Anamnese e Exame Físico Obstétrico (Pré-Natal) Anamnese e Exame Físico Obstétrico (Pré-Natal)
Anamnese e Exame Físico Obstétrico (Pré-Natal) Anamnese e Exame Físico Obstétrico (Pré-Natal)
Anamnese e Exame Físico Obstétrico (Pré-Natal) Anamnese e Exame Físico Obstétrico (Pré-Natal)
CONSULTA PRÉ-NATAL
ANAMNESE
Informações demográficas e pessoais
Nome, idade materna, etnia, estado civil, profissão, religião, nacionalidade,
naturalidade e procedência
Idade materna ideal para a gestação é de 20 - 29 anos (época de maior
fertilidade)
Gestantes adolescentes têm maior incidência de anemia, doença hipertensiva
específica da gestação, prematuridade, baixo peso ao nascer e desproporção
cefolopélvica
Acima dos 35 aumentam as chances de malformações fetais
Antecedentes clínicos pessoais e familiares
História detalhada de doenças familiares e pessoais, como HAS, endocrinopatias,
anemias, cardiopatias, pneumonias, colagenoses, doenças gastrointestinais,
oncológicas, psiquiátricas
Antecedentes ginecológicos e menstruais
Menarca, características dos últimos ciclos menstruais (periodicidade e duração),
tratamentos ginecológicos clínicos e cirúrgicos, métodos de anticoncepção e
data do último exame colpocitopatológico
História obstétrica atual e pregressa
Inclui idade gestacional, DPP e intercorrências na gestação
DPP é feito com base principal na DUM
Datação acurada da gestação é crucial no acompanhamento do pré-natal,
especialmente para a determinação do início da monitorização fetal
Idade gestacional menstrual deve ser confirmada por meio da US no 1º trimestre
Já nos antecedentes obstétricos, deve-se elencar o número de gestações, a via de
parto (abdominal ou vaginal), a idade gestacional no parto, o peso do RN, o ano
EXAME FÍSICO - EF
Exame físico completo deve ser preconizado na primeira consulta da gestação
Inspeção geral da pele, verificação de mucosas, temperatura, peso, estatura,
ausculta cardíaca e respiratória, palpação do pescoço e abdominal e exame
das extremidades
EF obstétrico inclui medida da AU e BCF com o sona Doppler, que passa a ser
possível entre 9 e 12 semanas
A ausculta com o estetoscópio de Pinard é possível a partir de 16 semanas
EXAMES LABORATORIAIS
Primeira consulta
Tipo sanguíneo ABO e fator RhD
Pesquisa de anticorpos irregulares (inclusive para pacientes RhD-positivo)
Hemograma
Sorologia para rubéola
ULTRASSONOGRAFIA
Ferramenta indispensável na assistência pré-natal.
Benefícios: a datação correta da gestação. o diagnóstico da gestação não
evolutiva, o diagnóstico precoce da gestação múltipla, a detecção de
malformações fetais, o diagnóstico das alterações placentárias, do cordão
umbilical e do crescimento fetal, além de ser um reforço psicológico aos pais com
a visualização das imagens fetais
NUTRIÇÃO
Importância
Avaliado preferencialmente no período preconcepcional e as modificações
alimentares necessárias também devem ser iniciadas antes da gestação. Fator
importante na redução da morbidade e da mortalidade materno-infantil
Incidência de complicações na gestação é maior nos extremos do ganho de peso.
Ganho inferior ao ideal para a faixa de índice de massa corporal (IMC) está
associado à restrição do crescimento fetal e ao parto prematuro, os ganhos
superiores estão associados à macrossomia fetal e a aumento de duas vezes na
taxa de cesáreas
Controle ponderal
Avaliação ponderal faz parte da rotina da assistência pré-natal. Peso matemo é
examinado de forma absoluta, assim como o ganho mensal e a relação
peso/estatura. Relação peso/estatura é o método mais padronizado de avaliação
ponderai, utilizando o IMC. O MS adota a curva de Ataiah; IMC é calculado em
IMUNIZAÇÕES
Preferencialmente antes da gestação. Vacinas produzidas com vírus vivos
atenuados ão contraindicadas na gestação. Não imunizadas devem tomar a
vacina de rubéola, caxumba e sarampo (tripliceviral) no puerpério. Mulheres não
grávidas que receberam alguma dessas vacinas devem esperar um intervalo de
28 dias para uma gestação
Vacinação do tétano é rotineiramente recomendada na gestação como forma de
diminuir as taxas de mortalidade neonatal e infantil. Vacina de eleição é a dupla
bacteriana (dT, composta de toxoides contra o tétano e a difteria), no segundo
trimestre; ou a tríplice bacteriana (dTpa, contendo toxoides contra o tétano e a
difteria e componente pertussis acelular), no terceiro trimestre
(preferencialmente entre 27 e 36 semanas) para oferecer imunidade passiva ao
lactente contra a coqueluche. Gestantes com história vacinal prévia
desconhecida ou com vacinação incompleta, após sofrerem ferimentos grandes
ou contaminados, devem receber, além da vacina contra tétano e difteria, a
imunoglobulina hiperimune na dose de 250 UI por via intramuscular vacinas com
HPV
Enfatizar que as vacinas contra HPV são exclusivamente profiláticas e que
não apresentam indicação para tratamento de lesões ou infecção pelo HPV já
existentes.
As mulheres vacinadas não correm risco de adquirirem a infecção pelo HPV
através da vacinação, já que as vacinas são elaboradas através de engenharia
genética e destituídas de DNA viral
OUTROS ASPECTOS
Exercício físico
Não é necessário que agestante limite o exercício físico, desde que não corra o
risco de acidentes ou de fadiga. As atividades de risco para queda e acidentes no
abdome devem ser evitadas. A gestação não é o momento para iniciar novos
exercícios aeróbios ou intensificar o treinamento
Trabalho
Quem trabalham em atividades sem risco potencial podem continuar com suas
atividades até o momento do parto. atividades que demandam esforço físico
devem ser reduzidas, especialmente nas gestações de alto risco.
Atividades que demandam maior esforço físico e maior permanência em pé,
como aquelas exercidas por caixas, dentistas, médicas, empregadas domésticas,
entre outras, estão associadas a maior taxa de panos prematuros.
Atividade sexual
Atividade sexual pode estimular o parto por estimulação física do segmento
inferior do útero, liberação endógena de ocitocina como resultado do orgasmo,
ação da prostaglandina do sêmen e exposição aumentada a agentes infecciosos.
Na ausência de complicações gestacionais a atividade sexual na gestação não é
contraindicada
Viagem de avião
Gestantes com complicações clínicas ou obstétricas devem evitar voos.
Durante o voo, a gestante deve se manter hidratada, mover os membros
regularmente e manter os cintos afivelados abaixo do abdome para se proteger
de turbulências inesperadas.
Recomenda-se o uso de meias elásticas.
A suplementação com oxigênio deve ser administrada para gestantes que não
tolerem a cabine, mesmo pressurizada
Uso de cosméticos na gestação
ALEITAMENTO
Incentivar e a orientar quanto ao aleitamento materno, lembrando que o exame
das mamas é obrigatório no pré-natal
Bibliografias
2016_zugaib_zugaib_obstetricia_3ed