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Nos humanos já é algo difícil de tratar, mas em animais ainda mais porque nem todos
entendem que existem níveis distintos de bem estar e saúde mental.
Cenário e interfaces, relação de saúde mental e comportamento, cérebro x saúde mental, etc.
A depressão cresceu muito, em média 20%. Provavelmente a doença mais incapacitante desde
2020, na pandemia e pós pandemia.
Isso nos leva a pensar que cães e gatos que convivem intimamente conosco, é possível que
fiquem imunes ao processo de sofrimento mental? Devemos levar em consideração pois
estamos criando relações mais intimas com eles. Nunca visto antes na história.
Por enquanto só se tem qual o benefício dos animais na vida das pessoas, porém o contrário
não se fala muito. Inclusive os estudos sobre saúde mental animal ainda são pequenos e
complexos. Não é novidade pois esse antropocentrismo ainda existe muito na literatura, o que
é normal. Acredito que isso é equivocado porque podemos ver uma objetificação dos animais,
tornando os animais um objeto de uso, especialmente de pessoas que precisam de ajuda por
conta de seus comportamentos disfuncionais, e naturalmente começa a cair uma carga em
cima dos animais, que também são indivíduos complexos e cheios de necessidades.
Estudo de 2020, que trata da mente canina, nesse artigo considera questões sobre saúde
mental dos cães. Vai discorrer em vários assuntos especialmente sobre a mente.
Foram usados exames de ressonância magnetica para mostrar quais as estruturas do cérebro
são acionadas em diferentes contextos. Onde o cérebro mostra diferentes mecanismos e
métricas, podendo ter diferentes níveis de processamento, indicando possíveis relações com
saúde mental e funcionalidade do próprio cérebro.
As pesquisas antes eram moduladas nos primatas focando na saúde mental dos humanos ou
desenvolvimento de fármacos, saúde mental x psicofármacos. Nos últimos 20 anos mudou,
pois o papel dos cães e gatos tem se intensificado pois hoje tem relevância de membro da
família. A dinâmica familiar não é mais objeto útil apenas, é um indivíduo, o que fez evoluir a
preocupação das pessoas em relação a saúde mental dos animais.
Não basta ter uma casa, essa pseudoproteção não impede que tenham alterações na saúde
mental dos animais. Afinal o que eles precisam de verdade?
A rapidez de recuperação após desafios de estressores físicos sociais ou por doença é aptidão
evolutiva... associar com socialização desde bebês. Sabe que o estresse vai passar, ele vai
voltar pra casa e tudo vai ficar bem.
Capacidade dos animais em lidar com perturbações de curto prazo em seu ambiente.
Saúde mental: condição de ser saio mental e emocionalmente, caracterizada pela ausência de
doença mental e por ajustes adequados a vida.
- causas de ansiedade em animais: ficar em casa sozinho por longos períodos de tempo,
interações sociais instáveis com outros animais ou humanos, incapacidade de expressar
comportamentos normais da espécie, falta de controle e imprevisivilidade no dia a dia (não
saber se coisas legais vao acontecer, estão acostumados com tedio – estresse crônico)
Não naturalizar medo e ansiedade como sensações normais na vida do individuo. São questões
que precisam de intervenção para um bom funcionamento orgânico.
- desafio: entender a motivação da recusa (pq o gato não quer dividir comida ou esta evitando
o colo sempre?) *respeito ao desejo do individuo.
Não reduzir o animal ao que ele faz.. pois ele sente e pensa!
Comportamentos = soma de fragilidades dos tutores, das famílias onde estão inseridos, junto
com as fragilidades do animal. É baseado no próprio animal, suas primeiras experiencias,
socialização, genética, treinamento e eventos traumáticos.
No caso dos gatos, ainda pouco se sabe das emoções e sentimentos. Os estudos com cães são
mais avançados.
- tem relação com a capacidade do animal de funcionar bem num ambiente ou outro aspecto
da vida estressante. Como mergulhar se a pessoa tem medo de agua e não sabe nadar? Isso
está acima da capacidade cognitiva do animal.
Colo para gatos = está acima da capacidade de tolerância d animal, contaminando a relação e
interferindo na saúde e bem estar do animal.
São problemas comportamentais apenas na visão dos tutores. Para os animais isso é
totalmente normal.
O tutor vai se queixar daquilo que incomoda ele... chama-se sinais produtivos. Os sinais que
não incomodam, que são improdutivos, não têm atenção do tutor. Mas muitas vezes é algo
importante de se observar, principalmente pela saúde do animal.
Exemplo: lambedura excessivaou morder coisas: se morde a si, não tem problema. Se morde o
carregador, tem problema.
Questões invisíveis para o tutor mas não podem ser invisíveis para os comportamentalistas.
As questões físicas e comportamentais não podem ser isoladas... pois ambos são gatilhos para
problemas emocionais.
Por exemplo: eliminação errática tem relação com infecções urinarias, disfunções metabólicas
como diabetes, ou ansiedade (interfere na percepção lógica)
Eliminação por ansiedade tem relação com causas comportamentais: ansiedade por
separação, fobia a ruídos (máquina) ou tempestades, inabilidade ao acessar as caixas, queixas
sociais (conflitos).
Nós como profissionais não somos responsáveis pelo resultado final, o desfecho final vai
depender de varias coisas: ambiente, comprometimento dos tutores, terapias farmacológicas,
questões sociais, rotinas incertas, acompanhamento veterinario... nós não decidimos nada. A
decisão é do tutor, mas se fizermos todas as técnicas conforme abordagens dos tutores... se
mesmo assim as queixas não melhoraram, algo está acontecendo que está falho. Ambiente
toxico... sugere-se um lar temporário para se observar se as queixas melhoram.