O documento discute modelos de depósitos minerais, incluindo sua classificação, desenvolvimento e aplicações. Aborda diferentes tipos de modelos como descritivo, genético e de teor/tonelagem. Destaca a importância dos modelos para a prospecção mineral e como a tecnologia vem aprimorando sua elaboração e uso.
O documento discute modelos de depósitos minerais, incluindo sua classificação, desenvolvimento e aplicações. Aborda diferentes tipos de modelos como descritivo, genético e de teor/tonelagem. Destaca a importância dos modelos para a prospecção mineral e como a tecnologia vem aprimorando sua elaboração e uso.
O documento discute modelos de depósitos minerais, incluindo sua classificação, desenvolvimento e aplicações. Aborda diferentes tipos de modelos como descritivo, genético e de teor/tonelagem. Destaca a importância dos modelos para a prospecção mineral e como a tecnologia vem aprimorando sua elaboração e uso.
O documento discute modelos de depósitos minerais, incluindo sua classificação, desenvolvimento e aplicações. Aborda diferentes tipos de modelos como descritivo, genético e de teor/tonelagem. Destaca a importância dos modelos para a prospecção mineral e como a tecnologia vem aprimorando sua elaboração e uso.
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Resumo Modelos de Depósitos Minerais (Cap.
17) - Figueiredo, 2010
Marcelo Canals Meucci
O capítulo discute o conceito de modelos de depósitos minerais e a sua
aplicação prática e teórica no campo da prospecção de minérios. A modelagem de depósitos apesar de ser uma técnica milenar, ela cresceu em importância a partir da década de 80, com os avanços tecnológicos, principalmente na área da informática. De modo geral, o conceito de modelo de depósitos minerais é a organização das informações sobre uma ocorrência, classificando em diferentes tipos com base nos seus atributos essenciais. Cox, Barton e Singer em 1986, sugeriram uma classificação de modelos de depósitos minerais (MDM), com base na litologia das rochas hospedeiras e no posicionamento tectônico. Eles explicam que esses atributos, são mais aparentes ao geólogo durante o estudo de uma região e a confecção do mapa geológico. Para sustentar a sua classificação, os autores compilaram essas feições em diversos depósitos no mundo. Os MDM, desse modo, possuem diferentes graus de desenvolvimento, um depósito muito conhecido e estudos e que ocorre em diversas localidades será bem mais desenvolvido que um MDM que ocorre em uma localidade restrita sob condições geológicas incomuns. Existem diversas propostas de MDM, serão apresentadas as mais comuns, entre elas modelo descritivo e genético, modelo teor/tonelagem, método DPC de elaboração de modelos integrados e os modelos de probabilidade de ocorrência. Em um modelo descritivo, o estudo sobre o depósito permite reconhecer atributos diagnósticos/essenciais, mesmo que as relações entre eles sejam desconhecidas. A partir de descrições de depósitos, é possível definir o tipo do depósito e os critérios diagnósticos. Já em um modelo genético, esses atributos essenciais estão inter-relacionados por meio de um conceito teórico. Para este modelo encontramos muitas vezes uma dificuldade relacionada à insuficiência de informações geológicas. O método DPC (data-process-criteria) tem como objetivo induzir os geólogos a raciocinar sobre os processos que podem ter sido responsáveis pela presença das feições diagnósticas. O método envolve criar uma estimativa do grau de necessidade e de suficiência das feições. Por exemplo, segundo Adams (1985), a necessidade é alta, se a feição ocorre comumente ou consistentemente; intermediária, se aparece em alguns casos; e baixa, se ocorre apenas raramente; O modelo teor/tonelagem usa como base os dados de teor e tonelagem da literatura e bancos de dados para comparar em um gráfico diferentes tipos de depósitos. Desse modo, é possível estimar uma probabilidade, depósitos com um teor de minério muito alto por tonelagem, são mais raros comparado com depósitos de teores baixos. A aplicação de sensoriamento remoto em modelos de depósitos tem sido de grande auxílio, e já está presente em algumas empresas e centros de pesquisa. O sensoriamento ajuda no mapeamento geológico e na identificação de falhas e zonas de cisalhamento, assim como morfoestruturas e contatos entre litologias. A tecnologia está em constante evolução, e a geologia, neste caso a geologia econômica precisa evoluir junto. Os modelos de depósitos minerais precisam se adaptar ao progresso na área da informática. Por exemplo, dados geológicos antigos podem ser processados em softwares atuais. Isso agrega valor, pois esse dado, que antes poderia ser uma informação solta, agora pode virar uma informação geológica aplicável e interligada com outras informações. Outro exemplo é a capacidade de interação nos softwares de GIS onde é possível ter uma mapa geológico, geofísico, topográfico, imagem de satélite, fotoaérea, entre outros. Normalmente a elaboração de MDM começa em países desenvolvidos, devido a facilidade de acesso a computadores poderosos, banco de dados, investimento, laboratórios. Mas em países em desenvolvimento, é extremamente recomendada a utilização e a criação de MDM, pois auxilia na criação de modelos que podem ser base para outros depósitos ao redor do mundo, além de otimizar a mineração. A enorme variedade de modelos de depósitos, permite definir quais modelos são mais úteis para determinados campos, por exemplo, para a exploração mineral os modelos mais úteis são os descritivo-genéticos, teor/tonelagem e de probabilidade de ocorrência. Para a previsão de suprimento e planejamento do uso e ocupação do solo, poderão ser utilizados estudos quantitativos sobre a potencialidade mineral da região. O modelo de probabilidade de ocorrência e modelos espectrais oferecem para a indústria mineral uma base científica segura e rápida para o descarte de áreas e consequente economia de recursos. No ensino de geologia econômica e prospecção, os modelos considerados mais importantes são os descritivo-genéticos e o de quantificação de processos. De modo geral, todos os modelos podem e devem (se possível) ser utilizados para orientar a pesquisa científica, com destaque principalmente para os modelos descritivo-genéticos, teor/tonelagem e de quantificação de processos. No mundo atual, mesmo com um grande arsenal de tecnologia que nos ajudam a criar modelos, ainda precisamos contar com o básico, a bússola e o martelo. Pois sem um, não temos o outro, dependemos ainda de métodos convencionais, para obter dados e através dessas tecnologias (laboratórios e softwares) transformar estes dados em informações geológicas que vão no final do estudo, formar um modelo de depósitos minerais.
Referências:
Figueiredo, B.R. (2010). Modelos de depósitos Minerais. In: Minérios e Ambiente.
Editora Unicamp, 1ª reimpressão, Cap. 17, p. 307-322.
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