Caderno Teoria Geral Dos Contratos - N
Caderno Teoria Geral Dos Contratos - N
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Acordo de vontades, de conteúdo econômico, sendo uma das fontes de obrigações. Kelsen e a
teoria preceptiva explicitam que a criação/extinção de obrigações dos contratos cria direito. Já
Orlando Gomes afirma que contrato “é uma espécie de negócio jurídico que se distingue, na
formação, por exigir a presença pelo menos de duas partes”.
É feito por meio de um consenso (ou o consenso é suprido por meio de instrumentos
legais)
Exige manifestação de vontade de ambas as partes e anuência de todas as cláusulas,
ainda que possam ser revistas posteriormente;
Em regra, é constitutivo de obrigações.
Ainda sobra a boa-fé objetiva, pode-se afirmar que alguns institutos dela decorrem (função
corretiva), pois são nascidos de expectativas legítimas, que, por sua vez, são criadas pelo
comportamento das partes. São eles:
Uma vez plenamente cumprido o contrato, não há mais vínculo contratual, mas permanecem os
efeitos da boa-fé objetiva.
5) Princípio da função social do contrato (art. 421): o contrato visa atingir objetivos não
apenas individuais, mas também sociais. Pode, portanto, o Judiciário intervir nos
contratos e alterá-los em caso de interesse ímprobo. Sobre esse ponto, duas correntes
doutrinárias tentam explicar tal intervenção:
I. “Institucionalista” (termo usado pelo aluno): remontando ao constitucionalismo
alemão, entende-se que o art. 421 do CC dispõe sobre uns instância de proteção
de interesses externos às partes contratantes (“interesses institucionais”),
designando o interesse de determinados grupos sociais como jurídica e
economicamente distintos dos interesses individuais.
Aqui há uma visão restritiva, pois nega-se a possibilidade de ligar à função social
do contrato vícios contratuais que tenham a ver apenas com a relação entre os
contratantes.
1. Teoria da Vontade: o contrato deve ser interpretado de acordo com a vontade das
partes (subjetiva). Geralmente aplicada quando não é contrato de consumo;
2. Teoria da Declaração: o contrato deve ser interpretado segundo o que está declarado
(objetiva). Aplicada pelo Código de Defesa do Consumidor;
3. Interpretação segundo a boa-fé objetiva: contrato interpretado conforme o art. 113
do CC (usando-se da ótica da boa-fé objetiva).
1) Quanto à formação:
a) Consensuais: formam-se apenas com a anuência das partes, não exigindo outra
solenidade;
b) Reais: aqueles que dependem não só da anuência, mas também da entrega
efetiva do bem.
2) Quanto às obrigações:
a) Unilaterais: contrato que gera obrigações somente para uma das partes;
b) Bilaterais: geram obrigações jurídicas para ambas as partes.
3) Quanto às vantagens:
a) Onerosos: contratos que geram vantagens a ambas às partes;
b) Gratuitos: contratos que geram vantagens apenas a uma das partes.
4) Quanto à equivalência das prestações:
a) Comutativos: ambas as partes sabem o que cada uma irá prestar;
b) Aleatórios: pelo menos uma das partes não sabe o que irá prestar, em razão de
tratar sobre vantagens incertas vindouras.