Apostila Prevenção E Combate À Incêndio Professor: Anderson Sacramento
Apostila Prevenção E Combate À Incêndio Professor: Anderson Sacramento
Apostila Prevenção E Combate À Incêndio Professor: Anderson Sacramento
Tudo o que você puder fazer para evitar um incêndio, chamamos isso de prevenção. Quanto mais se
investe na prevenção, menos trabalho, prejuízo e risco haverá em caso de um princípio de incêndio.
A prevenção deve ser tarefa constante e responsabilidade de todos. A prevenção de incêndio na sua
ocorrência, deve ser detectada o mais rapidamente possível, dificultando a sua propagação e
facilitando o seu combate, isso ainda no início.
A prevenção aborda tanto procedimentos simples (como a limpeza do local), como complexos (por
exemplo, a construção de compartimentações para proteção estrutural), incluindo a listagem de
equipamentos de combate a incêndio, os quais devem ser adequados aos riscos da edificação e às
condições do local.
Os meios de proteção e combate a incêndios devem atender à legislação própria em vigor. Quanto
mais perfeita for à prevenção, menor a possibilidade de surgir um incêndio e a necessidade de
combatê-lo.
Quem se preocupa com a prevenção deve adotar a seguinte regra básica: “todo material de
prevenção e combate a incêndio deve ser mantido em corretas quantidade, qualidade, condições de
uso e conservação, de modo a poder ser utilizado em um incêndio que ocorra agora”.
A melhor forma de combate ao fogo é que se faz antes que ele ocorra, através de medidas de
prevenção adotadas na fase de projeto das edificações.
PROCESSO DA QUEIMA
Durante a combustão ocorre uma cadeia de reações. Existem substâncias que são capazes de
interferir nesta cadeia e interromper a combustão. Portanto, a representação gráfica atual dos
elementos essenciais do fogo deve ser feita por um tetraedro e não mais por um triângulo, sendo a
outra face representada pela reação em cadeia.
O início da combustão requer a conversão do combustível de um estado para outro, o que se dá por
aquecimento, desprendendo vapores e gases (esse processo chama-se PIRÓLISE). Por exemplo, um
combustível sólido é convertido para o estado gasoso quando sofre combustão. O combustível é
encontrado basicamente em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
PIRÓLISE
É uma reação de análise ou decomposição química que ocorre pela ação de altas temperaturas.
Desprendendo gases, vapores e fumaça. Ocorre uma ruptura da estrutura molecular original de um
determinado composto pela ação do calor em um ambiente com pouco ou nenhum oxigênio.
COMBUSTÍVEL
É toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. É tudo que queima, servindo como
campo de ação das chamas. É o elemento que serve de campo de propagação ao fogo e compreende
todos os materiais que se possa imaginar.
COMBUSTÃO
Para que haja queima, necessitam se transformar em vapores, através da ação do calor (pirólise) e,
então, reagem com o oxigênio.
Combustíveis Líquidos
Tomando-se como base a água, cujo litro pesa aproximadamente 1 (um) quilograma, classificam-se
os demais líquidos como mais leves ou mais pesados.
Combustíveis Gasosos
Os gases não têm volume definido e ocupam todo o recipiente a que estão restritos. Se o peso do
gás é menor que o ar, o gás tente a subir, mas, se o peso do gás é maior que o do ar, o gás
permanece próximo ao solo e caminha na direção do vento. Por isso sempre se deve chamar um gás
pelo seu nome pois cada um apresenta características próprias.
Para o gás se queimar, há necessidade de que esteja em mistura ideal com o ar atmosférico (faixa de
inflamabilidade). Pode formar com o ar atmosférico misturas explosivas.
COMBURENTE (Oxigênio)
O ar contém 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de gases nobres e impurezas. Com isso,
pode-se afirmar que o oxigênio é um elemento constante na vida do ser humano, e que está presente
em quase todos os incêndios.
É bom lembrar que existem combustíveis que já possuem oxigênio em sua composição como é o
caso de pólvora, do nitrato, entre outros, que podem queimar-se em qualquer lugar, com ou sem
presença de ar.
CALOR
Forma de energia que eleva a temperatura. É uma condição da matéria em movimento, isto é,
movimentação ou vibração das moléculas que compõem a matéria. Quando um corpo é aquecido, a
velocidade das moléculas aumenta e o calor também aumenta.
O calor é gerado pela transformação de outras formas de energia, tais como: energia química,
energia elétrica, energia mecânica e energia nuclear.
O calor é transferido dos combustíveis de temperatura mais alta para aqueles com temperatura mais
baixa, o que damos o nome de propagação de calor.
Condução;
Convecção;
Irradiação;
Contato;
Deslocamento de copos inflamados;
Corrente e/ou descarga elétrica.
REAÇÃO EM CADEIA
É a reação química ocorrida na combustão que se processa pela combinação do oxigênio com os
átomos e moléculas, resultantes da quebra molecular do material combustível pela ação do calor.
Cada material combustível possui uma estrutura molecular própria, o que faz com que sua
combinação com o oxigênio seja também variável e resulte em diferentes produtos. Na maioria das
vezes, as reações químicas da combustão resultarão em átomos e moléculas capazes de continuar
reagindo com o oxigênio, gerando assim um processo sustentável de queima, por isso o nome
reação em cadeia.
A reação em cadeia se resume no calor do fogo produzindo mais fogo, sem a necessidade de fonte
adicional de calor, tornando a queima autossustentável. Enquanto houver suprimento de
combustível (oxigênio) e material combustível para queimar.
São radicais livres do processo do combustão que, proporcionam a propagação da reação no seio da
massa da mistura: calor + combustível + comburente. Parte integrante do tetraedro do fogo, é o
processo que envolve os três outros elementos: combustível, comburente e fonte de calor.
PROCESSOS DE PROPAGAÇÃO DE CALOR
Para que aconteça a troca de calor é preciso que ele seja transferido de um objeto para outro e de
uma região para outra.
Transmissão de Calor
Para que ocorra troca de calor, é necessário que ele seja transferido de uma região a outra através do
próprio corpo, ou de um corpo para outro.
Existem três processos de transparência de calor estudado na termologia, são eles: condução,
convecção e irradiação.
A irradiação é a propagação de ondas eletromagnéticas que não precisam de meio para se propagar,
enquanto que a condução e a convecção são processos de transferência que necessitam de um meio
material para se propagar.
Condução
Quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato, as moléculas do corpo
mais quente, colidindo com as moléculas do corpo mais frio, transferem energia para este. Esse
processo de condução de calor é denominado condução. No caso dos metais, além da transmissão
de energia de átomo para átomo, há transmissão de energia pelo elétrons livres, ou seja, são os
elétrons que estão mais afastados do núcleo e que são mais francamente ligados aos núcleos,
portanto, esse elétrons, colidindo entre si e com átomos, transferem energia com bastante facilidade.
Por esse motivo, o metal conduz calor de modo mais eficiente do que outros materiais. É a
transmissão de calor por intermédio do próprio corpo do material.
Convecção
Da mesma forma que o metal, os líquidos e os gases são bons condutores de calor. No entanto, eles
transferem calor de uma forma diferente. Esta forma é denominada convecção. Esse é um processo
que consiste na movimentação de partes do fluído dentro do próprio fluído. Por exemplo, vamos
considerar uma vasilha que contenha água à temperatura de 4°C. Sabemos que a água acima de 4°C
se expande, então ao colocarmos essa vasilha sobre uma chama, a parte de baixo da água se
expandirá, tendo sua densidade diminuída e, assim, de acordo com Princípio de Arquimedes, subirá.
A parte mas fria e mais densa descerá, formando-se, então, as correntes de convecção. Como por
exemplo de convecção temos a geladeira, que tem seu congelador na parte de cima. O ar frio fica
mais denso e desce, o ar que está embaixo, mais quente, sobe.
Irradiação
A irradiação ou radiação é o processo mais importante de propagação de calor pois é através dele
que o calor do Sol chega até a Terra. A irradiação é o processo de transferência de calor através de
ondas eletromagnéticas, chamadas ondas de calor ou calor radiante. É a transmissão de calor por
meios de raios ou ondas. Dessa maneira é que se recebe o calor do Sol.
Podemos dizer que a irradiação térmica é o processo mais importante, pois sem ela seria
praticamente impossível haver vida na Terra. É por irradiação que o calor liberado pelo Sol chega
até a Terra. Outro fator importante é que todos os corpos emitem radiação, ou seja, emitem ondas
eletromagnéticas, cujas características e intensidade dependem do material de que é feito o corpo e
de sua temperatura. Portanto, o processo de emissão de ondas eletromagnéticas é chamado de
irradiação. A garrafa térmica é um bom exemplo de irradiação térmica. A parte interna é uma
garrafa de vidro com paredes duplas, havendo quase vácuo entre elas. Isso dificulta a transmissão
de calor por condução. As partes interna e externa da garrafa são espelhadas para evitar a
transmissão de calor por irradiação.
Contato
Quando dois ou mais corpos aquecidos estão em contato, a transmissão do calor ocorre como se
fossem um só corpo.
Forma de transmissão que se dá pela queda ou lançamento da matéria que está queimando,
provocando novos focos de incêndio (fagulhas, levadas pelo vento, queda de árvores, animais que
fogem com o pêlo em chamas nos incêndios em coberturas vegetais).
É o caso dos incêndios provocados por curto-circuito nas instalações elétricas ou descargas elétricos
naturais (raios).
TEMPERATURA
É uma medida estatística do nível de agitação entre moléculas, relacionado com deslocamento da
energia cinética de um átomo ou molécula. Em física, a temperatura está relacionada com a energia
interna de um sistema termodinâmico.
Existem três escalas ou tipo de temperatura: Kelvin (K), Celsius (C) e Fahrenheit (F).
PONTOS DE TEMPERATURA
Ponto de Ignição: Temperatura onde a quantidade de vapores inflamáveis já é tão intensa que pega
fogo só pelo contato com o oxigênio.
LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Inflamabilidade é definida como a facilidade com que algo queima ou entra em ignição, causando
fogo ou combustão. O grau de dificuldade necessária para causar a combustão de uma substância é
quantificada de teste de chama.
PONTOS DE INFLAMABILIDADE
É a temperatura mais baixa que o vapor de um líquido aquecido pode imaginar continuamente
quando a combustão for suportada por uma fonte de ignição.
É a temperatura mais baixa que o vapor de um líquido aquecido pode imaginar continuamente
quando a combustão for suportada por uma fonte de ignição. Designa-se por ponto de inflamação
ou “flash point” a temperatura mínima à qual os vapores libertados se inflamam na presença de uma
chama, apagando-se de seguida, uma vez que existem quantidades de vapores insuficientes para
estimular a combustão.
Nos alcanos que possuem até nove átomos de carbono, como ocorre por exemplo na gasolina, o
ponto de inflamação encontra-se -55°C e -25°C.
A gasolina é, portanto, altamente explosiva à temperatura ambiente. Uma só faísca é suficiente para
que se dê a explosão da mistura de gás que se forma sobre a gasolina.
Pelo contrário, os alcanos com cadeiras de quinze a vinte átomos de carbono possuem um ponto de
inflamação entre 55°C e 100°C. A essas temperaturas formam-se, neste caso, vapores com uma
concentração tão elevada que podem explodir com uma faísca.
PONTOS DE INFLAMABILIDADE
PONTOS DE INFLAMABILIDADE
Alcanos: São hidrocarbonetos de cadeia aberta que possuem somente ligação simples entre os seus
átomos de carbonos.
Os alcanos são hidrocarbonetos acíclicos e saturados, ou seja, são compostos formados apenas por
átomos de carbono e hidrogênio, de cadeia aberta com somente ligações simples entre seus
carbonos.
Os alcanos são responsáveis por formar o petróleo e o gás natural. Eles também são importantes
combustíveis como o gás de cozinha e a gasolina.
EXPLOSÕES
É a queima de gases ou partículas sólidas, numa velocidade acima da velocidade da luz, em locais
confinados, com grande liberação de energia e deslocamento de ar.
Para que haja uma explosão são necessárias as seguintes condições e situações:
Espaço Confinado;
Fonte de Ignição;
Presença de Gases ou Partículas;
Faixa de Inflamabilidade.
Prevenção para evitar explosões, deve-se realizar vistoria e manutenção em vasos de pressão de
acordo com as especificações técnicas e sempre realizadas por profissional habilitado.
FLASHOVER
É uma queima rápida dos produtos da combustão no ambiente sinistrado ou num outro próximo.
Durante o incêndio um ambiente confinado, o calor é absorvido pelo teto da edificação e pelas
partes altas das paredes e irradia-se para as partes mais baixas, aquecendo gradualmente os gases
combustíveis que estão no ambiente. Quando os combustíveis alcançam sua temperatura de ignição,
o fogo toma conta de todo ambiente instantaneamente.
O flashover ocorre próximo do final da fase inicial e início da fase da queima livre.
BACKDRAFT
É a explosão ambiental provocada pela baixa quantidade de oxigênio num ambiente fechado que
está repleto de produtos da combustão superaquecidos.
Quando uma porta ou janela é aberta bruscamente ocorre a entrada e o enriquecimento de oxigênio
no ambiente, produzindo a explosão.
INSPEÇÕES PERIÓDICAS
Riscos Comuns são aqueles que podem existir em qualquer edificação. Os riscos pessoais são
provavelmente os mais sérios de todos os riscos comuns.
O termo “riscos pessoais” abrange modos, hábitos e atitudes das pessoas que moram, trabalham ou
visitam a edificação.
Um risco especial de incêndio pode ser definido como um risco existente na ocupação que surge em
decorrência do processo, operação ou do material utilizado.
Fábrica de tintas;
Manipulação de ácidos (Indústria Química);
Parque de inflamáveis;
Fábrica de pós;
Destilarias;
Plataforma de carregamento;
Usina nuclear.
Risco Específico
Um risco é considerado específico quando, em virtude de suas características, exige uma proteção
diferente da utilizada no restante da ocupação.
Cabine de força;
Casa de máquinas de elevadores;
Caldeiras;
Tanque de combustível;
Incinerador;
Casa de bombas;
Galerias de transmissão;
Esteiras ou escadas rolantes;
Quadro de distribuição de luz e Transformadores;
Depósitos de produtos de combustíveis.
Relatório
Após a inspeção, deve-se relatar o que foi observado. O valor dessas inspeções se perde
completamente se o relatório não oferecer uma visão clara e bem definida das condições
observadas, ou se dados técnicos forem emitidos.
INCÊNDIO
Um incêndio é uma ocorrência de fogo não controlado, que pode ser extremamente perigosa para os
seres vivos e as estruturas. A exposição a um incêndio pode produzir a morte, geralmente pela
inalação dos gases, ou pelo desmaio causado por eles, ou posteriormente pelas queimaduras graves.
É todo o fogo não controlado pelo homem que tenha a tendência de se alastras e de destruir.
Principais causas de incêndios
Desligue a chave elétrica geral, em caso de curto-circuito. Procure impedir a propagação do fogo
combatendo as chamas no estágio inicial.
O Combate a Incêndio é o termo utilizado para se referir as ações utilizadas enfrentar, conter e
extinguir um incêndio, preferencialmente na sua fase inicial, com intuito de reduzir e conter os
danos causados pelas suas chamas, calor ou gases.
A NR-23 é uma norma regulamentadora que dispõe informações e orientações acerca da proteção
e combate a incêndios. Apesar disso, a norma não traz necessariamente medidas de prevenção que
possam impedir a causa de um incêndio.
CLASSES DE INCÊNDIOS
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação
em que se encontram. Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções serão diferentes, e os
equipamentos de combate, também diversificados. É preciso identificar, conhecer bem o incêndio
que se vai combater, para escolher o equipamento correto.
Um erro de escolha de extintor pode tornar inútil o esforço de combate às chamas, aumentando-as,
espalhando-as ou criando novas causas de incêndios (curtos-circuitos), além de ocorrer o risco de
morte para o operador (uso de água em equipamento elétrico energizado, por exemplo)
Os incêndios são divididos em seis classes, de acordo com o combustível que está queimando.
Classe A
Compreende os fogos em combustíveis sólidos comuns, que depois de queimados deixam cinzas e
brasas, ardem em razão de seu volume, isto é, queima em superfície e em profundidade.
Necessitam de resfriamento para sua extinção (uso de água), a fim de reduzir a temperatura do
material em combustão abaixo de seu ponto de ignição, bem como extinguir o fogo em sua
superfície e profundidade.
Materiais sólidos que queimam em superfície, profundidade e extensão, deixando resíduos. Por
esses motivos temos que nos certificarmos para que não haja uma reativação da combustão após o
combate.
Classe B
Para sua extinção, necessitam do abafamento. No caso de líquidos muito aquecidos (ponto de
ignição), é necessário resfriamento.
São os ocorridos em equipamentos elétricos e energizados e que oferecem riscos ao operador, pois
bastam, em condições desfavoráveis, os 110 volts usados na iluminação doméstica para matar um
homem.
Retirada e isolada a corrente elétrica, os incêndios de classe “C” passam a ser incêndios
assemelhados aos da classe “A”, mas devem ser extintos por abafamento. Os fogos da classe “C”
têm sua origem principalmente por curto-circuito, sobrecarga, fusível ineficiente e/ou mau
isolamento.
São os ocorridos em equipamentos elétricos e energizados e que oferecem risco ao operador, pois
bastam, em condições desfavoráveis, os 110 volts usados na iluminação doméstica para matar um
homem.
Classe D
São incêndios envolvendo metais combustíveis pirofóricos (magnésio, selênio, antimônio, lítio,
potássio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, sódio, zircônio). Caracterizam-se pela queima em
altas temperaturas e por reagir com agentes extintores comuns (principalmente os que contêm
água).
Para sua extinção, necessitam de agentes extintores especiais que se fundem em contato com o
metal combustível, formando uma espécie de capa que o isola do ar atmosférico, interrompendo a
combustão pelo princípio de abafamento.
Os pós especiais indicados para combater esse tipo de incêndio são compostos dos seguintes
materiais: cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato de amônia, grafite seco, bicarbonato de
potássio.
Os fogos de classe “D” tendem a apresentar comportamento diferente dos demais fogos, uma vez
que os materiais que os provocam formam uma espécie de reação em cadeia durante a combustão,
dificultando a sua extinção por métodos convencionais.
Classe E
Está classe de incêndio, tem seu estudo registrado pela NFPA - National Fire Protection
Association. Então, Classe E de incêndio esta sendo tratada como incêndio em materiais radioativos
e de grande risco a vida.
São incêndios nos quais incidem em materiais combustíveis químicos e radioativos, na maioria das
vezes em laboratórios especiais, usinas nucleares; com características de emissão de partículas,
fissão e fusão nuclear.
Classe K
Esta classe aponta para o fogo em gorduras animais ou óleos vegetais. Ocorre geralmente em
cozinhas, principalmente as industriais. Neste caso, o extintor utilizado será o de agente
saponificante.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO
Os métodos de extinção do fogo levam em consideração a teoria básica do fogo, onde concluímos
que, o fogo só existe quando estão presentes, em proporções ideais, o combustível, o comburente e
o calor, reagindo em cadeia.
Eliminação do Calor - Resfriamento
Esse processo é baseado na aplicação de água, agente extintor mais usado, devido ao fato de existir
em abundância na natureza, além de ter maior capacidade de absorver calor.
O objetivo é fazer com que o combustível não gere mais gases e vapores e, finalmente, se apague.
Para as combustões alimentadas pelo oxigênio, no momento em que a quantidade deste gás no ar
atmosférico se encontrar abaixo da proporção de aproximadamente 16%, a combustão deixará de
existir.
Para combater incêndios por abafamento podem ser usados os mais diversos materiais, desde que
esse material impeça a entrada de oxigênio no fogo e não sirva como combustível por um
determinado tempo.
Agentes extintores halogenados, se lançados sobre o fogo, sofrem ação do calor, reagem sobre as
chamas e interrompem a “reação em cadeia” (extinção química).
A extinção ocorre porque o oxigênio se une aos agentes halogenados e deixa de reagir com os gases
combustíveis. A extinção química só ocorre quando há chamas visíveis.
O processo da extinção química visa a combinação de um agente químico específico com a mistura
inflamável (vapores liberados do combustível e comburente), a fim de tornar essa mistura não
inflamável.
Logo, esse, método não atua diretamente num elemento do fogo, e sim na reação em cadeia como
um todo.
EXTINTORES
Os extintores são recipientes portáteis que contêm em seu interior agente extintor para o combate
imediato e rápido ao princípio de incêndio, não devendo substituir equipamentos mais complexos
de combate a incêndio. Os recipientes podem ser portáteis ou sobre rodas, conforme o tamanho e a
operação. Os extintores portáteis também conhecidos simplesmente por extintores, e os extintores
sobre rodas, por carretas.
de fácil visualização;
de fácil acesso;
onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso.
Os extintores não deverão ter sua parte superior a mais de 1,60m (um metro e sessenta centímetros)
acima do piso.
É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam apoiados em
suportes apropriados, com altura recomendada entre 0,10m e 0,20m do piso e o suporte.
A sinalização deve estar a uma altura mínima de 1,80m medida do piso acabado à base
da sinalização e imediatamente acima do equipamento sinalizado.
É a carga mínima de agente extintor que deve conter em um extintor de incêndio, chamada de
unidade extintora, e é especificada por normas.
Capacidade Extintora
É o tamanho do fogo e a classe de incêndio que o extintor deve combater. Está indicada no rótulo
do produto. Extintores com alta capacidade extintora são capazes de combater fogo de maiores
proporções com menor quantidade de agente extintor.
Por exemplo:
O elemento extintor é a água que age através do resfriamento da área do material em combustão. O
agente propulsor é um gás (CO², Nitrogênio ou Ar Comprimido). Recomendado para incêndios da
Classe A.
Recomendações:
Capacidade:
A capacidade dos extintores portáteis é de 10 litros, ao passo que as carretas têm capacidade de 75 a
150 litros.
O peso dos extintores portáteis é de aproximadamente 16 kg (carregado), sendo que seu jato atinge
uma distância de 8,5 a 11 metros, com o tempo de descarga de aproximadamente 55 segundos. As
carretas atingem uma distância de 13 metros com seu jato, com um tempo de duração de 180
segundos, aproximadamente.
Observações:
É restrito a incêndios em combustíveis comuns (Classe A), não devendo ser usado em
equipamentos elétricos energizados, pois, como o extintor de espuma, é condutor de corrente
elétrica. É ideal para ser utilizado em escritórios, arquivos mortos, depósitos em geral etc.
Deve-se pesar a ampola a cada 4 meses, além de verificar o manômetro mensalmente. Caso ocorra
perda de pressão, deve-se providenciar sua reinjeção.
Este aparelho não pode ser utilizado em incêndios da Classe C (aparelhos elétricos energizados),
por ser condutor de corrente elétrica.
Extintor de Espuma Mecânica
É indicado para incêndios em combustíveis comuns (Classe A) e líquidos inflamáveis (Classe B). É
encontrado nos modelos: pressurizados (manômetro) e com injeção de pressão (ampola externa).
O agente extintor é o AFFF, extrato sintético que forma uma película aquosa que diminui
sensivelmente a probabilidade de reignição.
Recomendações:
Quebrar o lacre, soltar a trava do gatilho, rompendo o lacre, segurar a mangueira, dirigir a
mangueira para o fogo e apertar o gatilho, se o extintor for do tipo pressurizado;
Quebrar o lacre, abrir o registro da ampola, segurar a mangueira, dirigir a mangueira para o
fogo e apertar o gatilho, se o aparelho for de injeção de pressão;
Testar o aparelho com um leve acionamento do gatilho antes de se aproximar do fogo;
Dirigir o jato para a base do fogo em incêndios da Classe A, ou nas bordas dos recipientes
nos incêndios da Classe B;
Ficar de lado em relação ao fogo para diminuir a ação da irradiação do fogo;
Inclinar o extintor para a frente e não ficar com a válvula existente no topo do cilindro
direcionada ao rosto;
Se estiver ao ar livre, combater o fogo sempre com o vento pelas costas.
Capacidade:
Extintores portáteis têm capacidade de 9 litros, enquanto a capacidade das carretas fabricadas em
aço inox é de 50 litros.
O peso do extintor portátil é de aproximadamente de 16 kg (carregado), sendo que seu jato atinge
uma distância média de 5 metros com um tempo de descarga de 50 a 70 segundos, gerando,
aproximadamente, 112 litros de espuma.
Observações:
Seu funcionamento é prático. Sua desvantagem é seu preço alto, pois é fabricado em aço inox.
Esse aparelho não pode ser utilizado em incêndios de Classe C (aparelhos elétricos energizados),
por ser condutor de corrente elétrica.
Extintor de Pó Químico Seco
O agente extintor pode ser bicarbonato de sódio ou bicarbonato de potássio propulsionados por gás
CO² ou nitrogênio.
O agente extintor forma sobre a chama, inicialmente, uma nuvem de pó que visa à exclusão do
oxigênio. Posteriormente, são acrescidos às nuvens o CO² e o vapor da água devidos à queima do
pó.
Capacidade
Os extintores portáteis pesam de 1 a 12 kg (conforme sua capacidade) e seu jato atinge uma
distância média de 5 a 7 metros, com tempo de duração de 10 a 24 segundos. As carretas atingem
de 8 a 11 metros com a duração de 30 a 150 segundos, conforme sua capacidade.
Recomendações:
Quebrar o lacre, soltar a trava do gatilho, segurar a mangueira, dirigir o jato para o fogo e apertar o
gatilho, se o extintor for do tipo pressurizado, ou quebrar o lacre, abrir o registro da ampola, segurar
a mangueira, dirigir o jato para o fogo e apertar o gatilho, se o aparelho for de injeção de pressão.
Extintor de Pó Químico ABC
Trata-se de pó químico polivalente aplicado para as três classes de incêndio (também chamado de
Triclasse). A base, geralmente de fosfato monoamônico, funde-se a partir de 170°C, permitindo
uma cobertura sobre a superfície aplicada, sufocando o material Classe A em combustão.
Na Classe B, o produto reage quimicamente sobre as chamas, rompendo a reação em cadeia. Não é
condutor de eletricidade, pode ser usado em incêndios Classe C.
Recomendações:
Capacidade:
Os extintores portáteis pesam de 1 a 12 kg (conforme sua capacidade) e seu jato atinge uma
distância média de 5 a 7 metros, com tempo de duração de 10 a 24 segundos. As carretas
atingem de 8 a 11 metros com a duração de 30 a 150 segundos, conforme sua capacidade.
Observações:
O extintor de pó é mais eficiente que o de CO² ao ar livre, pois sofre menos influência das correntes
de ar, permitindo que o operador permaneça mais longe da chama.
O pó não conduz eletricidade, entretanto, seu uso não é recomendado onde haja circuitos com
componentes eletrônicos, pois ele é corrosivo.
Pode ser utilizado nas Classes A (para retardar a propagação das chamas), B e C, sendo mais eficaz
em incêndios de líquidos inflamáveis.
Para os incêndios da Classe D (metais pirofóricos), utiliza-se um pó químico seco especial, à base
de cloreto de sódio e grafite em pó. Não deve ser utilizado bicarbonato de sódio, pois reage com o
material pirofórico, produzindo água e, consequentemente, aumentando o incêndio.
Extintor de Gás Carbônico (CO²)
O gás carbônico é um material não condutor de corrente elétrica que age sobre o fogo com extinção
do oxigênio (abafamento), tendo também uma pequena ação de resfriamento.
O CO² é envasado no tubo onde permanece liquefeito e submetido a uma pressão de 61 atmosferas
em condições normais. Ao ser acionada a válvula do gatilho, graças a pressão a que se encontra,
passa por sifão situado na válvula e, posteriormente, pela mangueira e pelo difusor.
Recomendações:
Observações:
O CO² não é corrosivo, não deixa resíduos e não perde suas características com o passar do tempo.
É muito eficiente em incêndios de Classe C, pois não é condutor de corrente elétrica.
Os halogenados são compostos químicos polivalentes aplicados para as três classes de incêndio
(também chamado de triclasse), formados por elementos halogênios (flúor, cloro, bromo e iodo).
Atuam na quebra da reação em cadeia devido às suas propriedades específicas e, secundariamente,
por abafamento.
São ideais para o combate a incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis, sendo
mais eficientes que o CO², pois:
Não é permitido o uso de materiais plásticos quando em contato permanente com o agente extintor.
O extintor deve ser operável na faixa de temperatura compreendida entre -10°C e +50°C. O extintor
deve estar provido de meios que impeçam seu acionamento acidental.
Capacidade
O extintor Classe D possui agente extintor a base de cloreto de sódio e geralmente é utilizado para
incêndios em metais como magnésio, titânio. Com o extintor Classe D, a contenção do incêndio é
realizada por meio do isolamento entre o metal, a atmosfera e o resfriamento.
Extintor com pó químico especial: indicado para incêndios de Classe D (metais inflamáveis). Age
por abafamento.
Com o extintor classe D, a contenção do incêndio é realizada por meio do isolamento entre o metal,
a atmosfera e o resfriamento. O extintor Classe D possui um aplicador longo, no qual o cloreto de
sódio é aplicado de forma controlada e lenta. O aplicador é de fácil desacoplamento e mantêm o
operador a uma distância segura do calor provocado e da inalação dos gases intoxicantes.
É muito importante que, ao se utilizar um extintor, verifique-se para qual tipo de incêndio ele é
destinado, pois dependendo da situação pode ser que se agravem os estragos já causados pelo fogo.
Por conta disso, a melhor forma de acabar com esse tipo de incêndio são os extintores
de incêndio de Classe D, que são capazes de depositar nas chamas agente extintor à base de sais
especiais, que são capazes de isolar o metal do oxigênio, levando ao resfriamento e,
consequentemente, a rápida extinção das chamas.
Extintor de incêndio Classe D destinado para combustíveis e metais pirofóricos. Possui agente
extintor a base de cloreto de sódio. O incêndio é extinto através do isolamento entre o metal e a
atmosfera e o resfriamento. O agente é depositado no metal em chamas através de um longo
aplicador, que promove um fluxo controlado e lento. O aplicador é de fácil desacoplamento e
mantêm o operador a uma distância segura do calor irradiado e da inalação dos gases queimados.
Extintores Classe D são reconhecidas pelas normas internacionais como NFPA e UL, classificam
esse tipo de incêndio Classe D. Para essa classe de incêndio foram consideradas as características
nos seguintes materiais: Sódio, Zinco, Magnésio, Potássio, Bário, Cálcio, Alumínio, Zircônio e
Titânio.
Este tipo de agente extintor é recomendado para extinção de um incêndio de pequenas proporções
em metais como magnésio, pó de alumínio, titânio, zinco, sódio e potássio. Não é recomendado
para qualquer outro tipo de material metálico.
Não deve ser usado para incêndio provocado por Lítio, por poder agravar o perigo.
O agente extintor de pó químico para metais é composto, principalmente, por cloreto de sódio e
aditivos, que permitem a formação de uma crosta sobre o metal em chamas. Esse aditivos
termoplásticos são adicionados ao agente extintor para unir as partículas de cloreto de sódio,
formando uma massa sólida quando ocorre o contato com o metal que está sendo queimado.
Uma outra forma de extinção de incêndio em metais é com a aplicação de misturas de areia seca,
limalha de ferro e outros componentes inertes ao metal que está sendo queimado.
Incêndios que envolvem meios usados para cozinhar como óleo de cozinha, gordura e a banha, já
por algum tempo, têm sido o principal fator de danos materiais, tendo provocado vítimas fatais ou
não.
Com o tempo, a evolução e a alta eficiência dos equipamentos de cozinhas industriais e comerciais,
somadas ao uso de óleos não saturados e a altas temperaturas contribuíram para o aumento
significativo dos riscos de incêndios mais fortes, o que forçou à criação de uma nova classificação
para incêndios, como os desse tipo: a Classe K.
Agente úmido com solução líquida a base de Acetato de Potássio, indicado para a Classe K (óleos e
gorduras) em princípios de incêndio em cozinhas industriais com combustível proveniente de óleos
e gorduras de origem animal e vegetal.
Os extintores de Classe K ainda são reconhecidos como os mais eficientes para a proteção de
operações de cozinhas industriais, e são altamente recomendados por normas internacionais, como a
NFPA 10, desde de sua versão do ano de 1998.
Basicamente, um extintor Classe K é composto por um agente chamado base alcalina que, quando
entra em contato com algum nível de gordura saturada, aliado a altos níveis de temperatura,
imediatamente é causada uma reação chamada saponificação. É exatamente nesse processo que é
formado uma espuma, capaz de extinguir e conter a combustão, em outras palavras, com essa
saponificação o fogo passa por um processo de resfriamento e a espuma trabalha como um tipo de
asfixiante.
Por esse motivo se desenvolveu o agente saponificante de Classe K. Este agente, ao ser aplicado
com uma névoa fina, apresenta a vantagem de poder resfriar o meio de cozimento e, assim, abaixar
a temperatura, tornando-se o agente mais eficiente, para combater esse tipo de incêndio.
Com este sistema, é possível proteger desde uma simples grelha até uma cozinha inteira, sendo que
seu acionamento pode ser tanto automático como manual. Com a descarga do agente extintor sobre
os equipamentos de cocção e filtros, as superfícies são resfriadas e ocorre a sua reação com a
gordura quente (saponificação), formando uma camada isolante que priva a gordura do contato com
o ar, evitando-se, assim, a emissão de vapores inflamáveis.
Falando ainda em emergências com esta classe de incêndio, é de extrema importância que algumas
atitudes sejam adotadas de modo geral, para evitar incêndios na cozinha:
1 – O gás é um dos grandes vilões na cozinha. Verifique se estão bem ajustados o regulador de
pressão, a mangueira e a abraçadeira (peça que veda a mangueira e válvula de gás, para não haja
escape). A troca do equipamento deve ser realizada a cada cinco anos;
2 – Em caso de vazamento de gás, não acenda ou apague a luz e nem risque fósforo. Qualquer
faísca pode provocar incêndio;
3 – Para verificar se há vazamento no cilindro, passe uma esponja com detergente nas conexões, na
mangueira e no regulador. Se aparecer bolhas pode haver vazamento;
4 – Manuseie botijões de gás com cuidado. Os botijões devem ser armazenados em locais bem
limpos, ventilados, livres de óleo e graxa, protegidos contra chuva, sol e outras fontes de calor
5 – As roupas, utilizadas pelos profissionais da cozinha, devem ser justas e mangas apertadas;
6 – Não coloque materiais com fácil combustibilidade perto do fogão, como: papel toalha, alumínio
e líquidos inflamáveis;
7 – Para evitar aquecimentos e situações de curto-circuito, é importante utilizar sempre tomadas
com ligação terra;
8 – Verifique as instalações elétricas! Não ligue vários equipamentos em uma única tomada. Isso
pode causar sobrecarga no condutor elétrico e risco de curto-circuito. Fique atento aos fios não
encapados;
9 – Esteja sempre atento às panelas. Verifique se os cabos não estão para fora, para evitar quedas ou
queimaduras graves;
10 – Não deixe óleo aquecer por muito tempo;
11 – Caso se inicie um incêndio na panela, não jogue água!!! Este procedimento pode provocar um
choque térmico e gerar uma grande explosão. MOLHE um pano, torça-o, retirando o excesso de
água, para que este NÃO PINGUE, coloque o pano sobre a panela/frigideira e espere até que esfrie
(não saia mais vapor);
12 – Não fume dentro da cozinha;
13 – Em qualquer situação de emergência, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros.
MANUTENÇÃO
O Inmetro é o órgão federal responsável por informar à sociedade sobre os detalhes referentes aos
diversos produtos disponíveis no mercado. A presença do selo do Inmetro atesta que o produto foi
fabricado de forma a respeitar e atender aos requisitos de uma norma ou regulamento técnico.
Para saber se a caneta ou produto está em conformidade com a lei e o selo original Inmetro, faça
uma consulta neste site http://registro.inmetro.gov.br/consulta e certifique-se de que não está
sendo enganado. Dessa forma, denuncie todo e qualquer tipo de irregularidade.
Manutenção de caráter corretivo, geralmente efetuada no ato da inspeção técnica, que pode ser
realizada no local onde o extintor de incêndio está instalado, não havendo necessidade de sua
remoção para a empresa registrada.
Manutenção de caráter preventivo e corretivo que requer execução de serviços com equipamento e
local apropriados, isto é, na empresa registrada.
CAUSAS DE INCÊNDIO
Um incêndio pode começar por inúmeros motivos e é muito importante saber a sua origem seja para
fins legais, estatísticos ou prevencionistas.
Causas naturais: Neste caso, o incêndio é originado por meio dos fenômenos da natureza,
os quais agem por si só, totalmente independentes da vontade humana.
Causas artificiais: Acontece quando o incêndio ocorre pela ação humana, ou pela
negligência ao tomar as devidas medidas de precaução:
Eletricidade
Chama exposta
Centelha ou Faísca
Partícula que salta de uma substância candente ou em atrito com outro corpo; fenômeno
luminoso que acompanha uma descarga elétrica.
Atrito
Transformação de energia mecânica em calor, por meio de fricção de dois materiais. Ocorre
em mancais, rolamentos, esteiras, polias etc, desde que não estejam suficientemente
lubrificados.
Combustão Espontânea
As fibras de juta, resíduos de algodão, feno, carvão, panos ou estopas impregnados de óleo
vegetal, pólvora e certos produtos químicos estão sujeitos a inflamar-se sem o contato de
uma fonte externa de calor. Para reduzir os riscos, deve-se obedecer às normas de estocagem
e exercer fiscalização e controle.
Os vapores desprendidos podem se espalhar por uma grande área até atingir uma fonte de
ignição, causando explosão e/ou incêndio.
Gás de Cozinha
Convergência Luminosa
Incêndios Florestais, por exemplo, podem ter origem em casos de vidro lançados na mata, que
funcionam como lentes convergentes ao sofrer ação da luz solar. A luz concentrada pode incidir
sobre a vegetação seca, irrompendo o incêndio.
PERIGOS DE INCÊNDIOS
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 23, todas as empresas deverão possuir proteção
contra incêndio, além de saídas suficientes para retirada das pessoas em caso de incêndio. Devem
possuir também, equipamentos de combate ao fogo desde o princípio e pessoas que saibam usar de
forma correta esses equipamentos.
Incêndios podem causar diversos danos à família. Abalando a estrutura da casa e o psicológico de
quem o presencia, deixando não apenas danos financeiros.
Lidar com todas as despesas e procedimentos demandados por um incêndio é muito desgastante.
Eletricidade
Também colabora para que o risco de incêndio seja mais alto, desde aparelhos elétricos, que ficam
muito tempo ligados sem ventilação adequada, até o uso de adaptadores para ligar diversos
aparelhos ao mesmo tempo.
Para evitar que incidentes com eletricidade provoquem incêndios, faça uma verificação minuciosa
da parte elétrica de sua residência. Confira se a fiação não está exposta e adquira um bom seguro
residencial. Alguns cobrem esse tipo de assistência a fim de prevenir qualquer perigo contra
incêndio.
Celular
Aparelho portátil com autonomia energética, que funciona e radiofrequência e permite efetuar
ligações telefônicas.
Em geral, baterias de íons-lítio são preparadas para aguentar temperaturas de até 60ºC. O calor pode
gerar curto-circuito entre os polos positivo e negativo da bateria, dando início a uma reação em
cadeia que leva os componentes inflamáveis da bateria à combustão.
Se o celular estiver com a carga cheia, mas continuar na tomada, pode ocorrer uma falha. Mas a
maioria dos dispositivos originais têm proteção contra isso.
A maior parte dos dispositivos atuais têm uma válvula que funciona como a da panela de pressão.
Se a temperatura aumentar e a pressão subir demais, a bateria abre para que não ocorra explosão.
Derrubar o aparelho também pode, eventualmente, fazer com que ele entre em curto-circuito. Pode
amassar os eletrodos [pólos condutores de corrente elétrica].
Quando um aparelho celular fica conectado a uma tomada, provavelmente uma descarga elétrica
pode se propagar pela rede elétrica, passando pelo carregador e atingir uma pessoa. O impulso
elétrico de alta intensidade pode dar choque. Isso também ocorre com telefones fixos.
Portanto, é difícil prever se o aparelho vai entrar em curto-circuito, mas o principal indício é a
temperatura. O superaquecimento é o maior sinal. Deixar o celular no carregador depois que ele
atingiu 100% de carga também não é uma boa prática. Carregadores de baixa qualidade podem
apresentar defeito então, após carregar, é bom retirá-los da tomada.
Inflamáveis e Chamas
Isqueiros, fósforos, velas e afins podem causar um grande problema, bem como a chama do fogão.
Por isso é preciso tomar cuidado com as crianças, já que qualquer manuseio descuidado desses itens
pode gerar um incêndio, entrando em contato com materiais e líquidos inflamáveis como aerossóis,
por exemplo.
Quando mal vedados, vasilhames que hospedam inflamáveis desprendem gases que se espalham até
que encontrem uma fonte de combustão.
Sendo assim, não deixe que esses produtos próximos uns dos outros. Certifique-se sempre se deixou
todos os objetos perigosos fora do alcance das crianças e de preferência tenha extintor de incêndio
em casa. Saiba que os extintores variam conforme o tipo de ignição das chamas.
Vazamento de Gás
O botijão comumente usado em cozinhas domésticas, quando não é corretamente instalado, pode
causar incêndios e explosões. O gás é altamente inflamável e, ao entrar em contato com qualquer
fonte de eletricidade, inicia instantaneamente a combustão.
As situações que podem causam incêndios são: manter o botijão perto de correntes elétricas, em
compartimentos fechados ou ainda permitir o vazamento dele, mesmo que seja pela boca do fogão
ou apenas pela mangueira.
Deste modo, fique atento a essas circunstâncias e previna-se contra o risco delas.
O propano e o butano estão presentes no petróleo e no gás natural, embora uma parte se obtenha
durante a refinação de petróleo, sobretudo como subproduto do processo de
craqueamento catalítico.
O “Gás de Cozinha”, como é conhecido popularmente o Gás Liquefeito de Petróleo por causa de
sua utilização principal na cocção de alimentos, é uma das frações mais leves do petróleo e sua
queima é muito limpa, com baixíssima emissão de poluentes.
O gás natural (metano) e o GLP (propano e butano) não possuem cheiro em seu estado natural.
O Gás Liquefeito de Petróleo – GLP ou Gás LP, também conhecido como gás de cozinha, é um dos
resultados do refino do Petróleo.
O botijão deve ser utilizado com um conjunto técnico composto por regulador de estágio único de
baixa pressão (2,8 kPa) e válvula de bloqueio, que se acopla diretamente à válvula de consumo
através de um regulador de pressão, uma mangueira de PVC com comprimento de 0,80m (conforme
NBR 8613) e abraçadeiras para fixação, garantindo transporte seguro e na pressão correta do gás
GLP ao fogão.
Por questões de segurança e para ser mais fácil a detecção de um vazamento de gás pelas pessoas,
através do olfato, a indústria de combustíveis adiciona um aditivo chamado mercaptano que dá o
cheiro característico de gás de cozinha.
Os botijões possuem o dispositivo de segurança “plugue fusível”, cujo miolo – formado por uma
liga de metais – se funde em caso de aumento da temperatura, acima de 75°C, como o aquecimento
por agentes externos, liberando a saída do gás de modo a evitar explosões.
Panelas Esquecidas
Colocar a panela para preparar a comida no fogão e sair para fazer outras atividades domésticas
também é uma das principais causas de incêndio. Especialmente as panelas de frituras esquecidas
são as que mais provocam esse tipo de acidente, pois o óleo quente se queima rapidamente e logo
provoca a formação de chamas.
Caso você se depare com essa situação em casa, a primeira atitude a ser tomada é cortar a
alimentação desse calor, ou seja, ir diretamente até o botijão de gás e desligá-lo ou, se for gás
encanado, fechar o registro. Nunca jogue água diretamente na panela, pois isso pode aumentar o
tamanho das chamas.
No que diz respeito a incêndios, outra panela perigosa é a panela de pressão. Uma vez esquecida no
fogão, ela pode provocar intensa explosão, por isso muito cuidado na cozinha para não deixar que
isso aconteça.
Esse aumento ocorre porque, quando a água está sendo aquecida no interior da panela, ela passa
para o estado de vapor. Como a panela é fechada, o vapor de água não tem para onde sair e começa,
então, a chocar-se com mais intensidade contra as paredes da panela, aumentando,
consequentemente, a pressão.
A válvula de controle é aquela que balança e produz chiado quando a panela está com pressão. Já
a válvula de segurança é uma de cor vermelha e feita de borracha ou plástico. Se ela salta para fora,
garante que a pressão saia, prevenindo problemas na sua panela. Por isso ela deve estar sempre
posicionada para baixo. Após colocar tudo dentro da panela, o próximo passo é tampá-la e colocá-la
em fogo alto. Em dado momento, a válvula de pressão (ou seja, o pino que fica bem no meio da
tampa) começará a chiar e balançar. Mas, não é preciso entrar em pânico: o chiado da válvula é
sinal de que a panela está funcionando.
Panela de Pressão
Encher mais de 2/3 de alimento ou água é perigoso. - Verdade. O excesso pode entupir a válvula e
fazer com que a panela exploda. Nunca ultrapasse a capacidade máxima, fique atento às instruções
de uso.
6 sinais de que a panela de pressão da sua cozinha pode explodir a qualquer momento
Líquidos Inflamáveis
A garagem e a cozinha são os cômodos que mais armazenam esses materiais considerados como
perigosos, por seu risco de causarem incêndios. Por esse motivo, é fundamental que você confira
em todos os ambientes da casa os produtos expostos e os fatores potenciais para o risco de fogo.
Até as garrafas vazias são perigosas, então tome muito cuidado. Não deixe os frascos próximos
à chama, não atire os líquidos inflamáveis no fogo e não permita que esses vasilhames, cheios ou
vazios, façam parte de brincadeiras de crianças.
Micro-ondas
As micro-ondas fazem com que as moléculas da água girem sobre si 2,45 bilhões de vezes por
segundo, acompanhando aquela frequência de 2,45 GHz do magnetron. Esse movimento gera o
calor que aquece o alimento. É importante lembrar que apenas moléculas de água, gordura ou
açúcar sofrem a ação das micro-ondas.
Mega-hertz uma unidade de frequência que representa um milhão de Hertz (ciclos por segundo).
Tem como símbolo o MHz. O Giga-hertz (GHz) é utilizado pare representar a velocidade de um
processador de computador.
Além disso, o forno deve ter um prato giratório – se não, como as ondas são emitidas de um só
ponto para se propagarem por todo o aparelho, pode ocorrer o superaquecimento de uma parte do
recipiente, fazendo-o quebrar ou explodir.
Os metais finos, como a ponta de um garfo, aquecem rapidamente e podem provocar um incêndio.
O papel alumínio: por ser um metal, o calor faz o papel soltar faíscas que podem danificar o
seu micro-ondas. O melhor para evitar isso é usar um plástico filme aderente, que cumpre a mesma
função, mas de uma forma segura.
Não há nada comprovado cientificamente de que um celular possa causar algum tipo de explosão ao
ser manuseado juntamente com um eletrodoméstico, é lenda urbana. Há uma lenda urbana que o
forno de micro-ondas causa câncer, entretanto isso não é verdade. Ainda não é comprovado
cientificamente que essas ondas possam causar o aparecimento de um tumor.
As saídas de ar do micro-ondas não podem ser obstruídas. Por isso, potes, utensílios e panos não
devem ser colocados em cima do produto. Ele deve estar ainda longe de aparelhos como TV e rádio
para não haver interferências.
Você precisa manter a sua casa em segurança, para isso existem medidas simples a serem adotadas
no cotidiano que garantem que você e sua família não sofram acidentes. Contudo, ainda que você
seja o que mais preza pela proteção da sua família, da casa e dos bens, não é possível prever todos
os acontecimentos. Como, então, prevenir sua casa de um sinistro, como um incêndio, por
exemplo?
Vale lembrar que as causas de incêndio devem ser sempre neutralizadas, portanto, fique de olho na
situação elétrica de sua casa, além de verificar a situação de materiais inflamáveis e possíveis
chamas. Mantenha em ordem o que está ao seu alcance e, para o que não está, como por exemplo
desastres naturais.
ACESSÓRIOS HIDRÁULICOS
RESERVATÓRIOS
São reservatórios: as caixas d’água elevadas e subterrâneas e, ainda, nas situações de emergência, as
piscinas, as fontes públicas etc.
HIDRANTES
Hidrantes são tomadas de água colocadas na canalização exclusivas para situações de incêndio.
Têm uma ou duas saídas, que permitem a captação de água pelos bombeiros públicos, bombeiros
civis ou brigadistas, especialmente durante o combate a incêndios ou treinamento.
Hidrantes de coluna;
Hidrantes de parede.
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para dimensionamento, instalação, manutenção,
aceitação e manuseio, bem como as características, dos componentes de sistemas de hidrantes e de
mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio.
Esta Norma não se aplica a: indústrias petroquímicas; refinarias de petróleo; terminais e bases de
distribuição de derivados de petróleo; instalações de armazenagem de líquidos e gases combustíveis
e inflamáveis que disponham de normas brasileiras específicas, tais como: postos de serviços,
aeroportos, entre outros.
ABRIGO
Abrigos são caixas metálicas, localizadas próximas aos hidrantes, destinadas a guardar as
mangueiras, esguicho e chave de mangueira.
MANGUEIRAS
Mangueiras são dutos flexíveis dotados de união, destinados a transportar água sob pressão. O
revestimento interno do duto é um tubo de borracha que impermeabiliza a mangueira, evitando que
a água saia de seu interior.
É vulcanizada a uma capa de fibra. A capa do duto flexível é uma lona, confeccionada de fibras
naturais ou sintéticas, que permite à mangueira suportar alta pressão de trabalho e tração.
São mais utilizadas as mangueiras com diâmetros de 1 ½” (1,5 polegadas) e 2 ½” (2,5 polegadas). O
comprimento-padrão de uma mangueira é 15 metros.
Não deixar a mangueira permanentemente acoplada ao hidrante, pois toda a água que, por
qualquer motivo, vier a vazar através do registro a manterá úmida, criando mofo e
apodrecendo-a com muito mais facilidade;
Usar a mangueira a cada três meses, evitando, com isso, o endurecimento e possível
ressecamento de seu forro de borracha;
Submeter a mangueira a teste de pressão anualmente, comprovando sua resistência. O teste
ideal é de 140 libras, e o seu limite máximo é de 200 libras;
Testar as juntas de engate rápido antes da distribuição das mangueiras para o uso
operacional;
Nunca arrastar a mangueira sobre superfícies ásperas, quinas de parede, telhados ou muros;
Nunca bater a empatação, pois isso dificultará acoplamentos posteriores;
Não colocar a mangueira em contato com substâncias que possam atacar seu duto de
mangueira (derivado de petróleo, ácidos etc);
Evitar mudanças bruscas de pressão interna provocadas pelo fechamento rápido de
expedições etc;
Não utilizar a mangueira para outros fins que não sejam treinamento e combate a incêndios,
e por pessoas que não sejam habilitadas para tal, pois isso pode estragá-las antes do tempo;
Após o uso, lavar a mangueira com água pura e escova cerdas macias. Nas mangueiras
atingidas por óleo, admite-se o emprego de sabão neutro e água morna. As mangueiras
devem ser postas a secar em lugar seco, fora da incidência de raios solares e distendidas em
plano inclinado ou dependuradas no sentido vertical. Após a secagem, recomenda-se a
colocação de talco industrial no interior da mangueira para evitar ressecamentos.
Temos as seguintes NBR para as mangueiras de incêndio:
Aplicação:
São peças metálicas fixadas nas extremidades das mangueiras destinadas a unir lances entre si ou
ligá-los a outros equipamentos, tais como esguichos e hidrantes. As juntas de união frequentemente
utilizadas são as do tipo storz de engate rápido, embora também se possam encontrar uniões com
rosca.
ESGUICHO
Peça metálica adaptada à extremidade da linha de mangueiras, destinada a dar forma, direção,
alcance e controle ao jato de água, conforme as necessidades da operação.
ACESSÓRIOS
Além desses materiais básicos citados, outros acessórios são encontrados para auxiliar o combate a
incêndios, quando no emprego de hidrantes. Os mais utilizados apresentados a seguir:
Tampão: Peça metálica destinada a vedar as expedições desprovidas de registro que estejam em
uso, além de proteger as extremidades das juntas de união contra eventuais golpes que possam
danificá-las.
Derivante: Aparelho destinado a permitir desdobrar uma linha adutora de mangueiras em duas
linhas ou mais de ataque.
Redução: Peça metálica de engate rápido utilizada para a transformação de uma linha de
abastecimento em outra de menor diâmetro.
REGISTRO DE RECALQUE
NBR 13792 – Proteção contra incêndio, por sistema de chuveiros automáticos, para áreas
de armazenamento em geral – Procedimento.
NBR 10897, que normalmente compõe as referências normativas dos documentos emitidos
pelos corpos de bombeiros. A norma caracteriza os requisitos para projeto e instalação de
sistemas de proteção contra incêndios por chuveiros automáticos.
Dentro das faixas definidas em norma, são adotados alguns valores padrão (temperatura nominal)
para facilitar a definição de projeto, compra e venda dos sprinklers. As temperaturas nominais mais
utilizadas no Brasil são: 68°C, 79°C, 93°C e 141°C.
Os bulbos possuem faixas específicas de temperatura de ativação. Estas faixas estão bem definidas
em norma e possuem uma padronização universal. Segundo a Tabela 2 da atual Norma Técnica
brasileira de sprinklers (NBR16400), são ao todo sete cores que podem ser facilmente identificadas
e dispõem de uma classificação.
Como responsável pela ativação do sprinkler, o bulbo precisa acionar dentro de uma faixa
específica de temperatura e tempo, determinadas na Norma Técnica.
O bulbo se rompe quando atinge a temperatura indicada por sua cor. O tempo que demora antes de
um bulbo quebrar depende da potência do incêndio. Em geral, um bulbo é ativado entre 15 e 30
segundos.
Considerando que um incêndio ganha potência máxima entre 1min e 4min, a ativação do sprinkler
garante o alargamento desse tempo para mais de 30min, tempo confortável para que os bombeiros
cheguem para concluir a supressão total do incêndio.
Bomba Principal: Bomba hidráulica centrífuga destinada a recalcar água para os sistemas de
combate a incêndio.
Bomba de Reforço: Bomba hidráulica centrífuga destinada a fornecer água aos hidrantes ou
mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos
somente pelo reservatório elevado.
As bombas utilizadas devem ser do tipo centrífugas acionadas por motor elétrico ou a combustão.
TÁTICA DE COMBATE À INNCÊNDIO
A coordenação do combate a incêndio deve ficar a cargo das equipes de prevenção, no entanto,
todos devem ter conhecimento dos procedimentos básicos e ordenados a serem executados a fim de
se evitar a propagação do fogo, facilitando, dessa forma, sua extinção.
A seguir, descreve-se uma sequência de ações a serem desencadeadas após uma análise de situação.
Para melhor desempenho das fases táticas de combate a incêndio, foi proposto um método, por um
bombeiro inglês, por volta de 1953. Trata-se da memorização de uma palavra que possui as iniciais
das feridas fases, de modo a facilitar a memorização das ações.
A palavra é SICER.
Analisando a referida palavra, chega-se às seguintes fases que devem ser seguidas, respectivamente,
na ordem apresentada.
Salvamento (S)
É a primeira fase a ser executada, visto que a vida é o bem maior a ser preservado. Todas as pessoas
que não participam do combate direto ao fogo devem ser retiradas das proximidades da área
incendiada. Deve-se sempre estar atento à própria segurança. O uso de equipamentos de proteção
individual (EPI) e respiratória (EPR) sempre se faz necessário. Após a avaliação dos riscos, deve-se
sempre efetuar o salvamento de vítimas (impossibilitadas de se locomoverem ou presas) em dois
socorristas.
Caso não seja possível efetuar o salvamento por falta de equipamento ou de conhecimento técnico,
é importante certificar-se de que o serviço de emergência foi acionado e procurar, se possível,
acalmar a vítima. O ideal é que esse trabalho seja executado por uma equipe de salvamento
independente da equipe que efetuará o combate a incêndio (equipe de apoio).
Isolamento (I)
O isolamento tem por finalidade impedir que o incêndio se propague de uma edificação para outra.
Nesse caso, deve-se atentar para as aberturas existentes entre a edificação incendiada e a edificação
não atingida, pois essas aberturas facilitam a propagação do incêndio, tornando-se necessário
resfriá-las, por meio de uma linha de mangueira. O mesmo procedimento serve para tanques com
combustível em chamas, casos em que devem ser resfriados de imediato os tanques vizinhos.
Cabe lembrar também, nesse momento, que o SICER deve ser observado inclusive nos princípios
de incêndio, pois procedendo ao isolamento do material que está queimando ou o que irá se
queimar, evita-se a propagação do fogo.
Exemplo 1: uma mesa de trabalho está pegando fogo, mas as cadeiras à sua volta ainda não
queimaram. Procedimento a ser adotado: afastar as cadeiras perto da mesa em chamas – isolamento
do fogo (retirada do material), impedindo sua propagação.
Exemplo 2: um telhado de madeira está pegando fogo. Utiliza-se um extintor de CO² para retardar
a ação do fogo, reduzindo as chamas enquanto se providência a armação dos lances de mangueiras
para a aplicação de água. Essa ação implica o abafamento para isolamento do fogo. Nesses casos,
pode-se observar a utilização dos três métodos de extinção de incêndio (resfriamento, retirada do
material e abafamento) para isolar o fogo e impedir sua propagação.
Confinamento (C)
O confinamento visa impedir que o fogo se propague dentro de uma edificação, mantendo-o
confinado em sua origem até que possa ser extinto. Trata-se de uma fase muito importante e que
pode determinar o sucesso das operações.
No caso de depósitos, armazéns ou vastas áreas constituídas, a não observância dessa fase pode
resultar na destruição total. Nessa fase, tem-se um fogo já isolado na fase anterior e pronto para ser
reduzido através dos métodos de extinção que nessa fase atuarão no fogo propriamente dito.
Extinção (E)
Nessa fase, podem ocorrer alguns excessos que devem ser corrigidos diante da ânsia de debelar o
sinistro, tais como extinção por inundação, aplicação inadequada de jatos sólidos de água e outras
medidas que podem resultar na destruição daquilo que não foi destruído pelo incêndio.
Rescaldo (R)
Essa ação tem por finalidade afastar a hipótese mais remota de uma reignição do fogo ao término de
sua extinção. Todo material incendiado deve ser remexido e verificado com a finalidade de se
eliminarem fontes de calor (brasas, pequenos focos etc), que possam possibilitar a volta do fogo,
bem como afastar o material incendiado do material não atingido.
Nessa fase, podem ocorrer alguns acidentes pela não observância das regras de segurança e falta do
uso do EPI, como, por exemplo, trabalhar em local sob risco de desabamento, pisar em objetos
pontiagudos, queimar as mãos em brasas etc. Tais fatos devem ser observados pelo responsável pela
equipe de combate.
Além das fases estudadas, esse é um procedimento tático que também deve ser adotado. A
salvatagem é um conjunto de ações que visa a diminuir os danos causados e proteger tudo aquilo
que não foi destruído pelo fogo, pela água e pela água e pela fumaça, evitando alguns excessos
como aqueles já comentados, a fim de se reduzirem os prejuízos da área sinistrada.
Pode ser realizada em qualquer fase do combate ao incêndio. Esse procedimento compreende ações
como: cobertura de objetos, escoamento de água, secagem, transporte de objetos etc.
Ventilação
É a remoção e dispersão sistemática dos produtos da combustão – fumaça, gases e vapores quentes
– de um local confinado, o que proporciona a troca dos produtos da combustão por ar fresco e
facilita as ações no ambiente sinistrado.
Tipos de Ventilação
ELEVADORES
Ocorrência comum diz respeito a pessoas ficarem retidas em elevadores, geralmente por falta de
energia elétrica, defeito no mecanismo de paragem ou uso indevido do equipamento.
Solicitar apoio imediatamente em caso de ocorrências com vítima presa entre cabine e a
caixa de concreto (essas ocorrências são de natureza grave e de difícil liberação);
Em caso de incêndio, certificar-se de que os elevadores estejam no térreo com as portas
abertas e de que a energia elétrica do elevador esteja desligada, orientar para que se utilizem
as escadas.
Outras observações importantes:
SISTEMA DE PÁRA-RAIOS
Definição de Raio
Descarga elétrica que ocorre na atmosfera, acompanhada de trovão (som) e relâmpago (luz), que se
produz entre duas nuvens ou entre uma nuvem eletrizada e a Terra.
Direta: Quando o raio atinge uma construção e causa prejuízos tanto na alvenaria quanto
nos equipamentos;
Como proteger: Por meio de para-raios tipo Franklin e/ou gaiola de Faraday a critério do
profissional habilitado;
Indireta: Quando o raio cai nas proximidades de uma construção e sua sobrecarga danifica
equipamentos através da fiação elétrica.
Forma de proteção: Por meio de aterramento elétrico com protetores de surtos (para-raios de
linha).
Interferência Eletromagnética
Ocorre quando um raio cai em uma construção próxima e produz ondas eletromagnéticas capazes
de induzir tensões perigosas para equipamentos eletroeletrônicos.
Forma de Proteção: Com o uso de protetores de surtos específicos para cada aparelho.
Para-Raios
É um conjunto para proteção contra descargas elétricas atmosféricas comuns (ABNT NBR 5419).
Destina-se a proteger uma edificação contra efeitos das descargas atmosféricas. Possui um sistema
externo de proteção (captores, condutores de descida e aterramento).
Sistema Franklin
É constituído por um ou mais captores com quatro pontas, instalado sobre mastro, cuja altura é
calculada pelo profissional habilitado.
Consiste em uma malha, sempre utilizando cabo de cobre nu, instalada em formas retangulares
sobre a edificação, passando por isoladores ou fixada diretamente sobre a superfície.
Detectores de Raios
Observações:
De acordo com as normas atuais, todo equipamento elétrico deve ser projetado para
funcionar com o pino-terra (terceiro pino);
As seguradoras não cobrem perdas por raios caso a instalação esteja fora das normas
técnicas;
O ministério do Trabalho exige a colocação de para-raios e aterramentos conforme NR-10;
Um sistema de para-raios só protege a edificação onde está instalado;
Um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar.
PORTAS CORTA-FOGO
A NBR 11742 de 08/2018 – Porta corta-fogo para saída de emergência especifica os requisitos
exigíveis para classificação, fabricação, identificação, unidade de compra, conteúdo do manual
técnico, armazenamento, instalação, funcionamento, manutenção e ensaios de portas corta-fogo do
tipo de abrir, com eixo vertical, para saída de emergência.
Neste caso, são dotadas de capacidade de suportar a ação do incêndio por determinado período,
avaliada por meio de ensaios de resistência ao fogo. Pode-se definir porta corta-fogo para saída de
emergência porta corta-fogo do tipo de abrir, com eixo vertical, constituída por folha (s), batente,
ferragens e, eventualmente, mata-juntas e bandeira, que atende às características desta norma,
impedindo ou retardando a propagação do fogo, calor e gases, de um ambiente para o outro.
A classificação da porta corta-fogo, ensaiada em parede de alvenaria, vale apenas para instalações
reais em paredes de alvenaria e de concreto. Cada porta corta-fogo e respectivo batente devem
receber uma identificação indelével e permanente, por gravação ou por plaqueta metálica.
INSTRUÇÃO TÉCNICA
Esta Instrução Técnica (IT) aplica-se a todas as empresas que prestam serviço na área de segurança
contra incêndio e pânico no âmbito do Estado da Bahia. Credenciamento de instrutores, bombeiros
civis e de empresas que prestam serviço na área de segurança contra incêndio e pânico.
DEFINIÇÕES
Bombeiro Civil: Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos da Lei
11.901/2009, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a
incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades
de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a
incêndio.
Brigadista Nível I: pessoa, voluntária ou não, empregada em caráter não exclusivo como
componente da brigada de incêndio, treinada e capacitada em prevenção e combate a incêndios,
primeiros socorros e abandono de áreas, em edificações, estruturas ou áreas de risco, que tenha
formação de acordo com o Anexo B.
Brigadista Nível II: pessoa, voluntária ou não, empregada em caráter exclusivo ou não, como
componente da brigada de incêndio, treinada e capacitada em prevenção e combate a incêndios,
primeiros socorros e abandono de áreas, em edificações, estruturas ou áreas de risco, que tenha
formação de acordo com o Anexo B.
Chefe de Brigada: Responsável por coordenar, orientar e atuar nas ações de emergência na
edificação onde a Brigada de incêndio atue, além de auxiliar o supervisor nas ações de prevenção
contra incêndio e pânico.
Instrutor: profissional responsável pela formação do aluno, regularmente habilitado nos termos
desta Instrução Técnica.
A brigada de incêndio serve para preservar a vida e os bens de uma instituição. É ela que age diante
de situações como as de princípio de incêndio e na prestação de socorro quando ocorrem desmaios
ou outras situações que envolvam a necessidade de atendimento em primeiros socorros.
Uma brigada do tipo funciona de dois modos: na identificação e eliminação de riscos de incêndios e
no combate ao fogo. No segundo caso, duas são as atribuições principais. A primeira é extinguir as
chamas, e a segunda consiste em ajudar os demais indivíduos a sair do ambiente em segurança.
Ações de prevenção
PLANO DE EMERGÊNCIA
Equipe de Emergência é uma equipe formada por profissionais de emergências, pela brigada de
emergência, bombeiro civil e grupo de apoio à equipe de emergência.
Exercício Simulado é um exercício prático realizado periodicamente para manter a equipe de
emergência e os ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de
emergência.
Posto de Bombeiros: é uma edificação e/ou instalações para abrigar viaturas, equipamentos e
pessoal dos serviços de bombeiros.
Salvamento - Resgate Técnico: Procedimento executado por profissional capacitado, com uso de
técnicas, recursos e equipamentos especializados para a localização de pessoas e/ou acesso a uma
vítima em local de risco.
Saída de Emergência é uma saída acessível, devidamente sinalizada para um local seguro.
Sala da Brigada de Emergência que seria um local onde estão disponíveis os recursos materiais e
os equipamentos a serem utilizados em eventuais atendimentos de emergências, que pode ser mais
do que uma sala, com recursos específicos para cada área, localizado de forma a permitir o melhor
tempo de resposta para o atendimento em todas as áreas da planta.
Sala de Segurança contra Incêndio seria um local onde se localizam os painéis de comando dos
diversos sistemas de proteção contra incêndio e emergências, sistema de detecção de incêndio,
sistema de comunicação, sistema de monitoramento por câmeras de vídeo, sistema de controle de
elevadores, sistema de chuveiros automáticos, além de outros.
NBR 15219 - Esta Norma especifica os requisitos e procedimentos para a elaboração, implantação e
manutenção de um plano de emergência contra incêndio, para proteger a vida e o patrimônio, bem
como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.
Referências Normativas:
Suporte Avançado de Vida (SAV): procedimentos com técnicas invasivas e equipamentos
específicos para manter e/ou restabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico,
executados exclusivamente por profissionais oriundos da área da saúde.
Suporte Básico de Vida (SBV): procedimentos com técnicas não invasivas e equipamentos
específicos, incluindo desfibrilador externo automático, para manter e/ou restabelecer os sinais
vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico, executados por pessoas ou profissionais capacitados.
Vítima seria pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de dano, lesão ou morte.
O plano de emergência deve ser elaborado formalmente por uma equipe multidisciplinar, liderado
por um ou mais profissionais especializados.
Rádio: Geralmente, utiliza-se o transceptor, que recebe e transmite a voz dos operadores.
Tipos de rádios:
Para evitar a sobrecarga do equipamento, emprega-se o código “Q”. Esse código simplifica as
mensagens, garantindo rapidez na comunicação, sem perda da confiabilidade e da clareza das
expressões.
Cuidados na Recepção/Transmissão
NBR 14561 - Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate. NBR 14608 - Bombeiro
civil – Requisitos e procedimentos.
BIOSSEGURANÇA
Todas as medidas de segurança e todas as ações que busquem a proteção no dia a dia, são atitudes
de Biossegurança.
O principal objetivo da biossegurança é a redução dos riscos ocupacionais em ambientes que podem
trazer danos severos para a saúde. Muitas vezes, envolvem sequelas irreversíveis que podem trazer
consequências negativas para a qualidade de vida dos colaboradores envolvidos.
A biossegurança é um conjunto de medidas tomadas para garantir que não haja contaminação de
pessoas, materiais e equipamentos no local onde se desenvolvem as atividades profissionais. Essas
medidas atuam diretamente na contenção e eliminação dos riscos de exposição, priorizando a saúde
humana, animal e o meio ambiente.
Além disso, as principais normas da biossegurança incluem: Orientação a respeito do uso dos
equipamentos fora do ambiente laboral. Orientação sobre não abraçar pessoas ou carregar crianças
utilizando os equipamentos de trabalho. Orientação sobre a importância de higienizar as mãos
constantemente.
Contudo, a biossegurança também está presente em locais onde a tecnologia moderna se encontra,
como hospitais, indústrias, laboratórios de saúde pública, laboratórios de análises clínicas,
universidades, hemocentros, entre outros.
A biossegurança possui papel indispensável na saúde pública, tendo em vista que baseia-se também
na conduta de isolamento social, qual faz-se de suma importância para evitar a contaminação e
propagação de doenças altamente infecciosas.
Nesse período, a informalidade nos contratos laborais era grande, e foi em virtude deste quadro que
o governo brasileiro, signatário de várias resoluções da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), se viu obrigado a tomar uma iniciativa para reduzir os altos números de acidentes.
Todas as empresas que possuem empregados sob o regime da CLT devem seguir as Normas
Regulamentadoras. Isso inclui empresas privadas e públicas, órgãos públicos da administração
direta e indireta e também os órgãos dos poderes legislativo e judiciário.
As NRs têm o intuito de orientar as ações dos empregadores para tornar os ambientes de trabalho
mais saudáveis e seguros. Elas promovem e preservam a integridade física do trabalhador,
estabelecem a regulamentação da legislação pertinente à segurança e medicina do trabalho, além de
instituir políticas sobre esses assuntos dentro das empresas.
A elaboração/revisão das Normas Regulamentadoras (NR) foi, durante um longo tempo, realizada
pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que coordenava os debates para alterações na
legislação com comissões e grupos formados por representantes do governo, empregadores e
empregados.
As medidas de Biossegurança envolvem diferentes riscos e podem prevenir danos ergonômicos,
químicos, psicológicos e biológicos, por exemplo.
A ação foi feita considerando o disposto no artigo 200, da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT), com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977.
Todas as normas devem ser seguidas à risca, caso contrário a companhia pode sofrer sérias
consequências. Elas variam desde ações reclamatórias e ações civis públicas até o pagamento de
multas e despesas com tratamentos médicos:
Responsabilidade Administrativa;
Responsabilidade Trabalhista;
Responsabilidade Previdenciária;
Responsabilidade Civil;
Responsabilidade Tributária;
Responsabilidade Criminal.