pelo IBGE:
Na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres e 15,1% dos
homens tinham nível superior completo em 2019. A parcela da população
com instrução vem avançando, mas as mulheres se mantêm nos últimos
anos com maior grau de instrução. Em 2012, eram 14% das mulheres com
ensino superior e 10,9% dos homens. A única faixa etária em que há mais
homens que mulheres com ensino superior é aquela acima dos 65 anos ou
mais, o que mostra as restrições do acesso à educação em décadas
passadas, aponta o IBGE. (IBGE, 2019, apud CARNEIRO; SARAIVA, 2021,
p. 1)
Ao analisar os dados citados acima, podemos perceber que as mulheres vêm
ganhando cada vez mais espaço onde, em algum momento, foi um lugar de acesso
restrito aos homens. A sociedade brasileira vem evoluindo em relação a essa
problemática. No âmbito da física, entretanto, ainda se encontra um cenário muito
desafiador, com a baixa representatividade da mulher no meio acadêmico, como
afirma Agrello & Garg (2009). Contudo, a presença que há, não deve ser
desconsiderada, visto os motivos que impelem essas mulheres a ingressarem e
finalizarem o curso de Física no Brasil ainda existem e precisam ser considerados.
É preciso continuar a enfrentar as muitas formas de desestímulo das
mulheres em seu interesse pela física. A sociedade mais se beneficia
quando é capaz de aproveitar ao máximo todo o talento disponível. É hora
de se construir uma conscientização ampla que permita as mulheres e a
outros grupos sub-representados avançar sobre as barreiras históricas a
sua atuação na física, nas ciências e na engenharia em geral. A física tem
um papel chave na compreensão do mundo em que vivemos. (AGRELLO;
GARG, 2009, p.5)
Esses motivos, geralmente, são vários e de diferentes origens, indo desde
incentivos docentes; curiosidade pela compreensão dos fenômenos da natureza;
inspiração por outras profissionais da área, e até a vontade de ingressar no meio
1 https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/03/04/ibge-mulheres-tem-mais-acesso-ao-ensino-
superior-mas-ainda-sao-minoria-em-areas-como-engenharia-e-ti.ghtml
12
científico, assim como também pelo interesse sobre a tecnologia, conforme descreve
Márcia Barbosa (2019, p. 1), doutora em física e presidente da Academia Brasileira
de Ciências: “as mulheres precisam da tecnologia e devem ser incentivadas a
praticá-la. Os problemas ligados ao universo feminino são pouco estudados,
principalmente quando não há mulheres na área”.
Dessa forma, no ambiente acadêmico dos últimos anos, tem havido pesquisas
que refletem e pensam os motivos e os porquês de as mulheres estudarem física e
suas áreas adjacentes no meio acadêmico do ensino superior no Brasil, semelhante
ao que acontece no trabalho “Mulheres na física: um estudo sobre os ingressos e
egressos de mulheres na UFSCAR” (SOUZA; SOUZA, 2017), inclusive trazendo
proposições para aumentar a participação feminina.
Por fim, o leitor, nos próximos capítulos, encontrará um breve histórico sobre a
questão das mulheres na física, e, no capítulo posterior as definições da metodologia
da pesquisa, caracterizando está como pesquisa descritiva e bibliográfica. Seguido
dos resultados obtidos e as análises finais acerca do trabalho e as considerações
finais.
14
Vários países ainda hoje não permitem o ensino básico ou superior para
mulheres. Segundo matéria publicada no site “Conexão Planeta”2:
Nos países da África e Ásia que a educação ainda é negada para meninas,
devido a razões culturais, sociais ou simplesmente, por falta de acesso. Na
Somália por exemplo, estima-se que 95% das garotas entre 7 e 16 anos,
nas comunidades mais pobres, nunca tenham ido para a escola. Na Nigéria,
há mais de 5 milhões de estudantes do sexo feminino fora da sala de aula.
(CAMARGO, 2017, p.1)
Percebe-se que, segundo os dados publicados no site, o acesso das
mulheres à escola é um assunto bastante delicado em vários países. No Brasil,
durante o período colonial, a economia brasileira foi fundada por mão de obra
escrava, o que não deu muita atenção para a educação formal masculina e
nenhuma atenção para a feminina. (BELTRÃO; ALVES, 2009)
A presença da mulher na escola foi muito atrasada, durante anos, as
mulheres lutaram para conseguir o direito ao ensino, mas foi somente em meados
do século XIX, que as mulheres conseguiram o direito de frequentar o ensino
primário no Brasil. No entanto, os primeiros legisladores do Império haviam
estabelecido que o ensino primário era dever do estado e deveria ser ministrado por
professoras:
Porém, devido à falta de professoras qualificadas e sem conseguir despertar
maior interesse dos pais, o ensino não chegou a abranger uma
percentagem significativa de alunas. (UNICEF, 1982 apud BELTRÃO;
ALVES, 2009, p. 128)
No entanto, esse ensino era voltado para conhecimentos de cuidados e
administração do lar, para que essa mulher pudesse cuidar da casa, dos filhos e do
marido. Como confirmam em seus estudos Aragão e Kreutz (2010, p. 05): “desde o
período Colonial, a educação feminina era restrita ao lar e para o lar, ou seja,
aprendiam atividades que possibilitassem o bom governo da casa e dos filhos”.
Por muito tempo, a educação para a mulher não era algo de extrema
necessidade. Isso porque a tradição que veio de Portugal para a colônia brasileira
cultivava a ideia de que a mulher não deveria ler ou escrever. (RIBEIRO, 2000 apud
PEREIRA; FAVORO, 2017). Na Europa, a mulher também ocupava um lugar inferior
na sociedade. Ela era considerada como o sexo frágil e, por isso, foi designada ao
trabalho privado, ou seja, ao trabalho doméstico com base em ser gentil e afetiva
(PEREIRA; FAVORO, 2017).
2 https://conexaoplaneta.com.br/blog/mais-de-60-milhoes-de-meninas-nao-tem-acesso-educacao-
no-mundo/
15
3 METODOLOGIA
Este trabalho optou por fazer uma revisão sistemática da literatura, cuja
abordagem será de cunho qualitativo descritivo. Para Silva e Menezes (2005) a
pesquisa qualitativa é definida como:
[…] considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito,
isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de
pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas
(SILVA; MENEZES, 2005, p. 20).
Outros autores como Martins (2004) tratam a pesquisa qualitativa como:
Aquela que privilegia a análise de microprocessos, através do estudo das
ações sociais individuais e grupais, realizando um exame intensivo dos
dados, e caracterizada pela heterodoxia no momento da análise (MARTINS,
2004, p. 289).
Em seguida, depois de se ter conhecido um pouco da pesquisa qualitativa,
conhecer-se-á a pesquisa descritiva, que, conforme Gil (2008), é uma pesquisa que
descreve determinados casos, acontecimentos ou a relação entre as variáveis. Gil
afirma que a pesquisa descritiva tem por objetivo:
Estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo,
procedência, nível de escolaridade, nível de renda, estado de saúde física e
mental etc. Outras pesquisas deste tipo são as que se propõem estudar o
nível de atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade, as
condições de habitação de seus habitantes, o índice de criminalidade que aí
se registra etc (GIL, 2008, p.28).
A pesquisa qualitativa é muito relevante para que possamos estudar as
relações sociais devido à pluralização das esferas de vida. E também possui alguns
aspectos que são considerados essenciais como: a escolha de métodos e certas
teorias apropriadamente; no reconhecimento e nos diagnósticos de diferentes
visões; nas considerações do pesquisador em relação a sua própria indagação
fazendo parte do procedimento da construção da concepção do conhecimento e, por
fim, na diversidade de questionamentos e formas. (FLICK, 2004).
Quanto ao procedimento metodológico, a pesquisa é caracterizada como
bibliográfica, cujo objetivo é o aprimoramento e o melhoramento do conhecimento
por meio de averiguação de obras científicas já publicadas (SOUSA; OLIVEIRA;
ALVES, 2021). Andrade (2010 apud SOUSA; OLIVEIRA; ALVES, 2021) define a
pesquisa bibliográfica como sendo:
A pesquisa bibliográfica é a habilidade fundamental nos cursos de
graduação, uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades
acadêmicas. Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica,
necessariamente, a pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis,
debates, resumos críticos, monográficas não dispensam a pesquisa
20
dentro das questões de gênero e mulheres na Física, sendo uma boa amostra dessa
categoria o artigo “A invisibilidade das mulheres enquanto trabalhadoras nas
questões de física do enem 2015” (VICENTE; KILNER, 2019).
Dentro da categoria das “Personalidades da Física” são encontrados
trabalhos que visam dar uma maior visibilidade a importantes mulheres que atuaram
ou ainda atuam na Física e suas contribuições, como no artigo “A trajetória de Chien
Shiung Wu e a sua contribuição à Física” (MAIA FILHO; SILVA, 2019) que trata das
contribuições da sino-estadunidense para a física experimental, sendo considerada
uma das maiores cientistas do Século XX.
Finalmente, na categoria de “Projetos/Propostas de intervenção” (PP) estão
aqueles trabalhos que visam evidenciar projetos que já existam, ou até mesmo
trazer novas propostas de projetos que incentivem mulheres a seguir carreiras
ligadas as ciências, principalmente a Física, tal qual o “Projeto de inclusão de
mulheres na ciência: Gurias do pampa nas exatas”, projetado e discutido pela Vitória
Magalhães e sua equipe (MAGALHÃES et al, 2019).
Uma vez realizada a separação dentro dessas categorias, foi-se necessário
montar um quadro comparativo para visualização dos dados obtidos e como os
trabalhos se distribuem dentro das categorias, facilitando a interpretação desses
dados e como eles podem se relacionar com o contexto a ser analisado.
Após a categorização de cada artigo foi criado quadros contendo título do
trabalho, autores, instituição, ano e categoria para o SNEF, CDBF e RBEF (Quadros
1, 2 e 3). Logo em seguida foi possível realizar algumas análises importantes:
quantidade de trabalhos publicados ao decorrer dos anos; trabalhos publicados de
acordo com as categorias definidas; distribuição dos trabalhos publicados de acordo
com a região do país e a distribuição de trabalhos de acordo com as categorias
definidas e veículos estudados. Essas análises foram expostas em formas de
gráficos, que serviram de ponto de partida para análises mais profundas explicadas
na próxima seção.
22
4 RESULTADOS OBTIDOS
20
15
Trabalhos
10
0
2017 2018 2019 2020 2021
20
15 Trabalhos
10
0
Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul
0
LC LD AR PF PP
30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em 2021 foi visto uma tendência que mostra uma crescente no número de
trabalhos que envolvem as mulheres na Física, seja enaltecendo mulheres
importantes nessa trajetória, buscando entender melhor o contexto de uma
localidade ou propondo projetos, as mulheres vem conquistando seus espaços nas
ciências exatas, em especial a Física.
Infere-se que a maioria das discussões acerca das mulheres na Física se dão
em simpósios como o SNEF, onde o espaço para essas discussões é claramente
maior do que em veículos como o RBEF e CBEF, muito por causa do espaço
reduzido que esses últimos possuem.
Dada a evolução das discussões, a maioria dos trabalhos tem cunho de
análise ou revisão, seja ele de conceitos, outros trabalhos ou projetos que
atualmente vem sendo implementados. Isso indica que os campos das idéias acerca
dessa temática estão fervorosos, e provavelmente o número de trabalhos que
propõem algum projeto concreto tendem a aumentar com o tempo.
Historicamente brilham as estrelas de personalidades como Yolande Monteux
– primeira mulher a se graduar em Física, e pioneira no estudo de raios cósmicos;
Sonja Ashauer – atuou em pesquisas de núcleo e partículas elementares em
temperaturas muito elevadas, também foi a primeira física brasileira a se tornar
doutora, orientada do físico Paul Dirac, e Elisa Frota Pessôa – uma das fundadoras
do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e reconhecida como uma das pioneiras da
Física experimental no Brasil. Igualmente importante, insta ressaltar a presença
factível de grandes mulheres na Física nos trabalhos mais recentes do Brasil, do
mesmo jeito que Emmy Nöther, Chien Shiung Wu e Maria Goeppert-Mayer,
conhecidas por seus trabalhos nos campos da física teórica e física nuclear.
De maneira resumida, acreditamos que há muito a ser percorrido para as
mulheres conquistarem seu espaço na Física. À vista disso, é notável que a maioria
dos trabalhos produzidos no ramo acadêmico sobre a presença da mulher na física
concentravam-se no Sul e no Sudeste, salientando a discrepância entre Norte-
Nordeste e Sul-Sudeste. Dessa forma, depreende-se uma dificuldade maior no
Norte-Nordeste com respeito a inserção da mulher no meio científico (Física), assim
como o ingresso neste curso superior – a razão para esse fato pode ser dado por
vários vieses, como o fator histórico-cultural, por exemplo.
32
Muita coisa vem sendo feita e discutida, ficando evidente a propensão nos
próximos anos que a participação de mulheres nos cursos superiores aumente. Em
comparação com as lutas de Yolande Monteux e Sonja Ashauer atualmente é mais
simples para uma mulher percorrer a graduação.
Personalidades atuais como Débora Menezes – primeira mulher a presidir a
sociedade brasileira de Física; Carolina Brito – editora chefe do Journal Paper in
Physics e coordenadora dos programas de extensão meninas na ciência e lugar de
mulher; Márcia Barbosa – uma das diretoras da Academia Brasileira de Ciência,
integrante da Sociedade Americana de Física, da Sociedade Brasileira de Física e
da União Internacional de Física Pura e Aplicada, ganhadora dos Prêmios L’Oréal-
Unesco de mulheres na ciências físicas, Cláudia em Ciência e Anísio Teixeira e
Sônia Guimarães – primeira mulher negra com doutorado no Brasil e professora
adjunta no Instituto Tecnológio de Aeronáutica (ITA) contribuem para que novas
mulheres consigam seus respectivos espaços dentro deste campo que apesar de
fascinante tem sido dominado pela presença masculina em níveis desproporcionais.
33
REFERÊNCIAS
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