Dados Do Projecto - Antonio

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Disciplina:

UNIVERSIDADE ZAMBEZE Projecto Mecatrónico


FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Docente:
Msc. Eng. António Daniel
Departamento de Engenharia Electromecânica Paturo

SISTEMA AUTONOMO PARA O PROCESSO DE IRRIGAÇÃO

Estudantes: António Ricardo José Teramai Mussororo & José Mateus Nhamue

Orientação: Professores A.D. Paturo e outros possíveis

Beira, Novembro de 2022


António Ricardo José Teramai Mussororo
José Mateus Nhamue

Professor: A.D. Paturo

SISTEMA AUTÓNOMO PARA O PROCESSO DE IRRIGAÇÃO

Relatório da Disciplina PROMEC – Projeto


Mecatronico (Memorial Descritivo e
Memorial de Cálculos), sob a orientação
do Professor A. D. Paturo.

Beira, Novembro de 2022


ÍNDICE

LISTA DE FIGURAS…………………………………………………………..……………..VII
LISTA DE TABELAS…………………………………..……………..……………………...VIII
RESUMO…………………………………………………………………………………….…IX
ABSTRACT ..................................................................................................................X
I. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9
1.1. OBJETIVOS .................................................................................................. 10
1.1.1. OBJETIVO GERAL......................................................................................... 10
1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................... 10
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 11
2.1. IRRIGAÇÃO .................................................................................................. 11
2.1.1. TIPOS DE IRRIGAÇÃO ................................................................................. 11
2.1.1.1. IRRIGAÇÃO SUPERFICIAL ......................................................................... 11
2.1.1.2. IRRIGAÇÃO LOCALIZADA ......................................................................... 11
2.1.1.3. IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO ..................................................................... 11
2.2. HIDRÁULICA ................................................................................................ 12
2.2.1. BOMBA HIDRÁULICA ................................................................................. 12
2.2.2. BOMBA CENTRIFUGA DE ACOPLAMENTO MAGNÉTICO. ................. 12
2.3. INSTRUMENTAÇÃO ..................................................................................... 12
2.3.1. SENSORES ...................................................................................................... 13
2.3.2. SENSOR DE HUMIDADE.............................................................................. 13
2.4. AUTOMAÇÃO ............................................................................................... 13
2.5. PROGRAMAÇÃO ......................................................................................... 13
2.5.1. ARDUÍNO........................................................................................................ 14
III. MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................ 15
3.1. DADOS DO PROJECTO............................................................................... 15
3.1.1. CARACTERISTICA DO CARRETEL IRRIGADOR .................................... 15
3.2. ESBOÇO DO CONJUNTO ............................................................................ 16
3.3. CROQUI DO CONJUNTO ............................................................................. 18
3.4. DESCRIÇÃO GERAL DO PROJECTO ......................................................... 20
3.4.1. MEDIÇÃO DA TERRA .................................................................................. 20
3.4.2. ACIONAMENTO DA BOMBA ...................................................................... 21
3.4.3. ACIONAMENTO DO CARRETEL ................................................................ 23
3.5. MONTAGEM ................................................................................................. 24
3.6. DESCRIÇÃO GERAL DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO
PRODUTO……………………………………………………………………………..25
3.6.1. MANUTENÇÃO DO CARRETEL ................................................................. 25
3.6.2. MANUTENÇÃO DA BOMBA ....................................................................... 25
3.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEGURANÇA DE OPERAÇÃO-
PROJETO………………………………………………………………………………26
3.8. CONCEITO ................................................................................................... 28
IV. MEMORIAL DE CALCULO ........................................................................... 29
4.1. DIMENSIONAMENTO DA BOMBA ............................................................... 29
4.1.1. CALCULO DE VAZÃO .................................................................................. 29
4.1.2. CALCULO DE POTÊNCIA ............................................................................ 30
4.1.3. CALCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL .................................. 30
ALTURA DE SUCÇÃO ............................................................................................... 31
ALTURA DE RECALQUE: .......................................................................................... 31
PERDA DE CARGA .................................................................................................... 31
4.2. DIMENSIONAMENTO DO FUSÍVEL DA BOMBA ......................................... 32
4.3. DIMENSIONAMENTO DO CONTACTOR DA BOMBA ................................. 33
4.4. DIMENSIONAMENTO DO RELÉ DE SOBRECARGA .................................. 33
4.5. DIAGRAMAS ELÉTRICO .............................................................................. 34
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 36
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 37
ANEXOS A ................................................................................................................. 39
ANEXO B.................................................................................................................... 40
ANEXO C ................................................................................................................... 42
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Carretel Irrigador “vista lateral direita” .......................................................... 16


Figura 2 - Bomba Centrifuga, vista frontal e traseira.

Elaborado pelo grupo, 2022 ........................................................................................ 17

Figura 3 - Carretel Irrigador......................................................................................... 18

Figura 4 - Bomba Centrifuga, vista explodida

Elaborado pelo grupo, 2022 ........................................................................................ 19

Figura 5- Diagrama de blocos de sequência de funcionamento do sistema. ............... 20

Figura 6 - Esquema eletrónico do acionamento da bomba. ........................................ 22

Figura 7- Aplicação da lâmina de água com aspersor do tipo canhão na cultura da soja.

Fonte: internet............................................................................................................. 23

Figura 8-Ilustração de montagem do carretel .............................................................. 24

Figura 9- Carretel Irrigador vista em três dimensões................................................... 28

Figura 10- Bomba Centrifuga vista em três dimensões ............................................... 28

Figura 11- Grafico de calibre do fusível....................................................................... 32

Figura 12Diagrama de Potência do acionamento da bomba Elaborado pelo grupo, 2022.

................................................................................................................................... 34

Figura 13- Diagrama de Comando do acionamento da bomba. Elaborado

pelo grupo, 2022. ........................................................................................................ 35

Figura 14- Código do programa para medição da terra............................................... 39

Figura 15- Código do programa do acionamento da bomba elaborado

pelo grupo, 2022. ........................................................................................................ 39

Figura 16-Modulo Rele Usado para o acionamento da bomba.

Fonte: Internet. ........................................................................................................... 42

Figura 17- Arduino usado no sistema.

Fonte: Internet. ........................................................................................................... 42

4
Figura 18- Modulo LoRa usado como protocolo de comunicacao entre os Arduinos

Fonte: Internet ............................................................................................................ 43

Figura 19- Sensor de Humidade DH-32 usado na medição da terra.

Fonte: Internet. ........................................................................................................... 43

Figura 20 - Placa Fotovoltaica Fonte: Internet ............................................................ 44

5
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Legenda do Carretel ................................................................................... 18


Tabela 2- Legenda do motor ....................................................................................... 19
Tabela 3- Legenda do diagrama ................................................................................. 23
Tabela 4- Dados de partida......................................................................................... 29
Tabela 5- Tabela para escolha de contator. ................................................................ 40
Tabela6-Tabela para escolha do Rele Termico da Bomba.
Fonte: Internet. ........................................................................................................... 41

6
RESUMO

O presente trabalho tem como tema SISTEMA AUTÓNOMO NO PROCESSO DE


IRRIGAÇÃO e tem como objetivo automatizar o processo de irrigação de modo a ajudar
os agricultores a terem uma maior autonomia no processo de irrigação deixando de
depender de fatores climáticos, como por exemplo a chuva, que influência de forma
significativa no processo rega das culturas e o sistema autónomo também irá ajudar os
agricultores a reduzir o uso excessivo de água. E para que fosse possível o
desenvolvimento do sistema foi necessário recorrer a artigos e documentos que nos
deram uma base teórica nas áreas de automação, programação, fluídos e acionamentos
elétricos. No decorrer do trabalho estes manuais nos permitiram dimensionar as
diferentes partes do sistema, desde a escolha da bomba, a parte elétrica do seu
acionamento e a automação do sistema através da programação recorrendo a
plataforma do Arduíno. No principio tivemos de dimensionar a bomba que seria usada
no sistema de irrigação, sendo para isso necessário se calcular a potência da bomba
com base nas características do local em que esta será instalada. Depois o grupo teve
de elaborar os diagramas elétricos de Potência e de Comando para o acionamento da
bomba e dimensionamos os componentes do sistema elétrico como por exemplo os
contactores e os relés. Por fim tivemos de elaborar o circuito eletrónico e de automação,
e com a ajuda do Arduíno fizemos a programação dos diferentes módulos e sensores
que farão parte do sistema.

7
ABSTRACT

The present work has as its theme AUTONOMOUS SYSTEM IN THE IRRIGATION
PROCESS and aims to automate the irrigation process in order to help farmers to have
greater autonomy in the irrigation process, no longer depending on climatic factors, such
as rain, which significantly influence the crop irrigation process and the autonomous
system will also help farmers to reduce excessive water use. And for the development
of the system to be possible, it was necessary to resort to articles and documents that
gave us a theoretical basis in the areas of automation, programming, fluids and electrical
drives. During the work these manuals allowed us to dimension the different parts of the
system, from the choice of the pump, the electrical part of its drive and the automation
of the system through programming using the Arduino platform. In the beginning, we had
to dimension the pump that would be used in the irrigation system, for which it was
necessary to calculate the power of the pump based on the characteristics of the place
where it will be installed. Afterwards, the group had to draw up the electrical diagrams
for Power and Command for activating the pump and dimensioning the components of
the electrical system, such as contactors and relays. Finally, we had to design the
electronic and automation circuit, and with the help of the Arduino we programmed the
different modules and sensors that will be part of the system.

8
I. INTRODUÇÃO

A rega por aspersão convencional é uma prática agrícola destinada a aplicar água na
superfície do solo em forma de chuva para atender às necessidades hídricas das
culturas durante a época seca do ano ou, de forma suplementar, durante períodos sem
chuva ao longo da estação chuvosa. Em determinadas regiões e durante a estação
chuvosa podem ocorrer períodos contínuos sem chuva de até 30 dias, sendo os de 7 a
10 dias os mais frequentes. Esses períodos são chamados de veranicos. A ocorrência
de veranicos em épocas críticas de exigência de água pelas plantas pode comprometer
seriamente a produtividade e a qualidade da produção.
Para pequenos agricultores no nosso pais, não tem muito o habito de uso de sistemas
de irrigação, geralmente dependem da chuva. Salvo a minoria e em algumas religiões
que também usam para irrigar áreas medias para a horticultura, optando por uso de
regadores convencionais (rega manual) ou através de irrigação por sulcos que consiste
em parcialmente desviar um rio e canalizar nas suas áreas, mas na maioria das vezes
são poucos também que usam esses sistemas.
Existem diversos métodos de rega, mas não existe um considerado ideal, porém os
diferentes sistemas apresentam vantagens e desvantagens comparativas entre si. Os
sistemas de rega por aspersão, em geral, usam mais água e mais energia quando
comparados a outros métodos de irrigação, presentam eficiência de irrigação
intermediária entre os sistemas superficiais e localizados.
E com isso vamos propor o sistema do nosso projeto que tem em vista, melhorar o
sistema de irrigação por aspersão por via de um carretel irrigador, e com isso diminuir o
consumo excessivo de agua, torna-lo mais eficiente automatizando e assim poder deixar
de depender de fatores climáticos para a irrigação em moçambique.

9
1.1. OBJETIVOS

1.1.1. OBJETIVO GERAL

➢ O objetivo principal deste projeto é desenvolver um sistema autónomo para o


processo de irrigação.

1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

➢ Dimensionar a capacidade de irrigação desse sistema


➢ Programar os dispositivos
➢ Avaliar a eficácia deste sistema

10
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. IRRIGAÇÃO

A irrigação é o conjunto de práticas que reúne técnicas e meios para aplicar água
de forma artificial nas plantas. Porém, essa definição é muito abrangente e não retrata
exatamente o tipo de irrigação que interessa ao produtor.
Quando pensamos em agricultura irrigada, a irrigação se refere aos
métodos, equipamentos e sistemas utilizados para fornecer a quantidade
necessária de água e umidade para a cultura, maximizando os resultados de
produção ao menor custo para o produtor.
Ao contrário do que muitos pensam, irrigar não é somente jogar água no solo. É preciso
muito estudo e planejamento para fazer esse manejo de forma correta.

2.1.1. TIPOS DE IRRIGAÇÃO

A irrigação é uma técnica que tem como objetivo suprir as necessidades hídricas de
uma área plantada em decorrência à baixa disponibilidade hídrica ou a má
distribuição das chuvas. Os principais tipos de irrigação utilizados atualmente são
a superficial, a localizada e a aspersão.

2.1.1.1. IRRIGAÇÃO SUPERFICIAL

Neste tipo a água é conduzida para o ponto de infiltração diretamente pela superfície do
solo. Os sistemas de irrigação mais comuns para esse tipo são as irrigações
por inundações e as irrigações por sulcos. Esse tipo de irrigação é bastante utilizado na
produção de arroz.

2.1.1.2. IRRIGAÇÃO LOCALIZADA

Neste tipo a água é aplicada na área ocupada pelas raízes das plantas, formando
um círculo molhado ou faixa húmida. Essa técnica é muito utilizada nos dias atuais,
sendo muito aplicada na produção de frutíferas. Os dois sistemas básicos na irrigação
localizada são a microaspersão e o gotejamento.

2.1.1.3. IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

Esse tipo simula uma chuva artificial onde um aspersor expele água para o ar, que por
resistência aerodinâmica se transformam em pequenas gotículas de água que caem

11
sobre o solo e plantas. Seus principais sistemas são a convencional, o pivô-central e o
auto-propelido.

2.2. HIDRÁULICA

Hidráulica é a parte da física que se dedica a estudar o comportamento dos fluidos em


movimento e em repouso. É responsável pelo conhecimento das leis que regem o
transporte, a conversão de energia, a regulação e o controle do fluido agindo sobre suas
variáveis. E para o projeto o fluido tratado é a agua.
Assim como qualquer ramo da ciência, na hidráulica também existe elementos que
compõe o sistema hidráulico e que fazem com que funcione, temos principais
elementos como a bomba hidráulica, válvulas direcionais, atuadores, ductos e
elementos de medição.

2.2.1. BOMBA HIDRÁULICA

Chama-se bomba hidráulica, portanto, à máquina que é responsável por transformar a


energia mecânica que permite sua ação em energia de um fluido incompressível que
ela desloca. Ao aumentar a energia deste fluido, também aumenta sua altura, sua
velocidade ou sua pressão. É por isso que as bombas hidráulicas são usadas para
mover o fluido de um local de menor altitude ou pressão para outro com maior altitude
ou pressão.
Existem vários tipos de bombas, porém a que usaremos será a bomba centrifuga de
acoplamento magnético.

2.2.2. BOMBA CENTRIFUGA DE ACOPLAMENTO MAGNÉTICO.

As bombas centrífugas de acoplamento magnético são bombas herméticas,


mundialmente consagradas quanto a sua qualidade e sua durabilidade.
Estas bombas utilizam transmissão por energia magnética, ou seja, não existe eixo de
interligação entre a bomba e o motor, já que a transmissão se da através de dois imãs
(magnetos), um externo preso ao motor e outro interno, sendo o interno recoberto com
termoplástico anticorrosivo. O magneto interno é fixado a um rotor centrífugo, e este
conjunto gira deslizando em um eixo de cerâmica ou carbeto de silício.

2.3. INSTRUMENTAÇÃO

Por definição a instrumentação é a ciência que estuda, desenvolve e aplica instrumentos


de medição, sendo eles de grandezas físicas ou químicas.

12
Para o projeto serão usados sensores para medição de grandezas.

2.3.1. SENSORES

O sensor basicamente é um dispositivo que tem a função de detetar e responder com


eficiência algum estímulo. Existem vários tipos de sensores que respondem à estímulos
diferentes como por exemplo: calor, pressão, movimento, luz e outros. Depois que o
sensor recebe o estímulo, a sua função é emitir um sinal que seja capaz de ser
convertido e interpretado pelos outros dispositivos.

2.3.2. SENSOR DE HUMIDADE

Um Sensor de Umidade do Solo é um módulo detetor da resistividade da terra, ou


seja, são sensores que medem as variações de umidade da terra. O higrômetro é um
sensor para medição da umidade do solo ou do ar.
Um sensor de umidade do solo funciona exposto à condições do tempo, sendo um
instrumento resistente à corrosão. Estes sensores de umidade da terra possuem
instalação simples. Sensores de umidade do solo funcionam com dois elétrodos para
conduzir corrente elétrica pelo solo, fazendo a leitura de umidade relativa por
comparação com a resistência, pois a água diminui a resistência, enquanto o solo seco
conduz com mais dificuldade.

2.4. AUTOMAÇÃO

Automação é o uso de tecnologia para executar tarefas com o mínimo de assistência


humana possível. A automação pode ser usada por qualquer setor que envolva tarefas
repetitivas, mas é mais frequente nos setores de manufatura, robótica, automobilística e
também tecnologia, presente em sistemas de TI e software de decisão de negócios

2.5. PROGRAMAÇÃO

A programação é um processo de escrita, testes e manutenção de programas de


computadores. Esses programas, por sua vez, são compostos por conjuntos de
instruções determinados pelo programador que descrevem tarefas a serem realizadas
pela máquina e atendem diversas finalidades.
Serão necessários conhecimentos da programação a efetuação do programa para o
Arduíno.

13
2.5.1. ARDUÍNO

O Arduíno é uma plataforma de prototipagem (processo de criação e fabricação de


protótipos), open source (código aberto), criado para que o desenvolvimento de projetos
tivesse um preço acessível para qualquer pessoa.
É um dispositivo que facilita a elaboração de projetos robóticos, operando como uma
mente eletrônica programável, de fácil uso e com várias portas para conexões
com módulos e sensores.

14
III. MEMORIAL DESCRITIVO

3.1. DADOS DO PROJECTO

O processo de irrigação é feito de varias formas, mas para o projeto será a base de um
carretel irrigador e consequentemente outros dispositivos que nos ajudaram nesse
processo para que ele seja autónomo.
Os dispositivos usados foram escolhidos com base na sua necessidade, funcionamento,
custo, qualidade e eficácia para o nosso projeto.
Sabe se que para o carretel funcionar necessita de condições de entrada, e a pressão
é o principal, que será fornecida por uma bomba centrifuga escolhida com base no
funcionamento do carretel.

3.1.1. CARACTERISTICA DO CARRETEL IRRIGADOR

É um equipamento versátil, de fácil movimentação, simples operação e com baixo custo


de investimento. Pode ser utilizado na irrigação de diversos tipos de cultivos e nas mais
variadas condições de solo e topografia, permitindo um excelente aproveitamento da
área que se deseja irrigar. São alguns exemplos de irrigação por Carretel: pastagens,
milho, feijão, batata, ananas, alho, cebola, etc.
O carretel irrigador tem uma bobina com mangueira conectada a um canhão aspersor,
o operador deve desenrolar a manguei de forma manual ou com um outro meio. A
pressão da agua fornece energia para o recolhimento da manguei por via de um pistão,
enquanto o canhão aspersor efetua a irrigação.
• Tubo PE Ø 50mm x 120 metros
• Dimensões Carretel: C: 2.00 x L: 1.20 a 2.65 x A: até 1.80 m
• Dimensões Carro Aspersor: C: 2.00 x L: 1.20 a 2.65 x A: até 1.80 m
• Peso sem água: 260 kg
• Peso com água: 400 kg
• Área usual irrigada por faixa: 0,59 há
• Vazão : 18.200 litros/hora
• Área de irrigação: Até no máximo 5 hectares

Foi escolhido esse meio de irrigação por carretel, porque o ideal é utilizar a irrigação
por aspersão, a qual consiste em jatos de água que são disparados para cima com a
força da pressão. Então, com a força e a direção que o jato de água é lançado, simula-
se uma chuva, a qual atinge a área escolhida com o aproveitamento de 80%, evitando
o desperdício de água e garantindo um plantio eficiente o ano todo

15
3.2. ESBOÇO DO CONJUNTO

Figura 1- Carretel Irrigador “vista lateral direita”


Elaborado pelo grupo, 2022.

16
Figura 2 - Bomba Centrifuga, vista frontal e traseira.
Elaborado pelo grupo, 2022

17
3.3. CROQUI DO CONJUNTO

4
5

Figura 3 - Carretel Irrigador, vista explodida.


Elaborado pelo grupo, 2022.

Legenda do carretel
1 Aspersor
2 Estrutura metálica do carro aspersor
3 Carretel
4 Manómetro hidráulico
5 Estrutura de suporte do carretel

Tabela 1- Legenda do Carretel

18
Figura 4 - Bomba Centrifuga, vista explodida.
Elaborado pelo grupo, 2022

Legenda da Bomba
1 Motor elétrico
2 Tampa de pressão
3 Corpo espiral
4 Bujão
5 Parafuso do rotor
6 Rotor
7 Luva protetora do eixo
8 Selo mecânico
9 Luva distanciadora
10 Juta plana
11 Junta plana
12 Chaveta
13 Parafuso da Cabeça
14 Parafuso da Cabeça
15 Junta plana

Tabela 2- Legenda do motor

19
3.4. DESCRIÇÃO GERAL DO PROJECTO

Esta secção tem como objetivo descrever o funcionamento do projecto, como ele vai
operar na pratica.
A princípio tudo vai funcionar na base dos comandos programados no Arduíno, e para
o sistema serão utilizados 3 Arduíno Uno, onde cada um terá uma função especifica
para o sistema. A Figura 5, ilustra o diagrama de blocos da sequencia de funcionamento
do sistema.

Medição da
terra

Acionamento
da Bomba

Acionamento
do Carretel
dsiissjkfdIrrig

Figura 5- Diagrama deadore


blocos de sequência de
isiaIrrigador
funcionamento do sistema.
Elaborado pelo grupo, 2022.

3.4.1. MEDIÇÃO DA TERRA

A medição da terra será o que vai nos dizer quando ou não irrigar o nosso
campo/produção.

20
A medição da terra será feita pelo nosso sensor de umidade, já introduzido na secção
anterior. Mas para que isso aconteça será necessário o uso de um dos nosso Arduíno
Uno como explicado anteriormente.
O funcionamento do Sensor de Umidade de Solo é simples, ele possui dois tipos de
saídas: A0 e D0, onde A0 é o canal analógico, no qual podemos obter a sua precisão,
pois recebemos valores reais, em números de 0 a 1023.
Já o canal D0, é o canal digital, que trabalha somente com 0 ou 1 (ligado ou desligado),
para ajustar o ponto onde o sensor vai ligar esta saída, pode-se ajustar através do
potenciômetro, encontrado em cima do módulo.
E para que tudo isso ocorra, será elaborado um programa que será compilado e
descarregado no nosso Arduíno por via de um cabo USB. O programa será elaborado
pelo software “IDE Arduíno, versao1.8.18 para computador”. através do programa criado
vamos permitir com base na leitura do sensor, poder enviar o dados para o outro Arduíno
que será responsável pelo acionamento da bomba, podendo assim ser feita a irrigação.
Na elaboração do programa através da IDE Arduíno, terão variáveis de entrada que
serão de extrema importância, ou seja, a escala que nos diz que o solo esta seco ou
húmido(Canal analógico A0), e com esses dados as informações serão enviadas
através do modulo LoRa que também estará conectado no mesmo Arduíno.

3.4.2. ACIONAMENTO DA BOMBA

Uma vez recebidos os dados enviados pelo Arduíno 1 na medição da terra, eis a parte
do acionamento da bomba. Para que a bomba funcione é necessário que seja
conectado a corrente elétrica, depois de ligado o rotor centrífugo, que é do tipo
“fechado”, é o responsável pelo deslocamento de líquido para a tubulação de descarga
(bombeamento). Na ocasião do bombeamento, o líquido é direcionado para o centro do
rotor, através do bocal de sucção. A medida que o rotor gira, o líquido é projetado para
a periferia do mesmo através das palhetas, sofrendo um processo de aceleração. Após
passar pelas palhetas, o fluxo é então direcionado para conexão de saída em grande
velocidade, pela carcaça que envolve o rotor.

Seu principio de funcionamento é feito por meio de magnetos sendo um interno, fixado
no rotor, e um externo, fixado no motor. As bombas MAXMAG foram desenvolvidas
visando qualquer tipo de aplicação, porém devido a sua característica construtiva, são
largamente utilizadas em instalações que não podem ser atendidas por bombas
centrífugas convencionais, em função da maior resistência química (para produtos
agressivos, águas ácidas etc.) dos materiais construtivos inertes (água desmineralizada,

21
água desionizada etc.) e devido a serem bombas hermeticamente fechadas (para
produtos que não possam ter contato com a atmosfera ou mesmo vazarem e
contaminarem o solo). São construídas em materiais anticorrosivos.
E o modulo relé irá receber os dados do Arduíno e através destes dados irá acionar a
bomba ou desligar a mesma, dependendo dos parâmetros que serão introduzidos na
programação do Arduíno.

Figura 6 - Esquema eletrónico do acionamento da bomba.


Elaborado pelo grupo, 2022

22
Legenda
1 Fonte de Alimentação
2 Modulo Relé
3 Protoboard
4 Modulo LoRa
5 Arduíno

Tabela 3- Legenda do diagrama

3.4.3. ACIONAMENTO DO CARRETEL

Apos o acionamento da bomba pelo modulo rele através do Arduíno, a agua entrará a
pressão no carretel e por ter um sistema automático, basta o produtor posicioná-lo onde
precisar, desenrolar a mangueira e deixá-lo fazer o resto do trabalho.
Para desenrolar a mangueira e irrigar a área pretendida, pode ser feito de forma manual
ou utilizando uma moto ou um quadriciclo, por exemplo.
A aspersão da água vai ocorrer por um único aspersor do tipo canhão, que é fixado na
plataforma móvel. A plataforma é responsável pelo movimento linear na área cultivada,
enquanto o canhão pode girar no próprio eixo para aumentar a distribuição de água.
O canhão e a plataforma móvel são conectados por um tubo flexível a um sistema de
carretel, que é enrolado pela energia cinética da água. A força da água é responsável
pelo acionamento do pistão, durante a operação, recolhe o conjunto canhão à
plataforma, fazendo o movimento linear na área a ser irrigada.

Figura 7- Aplicação da lâmina de água com aspersor do tipo canhão na cultura da


soja. Fonte: Internet.

Apos a irrigação ser feita, o sensor de proximidade que será acoplado no carretel, e
ligado pelo Arduíno, assim que detectar a presença do carro aspersor, enviara um sinal
via LoRa para o Arduíno responsável pelo seu acionamento. Assim podendo desligar a
bomba de forma automática sem a necessidade de intervenção humana.

23
3.5. MONTAGEM

A montagem será feita por um profissional técnico qualificado em serralheira, sendo


supervisionado por um engenheiro mecatrónico. Como descrito no capítulo 1, na
delimitação do projeto,
A instalação no nosso projeto vai requer uma montagem especifica para o bom
funcionamento do sistema. O carretel devera ser instalado dentro de um raio em que a
bomba poderá fornecer agua da fonte sem muitas dificuldades.
Será soldada uma mine plataforma do lado inferior direito do carretel, para portar o
Arduíno e a bateria que o alimentara com uma fonte de corrente proveniente dos raios
solares( Painel solar).
Estaremos aqui a estimar uma área de 1 hectare para irrigação. Logo, deveram ser
instalados pontos estratégicos de onde o carretel será posicionado para poder efetuar
a irrigação, para evitar a deslocação arbitraria do carretel irrigador. No nosso caso, serão
montados três pontos estratégicos para o carretel se situar em uma linha reta, como
demonstrado na Figura 3.- a baixo.

Figura 8-Ilustração de montagem do carretel

A montagem da bomba é feita com o auxilio do manual do fabricante da bomba, e de


preferência por alguém especializado para que possa evitar danos causado a bomba
durante o processo de montagem da mesma. A bomba deve ser
IMPRETERIVELMENTE instalada de forma “AFOGADA” (abaixo do nível do líquido no
tanque de sucção), e na posição horizontal.

Na instalação é interessante que a mesma seja fixada em suporte ou estrutura metálica,


posicionada de forma a evitar desalinhamentos com a tubulação. A utilização de juntas
expansivas a fim de minimizar vibrações e/ou dilatações, além do uso de mangotes
flexíveis na entrada e saída é recomendável, para assimilar eventuais torções e esforços

24
nos bocais, eventualmente gerados em função de dilatação da tubulação,
desalinhamentos etc.

Um aspecto importante a analisar têm haver com a dimensão da tubulação, ou seja, a


tubulação de sucção deve ser dimensionada de forma a não operar com diâmetro menor
do que o da conexão de sucção da bomba, ou com velocidades de bombeamento acima
de 2,0 m/s. (dimensionar de acordo com o item VII – tubulação de sucção, que é indicado
no manual de instrução da bomba).
E para a analise do solo será criada uma plataforma metálica onde serão introduzidas
o Arduíno e a bateria do painel solar para sua alimentação, podendo assim o Arduíno
funcionar sem a necessidade de corrente da fonte publica.

3.6. DESCRIÇÃO GERAL DA OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO


PRODUTO

3.6.1. MANUTENÇÃO DO CARRETEL

A manutenção do equipamento é extremamente fácil e simples de se fazer, onde


qualquer um possa executar sozinho, sem a necessidade de uma equipe técnica.
Visto que não existem muitos componentes que requerem manutenção em sua
composição, o único ou o principal deles é o Pistão, que requer uma manutenção e/ou
a troca de seus componentes, nomeadamente: anéis e borrachas. Que devem ser
trocados de 2 em 2 anos ou 3 em 3 anos de uso, dependendo de como é cuidado .
Outro componente do carretel que necessita de manutenção é o aspersor, apesar de
ter uma vida útil de ate 10 anos, deve ser feita a verificação do estado dele para ver se
não existem fugas para a qual a agua pode escapar, também ter o cuidado de não o
deixar cair de determinadas alturas para o danificar.
A mangueira é de Polietileno de alta densidade, com 3,7 mm de espessura, apesar de
muito resistente, deve-se tomar o total cuidado para evitar passar material cortante por
cima ou matérias que seja afiado ou pedras, aconselha-se fazer-se a limpeza pelo
espaço que a mangueira vai passa para evitar danifica-lo.

3.6.2. MANUTENÇÃO DA BOMBA

Para se fazer a manutenção da bomba é necessário que se siga as instruções do


manual do fabricante, esta manutenção deve ser feita por um profissional capacitado.

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Primeiro deve se colocar o motor elétrico sobre a bancada, na posição vertical. (Item
01), e verificar se há rebarbas na ponta de eixo ou na chaveta, que possam dificultar a
montagem do "MAGNETO EXTERNO". Depois disso, o segundo passo consiste em
Montar o "MAGNETO EXTERNO" no eixo do motor, neste passo é importante Manter
uma folga de aproximadamente 10 mm entre o "MAGNETO EXTERNO" e o flange do
motor.
O terceiro passo consiste em fazer a montagem do "SUPORTE" (Item 04 – série PW)
no motor elétrico. Os "pés" de ambos deverão permanecer do mesmo lado. Deverá
haver uma folga (3,0 a 5,0 mm) entre a face superior do "MAGNETO EXT." e a face
interna do "SUPORTE". De seguida medir a folga atual e comparar com os valores
informados no item anterior e deslocar o "MAGNETO EXT." até atingir a medida ideal
(3,0 a 5,0 mm), caso seja necessário, e por fim fazer a fixação do "MAGNETO EXT".
O quarto passo é Colocar o "ANEL BACK-UP" (anel de inox) para centralização da
"CÂMARA TRASEIRA", montar a “CÂMARA TRASEIRA” e por fim montar o "MAGNETO
INTERNO C/ ROTOR" (Item 10 e 11 – série PW), no eixo da "CÂMARA TRASEIRA".
O último passo a cumprir é o de colocar o "O-RING" (Item 09 – série PW), para garantir
a vedação do equipamento, de seguida colocar a "CARCAÇA" ou "VOLUTA", sobre o
"SUPORTE", observando a posição do recalque. E por último fazer o aperto dos
parafusos (em "cruz") de modo que o torque dado seja uniforme em todos os pontos,
garantindo assim, a estanqueidade do equipamento.

3.7. CONSIDERAÇÕES SOBRE A SEGURANÇA DE OPERAÇÃO -


PROJETO

É importante manter a segurança do agricultor, por isso a operação do carretel não


atribui nenhum risco de operação. Uma vez que a irrigação é feita de forma automática,
o agricultar não precisa necessariamente estar ali no momento da operação, mantendo
e preservando a segurança do mesmo.
Porem exista um risco, caso se introduza a mão no pistão durante a operação do
mesmo. Com o movimento que ele faz de sobe e desce, o operador pode apertar a mão
se não tomar o devido cuidado. Também tomar cuidado ao deslocar o carretel, uma vez
que ele tem um peso superior ao do ser humano, ele pode causar lesões caso caia
sobre ele.
É de extrema importância garantir a proteção do agricultor ou da pessoa que irá
manusear o equipamento, neste caso a bomba, para tal há que se instruir e ensinar ao
agricultor acerca do funcionamento e as características da bomba.

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A instalação e a manutenção do equipamento deverão ser realizadas por profissional
habilitado que executará a tarefa seguindo as normas de segurança vigentes.
Recomenda-se a leitura do manual. Desta forma é importante que se cumpram algumas
medidas de prevenção e que se adote alguns procedimento, tais como:
➢ A bomba Maxmag deve ser OBRIGATORIAMENTE instalada de forma afogada
e posição horizontal, conforme esquemas ao lado;
➢ Verificar Ø das tubulações de sucção conforme tabela abaixo; a tubulação de
sucção NUNCA poderá ser menor que a entrada da bomba;
➢ Alinhar as tubulações, evitando esforços bocais, e suportando-as quando
necessário;
➢ Instalar a bomba no máximo a 1,5 m do tanque de sucção;
➢ Não bombear produtos que contenham sólidos em suspensão, produtos
abrasivos ou que tenha qualquer concentração de partículas magnéticas;
➢ Esta bomba NÃO pode trabalhar em nenhum instante sem líquido, sob pena de
danos no corpo da bomba. Caso o equipamento opere sem líquido, devem ser
aguardadas algumas horas antes de permitir a entrada de líquido dentro da
mesma, evitando assim o choque térmico;
➢ Verifique o sentido de rotação do motor com a BOMBA ESCORVADA (inundada
pelo produto bombeado). O sentido deverá ser horário (olhando o sentido do
lado da ventoinha do motor), caso o mesmo esteja no sentido anti-horário
inverter duas das três fases de alimentação do motor;
➢ Nunca operar a bomba abaixo da vazão mínima recomendada pelo fabricante;
➢ Recomendamos instalar o equipamento em local abrigado a fim de protegê-lo
contra sol e chuva (intempéries).

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3.8. CONCEITO

Figura 9- Carretel Irrigador vista em três dimensões.

Figura 10- Bomba Centrifuga vista em três dimensões

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IV. MEMORIAL DE CALCULO

Este capítulo trata do dimensionamento dos diversos dispositivos e


equipamentos baseados na análise deste trabalho.
Para o projeto vamos dimensionar a bomba utilizada para sucção do fluido, o
dimensionamento será feito com base nos dados de entrada do carretel.

4.1. DIMENSIONAMENTO DA BOMBA

Como os dados de partida do projecto foram definidos a partir de valores descritos


pela ABNT NBR, por condições de adaptação ao tipo de irrigação, e algumas
medições feitas no campo esses valores serão alterados.

4.1.1. CALCULO DE VAZÃO

A vazão é determinada pelo agricultor, com base na cultura e dimensão do campo. Os


dados de partida usados serão assumidos só para efeitos de demonstração.
Conceitua-se Vazão em volume (ou simplesmente Vazão) como a quantidade de fluido
que escoa através de um conduto num determinado período de tempo. A Vazão em
volume pode ser calculada como se segue:
Dados de partida
Volume da agua 36 400m³
Tempo 9h
Tabela 4- Dados de partida

Seja:
∆𝑉
𝑄= = 𝑣. 𝐴
∆𝑡

onde:

Q = Vazão, em volume

V = quantidade (volume) de fluido deslocado; no intervalo de tempo considerado

t = intervalo de tempo considerado

v = velocidade média global do fluido no conduto; e

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A = área da seção transversal do conduto

Assim como definimos Vazão em volume, podemos, também, definir Vazão em massa
que escoa através de um conduto.

∆𝑚
𝑄𝑚 =
∆𝑡
Onde:
Q = Vazão, em volume
m = Quantidade (massa) de fluido deslocado no intervalo de tempo considerado
t = Intervalo de tempo considerado.
Da teoria da mecânica dos fluidos sabemos que a Vazão em massa e a vazão em
volume são relacionadas como se segue:
∆𝑚 𝜌. ∆𝑉
𝑄𝑚 = = = 𝜌. 𝑄
∆𝑡 ∆𝑡
𝑄𝑚 = 𝜌. 𝑄
Logo:
36400𝑚³
𝑄=
9ℎ
𝑄 = 4044.44𝑚³/ℎ

4.1.2. CALCULO DE POTÊNCIA

ℎ𝑚𝑎𝑛 × 𝑄 × 𝐺𝑒
𝑃=
3960
Onde:
ℎ𝑚𝑎𝑛 : Altura manométrica
Q : Vazão
𝐺𝑒 : Gravidade específica do fluído

4.1.3. CALCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL

Para calcular a Altura Manométrica Total precisamos da Altura de Sucção,


Altura de Recalque e da Perda de Carga.

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➢ ALTURA DE SUCÇÃO: É a diferença entre a superfície da água e a
bomba.
➢ ALTURA DE RECALQUE: É a diferença entre a bomba e o ponto
mais alto da instalação.
➢ PERDA DE CARGA: É a turbulência que acontece com a água
quando ela percorre a tubulação.

𝐴𝑀𝑇 = ( 𝐴𝑆 + 𝐴𝑅 + 𝑃𝐶 ) + 5%

AS : altura de sucção
AR : altura de recalque
PC : perdas de carga
Para acharmos a perda de carga é necessário:

𝑃𝐶 = 𝐶𝑇 × 𝐹𝑝𝑐 %

Onde:
PC: Perda de carga
CT: Comprimento total
𝐹𝑝𝑐 % : Fator de perda de carga

𝑃𝐶 = 120𝑚 × 2,7%
𝑃𝐶 = 3,24𝑚. 𝑐. 𝑎

➢ Altura Manométrica :
𝐴𝑀𝑇 = ( 𝐴𝑆 + 𝐴𝑅 + 𝑃𝐶 ) + 5%
𝐴𝑀𝑇 =(0,5m + 1,80m + 3,24m.c.a) + 5%
𝐴𝑀𝑇 =5,59m.c.a
Logo:
➢ Potencia:

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ℎ𝑚𝑎𝑛 × 𝑄 × 𝐺𝑒
𝑃=
3960
A gravidade do fluido convenciona-se como sendo igual a 1
4044.44𝑚3
5.59𝑚. 𝑐. 𝑎 × × 1
𝑃= ℎ
3960
22608.41
𝑃=
3960
𝑃 = 5.709𝐶𝑉

4.2. DIMENSIONAMENTO DO FUSÍVEL DA BOMBA

Para determinar o fusível que o circuito terá no motor elétrico, deve-se conhecer a
corrente nominal (In) do motor, a corrente de partida (Ip) e o tempo de partida (tp). No
gráfico das curvas corrente-tempo do fusível encontra-se o calibre do fusível (IF).

𝑰𝑭 ≥ 𝟏. 𝟐 × 𝑰𝒏 × 𝐅𝐬

𝐼𝑃
𝐼𝑃 = = 7 × 13 = 91𝐴
𝐼𝑁

Figura 11- Grafico de calibre do fusível.

Do gráfico do calibre do fusível obtemos: 𝐼𝐹 = 20𝐴

Logo:

𝐼𝐹 ≥ 1.2 × 𝐹𝑠 × 𝐼𝑛
𝐼𝐹 = 1.2 × 1.15 × 13 = 17.94𝐴
1ª Condição : Caso o valor encontrado no gráfico, do calibre do fusível (IF) seja menor
que a corrente nominal do motor (In), deve-se escolher o fusível com o calibre
ligeiramente superior a In.

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2ª Condição: Os fusíveis devem também proteger os contatores e os relés de
sobrecarga, estes são escolhidos tendo em conta a corrente nominal do motor (In).

4.3. DIMENSIONAMENTO DO CONTACTOR DA BOMBA

Deve ser verificado a categoria de emprego, frequência.

𝐼𝐾 ≥ 𝐹𝑠 × 𝐼𝑛

E escolhe-se em catálogos o contator de corrente ligeiramente superior (tabelado) ao


valor encontrado.

O contator deve ter a corrente máxima de fusão (Ifmax) maior que o calibre do fusível
(IF).

𝐼𝐾 = 𝐹𝑠 × 𝐼𝑛 ≥ 1.15 × 13

𝐼𝐾 = 14.95𝐴

Da tabela do contator temos:

𝐼𝐾 = 18𝐴

Referencia : CWM18-10-30, Peso, 0,360kg

Corrente máxima do fusível: 35ª

4.4. DIMENSIONAMENTO DO RELÉ DE SOBRECARGA

𝐼𝑅𝑇 = 𝐹𝑠 × 𝐼𝑛

Através da formula acima, procura-se na tabela do relé um que tenha a corrente nominal
do relé (𝐼𝑅𝑇 ) dentro da sua faixa de ajuste e que a sua corrente máxima de fusão (Ifmax)
seja maior que o calibre do fusível (IF). Como isso :

𝐼𝑅𝑇 = 𝐹𝑠 × 𝐼𝑛

𝐼𝑅𝑇 = 1.15 × 13

𝐼𝑅𝑇 = 14.95𝐴

Com isso, na tabela do relé, vamos procurar aquele que tem o valor de 14.19 A, dentro
da sua faixa de ajuste. Neste caso: 11A … 17A Com corrente máxima do fusível de
40A.(maior que IF). Referência: RW27-1D3-U017

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4.5. DIAGRAMAS ELÉTRICO

São discorridos nessa secção a ilustração dos diagramas de Comando e de Força.


A seguir é ilustrado na Figura 5-2, o diagrama de Potência/Força.

Figura 12- Diagrama de Potência do acionamento da bomba


Elaborado pelo grupo, 2022.

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A figura a baixo ilustra o diagrama de Comando do circuito de acionamento da bomba.

Figura 13- Diagrama de Comando do acionamento da bomba.


Elaborado pelo grupo, 2022.

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V. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o desenvolvimento do projeto notou-se que a potência da bomba dimensionada


é suficiente para irrigar a área desejada e também fazer funcionar o carretel usando a
pressão da água para acionar o carro aspersor. O dimensionamento dos dispositivos de
proteção como os contatores, relés e fusíveis irá permitir que o sistema funcione de
forma segura e confiável. Para a analise dos níveis da humidade do solo usamos o
Arduíno e sensores, controlados a partir da lógica de programação implementada no
Arduíno.

No decorrer do projeto enfrentamos algumas dificuldades no processo de


dimensionamento dos diferentes elementos do sistema. No dimensionamento da bomba
tivemos de recolher dados referentes as características geográficas em que o sistema
será instalado, na programação módulo Lora tivemos dificuldade na criação do protocolo
para a comunicação ponto a ponto entre os diferentes módulos.
Com o dimensionamento deste sistema é alcançado o objetivo de automatizar o
processo de irrigação, o que fará com que os agricultores tenham uma maior autonomia
e deixem de depender de fatores climáticos, tendo um maior controle na quantidade de
água necessária para a irrigação do solo evitando assim o uso excessivo de água, o
que irá contribuir no aumento da produção e redução dos gastos.

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VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATTEDE, HENRIQUE. “TIPOS DE MOTORES ELÉCTRICOS”: MUNDO ELÉCTRICA.


DISPONÍVEL EM: https://www.mundodaeletrica.com.br/tipos-de-motores-
eletricos-quais-sao/ ACESSO EM 20/10/2022.

IRRIGAÇÃO COMO FERRAMENTA DE REDUÇÃO DE PERDAS: IRRIGAT.


DISPONÍVEL EM: https://irrigat.com.br/a-irrigacao-como-ferramenta-de-reducao-de-
perdas-na-producao-agricola/. ACESSO EM 17/10/2022.

METODOS DE IRRIGACAO: IRRIGAT. DISPONIVEL EM


https://agroinsight.com.br/metodos-de-irrigacao/. ACESSO EM 17/10/2022

TECNICAS DE INSTRUMENTAÇÃO: DISPONIVEL EM:


https://www.mundodaeletrica.com.br/tecnico-em-instrumentacao-o-que-faz/. ACESSO
EM 17/10/2022.

VAZAO: PRESYS. DISPONIVEL EM: http://www.presys.com.br/blog/vazao/


https://maestrovirtuale.com/gravidade-especifica-formula-e-unidades-como-calcular/
ACESSO EM 30/11.2022.

MOTOR ELETRICO: MUNDO DA ELETRICA. DISPONOVEL EM


https://www.mundodaeletrica.com.br/motor-eletrico-como-dimensionar/ ACESSO EM
16/10/2022.

CONSUM DE AGUA: DESENVOLVIMENTO RURAL. DISPONIVEL EM


https://desenvolvimentorural.com/agua-na-fazenda/. ACESSO EM 16/10/2022.

SENSOR INDUTIVO: VIDA DE SILICIO. DISPONIVEL EM:


https://portal.vidadesilicio.com.br/sensor-indutivo-npn-de-proximidade-com-arduino/.
ACESSO EM 25/11/2022.

COMUNICAÇÃO LORA: FILIPEFLOP. DISPONOIVEL EM:


https://www.filipeflop.com/blog/comunicacao-lora-com-arduino-p2p/. ACESSO EM
25/11/2022.

37
PRIMEIROS PASSOS COM ARDUINO: FILIPEFLOP. DISPONIVEL EM:
https://www.filipeflop.com/blog/primeiros-passos-lora-com-arduino/. ACESSO EM
11/11/2022.
TIPOS DE BOMBAS: MUNDO DA ELETRICA. DISPONIVEL EM :
https://www.mundodaeletrica.com/bomba-dagua-tipos-de-bombas-como-dimensionar/.
ACESSO EM 27/10/2022.

ESTRUTURAS: ATLASCOPCO. DISPONOIVEL EM:https://www.atlascopco.com/pt-


br/construction-equipment/resources/toolkit/pump-size-calculator/ ACESSO EM
11/09/2022.
BOMBAS HIDRÁULICAS: CONCEITO. DISPONIVEL EM: https://conceito.de/bomba-
hidraulica/ ACESSO EM 29/10/2022.

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ANEXOS A

Figura 14- Código do programa para medição da terra


Elaborado pelo grupo, 2022.

Figura 15- Código do programa do acionamento da bomba


elaborado pelo grupo, 2022.

39
ANEXO B

Tabela 5- Tabela para escolha de contator.


Fonte: Internet.

40
Tabela 6 - Tabela para escolha do Rele Termico da Bomba.
Fonte: Internet.

41
ANEXO C

Figura 16- Modulo Rele Usado para o acionamento da bomba.


Fonte: Internet.

Figura 17- Arduino usado no sistema.


Fonte: Internet.

42
Figura 18- Modulo LoRa usado como protocolo de comunicacao entre os Arduinos
Fonte: Internet

Figura 19- Sensor de Humidade DH-32 usado na medição da terra.


Fonte: Internet.

43
Figura 20 - Placa Fotovoltaica
Fonte: Internet

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