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E Rod Re e E: Hemus

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e Rod re e E

Hemus
Tradução
Eng? RAUL PERAGALLO TORREIRA
Revisão Técnica e Colaboração
Eng? Manoel Simões de Almeida
Luzia Delgado Mendonça
(Tradutora técnica)
Nilza Agua
Supervisão
Maxim Behar
Editor da Edição Brasileira
ELI BEHAR

Título original:
PRINCIPLES OF REFRIGERATION

O Copyright by Carlo Gabri


O Copyright 2004 by Hemus

Todos os direitos adquiridos


e reservada a propriedade literária desta publicação pela

HEMUS LIVRARIA, DISTRIBUIDORA E EDITORA

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Impresso no Brasil / Printed in Brazil


Massa e densidade sms» prermm a a sro a cin la Té EG A E 6 a
PeSO CSPENÍÍICO ;s pmem is VEBRiISDESGILTRERS
ELE VEGAS O DE
Massa e volume da relação de escoamento. . ......cccccccccccc
Velocidade CACOMO sas cr mma casei i id S TEA E tod a DES m
ACEICRAÇÃO: essas ERESTEADNTANA E CEDER EA NNE RAE
Aceleração da gravidade . . ...ccccllcccc
POICA sms dA DUO edad Sida oa as o ceia reis E ce SS E E E DS GT
De susana
Da LAT RE SRA guia AS AEE da di
Pressão atmosférica ......ciccccscscrcesceceressa cascas
BALONCÃTOS. pegas é do qua to ve dorso cs to em sob tecer tsc ci a DE DD E TD E
Manometros depressão . ssznnmnma FIERITARSARMST TG É ME Ed
ManOMEOS sa ns ESA PESERBNELS DECO RSRS RA DA NEM Ed
Manômetros de tubo de Bourdon ......iccccccccccsccra
Unidades e fatores de conversão .......cicemcccmnamEcac asma o
Pressões absoluta é manométrica sus sz mmmzztesinmm
a aa mina Ea
TIADAIÃO . cumssto BED TI RENAL am nro maus gr; misto EEE
Polendia sapos rs mma cmo mimmnis di mun dass a Ea
EnCrDiA, pmmccsmGEER SEMEIA RE E MS DIM Ad
Eneigia CHGbiCa. .scmnpmssreRaES DMR SS EM EEE Rs MME AE
Eneigia potencial. mes sc eme. e mm rob REGE TAS A E ao
Energiaextermatotdl. wa: camas stigaRSs EE EDS ESSE TA RE
Leida conservação da CENergiã . wussascsmmgs
Dee ca REA a
Equivalentes do Sistema Métrico (SD) ......ccccccccccicicca
ProblemassualS sans semnmnasarsmmÉTs
EEE EO di
Problemas:MéticoS asas nESSESINISESLESDNEETA
DARE

2 — Matéria, Energia Interna, Calor, Temperatura

CO asa e ps bite do 6 fe do vendo as Desci rr LEBEDETDE DT E (ENO li a dd ad


Materia emolêias .szzsnSBLNEAESLDEBRESS MERAS SRA
Eneida mitoida ssvsrepensanseres somem care bE AESA
Enerpia cinética interna . ce cacume cen EEE ER DO a dA
Estados da Maténid , ssemugi SUMA ER FE MEME RE DS CA
O efeito do calor sobre o estado de agregação .......ccccccccccc.
Energia potencial inteha ..s.isnnacdisicsadszisimmama dad ams
OlestadoSONdO » uu: s PREGIIFESOO
LL RSS E RR RM E DES PRE
OestadoliquidO sszimmbsrsmemmeuccacmmdEikbzkama
E ço
O estado gasoso ou estado de vapor ......iccccccccccccccrcaa
CEMPealiA anssimamemicômgeecamamgwsa=sa mid Des mina
LermOMmettos sms iss semi ao o Mid ES BA TÁ rir 6
Temperatura absoluta a.sesisnapnITANHTURE
SO passa mesmas
Direção e regime de transmissão do calor ........ccccccccsccrcaãs
Métodos de transmissão de calor .......c.cunccccraanmiara cms
Condução sasmsscsmiBESnANOEE ES VANESSCSSHEASA LEME
COnVecçãO s » ps raça Sds EB] RO DS GD O TS ce cA O]
RRACAÇÃO: rs sm um gs 8) veta tra dog az 2 os o cs a 0 oo oc SS 2 SS LR É
Unidade termica batânica BD sspnensssicanEssCSPaDA DERA EE
Calor GSPocÍÍicO sesrEtiPs STEELE
ENS EDS CU RO A
Cálculo da quantidade de calor . . ....ccccccccccccc ca
Calor-sensivel e calorlatemte ....cccunscenns Di TERCTE EE TES E
Calor sensivel deum sólido ss szznsninPRELIDIELADR EAR FE
Calor latentedB SÃO: sp o meg me semagprs 2 pas CB ap om SS E DI
Calor sensível do líquido .....c.ccccccccceernisarrer rama sa
Temperatura desaturação ss arsams LETERADINEL
ESA LELERAS PE
Calor latente de vaporizaçãOo asssprsesreees
pus rama mg» 45
Superaquecimento — O calor sensível do vapor... .. cc ccccccccccc
ErabalhoEXiemo .... names netas» med TERESATER
Equivalente mecânico da energia . sawsssznmevremabiga guris
Equivalentes do Sistema Métrico . .......cccccccccccce
Problemas usuais ........cccclcclccc aerea
Problemas mÉlicos sizasiszBaNILAGARASLEEEANILLIAREE
TES

3 — Processos com Gases Ideais

Efeitos do calor sobre o volume ......iiccccccccccccccce


Expansão desôlidose líquidos . ass csaumagcartoa
Forma d 4d
Relações: pressão — temperatura — volume dos gases ........c.ccccccc..
Processos a pressão constante... .....cccclccccccccrcc
case
Relação pressão - volume a temperatura constante . . ......ccccccccco.
Relação pressão - temperatura a volume constante... .....ccccccicccos
Lei geral dOS Bass ...mmeme came rc mms cs kda içiamamsmErs a
Propriedades de alguns gases. .zsmmazzs mem ESSEMINM ESA md aja
Trabalhoexterno ........ccccccccccc rear
Equação geral da eneigia aniszsmssizimkEamsERAEAMA LE GMERES as
Trabalho externo de um sólido ou líquido ......c.ccccccccccsccce
Gás ideal ou perfeito... ...ccccccccll e aaa
Processos para Bases ideais. sssnmasiginmasa
negada dE EMA A Md
Processo a volume constante .smsszsimmssaro mamaça mma O aid
Processo a pressão constante ........cccccccccccccccceree
era
Calorespeciífico dosfaSeS « szsnestRASESIFIEHENA
AL RI RRRS E VER
Mudança dasenersia-cinética interna ss ams wave ve mp ve mpg é sad
Calor transmitido durante um processo a volume constante ......c.ccccc..
Trabalho externo durante um processo a pressão constante... ...........
Calor cedido durante um processo a pressão constante ........cccciccos.
Diagrama (pV) pressão-volume .......ccccccicccccscere
raras
Processo a temperatura constante ........ccccccccicccicicercs
Trabalho de-um processo isotérmico , ss sunscserazapevemes ga sas
Calor transmitido durante um processo a temperatura constante... ........
Processo adiabático ......cccccccccccece eee na ara
Trabalho de um processoadiabáfico : . a. parssFEEASEANAGE
FATE
Comparação dos processos isotérmico e adiabático ........cccccccco.
Processo politrópico ......cciciccccclcc ea ea
Relações PV'T nos processosadiabáticos. « . sansssassepspassa puma
Expoente de expansão e compressão politrópicas ......i.cccccccccccio
O sistema termodinâmico .....icccccccccccc eee a
Processos termodinâmicos. ........cccccccccccccccce
er
Equivalentes do Sistema MélriCO: . «sus zzzzzanSEERTAS
CEA RR EE
Problemas DSUAIS sz» SERESTA
DES IDR DUE ERRO MU UC DS q TO
Problemas métricos ......ciccccccccccccc
aaa aaa

874
4 — Vapores Saturados e Superaquecidos

Temperatura desatutação «sc szzsugarisanka


Dis GE E DME EA 93
Vaporsiperadleado seesssemuszissÊrRa
TILES ERA CSS EE 93
Líquido subresfriado . . ....cccclc Das mm ad Ega md 93
O efeito da pressão sobre a temperatura de saturação .......cicccccccco. 94
VapORZaÇÃO « e e mmmnmo a mmmses med DO DS ME RIO É E Ddr a 96
EVapOraÇãO pznaasiaUEESLEE Da a mms Dad RLL ANE Rs DÊ ds É 97
Repime de VaporiZação: ssssmiveprEgIFERHEEIL
ERES E rap 97
O efeito resfriador da evaporação .......cciicccciiccccca 98
Misturas de líquido - vapor confinadas... ...cccccccccccccca 98
Sublimação .senapacgueans sos ENM EUES EEVEMLDEDASAAS 100
Condensação: a ss isa neem curso cer 105 o 00 cas ou seno cm CA ST o TO DÊ 100
Condensação pela extração de calor de um vapor saturado .......ccccc. 100
Condensação pela elevação da pressão de um vapor ......icccccccscios 100
Temperatura Crítica o use emu ese e mae maca a CE e 6 E 101
PrESSÃO QUICA apsrnnsRsPURLNE LDA RESSACA DDS RA A dA 101
Propriedades importantes de gases é vapores pussue was sagas a RSS Gs 101
Entalpid. spa ad came umano mms e STEPS 101
ENHODA ; sms steam RE does dem rimm Ar dba E O É 103
Tabelas de vapor cansar FIKADESC ES BANS RS 6 106
Propriedades de fluidos saturados ......icccccccciciccca 106
Vapores superaquecidos . .......cccccccclic ce 108
Propriedades das misturas líquido - vapor . .....cccccccccicsc Wi
Equivalentes do Sistema Métrico ......cccccccccccccs 142
Problemas usuais .......lccccccccl e ae 113
Problênias MmÉÍNIcOS .suumziznigEsizaAmEs
HiFi MSC Rh Em 114

Composição doar ..sesmssszappugassemErI


CER 135
Lei de Dalton ou das pressões parciais... .. cc cccccccccicc a 115
Temperatura de ponto de orvalho .......ccccccclicc 116
Conteúdo máximo de vapor de água . cc ccccccccccie 116
Umidade absoluta ......ccccccccclc a e 121
Umidade relativa spa rr: regUHILESA
Sd Tag RAE MES DP Ride 122
Taxa deumidade ss ssusaas e BSEFETICFEHAM IL ESB E DE HS 123
Taxa de saturação .....ccccclccccc ae a 24
Temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido... .....clcccccccc 124
Conteúdo de calor ou entalpiadoar .. ......ccccciciccs 126
" Calorsensível doar ....ccccccccccccca Rd e Rs PEN SEAS 127
CaloriatentodO a psp rrENOPUACEDELISDEA
ATER RNETADA PRA 128
Calortolal dO dr .sesesese raças po ger RED DAS Ha ad 13
Temperatura BU como um índice de calor total .......cccccccccccc. 133
ATDAdIÃO sus mB UESTTRAÇISSEDASDRCSI
DHLÁECIES DARE 134
Diagramas psicrométricos . ......cccccccccccc aa 135
Processos PSICIOMÉÍNICOS zssiragando
fombrsid kim das dA RS 139
Misturas de dE. spmsse ns A PEMESS PIANTE LINHAS E A E 139
Aquecimento sensível .....ccccccescrrumenea cem na ad 141
Fator de derivação da serpentina .. ......ccccccccccccr 143
Processos deretrigeração sensível .smmszsinmmEa
Sra 4 E sad 145
Refrigeração & destmidificação . . «sema re sesmgncas
amu as + Ads 146
Fator de calor sensível da serpentina... .. cc ccccccccccctcr 148
Processos práticos de refrigeração e desumidificação . . . .....iccccicco. 149
Equivalentes do Sistema Métrico . .....cccccccccccc 152
Problemas USUAL ss rsss FEMALI POR IFRRRAS CLP TORS STS 155
Problemas métricos .....ccccccccccicccc
ce era ae 257

6 — A Refrigeração e o Sistema de Compressão de Vapor


Refrigeração .....ccccccccccscs er ea errar 159
Necessidade de isolamento térmico smsszuwumszccsnmmssisemmasas 159
A carga de refrigeração auprrwomeErEBUMTELTEME
E DES ME 159
Os agentes da refrigeração... ...ccccccclcccc
ea 160
Refrigeração por BelO .. cu cs mms e rm Eniê O ill ÉS bo bm E E 161
Refrigerantes: MquidOS sum szsrEmITILEMER FIESTA ES 163
Vaporização do refiigerantê. . ; pum cg pane sa mise yo ami a a aca 164
Controle da temperatura de vaporização .....ccccccicccccic 165
Conservação de uma quantidade constante de líquido no evaporador ........ 165
Recuperação do refrigerante. .spsmsizssaEgssPURRICE
na 7 dé 167
Sistema típido de vapor - compressão .......ccccccccccccccc 168
Válvulas de distribuição ........cccccccclclcilcecaca
ecra 169
Divisão dosistema. .s supasss MEMEIFERHCILSESNE
LP ESSES 170
Unidades de condensação .......ccccccicccccccc era 7
Conjuntos de motor compressor herméticos ........c.ccccccscsicios 172
Definição deum dO saszssnapmErLUSSEICONANELSINEESESS 172
Ciclo típico de compressão do vapor... . . cc ccccccccciccer cr 172
O processo de compressão... ....ccccccccccrcrcr era 175
Temperatura de exaustão .sazimmsisiBEMERILERMEL E ERES 175
Temperatura de-condensaçãO , . sms pmmarra remos Fama sa a 176
Pressão de condensação ......ccccccccsccccecre eres 176
Efeitorefnperante sanmasisrsBsErA SALE EEN REDE md 176
Capacidade do sisteMã a sms cmmmgue sa mimima cc wmuic aos atjnim eso 179
Massa do refrigerante circulado por minuto e por tonelada .............. 180
Taxa de volume-do fluxodovaPOr amu sz: mma rs EDS RMS 181
Capacidade do compressor .....iicccccccccccicccrcraa ar 182
Cálculos MÉtTICOS. . mms emma re nm BESSA Md dE RE 182
Problemas usuais .saunm is BUEN PRERO sE MmmISERAE 184
Problemas métricos ......cccccccccccccc eee aaa 184

7 — Diagramas de Ciclo e o Ciclo Saturado Simples

Diagramas de ciclo . .....cccccccl 187


O: diagramade entalpia de pressão: ssssmemgasrrgmasrr emma dc Es 187
O:ciclo-de refrigeração saturado simples, .emsrsepmsca ros mes cary 191
O processo de expansão ......cccccccciciccccre aa era 192
Oprocesso de vaporizaçãOo .camanisaibsiramgnasI NEAR SSIS E 194
O processo-de COMpPiesSdO « ss ups VBR TIFANSTES RAM ES 195
O processo de condensação .......... r anaa e ee a e 196
Potenciaiteórica rastssandbsitemed FESEGASI ABRA TATA 198
Coeficiente-de eficiência. « : cexmssss cem sara VERDE E 199
Efeito da temperatura de admissão sobre a eficiência do ciclo ............ 200
Efeito da temperatura de condensação sobre a eficiência do ciclo .......... 204
RESUMO gua isbEBAE ISRAEL LT ES RETA TO SERRA SEE 208
Cálculos MÉNICOS , sspsz:sEBEESIS NNE FERE LENTE PR 241
Problemas usuais ......cccccccccccc rear ear ear ea 213
Problemasanéticos: ascarzamemcinminéso BHESEI Lama SRS 214

876
8 — Ciclos Reais de Refrigeração

Desvio do ciclo saturado simples . ......cccccccciccccccscrca 215


O efeito de superaquecimento do vapor de admissão ......iccccciccc. 215
Superaquecimento sem resfriamento útil .....ccccccciccccccrre 218
Superaquecimento que produz resfriamento útil... ..cccccccccccc. 220
Superaquecimento na tubulação de adrnissão fora do espaço refrigerado ...... 222
Superaquecimento do vapor no interior do espaço refrigerado ............ 223
Os efeitos de subresfriamento do líquido ......cccccccccccccccrs 224
Trocadores de calor líquido - vapor de sucção .....icccccccccccreãs 228
O efeito das perdas de pressão resultantes do atrito ......cccccccccc. 232

9 — Exame das Aplicações da Refrigeração

Históriase objetivo daindústria . .ssmmzEEERLISENEMEESNEANA ES 237


Classificação de aplicações access cs sms amam rs cmi sp 238
Refrigeração doméstica ......cccccccccicccs cce 238
Refrigeração comercial, ums spmMRLFIREMESENNEMEREFO AS 238
Refrigeração industrial... cc ccclcicccccccers ease 238
Refrigeração marítima e de transporte... .....ccciciccccccc ca 239
Condicionamento dear .amarssusumLLESEEMELABNMENS E MM E É 239
Conservação de generos :aLIMeNticios a. scene cas mca é missa é 240
Deterioração e apodrecimento .......ccccccccccccccccc ca 241
EnziMAS «ssunnEssISEHESHERNEAS AEK LE SECRI EEE E 242
MiCIOOIBANISMOS »w «cmesmsssswmmccammmasos mem musa ma é o 243
Bactérias... ...ccccclc er a ae ee aa aaa 245
FermentosS::saumzczmaNEKFENEETS EIS DEE AEE TE MI ER 247
PUnSOS. pass mi CRSEFISSEM ISEC EAN CS RPE E 248
Controle de agentes de putrefação ......cccccccccccccccc er 249
Conservação por refrigeração ......ciccccccccsccccrcrra ea 250
Armazenagem refrigerada , ss przmumPrssusassRAmEMA LR RE 6) 251
Asrcondições de-armazenagem: ...mmgasisssgpeasowemesoc a wma es 252
Temperatura de armazenagem ...cicccccccccccc er era 252
Umidade emovimento doar ....sencecsramadicaaadmd PARAM da 253
Ármazenagensmistas .emmsisivmaEZARBEESEEEE LS MNE | 254
Condições do produto quando da armazenagem ......ccccccccccisces 254
Resfriamento ou pré-resfriamento do produto .......cccccccccccco. 255
Umidade relativa e velocidade do ar nas câmaras de resfriamento .......... 256
Resfriamento e armazenagem combinados .......cccccccccccicc. 251
Congelamento e estocagem de congelados. .......cccccccccccecs 257
Métodos de congelamento... ...ccccccccccc 259
Congelamento:por jato dear: ..senmasssspmassIPEMESLs mad 259
Congelamento de contato indireto . .......cccccccccccccc
cr 262
Congelamento de imersão . ......... SERESTA CSS NEM ES 262
Congelamento lento versus congelamento rápido... .....cccccccicc. 263
Materiais de embalagem ......c.cccccccccclc aa ea 264
Armazenamento congelado «sz samusassueEESEFEEREECE RS ma E 265
Refrigeradores comerciais . . . .....cccclccccccc
ares 266
Refrigeradores de acesso imediato .........ccccccccciccrrarras 266
Frigoríficos de acesso a pessoas (Câmaras) ........cccccccccisiccãs 266
Balcões e geladeiras de exposição. . . .....cccciccsccccrrc .. 267
Equipamentos de finalidades especiais... ....ccccccicccccrcrres 269
ReSUMO ssspmNgsiFEMSESSEEMESNAEA CS EE CER SM 270

877
10 — Cálculos de Carga Térmica

A carga térmica... cc ccccccc e a a a a 21


Tempo de funcionamento do equipamento .........cciccccicccicros. 21
Cálculo dercarga tÉRMiCA e à wpmIMR E DU ama ss mia E E luv q 5 Ss iara 273
A carga cedida pelas paredes .....c.cccccicccccscer
ara 273
Alcaradetrocsdea apsrsirzumzsEHMENAFLRERESLEHEEACEEE 274
A carga deproduto : sxme
vs summaes vê emos EE is EE IML EE E 275
A cargamista ....cccccccs a a e ae a aa 277
Fatores que determinam a carga de calor cedido pelas paredes ............ 277
Determinação do fator ascunwmnsiemega
rim Eh MME à PRM 278
Coeficientes de transmissão de calor (U) para câmaras de armazenagem fria .... 280
Condutividade térmica de materiais usados em paredes de armazenagem fria. ... 283
Diferencial de temperatura sobre paredes de armazenagem fria. ........... 286
Diferencial de temperatura entre tetose pisos .......cccccsccccccs. 287
Efeitos da radiação solar... . ...cccclcllcccc erre ra 287
Valores de tolerância para a radiação solar .......ccccccccccccrtes 288
Calculando a carga de calor através das paredes... .....ccccccccscc. 288
Calculando a cargade troca dear sw pas wrmme ssa msm gde mam o q ária quis 291
Calculando a carga do produto ......ccccccccccccce cara 295
Fator de velocidade de resfriamento .. .......ccccccccccicccras 296
Armazenagem e congelamento do produto .......ciccccccccccrccs 302
Calor de respiração... ....cccccccc er en erra 303
Recipientes e materiais de embalagens . . ......cccccccccsccrcaa 305
Calor equivalente de motores elétricos. . . . cc. ccccuccasams
cce ws 305
Cálculo da cargamista .. ..cccccccicccc e a 306
Uso dofator de segurançã. .. ams cunmscipmmnzcr
amam css vá 306
Cálculos da:carga pormétodo rápido .swmmzisimemgrevmmma
cp ww 307
Rendimento de calor da parede . . . Lc cccccccccccccc 309
Cálculos Métricos. . aus zzinkELiFLNESIFESEM ELES NAME NEMO 317
BroblemasiustaiS , pmmassp slim ss img do pane CÊ med Mui ÕO piaui pio 318
Problemas métricos ......ccccccccccccccrca ear aaa 319

Tipos de evaporadores .. .....iccccccclccc re aa 321


“Tipos de construção ....cemssrccrmmmico EESTI pm mad a 321
Evaporadores:de tubo liso. ssmss is EEB IFRS LL PERLA mms 321
Evaporadores de placa . . ....icccccccccc
rara 322
Evaporadorescomialetas .scumecsnnidciSHEdA
ANE EA EM à 327
Capacidadedoevaporador asussissmEgsi
BREDA ESERT IA AME 328
Urou fator de:condiutância total uz cumecorsmms
sa sema sms 329
Vantagem dasaletas .....cccccccclccc ee aa aa a er a e 331
Diferença logarítmica média de temperatura (DLMT) .......cccccccc. 332
Diferenças efetivas médias de temperatura ...icccmeccrcnaccarewses 334
Efeito da quantidade de ar sobre a capacidade do evaporador ............ 335
Área de superfície ...iccccccctccit 336
Circuito doevaporador .swammsianaREsLTEMIAEES MESES NE 337
Métodos de alimentação do evaporador ........ccccccccccccccrea 340
Uso das tabelas de classificação dos fabricantes. . ......ccccccccccc. 343
Diferença de temperatura do evaporador (DT) .......ccccccccccc 343
O efeito da diferença de temperatura da serpentina sobre a umidade do espaço .. 345
Efeito da circulação do ar sobre a condição do produto. . ........ccco.. 346
Evaporadores de convecção natural ......iicccccccccccccerea 347
Montagens de evaporadores com placa defletora ........ccccccicccc. 349

878
Seleção e capacidade de evaporadores de convecção natural .......ccc... 350
Evaporadores de convecção forçada «auzssrasbrzacavzscccaeve dans 355
Seleção e capacidade das unidades refrigeradoras . . . ....icccccccccco. 358
Evaporadores para resfriamento de líquido ......cccccccccciccrs 360
Resfriadores de tubo dnplo susazasnzEiLBRRLL SABRE ES hd EMEA 361
Refrigeradores tipó Baúdelot ss sazumzssenazpr pnserEUR as 362
Refrigeradores tipo tanque ......ccccccccili ee ee 363
Refrigeradores de carcaça e serpentihd sm: zzspasass kansas E 364
Esfriadores de tubo E Carcaçã. ss ssmansssnpenzssunmes sas pad ss 366
Resfriadores de expansão seca .....cciccccisccricitere aaa 367
Resfriadores inundados .......ccccccccclcccc ea 369
Resfriadores PO SPIay samunIZEVAFFSLENNLTECLESNEARA FASE E 372
Procedimento na seleção dos resfriadores . .......cccicciccccrraroa 372
Sistemas diretos e indiretos .......ccccccccisciccc ea 374
Refrigerantessecundários «xs cssERGERITERASIASENEASEL ETA à 376
OANOUTAS - «em sis ps mesmo O a eae EG a E Rm ER GRE SS 376
Propriedades da salmoura pura de cloreto de cálcio .......cccccccccc. 378
Soluções anticongelantes suszzsznbassgENaGALLESMELCA LM 379
Pontos de congelamento de soluções aquosas... ......cccccccccccc. 380
Unidades de atomização de salmoura .....cicccccciciccccccra 380
Problemas usual «su snnmdi anERASI: LEBETE ETTA EEE Md 382

12 — Eficiência dos Compressores Alternativos

Compressores de refrigeração .....cccccccccccc rr 385


O ciclo decompressão . «pus czs UENF ENEEFHARS
REC Mad 385
O deslocamento do pistão . . ...cccccclicciccr cara 387
A capacidade teórica da refrigeração... LL. ccccccccccccccccires 388
A capacidade real:da refiiperação. . ses szrcpasazaii SEMEIA 389
Eficiência total volumétrica... . Lc cccccllcic 390
Fatores que influenciam a eficiência total volumétrica .....cccccccccc. 391
Efeito do espaço morto sobre a eficiência volumétrica ......icccccccic. 391
Eficiência volumétrica teórica .....ciccccicciccictsc a 391
Efeito do aumento do espaço morto , . «su iiiamacirincacaaca eras So
Variação com as pressões de admissão e exaustão .......ccicccicccio. 392
Taxa de compressão ......icccccccccis eee aa 392
Eleitos de trefilação sstzsmwpmi.unDEMArRMSEREEEMadA de me Bs 393
Efeitos do aquecimento do cilindro ,ssszzcsssumnsesgameda nana 394
Efeito de fugas no pistão e válvula ......cccccicccicicca 394
Determinação da eficiência volumétrica total... ....ccccccccccc 395
Variação da capacidade do compressor com a temperatura de admissão . . ..... 396
Efeito da temperatura de condensação sobre a capacidade do compressor ..... 399
Potência do compressor .....iiicccicciccec 402
Variação na potência do compressor com a temperatura de admissão ........ 403
Efeito da temperatura de condensação sobre a potência do compressor . ...... 405
Requisitos reais de potência... . ...cccccicccclcc a “406
Potencia indicada, sw ssncmnmes meme e mm imita co mca ace cm ca 407
Compressão isentrópica versus compressão isotérmica . . . ....cccccccc. 409
Camisa de água no cilindro do compressor ......cccccicccccaecico 410
Compressão úmida . .....cccciccc a 410
O efeito do espaço morto do compressor na potência ..........cccccc. 41
Velocidadedo COMPreSsSOL cepas SEEEERIG TELES NEGRO 411
Eficiência mecânica .....cicccccccclcc aa 411
Efeito do superaquecimento na admissão sobre o desempenho do compressor ... 412
Efeito do subresfriamento sobre o desempenho do compressor ........... 412
Seleção e-capacidade do Compressor . ca nssisigaEaaRAEE
RSS ERAS 412
Seleção de umaunidade-de condensação: amsunsrrssa amas damas 414
Problemas usuais .....cccccccicc e e 416

13 — Equilíbrio do Sistema e Controles de Ciclo

Equilíbrio do sistema ....cccccccccccs 419


Análise gráfica do equilíbrio do sistema . .. «cc cccccicccccc .. 420
Aumento ou redução da capacidade do evaporador .......cciccccccccio. 425
Aumento e redução da capacidade da unidade de condensação . ......cc... 425
Capacidade do sistema versus carga calculada... . .clciccccccs. . 427
Controlesde cido s :spusisiNUEEEFSLEE RI CER 3 EIRRNE FS 428
Controles de acionamento por temperatura . ....ccccccccccccrrrs 428
Elementos sensíveis à temperatura . ....lccccccccccc . 429
Ajuste do diferencidl: ; samps 2 FEGESTIEEHAD
CE CRNA BEER ES 430
Regulação do aleante: «sussa sms a uma ra MS Ip 8 431
Controle do espaço versus controle do evaporador . . . ....lcccciccc. 434
Controles do ciclo acionados por pressão ........ccccccccccccc cc: 435
Controles de alta pressão .....ccccciccccccc 435
Controles de baixa pressão .....cccccccccctcclcc 436
Cornitrolessde dWpIa'pIessão ssscsrinGrIARESEESDLADS ATER 438
OQ ciclo “bomba fora” .appmsss summer ES FEM NES a EE E 439
Variações na capacidade -dosistema ..cscecammss emma mew és 439
Controle da capacidade ......ccccccclcslc e 440
Controle da capacidade do evaporador ......iccccccccccccccc 442
Controle da capacidade do compressor .....ccuscccramecercminies 443
Sistema múltiplo de controle de capacidade .....cccccccccccccct 448
Problemas USUAIS sa scammssrimediichBRSETACUME
ER E R 448

14 — Condensadores e Colunas de Resfriamento

CondensadoreS wa as eugmsÊPEANTE
ESTAR CS MS EE MS ; 451
Carga do condensador ......c.ccccccccccl e a 451
Fatores de rejeição de calor em compressores. . ......cicccccicccccs. 452
Capacidade do condensador. . sswmzssinyaser
ana CE CR mis E à 454
Elevação da quantidade e temperatura do meio de condensação ........... 454
Condensadorestesfriadosaar. ;cesnssisnnassI cana EE REM ES 459
Velocidade e quantidade-de af , ssvesssvrsess emas sa neem E5 462
Seleção e capacidade de condensadores resfriados a ar... ......iccccoo. 463
Fator de correção dealhtude . csuzupza PESA SENNA CA CEU E E 464
Sistemas de condensadores resfriados a água .....ccccccciccccctccs 467
Taxas de SUjelfã.. sa cm eim e mem mm im eim eia o Dm E ELA 6 EE 470
Fatores de-incrustação =Água. ss asszss ENS NVASESERERSI Dea RA 470
Condensadores resfriados a água ......icccccccccs 4n
Seleção e capacidade de condensadores resfriados a água ........ccccc. 474
Capacidades simplificadas . sms sas TU CEE CREED ER RS 477
Torres de resfriamento... ....ccccccccccc e era 47
Projeto de-torre-deTtesfiamento: ,zasszsamAsSADARRESENA ERRA dA A 480
Seleção e capacidade da torre de resfriamento ..........cccccccccto. 482
Derivação do condensador ......ccccccccsccccc
eae 483
Condensadores EVaporativos asus .ninaddBrREECAREERES DARE A 485
Seleção e capacidade de condensadores evaporativos ........cccccccco. 487
Válvulas reguladoras de água .....cccccciicicicc 488
Controles-dó-condensador ... ecc nemmr iniaa EUA MATE ERRA ad 491

880
Operação dC INVEMO ss pague tirangasLE MEN PEMND LES A 496
Resfriadores de circuito fechado: . , wmsu ssa mma so msm o E je as 497
Manutenção da torre e do condensador .......cccciccscctcrc 498
Problemas USUAIS ..ccammncceninsas indicia TES ER 500

15 — Fluxos de Fluidos, Bombas Centrífugas,


Tubulação de Agua e Salmoura

Pressão do fluido .. ....ccccccccccc e 503


Relação coluna = Pressão . sm ester mm mo caris dE a do lo TA) SL a 505
Colunas estática e develocidade .iccuzcmnaSCESHSARACETA CUL dA 506
Relaçoescoluna CNA ssssssENsPEENKSTERDERCS
HC 507
Relação coluna estática - coluna de velocidade em fluidos em movimento ..... 507
Colina de ato .snsintesdat nem SEEBODIDLADN DD A 509
Fatores de correção da queda de pressão cusrsscumesesaiomena
cwcia 513
Bombas centrífugas .....ciccccccccccecc 514
Alturatotal de bombeamento .czrzsaassrusaANMILDEEAO PE SA 516
Determinação da altura total de bombeamento... ......ccccccccccs. 519
Demanda de potência .......cccccccccccc ee 520
Projeto de tubulação de água ........ccccccccccccccerer ceras 521
Equivalentes MÓÍTICOS . ummarsranEgEIAENEASLA
NEM SE SA A sz
Problemas USUAIS au .csumemessa mensais 5d dif 526
Problemas mélMicOs ..szmmsicsenA
Fis anEREsSA RENA EE na 527

O refrigerante ideal... cc ccccccccc ines 529


Propriedades de seglianQãs a ssanpmsriasERSSLPERRARA CEM 529
Sistema ASRE de numeração de refrigerantes ......cicccccccccccct. 530
Propriedades de saturação de refrigerante 12 (SD) .....cccccccccccs. 532
Propriedades de vapor superaquecido do refrigerante 12 (SD... .......... 534
Propriedades do vapor saturado e líquido do R -22 ......icccccccccc. 540
Propriedades de saturação do refrigerante S02 .......cicccclccccccc. 542
Propriedades de vapor saturado e líquido do refrigerante 717 ....cccccc.. 546
Toxigidade eansELISRESECEAZEESEADES E PNSBEE E VPAMERE A 4 549
Flamabilidade e explosibilidade .....ccccccccccciccc aaa 552
Considerações econômicas e outras ......icccccccccccilccc 552
Primeiros Tefrigerantesexistentes, sas name DLSELE LOPES 554
Desenvolvimento dos fluorocarbonos .sssceremsasememcas a wrs és 554
O efeito de umidade .....ccscccnens cama ns ae amina aa e aa 558
Relação refrigerante -ÓlcO: «pssitsuassaranE VASTRE CERs 559
Miscibilidade- do ÓlCO sazmbmiremENARNT ER EMO BSM ML SI 560
Detecção de vazamentos... .....iccccccclc seres 563
AMMONIA! so pandas pniimsiã o cumes cias DEE 564
Refrigerante = 1] sapusmasiSEBNEESEEÇACTE NES E EDGE 565
Refiigeante = 1 sssrenemDanames mr sea ds tuas o 0 ces porn a É 565
Refrigerante = 13 & sms o mim rs armario o E E SAO DE e iq 566
Reliigerante=2D sicunasis DAR ÉMIS SANS LUMA SEAB ad 566
Refiigerante = ld. sis BEBÉ GE BEBE DE ES O E qr Da 567
Refrigerante = 114... ame cs mms o amem cas d mibiis da bm é 568
Refrigerante - 500... mpirc co imeiLLREGITLA
LHE DES E 568
Refrigerante = 502. :. sumi BEBE NEMEN EEE MICO E 3d LI à 569
Refrigerante — 503. cars sand cena mma ssa mn nas ma ae na mão 569
Compostos hidrocarbonados .rszezmsrstupaNFEças
NLM DIE 570
Agentes secantes do refrigerante ....cicccccccccccccccce 570

17 — Controles de Fluxo de Refrigerante

HpÓSe UNÇÃO cuseserseprs ros PLATE LEREM 571


Válvulas de expansão manual... .ccccccccccics 571
Válvulas de-expansão automática. « ss smesrs paes EDEMA TI pá mo 572
Válvula de expansão termostática .....ccicccccccciccccacirrs 375
Válvulas balanceadas externamente .....cccccccccccccccrcrerea 579
Valvulas limitadorasde pressão ss sz zusEsEIREETESS EEMDRE ELE 582
Válvula de expansão com carga de gás... ..cccccccccccccrcccrea 585
Importância das válvulas limitadoras de pressão .....cccccccccccicãs 587
Valyulas de expansão:com carga cruzada «ssuszasrainacracamegoranms 587
Válvulas de descarga múltipla e distribuidores de refrigerante ........cc.. 589
Localização da válvula de expansão .....ccccccccccccccccccc 593
Localizaçãodo bulbo Temo esa cas mms spams
romana Ed mn 594
Localização do equalizador externo .......ccccciccccccrcrera es 597
Válvula termoelétrica de expansão . . «scasicavcaccarimacccieras 598
Seleção e classificação da válvula de expansão ......icccccccicctiãs 599
Tubos cápilates ... cm... cumes ue mms css am nc a mae 6 4 5 Cir 601
Controle de evaporador inundado .....ilccccccccccccccc 605
Controle: de bóia-de baixa pressão: . sssusussssumbacinmgaass sam 605
Válvulas de bóia de alta pressão .....ccccccccccccccccc es 607
Chavede DOM... mms dEIrA ds ad Rami e ba E REA 610
Controle do nível de líquido com a válvula termostática de expansão . ....... 611
Válvulas de controle com piloto ......cccccccccccccccs ea 612
Valvulas solendide pessrremmERISIBES LADA LDE UNS EA d E 617
Controles dalinha desSÚnção .sse.csamesmmscamemscepmmo asas mp 620
Problemausual ......cccccccclclc aerea area 622

18 — Construção e Lubrificação do Compressor

Tipos de compressores... .....iccccclclcc rear 623


Compressores alternativos... .....cccccccccccc erre dra 625
Cilindros ass seek SUHDLISARHTEIEEENELIVI DAS FENER 626
PISTOOS ms a migo ss msm E TS MS DAT Ed 627
Válvulas de sucção e de descarga .....ccccciccsccccctcerrcre 627
Válvulas depatilho (ou tubo) sz zsssesnaspeanpU
ss EES DA DO ma 629
Valvulas de placã deanel .uemszssPRRAFSSLEDELISER CE PEDI 630
Válvulas de flexão .....cccccccccccccccccee area aa 630
Localização davályula « . ssa sune emana nr a Emma mm AD DS a 634
Velocidades:da manivelae-do:pistão » «susamz
sue smasdpesa ssa pes 634
Diâmetro interno e curso ......icccccccccccct ea aa 635
Manivelas, haste e mancais ....cccccccccccc ea 636
Vedações doeixo damanivela saszsusranrarrcaErantmada pas 636
Óleos lubrificantes do compressor .....cicccccccccccccec 638
Estabilidade química... cc cccccccclc e e a a aa 638
Pontos de fluidez, névoa e floco ......c.ccccccccccccccc ra 639
Resistência diclbtriCa. ps ESSES FES EAR VPISCEÇÃ RM RE 639
VISCOMADAS ssa per rs ERREI EAN SED 640
Métodos de lubrificação . ....ilccccccccccc er aa 641
Refrigerante líquido no cárter do compressor ......cccccccccccctcs 643

882
Compressores rotativos .....ccccclccccc 647
Compressores rotativos helicoidais (de rosca) . . . Lc ciccccicccccra 651
Compressores contifUDOS ; spmBsICEBSLISCEREELI MEMES E 655
Lubrificação e construção do compressor centrífugo .......ccccccc. 661
Desempenho de compressores centrífugos .....cicccccccccccccree. 665
Controle da:capacidade: ..sepmszrsVRERELFESETLEL BEE ES EE 669
Máquinas de refrigeração centrífugas .....cccccccciccccccrcãs 669

19 — Tubulação de Refrigeração e Acessórios

Materiais da tUDNIAÇÃO « . cessam seg PRE ELsEmEmRS Sds A 673


Junções de tubo .....ccccccclc e aaa 674
Localização: ;sssmasz::NRRCZSSSREALII NAMES AEE SE E ME 674
Ruídoe vibração ......cccclc 675
Considerações gerais de projeto... cc. ccccclclc 677
Bitola dalinha-de sucção: ;.sunszzsnmEMISSNAMERAFIANNA
SEA 678
Expurgadores ou elevadores de tubo duplo .....ciccccccccccccr 691
Projeto geral da tubulação de sucção... ...ccccccicccccc 692
Tubulação de-descarga ». scsuussrsmnEsESSIREREEERA MEM ERES E 696
Linhas de líquido... cccccccc 698
Tubulação do condensador para o coletor... ....cicciccccccccc 700
Separadores de'ÓleO «css EumBEEIFANEMESISLHNIEIE REM DATE 704
Tubulação de amônia ....ccccciccccccc e 707
Evaporadores halcarbônicos sem retorno de Óleo... ..cccccccccccs 708
Tubulação do cárter para compressores em paralelo .......ciccccccccc. 709
Indicadores de líquido (registros de inspeção) ......iccccccccccccis 709
Desidratadores de refrigerante .....ccccccccccccc 710
PIMOS suesiztmsdosmumlao
comme are mi a A msi O a 71
Valvulas auxiliaresde pressãO: ss sz ss nmssizEMEMETAFNEHMNEHAE dIAZ
Valmilas do tange COÍGIOR . mas smmmsacasuminascsa mma oyo 713
Válvulas para os tubos de distribuição do compressor .......ccccccccc. 714
Válvulas manualS ;smuszs: ASSES AEELTLS haE EE rd 715
ProbleémaásusvaiS asmgscarmmEnsss MISES EANES MS E TAS

20 — Método de Descongelação — Baixa Temperatura, Temperatura Múltipla


e Sistemas de Refrigeração por Absorção

Espaçamento das descongelações . « «sz suma sismEgEssaamEAEERA


ER TI?
Métodos de descongelação .....iciccccicccccctcc 717
Descongelação por água .......cccccccccs 718
Descongelação elétrica» « sssmsgrismaMELSSSEEGSI EEE ERES 720
Descongelação por gás quente ....ccccccccccccc 720
Serpentinas de reevaporação .a.ii.ccmaziziciacitotmnnmncãonã 722
Sistemas de descongelação por apóefitas MbRIPIOS. susaszinBRsgsSrE 722
Ciclo de descongelação inverso .....cccccccccccccic 724
Bateria aquecedora de descongelação .......ciccccccccccccccc 726
Descongelação Vapot ......cccccccclcc ea 427
Compressão em multi-estágios (booster)... .....ccccccccciccca 728
Inter-refrigeradores (Trocadores:de frio). samssesuamizirmEmEMa
ga ES 730
Estágios diretos versus estágios em cascata ......iicccccccciccccta 733
Retorno de óleo em sistemas de estágios múltiplos... .....ccccccccc. 736
Diminuições de carga e controle de capacidade . . ......cccccccccccco 137
Sistema de temperatura múltipla . ....ccccccclcccc 137
Sistemas de temperatura múltipla controlados a solenóide ......ciciccc. 740
Funcionamento de temperaturas múltiplas em sistemas de estágios ......... 742
Ciclo de refrigeração - absorção... .......ccccccccccccccca 744
Combinações de refrigerante - absorvente . . . Le cscscscascarcrcr
ros 746
Sistemas de amônia “água « sz ssssmamssa
can DEE E ga era d 747
Sistemas de água - brometo de lítio ......ccicccccccccccccrrere 748
Sistemas domésticos de absorção... ......ccccccccccsircccaa 750
Sistemas de absorção versus sistemas de compressão de vapor ............ 752

21 — Motores Elétricos e Circuitos de Controle

Motores elétricos . ......cccccccccccccce ceara 753


Motores trifásicos de indução . . .....ccccccccccccc ce 755
Motores trifásicos do tipo gaiola de esquilo... .....cccccccccccrco 759
Motores de anel coletor ou rotor enrolado ..........cccccciccccc. 760
Motores síncronos .......cccccccccccccece rear rea 761
Motores monofásicos ...cccstiemnec CEEREE TRATAR PEA E E 761
Motor de fase dividida . spnzasremEBRECFESNNA EDEMA CO Um nes 762
Motores de arranque por capacitor... ......ccccccciccccccene 763
Motores de arranque e operação por capacitor .........cccccccccre. 764
Motores com capacitor permanente ;emszzcnnsastrumameca emp 764
Motores de pólo sombreado... ......cccccccccc cce 765
Motores herméticos ........ccccccccccccccc cera rara 765
Relê dearame quente .csumsizsamms GRANA EERERE EA 766
Rélês de bobina decorrente ams a srmmmas po minima E SS mine 6 sr dor 107 10) ti 10 766
Relê depotencial ... .. cumes mmmmer o mam SB E CERE 768
Proteção de sobrecarga térmica para motores herméticos . .............. 769
Dispositivos de operação de motores. .........cccccccccccrares 769
Dispositivos de arranque de tensão reduzida .......cicciccccccrrcecs 772
Proteção contra sobrecorrente domotor .........cccccicccccrres 73
Controle de falha de pressão de Óleo... ....ccccccciccccccc rs 774
Controles de travamento .smariznanasicasmasis mamas EM 776

Tabelas sunssé DARE MO E mass 1 rir atom acute RU 781


Soluções dos problemas dados .........ccccccccccccerercrrs 811

884
Prefácio

Este manual é um tratamento sintético, orientado para aplicações do ciclo


de refrigeração mecânica, e equipamentos associados. Muito embora escrito
especialmente para cursos técnicos de refrigeração, a disposiçãoe amplidão
do materiale o método de apresentação são tais que o texto também se
adequa para uso em cursos de treinamento de pessoal ou outros, assim como
em engenharia e auto-instrução.
A despeito de um tratamento cuidadoso do ciclo de refrigeração, não se
requerem aplicações de cálculo diferencial, nem conhecimento prévio de
física ou termodinâmica. Os primeiros cinco capítulos são de natureza intro-
dutória e tratam dos princípios fundamentais da física e termodinâmica, in-
cluindo uma introdução à psicrometria, que são pré-requisitos essenciais para
qualquer estudo abrangente da refrigeração mecânica.
Através do texto, enfatiza-se a natureza cíclica
do sistema de refrigeração,
e cada parte do sistema é examinada cuidadosamente em relação às outras
partes e ao todo. Também se toma cuidado, continuamente, para correlacio-
nar a teoria com a prática, pelo uso do catálogo de dados dos fabricantes, em
muitos dos numerosos exemplose problemas práticos, procedimento tornado
prático pela inclusão de dados de avaliação pertinentes dos equipamentos dos
fabricantes, como parte do apêndice.
Devido à atual mudança do sistema inglês de medidas para o sistema métri-
co (SI), no fim de cada capítulo há uma seção dedicada à repetição, em unida-
des métricas, de todas as relações e cálculos apresentados anteriormente
naquele capítulo em unidades inglesas. Ademais, os fatores de conversão de
um sistema de unidades para outro, junto
com os valores frequentemente usa-
dos, e as constantes para ambos os sistemas de unidades, são enumerados no
fim do apêndice. No fim de cada capítulo, numerosos exemplos e problemas
práticos ilustram o uso destes fatores de conversãoe constantes,
e proporcio-
nam aos estudantes interessados, uma familiarização não só com ambos os
sistemas de medida, mas também com a conversão de um para outro.

Roy J. Dossat

Material com direitos autorais


Prefácio à 12 Edição em Português

Na sua constante preocupação de pôr à disposição do brasileiro de qualquer


nível intelectual conhecimentos que contribuam para o seu desenvolvimento
técnico, a Editora Hemus lançou uma obra dedicada ao problema geral da re-
frigeração, ressaltando, porém, não só o tratamento cuidadoso dos problemas
específicos deste ramo, como o modo simples como são abordados os porme-
nores de fabricação, instalação e manutenção deste equipamento, considerado
atualmente indispensável em todos os países do mundo, seja qual for o seu
clima,
Não podemos esquecer que o problema da refrigeração se estende desde a
conservação de produtos alimentícios ou não, como é o caso dos produtos
farmacêuticos, até à obtenção de um ambiente confortável para o homem.
Estas premissas exigem sempre mais rigor e maior atenção por parte dos
técnicos e, especialmente no Brasil, em que os gradientes da temperatura va-
riam bastante, é um assunto de primordial importância, A técnica brasileira,
com relação a este ramo, está em pleno desenvolvimento, pois é do conheci-
mento geral a diferença de clima entre estados ou mesmo entre regiões, e
está demonstrado que o homem brasileiro, como qualquer outro, produz
melhor ou pior em função do seu conforto no trabalho, em casa, etc.
Atualmente, nos países mais desenvolvidos, a refrigeração está largamente
divulgada e é de uso comum em qualquer instalação: seja industrial, comer-
cial ou doméstica. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, isto não signi-
fica menos rigor na fabricação dos equipamentos. Antes, pelo contrário, eles
são continuamente aperfeiçoados, objetivando-se a precisão e a sofistificação.
Podemos observar que o autor teve o cuidado de iniciar o livro da maneira
mais lógica, isto é, dando os conceitos básicos das grandezas físicas aplicadas
e descrição dos instrumentos mais utilizados e só depois desenvolvendo o
estudo dos equipamentos e sua aplicações. Este aspecto, juntamente com os
inúmeros problemas práticos e tabelas técnicas incluídas e a simplicidade da
linguagem utilizada, permitem a qualquer leitor uma absorção e entendimen-
to fáceis das matérias tratadas, tornando-o deste modo um livro extraordina-
riamente didático. Aliás, outra obra não seria de esperar de um técnico tão
especializado e reconhecido mundialmente como o é R. Dossat. Os numerosos
tratados publicados por ele e utilizados no mundo inteiro bem o testemu-
nham.
Para finalizar, não podemos deixar de fazer uma observação extraordina-
riamente importante! Em toda esta obra é observado o emprego rigoroso de
todas as normas internacionais da refrigeração a que obedecem, obviamente,
as normas brasileiras da ABNT, o que implica a aplicação fácil neste país de
todos os problemas nela equacionados.
Com esta obra, considerada indispensável em qualquer biblioteca técnica,
esperamos ter contribuído, de algum modo, para o desenvolvimento técnico
deste ramo no Brasil.
Manuel Simões de Almeida
Engenheiro
Agradecimentos

A maior parte do material desta obra Ingersoll-Rand Company


é bascada em informação coletada de Kennard Division, American Air Filter
of Company, Inc.
Heating, Refrigerating and Air Condi- Kramer Trenton Company
tioning Engincers”, ec dos seguintes McQuay, Inc.
fabricantes de equipamentos: The Marley Company
Marsh Instrument Company
Acme Industries Inc. Mueller Brass Company
Alco Valve Company Penn Controls, Inc.
Anaconda Metal Hose Division, The Prestcold, Ltd.
American Brass Company Recold Corporation
Bell & Gossett Company Singer Company, Controls Division
Bohn Aluminum & Brass Corporation Sporlan Valve Company
Carrier Corporation Tecumseh Products Company
Controls Company of America Tranter Manufacturing, Inc.
Dean Products, Inc. Tubular Exchanger Manufacturers
Detroit Controls Division, American Association, Inc.
Radiator & Standard Sanitary Tyler Refrigeration Corporation
Corporation The Vilter Manufacturing Company
Detroit Ice Machine Company Worthington Corporation
Dole Refrigerating Company York Corporation, Subsidiary of Borg:
Dunham-Bush, Inc. Warner Corporation
Edwards Engineering Corporation
E. 1. du Pont de Nemours & Company Expressa-se
a devida apreciação a to-
Freezing Equipment Sales, Inc. das essas organizações por suas contri-
Frick Company buições na forma de fotografias e traba-
General Controls Company lhos de arte, e pela permissão para re-
General Electric Company produzir dados patenteados, sem o que
Halstead & Mitchell este livro não teria sido possível.

R.J.D.

Material com direitos autorais


1
PRESSÃO, TRABALHO,
POTÊNCIA, ENERGIA

1-1. Massa e Densidade


A massa (m) de um corpo, usualmente dada em libras
(lb) e o volume
(V) usual-
mente expresso em pés cúbicos (pé?) ou polegadas cúbicas (pol?) são as medidas
primárias da quantidade de matéria no corpo. A densidade (p) define-se como
a massa por unidade de volume e o volume específico (v), como o volume por
unidade de massa; isto é
p=m/V (1-1)
v = Vim (1-2)

A densidade é usualmente expressa em libras por pé cúbico (Ib/pé”?) e o volume


específico, em pés cúbicos por libra (pé?/Ib). Veja-se que p é igual a 1/v, e v é
igual a 1/p. -
Mais adiante será visto que o volume específico e densidade de uma substância
não são constantes mas sim, variam com a temperatura da substância.
Não obstante, na faixa de temperatura com que normalmente se trabalha nas
aplicações da refrigeração, o valor de 62,4 Ib/pé” é conveniente para a densidade
da água e é suficientemente seguro para a maior parte dos cálculos. |
Este valor é próximo do da densidade máxima da água ocorrendo a uma tempe-
ratura de aproximadamente 39,2ºF (4ºC).
A densidade da água diminui até aproximadamente 59,8 Ib/pé* a 212ºF (100ºC)
sendo esta última temperatura o ponto de ebulição da água sob pressão barométrica
normal. Se houver necessidade de valores mais exatos, deverão ser consultadas
as tabelas de vapor, |

1-2. Peso Específico


O peso específico de uma substância é a relação entre a densidade desta substância
e a de outra estabelecida como substância padrão. No caso dos líquidos, a substân-
cia padrão comumente empregada é a água à sua densidade máxima (62,4 Ib/pé?).
Se p,, é a densidade da água, o peso específico
p, de qualquer substância é

p, = É (1-3)
Pw
Dado que o peso específicoé uma relação, aquele não tem dimensões.

Material com direitos autorais


1.3. Massa e Volume da Relação de Escoamento
Quando as quantidades de massa são expressas em libras (lb), a massa da relação
de escoamento expressa-se em libras por segundo (Ib/s), libras por minuto (Ib/min),
ou libras por hora (Ib/h). Em forma similar, quando os volumes são expressos em
pés cúbicos (pé), o volume da relação de escoamento é dado em pés cúbicos por
segundo (pé* /s), pés cúbicos por minuto (pé /min), e pés cúbicos por hora (pé? /h).
Das Equações 1-1 e 1-2, e considerando unidades convenientes, as seguintes
relações existem entre massa e volume ou massa da relação de escoamento e volume
da relação de escoamento.

V
m = (V)(p) Mis (1-4)

y = (m)(v) e E
Onde; m = massa ou massa da relação de escoamento
V = volume ou volume da relação de escoamento

Exemplo 1-1 Água está fluindo através de uma tubulação na razão de 5,6 pés” /s.
Qual a massa da relação de escoamento em libras por segundo (1b/s)?

Solução: Considerando que a densidade da água é de 62,4 Ib/pé” e aplicando a


Equação 14,
m = (5,6 pé/s) (62,4 Ib/pé”) = 349,44 Ib/s

1-4. Velocidade e Regime


A forma mais simples de movimento que um corpo pode experimentar é movi-
mentar-se a um regime constante em linha reta, em cujo caso o corpo se movimenta
exatamente à mesma distância na mesma direção durante cada unidade de tempo
em que o corpo está em movimento,
De um corpo movimentando-se desta maneira, diz-se que o está fazendo a veloci-
dade constante. Note-se que o termo velocidade constante implica uma direção
e um regime sem modificações, enquanto que o termo regime constante implica
somente uma não modificação na taxa de movimento sem considerar a direção
do mesmo.
À velocidade é, portanto, uma quantidade vetorial, e as unidades de velocidade
indicarão apropriadamente a direção assim como também a grandeza, enquanto
o regime é uma quantidade escalar sendo que as unidades de regime indicam so-
mente grandeza.
Todavia, dado que o termo velocidade e regime são usados indiferentemente
e posto que a direção do movimento não será um fator de consideração importante
neste livro, não será feita nenhuma distinção entre os dois termos. Ambos poderão
ser expressos em quantidades escalares.

IO
O regime ou velocidade de um corpo em movimento é a distância percorrida
pelo corpo na unidade de tempo.
Quer a velocidade seja ou não constante,a velocidade
média é a distância per-
corrida pelo corpo, dividida pelo tempo necessário para realizar este movimento;
istoé
$
pe o (1-6)
Onde: »v = a velocidade em unidades de distância por unidade de tempo, usual-
mente pés por segundo (pé/s), pés por minuto (pé/min) ou milhas
por hora (m/h)
s = distância percorrida em pés ou milhas
t = tempo em segundos (s), minutos (min), ou horas (h)
it Um míssil percorre 1 000 pés em 3,5 s. Calcular a velocidade média
em pés/s.

Solução: Aplicando a Equação 1-6,

1 000 pés
v 0 ————
55 = 2857 pés/s

1-5. Aceleração
Os corpos em movimento sofrem frequentemente mudanças de velocidade. O movi-
mento no qual muda a velocidade é conhecido como movimento acelerado, e a
mudança da velocidade em relação ao tempo é conhecida como aceleração (a).
A aceleração pode ser positiva ou negativa, conforme a velocidade é crescente
ou decrescente.
A forma mais simples do movimento acelerado é o movimento uniformemente
acelerado no qual o movimento se dá em uma só direção e o regime muda a uma
taxa constante. Nestes casos, se a velocidade inicial for v,, à velocidade instan-
tânea v, ao final de t segundos será

vo =», + (a)(t) (1-7)


Quando um corpo parte do estado de repouso de forma que a sua velocidade
inicial v, é zero, a Equação (1-7) poderá ser simplificada para
v; = (a)s (0) (1-8)
Então,
"E
ta— (1-9)

' a
ga

»
Do

a =— (1-10)
DL

Material com direitos autorais


Pode ser mostrado que a velocidade média v de um corpo uniformemente
aceler desde a ado
posição de repousoé v,/2.
Portanto, de acordo com a Equação 1-6, a distância s em pés, percorrida pelo
corpo em £ segundos, será

q = COD ( (O) (1-11)


2 2

1.6. Aceleração da Gravidade


O exemplo mais conhecido de movimento uniformemente acelerado é o de um
corpo em queda livre. ,
Um corpo em queda livre em direção à superfície da Terra apenas sob a ação
da gravidade, acelerará à taxa de 32,174 pés/s por cada segundo em que o corpo
está caindo.
Este valor é conhecido como aceleração padrão da gravidade ou constante gravi-
tacional universal (g,), sendo o padrão usado para a aceleração local da gravidade
(g) ao nível do mar.
Dado que o efeito da gravidade sobre um corpo diminui quando a distância
entre o corpo e o centro da Terra aumenta, resulta que a aceleração local da gravi-
dade depende da altitude e, posto que a Terra é abaulada no Equador, variará
pouco ao nível do mar a diferentes latitudes.
O valor dado é para uma latitude de 45º sendo no entanto suficientemente exato
para os cálculos de rotina em qualquer latitude.

Exemplo 1-3 Uma bola de aço possuindo uma massa de 0,21 Ib e partindo de uma
posição de repouso,é lançada em queda livre do topo de um edifício para o solo.
Se o atrito do ar for desprezado e o tempo transcorrido for de 3,5 s, calcular
(a) a velocidade da bola no instante do impacto com o solo e (b) a altura do edifício
em pés.

Solução: Aplicandoa Equação 1-8,

v; = (32,174 pés/s?) (3,55) = 112,61 pés/s


Aplicandoa Equação 1-l1,

js Cita tio 197,1 pés


1.7. Força
A força (F) é definida como um impulso ou uma tração. É tudo aquilo que tem
tendência a pôr um corpo em movimento, fazer com que esse movimento cesse ou
ainda mudar a sua direção. Uma força pode também mudar o tamanho ou forma

12

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de um corpo. Isto é, o corpo pode ser deformado, torcido, dubrado, alongado,
comprimido ou, em geral, torcer-se pela ação de uma força.
A unidade de força mais comum é a libra (lb)* . Matematicamente,a grandeza
de uma força é proporcional à razão à qual a força produz a aceleraçãode uma
dada massa; ou seja,
F = (m)(a) (1-12)

Onde: F = força em libras


m = massa em libras
a = ataxa de acele
em pés
ração
por segundo - segundo (pés/s?)
De acordo com a Equação 1-12, a força de 1 lb foi definida como a força que
leva uma massa de 1 Ib a acelerar
a uma taxa igual à aceleração padrão da gravidade
(32,174 pés/s*). Por definição, 1 Ib massa exerce 1 Ib de força gravitacional (1 Ib
peso) em qualquer lugar onde a aceleração local da gravidade (g) seja igual à acele-
ração padrão (g .), uma suposição que pode ser feita para a maioria dos cálculos de
rotina.
As equações abaixo definem as relações entre força, peso e massa.

]
F =-—ma (1-13)

Ve— me l
(1:14)
Ec

Bc
m = -—-W (1-15)
g

W = Em (1-16)
8c
Onde: F = força emlibras
W = peso (força gravitacional) em libras
a = aceleração em pés segundo-segundo
g = aceleração local da gravidade em pés segund do
&. = constante gravitacional universal (32,174 pés/s?
Note-se mais uma vez que, quando g é igual a g,, o peso ou força gravitacional
(W) em libras é numericamente igual à massa (m) em libras, Por esta razão massa
e peso são, com freqiiência, usados indiferentemente no sistema inglês de medidas.

* Embora a força, tal como a velocidade, seja na realidade uma quantidade vetorial, será
considerada como quantidade escalar devido aos objetivos que este livro se propõe alcançar.

13

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Le
1-8. Pressão
Pressão é a força exercida por unidade de área. Pode ser descrita como a medida
da intensidade de uma força em um dado ponto da superfície de contato, Sempre
que uma força seja distribuída igualmente sobre uma área dada, a pressão será a
mesma em qualquer ponto da superfície de contato e pode ser calculada dividindo
a força total exercida pela área total sobre a qual a força é aplicada. Esta relaçãoé
expressa pela equação

dada (1-17)

Onde: p = pressão em unidades de F por unidades de 4


F = força total em qualquer unidade de força
A = área total em qualquer unidade de área
Como indicado na Equação 1-17, as pressões são expressas em unidades de
força por unidade de área, normalmente em libras por polegada quadrada (Ib/pol”)
ou libras por pé quadrado (Ib/pé”).
Será visto mais adiante que as pressões são expressas também em função da
altura de uma coluna de fluido. ;

Exemplo 1-4 Um tanque retangular medindo 2 pés por 3 pés na base está cheio
até uma profundidade de 6 polegadas, com água cuja densidade é 62,4 Ib/pé”.
Determinar:
(a) A força gravitacional total exercida sobre a base do tanque, em libras.
(b) A pressão exercida pela água sobre a base do tanque em libras por pé quadrado
e libras por polegada quadrada.

Solução:
(a) Considerando que a aceleração local da gravidade (g) é igual à aceleração
padrão da gravidade (g,), a força gravitacional (W) é numericamente igual à
massa (1). O volume da água é 3 pés?(2 X 3 X 0,5). Aplicando a Equação 1-4
m = (3 pés?) (624 Ib/pé?) = 187,21b

(b) Aplicando
a Equação 117
- 187,2 lb = 2
p é pés? 31,2 Ib/pé

ou

31,2 Ib/pé?
eisje
na 0,217 Ibfpol 2

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1-9 Pressão Atmosférica
A Terra está rodeada por um invólucro de atmosfera ou ar que se estende desde a
superfície da Terra até uma distância de SO milhas ou mais. Posto que o ar tem
peso e está sujeito à ação da gravidade, este exerce uma pressão que é conhecida
como pressão atmosférica.
Imaginemos uma coluna de ar de 1 pol? de seção transversal estendendo-se desde
a superfície da Terra ao nível do mar até os limites superiores da atmosfera. Esta
coluna de ar teria provavelmente um peso tal que a força gravitacional exercida ao
nível do mar (na base da coluna) seria 14,696 Ib. Quando esta força total é exercida
sobre 1 pol?, a pressão exercida pela atmosfera ao nível do mar é de 14,696 1b/
pol? , valor normalmente arredondado para 14,7 Ib/pol?. Este é o valor dado como
pressão barométrica (atmosférica) normal ao nível do mar, sendo que, por vezes, é
denominado como a pressão de uma atmosfera.
A pressão atmosférica não permanece constante, variando até certo grau com a
temperatura, umidade e outras condições. A pressão atmosférica varia também com
a altitude, diminuindo à medida que a altitude aumenta.

1-10. Barômetros
Os barômetros são instrumentos usados persas
para medir a pressão da atmosfera, sendo |
de variados tipos. Um barômetro simples Vivo Hd... 2992
que mede pressão baseado na altura de
uma coluna de mercúrio pode ser cons-
truído colocando mercúrio no interior de
um tubo de vidro fechado em uma extre-
midade e de 30 ou mais polegadas de so
comprimento. O mercúrio é mantido no Rubia Ric
tubo mediante aplicação do dedo indica- 36º CEM - |,s — (polegadas)
dor na extremidade aberta invertendo-o
em um recipiente aberto contendo tam-
bém mercúrio. Quando o dedo é retirado
da extremidade do tubo, o nível de mer-
cúrio no tubo descerá, deixando um
vácuo quase perfeito na extremidade
fechada. (Fig. 1-1). A pressão exercida
pela atmosfera na superfície aberta do
recipiente fará com que o mercúrio per-
maneça numa altura dependente da
quantidade de pressão exercida. A altura
Recipiente de mercúrio
da coluna de mercúrio no tubo é a me-
dida da pressão exercida pela atmosfera, Fig. 1-1 A pressão exercida pe-
sendo medida em polegadas de coluna lo peso da atmosfera na superfí-
de mercúrio (pol Hg). A pressão normal cie aberta do recipiente conten-
da atmosfera
,
ao nível do mar (14,696 RE o
EE comno quotubo.
permaneça
O merA
Ib/pol*) exercida sobre a superfície livre grandeza da pressão determina
do mercúrio no recipiente aberto, fará a altura da coluna de mercúrio.
15
com que o mercúrio permaneça no tubo numa altura de 29,92 polegadas. Significa
isto que a coluna de mercúrio de 29,92 polegadas de altura é a medida de pressão
equivalente a 14,696 Ib/pol?. Dividindo 14,696 Ib/pol? por 29,92 pol Hg, deter:
mina-se que 1 pol Hg é a medida de uma pressão de aproximadamente 0,491 Ib/
pol? podendo ser estabelecidas as seguintes relações:
pol Hg = (Ib/pol? /0,491) (1-18)
Ib/pol? = (pol Hg) (0,491) (1-19)
Exemplo 1-5 Qual a pressão da atmosfera em libras por polegada quadrada se a
leitura do barômetro for de 30,2 pol Hg?

Solução: Aplicando a Equação 1-19

Ib/pol? = (30,2 pol Hg) (0,491) = 14,83 Ib/pol?


Exemplo 1-6 Referindo-nós à figura 1-1, a que altura permanecerá o mercúrio
no tubo quando a pressão atmosférica for de 14,5 Ib/pol??
Solução: Aplicandoa Equação 1-18, |

14,5 Ib/pol? o
pol Hg 00. 29,53 pol Hg

1.11 Manômetros de Pressão


Os manômetros de pressão são instrumentos para medir pressão de fluidos (gasosos
ou líquidos) em recipientes fechados. Os manômetros de pressão comumente usa-
dos na indústria de refrigeração são de dois tipos principais: manômetros e tubos
de bourdon. '

1-12 Manômetros
O manômetro tipo de nível utiliza uma coluna de líquido para medir pressão, indi-
cando a altura da coluna, a intensidade da pressão. O líquido normalmente usado
em manômetros é água ou mercúrio. Quando se usa mercúrio, o instrumento é
conhecido como manômetro ou indicador de mercúrioe quandose usa água, o ins-
trumentoé denominado de manômetro de água ou indicador do nível de água.
O barômetro descrito anteriormente é um instrumento do tipo manômetro.
O manômetro simples de mercúrio, ilustrado nas Figs. 1-2a, b e c, consiste de um
tubo de vidro em forma de U aberto em ambas as extremidades e parcialmente
cheio de mercúrio.
Quando ambas as partes do tubo U são abertas ficando
em contato com a atmos-
fera, a pressão atmosférica exerce-se sobre o mercúrio em ambas as extremidades
sendo que a altura das duas colunas é a mesma.
A altura das duas colunas de mercúrio nesta posição é indicada como ponto zero

16

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da escala, sendo esta calibrada em polegadas para ler o desvio das colunas de mer-
cúrio desde a condição zero em qualquer direção (Fig. 1-2a).
Quando em uso, uma extremidade do tubo U pode ser ligada a um reservatório
cuja pressão deve ser medida. A pressão no reservatório, atuando sobre uma extre-
midade do tubo, é objetada devido à pressão atmosférica exercida na parte aberta
deste. Se a pressão no reservatório for maior que a pressão atmosférica, o nível de
rer
uma
mercúrio no lado do tubo U ligado ao reservatório sof ão e o nível
depressá

Pressão Atmosférica

7
6
5
4
3
2
j Fig. 1-2e Manômetro simples de
0
)
tubo U. Posto que ambas as partes
2 do manôsão me tr
aberta s e,opor-
3 tanto, estão em contato com a
4
5 atmosfera, estando submetidas à
6 mesma pressão, o nível de mercúrio
? é igual em ambosos
lados.

no outro lado deste, elevar-se-á a mesma quantidade (Fig. 1-2b). Se a pressão no


reservatório for menor que a pressão atmosférica, o nível de mercúrio no lado aberto
do tubo sofrerá uma depressão elevando-se a mesma quantidade na parte ligada ao
reservatório (Fig. 1-2c). Em muitos casos, a diferença de alturas nas duas colunas
de mercúrio é a medida da diferença da pressão entre a pressão total do fluido no
da atmosfera.
e a pressão ório
reservat
Na Fig. 1-2b, o nível de mercúrio é de 2 pol abaixo do ponto zero no lado do
tubo U ligado ao reservatório e de 2 pol acima do ponto zero no lado aberto
do tubo. Isto indicaque a pressão no reservatório excede a pressão da atmosfera
em
4 pol Hg (1,96 Ib/pol?). Na Fig. 1-2c, o nível de mercúrio encontra-se 2 pol abai-
xo do ponto zero no lado do tubo aberto à atmosfera e 2 pol elevado na parte
ligada ao reservatório, indicando que a pressão
neste último é de 4 pol Hg (1,96
Ib/pol?) abaixo (menor que) a pressão atmosférica. Pressões abaixo da pressão
atmosférica são usualmente chamadas de “vácuo” e podem ser lidas como “polega-
das de mercúrio de vácuo”. |
Manômetros usando água como fluido de medição são particularmente usados
para medir pressões muito baixas. Devido à diferença das densidades do mercúrio e
da água, pequenas variações de pressão na coluna de mercúrio serão dificilmente
visualizadas podendo ser obtidas leituras mais precisas quando se usa água. A pres-
são atmosférica que suporta uma coluna de mercúrio de somente 29,92 pol de
altura, elevará uma coluna de água, a uma distância de aproximadamente 34 pés.
Uma pressão de 1 Ib/pol? elevará a coluna
de água 2,31 pés ou 27,7 pol, e uma
de somente 0,036 Ib/pol? é suficiente para suportar uma coluna de água de
pressão
| pol de altura. Portanto, 1 pol de coluna de água é equivalente a 0,036 Ib/pol?,
Dado que todos os fluidos estão sujeitos a expansões ou contrações térmicas

17

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devido a mudanças de temperatura, quando se faz necess umaári aa precisão,
elevad
as leituras de pressão dos manômetros deverão ser corrigidas por variações da
|
temperatura.
As relações entre as várias unidades de pre smos
são o na Tabela 1-1.
ãdas
stra
Pressão
atmosférica
30 pol Hg.

E

A O
do GA O

e hj 4 de
qSS

ES
a dq

“A

Fig. 1-2b O manômetro indica


que a pressão do reservatório
excede a pressão atmosférica
em
4 pol Hg.

1.13. Manômetros de tubo de Bourdon


Devido ao excessivo comprimento do tubo necessário e outras considerações práti-
cas, os manômetros de tubo não são usualmente em os para medir pressões
superiores a uma atmosfera. Manômetros de tubo de bourdon são amplamente usa-
dos para medir as elevadas pressões encontradas na prática de refrigeração O meca-
nismo atuador no manômetro de tubo de bourdon está ilustrado na Fig. 1-3. O tubo
de bourdon, por si, é um tubo metálico curvado, de forma elíptica que tende a se
endireitar quando aumenta a pressão do fluido no tubo e a se apertar quando a pres-
são diminui. Qualquer modificação na curvatura do tubo transmite-se através de um
sistema de engrenagens para um ponteiro indicador. A direção e grandeza do movi-
mento do ponteiro depende da direção da mudança na curvatura do tubo.
Os manômetros de tubo de bourdon são muito sólidos e podem medir pressões
acimae abaixo da pressão atmosférica. Aqueles projetados para medir pressões
acima da atmosférica são conhecidos como manômetros de “pressão” (Fig. 1-4a)
sendo geralmente calibrados em libras por polegada quadrada enquanto que aqueles
projetados para ler pressões abaixo da pressão atmosférica são chamados de “vacuó-
metros” sendo usualmente calibrados em polegadas de mercúrio (Fig. 1-4h). Em
alguns casos, manômetros simples, conhecidos como manômetros “compostos” são
projetados para medir ambas as pressões, acima e abaixo da pressão atmosférica
(Fig. 1-4c). Tais manômetros são calibrados para medir em libras por polegada qua-
drada acima da atmosfera e abaixo desta, em polegadas de mercúrio.

18

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TABELA 1-1 Unidades e fatores de conversão

Multiplicar
Para Converter De Para é
por

Comprimento polegada (pol.) metro 0,0254


pé (pé) metro 0,3048
Área (A) pé? m? 0,0929
pol? cm? 64516
Volume (V) pé? mº 0,0283
galão m? 0,003785
galão pé 0,13368
Volume da relação
de escoamento (V) pé? /min m/s 0,000472
g/min m/s 0,00006309
Massa (1) lb kg 0,45359
Massa da relação
de escoamento (m) Ib/min g/s 7,55987
Volume específico (v) pé?/lb m? /kg 0,062428
pé? /lb cm” k 62,428
Densidade (p) Ib/pé? kg/m 16,0185
Velocidade (v) pé/min m/s 0,00508
pé/s m/s 0,3048
m/h m/s 0,447040
Pressão (p) Ib/pol? Pa(N/m?) 6894,76
Ib/pé? Pa 47,8803
mm Hg Pa 133,322
pol Hg (15,6ºC) Pa 3376,85
pol H,0(4ºC) - Pa, 249,082
pé H, O (4ºC) - Pa 2988,98
bar Pa 100 000
| atmosfera Pa 101 325
pol Hg Ib/pol? 0,491
Ib/pol pé H, O 2,31
Força (1) Ib N 444822
Trabalho e
energia (w) pé-lb J 1,355818
Btu J 105506
Btu pé-lb 778
Potência (P) hp W (J/s) 745,6999
Btu/h W 0,293067
ton (ref) W 3516,8
Calor específico (c) Btu/lbR J/g K 4,18682
ou entropia (s)
Entalpia (A) Btu/lb J/g 2,3244
Condutividade (k) (Btu) (pol )/Ch) (pé?) (R) W/(m) (K) 0,1442285
Condutância (C)ou Btu/(h) (pé) (R) W/(m)(K) 5,678286
coeficiente de
transmissão de
calor (U)
—edo — tim a — — — e - - —s — o — —

* Para converter na direção oposta, divida pelo fator desta coluna.


1-14. Pressões Absoluta
e Manométrica
«4 - Subentende-se por pressão absoluta a
à. à pressão “total” ou “efetiva” de um flui-
E do, enquanto que, por pressão manomé-
trica, a pt indicada por um manô-
metro. É importante compreender que
os manômetros são calibrados para ler
zero de pressão atmosférica e que nem
o manômetro nem o tubo de bourdon
medem a pressão “total” ou “efetiva”
do fluído num reservatório; ambos me-
' dem somente a diferença de pressão
- entre a pressão total do fluido no reser-
' vatório e a pressão atmosférica. Quando
a pressão do fluido é maior que a pres-
são atmosférica, a pressão absoluta do
fluido no reservatório determina-se adi-
cionando a pressão atmosférica à pres-
são manométrica e, quando a pressão
Fio. 1-3 Mecanismo do manô- do fluido é menor que a pressão atmos-
metro de tubo de bourdon. férica, a pressão absoluta do fluido acha-
se subtraindo a pressão manométrica da
pressão atmosférica. As relações entre pressão absoluta e manométrica são mostra-
das graficamente na Fig. 1-5.

Exemplo 1-7 A pressão manométrica num condensador de refrigerante é de 120 Ib/


pol? . Qual a pressão absoluta do refrigerante no condensador?

Fig. 1-4 Manômetros tipo de tubo de bourdon. (4) Manômetro de pressão. (b) Va-
cuômetro. (c) Manômetro composto.

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Solução: Dado que não é fornecida a
pressão barométrica, considera-se que
a pressão atmosférica seja a normal ao
nível do mar (14,7 Ib/pol?), e posto
que a pressão do refrigerante é superior
à atmosférica, a pressão atmosférica de
14,7 Ib/pol? é somada à pressão mano-
métrica de 120 Ib/pol? para efeitos de
determinar que a pressão absoluta do
refrigerante é de 134,7 Ib/pol? a.
Exemplo 1-8 Num manômetro com-
posto colocado na sucção do compres-
sor, lê-se 12 pol Hg e num barômetro
colocado nas proximidades lê-se 29,6
pol Hg. Determinar a pressão absoluta
do vapor entrando no compressor.

Solução: Posto que a pressão do vapor


entrando no compressor é menor que
a pressão atmosférica, a pressão mano-
métrica de vapor (12 pol Hg) deve ser
subtraída da atmosférica de 29,6 pol
Hg. para determinar que a pressão abso-
luta do vapor é de 17,6 pol Hg absolu- Fig. 1-5 Relação entre pressão absoluta e
tos ou (17,6 Hg x 0,491 Ib/pol /pol manométrica, considerandoa pressão baromé-
Hg) 8,64 pipolfa. trica padrão.

Exemplo 1.9 Durante a compressão, a pressão do vapor é aumentada desde 10 pol


Hg manométrica até 125 Ib/pol?m. Calcular o acréscimo na pressão em libras por
polegada quadrada. à

Solução: Da Equação 1-19, 10 pol Hg equivalem a (10 pol Hg x 0,491) 4,91


Ib/pol?. Posto que a pressão inicial do vapor é menor que a atmosférica e a final
é superior a esta, o aumento na pressão do vapor é a soma das duas pressões sendo
igual a (4,91 + 125) 129,91 Ib/pol?, Veja-se que as pressões absolutas em libras por
polegada quadrada são abreviadas como Ib/pol? a, enquanto que as pressões mano-
métricas o são em Ib/pol?
m.

1-15 Trabalho
É executado trabalho mecânico quando uma força atuando sobre um corpo movi-
menta este através de uma distância. Considerando que a ação da força é paralela
à direção do movimento, a quantidade de trabalho realizado (w) é igual à força (F)

21

Material com direitos aula


multiplicada pela distância (s) através da qual a força atua; isto é

w = (F)(s) (1-20)
Onde: w = força apliemcada libras-pé (Ib-pé)
F = for em ça
libras
s = distância em pés

1-16 Potência
Potência é a rapidez com que se efetua um trabalho. A unidade de potência mecá-
nica é o camailo- força (hp). Um cavalo-força tem sido definido como a potência
requerida para efetuar trabalho à razão de 33 000 Ib-pé/min ou 550 Ib-pé/s. A po-
tência necessária em cavalos-força pode ser determinada
das seguintes Equações:

WwW
P=— (1-21)
(33 000) (*)
Onde: P = potê cavalos-
em nc ia força
em Ib-p
w = trabal hoé
t em minu
= temp o tos
ou
w
(1-22)
(550) (4)
Onde: ft = tempo
em segundos

Exemplo 1.10 Um ventilador possuindo um peso de 320 Ib é guinchado 185 pés


desde o solo até o telhado de um edifício. Desprezando atrito e outras perdas,
calcular o trabalho realizado.
| Solução: Neste caso, a força F é a força gravitacional W, a qual é numericamente
igualao peso m. Aplicando a Equação 1-20-

w = (320
Ib) (185 pés) = 59 200 Ib-pé
Exemplo 1-11 Um engradado é movimentado a velocidade constante na distância
de 280 pés de um transportador contra uma força de atrito de 23,6 Ib. Determinar
o trabalho realizado.

Solução: Aplicando a Equação 1-20

w = (23,6 Ib) (280 pés) = 6608 Ib-pé


22

Da Material com direitos autorais


Exemplo 1-12 Desprezando o atrito e outras perdas, calcular a potência necessá-
ria para içar o ventilador descrito no Exemplo 1-10, se o tempo requerido for de
S minutos.

Solução: Do Exemplo 1-10, o trabalho é de 59 200 Ib/pé e o tempo é dado como


de 5 minutos. Aplicando a Equação 1-21

59 200 Ib/pé
º* o) Gmn) MP
“Exemplo 1.13 Desprezando atrito e outras perdas, determinar
a potência neces-
sária para bombar S00 galões por minuto (galões/min) de água até um tanque
localizadoa uma distância vertical de 130 pés acima do solo se a água tiver uma
densidade de 8,33 Ib/galão.

Solução: Dado que o volume da relação de escoamento V é dado em galões


por
minuto, o tempo t é fixado em 1 min. Aplicando
a Equação 1-21

p «(SO galões) (8,33 Ibfgalão) (130 pés) =164hp


(33.000)(1 min)

1-17 Energia
Descreve-se energia como a capacidade de realizar trabalho. Necessita-se
de energia
para realizar trabalho, e diz-se que um corpo possui energia quando ele tem capa-
cidade de realizar um trabalho. A quantidade de energia requerida para executar
uma determinada quantidade de trabalho é sempre exatamente igual à quantidade
de trabalho realizado. De forma similar, a quantidade de energia que um corpo
possui é sempre igual à quantidade de trabalho que pode realizar, passando de uma
posição ou condição para outra. Como o trabalho, a energia mecânica é usual-
mente medida em libras-pé.

1-18 Energia Cinética


A energia pode ser possuída por um corpo em um ou am
cinética e energia potencial. À energia cinética é aen" asa
virtude do seu movimento ou velocidade. P- , um corpo caindo, um
líquido fluindo, e as partes móveis de uma ... uma, todos energia ciné
devido ao seu movimento. A quantidade de energia cinética (KE) que um corpo
possui, é uma função do peso m deste e de sua velocidade v conforme a seguinte
relação:
(m) (2)
KE =
(1:23)
(2) (g,)
23

Material com direitos autorais


Onde: KE = energia cinética
em libras-pé
m = peso emlibras
vy = velocidade em pés por segundo (pé/s)
£. = constante gravitacional universal (32,174 pé/s”)
Exemplo 1-14 Um automóvel possuindo um peso de 3 500 Ib, desloca-se a uma
velocidade de SO milhas/h. Qual a sua energia cinética?

Solução: A velocidade dada de SO milhas/h é igual a 73,3 pés/s. Aplicando a


Equação 1-23

RÉ o (3 500 Ib) (73,3 pés/s)?


= 292 241 Ib-pé
(2) (32,174 pés/s?)

1-19 Energia Potencial


A energia potencial é a energia que um corpo possui devido à posição ou configu-
ração deste. A quantidade de trabalho que um corpo pode realizar passando de uma
determinada posição ou condição para alguma outra posição ou condição de refe-
rência é a medida da energia potencial do corpo. Por exemplo, a cabeça propulsora
de um bate-estacas possui uma energia potencial de posição quando elevada a algu-
ma distância acima da parte superior de uma estaca, Se solta, a cabeça propulsora
pode realizar trabalho movimentando a estaca. Uma mola de aço comprimida ou
uma tira de borracha esticada possuem energia potencial de configuração. Ambas,
a mola de aço e a tira de borracha, possuem capacidade de realizar trabalho devido
à tendência de retornar à sua condição normal.
À energia gravitacional potencial que um corpo possui em virtude da sua
posição pode ser avaliada pela seguinte equação:

PE = (m)(2) (1:24)
Onde PE = energia potencial em libras-pé
m = peso emlibras
- = distância em pés acima de um ponto base ou de referência arbitra-
nte selecionado

Exemplo 1-15 Mileus tes de água são armaze em na


um tanq
do loca-
ue s
lizado 210 pés acima do suis.. mr a energia potencial da água em relação ao
solo se a densidade da água for 8,33 lu, '*0.

Solução: Aplicando a Equação 1-24


PE = (1200 galões) (8,33 Ib/galão) (210 pés) = ? 099 160 Ib-pé

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1-20 Energia Externa Total
A energia externa total de um corpo é a soma das suas energia cinética e potencial,

Exemplo 1-16 Determinar a energia externa total por libra de água fluindo a uma
velocidade de SO pés/s em um canal localizado a 200 pés acima da linha de refe-
rência.

Solução: Aplicando a Equação 1-23

E = — Go) (SO pés/s” = 38,85 Ib-pé


(2) (32,174 pés/s?)

Aplicando a Equação 1-24

PE = (1 1b)(200 pés) = 200 Ib-pé

Enerpia total = KE + PE
= 38,85 Ib-pé + 200 Ib-pé
= 238,85 Ib-pé

1-21 Lei da Conservação da Energia


A primeira lei da termodinâmica estabelece, na realidade, que a quantidade de
energia em qualquer sistema termodinâmico é constante. Nada se ganha ou perde
exceto no sentido de que é convertida de uma forma para outra.
A energia é trabalho armazenado. Antes de um corpo possuir energia, deverá
ser realizado trabalho sobre o corpo. O trabalho realizado sobre o corpo para
dar a este seu movimento, posição ou configuração é armazenado no corpo como
energia. Em todos os casos a energia armazenada é igual ao trabalho feito. Embo-
ra a energia possa ser classificada como sendo potencial ou cinética, ela pode apa-
recer em formas bem diferentes, tais como energia mecânica, energia elétrica,
energia química, energia em forma de calor, e assim por diante, sendo rapida-
mente convertida de uma para outra, À energia elétrica, por exemplo, é convertida
em energia calorífica em um torrador elétrico ou aquecedor, como em energia
mecânica em motores elétricos, solenóides e outros dispositivos mecânicos opera-
dos eletricamente. A energia mecânica, energia química e energia calorífica são
convertidas em energia elétrica no gerador, bateria, ce termopar, respectivamente.
A energia química é convertida em energia calorífica em reações químicas tais
como combustão e oxidação. Estas são algumas das incontáveis formas de trans-
formação da energia. Existem várias relações fundamentais entre as várias formas
de energia e suas transformações, algumas de particular importância no estudo da
refrigeração e que serão discutidas futuramente,

25

Matcrial
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1.22 EQUIVALENTES DO SISTEMA MÉTRICO (SI)
No sistema SI de medida, a unidade básica de comprimento é o metro (m). Outras
unidades comuns de comprimento são o centímetro (cm), o milímetro (mm), e
o quilômetro (km). Um quilômetro
é igual a | 000 metros, sendo que 1 mm
é igual
a 1/1000 do metroe 1 cmé igual a 1/100 do metro.
As áreas são usualmente expressas em metros quadrados (m?) ou centímetros
quadrados (cm?) e os volumes em metros cúbicos (m*) ou centímetros cúbicos
(em*). Um metro cúbico é igual a 1 000 000 cm?. Outras medidas indicadas de
volume de fluidos são o litro (L) ou o mililitro (mL). Um litro é 1/1000 de 1 metro
cúbico e | mL é igual a 1 cm?.
A unidade básica de massa é o quilograma (kg) que é igual a | 000 gramas (8).
A densidade expressa-se usualmente em quilogramas por metro cúbico (kg/m*) ou
em gramas por centímetro cúbico (g/em”)e o volume específico em metros cúbicos
por quilograma (mº [kg) ou em centímetros cúbicos por grama (cm? /g). Uma densi.
dade média para água é 1 000 kg/m? (veja tabela 1-2).

TABELA 1-2 Valores frequentemente usados


o e — ———mgei Ai

Unidades
Briténicas Unidades SI

Aceleração padrão da gravidade (g,.) 32,174 pé/s? 9,80665 m/s?


Pressão atmosférica normal 14,696 Ib/pol? 101325 Pa
29,921 pol Hg 760 mm Hg
Água
Densidade 62,4 Ib/pé? 1000 kg/m?
8,33 Ib/galão
Calor específico 1 Btu/lb “F 4190 J/kg *K
Calor latente de fusão a 32ºF (0"C) 144 Btu/lb 334,71 J/g
Calor latente de vaporização a 212 F
(100º €) 970 Btu/lb 2255 J/p |
Ar
Densidade (padrão) | 0,075 Ib/pé* 1,2 kg/m?
Calor específico (cp) 0,24 Btu/lb º“F 1 J/gK

A unidade de força é o Newton (N) que é definido como a força que, quando
aplicada a um corpo que possuí um pe de 1 kg, produz uma aceleração de um
metro por segundo por segundo (1 m/s”). Em formade equação a relação é:

F = (m)(a) (1-25)

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Onde: É = força em Newtons (N)
m = massa em quilogramas (Kg)
a = aceleração em metros por segundo por segundo (m/sº)

Exemplo 1.17 Uma força desequilibrada, atuando sobre um corpo que possui
uma massa de 15 kg é acelerada à razão de 10 m/s” na direção da força líquida,
Determinar a força.

Solução: Aplicando a Equação 1-25

= (15 kg) (10 m/s?) = 150 N


A força gravitacional exercida sobre (peso de) uma determinada massa pode
ser determinada substituindo a aceleração local da gravidade (g) pelo fator de
aceleração (a) na Equação 1-25, isto é:

F = (m)(g) (1-26)
O valor padrão para a aceleração local da gravidade ao nível do mar (£ç) é
9,807 m/s? (Tabela 1-2). Veja-se que, de acordo com a Equação 1-25, 1 kg massa
não exerce | kg de força gravitacional (peso 1 kg). Assim, considerando a acele-
ração local da gravidade (g) sendo igual à aceleração padrão da gravidade (g,),
1 kg massa exerce uma força de (1 kg X 9,807 m/s?) 9,807 N.
Nota: Uma vez que o termo “peso” não tem significância quando as unidades
métricas são empregadas, foi feita a recomendação de que o uso do termo é descon-
tínuo com relação às unidades métricas.
A unidade de pressão é o Pascal (Pa). Uma pressão de um Pascal é exercida
quando uma força de um Newton é aplicada sobre uma área de um metro qua-
drado. Alguns preferem expressar a pressão diretamente como unidade de força,
por unidade de área, isto é, em Newtons por metro quadrado (N/mº).
Outra unidade comum de pressão é o bar. Um bar é igual a 100 000 N/m? (Pa).
Também, em termos de coluna de fluido, as pressões são medidas em milímetros
ou centímetros de mercúrio (mm Hg ou cm Hg) ou em milímetros ou centíme-
tros de água (mm H,O ou cm H,0O). Os fatores de conversão são mostrados na
Tabela 1-1, Como mostrado na Tabela 1-2, a pressão barométrica padrão ao nível
do mar é 101 325 Pa. Veja-se que a pressão de 1 bar é aproximadamente igual à
pressão de 1 atmosfera padrão.

Exemplo 1-18 Um tanque retangular medindo 2 m por 3 m na base é cheio com


água tendo uma massa de 18 000 kg. Determinar;
(a) A força gravitacional em Newtons exercida sobre a base do tanque.
(b) A pressão exercida sobre a base do tanque em Pascais,
Solução: Aplicando a Equação 1-26
(a) A força gravitacional
" = (18 000 kg)(9,807 m/s*) = 176526 N
21
(b) A área da base é 6 m?. Aplicando a Equação 1-17, a pressão,p,
(18 000 kg) (9,807 m/s”)
6 m?
= 29 421 Paou Njm?

Todo trabalho ou energia é medido em joules (]). Quando uma força de um


Newton atua através de uma distância de um metro, é dado um joule de trabalho
e é necessário um joule de energia para realizar o trabalho, De acordo com a
Equação 1-20, aqui repetida, a quantidade de trabalho efetuado é:

w = (F)(s) (1-20)
Onde: w = trabalho efetuado em joules (J)
F = força em Newtons (N)
s = distância em metros (m)
Combinando-se as Equações 1-20e 1-25, obtém-se:

w = (m)(a)(s) (1:27
à deriids didi gd

w = (m))(9) ua
A unidade de potência é o watt (W). O watt é definido como a realização de
trabalho à razão de um joule por segundo (J/s). A potência necessária em watts
pode ser determinada a partir de qualquer das seguintes relações:

w (Fls) (m)flal(s) (m)(g)(s) (1-29


P ms nã
t f f Ê

Onde: P = potên cia


em watts (W)
w = traba lho(J)
em joules
t = tem po (s)
em segundos

A energia cinética de um corpo é dada pela equação

KE = (m) (1?) (1:30)


2

Onde KE = energia cinéticaem joules (J)


m = massa em quilogramas (kg)
v = velocidade em metros por segundo (m/s)

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A energia potencial gravitacional de um corpo é definida pela equação

PE = (m)(g)(z) (1.31)
Onde: PE = energia potencial em joules (3)
m = massa em quilogramas (kg)
g = aceleração local da gravidade em metros por segundo por segundo
(m/s?)
z = distância em metros acima de algum dado ou ponto de referência (m)

Exemplo 1-19 Uma pressão constante de 1,5 bar é exercida na parte superior de
um pistão que possui uma área de 0,02 m* enquanto o pistão percorre uma distân-
cia de 0,08 m. Calcular o trabalho dado em joules.

Solução: Aplicando a Equação 1-20, o trabalho dado, w,


= (1,5 bar X 100 000 Pa/bar) (0,02 m?) (0,08 m) = 2403

Exemplo 1.20 Um ventilador com um peso de 165 kg é içado 96 m desde o solo


até o telhado de um edifício. Desprezando o atrito e outras perdas, calcular o tra-
balho efetuado.

Solução: Neste caso, a força F é a força gravitacional mg. Consequentemente,


aplicando a Equação 1-28

w = (165 kg) (9,807 m/s?) (96 m) = 155 343]


Exemplo 1-21 Desprezando o atrito e outras perdas, cálcular a potência necessária
para içar o ventilador descrito no Exemplo 1-20 se o tempo requerido for de 5 min.

Solução: No Exemplo 1-20, o trabalho efetuadoé 155 343 J e o tempo dadoé de 5


min (300 s). Aplicando a Equação 1-29

155 343)
P= cm m 517,8]W

Exemplo 1-22 Um automóvel cujo peso é de 1625 kg movimenta-se a SO km/h.


Qual a sua energia cinética?

Solução: A citada velocidade de SO km/h é igual a 13,89 m/s. Aplicando a Equa-


ção 1-30

fer
E = = 156,757 kJ

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Exemplo 1-23 Supondo que 150 mº de água estão armazenados em um tanque
localizado 110 m acima do solo, determinar a energia potencial da água com
relação ao solo.

Solução: Aplicando a Equação 1-4,

m = (150 m?) (1000 kg/m?) = 150. 10º kg

Aplicando a Equação 1-31

PE = (150. 10º kg)(9,807 m/s?)(110m) = 162.109)

Problemas Usuais
1.1 Um tanque de 2 pés por 8 pés como base está cheio até uma profundidade
de 18 pol com salmoura de cloreto de sódio. Se o peso total da salmoura
é de 1782 Ib, determinar: (a) a densidade, (b) o volume específico, (c) o
peso específico da solução de salmoura.
1.2 Um tanque de 3 pés por4 pés está cheio até uma profundidade de 21 pol
com uma solução de glicol etileno a 60% com um peso específico de 1,1.
Qual (a) a densidade, (b) a massa total e (c) o volume específico da solução
de glicol?
1-3 Em referência ao problema 1-1 determinar: (a) a força total em libras exer-
cida pelo cloreto de sódio sobre a base do tanque, (b) a pressão resultante
em libras por pé” e libras por polegada”, exercida na base do tanque.
1-4 Num barômetro lê-se 30,02 pol Hg. Qual é a pressão atmosférica em libras
por polegada quadrada?
1-5 O manômetro de um tanque indica 122 Ib/pol?. Considerando a pressão
barométrica padrão, qual a pressão absoluta do fluido no tanque?
1-6 Um manômetro ligado à tubulação de sucção indica 8 pol Hg de vácuo, Se
a pressão atmosférica é 30,04 pol Hg, qual a pressão absoluta do vapor em
libras por polegada quadrada?
1.7 Um manômetro no lado de sucção de um compressor de refrigeração indica
12 libras por polegada quadrada, enquanto que um manômetro no lado da
descarga indica 146 Ib/pol?. Qual o aumento na pressão durante o processo
de compressão?
1-8 Considerando que o manômetro de sucção no problema 1-7 indica 12 pol Hg
de vácuo, calcular o aumento de pressão em Ib/pol?.
1-9 Um gás exerce uma pressão constante de 56 Ib/pol? na parte superior do pis-
tão quando este percorre uma distância de 3 pol. Se o diâmetro do pistão é de
2 pol, qual a quantidade de trabalho efetuada pelo gás em Ib-pé?
1-10 Uma bomba recalca 2 500 galões/min. de água através de uma distância
vertical de 135 pés. Considerando a água com densidade de 8,33 Ib/galão,

30

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desprezando atrito e outras perdas, calcular (a) o trabalho dado em Ib/pé,
(b) a potência necessária em hp.
1-11 Dois mil galões de água são armazenados a uma distância média de 130 pés
acima do nível da tubulação principal. Qual a energia potencial total da
água com respeito à tubulação principal?
1-12 A água deixa o bocal de uma mangueira a uma velocidade de 2 400 pés/min.
Determinar a energia cinética por libra de água.

Problemas Métricos
1:13 Um tanque de 0,85 m por 1,8 m na base está cheio até uma profundidade
de 68 cm com salmoura de cloreto de sódio. Se o peso total de salmoura
é de 1238 kg, determinar (a) a densidade, (b) o volume específico, e (c)
o peso específico da solução de salmoura.
1-14 Um tanque de 1,5 m por 0,7 m está cheio até uma profundidade de 0,8 m
com uma solução de glicol etileno a 60% e com um peso específico de 1,1.
Qual (a) a densidade, (b) o peso total, e (c) o volume específico da solu-
ção de glicol?
1-15 Uma força constante de 630 N atua sobre uma massa de 8 kg. Qual a acele-
- ração resultante?
1.16 Calcular a força requerida para dar a uma massa de 15 kg, uma aceleração
de 20 m/s”.
1-17 Uma certa massa de água exerce uma força gravitacional de 40 N. Qual a
massa de água?
1-18 Calcular a força gravitacional exercida por uma massa de 3,73 kg.
1-19 Em referência ao problema 1-13, determinar (a) a força total em newtons
exercida pelo cloreto de sódio sobre a base do tanque e (b) a pressão resul-
tante em Pascais na base do tanque.
1-20 Um tanque cilíndrico de 110 cm de altura tem um diâmetro de base de
30 cm. Se a pressão na base do tanque é de 1240 Pa, qual é a força total
exercida sobre a base?
1.21 Um barômetro indica 756 mm Hg. Qual a pressão atmosférica em Pascais?
1-22 Um manômetro de mercúrio indica 360 mm Hg de vácuo. Determinar a
pressão absoluta em Pascais.
1.23 O manômetro de um condensador de refrigeração indica 8,32 bar enquanto
que um barômetro de parede indica 770 mm Hg. Qual a pressão absoluta
do refrigerante no condensador?
1-24 O manômetro colocado no lado de sucção da compressor de refrigeração
indica 1S0 mm Hg de vácuo, enquanto que um outro colocado no lado de
descarga do compressor indica 6,8 bar. Qual o aumento na pressão, indi-
cado em Pascais, que sofre o vapor de refrigerante durante o processo de
compressão?

31

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1-25 A pressão absoluta do gás entrando no compressor é de 90 000 Pa, enquanto
que a pressão absoluta do gás de escape é de 850 000 Pa. Calcular o aumento
na pressão do gás durante o processo de compressão.
1-28 Desprezando atrito e outras perdas, determinar a potência necessária em
watts para recalcar 0,8 m?/s de água através de uma distância vertical de 30 m.
1.27 A água fluindo em uma tubulação tem uma velocidade média de 2,3 m/s.
alé a energia cinética por quilograma
de água? |
1-28 Um automóvel com um peso de 8 500 kg movimenta-sea 105 km/h, Calcular
a energia cinética.
1.29 Em uma certa extensão de 630 km de rio, o leito deste apresenta um declive
de 0,7 m/km. Qual a perda de energia potencial por quilograma de água
fluindo rio abaixo nesta extensão? ro
130 Converter os valores abaixo para as unidades métricas equivalentes:
(a) massa de 1595 Ib
(b) volume de 14,3 pés”
(c) volume de 16 galões
(d) volume de relação de escoamento de 1500 pés? /min
(e) volume de relação de escoamento de 32 galões/min
(f) densidade de 68 Ib/pé?
(8) volume específico de 15 pés” /Ib
(h) força de 2,4 Ib
(i) pressão de 100 Ib/pol?
()) pressão de 22 pol Hg
(k) 1200 Ib-pé de trabalho
() 2,5 hp.
1.31 Converter os valores abaixo nas unidades Britânicas equivalentes:
(a) massa de 65 kg
(b) volume de 8,3 m?
(c) força de 23 N
1.32 Um manômetro indica 750 000 Pa (7,5 bar). Qual a pressão manométrica
em libras por polegada quadrada?

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2
MATÉRIA, ENERGIA INTERNA,
CALOR, TEMPERATURA
2-1. Calor
Calor é uma forma de energia. Isto resulta evidente pelo fato de que o calor pode
ser convertido em qualquer outra das formas de energia e que outras formas de
energia podem ser convertidas em calor. Termodinamicamente, o calor é definido
como energia em trânsito de um corpo para outro como resultado de uma dife-
rença de temperatura entre os dois corpos. Toda outra transmissão de energia
ocorre como trabalho.

2-2. Matéria e Moléculas


Tudo no Universo que tem peso ou que ocupa espaço, toda a matéria, é composto
de moléculas. A molécula é a partícula estável menor de matéria em que se pode
dividir uma substância particular, conservando ainda a identidade da substância
original. Por exemplo, um grão de sal de mesa (Na Cl) pode dividir-se em moléculas
individuais, e cada molécula será uma molécula de sal, a substância original. No
entanto, todas as moléculas são formadas de átomos, de forma que é possível sub-
dividir uma molécula de sal em seus átomos componentes. Uma molécula de sal é
formada de um átomo de sódio e de um átomo de cloro. Portanto, se dividirmos
a molécula de sal em seus átomos, estes não serão átomos de sal, a substância ori-
ginal, serão sim, átomos de duas substâncias inteiramente diferentes, um de sódio
e outro de cloro.
Existem algumas substâncias cujas moléculas são formadas de um só tipo de
átomos. Uma molécula de oxigênio (O; ), por exemplo, é composta de dois átomos
de oxigênio. Se a molécula de oxigênio se divide em seus dois componentes, cada
átomo será um átomo de oxigênio, a substância original; porém, os átomos de oxi-
gênio não são estáveis nesta condição. Não permanecerão como átomos livres e
separados do oxigênio mas, se se permitir, unir-se-ão seja com átomos ou moléculas
de outras substâncias para formar um novo composto, ou recombinar-se-ão entre
si, para formarem novamente uma molécula de oxigénio.
Supõe-se que as moléculas que formam uma substância, se mantêm em sua posi-
ção por forças de atração mútua, conhecidas como coesão. Estas forças de atração
entre as moléculas, podem se comparar com a atração que existe entre cargas elé-
tricas de sinal diferente ou entre pólos magnéticos diferentes. Contudo, apesar da
atração mútua que existe entre as moléculas e da influência resultante de cada
molécula sobre as outras, as moléculas não se encontram “comprimidas”, Existe
um certo espaço entre elas e possuem uma relativa liberdade para se movimentar,

33

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Considera-se comumente que as moléculas estão em um estado de vibração ou
movimento rápido e constante e o regime e extensão da vibração ou movimento
"pode determinar-se pela quantidade de energia que possuem.

2-3. Energia Interna


Foi mostrado. no Capítulo | que um corpo possui energia mecânica externa devido
à sua velocidade e/ou posição ou configuração em relação a alguma condição de
referência. Um corpo tem também energia interna como resultado da velocidade,
posição e configuração das moléculas dos materiais que formam o corpo.
As moléculas de um material qualquer podem possuir energia, tanto potencial
quanto cinética. A energia interna total do material é a soma das energias cinética
e potencial internas. Esta relação ilustra-se mediante a equação
VU=K+P (2-1)
onde: U = energia interna total
K = energia cinética interna
P = energia potencial interna

2-4. Energia Cinética Interna


À energia cinética interna é a energia do movimento ou velocidade moleculares.
Quando a energia circulando por uma substância aumenta o movimento ou veloci-
dade das moléculas, a energia cinética interna da substância aumenta sendo que
este aumento se reflete na subida de temperatura da substância. Reciprocamente,
se a energia cinética intema da substância diminui por perda de energia, o movi-
mento das moléculas diminuirá e a temperatura baixará correspondentemente,
É evidente, pelo que ficou dito, que a temperatura de um corpo é um índice
da velocidade média das moléculas que compõem o corpo. De acordo com a teoria
cinética, se a perda de energia de um corpo continua até que sua energia cinética
interna seja reduzida a zero, a temperatura descerá até o zero absoluto (-459,7ºF)
momento em que o movimento das moléculas cessa totalmente.

2-5. Estados da Matéria


A matéria pode existir em três diferentes fases ou estados de agregação: sólido,
líquido ou gasoso (vapor). Por exemplo a água é um líquido, porém esta substância
pode existir como gelo, que é um sólido, ou como vapor, que é um estado gasoso,

2-6. O Efeito do Calor sobre o Estado de Agregação


Muitos materiais sob condições de pressão e temperatura apropriadas, podem
existir em qualquer e todas as formas físicas da matéria. Demonstrar-se-á que a
quantidade de energia apresentada pelas moléculas de material, determina não

34
somente a temperatura do material como também qual dos três estados físicos apre-
sentará em um momento particular. Em outras palavras, a adição ou remoção de
calor pode produzir uma mudança no estado físico do material, como também uma
mudança de sua temperatura.
É evidente que o calor pode produzir uma mudança no estado físico de um
material, devido ao fato de que muitos materiais como os metais, fundem quando
submetidos a forte aquecimento. Além do mais, os fenômenos da fusão do gelo e
da água fervente, são conhecidos de todos nós. Cada uma dessas mudanças de
estado físico produz-se pela adição de calor.

2-7. Energia Potencial Interna


A energia potencial interna é a energia de separação molecular ou configuração.
É a energia apresentada pelas moléculas como resultado da sua posição em relação
umas às outras. Quanto maior for o grau de separação molecular, maior será a ener-
gia potencial interna.
Quando um material se dilata ou muda seu estado físico pela adição de energia,
acontece uma redisposição das moléculas que aumenta a distância entre elas. Dado
que as moléculas estão sujeitas a forças recíprocas de atração, que tendem a juntá-
las, deve-se efetuar trabalho interno para separar as moléculas contra estas forças
de atração. Uma quantidade de energia igual à quantidade de trabalho interno
deverá ser dada ao material. Esta energia dada ao material como um aumento de
energia potencial interna é denominada energia “armazenada” que causa o aumento
da distância média entre as moléculas.
É importante compreender que, neste caso, a energia que flui para o material
não tem efeito sobre a velocidade molecular (energia cinética interna), apenas é
afetado o grau de separação molecular (energia potencial interna).

2-8. O Estado Sólido


Um material no estado sólido tem uma quantidade relativamente pequena de ener-
gia potencial interna. As moléculas do material se encontram unidas em forma
bastante compacta pelas forças de atração recíprocas e pela gravidade. Portanto, um
material no estado sólido tem uma estrutura molecular comparativamente rígida,
na qual a posição de cada molécula encontra-se mais ou menos fixa, limitando-se o
movimento das moléculas a um movimento do tipo vibratório, que depende da
quantidade de energia cinética que possuem as moléculas, podendo este movimento
ser lento ou rápido.
Devido à rígida estrutura molecular, um sólido tende a manter tanto suas dimen-
sões como sua forma. O sólido é praticamente incompressível oferecendo uma
resistência considerável a qualquer esforço que se fizer para modificar sua forma.

2-9. O Estado Líquido


As moléculas de um material no estado líquido possuem mais energia que as de um
material no estado sólido não estando dispostas em-forma tão compacta. Esta maior

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energia permite às moléculas vencer as forças recíprocas de atração até certo grau,
com o que têm maior liberdade de movimento. Podem movimentar-se livremente
umas com respeito às outras de tal modo que se pode dizer que o material “oscila”.
Embora um líquido seja praticamente incompressível e mantenha seu tamanho,
devido à sua estrutura molecular fluida, não manterá sua forma, adotando a do
recipiente que o contenha.

2-10. O Estado Gasoso ou Estado


de Vapor
As moléculas de um material no estado gasoso possuem uma quantidade de energia
ainda maior que as de um material no estado líquido. Possuem energia suficiente
para vencer todas as forças de atração. As moléculas não se encontram sujeitas pelas
forças de atração interna nem pela gravidade. Consequentemente se movimentam
a velocidades elevadas colidindo entre si e com as paredes do recipiente, Pela razão
acima, um gás não mantém nem seu tamanho nem sua forma. É facilmente com-
pressível enchendo completamente o recipiente, independente do seu tamanho.
Além disso, se o gás não for armazenado num recipiente vedado, escapará deste
difundindo-se no ar que o rodeia,

2-11. Temperatura
A temperatura é uma propriedade da matéria. É uma medida do nível da intensi-
dade calorífica de pressão térmica de um corpo. Uma elevada temperatura indica
um alto nível de pressão térmica, e diz-se que o corpo está quente. Da mesma
forma, uma baixa temperatura indica um baixo nível de pressão térmica e diz-se
que o corpo está frio. Foi já determinado que a temperatura é uma função da
energia cinética interna e, como tal, é um índice da velocidade média molecular.

2-12. Termômetros
O instrumento usado com maior freqiiência para medir temperatura é o termô-
metro. O funcionamento da maior parte dos termômetros depende da propriedade
que tem um líquido, de dilatar ou contrair ao aumentar ou diminuir respectiva-
mente sua temperatura. Devido a suas baixas temperaturas de congelamento e coefi-
cientes de expansão constante, os líquidos mais frequentemente usados são mer- |
cúrio e álcool. O termômetro de mercúrio é o mais exato dos dois tipos, uma vez
que seu coeficiente de expansão é mais constante dentro de uma faixa de tempe-
ratura de comparação com o álcool. Não obstante, o termômetro de mercúrio tem
a desvantagem de ser bem mais caro e de leitura mais difícil. O álcool é mais barato
e pode ser colorido para melhor visibilidade.
Atualmente, as escalas de temperatura comumente usadas são as escalas Fahren-
heit e a Celsius. O ponto de congelamento da água sob pressão barométrica padrão
é tomado como ponto zero arbitrário na escala Celsius, e o ponto no qual a água
ferve sob pressão barométrica padrão é denominado de 100. A distância sobre a
escala entre estes dois pontos é dividida em 100 espaços iguais denominados graus,

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de forma que a distância entre os pontos de c: «slamento e ebulição de água em
escala Celsius é de 100º. A água congela a 0ºC entrando em ebulição a 100ºC,
Embora existam discrepâncias de opinião a respeito do método que usou Fahren-
heit para determinar a primeira escala de temperatura, esta obtém-se por meios
similares aos acima descritos. Na escala Fahrenheit o ponto de congelamento da
água está indicado como de 32º e o ponto de ebulição como de 212º. Assim, temos
180 unidades entre os pontos de congelamento e de ebulição da água. O ponto
zero de referência na escala Fahrenheit encontra-se 32 unidades ou graus abaixo
do ponto de congelamento da água e supõe-se que representa a temperatura mais
baixa que Fahrenheit logrou obter com uma mistura de amônia e neve.
As leituras de temperatura numa escala podem ser convertidas em leituras da
outra escala utilizando apropriadamente as duas equações abaixo:
ºF = 9/5ºC + 32 (2-2)
ºC = S5S/9(ºF-32) (2-3)
Note-se que a diferença entre os pontos de congelamento e ebulição da água na
escala Fahrenheit é de 180º enquanto a diferença entre esses pontos na escala
Celsius ou centígrada é de 100º. Pelo exposto, 100ºC€ são iguais a 180ºF, Isto esta-
belece a relação de que 1ºC é igual a 9/5 ºF (1,8ºF)e 1ºF =5/9ºC (0,555 ºC).
Na figura 2-1 ilustra-se graficamente o acima exposto. Dado que 0º na escala
Fahrenheit é 32ºF abaixo do ponto de congelamento da água, é necessário somar
32ºF ao equivalente Fahrenheit depois de convertido para Celsius. Igualmente, é
necessário diminuir 32ºF de uma leitura Fahrenheit antes de convertê-la para
Celsius.

Ponto de
ebulição da água
DIOS co) snes o“ + 100º

Ponto de
congelamento
da água —l. O
42º = Tec e

= - 17,8º
-
Coincidência
tre tee redentor
de eira roca: A
- AO
das escalas

| |
| |

Zero absoluto Fig. 2-1 Comparação entre as escalas de


AG) meme er et peão temperatura, Fahrenheit e Celsius.
37
Exemplo 2-1 Converter uma leitura de temperatura de 50ºC à temperatura Fah-
renheit equivalente.

Solução: Aplicando a Equação 2-2,

ºF = 9/5(50ºC) + 32 = 122 ºF

Exemplo 2-2 Um termômetro colocado na parede de um local indica a tempera-


tura de 86ºF, Qual a temperatura do local em graus Celsius?
Solução: Aplicando a Equação 2-3,

ºC = 5/9(86ºF - 32) = 30ºC

Exemplo 2.3 Um termômetro indica que a temperatura de uma certa quantidade


de água aumentou em 45ºF pela adição de calor. Calcular a elevação de tempera-
tura em graus Celsius.

Solução:

Elevação da temperatura em ºF = 45ºF


Elevação da temperatura em ºC 5/9 (45ºF) a 28ºC

2-13. Temperatura Absoluta


As leituras de temperaturas obtidas tanto na escala Fahrenheit como na Celsius
estão baseadas em pontos zero arbitrariamente estabelecidos e que, conforme tem
sido demonstrado, não são os mesmos para as duas escalas. Quando se deseja conhe-
cer somente a mudança de temperatura que ocorre durante um processo ou a tem-
peratura de uma substância em relação a um ponto de referência conhecido, estas
leituras resultam completamente adequadas. Quando as leituras de temperatura são
aplicadas em equações que tratam de determinadas leis fundamentais, é necessário
utilizar leituras de temperatura cujo ponto de referência é o zero absoluto ou
verdadeiro de uma temperatura. Experiências feitas têm demonstrado que este
ponto, conhecido como zero absoluto, existe aproximadamente a -460ºF ou
-273ºC (Fig. 2-1).
As leituras de temperatura determinadas com referência ao zero absoluto são
designadas como temperaturas absolutas podendo ser dadas em graus Celsius ou
Fahrenheit. Uma leitura de temperatura na escala Fahrenheit pode ser convertida
para temperatura absoluta somando 460º à leitura Fahrenheit. A temperatura
resultante será dada em graus Rankine (CR).
Na mesma forma, as temperaturas em Celsius podem ser convertidas para tempe-
raturas absolutas somando 273º à leitura centígrada. A temperatura resultante será
dada assim em graus Kelvin (ºK).

38
Para converter temperaturas absolutas a ordinárias e reciprocamente, as seguintes
relações podem ser empregadas: |

ºR = ºF + 460º (2-4)
ep =ºR - 460º (2.5)
K = ºC + 273º (2-6)
OC =ºK- 273º (2-7)
Exemplo 2-4 Um termômetro no tanque de um compressor de ar indica que a
temperatura do ar no tanque é de 95ºF, Determinar a temperatura absoluta em
graus Rankine,

Solução: Aplicando a Equação 2-4

º“R = 95ºF + 460º = 55SºR

Exemplo 2-6 A temperatura do vapor entrando na sucção de um compressor de


refrigeração é de - 20º F. Calcular a temperatura do vapor em graus Rankine.

Solução: Aplicando a Equação 2-4

ºR = - 20ºF + 460º = 440ºR

Exemplo 2-6 Se a temperatura de um gás é de 100ºC, qual a temperatura em


graus Kelvin?

Solução: Aplicando a Equação 2-6

ºK = 100ºC + 273º = 373º%K

Exemplo 2-7 A temperatura do vapor na saída da caldeira é de 610ºR. Qual a


temperatura do vapor na escala Fahrenheit?

Solução: Aplicando a Equação 2-5


“F = 610ºR - 460º = I50ºF

2-14. Direção e Regime de Transmissão do Calor


O calor passará de um corpo para outro quandoe somente quando exista uma dife-
rença de temperatura entre ambos os corpos. Quando um corpo está em equilíbrio
térmico (i.e., à mesma temperatura) com o ambiente circundante, não haverá trans-
ferência de energia calorífica entre o corpo e o ambiente circundante.

39

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A transmissão de calor realiza-se sempre da região de maior temperatura para
a região de menor temperatura (do corpo mais quente para o corpo mais frio) e
nunca na direção oposta. Posto que o calor é energia e, consequentemente, não
é destruído ou consumido em qualquer processo, a energia em forma de calor que
deixa um corpo deverá passar e ser absorvida por outro corpo cuja temperatura
seja menor que a do corpo que está cedendo a energia. A taxa ou regime de trans-
missão de calor é sempre proporcional à diferença de temperatura que causa a
transmissão.

2:15. Métodos de Transmissão do Calor


A transmissão do calor ocorre de três formas: (1) por condução, (2) por convec-
ção e (3) por radiação.

2-16. Condução
A transmissão de calor por condução ocorre quando a energia se transmite por
contato direto entre as moléculas de um só corpo ou entre as moléculas de dois
ou mais corpos em perfeito contato térmico. Em qualquer caso, as moléculas aque-
cidas comunicam sua energia às outras que se encontram imediatamente adjacentes.
A transmissão de energia de molécula para molécula por condução, é similar à que
tem lugar entre as bolas de uma mesa de bilhar, onde toda ou parte da energia de
movimento de uma bola é transmitida no momento do impacto às outras bolas
que se batem.
Quando a extremidade de uma barra de metal é aquecida, parte da energia
calorífica do extremo quente da barra fluirá por condução de molécula para
molécula através desta para a extremidade mais fria. Conforme as moléculas da
extremidade exposta à chama vão absorvendo calor, a energia destas aumenta movi-
mentando-se mais rapidamente e através de uma maior distância. A energia incre-
mentada das moléculas quentes causará um impacto contra as moléculas imediata-
mente adjacentes. No instante do impacto e devido ao mesmo, as moléculas com
maior movimento transmitem parte da sua energia às vizinhas mais lentas, de forma
que estas também começam a aumentar a sua velocidade. Nesta forma a energia
passa de molécula para molécula, do extremo quente da barra para o mais frio.
Todavia, sob nenhuma condição seria possível que as moléculas mais afastadas da
fonte de calor possuissem mais energia que as do extremo quente.
À medida que o calor passa através da barra, o ar circundante e imediato à barra
é também aquecido por condução. As partículas da barra quente em rápida vibra-
ção, batem contra as moléculas do ar que se encontram em contato com a barra.
À energia assim comunicada às moléculas do ar causa um movimento maior, e estas,
adquirindo maior velocidade, comunicam sua energia para outras moléculas do ar
adjacentes. Assim, parte do calor suprido à barra de metal é conduzido e retirado
pelo ar circundante.
Se o fornecimento de calor para a barra for suspenso, o calor continuará passan-
do da barra para o ar circundante até que a temperatura da barra se iguale à do ar.

40

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Quando isso ocorrer, não haverá diferença de temperatura, o sistema estará em equi-
líbrio, não existindo portanto transmissão de calor.
O regime da transmissão de calor por condução, como se enunciou previamente,
está em proporção direta com a diferença de temperatura entre as partes de alta e
baixa temperatura. No entanto, nem todos os materiais conduzem o calor com
a mesma rapidez. Alguns materiais, como os metais, conduzem o calor muito rapi-
damente enquanto que outros, como cristal, madeira e cortiça, oferecem conside-
rável resistência à condução do calor. Portanto, para uma dada diferença de tempe-
ratura, a rapidez do fluxo de calor por condução através de materiais diferentes, do
mesmo comprimento e secção transversal, deverá variar com a capacidade particular
'" dos diferentes materiais para conduzir o calor. À relativa
de condução
do calor num material é conhecida como condutividade térmica. Os materiais bons
condutores de calor possuem uma alta condutividade e os materiais maus condu-
tores possuem uma baixa condutividade e são empregados como isolantes térmicos.
Em geral, os sólidos conduzem calor melhor que os líquidos e estes melhor que
os gases. Isto se explica
pela diferença na estrutura molecular.
Dado que as molé-
culas de um gás se encontram muito separadas, a transmissão do calor por condu-
ção, isto é, por contato direto entre as moléculas, é difícil.

2-17. Convecção
A transmissão de calor por convecção ocorre quando há movimento de calor de
um lugar para outro devido à correntes que se estabelecem no interior de um

distribuindo-se o calor em tada


a massa.

ão
natural.
Fig. 2-3 Quarto aquecido por convecç

41

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fluido. Estas correntes são conhecidas como correntes de convecção resultantes da
modificação da densidade produzida pela expansão da porção aquecida do fluido.
Quando uma porção qualquer de um fluido é aquecida, este expande, aumen-
tando seu volume por unidade de peso. Assim sendo, a porção aquecida é mais leve
e tende a subir, sendo imediatamente substituída por uma porção mais fria e pesada
do fluido. Supondo, por exemplo, que um tanque com água é aquecido na sua
parte inferior central (fig. 2-2), o calor da chama é conduzido através do fundo de
metal do tanque para a água nele contida. Quando a água adjacente à fonte térmica,
absorve calor, a sua temperatura aumenta dilatando-se. A porção aquecida, sendo
mais leve que a água circundante, eleva-se sendo substituída por uma porção de
água mais friae mais densa que cai pelos lados. Ao aquecer, esta nova porção da
água também se eleva e também é substituída pela água dos lados. Continuando
esta sequência, o calor distribui-se em toda a massa de água dev correntes de
às ido
convec que se estabel
ção ecem denda massa.
tro
Correntes de ar quente tais como as que se estabelecem sobre aquecedores €
outros corpos quentes, são conhecidas de todos nós. A Fig. 2-3 ilustra a forma
como são utiliz estasada ses para levar calor a todos os pontos de um espaço
corrent
aquecido.

2-18. Radiação
A transmissão de calor por radiação apresenta-se na forma de um movimento de
onda similar às ondas de luz, onde a energia é transmitida de um corpo para outro
sem necessidade de intervenção da matéria. A energia calorífica transmitida por
movimento ondulatório denomina-se de energia radiante.
Supõe-se que as moléculas de um corpo encontram-se em rápida vibração e que
esta vibração produz um movimento ondulatório no espaço que circunda o corpo.
Nesta forma,a energia molecular interna do corpo se converte em ondas de energia
radiante. Quando essas ondas de energia são interceptadas por um outro corpo de
matéria, estas são absorvidas por este corpo e convertidas em energia interna.
A terra recebe calor do sol por radiação. A energia da vibração molecular do
sol é cedida na forma de ondas de energia radiante ao espaço que circunda o sol.
As ondas de energia viajam através de bilhões de milhas do espaço, cedendo sua
energia sobre a terra e sobre qualquer corpo material que interceptar a sua traje-
tória. A energia radianteé absorvida e transformada
em energia interna de forma
que o movimento vibratório do corpo quente (Sol) é reproduzido no corpo mais
frio (Terra).
Todos os materiais cedem e absorvem calor em forma de energia radiante. Em
qualquer momento em que a temperatura de um corpo é maior que a dos que o
rodeiam, ele cederá por radiação, maior quantidade de calor do que aquela que
absorve. Portanto, perde energia para a matéria que o rodeia, diminuindo a sua
energia interna. Se a temperatura do corpo é inferior à dos materiais circundantes,
aquele absorverá mais energia do que perde, aumentando portanto a sua energia
interna. Se não existir diferença de temperatura, a passagem de energia está em
equilíbrio e o corpo não cede nem recebe energia.

42

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A transmissão de calor através do vácuo não é possível por condução ou con-
vecção, posto que estes processos, por sua própria natureza, requerem que a matéria
seja um meio transmissor, À energia radiante não depende da matéria como meio
de transmissão podendo, portanto, ser transmitida através do vácuo. Além disso,
quando é transferida energia radiante de um corpo quente para um corpo frio,
empregando um veículo, por exemplo ar, a temperatura do veículo não é afetada
pela energia radiante. Como exemplo, o calor é irradiado de uma parede “quente”
para uma parede “fria” através do ar intermediário, sem ter efeito apreciável sobre
a temperatura deste, Dado que as moléculas do ar são relativamente poucas e muito
espaçadas, as ondas de energia radiante podem passar facilmente entre elas de
maneira que somente uma pequena parte da energia radiante é interceptada e absor-
vida pelas moléculas do ar. A maior porção da energia radiante atinge e é absorvida
pela parede sólida, cuja estrutura molecular é mais compacta e substancial.
As ondas de calor são similares às ondas luminosas diferindo delas somente no
comprimento de onda e frequência. As ondas de luz são ondas de energia radiante
de comprimento tal, que são invisíveis ao olho humano. Assim sendo, as ondas
luminosas são ondas caloríficas visíveis. O fato das ondas serem visíveis ou não
visíveis depende da temperatura do corpo irradiante. Por exemplo, se quando aque-
cido um metal até uma temperatura suficientemente alta, aquele emite ondas de
calor visíveis (luz), se diz que brilha.
Quando as ondas de energia radiante, quer sejam visíveis ou invisíveis atingem
o corpo material, podem ser refletidas, refratadas, ou absorvidas por ele, ou podem
passar através dele para qualquer outra substância que se encontrar além dele.
A quantidade de energia radiante que passa por um material depende do grau
de transparência. Um material altamente transparente, por exemplo, cristal ou ar,
permite que a maior parte de energia radiante passe através dele atingindo outros
corpos que o circundam, enquanto que os materiais opacos, por exemplo madeira,
metais, cortiça, não podem ser penetrados por ondas de energia radiante.
A quantidade de energia radiante refletida ou absorvida por um material, depen-
de da natureza e da superfície do material, isto é, de suas textura e cor. Os mate-
riais com superfícies de cor clara e muito polidos, por exemplo um espelho, refle-
tem um máximo de energia radiante, enquanto que os materiais que têm superfícies
rugosas, opacas e escuras, absorvem a maior quantidade de energia radiante,

2-19. Unidade Térmica Britânica


A quantidade de energia calorífica (Q) mede-se em Unidades Térmicas Britânicas
(Btu). A Unidade Térmica Britânica define-se comoa quantidade de calor necessário
para mudar a temperatura de 1 Ib de água 1ºF. Adicionando a 1 Ib de água, 1 Btu
aumentará em 1ºF a temperatura da água. Igualmente, retirando 1 Btu de 1 Ib de
água diminuirá a temperatura da água em 1ºF,
Dado que a quantidade de calor necessário para mudar a temperatura da água
IF varia ligeiramente com o alcance da temperatura, a Btu é definida em forma
mais correta como 1/1802 parte da quantidade de calor necessário para elevar
a temperatura de 1 Ib de água da sua temperatura de congelamento (32ºF) até a
temperatura de ebulição de (212ºF), mudança, portanto, de 180ºF.

43
À taxa de fluxo de energia térmica, também identificada pela letra Q, é dada
em Btu por minuto ou Btu por hora (Btuh). É importante salientar que taxas de
fluxo de energia são realmente expressões de potência, a taxa de realizar trabalho.

2-20. Calor Específico


O calor específico (c) de qualquer substância é a quantidade de energia em Btu,
necessária para mudar a temperatura de 1 Ib massa 1ºF. Por exemplo, o calor espe-
cífico do bronze é de 0,089 Btu/lb ºF. Isto significa que 0,089 Btu de energia tér-
mica deverão ser fornecidos a 1 Ib de bronze para aumentar a sua temperatura
de 1ºF. Inversamente, 0,089 Btu de energia deverão ser retiradas do bronze para
reduzir sua temperatura de 1ºF. Veja-se que o calor específico da água, conforme
a definição de Btu, é determinado como 1 Btu por libra por grau Fahrenheit
( Btu/lbºEF).
Embora o calor específico de qualquer substância varie com a temperatura, para
a maior parte dos líquidos e dos sólidos a variação é pequena, podendo aquele ser
considerado como constante para a maior parte dos cálculos rotineiros. Não obs-
tante, o calor específico de uma substância muda significativamente com uma
mudança de fase. Por exemplo, o calor específico da água é de 1 Btu/IbºF, enquan-
to que o correspondente ao gelo é de 0,5 Btu/lbºF.
O calor específico de qualquer gás adota diferentes valores dependendo das
condições sob as quais a temperatura do gás possa ou não sofrer modificações.
O calor específico dos gases será discutido no Capítulo 3.

2-21. Cálculo da Quantidade de Calor


Da definição do calor específico, resulta evidente que a quantidade de calor que
se deve adicionar ou retirar de uma dada massa de material para obter uma mudança
específica na sua temperatura, pode calcular-se mediante a seguinte equação:

= (m()(T- Ti) (2-8)


onde; Q = Quantidade de energia térmica em Unidades Térmicas Britânicas.
m = Massa em libras
c = Calor específico em Btu por libra por grau Fahrenheit (Btu/lb “F)
T,= Temperatura inicial em graus Rankine ou graus Fahrenheit
T;= Temperatura final em graus Rankine ou graus Fahrenheit, compa-
tível com 7,.

Observe-se que a massa da relação de escoamento pode ser substituída pela quan-
tidade de massa (m) na Equação 2-8, em cujo caso Q será uma relação de fluxo de
energia térmica em vez de uma quantidade de energia térmica.

Exemplo 2-8 Vinte libras de água a uma temperatura inicial de 80 ºF são aqueci-
das até atingirem a temperatura de 190ºF. Calcular a quantidade de energia suprida.

du ã
Solução: Aplicando a Equação 2-8,

O = (20 1b)( Btu/lb ºF) (190º - 80º) = 2200 Btu

Exemplo 2-9 Supondo que 30 galões/min de água são resfriados de 60 “F para


40 ºF, calcular a energia térmica extraída em Btu/h,

Solução: Da Tabela 1-2, um galão de água pesa aproximadamente 8,33 lb, de


forma que a massa da taxa de vazão é (30 galões/min X 8,33 Ib/galão X 60 min)
14 994 Ib/h. Aplicando a Equação 2-8,

OQ = (14994 Ib/h)(1 Btu/lb “F) (40º - 60º) = - 299 880 Btu/h

, Observe-se no Exemplo 2-9 que o resultado obtido da Equação 2-8 será negativo
quando T;, é menor que 7,, indicando este fato que a energia térmica é transferida
desde o material em questão mais do que para elb. Exceto em problemas que envol-
vem um balanço de energia, o sinal negativo é usualmente desprezado.

2-22. Calor Sensível e Calor Latente


O calor transferido para ou desde uma substância pode produzir uma mudança na
fase da substância ou uma mudança na temperatura da mesma. O calor se divide
em duas classes ou categorias, dependendo de qual dos dois efeitos produz sobre
o material que o absorve ou cede. Quando o calor absorvido ou cedido por um
material causa ou acompanha uma mudança na temperatura deste, o calor trans-
mitido é denominado de calor sensível, enquanto que a energia que causa ou
acompanha uma mudança de fase é conhecida como calor latente.
Ao avançarem na escala de temperaturas, muitos materiais sofrerão duas mudan-
ças no seu estado de agregação, Primeiramente eles passam do estado sólido para o
estado líquido, e depois, ao aumentar ainda mais a temperatura do líquido acima
de um ponto a partir do qual não mais pode existir nesta condição, mudará este
para o estado de vapor. Quando a mudança ocorre entre as fases de sólido e líquido
em qualquer direção, o calor latente que intervém é denominado de calor latente
de fusão,
Quando a mudança ocorre entre as fases de líquido e vapor, qualquer que seja
a direção da mudança, o calor latente envolvido nesta é denominado de calor
latente de vaporização.

2-23. Calor Sensível de um Sólido


Para obter uma melhor idéia do conceito de energia molecular (interna), conside-
rem-se os efeitos progressivos da energia na medida que é suprida a uma substância
sólida cuja condição termodinâmica inicial é tal que a temperatura é a do zero
absoluto (O “R). Teoricamente, nesta condição as moléculas da substância não pos-
suem energia estando em repouso absoluto.

45
Quando é suprida energia ao sólido, seja como calor ou como trabalho, as molé-
culas começam a vibrar lentamente e a temperatura do corpo começa a se elevar,
Quanto mais energia é fomecida, mais aumentam o movimento molecular e a tem-
peratura do sólido até o sólido atingir a temperatura de fusão. A quantidade total
de energia necessária para elevar a temperatura do sólido da condição inicial de
zero absoluto até a temperatura de fusão, é conhecida como calor sensível do
sólido, podendo ser calculada mediante aplicação da Equação 2-8.

2-24. Calor Latente de Fusão


Uma vez atingida a temperatura de fusão, as moléculas do sólido têm o máximo
de movimento possível dentro dos limites da rígida estrutura molecular existente
na fase sólida. Neste ponto, qualquer energia adicional fornecida ao sólido fará
com que uma parte deste inicie sua passagem para a fase líquida, e se for suprida
suficiente energia, a massa total do sólido passará para a fase líquida, sendo que a
temperatura permanecerá constante. Isto aplica-se literal e somente aos sólidos
cristalinos; sólidos não cristalinos, tais como vidro, têm uma temperatura indefinida
de fusão, ou seja, a temperatura se modificará durante a mudança de fase. No
entanto, quando se pretende calcular a quantidade de calor, considera-se que a
temperatura permanece constante durante a mudança de fase.
A temperatura exata à qual a fusão ocorre, varia com os diferentes materiais e
com a pressão. Por exemplo, sob pressão atmosférica normal a temperatura de fusão
do chumbo é de aproximadamente 600ºF enquanto que o cobre funde a 2000ºF
aproximadamente e o gelo a 32ºF. Em geral, a temperatura de fusão diminui à
medida que a pressão aumenta, exceção feita para os sólidos não cristalinos, cujas
temperaturas de fusão aumentam ao aumentar a pressão. Na maior parte dos
casos, o efeito da pressão sobre a temperatura de fusão é relativamente pequeno,
permanecendo a temperatura de fusão praticamente constante dentro de uma faixa
de pressões relativamente ampla.
A energia suprida a uma substância durante a mudança da fase sólida para a fase
líquida é utilizada pelas moléculas para vencer parcialmente as forças de atração
que as unem. Então, separam-se umas das outras. Podendo movimentar-se por
cima e à volta umas das outras, o material perde rigidez, abandonando o estado
sólido convertendo-se em fluido. Na fase líquida a substância não pode suportar-se
independentemente adotando a forma do recipiente que a contém,
A atração existente entre as moléculas de um sólido é considerável necessi-
tando de uma quantidade relativamente elevada de energia para vencer essa atração.
Para qualquer substância, o calor latente de fusão é a quantidade de energia neces-
sária por unidade de massa para produzir a mudança de fase entre as fases de
líquido e de vapor. Estes valores podem ser obtidos de Tabelas e são dados em
unidades de Btu por libra. .
Resulta importante sublinhar que a mudança de fase se produz em qualquer
direção à temperatura de fusão; isto é, a temperatura à qual o sólido começa a
fundir para se transformar em líquido é a mesma à qual o líquido começa a congelar
para se transformar em sólido. A quantidade de energia necessária para realizar

46
a mudança será a mesma em ambos os casos e pode ser calculada pela seguinte
equação:
Q = (m) (h,) (2-9)

onde: Q = quantidade de calor latente em Btu


m = massa em libras
ha = calor latente de fusão em Btu por libra

Exemplo 2-10 Se o calor latente de fusão da água for 144 Btu/lb, determinar a
7 a de calor latente retirada de 10 lb de água a 32ºF se sua temperatura
congelamento for 32ºF.
Solução: Aplicando a Equação 2-9,

O, = (10 1b)(144 Btu/lb) = 1440 Btu

Exemplo 2-11 Suponha que 2000 Btu de energia são supridas a 25 Ib de gelo
a 32ºF. Quantas libras de gelo transformar-se-ão em água?

Solução: Redispondo e aplicando a Equação 2-9

O dho= — BU op
mº Oh a Brun
Exemplo 2-12 Calcular a quantidade de resfriamento (taxa de fluxo de energia
em Btu/por hora) produzido pelo gelo fundente à taxa de 150 Ib/h.

Solução: Aplicando a Equação 2-9

Q, = (150 1b/h) (144 Btu/lb) = 21 600 Btu h

No exemplo 2-12 vimos que Q, é uma taxa de fluxo de energia uma vez que m
é a massade taxade vazão.

2-26. Calor Sensível do Líquido


Quando uma substância passa do estado sólido para o estado líquido, o líquido
resultante encontra-se à temperatura de fusão. Se o líquido é retirado do contato
do gelo fundido, a temperatura do líquido será aumentada devido à adição de
energia. A energia cedida a um líquido após a mudança de fase aumenta a energia
cinética interna (velocidade molecular) do fluido, aumentando consequentemente
a temperatura. Aqui novamente é atingida uma condição onde as moléculas do
fluido possuem a máxima velocidade possível dentro dos limites da fase líquida.
Quando esta condição é alcançada, o líquido encontrar-se-á à máxima temperatura

47

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que pode alcançar numa fase líquida
a uma determinada pressão,e qualquer energia
adicional cedida ao líquido fará que parte deste se transforme em vapor. Quanto
mais energia for cedida, mais o líquido vaporizará passando para a fase de vapor
permanecendo constante a temperatura do fluido na condição de que a pressão
sobre este permaneça constante.
A quantidade total de energia cedida ao líquido para aumentar sua temperatura
desde a temperatura de fusão até a temperatura de é conhecida como
calor sensível do líquido e pode ser calculada mediante a Equação 2-8 que, por
razões óbvias, é denominada de equação
do calor sensível.

2-26. Temperatura de Saturação


A temperatura à qual um fluido muda da fase de líquido para a fase de vapor ou,
inversamente, da fase de vapor para a fase líquida, denomina-se de temperatura
de saturação. Um líquido à temperatura de saturação é denominado de líquido
saturado, e o vapor na temperatura de saturação é denominado de vapor saturado.
Para uma dada pressão, a temperatura de saturação é a máxima temperatura que
o líquido pode ter, sendo a mínima temperatura para o vapor. |
A temperatura de saturação é diferente para diferentes fluidos e, para um fluido
particular, varia consideravelmente com a pressão do fluido, O ferro, por exemplo,
vaporiza aproximadamente à temperatura de 4450ºF, o cobre a 4250ºF e o
chumbo a 3000ºF, Sob a pressão de uma atmosfera, a água vaporiza a 212ºF e
o álcool a 170ºF. Alguns líquidos vaporizam a temperaturas extremamente baixas.
Alguns deles são amônia, oxigênio e hélio que vaporizam respectivamente sob
pressão atmosférica normal a - 28ºF, - 296ºF e -452ºF.
O efeito da pressão sobre a temperatura de saturação dos fluidos será discutido
detalhadamente no Capítulo 4.

2-27. Calor Latente de Vaporização


Qualquer energia fornecida a um líquido depois deste atingir a temperatura de
saturação, é utilizada para aumentar o grau de separação molecular (aumento da
energia potencial interna), passando o fluido da fase líquida para a fase de vapor*
Posto que não existe aumento na energia cinética interna (velocidade molecular),
a temperatura do fluido permanece constante durante a mudança de fase, e o
vapor resultante fica à temperatura de vaporização (saturação).
Quando a substância muda da fase líquida para a fase de vapor, as moléculas
daquela adquirem energia suficiente para vencer todas as forças restritivas, incluindo
a força da gravidade. Por esta razão, a capacidade de uma substância para absorver
energia quando submetida à mudança da fase líquida para a de vaporé enorme,

* Parte da energia fornecida à substância deixa esta como trabalho externo, não tendo efeito
sobre a energia interna da substância. Quando 'a pressão é constante, a quantidade de trabalho
efetuado é proporcional à variação no volume. O trabalho externo será discutido na Secção 2-29.

48

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várias vezes maior que a sua capacidade de absorção de energia quando passa da
fase sólida para a fase líquida.
A quantidade de energia que 1 Ib massa de líquido absorverá do da fase
líquida para a fase de vapor ou da fase de vapor para a fase líquida, denomina-se
calor latente de vaporização. O calor latente de vaporização é diferente para dife-
rentes fluidos e, tal como a temperatura de saturação, varia significativamente com
a pressão para qualquer líquido particular. Em geral, quando aumenta a pressão, a
temperatura de saturação do fluido aumenta e o calor latente de vaporização di-
minui.
A quantidade de energia necessária para vaporizar ou condensar uma dada massa
de fluido à temperatura de saturação pode ser determinada pela seguinte equação:
O, = (m)(hç) (2-10)
onde: Q LS = quantidade de energia térmica latente em Btu
m = massa em libras
he = calor latente de vaporização em Btu por libra

Exemplo 2-13 Determinar a quantidade de energia necessária para vaporizar


20 galões de água a 212ºF se o calor latente de vaporização da água a essa tempe-
ratura for de 970 Btu/lb.

Solução: Da Tabela 1-2, 1 galão de água pesa aproximadamente 8,33 Ib, de forma
que a massa total da águaé de 166,6 Ib. Aplicando
a Equação 2-10,

O, = (166,6
1b) (970 Btu/lb) = 161 600 Btu

Exemplo 2-14 Suponha que


se cedem 40 000 Btu de energia térmica a 50 Ib de
água
a 190ºF. Que porção desta água, em libras,
será vaporizada?
Solução: A temperatura da água deverá primeiro ser elevada até a temperatura
de saturação e posteriormente vaporizada. Considerando que a água está em um
recipiente aberto sob pressão atmosférica normal e aplicando a Equação 2-8,
determinaremos o calor sensível solicitado.

Q, = (SO lb)(1 Btu/lbºF)(212ºF— 190º) = 1100 Btu


Subtraindo o calor sensível necessário do calor total fommecido determinaremos
o calor latente útil,

O, = Q,- Q, = 40000 Btu - 1100 Btu = 38 900 Btu


Redispondo e aplicando a Equação 2-10,

38 900 Btu :
m = Cuba * somos O

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2-28. Superaquecimento — o Calor Sensível do Vapor
Uma vez o líquido vaporizado, a temperatura do vapor resultante pode aumentar-se
pela adição de calor. O calor adicionado ao vapor após a vaporização é o calor
sensível do vapor, também comumente chamado de superaquecimento. Quando
a temperatura de um vapor tiver aumentado acima da temperatura de saturação
correspondente, diz-se que o vapor se encontra superaquecido, sendo denominado
de mpor superaquecido. Os vapores superaquecidos são longamente discutidos
em outro Capítulo.

2-29, Trabalho Externo


Nas secções precedentes foi demonstrado que ambas, a energia cinética interna
(velocidade molecular) e a energia potencial interna (grau de separação molecular)
de uma substância podem ser aumentadas ou diminuídas transferindo energia para
ou desde a substância, respectivamente. Deve-se reconhecer, também, que nem
toda a energia transferida para uma substância fica nela armazenada aumentando
a sua energia interna. Às vezes, parte de toda a energia transferida para a substância
passa por ela e a deixa na forma de trabalho mecânico. Deve também ser admitido
que pode ser transferida energia para uma substância na forma de energia mecânica
(trabalho) assim como na forma de energia térmica. Por exemplo, a cabeça de um
prego na qual são aplicados golpes de martelo, tornar-se-á quente devido à energia
mecânica transmitida ao prego por cada batida do martelo. Como as moléculas
de metal localizadas na cabeça do prego são agitadas pelas batidas do martelo, seu
movimento ou velocidade aumenta, e a temperatura da cabeça do prego aumentará
consequentemente. Se um arame é curvado rapidamente para dentro e para fora,
a parte curvada do arame torna-se quente devido à agitação molecular. Também é
fato conhecido o aumento na temperatura devido ao atrito de duas superfícies
friccionadas conjuntamente.
Às vezes a energia externa de um corpo é convertida em energia interna ou
vice-versa. Por exemplo, um projétil movimentando-se para o alvo, possui energia
cinética devido a sua massa e velocidade. No instante do impacto com o alvo, o
projétil perde a sua velocidade e uma parte da sua energia cinética é cedida às
moléculas de ambos, o projétil e o alvo, de forma tal que a energia de cada um
deles aumentará,

2-30. Equivalente Mecânico da Energia


Fregiientemente torna-se necessário expressar trabalho ou energia mecânica em
unidades de energia térmica. Experiências estabeleceram que 778 Ib/pé de tra-
balho ou energia mecânica são equivalentes a 1 Btu de energia térmica. Este valor
é conhecido como equivalente da energia mecânica, sendo a letra / tradicional-
mente usada para representar esta quantidade nas correspondentes equações. As
relações de trabalho ou energia mecânica com energia térmica podem ser vistas
na equação abaixo:
.— (2:11)
e,
50
Exemplo2 i» Determinar a energia térmica equivalente de 36 000 Ib-pé de
energia mecânica.

Solução: Aplicando a Equação 2-11,

Q = 36000 ibipó À 46,27 Btu


778 Ib-pé/Btu

Exemplo 2-16 Expressar 15 Btu de energia térmica como trabalho em unidades


de energia mecânica.

Solução: Aplicando a Equação 2-11,

Q = (15 Btu)(778 pé-lb/Btu) = 11 670 Ib-pé

2-31 EQUIVALENTES DE SISTEMA MÉTRICO


No sistema métrico (SI) de medidas, energia térmica, assim como todo trabalho e
energia, são medidos em joules. O joule foi previamente definido como a quanti-
dade de energia ou trabalho necessária para produzir em uma massa de 1 kg uma
aceleração de 1 m/s*.
A Equação 2-8 pode ser usada para calcular a quantidade de calor sensível trans-
mitido, em cujo caso Q,, deverá ser em joules, a massa (m) em quilogramas, a
temperatura em graus Celsius ou Kelvin, e o calor específico (c) em joules por
quilograma por grau Kelvin (J/kg “K). Quando m é a massa da taxa de vazão em
Q será a taxa de fluxo de energia em joules por segundo
quilogramas por segundo,
ou watts. Veja-se que a taxa de fluxo de energia é uma expressão de potência.
As quantidades de calor latente, em joules, podem ser determinadas mediante
as Equações 2-9 e 2-10 quando o calor latente de fusão (h;,) e o calor latente de
vaporização (h,,) são dados em joules por quilograma. Tabela 1-2, o calor
latente de fundo (h,r) para água é 334,71 J/g, e o calor latente de vaporização (A ,)
sob pressão simondários normal (temperatura de saturação de 100ºC) é 2255 Jip.

Exemplo 2-17 Vinte quilogramas de água à temperatura inicial de 25ºC são


aquecidas até que a temperatura seja aumentada para 80ºC. Calcular a quantidade
de energia térmica cedida.

Solução: Da Tabela 1-2, o calor específico da água é 4190 J/kg “K. Aplicando
a Equação 2-8, o calor sensível aplicado,

O, = (20 kg) (4190 J/kg *K) (80º = 25º) = 4609 kJ


Exemplo 2:18 0,1 mº de água são resfriados de 39ºC para 2ºC. Determinar a
quantidade de energia térmica extraída da água.

Solução: Adotando a densidade da água de 1 000 kg/m?, a massa de água é


51

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+

(0,1 m? X 1000 kg/m?) 100 kg. Aplicando a Equação 2-8, o calor sensível rejei-
tado é:
O, = (100 kg) (4190 J/kg *K) (39º- 2º) = 15 500kJ.
Exemplo 2:19 Supondo que 30 kg/s de água são resfriados de 35ºC para 10ºC,
calcular a taxa de fluxo de energia necessária em joules por segundo (watts).

Solução: Aplicando a Equação 2-8, a taxa de fluxo de energia:

Q, = (30 kg/s) (4190 J/kg “K) (35º - 10ºC) = 3142,5 kJ/s ou kW

Exemplo 2-20 Calcular a taxa de esfriamento (taxa de fluxo de energia em joules


por segundo ou watts) produzida pela fusão do gelo à taxa de 150 kg/h (2,5 kg/s).

Solução: Da Tabela 1-2, o calor latente de fusão do gelo é de 335 kJ/kg. Aplicando
a Equação 2-9, a taxa de resfriamento latente,

O, = (2,5 kg/s) (335 kJ/kg) = 837,5 kJ/s ou kW

Problemas Usuais
2-1 Converter as seguintes temperaturas Celsius em temperaturas Fahrenheit
equivalentes: (a) 25º€, (b) -40ºC e (c) 130ºC.
2-2 Converter as seguintes leituras de temperatura Fahrenheit em temperaturas
equivalentes na escala Celsius: (a) - 10ºF, (b) 80ºF e (c) -215ºF.
2-3 A temperatura do ar passando através de uma serpentina de aquecimento
aumenta de 20ºF para 120ºF, Qual é o aumento da temperatura em graus
Celsius?
2-4 Converter as seguintes leituras de temperatura Fahrenheit em temperaturas
equivalentes em graus Rankine: (a) 0ºF, (b) -150ºF e (c) 32ºF.
2-6 Converter as seguintes temperaturas em graus Kelvin em temperaturas
equivalentes em graus Celsius: (a) 135ºK
e (b) 310ºK.
2-6 Trinta galões de água são aquecidos de 75ºF para 180ºF. Determinar a
quantidade de calor necessária em Btu,
2-7 Em um determinado processo industrial 5000 galões de água são resfriados
de 90ºF para 5SºF por hora. Calcular a taxa de resfriamento necessária
em Btu por hora.
2-8 Calcular a quantidade de energia térmica em Btu que deve ser retirada de
60 galões de água a 45ºF para congelá-la a 32ºF.
2-9 Se 12120 Btu são cedidos a 3 galões de água a 198ºF em um recipiente
aberto, qual será a massa de água que vaporizará, expressa
em libras?

52

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2-10 Um gás expandindo em um cilindro produz 25 000 Ib-pé de trabalho sobre
o pistão. Determinar a quantidade de energia térmica em Btu, para realizar
o trabalho,

Problemas Métricos
2-11 A temperatura de 150 kg de água é elevada de 15º para 85ºC mediante
adição de calor. Qual a energia térmica cedida em joules?
2-12 Dois metros cúbicos de água por segundo são resfriados de 30ºC para
2ºC. Calcular a taxa de transmissão de calor em joules por segundo (watts).
2-13 Qual a taxa de resfriamento em joules por segundo produzida pela fusão
de gelo à taxa de 12,36 kg/s?
2-14 Determinar a quantidade de calor em joules necessária para vaporizar SO kg
de água à temperatura de saturação de 100ºC.
2:15 A vinte quilogramas de água a 65ºC são cedidas 5000 kJ de energia térmica.
Qual a massa de água que será vaporizada?
2:16 Converter 10 000 J (10 kJ) de energia para energia térmica em Btu,
2-17 Converter 500 J (0,5 kJ) para energia mecânica em libras-pé.
2-18 Converter 150 Btu de energia térmica em unidades de energia em Joules.
2:19 Um gás expandindo em um cilindro cede 10000 Ib-pé de trabalho ao
pistão. Qual a energia requerida em joules?
2-20 Energia térmicaé transferida para um fluido à taxa de 15 W. Qual
a taxa
de fluxo de energia em Btu por hora?
2:21 Uma bomba necessita de uma potência de 2,85 hp. Qual a potência reque-
rida em watts?

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3
PROCESSOS COM GASES IDEAIS

3-1. Efeitos do Calor sobre o Volume


Quando é aumentada seja a velocidade das moléculas ou o grau de separação mole-
cular pela adição de energia, a distância média das moléculas é aumentada conse-
quentemente e o material dilata de forma que uma unidade de peso do material
ocupará um maior volume. Este efeito está em estrito acordo com a teoria de ativi-
dade molecular aumentada ou diminuída conforme descrito anteriormente. Por-
tanto, quando é adicionada ou retirada energia a um determinado material não
confinado em qualquer um dos três estados físicos, a substância dilatará ou con-
trairá, respectivamente, isto é, o seu volume aumentará ou diminuirá com a adição
ou remoção de energia.
Uma das poucas exceções a esta regra é a água. Se a água for resfriada,
o seu
volume diminuirá normalmente até a temperatura atingir aproximadamente 39,2ºF
(4ºC). Neste ponto a água apresenta a sua máxima densidade e, se continuar o pro-
cesso de resfriamento, começará a expandir e continuará a fazê-lo até a tempe-
ratura atingir a de 32ºF (0ºC), ponto no qual inicia a solidificação a qual será acom-
panhada de uma expansão maior ainda. Um pé cúbico de água congela para formar
aproximadamente 1,085 pés? de gelo. O anterior explica a tremenda força expansiva
criada durante a solidificação, que é suficiente para quebrar tubos de aço e outros
recipientes contentores.
Embora a expansão da água quando de sua solidificação pareça contradizer o
enunciado de que na fase sólida as moléculas de uma substância estão unidas umas
às outras, esse não é o caso no estado líquido. Esta aparente contradição explica-se
de acordo com a hipótese de que o gelo é um sólido cristalino, e embora as molé-
culas se encontrem na realidade reunidas no estado sólido, agrupam-se para formar
cristais. São os espaços relativamente grandes entre os cristais do sólido, mais que
um aumento na distância das moléculas, o que explica o aumento do volume
durante a solidificação.

3-2. Expansão de Sólidos e Líquidos


Quando um sólido ou um líquido é aquecido de forma que aumenta a sua tempe-
ratura, este dilatará uma determinada quantidade para cada grau de elevação da
temperatura. Como já foi enunciado, muitos aparelhos de medição de temperatura
estão baseados neste princípio. A quantidade de expansão que experimenta um
material para cada grau de elevação da temperatura é conhecida como coeficiente
de expansão do material. Este coeficiente de expansão é diferente para cada mate-

55

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rial, variando para qualquer material particular, dependendo da faixa de tempe-
ratura na qual ocorre a mudança.
Dado que os sólidos e os líquidos não são facilmente compressíveis, se um
sólido ou líquido se encontra restrito e confinado de forma que o seu volume não
possa mudar normalmente com uma mudança na temperatura, criam-se pressões
enormes no interior do material e no interior dos corpos que os restringem o que
poderá causar deformação ou rutura seja do material, dos elementos de restrição
ou de ambos, Para permitir a expansão e contração normais que ocorrem devido
às mudanças de temperatura, nas estradas são colocadas juntas de expansão, na
mesma forma que em pontes, tubulações, etc. Também os recipientes de líquido
nunca devem ser completados totalmente devendo ser deixado um espaço sufi-
ciente para a expansão normal do fluido. Se não forem observados os cuidados
acima, as elevadas forças expansivas que são geradas quando do eventual ou propo-
sital aumento da temperatura podem causar a rutura dos recipientes, algumas vezes
com força explosiva.

3-3. Relações: Pressão — Temperatura — Volume dos Gases


Devido à sua estrutura molecular livre, a mudança no volume dos gases ao serem
resfriados ou aquecidos é muito maior que a que ocorre em líquidos ou sólidos.
Nas secções seguintes demonstrar-se-á que um gás pode mudar a sua condição em
várias formas diferentes e que existem certas leis fundamentais que comandam
as relações existentes entre pressão, temperatura e volume do gás, durante essas
mudanças.
As relações entre essas diversas propriedades são mais facilmente examinadas
quando o gás pode sofrer uma série de processos independentes durante os quais
passa de algum estado inicial para algum estado final de tal modo que somente
duas das três propriedades podem mudar enquanto a terceira propriedade é man-
tida constante ou intermutável.
Quando da aplicação da lei dos gases, é importante ter em conta que os gases
sempre ocupam totalmente o volume do recipiente que os contém e que os calores
para as diferentes propriedades dos gases deverão ser determinados partindo de
pontos zero iniciais.

3-4. Processos a Pressão Constante


Se um gás for aquecido sob condições tais que sua pressão se mantenha constante,
o volume do gás aumentará em proporção direta com sua mudança da temperatura
absoluta. Isto é a afirmação da lei de Charles para processos a pressão constante,
Escrita como equação, com p constante

T, V, ci T V, (3-1)

onde: T,= temperatura absoluta inicial do gás


T,= temperatura absoluta final do gás

56
V,= volume inicial do gás
V)= volume final do gás

Para melhor visualizar uma mudança sob pressão constante, consideremos que
o gás está confinado em um cilindro equipado com um pistão perfeitamente ajus-
tado, sem atrito (Fig. 3-1a). A pressão total do gás é aquela exercida sobre ele
pela massa do pistãoe pelo ar no topo do pistão. Dado que o pistão pode se movi-
mentar livremente para cima e para baixo no cilindro, o gás pode se expandir ou
contrair (mudar o seu volume) de forma tal que sua pressão permaneça constante.
Se o gás for aquecido, sua temperatura e volume aumentarão,é o pistão movimen-
tar-se-á portanto para cima no cilindro. Quando o gás é resfriado, sua te
e volume diminuem; o pistão deslocar-se-á para baixo no cilindro. Em ambos os
casos, a pressão do gás permanece constante ou invariável.

Exemplo 3-1 Um gás possuindo um volume inicial de 3 pés” a uma temperatura


de 520ºR é aquecido sob pressão constante até o seu volume aumentar para 10
pés”. Determinar a temperatura final do gás em graus Rankine.

ljPistão|
E to E: E

1 P = 100 Ib/po?? a
. T=500ºR

Fig. 3-1 Processoa pressão constante. (a) Gás confinado num cilindro perfeita-
mente ajustado e sem atrito. (b) Se o gásé aquecido, tanto temperatura como
volume aumentam, O aumento no volume é exatamente proporcional ao aumento
na temperatura absoluta. (c) Se o gás é resfriado, tanto a temperatura quanto o
volume diminuem. A diminuição no volume é exatamente proporcional à diminui-
ção na temperatura absoluta. |

57

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Solução: Reagrupando e aplicando a Equação 3-1,

T, Va n (520º R) (10 pés?)


T, = = 1040 ºR
V, 5 pés?

Exemplo 3-2 Um gás com temperatura inicial de 80ºF é resfriado sob pressão
constante até que a sua temperatura seja de 40ºF. Se o volume inicial do gás for de
8 pés”, qual será o seu volume final?
Solução: Dado que a temperatura é dada em graus Fahrenheit, estes deverão ser
convertidos para graus Rankine. Reagrupando e aplicando a Equação 3-1,

Ta V, (40ºF + 460º ) (8 pés”)


VOO — TT ————ememma meme mm 7 À 3
Ê T 80ºF + 460º Mp

3-bB. Relação Pressão-Volume a Temperatura Constante


Quando é aumentado ou diminuído o volume de um gás sob condições tais que sua
temperatura não muda, a: pressão absoluta variará em forma inversa ao volume.
Assim sendo, quando um gás é comprimido (diminuição do seu volume) man-
tendo-se a temperatura constante, a pressão absoluta aumentará proporcionalmente
à diminuição do volume. Em forma semelhante, quando um gás expande sob tempe-
ratura constante a pressão absoluta deste diminuirá proporcionalmente ao aumento
do volume. Este é o enunciado da lei de Boyle para um processo a temperatura
constante sendo ilustrado nas Figs. 3-24, 3-2b e 3-2c.
Foi estabelecido anteriormente que as moléculas de um gás se deslocam sem dire-
ção certa e a elevadas velocidades e que estas frequentemente colidem entre si e
com as paredes do recipiente. A pressão exercida pelo gás é uma manifestação
destas colisões moleculares. Bilhões de moléculas de gás que se deslocam a alta velo-
cidade, batem contra as paredes do recipiente durante cada fração de segundo. É
este incessante bombardeio molecular que produz a pressão que exerce um gás
sobre as paredes de um recipiente, A intensidade da pressão exercida depende da
força e frequência dos impactos moleculares sobre uma dada área. Quanto maior
a força e frequência dos impactos, maior será a pressão. O número das moléculas
confinadas em um dado espaço e sua velocidade, determinarão, naturalmente, a
forçae frequência dos impactos. Isto é, quanto maior o número de moléculas
(maior quantidade de gás) e mais elevada a velocidade das mesmas (maior tempe-
ratura do gás) maior será a pressão. A força com a qual as moléculas batem no reci-
piente, depende somente da velocidade daquelas. Quanto mais elevada for a velo-
cidade, maior será a força de impacto. Quanto maior for o número de moléculas
em um dado espaço e mais alta a velocidade, maior será a frequência com a qual
as moléculas batem sobre as paredes do recipiente.
Quando um gás é comprimido sob temperatura constante, a velocidade das
moléculas permanece constante. O aumento na pressão que se verifica explica-se

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Calor adicionado
ta) (b)

Fig. 3-2 Processo a temperatura constante. (a) Co inicial.


(b) Expan-
são a temperatura constante — a mudança no volume é inversamente propor-
cional à mudança na pressão absoluta. Deverá ser adicionado calor durante o
processo do expansão para manter constante
a temperatura. (c) Compressão
a temperatura constanté — a mudança no volume é inversamente proporcional
à mudança na pressão absoluta. Deverá ser extraído calor durante a compres-
são para manter a temperatura constante.

pelo fato de que o volume do gás reduz-se e um número dado de moléculas encon-
tra-se confinado em um espaço menor, de maneira que a frequência dos impactos
é maior. A recíproca do anterior, é certa, obviamente, quando um gás é expandido
sob temperatura constante.
Qualquer processo termodinâmico no qual a temperatura da substância operante
não se modifica durante o processo, denomina-se de processo isotérmico (tempe-
ratura constante).
A lei de Boyle para um processo a temperatura constante pode-se representar
pela seguinte equação, quando a temperatura é mantida constante;

PV: = pala (3-2)


onde: p; = pressão absoluta inicial
pa = pressão absoluta final
V, = volume inicial
V, = volume final

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Exemplo 3-3 Três libras de ar são expandidas a temperatura constante desde um
volume inicial de 1,9 pés” para um volume final de 3,8 pés”. Se a pressão inicial
essa 36 Ib/pol?a, qual a pressão absoluta final do ar em libras por polegada

Solução: Reagrupando e aplicando a Equação 3-2,

Ps
Cava. GobipoPa (LI?)
V; TO 38 =18 Ib/pol
a a

Exemplo 3-4 Quatro pés cúbicos de gás são expandidos sob temperatura constante
a partir de uma pressão inicial de 120 Ib/pol*a para uma pressão final de 80 Ib/
pol? a. Determinar
o volume final do gás.

Solução: Reagrupando e aplicando a Equação 3-2,

Va
2 PiVA ( (1201b/polia) (4 pés?) a 6 pés”
Pa 80 Ib/ à

Exemplo 3-5 Uma dada massa de gás cujo volume inicial é de 2 pés? é compri-
mida sob temperatura constante para um volume final de 0,4 pés”. Se a pressão
inicial do gás é de 30 Ib/pol?m, qual a pressão manométrica final do gás em
Ib/pol??
Solução: Somando a re fe ve mim dé 14,7 Ib/pol? à pressão mano-
métrica inicial de 30 Ib/pol? obtemos
a pressão absoluta inicial
de 44,7 Ib/pol?.
Reagrupando
e aplicando a Equação 3-2,

PM (44,7 Ib/pol? a) (2 pés?)


= 223,5 Ib/pol?a
adia 0,4 pé?
Subtraindo a pressão atmosférica,

223,5 Ib/poPa - 14,7 Ib/pol? = 2088 Ib/pol?m !

3-6. Relação Pressão-Temperatura a Volume Constante


Suponhamos um gás contido num cilindro hérmético de forma que o seu volume
não pode mudar quando aquecido ou esfriado (Fig. 3-34). Quando
a temperatura
do gás aumenta pela adição de calor, a pressão absoluta aumentará em proporção
direta ao aumento da temperatura absoluta (Fig. 3-3b). Se o gás é resfriado, a
pressão absoluta deste diminuiráem proporção direta com a diminuição da tempe-
ratura absoluta (Fig. 3-3c). no

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Sempre que a temperatura (velocidade das moléculas) de um gás aumenta perma-
necendo constante o volume do gás (do no qual estão confinadas as molé-
culas), a intensidade da pressão (a forçae ncia dos impactos moleculares
sobre as paredes do cilindro) aumentará consequentemente. Igualmente, quando
um gás é resfriado a volume constante, a força e frequência dos impactos mole-
culares sobre as paredes do recipiente diminuem e a pressão do gás será reduzida.
A redução da força e freqiiência dos impactos moleculares, explica-se pela redução
da velocidade molecular,
A equação abaixoé o enunciado da lei de Charles para processos a volume
constante. Com volume constante:
T,pa = Tadr (3-3)
onde; T, = temperatura absoluta inicial
T, = temperatura absoluta final
p, = pressão absoluta inicial
pa = pressão absoluta final
Exemplo 3-6 Uma determinada massa de ar contida num tanque tem uma tempe-
ratura inicial de 80 “F e uma pressão inicial de 60 Ib/pol? a. Se o gás é aquecido
até atingir a pressão final de 150 Ib/pol?a, qualé a temperatura final do gás
graus Fahrenheit?
Solução: Reagrupando e aplicando a Equação 3-3,

TP: (80ºF + 460º) (150 Ib/pol?a)


Ta é = 1350ºR
Pi 60 Ib/po??a
ou 1350ºR
— 460º = 890ºF

Volume
= 1 pé” l |

Pressão =100
ib/ pol? a om Rj

Temperatura .o :

Adição de calor Extração


de calor
(a) (b) (c)

Fig. 3-3 Processo a volume constante. (4) Condição inicial. (b) A pressão
absoluta aumenta em proporção direta ao aumento na temperatura absoluta.
to paço ne o an 1

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l
dos Gases
3-7. Lei Gera
Da combinação das leis de Charles e Boyle é obtida a seguinte equação:

pv pa Va
T T,
(3-4)
A Equação 3-4 mostra que, para uma dada massa de gás, o produto da pressão
absoluta
pelo volume, dividido pela temperatura absoluta é sempre
uma constante,
istoé,
pV
FA = uma constante (3-5)

O valor desta constante é diferente, logicamente, para gases diferentes e, para


um gás particular, varia com a massa do gás. Não obstante, quando, para qualquer
gás em particular é usada a massa de 1 libra, o volume V representará o volume
específico v, e a Equação3-5 poderá ser escrita:

pv
—-—T = R 3-6
(3-6)
onde: R = Constante
do gás, do gás particular

À constante
R do gás é diferente para cada gás e, para a maioria dos gases poderá
ser determinada em « Alguns gases estão enumerados
na Tabela 3-1.
Multiplicando
ambos os lados da Equação 3-6 pela massa
m obteremos:

pmv = mRT (3-7)


mas, dado que
mo =V (1-2)
então
pV = mRT (3-8)

onde: p = pressão absoluta em libras por pé quadrado


V = volume em pés cúbicos
m = massa em libras
R = constante do gás (Ib-pé por libra por grau Rankine)
T = temperatura absoluta em graus Rankine

A equação 3-8 é conhecida como equação geral dos gases sendo bastante usada
na solução de problemas envolvendo gases. Dado que o valor R para a maioria dos
gases pode ser encontrado em tabelas, se três das quatro propriedades remanescen-
tes são conhecidas,a quarta poderá sé-lo atravésda Equação 3-8.

62

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TABELA 3-1 Propriedades dos Gases

Unidades Inglesas* Unidades SI*

Gás G «G k CG CG RR
Ar 02375 0,169 533 1406 1/0000 0,711 287
Amônia 0,508 0,399 905 1,273 2/1269 1,6705 487
Dióxido de carbono 0,207 0,162 35,1 1,28 0,8709 0,6783 189
Monóxido de carbono 0,243 0,173 55,1 1403 1,0174 0,7243 297
Hidrogênio 341 242 7659 141 14277 10,132 4124
Nitrogênio 0,244 0,173 55,1 141 10216 0,7243 297
Oxigênio 0,218 0,156 483 140 09127 06531 260
Dióxido
de enxofre 0,154 0,123 24,] 1,26 06448 055150 130

*cpecyem Btu/lb ºF e J/g ºK, R em Ib-pé/ib ºR e J/kg ºK.

Exemplo 3-7 O tanque de um compressor


de ar tem um volume de 2 pés” e está
cheio de ar a uma temperatura de 40 “F, Se o manômetro
do tanque indica 150
Ib/pol?, qual a massa de ar no interior do tanque?

Solução: Da Tabela 3-1, R para o ar é 53,3 Ib-pé/lb ºR. Reagrupandoe aplicando


a Equação 3-8,

= (150 b/po m + 14,7 Ib/p(144)


ól?)(2pés*)
nec espa
ra)ce bl
Exemplo 3-8 Duas libras de ar têm um volume de 5 pés”. Se a pressão
do ar é de
125 Ib/pol?a, qual a tempe do ar em graus Rankine?
ratur a
Solução: Da Tabela 3-1,R para
o ar é 53,3. Reagrupandoe aplicando a Equação
3.8, |
m = M25 Ib/pol?
a) (144) (5 pés?)
21) (53,3) eae

3-8. Trabalho Externo


Sempre que um material experimentar uma mudança de volume, realizará um
trabalho. Se o voluíne do material aumenta, o trabalho é realizado pelo material.
Se o volume do material diminui o trabalho é efetuado sobre o material. Conside-
remos por exemplo, um determinado peso de gás contido em um cilindro equipado
com um pistão móvel (Fig. 3-14). Ao aquecer-se O gás, eleva-se a sua temperatura
e este dilata, empurrando para cima o pistão no interior do cilindro, contra a pres-

63

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são atmosférica. O trabalho efetua-se posto que o pistão se desloca numa determi-
nada distância (Fig. 3-1h).*
O elemento que efetua trabalhoé o gás ao se dilatar.
Para efetuar trabalho é necessária energia. Na Fig. 3-1b, a energia requerida
para realizar o trabalho, é fornecida pelo gás so ser aquecido por uma fonte externa.
É possível, contudo, que um gás realize trabalho externo sem necessidade de adição
de energia procedente de uma fonte externa. Nestes casos, o gás realiza o trabalho
às custas da sua própria energia. Isto é, ao se dilatar o gás e efetuar trabalho, a sua
energia cinética interna (e a temperatura) diminui em uma quantidade igual à quan-
tidade de energia necessária para efetuar o trabalho.
Quando um gás é comprimido (seu volume diminui) uma certa quantidade de
trabalhodeve ser efetuada sobre o gás para comprimíi-lo, de modo a que uma deter-
minada quantidade de energia igual à quantidade de trabalho efetuado será cedida
às moléculas do gés durante o processo de compressão. Nesta forma, a energia mecá-
nica devida ao movimento do pistão será transformada em energia cinética interna
do gás (movimento molecular) e, a menos que o gás seja resfriado durante o pro-
cesso de compressão, a temperatura deste aumentará em proporção à quantidade
de trabalho efetuado. O aumento na temperatura do gás conforme este vai sendo
comprimido é um fenômeno comum e pode ser verificado quando se toca a haste
de uma válvula de pneu quando este é enchido com uma bomba manual ou ao tocar
o cabeçote de um compressor de ar.

3-9. Equação Geral da Energia


a o A DD RD DS
um corpo deve conservar-se totalmente. Demonstrou-se que alguma parte (ou
toda) da energia absorvida por um material, pode abandonar
o material como tra-
balho e que somente a porção da energia transmitida que não seja utilizada para
efetuar trabalho externo, permanece no corpo como “energia térmica armaze-
nada”. Toda energia transmitida a um corpo deve conservar-se ou manifestar-se
em algumas das formas a seguir especificadas ou combinação destas: (1) como
um aumento na energia cinética interna, (2) como um aumento na energia poten-
cial interna, ou (3) como trabalho externo realizado. A equação geral da energia
é um enunciado matemático deste conceito e pode-se escrever:

O = AK + AP+ AW (3-9)

onde: 4Q = energia térmica transmitida ao corpo


AK = a parte da energia transmitida que aumenta a energia cinética interna
AP = parte da energia transmitida que aumenta a energia potencial in-
terna
AaW = a parte da energia transmitida que é utilizada para efetuar trabalho
externo

* Também é efetuado um trabalho, para vencer o atrito e a pressão da atmosfera.

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Ao descrever um gás ideal, se disse que as moléculas deste gás estão tão afas-
tadas umas das outras que não existe o fenômeno de atração entre elas, e que
nenhuma porção de energia absorvida por um gás ideal tem qualquer efeito sobre
a energia potencial interna. Assim é evidente que o calor absorvido por um gás
ideal, aumentará a energia cinética interna (temperatura) do gás ou deixará o gás
como trabalho externo ou como ambos, Dado que a mudança na energia potencial
interna, AP, sempre será zero, a equação geral da energia para um gás ideal pode-se
escrever como

AQ =AK + AW (3-10)
De forma a melhor compreender as mudanças na energia que se apresentam durante
os diversos processos, deve-se lembrar que uma mudança na temperatura do gás
indica uma mudança na energia cinética interna inicial do gás, enquanto que uma
mudança no volume do gás indica trabalho executado pelo ou sobre o gás.

3-13. Processo a Volume Constante


Quando um gás é aquecido enquanto está de tal modo comprimido que seu volume
não possa se modificar, a pressão e temperatura se modificarão de acordo com a
-Jei de Charles (Fig. 3-3). Posto que o volume do gás não se modifica, não se efetua
trabalho externo e AW é igual a zero. Pelo exposto, para um processo a volume
constante, indicado pelo subíndice v,

AQ, = AK, (3-11)


A Equação 3-1] estabelece que, durante um processo a volume constante,
toda a energia cedida ao gás aumenta a energia cinética interna deste. Parte alguma
de energia abandona o gás como trabalho. |
Quando um gás é esfriado (retirada de calor), permanecendo constante seu
volume, toda a energia retirada é efetiva para reduzir a energia cinética interna
do gás. Deve-se notar que na Equação 3-10, AQ representa calor transmitido para
o gás, AÁ representa um aumento na energia cinética interna e AW representa
trabalho efetuado pelo gás. Pelo exposto, se o gás cede calor, AQ é negativa. Igual-
mente, se a energia cinética interna do gás, diminui, AK é negativa e, se se efetua
trabalho sobre o gás, em lugar de ser este a efetuá-lo, AW é negativa. Portanto, na
Equação 3-11, quando há resfriamento no gás, tanto AQ como AW' são negativas.

3-14. Processo a Pressão Constante


Se a temperatura de um gás aumenta pela adição de calor enquanto o gás pode se
dilatar de forma que a sua pressão se mantenha constante, o volume do gás aumen-
tará de acordo com a lei de Charles (Fig. 3-1). Posto que o volume do gás aumenta
durante o processo, o gás efetua trabalho ao mesmo tempo que sua energia interna
aumenta. Pelo exposto, enquanto que uma fração da energia transmitida aumenta

67
a energia cinética inicial do gás, outra fração da energia transmitida abandona o
gás como trabalho. Para um processo a pressão constante, identificado pelo sub-
Índice p, pode-se escrever a equação da energia:

AQ, = AK, t AW, (3-12)

3-15. Calor Específico dos Gases


A quantidade de calor necessário para aumentar a temperatura
de 1 Ib de gás de
1ºF enquanto o volume do gás permanece constante é conhecida como calor
específico a volume constante (c,). Em forma similar, a quantidade de calor neces-
sário para aumentar a temperatura de 1 Ib de gás de 1ºF, enquanto o volume do
gás expande a pressão constante é denominado de calor específico a pressão cons-
tante (cp). Para qualquer gás particular, o calor específico a pressão constante é
sempre maior que o calor específico a volume constante. A razão pode ser facil-
mente explicada.
A quantidade de energia necessária para aumentar a energia cinética interna de
um gás de forma que a temperatura deste aumente de 1ºF é exatamente a mesma
para todos os processos.Dado que durante um processo a volume constante nãoé
efetuado trabalho algum, a única energia necessária é a que aumenta a energia
cinética interna. Contudo, durante um processo a pressão constante,
o gás expande
"uma determinada quantidade fixa para cada grau de elevação de temperatura, efe-
tuando uma determinada quantidade de trabalho externo. Portanto, durante um
processo a pressão constante, a energia para efetuar o trabalho, deverá ser cedida
em adição à que aumenta a energia cinética interna. Por exemplo, o calor especí-
fico do ar sob volume constante é de 0,169 Btu/lb “F, enquanto que o calor espe-
cífico
do ar a pressão constante
é de 0,2375 Btu/lb “F. Para qualquer processo,o
aumento da energia interna do ar por grau de elevação da temperatura é 0,169
Btu/lb. Para o processo a pressão constante, as 0,0685 Btu/lb adicionaissão a ener-
gia necessária para efetuar o trabalho que resulta do aumento de volume que acom-
panha a elevação da temperatura.
O calor específico de um gás, pode adotar qualquer valor, positivo ou negativo,
dependendo da quantidade de trabalho que efetua ou efetuou
o gás com a mudança
de sua temperatura.

3-16. Mudança da Energia Cinética Interna |


Durante um processo qualquer, no qual muda a temperatura do gás, haverá uma
mudança na energia cinética interna do gás. Independentemente do processo, quan-
do a temperatura de um peso dado de gás, aumenta ou diminui, a mudança na
energia cinéti caser deter
interna pode minad
pela a
seguinte equação:

AK = (m)(c,)(Ta - Ti) (3-13)


onde: AK = aumento em energia cinética interna em unidades térmicas Britânicas
(Btu)
68

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m = massa em libras
c, = calor específico a volume constante em Btu por libra por grau
Fahrenheit
T, = temperatura inicial em graus Fahrenheit ou graus Rankine
T, = temperatura final em graus Fahrenheit ou graus Rankine

Exemplo 3-9 A temperatura de S Ib de ar é aumentada pela adição de calor,


de uma temperatura inicial de 75 “F a uma temperatura
final de 140 “F.Se 0 c,
para o ar é de 0,169 Btu/lb “F, qual o aumento
em energia cinética interna?

Solução: Aplicando a Equação 3-13,

AK = (5 1b) (0,169 Btu/lb “F) (140º — 75º) = 54,9 Btu

Exemplo 3-10 Doze libras de ar são resfriadas desde uma temperatura inicial
de 95 “F para uma temperatura final de 72 “F. Calcular o aumento na energia
cinética interna. |

Solução: Aplicando a Equação 3-13,

AK = (12 1b) (0,169 Btu/lb ºF) (72º - 95º) = - 46,64 Btu

Veja-se no Exemplo 3-10 que T, é menor que 7,, de forma que AK é negativa,
o que indica que a energia cinética interna diminui ao invés de aumentar.

3-17. Calor Transmitido Durante um Processo a Volume Constante


Para um processo a volume constante, dado que .

AQ, = 4K,
temos: €
sQ, = (m)(c)(To — T1) (3-14)
Exemplo 3-11 Se, no Exemplo 3-9, o gás for aquecido enquanto o seu volume é
mantido constante, qual a quantidade de calor cedida ao gás durante o processo?

Solução: Aplicando a Equação 3-14,

AQ, = (Sb) (0,169 Btu/lb “F) (140º - 75º) = 54,9 Btu


Solução em alternativa: Do Exemplo 3-9, AK, = 54,9 Btu, Posto que AQ, = AK,

8Q, = 54,9 Btu


Exemplo 3-12 Se, no exemplo 3-10, o ar é esfriado enquanto o seu volume

69

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Aplicando
a Equação 3-12,

AQ, = 11,15Btu + 4,52 Btu = 15,67 Btu

Dado que o calor específico a pressão constante c, leva em conta não somente
o aumento na energia cinética interna mas também o trabalho efetuado por libra
e por grau de mudança de temperatura apenas durante um processo a pressão
constante, o calor total cedido durante o processo pode ser determinado pela
seguinte equação:
AO, = (m)(co)(Ta - Ti) (3-18)
Consequentemente, a Equação 3-18 proporciona uma solução altemativa para o
Exemplo 3-15. Da Tabela 3-1, o calor específico do ar a pressão constante, Cp,
é 0,2375 Btu/lb “F. Aplicando a Equação 3-18,

AQ, = (1 1b) (0,2375 Btu/lb ºF) (596º- 530º) = 15,67 Btu


3-20. Diagrama (pV) Pressão-Volume
A Equação 3-4 é uma forma de expressão que demonstra que o estado termodiná-
mico de um gás é adequadamente descrito por duas propriedades quaisquer do gás.
Em consegiiência, usando duas propriedades quaisquer do gás como coordenadas
matemáticas, o estado termodinâmico deste em qualquer momento dado, pode ser
mostrado como um ponto no gráfico, Além disso, quando são conhecidas as condi-
ções sob as quais um gás passa de um estado inicial para um estado final, pode-se
realizar a representação do processo, mediante uma trajetória gráfica.
A representação gráfica de um processo ou ciclo denomina-se de diagrama de
processo ou diagrama de ciclo respectivamente, sendo um auxiliar muito útil nas
análises e soluções de problemas cíclicos.
Dado que o trabalho é uma função da pressão e do volume quando o que inte-
ressa é o trabalho de um processo ou ciclo, as propriedades usadas como coorde-
nadas são geralmente a pressãoe o volume, Quando a pressão e o volume são usados
como coordenadas para executar um diagrama de processo ou ciclo, este diagrama
denomina-se de diagrama de pressão-volume (pV).
Para demonstrar o uso do diagrama pV, ilustra-se na Fig. 3-4 o processo descrito
no Exemplo 3-13. Veja-se que a pressão absoluta em libras por pé quadrado (Ib/
pé?a) usa-se como coordenada vertical, enquanto que o volume em pés cúbicos
é usado como coordenada horizontal.
No Exemplo 3-13, a condição inicial do gás é tal que a pressãoé de uma atmos-
o dia-
ferae o volume de 13,34 pés”. Para estabelecer o estado inicial do gás sobre
grama pV, começa-se na origem e desloca-se para cima seguindo o eixo vertical da
pressão até a pressão estabelecida, 2116 Ib/pé?a. Desenhar uma linha pontilhada
paralela à linha base através deste ponto e atravessandoo diagrama. Seguidamente,
a partir do ponto de origem desenha-se para a direita seguindo o eixo horizontal
do volume até o volume dado de 13,34 pés”, Partindo deste ponto, traçar uma

72

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linha vertical pontilhada através do diagrama. À intercepção das linhas pontilhadas
no ponto 1 estabelece a termodinâmica inicial do gás.
Conforme o Exemplo 3-13, o gás é aquecido e pode
se expandir a pressão cons-
tante até o seu volume atingir
o valor de 15 pés”.
Dado que a pressão permanece igual durante o processo,o ponto representativo
do estado final do gás deverá encontrar-se em algum ponto sobre a linha de pressão
constante já estabelecida. O ponto exato sobre a linha de pressão que representa
o estado final 2 é determinado pela intercepção da linha traçada através do ponto
no eixo de volume que identifica o volume final.
No prosseguimento do estado inicial 1 até o final 2, o ar passa através de um
número de estados termodinâmicos intermediários, sendo que todos podem ser
representados por pontos que estão sobre a linha 1 a 2. A linha 1 a 2 representa,
portanto, o trajeto que o processo seguirá à medida que o estado termodinâmico
do gás mude de 1 para 2, sendo o diagrama pV do processo descrito.
A área do retângulo é o produto de suas duas dimensões. Na Fig. 3-4, a área do
retângulo localizada abaixo do diagrama de processo (área hachurada) é o produto
da sua altura p e de sua base (V3 - V,). Porém, de acordo com a Equação 3-15, 0
produto p (V, - V,),é o trabalho externo efetuado durante o processo a pressão
constante. É portanto evidente que a área entre o diagrama de processo e o eixo de
volume é a medida do trabalho externo efetuado durante o processo, em libras-pé.
A Fig. 3-5 é um diagrama pV de um processo a volume constante. Consideremos
que a condição de volume inicial do gás, no início do processo, é tal que a pressão é

4000 |

“= 3000 |-
Condição | Condição £ 2500
É 2500 1” inicial | final

1500 ,
1000
500

11 12 13
UA
14 , 16
Y 2
Volume (pés? ) Volume em pés”
Fig. 3-4 Diagrama pressão-volume de Fig. 3-6 Diagrama pressão-volume de
um processo a pressão constante. À área um processo a pressão constante. Devido
hachurada entre o diagrama de processo à não existência de área entre o diagrama
e a linha base representa o trabalho ex- de processo e o eixo do volume não é
terno efetuado durante o processo. 4 efetuado trabalho durante um processo
a volume constante.

73

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de 2000 Ib/pé? a e o volume de 4 pés”. O gás é aquecido enquanto seu volume per-
manece constante e a pressão aumenta até 4000 Ib/pé* a. O processo realiza-se atrá-
vés da linha de volume constante desde a condição inicial 1 até a condição final 2.
Foi estabelecido anteriormente que não é efetuado trabalho durante um pro.
cesso a menos que o volume do gás modifique. O exame do diagrama pV da Fig.
3-5 mostra que não é indicado trabalho durante o processo a volume constante,
Posto que a linha tem somente dimensão de comprimento, não existe área entre o
diagrama de processo e a base do eixo de volume. Consequentemente não é efe-
tuado trabalho.

3-21. Processo a Temperatura Constante


De acordo com a lei de Boyle, quando um gás é comprimido ou expandido sob
temperatura constante a pressão variará inversamente com o volume. Isto significa
que a pressão aumenta quando o gás é comprimido e diminui quando o gás é expan-
dido. Posto que o gás efetua trabalho quando dilata, e se a temperatura deve perma-
necer constante, dever-lhe-á ser cedida energia proveniente de uma fonte externa
com a qual possa efetuar trabalho (Fig. 3-2b). No entanto, dado que a temperatura
do gás permanece constante, toda a energia que lhe for cedida durante o processo
deixá-lo-á como trabalho; nada ficará armazenado no gás como aumento da ener-
gia interna.
Quando um gás é comprimido, efetua-se trabalho sobre o gás, e se este não é
esfriado durante a compressão, sua energia interna será aumentada numa quanti-
dade igual ao trabalho de compressão. Por conseguinte, se a temperatura do gás
permanece constante durante a compressão, o gás deverá rejeitar para o ambiente
circundante uma quantidade de calor igual à quantidade de trabalho nele efetuado
durante a compressão (Fig. 3-2c).
Como não se dá nenhuma mudança na energia cinética interna durante um
processo a temperatura constante, AK na Equação 3-10 é igual a zero, e a equação
geral de energia para um processo a temperatura constante pode ser escrita:

AQ, = AW, (3-19)

3-22. Trabalho de um Processo Isotérmico


Um diagrama pV de uma expansão isotérmica é mostrado na Fig. 3-6. Em um
processo a temperatura constante, ambos, volume e pressão mudam de acordo com
a lei de Boyle. A trajetória efetuada por uma expansão isotérmica é indicada pela
linha 1 a 2,€ o trabalho do processo, em libras-pé, está representado pela área sob
o diagrama de processo (hachurado). Esta área e, portanto, o trabalho do processo,
pode ser calculada pela equação:

Va
w = pv X In (5) (3:20)
V
onde; In =logaritmo natural (log,)


|
Voa ' — Condição Inicial
Pi (era ços DR ms
am na oc
aq Jo

Fig. 3-6 Diagrama pressão-volume de


um processo a temperatura constante,
A área hachurada representa o trabalho 0
do processo.

Exemplo 3-16 Uma determinada massa de gás tendo uma pressão inicial de 2500
Ib/pé? a e um volume inicial de 2 pés? é expandida isotermicamente a um volume
de 4 pés*. Determinar:
(a) pressão final do gás em Ib/pé? a,
(b) trabalho efetuado pelo gás em libras-pé,
(c) trabalho efetuado em Btu.

Solução:
(a) Aplicando a Equação 3-2,

(2500 Ib/pé? a) (2 pés?)


pa = CO ap =1250 Ib/pé? a

(b) Aplicando a Equação 3-20,


3

w, = (2500 Ib/pé?a) (2 pés?) X In e pés = 3466 Ib-pé


2 3)
(c) Aplicando a Equação 3-16,

3466 Ib-pé
aW, = ——— = 445 Btu
778 Ib-pé/Btu
Exempio 3-17 Uma determinada massa de gás, com uma pressão inicial de 1250
Ib/pé*a e um volume inicial de 4 pés? é comprimida isotermicamente para um
volume de 2 pés”, Determinar:
(a) a pressão final do gás em Ib/pé? a,

75
(b) o trabalho efetuado pelo gás em libras-pé,
(c) o trabalho efetuado em Btu
Solução:
(a) Aplicando a Equação 3-2,
pa = e coo a 4 pés”) = 2500 Ib/pé? a
2

(b) Aplicando a Equação 3 -20,

3
w, = (1250 Ib/pé?a)
(4 pés?) X In É E) = - 3466 Ib-pé

(c) Aplicando
a Equação 3-16,

a 3466 lbpé

Pode-se observar que o processo do Exemplo 3-17 é exatamente inverso ao do


Exemplo 3-16. Enquanto que o processo do Exemplo 3-16 é uma expansão, o
processo do Exemplo 3-17 é uma compressão. Ambos os processos ocorrem entre
as mesmas duas condições, exceto que as condições inicial e final são inversas.
Veja-se também que ao mesmo tempo que é efetuado trabalho pelo gás no processo
de expansão, o mesmo sucede no processo de compressão. Porém, dado que a
mudança na condição se efetua entre os mesmos limites, em ambos os casos a quan-
tidade de trabalho efetuado é a mesma.

3-23. Calor Transmitido Durante um Processo a Temperatura


Constante
Dado que não existe mudança de temperatura durante um processo isotérmico, não
existe mudança na energia cinética interna e portanto AK é igual a zero. De acordo
com a Equação 3-19, a energia térmica cedida durante um processo a temperatura
constante, é exatamente igual ao trabalho efetuado em Btu. Durante uma expansão
isotérmica,é transmitido calor para o gás, para fornecer a energia necessária para
efetuar o trabalho feito pelo gás, enquanto que numa compressão isotérmica, o
caloré transmitido do gás, de forma
que a energia interna deste
não aumente pelo
trabalho efetuado sobre ele.
Exemplo 3-18 Determinar a quantidade de calor cedido ao gás durante a expansão
a temperatura constante descrita no Exemplo 3-16.

Solução: Do Exemplo 3-16,

76

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energia para efetuar o trabalho de expansão é proporcionada totalmente desde uma
fonte externa e a expansão adiabática, na qual a energia para efetuar o trabalho de
expansão é fornecida totalmente pelo próprio gás, podem ser consideradas como
os limites entre os quais são realizados todos os processos de expansão. Assim
sendo, qualquer processo de expansão no qual a energia que deva efetuar o trabalho
de expansão seja parcialmente cedida por uma fonte externa e parcialmente pelo
próprio gás, adotará uma trajetória que se encontrará numa região intermediária
entre as correspondentes aos processos isotérmico e adiabático (Fig. 3-8). Este
processo é conhecido como processo politrópico. Se, durante uma expansão poli-
trópica, a maior parte da energia que efetua o trabalho provém de uma fonte exter-
na, o processo politrópico será mais semelhante ao isotérmico. Por outro lado,
quando a maior parte da energia que efetua o trabalho externo provém do próprio
gás, o processo será mais semelhante ao adiabático.

Pt---
»— Isotérmica N = 1
A PolitrópicaN>1Ye<K
1) > Adiabática N = K
SG Fig 3-8 Diagrama pressão-volume de
um processo politrópico. As curvas adia-
bática ec isotérmica foram desenhadas
Po apenas para efeitos comparativos.

O anterior é válido também para os processos de compressão. Quando um gás


perde calor durante um processo de compressão, mas não com rapidez suficiente
para manter a sua temperatura, a compressão é politrópica. Quanto maior a perda
de calor, mais semelhante será o processo politrópico do isotérmico. Quanto menor
for a perda de calor, mais semelhante ficará o processo politrópico do adiabático.
Naturalmente, se não existir perda de calor, o processo toma-se adiabático.
A compressão real de um gás em um compressor, geralmente aproximar-se-á
muito da compressão adiabática. Deve-se isto ao fato de que o tempo de compres-
são é normalmente muito curto, não existindo tempo suficiente para a transmissão
de uma quantidade substancial de calor do gás para os elementos circundantes,
através das paredes do cilindro. A câmara de água do cilindro, aumentará geral-
mente o regime de entrega de calor e aproximará a trajetória de compressão à curva
isotérmica.

3-28. Relações PVT nos Processos Adiabáticos


A temperatura, pressão e volume modificam-se durante um processo adiabático,
sendo as relações entre estas propriedades avaliadas durante um processo adiabático
pelas seguintes equações: |

80
(a) a massa do ar em libras
(b) a pressão absoluta final em libras por pé quadrado
(c) a temperatura final em graus Rankine
(d) o trabalho efetuado pelo gás em Btu
(e) o aumento na energia interna em Btu
(f) o calor cedido ao gás em Btu

Solução:
(a) Da Tabela 3-1, R para o ar é 53,3. Reagrupando e aplicando a Equação 3-8,

m =
pv (4500 Ib/pé?a) (2 pés?)
“ 0,28 Ib
RT (53,3) (600 ºR)
(b) Aplicando a Equação 3-25,

V nt
Pa * Pi (2) = (4500 Ib/pé? a) x(5)
2

= (4500 Ib/pé? a) (0,435) = 1959 Ib/pé?a


(c) Aplicando a Equação 3-23,

n-1 1,2-1

Ta = Ti X (5)2 V
= (600 ºR) x(5) = (600 SR) (0,5)? =
= (600 ºR) (0,87) = 522 ºR

(d) Aplicando a Equação 3-22,

Ph - pra)
w
n n-1

j (4500 Ib/pé?a X 2 pés?) - (1959 Ib/pé?a X 4 pés?) .


1,2-1

= 5820 Ib-pé

Aplicando a Equação 3-16,

(5820 Ib-pé)
AW, = ————— = 748Btu
(778 Ib-pé/Btu)
83
(e) ' q 3-1, c, para o ar é igual a 0,169 Btu/lb “F, Aplicando a Equação

AK = (0,28 Ib) (0,169 Btu/lb ºF) (522º - 600º) = - 3,69 Btu

(f) a Equação 3-10,


Aplicando

AQ = AK + AW = - 3,69 Btu + 7,48 Btu = 3,79 Btu

Veja-se que no Exemplo 3-25 o trabalho efetuado pelo ar no processo de expan-


são politrópica é igual a 7,48 Btu. Deste valor, 3,79 Btu são fornecidas por uma
fonte externa, enquanto que 3,69 Btu são cedidas pelo próprio gás, reduzindo por-
tanto a energia cinética interna nesta quantidade.

3-30, O Sistema Termodinâmico


Um sistema termodinâmico é qualquer região ou espaço circunscrito por limites
reais ou imaginários, selecionados com o objetivo de estudar a energia e suas trans-
formações. O espaço imediatamente adjacente e exterior aos limites do sistema é
conhecido como circundante. Os limites de um sistema podem ser fixos ou elás-
ticos. Um gás contido em um recipiente de metal é um sistema fixo. O gás no reci-
piente constitui o sistema, e as paredes do recipiente são adotadas como o elemento
limite do sistema. Consideremos agora que o gás está contido em um balão de bor-
racha e que as paredes do balão constituem o limite do sistema. Se o gás for aque-
cido, as paredes elásticas do balão dilatarão, e o limite do sistema mudará (expan-
dirá) à medida que o gás dilatar.
O sistema selecionado poderá ser grande ou pequeno. Por exemplo, poderá ser
um sistema completo de refrigeração ou simplesmente o gás no cilindro de um com-
pressor. O sistema pode ser o vácuo, ou pode consistir de um ou mais componentes
materiais ou ainda de várias fases do mesmo componente. Por exemplo, o sistema
pode consistir de ar seco e vapor de água (2 componentes) ou água e vapor de água
(duas fases do mesmo componente). Um sistema homogéneo é aquele que consiste
de uma substância simples ou fase de uma mistura uniforme de vários componentes
ou fases.
O sistema poderá ser fechado ou aberto. Num sistema fechado somente a energia
atravessa os limites do sistema, enquanto que num sistema aberto, tanto energia
como massa são trocadas entre o sistema e o espaço circundante. Quando a taxa de
fluxo de massa no interior e fora do sistema aberto é contínua e uniforme, o sis-
tema é um sistema de fluxo contínuo.
O estado de um sistema termodinâmico é definido ou descrito pelas propriedades
físicas do sistema, tais como temperatura, pressão, volume e entropia. Posto que, o
estado de um sistema é uma condição fixa, ele pode ser definido ou descrito so-
mente quando suas propriedades são constantes ou imutáveis, isto é, o estado do
sistema só pode ser descrito quando este está em equilíbrio.
Todos os sistemas termodinâmicos discutidos neste capítulo são fechados, homo-
gêneos e com limites reais. Para o processo a volume constante, os limites do sis-

84
tema são fixos. Para outros processos, por exemplo, aqueles ocorrendo num cilindro
com um pistão móvel, os limites do sistema serão elásticos.

3-31. Processos Termodinâmicos


Quando um sistema muda de um estado para outro, diz-se que sofre um processo.
Os processos termodinâmicos podem ser reversíveis ou irreversíveis. Um processo
reversível é aquele que teoricamente é completamente reversível podendo realizar
uma trajetória inversa, exatamente igual à do processo inicial retomando ambos,
sistema e ambiente circundante, aos correspondentes estados iniciais. Todos os
outros processos são denominados de irreversíveis. Não sendo possível, na prática,
obter um processo completamente reversível, todos os processos reais são irrever-
síveis, embora alguns deles possam se aproximar bastante de um processo rever-
sível ideal,
Existe um número de fatores internos e externos que causam irreversibilidade
em processos de fluidos. A irreversibilidade interna é realizada pelo atrito interno
do fluido resultante de forças intermoleculares e turbulência no mesmo. Por exem-
plo, consideremos um gás a alta pressão contido atrás do pistão em um cilindro,
Se o pistão se movimentar rapidamente, uma porção do gás imediatamente adja-
cente ao pistão tenderá a se expandir no vazio criado pelo pistão ao retroceder
enquanto que uma outra porção do gás tenderá a permanecer em repouso. Isto
causa diferenças de temperatura e pressão no fluido, com a turbulência e atrito
resultantes, responsáveis pelo consumo de alguma porção de energia que poderia
ser liberada como trabalho útil. Para um processo ser internamente reversível,
deverá ser empregado um fluido ideal (sem atração intermolecular), devendo o
processo ser lentamente realizado de forma que, num determinado instante, as
propriedades do sistema (pressão, temperatura, etc.), sejam uniformes na totali-
dade do sistema, evitando assim qualquer atrito no fluido, resultante de turbulência.
Todos os processos de gases ideais discutidos neste capítulo devem ser conside-
rados como internamente reversíveis.
A irreversibilidade externa é resultante de outros fatores externos ao sistema,
Uma das causas mais frequentes de irreversibilidade externa é o atrito mecânico
encontrado em superfícies em atrito como mancais e paredes de cilindro. Uma
outra é transmissão de calor que, devido à sua natureza, pode ocorrer em uma só
direção, de uma alta para uma baixa temperatura. O processo sem atrito, processo
adiabático (isentrópico) descrito na Secção 3-24% um processo extema (e interna-
mente) reversível e que possui particular significado na análise de um ciclo de
refrigeração por compressão de vapor,
Embora um processo reversível ideal não seja possível na prática, torna-se,
contudo, importante já que pode ser desenhado graficamente como nas coorde-
nadas pV já descritas, ce usado de várias formas para avaliar processos reais ou o
resultado de processos reais.
Pode ser demonstrado que qualquer mudança nos valores das várias proprie-
dades físicas durante qualquer processo termodinâmico depende somente dos
estados inicial e final do sistema sendo inteiramente independente da trajetória
do processo, isto é, da forma como se efetua o processo. Por outro lado, a quanti-

85
3
W, = (7,5X 10º Pa)(0,2m?) x nos )- 103 9723
ou = 104kJ

(c) Dado que 4Q, = AW,, AQ = 104kJ

Exemplo 3-30 No exemplo 3-29 considere que o ar se expande adiabaticamente


e calcule:
(a) a temperatura final em graus Kelvin,
(b) o trabalho efetuado pelo ar,
(c) o aumento na energia cinética interna

Solução:
(a) Aplicando a Equação 3-23,

Ta = (40ºC + 273) x(

(b) Aplicandoa Equação 3-25,


1,406
02 mº
pa = (7,5X 10º Pa) x ( - ) = 283017 Pa
0,4 mº

Aplicando a Equação 3-22,

w,= 750000
Pa) (0:2m 3 po nan | pn 3 a dirá

(c) Aplicando
a Equação 3-13,

AK = (1,67 ke) (711 J/kg “K)(236,2º - 313º) = 911903

Problemas Usuais
3-1 Um gás possuindo um volume inicial de 4 pés? a uma temperatura de
1050 ºR é esfriado sob pressão constante até o seu volume decrescer até
1,7 pés”. Determinar a temperatura final do gás em graus Rankine,
3-2 Um gás com uma temperatura inicial de 60 ºF é aquecido sob pressão cons-
tante até a sua temperatura atingir 120ºF. Se o volume inicial do gás é de
1,4 pés”, qual será o volume final do mesmo?

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3-3 Duas libras de ar são comprimidas sob temperatura constante de um volume
inicial de 2,6 pés” para um volume final de 0,89 pés”. Se a pressão absoluta
inicial do aré de 35 Ib/pol?a, qual a pressão absoluta final em libras por
polegada quadrada?
3-4 Dois pés cúbicos de gás podem se expandir de uma pressão inicial de 95 Ib/
pol?a até uma pressão final de 18 Ib/pol?a, enquanto
que a temperatura
permanece constante. Determinar o volume final do gás.
3-5 Uma determinada massa de gás é expandida isotermicamente de um volume
inicial de 0,62 pés” para um volume final de 3,16 pés”. Se a pressão inicial
do gás é de 115 Ib/pol? a., qual a pressão absoluta final do mesmo?
3-6 Ar contido em um tanque tem uma temperatura inicial de 170 “F e uma
pressão inicial de 60 Ib/pol?a. Se o ar é esfriado até a pressão cair para
32 Ib/polºa, qual a temperatura final do gás em graus Fahrenheit?
3-7 . O tanque de um compressor de ar tem um volume de 1,8 pés? estando
cheio com ar a 95ºF. Se a pressão do ar é de 150 Ib/pol?m, qual
a massa
do ar no tanque?
3-8 Determinar o volume específico do ar com uma temperatura de 70 ºF sob
pressão barométrica normal.
3-9 Quatro libras de oxigênio têm um volume de 3,2 pés”. Se a pressão do
oxigênioé de 250 Ib/pol?a, qual a temperatura
do gás em graus Rankine?
3-10 O volume de 0,1 Ib de ar à pressão barométrica normal e à temperatura de
70 “F é 1,334 pés”. Se o volume do ar permanece constante enquanto que
a temperatura do aré aumentada até 135 “F pela adição
de calor, determine
o seguinte:
(a) a pressão absoluta final do ar em libras por polegada quadrada,
(b) o aumento na energia interna do ar em Btu,
(c) o trabalho efetuado pelo ar em libras-pé,
(d) o calor cedido ao ar em Btu.
3-11 Uma determinada massa de ar contida num reservatório tem uma tempera-
tura inicial de 128 ºF e uma pressão inicial de 95 Ib/pol? a. Se o ar é esfriado
até sua pressão ser reduzida a 10 Ib/pol?a, qual a temperatura do ar em
graus Rankine?
3-12 O volume
de 0,1 Ib de ar a pressão barométrica normal e temperatura de
70 ºF,é 1,334 pés”. Se a pressão do,ar permanecer constante enquanto
a temperaturaé elevada até 135 “F pela adição de calor, determinaro
seguinte: |
(a) o volume final do ar,
(b) o aumento na energia cinética interna do ar em Btu,
(c) o calor cedido ao ar em Btu,
(d) o trabalho efetuado pelo ar em libras-pé,
(e) o trabalho efetuado pelo ar em Btu.

89

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3-13 O volume de 0,1 libras de ar sob pressão barométrica normal e tempera-
tura de 70 “F é 1,334 pés”, Se o ar é comprimido isotermicamente até
a pressão final de 135 Ib/pol?a, determinar o seguinte:
(a) o volume final do ar em pés cúbicos,
(b) o trabalho efetuado pelo ar em libras-pé,
(c) o aumento na energia cinética interna do ar,
(d) o calor cedido ao gás em Btu.
3-14 O volume de 0,1 Ib de a sob pressão barométrica normal e temperatura
de 70 ºF é de 1,334 pés”. Se o ar é comprimido adiabaticamente até a pres-
são final de 135 Ib/pol* a, determinar o seguinte:
(a) a terhperatura final em graus Rankine,
(b) o volume final em pés cúbicos,
(c) o trabalho efetuado pelo ar em libras-pé,
(d) o aumento na energia interna do ar em Btu,
(e) o calor cedido ao ar em Btu,
3-15 Considere que a compressão do ar no problema 3-14 ocorre politropica-
mente, de tal forma que o expoente de compressão n seja igual a 1,32,
Calcular o seguinte:
(a) a temperatura final do ar em graus Rankine,
(b) o volume final do ar em pés cúbicos,
(c) o trabalho efetuado pelo ar em libras-pé,
(d) vw aumento na energia cinética interna em Btu,
(e) o calor cedido ao ar em Btu.

Problemas Métricos
3-16 Um gás com um volume inicial de 4 m” e com temperatura de 630 “K $
esfriado sob pressão constante até o seu volume diminuir até 1,7 m”
Determinar a temperatura final do gás em graus Kelvin,
3-17 Um gás possuindo uma terhperatura inicial de 16ºC é aquecido sob pressão
constante até a sua temperatura aumentar até 30 ºC. Se o volume inicial
do gás é de 1,4 m”, qual seu volume final?
3-18 Dois quilogramas de ar são comprimidos a temperatura Constante desde
um volume inicial de 2,6 m” até um volume final de 0,89 mº, Se a pressão
absoluta inicial do ar é de 2 1 bar, qual será a pressão absoluta final em bar?
3-19 Dois metros cúbicos de gás podem se expandir a partir de uma pressão
absoluta inicial de 6,2 bar até uma pressão absoluta final de 1,6 bar, enquan-
to que a temperatura permanece constante, Determinar o volume final
do gás.
3-20 Uma determinada massa de gás expande-se isotermicamente desde um
volume inícial de 0,62 m? até um volume final de 3,16 m. Se a pressão
absoluta inicial do gás é de 6,5 bar, qual a pressão absoluta final do gás?
3-21 Ar contido num tanque tem uma temperatura de 75 “ºC e uma pressão
absoluta inicial de 4,6 bar. Se o ar é esfriado enquanto que a pressão abso-
luta desce para 2,3 bar, qual a temperatura final do gás em graus Celsius?
3-22 O tarique
de um compressor a ar tem um volume de 08 m” e está cheio
comar a 53 ºC. Se a pressão absoluta do ar é de 6,25 bar, qual a massa
do ar no interior do tanque?
3-23 Determinar o volume específico do ar possuindo uma temperatura de 21 “C
sob pressão barométrica normal.
3-24 Quatro quilogramas de oxigénio têm um volume de 0,5 m. Se a pressão
absoluta do oxigênio é de 7,76 bar, qual a temperatura deste em graus
Kelvin?
3-25 Dois quilogramas de ar são aquecidos
a volume constante desde 40 “C até
92 "C.
(a) Qual a quantidade de trabalho efetuado pelo ar?
(b) Qual o aumento em energia cinética interna?
(c) Qual a quantidade
de calor cedido ao ar?
3-26 Um tanque com um volume de 0,65 mº está cheio com CO, a uma tempe-
ratura de 25 ºC, e com uma pressão absoluta de 3 bar. É cedido calor ao
tanque até que a temperatura do CO, aumente até 150 *C. .
(a) Qual a massa do CO; em quilogramas?
(b) Qual a pressão absoluta final em bar?
(c) Qual o aumento na energia cinética interna?
(d) Que quantidade
de calor é cedida?
3-27 Dois quilogramas de ar à pressão de 17,42 bar são forçados a se dilatar de
um volume inicial de 0,12 m? até um volume final de 0,2 m? por adição
de calor, enquanto que a pressão do ar permanece constante. Se a tempe-
ratura inicial do aré de 363 K,
(a) Qual a temperafinal do ar em
tura
graus Kelvin?
de calor é cedida?
(b) Que quantidade
(c) Qual o aumento
na energia cinética interna?
(d) Qual a quantidade de trabalho efetuado pelo gás?
3-28 Dois metros cúbico de CO,
s a uma pressão inicial de 8,5 bar são expan-
a ,isotermicamente (sob temperatura constante) até um volume de
mº.
(a) Qual o aumento na energia interna?
(b) Qual a quantidade de trabalho efetuado pelo gás?
(c) Qual a quantidade de energia térmica cedida ao gás?
3-29 Um metro cúbico de ar com uma temperatura inicial de 22ºC a uma pres-
sao inicial
de 1 bar é comprimido isotermica
até a pressão
mente final de
8 bar.
(a) Qual a quantidade de trabalho efetuado pelo ar?
(b) Qual o aumento na energia cinética interna?
(c) Qual a quantidade de calor cedida ao ar?

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3-30 No problema 3-29 considere que o ar é comprimido adiabaticamente em
vez de isotermicamente. Calcular o seguinte:
(a) a temperatura final do ar,
(b) o volume final do ar,
(c) o calor cedido do ar,
(d) o trabalho efetuado pelo ar,
(e) o aumento na energia cinética interna.
3-31 No problema 3-29 considere que o ar é comprimido politropicamente, em
em vez de isotermicamente. Se n é igual a 1,25, determine o seguinte:
(a) a massa do gás no cilindro,
(b) a temperatura final do ar,
(c) o volume final do ar,
(d) o trabalho efetuado pelo ar,
(e) o aumento na energia cinética interna,
(f) o calor cedido ao ar.

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um líquido ou vapor, podem ser controladas regulando o regime a que o vapor
escapa de cima do líquido.
Na Fig. 4-2a, o regime de vaporização terá pouco ou nenhum efeito sobre a
pressão e temperatura de saturação porque o vapor pode escapar livremente, de
modo que a densidade e pressão do vapor sobre o líquido não aumentarão nem
diminuirão, conforme o regime de vaporização é mudado. Por outro lado, na Fig.
4-2b, qualquer aumento no regime de vaporização, causará um aumento na densi-
dade e pressão do vapor e provocará um aumento na temperatura de saturação. A
razãoé que qualquer aumento no regime de vaporização, necessitará do escape de
uma grande quantidade de vapor num dado espaço de tempo, Uma vez que o volu-
me do vapor de escape é fixado pela ação de estrangul da válvula,
amento a pressão
do vapor no vaso aumentará até que a diferença de pressão entre o interior e o exte-
rior do vaso seja suficiente para permitir ao vapor escapar a um regime igual âquele
na qual o líquido está vaporizando. O aumento na pressão, naturalmente, provoca
um aumento na temperatura de saturação e na densidade do vapor. Igualmente,
qualquer diminuição na taxa de vaporização terá o efeito oposto. A pressão e densi-
dade do vapor sobre o líquido diminuirão e a temperatura de saturação baixará.
Considere agora que a válvula de estrangul sobreamento
o recipiente é de novo
completamente aberta, como
na Fig. 4-2a, de modo que o vapor pode escapar livre-
mente e é desimpedido de sobre o líquido. A densidade e pressão do vapor diminui-
rão até que a pressão do vapor seja de novo igual âquela da atmosfera fora do reci-
piente. Dado que a temperatura de saturação de água à pressão atmosféricaé 212ºF
e uma vez que um líquido não pode existir como líquido a qualquer temperatura
acima de sua temperatura de saturação correspondendo a sua pressão, é evidente
que a água deve esfriarde 228ºF a 212 ºF, no instante em que a pressão desce para
uma atmosfera. Para efetuar este esfriamento, uma porção do líquido entrará no
estado de vapor. O calor latente necessário para vaporizar a porção de líquido que
entrou no estado de vapor é cedido pela massa do líquido, e como resultado do
suprimento do calor de vaporização, a temperatura da massa do líquido será redu-
zida à nova temperatura de saturação, Parte suficiente do líquido vaporizará para
assegurar o esfriamento total necessário.

4-b. Vaporização
A vaporização de um líquido pode ocorrer de dois modos: (1) por evaporação e
(2) por fervura ou ebulição. A vaporização de um líquido pelo processo de evapo-
ração ocorre somente na área livre do líquido e deve acontecer a qualquer tempe-
ratura abaixo da temperatura de saturação. A evaporação ocorre sem nenhum dis-
túrbio visível do líquido.
Fervura ou ebulição, contudo, ocorrem somente à temperatura de saturação.
Dado que a temperatura de saturação é a temperatura à qual a pressão do vapor do
líquido é ígual à pressão exercida sobre o mesmo, este tipo de vaporização ocorre
através do corpo inteiro do líquido tanto como na superfície livre e é acompanhada
por considerável agitação daquelee rápida formação de bolhas que se dilatam,
sobem para a sua superfície, e arrebentam,
Até este ponto, somente o tipo de vaporização por fervura foi considerado.

96

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4-10. Sublimação
É possível para uma substância, passar diretamente do estado sólido para o estado
de vapor sem passagem aparente através do estado líquido. Qualquer substância
sólida sublimará a qualquer temperatura abaixo de sua temperatura de fusão. A
sublimação ocorre de uma maneira semelhante à evaporação, ainda que muito mais
lenta, já que as moléculas de alta velocidade perto da superfície escapam da massa
para o ar circundantee transformam-se em moléculas de vapor. Um dos exemplos
mais familiares de sublimaçãoé aquele do sólido CO, (gelo seco), o qual, a tempe-
raturas e pressões normais, sublima diretamente do estado sólido para o estado de
vapor. A lavagem úmida congelando na linha no inverno sublimará seca. Durante
o tempo frio, o gelo e a neve sublimarão das ruas e das calçadas.

4-11. Condensação
A condensação de um vapor pode ser conseguida de vários modos: (1) pela extra:
ção de calor do vapor, (2) elevando a pressão do vapor, ou (3) por alguma com-
binaçãodestes dois métodos.

4-12. Condensação pela Extração


de Calor de um
Vapor Saturado
Um vapor saturado foi previamente descrito como estando em uma condição tal,
que nenhum resfriamento ulterior causará a condensação de uma parte do vapor.
Isto, porque um vapor não pode existir como tal a qualquer temperatura abaixo
daquela de saturação. Quando o vapor é esfriado, suas moléculas não podem manter
velocidade e energia suficientes para superar as forças atrativas existentes entre si
e permanecem como moléculas de vapor. Algumas das moléculas, superadas pelas
forças atrativas, voltarão à estrutura molecular do estado líquido. Quando a con-
densação ocorre enquanto o vapor está tão restringido que o volume permanece
constante, sua pressão e densidade diminuirão, pelo que há uma diminuição na
temperatura de saturação. Se, como num condensador de vapor, está entrando mais
vapor no recipiente do que aquele que condensa e escoa do vaso como um líquido,
a densidade, pressão e temperatura de saturação do vapor permanecerão constantes
e a condensação continuará enquanto o calor é continuamente extraído do vapor.

4-13. Condensação pela Elevação da Pressão de um Vapor


Quando um vapor é comprimido a uma temperatura constante, seu volume diminui
e a densidade do vapor se eleva tanto que suas moléculas são forçadas dentro de
um volume muito menor, No caso de um vapor superaquecido, a temperatura satu-
rada do vapor aumenta, conformea pressão aumenta até que se atinja um ponto
no qual a temperatura de saturação do vapor seja igual à sua temperatura real.
Quando isto ocorre, a densidade do vapor atingirá um valor máximo para aquela
condição, e qualquer compressão posterior fará com que uma parte do vapor adote

100

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a estrutura molecular mais restrita «lo estado líquido. Depois, uma compressão pos-
terior provocará aumento progressivo tanto na pressão como na temperatura de
saturação da mistura líquido-vapor, seguida por condensação contínua e progressiva
do vapor no estado líquido. Considerando que não há nenhuma transmissão de
calor para o ambiente circundante, o calor latente cedido pelo vapor condensado
fornece o calor sensível necessário para assegurar o aumento na temperatura de
saturação da mistura que deve acompanhar o aumento na pressão. O processo em
questão é essencialmente o reverso do processo de expansão descrito no último
parágrafo da Secção 4-4.

4-14. Temperatura Crítica


A temperatura de um gás pode ser elevada a um ponto tal, que este não se pode
considerar saturado apesar da quantidade de pressão aplicada. A temperatura crí-
tica de qualquer gás é a temperatura mais elevada que o gás pode ter c ainda ser
condensável pela aplicação de pressão. A temperatura crítica é diferente para cada
gás. Alguns gases têm temperatura crítica elevada, enquanto que a temperatura
crítica de outros é relativamente baixa. Por exemplo, a temperatura crítica do vapor
de água é de aproximadamente 706 “F (375 ºC), enquanto que a temperatura
crítica do ar é aproximadamente —- 225 “F (— 143 ºC).

4-15. Pressão Crítica


Pressão crítica é a pressão mais baixa à qual uma substância pode existir no estado
líquido à sua temperatura crítica; isto é, é a pressão saturada à temperatura crítica,

4-16. Propriedades Importantes de Gases e Vapores


Apesar de um gás ou vapor ter muitas propriedades, somente seis são de particular
importância no estudo da refrigeração. São as seguintes; pressão, temperatura, volu-
me, entalpia, energia interna e entropia. Pressão, temperatura e volume, são chama-
das propriedades mensuráveis porque elas podem ser realmente medidas. Entalpia,
energia intema e entropia não podem ser medidas. Devem ser calculadas e são por-
tanto conhecidas como propriedades calculadas.
Pressão, temperatura, volume e energia interna já foram bastante discutidas. A
explicação de entalpia e entropia será dada adiante.

4-17. Entalpia
A entalpia é uma propriedade calculada de matéria que algumas vezes é muito vaga-
mente definida como “calor total”. Mais especificamente, a entalpia, H, de uma
dada massa de material a qualquer condição termodinâmica dada é a soma de toda
a energia que lhe é fornecida para levá-la âquela condição de alguma condição inicial
arbitrariamente tomada como o ponto zero da entalpia.

101

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Enquanto que a entalpia total, !/, representa a entalpia de m libras, a entalpia
específica, h, é a entalpia de uma libra. Visto que a entalpia específica é usualmente
preferida à entalpia total usaremos neste livro o termo “entalpia” para significar
entalpia específica.
Matematicamente, a entalpia é definida como:

haut— (4-1)
entalpia em Btu por libra
Tm »
ud

cnergia interna em Btu por libra


pressão absoluta em libras por pé quadrado
volume específico em pés cúbicos por libra
energia mecânica equivalente (778 pés-lb/Btu)

Foi demonstrado na Secção 3-8 que nem toda a energia fornecida a um fluido
permanece neste como uma elevação em sua energia interna. Em muitos casos,
parte ou toda a energia fornecida ao fluido deixa-o durante o trabalho. Na Equação
4-1, a parte da energia cedida que está armazenada no fluido como uma elevação na
energia interna é representada pelo termo u, enquanto que a parte da energia trans-
mitida que deixa o fluido como trabalho é representada pelo termo puv/?. Enquanto
que a energia representada pelo termo pv// não é armazenada no fluido como uma
elevação na energia interna, todavia representa a energia que deve ser fornecida ao
fluido a fim de levar o mesmo à condição dada da condição inicial ao ponto zero
da entalpia selecionado arbitrariamente. Também, este trabalho externo da energia
deve ocorrer outra vez inteiramente e ser cedido pelo fluido conforme este último
retoma à condição inicial.
Considere-se por exemplo, a vaporização de 1 Ib de água em vapor a 212 ºF sob
a pressão de uma atmosfera. O volume de 1 Ib de água a 212 ºF é 0,01672 pés” /lb,
enquanto que o volume de 1 Ib de vapor de água a 212 ºF é 26,80 pés” /Ib. Conse-
quentemente, durante o processo de vaporização, o fluido expande a pressão cons-
tante de um volume de 0,01672 pés?/lb para um volume de 26,80 pés” /Ib, efe-
tuando assim trabalho na expansão contra a pressão da atmosfera.
A entalpia de 1 Ib de água a 212 ºF é 180,07 Btu/lb, enquanto a entalpia de
1 Ib de vapor de água a 212 ºF é 11504 Btu/lb, portanto, a entalpia (calor latente)
de vaporização é (1150,4 - 180,07) 970,3 Btu/lb, sendo a última a quantidade total
de energia necessária para vaporizar 1 Ib de água a 212 ºF em vapor de água a
212 ºF, Do total da energia fornecida, a soma necessária para executar o trabalho
da expansão constante da pressão é aproximadamente

Wp = p(Va- Vi) =

= (2116 Ib/pé? a) (26,8 pés? /lb -0,01672 pés? /lb) = 56,673 pés-lb

102

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ou | 56,673 pés-lb
= - 728 Btu
778 pés-Ib/Btu

Conseqiientemente, a parte da energia fornecida que é armazenada no fluido como


uma elevação na energia interna é (970,3 - 72,8) = 897,5 Btu.
Um diagrama pV do processo de vaporização anterior é mostrado na Fig. 4-5.
Os valores para entalpia e volume específico, foram tirados de uma tabela de vapor.
As tabelas de vapor serão discutidas mais adiante neste capítulo.

Pressão atmosférica padrão


2116 Ib/pós? a (14,696 X 144)
Condição inicial
: z€ “==
Condição final
8 ;

o |

lo. Volume. ífico de o


Z, Volume específico de 1 Ib
de água 8 2ºF,0,01672 / o quvapora 212º F, 26,8
de
4, pés? ho
V, Za
Volume em pés”

Fig. 4-5 Diagrama pressão-volume mostrando o trabalho externo


feito pela expansão do fluido quando 1 Ib de água é vaporizada a
uma pressão atmosférica de aproximadamente 56 700 pés-lb.

4-18. Entropia
A entropia, como a entalpia, é uma propriedade calculada de matéria. A entropia $
de uma dada massa de material sob qualquer condição dada é uma expressão da
energia total cedida ao material por grau de temperatura absoluta para levar o mate-
rial âquela condição de algum ponto zero ou de referência selecionado arbitraria-
mente. Para qualquer um dos íluidos, o ponto de referência para cálculos de entro-
pia é o mesmo que para os cálculos de entalpia.
Novamente, como no caso de entalpia, tem mais interesse a entropia específica
s do que a entropia total S. Portanto, o termo “entropia” é usado aqui significando
a entropia específica s, a menos que haja outra indicação.
Foi demonstrado (Secção 3-18) que o trabalho de um processo pode ser
expresso como o produto da troca em volume 4 V e a pressão absoluta média. Do
mesmo modo, frequentemente é conveniente designar a energia térmica transmitida
durante um processo, como o produto de 2 fatores semelhantes. O conceito de
entropia torna isto possível. À energia térmica transmitida durante o processo pode

103

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ser expressa como o produto da mudança em entropia e a temperatura média abso-
luta.* Matematicamente, a relação é expressa pelas seguintes equações:

AQ = (As)(T,) (4-2)
AQ (4-3)

Tn 7 ——— (4-4)

onde: AQ energia térmica transmitida em Btu por libra


MM

As mudança em entropia em Btu por libra por grau Fahrenheit


temperatura média absoluta em graus Rankine
4

Tm

As relações definidas pelas equações anteriores, destinam-se a processos reversí-


veis ideais. (Veja Secção 3-31). Contudo, desde que a troca da entropia As, entre
quaisquer dois pontos de estado tenha um valor definitivo, independentemente do
andamento do processo, a troca em entropia para um processo irreversível pode scr
determinada, fazendo-se o cálculo para um processo reversível que ocorra entre os
mesmos dois pontos de estado.
Sobre um diagrama pV (Fig. 4-5), a área abaixo da linha do processo, que é o
produto da mudança em volume AV e a pressão média absoluta, representa o traba-
lho do processo. Igualmente, sobre um diagrama da temperatura-entropia (T's)
(temperatura traçada em função da entropia), a área abaixo da linha do processo,
que é o produto da mudança em entropia AS e a temperatura absoluta média 7,,..,
representa o calor transmitido durante o processo. O processo de vaporização des.
crito na Secção 4-17 é traçado sobre coordenadas Ts na Fig. 4-6.
Visto que a temperatura permanece constante a 212 “F durante o sy ngrá =
vaporização anteriormente mencionado, a temperatura média absoluta 7
o processo é 672 “R. Da tabela de vapor, a entropia de 1 Ib de água a 213 SEºF é
03120 Btu/lb/ºF e a entropia de 1 Ib de vapor a 212 ºF é 1,7566 Btu/lb/ºF. Apli-
cando a Equação 4-2, o calor transmitido durante o processo é

O = Tan(ss- 8) = (672ºR) (1,7566- 0,3120) = 970,7 Btu/lb

A entropia é frequentemente descrita como uma medida da ineficácia da energia.


Nem toda energia de um sistema é própria para fazer trabalho proveitoso. Por
exemplo, considere-se um radiador a vapor usado para aquecer um quarto, cuja
temperatura é mantida a 75 ºF. Mesmo sob condições ideais, a soma total máxima
de energia que poderia ser cedida ao quarto de qualquer vapor proveniente do

* A temperatura média absoluta não é simplesmente a média das temperaturas inicial e final
do processo, mas sim, a média de todas as temperaturas absolutas através das quais o processo
passa.

104

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Temp. Pressão Volume Densidade Entalpia de - 40º Entropia de - 40º Temp.

Absoluta Manom. Li ido Vapor Líquido Vapor Líquido Latente Vapor Líquido Vapor
SF Ib/pol Ib/pol? pé” /Ib pé” /lb Ib/pé? Ib/pé Btu/Ib Btu/ib Btu/lb Btu/ibºF Btu/lbºF ºF
p Pg Vf T/vs 1vg hs h t
vg Ag $g $g
Oe e a cod
Amam ——— ———

29.35 14.65 0.0112 1.351 89.45 0.7402 10.39 68.97 79.36 0.02328 0.17015 10

ON
30.56 15.86 0.0112 1.301 89.24 0.7687 10.82 68.77 79.59 0.02419 0.17001 12

e
31.80 17.10 0.0112 1.253 89.03 0.7981 11.26 68.56 79.82 0,02510 0.16987 14

+)
-
33.08 18.38 0.0112 1.207 88.81 0.8288 11.70 68.35 80.05 0.02601 0.16974 16

qm»
34.40 19.70 0.0113 1.163 88.58 0.8598 12.12 68.15 80.27 0.02692 0.16961 18
35.75 21.05 0.0113 1.129 88.37 0.8921 12.55 67.94 80.49 0.02783 0.16949 20
37.15 22.45 0.0113 1.081 88.13 0.9251 13.00 67.72 80.72 0.02873 0.16938 22
38.58 23.88 0.0113 1.043 87.91 0.9588 13.44 67.51 80.95 0.02963 Q.16926 24
40.07 25.37 0.0114 1.007 87.68 0.9930 13.88 67.29 81.17 0.03053 0.16913 26
41.59 26.89 0.0114 0.973 87.47 1.028 14.32 67.07 81.39 0.03143 0.16900 28
43.16 28.46 0.0115 0.939 87.24 1.065 14.76 66.85 81.61 0.03233 0.16887 30
44.77 30.07 0.0115 0.908 87.02 1.102 15.21 66.52 81.83 0.03323 0.16876 32
46.42 31.72 00115 + 0.877 86.78 1.140 15.65 66.40 82.05 0.03413 0.16865
48.13 33.43 0.0116 0.848 86.55 1.180 16.10 66.17 82.27 0.03502 0.16854

GANNDABIDIS
DOS

49.88 35.18 0.0116 0.819 86.33 1.221 16.55 65.94 82.49 0.03591 0.16843
51.68 36.98 0.0116 0.792 86.10 1.263 17.00 65.71 82.71 0.03680 0.16833
PY

53.51 38.81 0.0116 0.767 85.88 1.304 17.46 65.47 82.93 0.03770 0.16823
55.40 40.70 0.0117 0.742 85.66 1.349 17.99 65.24 83.15 0.03859 0.16813
57.35 42.65 0.0117 0.718 85.43 1.393 18.36 65.00 83.36 0.03948 0.16803

GTS Y
59.35 44.65 0.0117 0.695 85.19 1.438 18.82 64.74 83.57 0.04037 0.16794
AY

TT
a

Fig. 4-8 Diclorodifluorometano (Refrigerante-12) propriedades do vapor saturado.


hm = Ohp + ()(hg) (4-6)
Sm = 0)(sp) + (x)(sg) (4.7)
onde x é a qualidade do vapor ou a porcentagem de vapor na mistura, e y é a por-
centagem de umidade ou líquido na mistura, O índice m indica as quantidades da
mistura e os índicesf e g demonstram os valores das fases do líquido e do vapor,
respectivamente.

Exemplo 4-3 Determine o volume específico, entalpia e entropia do vapor R-12


a uma temperatura de saturação de 38 ºF e uma qualidade de 15%,

Solução: Da Fig. 4-8 ou Tabela 16-3, o volume específico, entalpia e entropia do


líquido R-12 a 38 ºF são 0,0116 pés? /Ib, 16,55 Btu/lb e 0,03591 Btu/lb SE,
tivamente, Na mesma ordem, os valores da fase de vapor são 0,819 pés” (lb, 82 49
Btu/lb e 0,16843 Btu/lb ºF.
Aplicando a Equação 4-5, o volume específico da mistura, Um

= (0,85) (0,0116) + (0,15) (0,819) = 0,1327 pés*/lb


Aplicando a Equação 4-6, a entalpia da mistura, À,,

= (0,85)(16,55) + (0,15) (82,49) = 26,44 Btu/lb


Aplicando a Equação 4-7, a entropia da mistura, s,,

= (0,85) (0,03591) + (0,15) (0,16843) = 0,0558 Btu/lb “F

4-23. EQUIVALENTES DO SISTEMA MÉTRICO


As propriedades do Refrigerante-12 em saturação, estão registradas em unidades
métricas na Tabela 16-2A, e as propriedades de vapor superaquecido R-12 estão
enumeradas na Tabela 16-2B. Observe-se que os valores da entalpia são dados em
quilojoules por quilograma, que são também joules por grama, e os valores para a
entropia são dados em quilojoules por quilograma por grau Kelvin.
Usando as unidades métricas, o termo pv// na Equação 4-1 é reduzido para pv
e tem as unidades de J/kg, isto é:

h=ut+puv (4-8)

entalpia em J/kg
MH

energia interna em J/kg


yr”
MM

pressão absoluta em Pa
volume específico em mº /kg
Exemplo 4-4 Calcule a energia interna (u) de 1 kg de vapor saturado R-12 a 20ºC.

112

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5-3. Temperatura de Ponto de Orvalho
É importante reconhecer que o vapor de água no ar é realmente vapor a baixa
pressão e que este vapor a baixa pressão, assim como vapor a alta pressão, estará
em uma condição saturada quando sua temperatura for a temperatura de saturação
correspondente à sua pressão, Uma vez que todos os componentes de uma mistura
gasosa ocupam o mesmo volume e estão à mesma temperatura, acontece que quan-
do o ar está a qualquer temperatura acima da temperatura de saturação correspon-
dente à pressão parcial exercida pelo vapor de água, o vapor de água no ar será super-
aquecido. Por outro lado, quando o ar está a temperatura igual à temperatura de
saturação correspondente à pressão parcial do vapor de água, o vapor de água no ar
é saturado e o ar é chamado saturado (realmente somente o vapor de água é satu-
rado). A temperatura à qual o vapor de água do ar é saturado, é conhecida como a
temperatura do ar em ponto de orvalho (PO). Obviamente, então, a temperatura do
ar PÔ é sempre a temperatura de saturação correspondente à pressão parcial exer-
cida pelo vapor de água. Consequentemente, quando a pressão parcial exercida pelo
vapor de água é conhecida, a temperatura do ar PO pode ser determinada pelas tabe-
las de vapor. Igualmente, quando a temperatura do ar PO é conhecida, a pressão
partial exercida pelo vapor de água pode ser determinada pelas tabelas de vapor.
Exemplo 5-1 Suponha que uma certa quantidade de ar tem uma temperatura de
80 ºF e que a pressão parcial exercida pelo vapor de água no ar é 0,17811 Ib/pola.
Determinar à temperatura do ar PO.

Solução: Da Tabela 5-1, a temperatura de saturação do vapor correspondente à


pressão de 0,1781] Ib/pol?a é SO ºF e é a temperatura do ar PO,
Exemplo 5-2 Uma certa quantidade de ar à temperatura de 80 “F tem uma tempe-
ratura PO de 60ºF. Determinar a pressão parcial exercida pelo vapor de água no ar.
Solução: Da Tabela 5-1, a pressão de saturação correspondente a 60 “F é 0,2563
Ib/po a e é a pressão parcial exercida pelo vapor de água.
Foi demonstrado (Secção 4-4) que a pressão exercida por qualquer vapor é dire-
tamente proporcional à densidade do vapor. Visto que a temperatura do ar PO
depende somente da pressão parcial exercida pelo vapor de água, acontece que para
qualquer volume de ar dado, a temperatura PO depende somente da massa do vapor
de água no ar. Enquanto a massa de vapor de água permanece imutável, por unidade
de volume do ar (densidade do vapor) a temperatura PO do ar permanecerá também
imutável, Aumentando a quantidade do vapor de água no ar, aumentará a pressão
exercida pelo vapor de água e a temperatura PO elevar-se-á. Igualmente, reduzin-
do-se a quantidade de vapor de água no ar, a pressão exercida pelo vapor de água
será reduzida e a temperatura PO diminuirá.

5-4, Conteúdo Máximo de Vapor de Água


A quantidade máxima de vapor que pode ser misturada com qualquer volume dado
de ar seco, depende somente da temperatura do ar. Dado que a quantidade de

116
TABELA 5-1 (Continuação)
a si
T Pressão Absoluta Volume Específico Entsipia Entropia
sm aeee emas -— -
F, Ib/po? | polHg. | Lig. |Evap.|Vaporl Líg. |Evap. |Vapor| Lig. |Evap. [Vapor
f p p Sat. | Vir | Sat. | Sat. | hyo | Sat. | Sat. Srg | Sat.
(1) Vs Ve s h Sy Se
o lo LololáoldD|e | |golan|ad
ao 0. 00982 |.4215 01610/408.0 [468,0 | 57.04] 1042.090/1100,0/0.1115/1.8072)2 0057
91 0.7204 1.4067 J0.01611/454.4 1454.4 SS. OU TOA 2. SJ LIOL 4/0, MISS/Ã 8027]2 0060
92 0.7442 1.5131 01611/441.2 [441.3 | SO G9JOST.SILIOL SO. 1ISIJL ESSA)? 00H
93 O. 70m 1.5008 Jo OlGtIjdzs.5 [428,5 | GO .0SO4S 1.2] 02.20. 1iust. SMASIZ 0007
04 0,7906 |. 0007 10.01612/416.,2 [416,2 1) LOM. THH1O2.G)0, MISTIL.STM | 0041

05 0.8153 1. 6400 .01612/404.3 /404.9 tiZ. 08 1040. l HOS. HO. 120. STAN 9055
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07 0. 8088 1.7047 Jo OjGlzlssi.7 [481.7 6447 es UV] LIGE STO, 24h. 8662. VV0A
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100 0.002 1.9425 J0.01!614/150.3 1350.,4 DZ OT. 205. 2)0. 1205). SSL. 9826
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108 |. 2024 2. 4490; JO 0]616/280.4 |2580,3 | Tó tajtuta,? [LOS ti ' SIVOTL. tg
109 1. Z24N4 2. 5214. Jo. 0!616/272.7 [272.7 | TO.MjIOS2. IJHIOS OJO S147/1,0601

Ho |. 2748 2.055 JO 016)7/205.4 1205,4 | 77.94 [1032 6/1109,50, 8106/1.0577


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LIZ 1. 4.4M 2.74 O. OLGITIPSA Sd Pod4 | TAMOIO STO. SUZA. UI20
FR) à asim 2. 8204 JO OlGIS|ZS4.0 [244.7 | ic jiu, Mb LO, 770. TUSHL 9505
LIA |. 42UM 2.00 Jo 0lGINZIS.2 [248.2 | Si Usou. Ziiaa.dio. TOMO LAST

115 1. 4700 2. MAB JO. O!6GINZAL.O [250.9 | 52.05) 1028. THATI. GO. 7898/1.0457
Ho 1.540 $,0806 JU O!GLUiZaA [225.8 | MSM IOZS.HT LIZ 0/0, TST UA IS
117 D. SM 4. dosto do Qiutufzia o [219.0 | st tpios7.diiio dio, TSLolt. 9400
LIS Loo 2980 Jo 0tu24.2 [214.2 | sa tetoso vittiZ.so, ITU. Vaso
ua 04% ddoi2 o JO UTG20/20S.06 208,7 | B Lia SM t13.270. ITS LUSO

120 1. 0924 A 4taS 0.01620/204 25/2083. 27] 87.902/1025,8/1113,7]/0. TOA, 0390


121 1. 740U 4. 5427 OLGZI TOS, O2JUS O] SS, Jos 241114,1]0. DUS4 LS
L22 1. 7558 Jd. 6420 Oo Ez SE TU 05] BO. UPA ui á GO, OLA L.G29S
24 1.8457 ATiso JO0.010622/188,01/188,02] VO SU TIUZA OTA GIO, TITALL.U27U
L24 1. 8597 J.M47a 01622] 184 25 184,25) Vl DIJZ. 4JHIIS,4 TÓSSI. 0247

1245 1.8M2 0540 10,01622/178.50/178.61] 92.01 1022.0J115.8/0. ASSIM


Leu mass 4.0920 JO0.01624)1 MHITA, Us. SI US, H16.2/0. TAM. 9202
127 2,004 4. 17454 Otozs tum. Zi o SA, HH TOZILTZ 116,6)0. T4l4JI.0179
L28 2. Ud 4. 2857 Oto2ádioos. 40/165,47) Só. OH OZL IHMAIT.OJO. TSTATI.91S0
129 2. 1038 4.4055 JO, OLUZ4[L61,33]161.35) DO, SU UZO, 117.40. ISSO. 9144
130 2.222: 4.5251 10,01025)15 157.34) 97.00/1020.0/1117,9]/0. T2m1.9112
131 2.252 4. 0474 01025 Ped 154.44] US. VO[IO10. 4/1 LIM MTO, Te, VOVU
LIZ 2.50 4.772> 10.01626)1 "41 do VO.GO/I0LS. SITLIS. TIO, 7215/1.90067
134 2.408) 4.40035 016261 145, SU] 100. GO IOLM ZH LIGO. TIO, TNTUJI.V04S
134 2.4712 5,0314 10,010626/] MI SH OI. 90) "1 HO. TIA. VOZ
135 2. 5370 2. 1053 10,01627/138,031 102. 00/1017.0/ 1 L19,910, TIO2]I. 9002
146 2.4042 5. 5022 10,01627/ 145, 50145. 5SHOAS GO ULA 411 120.310. TOS, BOBO
137 2.0729 5.4421 OHiZ8/ 132.29). K 14 . BU 015.VI LAO |U. TOZ4IL. 8U5S
138 2.7452 5,583 Oln2n|120. 10 ia 105, SMIDIS.SM IZA.2]U. GUSTIL. 8097
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144 dd A UHM) 6. 5142 Lad) HI. Za FLS A 7Ã1 Lis.GI] .6700/1. 8800
TABELA 5-1 [Continuação)
a

E Pressão Absoluta | Volume Específico Fntalpia Entropia


emp. a agEsa a gz E Se
F, Ib/pol? | pol Hg. Líq E vap. Vapor Lig. Evap. Vapor L iq. [Evap. | Vapor
f p p Sat. | Vfy | Sat. | Sat. | ligp | Sat. | Sat, Su | Sat,
( 8; vr Ve A h Sr Sy
2). (3) (4) | (5) 1 (6) | (7) | (8) | (9) | (10) | (11) | (12)
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Volume Específico
5-1 (Continuação)
ÊN-S | BESSE S5sSS ARAGA SSS0S GSSSS 23555 05853 S9SS0 SUSCE DES
TABELA
” a
A umidade absoluta (densidade do vapor) pode também ser determinada direta-
mente da tabela de vapor, simplesmente tomando-se a recíproca do volume especí-
fico do vapor como está registrado na tabela. Com referência ao exemplo 5-3, o
volume específico do vapor saturado à temperatura PO de 45 “F é dado na tabela
$-1 como 2036,4 pés*/lb, de modo que a umidade absoluta é (1/2036,4 pés? /Ib)
0,000491 Ib/pé”.

5-6. Umidade Relativa


A umidade relativa (UR), expressa em porcentagem,é a relação entre a pressão par-
cial efetiva exercida pelo vapor de água em qualquer volume de ar e a pressão
parcial que poderia ser exercida pelo vapor de água, se este, no ar, estivesse saturado
à temperatura do ar, isto é,

pressão parcial real


UR = ——
o X 100 (5-1)
pressão parcial em saturação

Algumas vezes, a UR é definida também como a relação, expressa em porcenta-


gem, entre a densidade real do vapor e a densidade do vapor em saturação. O valor
obtido é exatamente o mesmo que o obtido pela Equação 5-1.

Exemplo 5-4 Uma certa amostra de ar tem uma temperatura de 70 “F e uma tem-
peratura PO de 50 ºF. Determine a UR.
Solução: Da Tabela 5-1, a pressão parcial de um vapor de água correspondendo a
uma temperatura PO de SO ºF é 0,17811 Ib/pol? a,e a pressão parcial correspon-
dente a uma temperaturaPO de 70 “F é 0,3631 Ib/pol? a. Aplicando a Equação 5-4,
0,17811 Ib/pol?
R = Dipo (100)
= 49%
0,3631 Ib/pol“a

Exemplo 5-5 Calcule a UR do ar do Exemplo 5-4, se a temperatura do ar for |


reduzida para 60 ºF.

Solução: Uma vez que o teor de umidade do ar permanece o mesmo, à tempera-


tura PO também será a mesma. Da Tabela 5-1, as pressões parciais do vapor de água
correspondentes às temperaturas PO de 50 ºF e 60 ºF são, respectivamente,
0,17811 Ib/pol?a e 0,2563 Ib/pof? a. Aplicando a Equação 5-1,
0,17811 Ib/pol?
R pica (100) = 69,5%
0,2563 Ib/pol*a

122

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5-7. Taxa de Umidade
A taxa de umidade (w), algumas vezes chamada umidade especifica, é uma expres-
são da massa de vapor de água por unidade de massa de ar seco e é usualmente esta-
belecida em grãos por libra de ar seco (gr/lb) ou libras por libra de ar seco (Ib/lb).*
Sete mil (7000) grãos correspondem a 1 lb.
Para qualquer pressão barométrica dada, a taxa de umidade é apenas uma função
da temperatura PO. Contudo, a taxa de umidade correspondente a qualquer tempe-
ratura PO dada, varia com a pressão barométrica total, aumentando, conforme a
pressão barométrica total diminui. A razão disto é facilmente explicada. De acordo
com as leis do gás ideal, o volume por unidade de massa de ar aumentará conforme
a pressão barométrica total diminui. Uma vez que a densidade do vapor varia em
sentido inverso ao do volume, acontece que a massa de vapor de água necessária
para produzir uma densidade e pressão de vapor dadas, aumenta, conforme o
volume do ar também aumenta.
Quando a pressão barométrica e a temperatura PO são conhecidas, a taxa de
umidade é facilmente determinada pela relação subsequente, que é derivada da
equação característica do gás (Equação 3-8):
0,622 py
W 3 —— (3-2)
P” Pw
onde: w = taxa de umidade, em libras de vapor de água por libra de ar seco
Pw = pressão parcial do vapor de água correspondente à temperatura PO
em libras por polegada quadrada absoluta
p = pressão barométrica em libras por polegada quadrada

Exemplo 5-6 Determine a taxa de umidade de uma amostra de ar à pressão baro-


métrica padrão, tendo uma temperatura de 70 ºF e uma temperatura
PO de 50 ºF.

Solução: Da Tabela 5-1, a pressão parcial do vapor de água correspondente a uma


temperatura PO de SO “F é 0,17811 Ib/pol?a e a pressão atmosférica normal é
14,696 Ib/pol?. Aplicando a Equação 5-2,
2
= (0,622) Ra Ib/pol” a) = 0,00763 Ib/lb
14,696 Ib/pol* - 0,17811 Ib/pol“a

Exemplo 5-7 Determine a taxa de umidade da amostra de ar do Exemplo 5-6,


estando o vapor de água no ar saturado à temperatura do ar.

* Muitas fontes usam mutuamente o termo “umidade específica” e “taxa de umidade”.


Porém, o “Manual de Fundamentos”, da Sociedade Americana de Engenheiros de Calor, Refri-
geração e Ar Condicionado, edição de 1972, página 98, define “umidade específica” como
massa de vapor de água por unidade de massa de ar úmido.

123

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Solução: Da Tabela 5-1, a pressão parcial correspondente a uma temperatura PO
de 70 ºF é 0,3631 Ib/pol? a. Substituindo na Equação 5-2,
0,622) (0,3631 Ib/pol?
W = a e = 0,01576 Ib/lb
14,696 Ib/pol* - 0,3631 Ib/pol?a

5-8. Taxa de Saturação


A taxa de saturação, algumas vezes chamada porcentagem de umidade, é a relação
entre a massa do vapor de água no ar por unidade de massa de ar seco e a massa de
vapor de água necessária para a saturação da mesma amostra de ar. À taxa de satu-
ração, assim como a umidade relativa, é expressa em porcentagem:

Tax
de saturação
a = + (100) (5-3)
Ws
onde: w = taxa real da umidade em libras por libra de ar seco
ws= taxa de umidade em saturação para a mesma temperatura do ar em
libras por libra de ar seco

Exemplo 5-8 O ar à pressão atmosférica normal tem uma temperatura de 70 “F


e uma temperatura PO de SO ºF, Determine a taxa de saturação do ar.

Solução: Dos exemplos 5-6 e 5-7, as taxas de umidade correspondentes às tempe-


raturas PO de 5S0ºF e 70 “F são 0,00763 1b/lb e 0,01576 1b/lb, respectivamente.
Aplicando a Equação 5-3,

0,00763
Taxa de saturação = —001576 (100) = 48,4%

5-9. Temperaturas de Bulbo Seco e Bulbo Umido


A temperatura do ar de bulbo seco (BS) é a temperatura quando medida por um
termômetro B$ comum. Durante a medição da temperatura BS do ar, o bulbo do
termômetro deve ser protegido para reduzir os efeitos da irradiação direta.
A temperatura do ar de bulbo úmido (BU) é a temperatura quando medida por
um termômetro de bulbo úmido. Um termômetro BU é um termômetro comum,
cujo bulbo é encerrado num saço de pano ou pavio umedecido. Para se obter uma
leitura exata com um termômetro BU, o pavio deve ser saturado com água limpa
aproximadamente à temperatura BS do ar, e a velocidade do ar ao redor do pavio
deve ser mantida entre 1000 e 2000 pés/min. De uma maneira prática, esta veloci-
dade pode ser simulada no ar imóvel, girando-se o termômetro ao redor da extre-
midade de uma corrente. Um instrumento especialmente destinado a este objetivo,
é o psicrômetro de balanço (Fig. 5-1). O psicrômetro de balanço é composto de

124

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a massa do ar pela diferença da entalpia específica do ar seco nas condições inicial
e final;
O, = (mn) (3h,) (5-7)

Exemplo 5.10 A temperatura de 20 Ib de ar é aumentada de 55 ºF para 100 “F


pela adição de calor. Determine a quantidade de calor sensível cedido.
Solução: Aplicando a Equação 5-6,

Q, = (20 Ib) (0,24) (100º - 55º) = 216 Btu

5-12. Calor Latente do Ar


Dado que todos os componentes do ar seco não são condensáveis a temperaturas
e pressões normais, para todos oss propós,
opósitos práticos, o único calor latente do ar é
o calor latente do vapor de água do ar. Portínio, o montante de calor latente em
qualquer quantidade io ar ne depende da massa de vapor de água do ar e do
calor latente de vaporização de água correspondente à temperatura de saturação
do vapor de água,
Porquanto a temperatura de saturação do vapor de água é também a temperatura
PO do ar, acontece que a temperatura PO determina não somente a massa de vapor
de água do ar mas também, o valor do calor latente de vaporização. Consequente-
mente, o calor latente do ar é apenas uma função da temperatura PO, Enquanto a
temperatura PO do ar permanece imutável, o calor latente do ar também permanece
imutável.
A entalpia do vapor de água saturado (h,) a diversas temperaturas de saturação
(PO), quando calculada em 32 “F, é dada na coluna nove da Tabela 5-1. Embora
os valores registrados incluam o calor sensível do líquido acima de 32 ºF, assim
como o calor latente de vaporização à temperatura dada, a prática comum é tratar
tudo como calor latente.
Dado que a quantidade de calor sensível envolvido é relativamente pequena, o
equívoco que resulta quando se considera todo o calor do vapor de água como calor
latente, não apresenta maiores consequências. Como uma consegiiência prática, é
conveniente considerar que o calor sensível do ar é a entalpia do ar seco e que o
calor latente do ar é a entalpia do vapor de água, sendo a soma dos dois, o calor
total ou entalpia do ar. |
O calor latente de alguma massa de ar dada, pode ser calculado pelo emprego da
seguinte equação:
h, = (m)(w X hy) (5-8)

onde: h, = calor latente de qualquer massa de ar seco dada, tendo a taxa de


umidade w em Btu
m massa de ar seco em libras
tt

wW = taxa de umidade em libras por libra


h, = entalpia específica do vapor de água do ar, comumente tomada

128

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onde: H, é a entalpia de m libras de ar.

O calor total transmitido (Q,) para ou do ar quando este está aquecido ou refri-
gerado, respectivamente, pode ser determinado pela seguinte equação:

O, = (m) (A, 2h) “G-16)

onde os subíndices 1 e 2 indicam as condições inicial e final do ar, respectivamente.


Quando a entalpia na condição | excede aquela na condição 2, o resultado obtido
será negativo, indicando que o calor é transmitido mais do ar do que para ele. Na
prática, geralmente o sinal negativo é negligenciado.

Bocais do Eliminadores
pulverizador de gotas

Fluxo
de ar

(a)

Câmara de =
es es | | purognração | Ar saturado
|
Fluxo 62º BU 62 BU
de ar | tem saturação BU=85S=PO
ae" PO |

(b)
Fig. 6-2 A umidificação adiabática e/ou processo de refrigeração por evaporação. O ar
é colocado em contato Íntimo com o pulverizador de água na câmara de pulverização.
Neste instante, o pulverizador de água é recirculado, sem scr aquecido nem resfriado,
caso em que a temperatura do pulverizador de água será a mesma que a temperatura BU
do ar novo (ou entrando).

132

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Entalpia de sat
Btu/lb de ar ur ação,
seco
oe ae sa
“Wma
f— e
es se, “+

Cm
LR

(7
e
M
a
m
Ha h
HOLA
) |

uh mm H
j
2
R

li
|
|
o

] ||
o

poor
O, = (11b) (29,94 - 20,40) = 9,54 Btu/lb
(b) Aplicando
a Equação 5-6,
O, = (11b)(0,24)(79º - 50º) = 6,96 Btu/lb
(c) O calor latente removido

O, = 0" Q,
= 9,54 - 6,96 = 2,58 Btu/lb

(d) Do diagrama,
wa = 0,010 Ib/lb
we = 0,0076 Ib/lb

A massa de vapor de água condensado por hora, m

= (2000 Ib/h) (0,010 - 0,0076) = 4,8 1Ib/h

Uma solução alternativa para as partes a, b c c, é ilustrada no diagrama da Fig. 5-9h.

5-23. Fator de Calor Sensível da Serpentina


Em qualquer processo de refrigeração e desumidificação, ambos, o calor latente e
o sensível, são removidos da serpentina de refrigeração, sendo a soma dos dois o
calor total transferido. A relação entre o calor sensível e o calor transferido é conhe-
cida como fator de calor sensível da serpentina (FCSS), isto é,

FCSS = Q, (528)
Q;
Exemplo 5-21 Calcule o FCSS para a serpentina no exemplo 5-20,

Solução: Aplicando a Equação 5-28, |


- 6,96 Btu/lb
= 0,73
9,54 Btu/lb

O FCSS pode ser determinado diretamente do diagrama psicrométrico, empre-


gando-se a escala de fator de calor sensível na margem direita do diagrama. Uma
reta (reta AC na Fig. 5-9b) traçada entre a condição de entrada de ar (4) e a tempe-
ratura da superfície de refrigeração (C) é conhecida como reta FCSS. Observe-se

148

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que o componente vertical desta reta é um índice do calor latente (umidade) remo-
vido durante o processo, quando medido pela escala de umidade específica, enquan-
to que o componente horizontal, é um índice do calor latente removido, quando
medido pela escala da temperatura BS. Uma vez que as escalas da taxa da tempera-
tura BS e umidade são lincares, é evidente que a inclinação desta reta mudará em
proporção, para se converter em FCSS, tornando-se mais vertical quando a FCSS
diminui e mais horizontal quando a FCSS aumenta. Para um processo de refrige-
ração sensível, a linha FCSS é exatamente horizontal e coincide com as linhas da
temperatura PO constante.
Para determinar o FCSS diretamente do diagrama, uma reta, começando no
ponto de referência do diagrama e prolongando-se até a escala do fator de calor
sensível na margem direita do referido diagrama, é desenhada paralelamente à reta
FCSS. O FCSS é lido da escala de fator do calor sensível até o ponto em que a refe-
rida reta intercepta a escala. Na Fig. 5-9b, leia o FCSS como 0,73, Observe-se que
este valor corresponde ao resultado obtido no Exemplo 5-21,

5-24. Processos Práticos de Refrigeração e Desumidificação


O processo de refrigeração e desumidificação descrito no Exemplo 5-20, é pura-
mente hipotético, já que pode seguir o trajeto ABC, como foi mostrado na Fig. 5-9,
somente se todas as porções de ar passando através da serpentina, entrarem real-
mente em contato com a superfície de refrigeração e forem resfriadas simultanea-
mente da condição inicial 4 para a condição final €C. Semelhante hipótese ignora
a existência do ar de derivação (considere o FD de uma serpentina igual a zero) e o
fato de que a temperatura de todas as partes da superfície de desumidificação não
são uniformes, portanto não são práticas.
Em qualquer processo real de refrigeração e desumidificação, há sempre certa
quantidade de ar de derivação, de modo que, o ar quando deixa a serpentina, é
sempre uma mistura de ar tratado e não tratado. Nestes casos, pode se considerar
que a porção de ar tratada (aquela que entra em contato com a superfície de refri-
geração), segue o trajeto ABC e deixa a serpentina saturada à temperatura da super-
fície da mesma (ponto €), enquanto que a porção não tratada (o ar de derivação),
deixa a serpentina na condição da entrada (ponto 4). Portanto, o ar que deixa a
serpentina é realmente uma mistura de dois fluxos de ar, cujas condições iniciais
são representadas, neste momento, pelos pontos 4 e €.
Dado que a condição de qualquer mistura de dois fluxos de ar é tal que ela pode
ser traçada como um ponto situado em qualquer parte ao longo de uma reta unindo
os pontos de estado que representam as condições iniciais dos dois fluxos de ar,
acontece que a condição do ar que deixa a serpentina de refrigeração e desumidifi-
cação, sempre acabará sendo marcado como um ponto qualquer, tal comoD na Fig.
5-9b, ao longo de uma reta (AC) desenhada entre a condição da entrada de ar(A) e
a temperatura da superfície da serpentina (C). A condição exata do ar em saída,
e portanto, a localização exata do ponto D sobre a linha AC, dependerá da porcen-
tagem do ar em derivação (o FD da serpentina). Quanto maior for a porcentagem
do ar em derivação (FD da serpentina mais elevado) mais a condição do ar que sai
(D) se aproximará da condição da entrada de ar (4).

149

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No diagrama psicrométrico, a condição da serpentina de desumidificação pode
ser representada por um ponto traçado na curva de saturação, na temperatura
correspondente à temperatura efetiva da superfície da serpentina, como foi ilus-
trado pelo ponto € na Fig. 5-9h. Este ponto, algumas vezes, é denominado sistema
de ponto de orvalho (SPO) da serpentina.
Será mostrado mais tarde (Capítulo 11), que a temperatura da superfície de
uma serpentina de desumidificação (ou qualquer serpentina de aquecimento ou
refrigeração) não é a mesma em todas as partes da serpentina. Para a serpentina de
desumidificação ilustrada na Fig. 5-9b, as temperaturas reais da superfície nas
várias partes da serpentina, podem ser colocadas entre os limites da temperatura
grosseiramente definidos pelos pontos B e R, indicando o primeiro, a temperatura
PO da entrada do ar e o último aproximando-se da temperatura do fluido refrige-
rante nos tubos da serpentina. A temperatura da superfície da serpentina (ponto €)
então, é um equivalente teórico ou temperatura efetiva da superfície, que pode ser
considerada como a temperatura uniforme da superfície que poderia produzir as
mesmas condições de saída de ar, assim como a variação da temperatura da super-
fície de uma serpentina real de desumidificação. ,
A reta AC na Fig. 5-9b, foi definida (Secção 5-23), como a reta FCSS, e dessa
maneira, é a linha onde se encontram todas as condições possíveis do ar que sai,
condições essas que fornecerão a relação entre o calor sensível e o calor total remo-
vido. Contudo, isto poderia não ser interpretado para significar que a reta FCSS
representa o curso verdadeiro do processo de desumidificação através de uma ser-
pentina de desumidificação. Por razões expostas na Secção 11.9, 0 ar que passa
através de uma serpentina de desumidificação, é verdadeiramente uma série de mis-
turas de ar tratado e não tratado, cujos pontos de estado poderiam ser traçados ao
longo de um trajeto curvo, semelhante à reta tracejada AR na Fig. 5-9h, Porém, o
trajeto real do processo não é importante, já que para qualquer condição de ar
entrando ou saindo, a quantidade de calor sensível e umidade removida do ar será
a mesma, independentemente do curso do trajeto. Por esta razão, e porque a reta
FCSS define o sistema do ponto de orvalho e é a trajetória de todas as condições
possíveis de ar que sai, que fornecerão a refrigeração sensível desejada pela taxa de
refrigeração total, é conveniente considerar que o curso do processo de desumidi-
ficação segue ao longo da reta FCSS.
Frequentemente, na prática de ar-condicionado, é necessário achar o SPO, o
FCSS e o FD da serpentina que assegurarão uma certa condição de ar que sai quando
a condição do ar que entra é conhecida. O exemplo seguinte ilustra este processo.

Exemplo 5-22 Uma certa massa de ar que entra numa serpentina de desumidifi-
cação tem temperaturas iniciais BS e BU de 85 “F e 67º F, respectivamente, Se for
necessário que o ar que sai da serpentina tenha uma temperatura BS de 63 ºF e uma
temperatura BU de 57 ºF, determinar:
(a) o SPO exigido
(b) o FD exigido
(c) o FCSS exigido

150
É interessante observar, na Fig, 5-10, que a umidade é removida do ar, mesmo
que a temperatura BS (63 ºF) do ar que sai, esteja bem acima da temperatura PO
do ar que entra (57,2 ºF).

65-25. EQUIVALENTES DO SISTEMA MÉTRICO


As unidades métricas apropriadas podem ser diretamente substituídas em todas as
equações apresentadas neste capítulo. Contudo, dado que a entalpia do ar seco é
calculada de O “C e como o calor específico a pressão constante, c,, do ar é 1 kJ/
kg ºK, acontece que a entalpia específica do ar seco (calor sensível por quilograma
de ar), será numericamente igual à temperatura BS em graus Celsius, e as Equações
5-5 e 5-6, podem ser simplificadas para

H, = (m)(BS) (5 -29)

O, = (m)(ABS) (5-30)
onde: H,= calor sensível em quilojoules
O, = calor sensível transferido em quilojoules
Também, com constantes convertidas, a Equação 5-1 1 torna-se

ho = 2502 + (1,8) (55) (5-31)

onde: hy = a entalpia específica do vapor de água em quilojoules por quilo-


grama

Um diagrama psicrométrico empregando as unidades métricas é apresentado na


Fig. 5-11. Observe-se que ele é semelhante âquele em unidades inglesas mostrado
na Fig. 5-4 e pode ser usado da mesma maneira. Porém, os valores da entalpia não
são transformados diretamente, uma vez que a base de seus cálculos não é a mesma
para os dois diagramas. Para o diagrama métrico, as entalpias de ar seco e de vapor
de água são calculadas a partir da mesma temperatura base, O ºC, enquanto que para
o diagrama empregando unidades usuais, a base da entalpia para ar seco é O ºF,
enquanto que a base de entalpia para vapor de água é 32 ºF.
Nas unidades métricas, o ar padrão tem uma densidade de 1,2 kg/m? e um
volume específico de 0,833 m?/kg. O ar a pressão barométrica padrão e com uma
temperatura de 21 “C corresponde, substancialmente, a esta condição.

Exemplo 56-23 Uma certa massa de ar entra numa serpentina de desumidificação


a temperaturas iniciais BS e BU de 30 ºC e 20 ºC, respectivamente. Se se deseja que
o ar que deixa a serpentina tenha uma temperatura BS de 17 ºC e uma temperatura
BU de 14 ºC, determinar o seguinte:
(a) a temperatura média efetiva da superfície da serpentina,
(b) o fator de derivação de serpentina requerido,

152

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rado é 0,2563 Ib/pol?a. Determine (a) a temperatura PO do are (b) a tem-
peratura BS do ar.
5-3 Uma certa quantidade de ar a uma temperatura de 90 “F tem uma tempe-
ratura PO de 56 “F. Qual é a pressão parcial exercida pelo vapor de água?
5-4 Determine a umidade absoluta do ar no Problema 5-3, se a constante de
gás R para vapor de água a baixa pressão é 85,66 pés-b/lb ºR,
5-5 Calcule a UR das amostras de ar nos Problemas 5-1, 5-2 e 5-3.
5-6 Determine a taxa de umidade das amostras de ar nos Problemas 5-1, 5-2
e 5-3.
5-7 Calcule a taxa de saturação das amostras de ar nos Problemas 5-1, 5-2 5-3.
5-8 Calcule o calor sensível (entalpia de ar seco) de 5 Ib de ar tendo uma tempe-
ratura BS de 55 ºF e uma temperatura
PO de 46 ºF.
5-9 A temperatura de 150 Ib de ar é clevada de 35 “F para 120 ºF pela adição |
de calor. Calcule a quantidade de calor suprido.
5-10 A temperatura de 75 Ib de ar é reduzida de 85 ºF para 40 “F, pela passagem
do ar através de uma superfície de refrigeração. Calcule a quantidade de
calor sensível removido do ar.
5-11 Determine o calor latente (entalpia do vapor de água) de 10 Ib de ar tendo
uma temperatura BS de 65 “F e uma temperatura PO de 50 ºF,
5-12 Duas mil libras de ar por hora, têm temperaturas BS e PO de BO ºF e 60 ºF,
respectivamente, e são passadas através de uma serpentina de refrigeração
e resfriadas a uma temperatura final BS de 45 “F. Considerando que o ar
deixando a serpentina está saturado, determine (a) a massa do vapor de água
condensado do ar em libras por hora e (b) o calor latente removido em
Btu por hora.
56-13 Calcule o calor total em Btu por hora removido do ar, no Problema 5-12,
5-14 Qual é a entalpia (calor total) de 1 libra de ar tendo uma temperatura BS
de 70 ºF e uma temperatura PO de 55 ºF?
5-15 Determine o volume de ar padrão de 500 pés” de ar a 140 ºF.
5-16 Qual é o volume real de ar a uma temperatura BS de O “F, se o volume de
ar padrão é 750 pés* /min? º
5.17 Leituras de um psicrômetro de balanço, indicam que o ar em um quarto,
tem uma temperatura BS de 85 “F e uma temperatura BU de 67 ºF. A
partir do diagrama psicrométrico, determine a taxa de umidade, a tempe-
ratura PO, o volume específico aproximado, a umidade específica em satu-
ração, o desvio da entalpia, a entalpia real, e a umidade relativa aproximada.
5-18 Para a amostra de ar descrita no Problema 5-17, determine (a) o calor sen-
sível em Btu por libra de ar e (b) o calor latente em Btu por libra de ar.
5-19 Dez libras de ar tendo a temperatura BS de 80 “F e uma taxa de umidade
de 0,010 1b/lb, são misturadas com 20 Ib de ar tendo uma temperatura BS

156

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6-4. Os Agentes da Refrigeração
Em qualquer processo de refrigeração, a substância empregada como absorvente
de calor ou agente de esfriamento, é chamada de refrigerante.
Todos os processos de esfriamento podem ser classificados como sensíveis ou
latentes, de acordo com o efeito que o calor absorvido tem sobre o refrigerante.
Quando o calor absorvido causa uma elevação na temperatura do refrigerante, o
processo de esfriamento é chamado sensível, enquanto que quando o calor absor-
vido causa uma mudança no estado físico do refrigerante (por liquefação ou vapori-
zação), o processo de esfriamento é chamado latente. Em qualquer dos processos, se
o efeito de refrigeração deve ser contínuo, a temperatura do refrigerante deve ser
mantida continuamente abaixo da temperatura da câmara ou do material que está
sendo refrigerado.
Para ilustrar, considere que 1 Ib de água a 32ºF é colocada num recipiente aberto
no interior de uma câmara isolada, tendo uma temperatura inicial de 70ºF (Fig. |
6-1). Por um tempo, o calor fluirá da câmara a 70ºF, para a água a 32ºF,e a tempe-
ratura da câmara diminuirá. Porém, para cada Btu de calor que a água absorve da
câmara, a temperatura da água se elevará de 1 ºF, de modo que, quando a tempe-
ratura da câmara diminui a da água se eleva. Logo, as temperaturas da água e da
câmara serão exatamente as mesmas e não haverá nenhuma transferência de calor.
A refrigeração não será contínua, porque a temperatura do refrigerante não perma-
nece abaixo da temperatura da câmara em refrigeração.
Considere agora que 1 Ib de gelo, também a 32 ºF,é substituída pela água (Fig.
6-2). Neste momento, a temperatura do refrigerante não muda já que absorve calor
da câmara. O gelo simplesmente muda do estado sólido para o estado líquido,

Isolamento Isolamento

Calor fluindo através Calor fluindo através


do isolamento do isolamento
Fig. 6-1 Fluxos de calor da câmara aqueci- Fig. 6-2 Fluxos de calor da câmara aque-
da paraa água gelada. A temperatura da cida para o gelo frio. A temperatura da
água sc eleva quando a temperatura da cá- câmara diminui quando o gelo derrete. A
mara diminui. A refrigeração não será con- temperatura do gelo permanece a 32 ºF,
tínua, O calor absorvido pelo gelo deixa a câmara
na forma de água, saindo pelo dreno.

160

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rida como Refrigerante-12. O Refrigerante-12 (R-12) tem uma temperatura de
saturação de - 21,6 ºF à pressão atmosférica padrão. Por esta razão, o R-12 pode
ser armazenado como um líquido a temperaturas comuns somente se armazenado
sob pressão em cilindros de aço reforçado.
A Tabela 16-3 é uma tabulação das propriedades termodinâmicas do vapor e
líquido saturados do R-12. Esta tabela enumera, entre outras coisas, a temperatura
de saturação do R-12 correspondendo a pressões variadas. As tabelas 16-4, até
16-6, enumeram as propriedades termodinâmicas de alguns dos outros refrigerantes
mais comumente usados. Estas tabelas são semelhantes às tabelas de vapor c líquido
saturados analisadas anteriormente, e são empregadas da mesma maneira.

6-7. Vaporização do Refrigerante


Um espaço isolado pode ser refrigerado de modo adequado, simplesmente permi-
tindo-se ao líquido R-12 vaporizar num recipiente com ventilação do exterior,
como mostra a Fig. 6-5. Quando o R-12 está sob pressão atmosférica padrão, sua
temperatura de saturação será - 21,6 “F. Vaporizando a esta temperatura baixa,
o R-12 absorve logo o calor da câmara a 40 ºF através das paredes do recipiente
que o contém, O calor absorvido pelo líquido em vaporização deixa a câmara no

Vapor do
se rar E dh refrigerante à pressão
NONO Mo! atmosférica
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a «— Válvula de estrangulamento
; Vapor do
Z erre refrigerante
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A Líquido A RE 30, .ERS iviçã A biido
7) Refrigerante-12 7; %| em ebulição
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Fig. 6-5 O líquido Refrigerante-l2


vaporiza conforme recebe calor da
câmara a 40 “F. O calor recebido Fig. 6-6 A temperatura em cbulição do líquido
pelo refrigerante deixa a câmara no refrigerante é controlada, no evaporador, pelo con-
vapor que escapa através do respi- trole da pressão do vapor sobre o líquido, com a
rador. válvula de estrangulamento no respirador.

164
Dado que o refrigerante vaporiza no evaporador porque absorve o calor latente
necessário da câmara de refrigeração, tudo isto é exigido para condensar o vapor
de volta ao estado líquido, isto é, causar o fluxo do calor latente para outro corpo.
O corpo de material empregado para absorver o calor latente do vapor, causando
assim sua condensação, é chamado de agente de condensação. Os agentes de con-
densação mais comuns são ar e água. A água usada como agente de condensação
usualmente é suprida da canalização urbana ou de uma torre de resfriamento. O
ar usado como agente de condensação, geralmente é ar externo a temperaturas
normais.
Para o calor fluir do vapor.refrigerante para o agente de condensação, a tempe-
ratura deste deve estar abaixo da temperatura do vapor refrigerante. Porém, uma
vez que a pressão e temperatura do vapor saturado que sai do evaporador são iguais
às do líquido em vaporização, a temperatura do vapor estará sempre consideravel-
mente abaixo daquela de qualquer agente de condensação normalmente aprovei-
tável, Portanto, o calor não fluirá do vapor refrigerante para o ar ou água usados
como agente de condensação até que a temperatura de saturação do vapor refrige-
rante tenha sido elevada por compressão, para alguma temperatura acima da tempe-
ratura do agente de condensação. A bomba de vapor ou compressor mostrada na
Fig. 6-10 serve para este fim.
Antes da compressão, o vapor refrigerante está à pressão e temperatura de vapo-
rização. Uma vez que a pressão do vapor é baixa, a temperatura de saturação corres-
pondente fica acima da temperatura do agente de condensação que está sendo
empregado. Ao mesmo tempo, quando é executado trabalho mecânico sobre o
vapor, comprimindo-o à pressão mais alta, sua energia interna é aumentada com um
aumento correspondente na sua temperatura.
Após a compressão, o vapor a alta pressão c alta temperatura é descarregado den-
tro do condensador, onde ele cede calor ao agente de condensação de temperatura
mais baixa. Como um vapor não pode ser refrigerado a uma temperatura abaixo de
sua temperatura de saturação, a perda contínua de calor pelo vapor refrigerante
no condensador, causa a condensação do vapor novamente ao estado líquido, pres-
são e temperatura de saturação mais elevadas. O calor entregue pelo vapor ao
condensador é levado pelo agente de condensação. O líquido condensado resul-
tante, cujas temperatura e pressão serão iguais áquelas do vapor condensado, fluirá
do condensador para o tanque de armazenagem de líquido e será então, pronta-
mente recirculado para o evaporador.
Observe-se que o refrigerante, algumas vezes chamado de líquido transmissor,
é somente um agente de transmissão de calor que carrega o mesmo da câmara de
refrigeração para o exterior. O refrigerante absorve calor da câmara de refrigeração
no evaporador, carrega-o para fora da câmara, e rejeita-o para o agente de conden-
sação no condensador.

6-11. Sistema Típico de Vapor - Compressão

Um diagrama de fluxo de um sistema simples de compressão de vapor é mostrado


na Fig. 6-11. As partes principais do sistema são (1) um evaporador, cuja função

168
tece, então, que a diferença entre a entalpia do refrigerante que deixa o evaporador
e a do líquido que se aproxima do controle é somente o calor absorvido no evapo-
rador, que é, naturalmente, a ação de refrigeração. Por esta razão, o efeito refrige-
rante por unidade de massa, pode ser sempre determinado simplesmente subtraindo-
se a entalpia do líquido que se aproxima do controle, da entalpia do vapor refrige-
rante que deixa o evaporador.

Exemplo 6-1 Determine o efeito refrigerante por libra, se a temperatura do líqui-


do R-12 que se aproxima do controle de refrigerante for 86 “F e a temperatura do
vapor saturado que deixa o evaporador for 30 ºF.
Solução: Da Tabela 16-3,
Entalpia do R-12 saturado a 30 ºF = 81,61 Btu/lb
Entalpia do líquido R-12 a 86ºF = 27,72 Btu/lb
Efeito refrigerante por libra | = 53,89 Btu/lb
Observe-se que, para qualquer refrigerante dado, o efeito refrigerante produzido
por unidade de massa de refrigerante circulado depende da diferença entre a tempe-
ratura do evaporador e a temperatura do líquido refrigerante que se aproxima do
controle de refrigerante. Quando esta diferença de temperatura aumenta, o efeito
refrigerante por unidade de massa é reduzido porque uma enorme porção de líquido
deve vaporizar no controle para garantir a necessária queda de temperatura do refri-
gerante. Reciprocamente, reduzindo esta diferença, o efeito refrigerante aumentará.
Por esta razão, é sempre desejável que o sub-resfriamento do líquido que se apro-
xima do controle resulte em um aumento na ação de refrigeração e numa melhora
de eficiência do sistema.

6-23. Capacidade do Sistema


A capacidade de qualquer sistema de refrigeração, é o regime ao qual ele removerá
calor da câmara de refrigeração. Foi tradicionalmente expressa em Btu por hora ou
em termos equivalentes de sua capacidade para fundir gelo.
Antes da era da refrigeração mecânica, o gelo era muito usado como substância
refrigerante. Com o desenvolvimento da refrigeração mecânica, era natural que a
capacidade de refrigeração dos refrigeradores mecânicos pudesse ser comparada com
um equivalente de fusão de gelo. Então, um sistema de refrigeração, tendo uma
capacidade de 1 tonelada é aquele que tem a capacidade de resfriamento equiva-
lente à fusão de 1 tonelada de gelo num período de 24 horas. Uma vez que 1 tone-
lada de gelo absorverá 288 000 Btu (2000 Ib X 144 Btu/lb) na fusão, isto é, resfria-
mento à taxa de 12 000 Btu/h ou 200 Btu/min. No sistema métrico, | tonelada
é uma taxa de resfriamento de 3,517 kJ/s ou kW.
Observe-se que a capacidade de refrigeração é realmente uma taxa de transmissão
de energia e, assim sendo, é uma expressão de potência.
A capacidade de um sistema de refrigeração mecânica, isto é, a taxa à qual O
sistema removerá calor da câmara de refrigeração, depende de 2 fatores: (1) a

179
massa do refrigerante circulado por unidade de tempo, e (2) a ação de refrigeração
por unidade de massa circulada. Expressa como uma equação,

O. = (m)(ge) (6-1)
onde: Q, = capacidade de refrigeração em Btu por minuto
m = taxa de fluxo de massa em libras por minuto
Ge = cfeito refrigerante em Btu por libra.

Exemplo 6-2 Um sistema de refrigeração mecânica está operando em condições


tais que a temperatura de vaporização é 30 “F, enquanto a temperatura do líquido
que se aproxima do controle de refrigerante é 86 ºF. Se o R-12 é circulado através
do sistema a uma taxa de 5 Ib/min, determine:
(a) a capacidade de refrigeração do sistema em Btu por hora,
(b) a capacidade de refrigeração do sistema em toneladas,

Solução:
(a) Do Exemplo 6-1,
efeito refrigerante = 53,89 Btu/lb
Massa de refrigerante circulada por minuto = Sib
Capacidade de refrigeração em Btu por minuto = 5X 53,89
= 26945 Btufmin.
Capacidade de refrigeração em Btu por hora = 269,45 X 60
= 16 167 Btu/h

269,45
(b) Capacidade de refrigeração em toneladas = e
= 1,347 ton

6-24. Massa do Refrigerante Circulado por Minuto


e por Tonelada
A massa do refrigerante que deve ser circulada por minuto por tonelada de capaci-
dade de refrigeração para quaisquer condições de operação dadas, é calculada |
dividindo-se o efeito refrigerante por libra nas condições dadas por 200 Btu/min |
toneladas.

Exemplo 6-3 Um sistema R-12 está operando em condições tais que a tempera-
tura de vaporização é 20 “F c a de condensação é de 100 ºF. Se se considerar que
não ocorre nenhum sub-resfriamento do líquido, de modo que sua temperatura
no controle de refrigeração seja também 100 ºF, determinar:
(a) o cfeito refrigerante por libra,
(b) a massa de refrigerante circulada por minuto por tonelada,
(c) a massa de refrigerante circulada por minuto para um sistema de 10 toneladas.

180

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Solução:
(a) Da Tabela 16-3, a entalpia do vapor saturado
do R-12 a 20ºF = 80,49 Btu/lb
A entalpia do líquido R-12 a 100ºF = 31,16 Btu/lb
Efeito refrigerante q. = 49,33 Btu/lb

(b) Massa de refrigerante circulada por minuto 200


por tonelada =
49,33
= 405lb

(c) Massa de refrigerante circulado por minuto para


um sistema de 10 toneladas = 10X4,05
= 40,5lb

6-25. Taxa de Volume do Fluxo do Vapor


Quando | ib de refrigerante vaporiza, o volume de vapor saturado produzido
depende do refrigerante usado e da temperatura de vaporização. Para qualquer refri-
gerante, o volume do vapor depende somente da temperatura de vaporização c
aumenta quando esta (e a pressão) diminui, Quando a temperatura de vaporização
do refrigerante é conhecida, o volume do vapor produzido por unidade de massa
(volume específico) pode ser determinado diretamente das tabelas de vapor satu-
rado. Uma vez que o volume específico do vapor é conhecido, o volume total do
vapor gerado no evaporador por unidade de tempo pode ser calculado multiplican-
do-se a taxa de fluxo da massa do refrigerante pelo volume específico do vapor,
isto é,
V = (m)(v) (6-2)
onde: V = volume total de vapor gerado no evaporador em pés cúbicos por
minuto
tm taxa de fluxo da massa do refrigerante em libras por minuto
U volume específico do vapor à temperatura de vaporização em pés
cúbicos por libra

Exemplo 6-4 Com referência ao Exemplo 6-3, determine o volume de vapor ge-
rado em pés cúbicos por minuto para cada tonelada de capacidade de refrigeração.

Solução: Do Exemplo 6-3, a taxa de fluxo da massa do R-12 é 4,05 Ib/min tonela-
das, e da Tabela 16-3, o volume específico do vapor de admissão a 20 ºF é 1,121
pés* /Ib. Aplicando a Equação 6-2,
V = (4,05 Ib/min ton) (1,121 pés?/lb) = 4,55 pés” /min/ton

181

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Exemplo 6-8 Com referência ao Exemplo 6-7, determine o volume de vapor
gerado em centímetros cúbicos por segundo por quilowatt de capacidade de refri-
geração.

Solução: Do Exemplo 6-7, a taxa de fluxo de massa do R-12 é 9,2 g/s kW de capa-
cidade de refrigeração, e da Tabela 16-2A, o volume específico de vapor saturado
a-10ºC é 76,65 cm” /g. Aplicando a Equação 6-2, o volume de vapor gerado por
segundo por quilowatt é
V = (9,2 6/5 kW) (76,65 ecm'/g) = 705,18 em”/s kW

Se for necessário, a taxa de fluxo de volume em centímetros cúbicos por segun-


do é convertida em metros cúbicos por segundo, pela divisão por 1 000 000, No
exemplo anterior, a taxa de fluxo de volume em metros cúbicos por segundo pode-
ria ser 0,00070518 (705,18 X 10%) mº/s kW.

Problemas Usuais
6-1 Determine o efeito refrigerante por libra de Refrigerante R-12, se a tempe-
ratura do líquido aproximando-se do controle for 90 “F e a temperatura
do vapor saturado que deixa o evaporador for - 10 ºF,
6-2 Determine o efeito refrigerante por libra de Refrigerante R-12 se a tempe-
ratura do evaporador for 40 “Fe o líquido refrigerante entrar no controle
de refrigerante a uma temperatura de 100 ºF.
6-3 Um sistema de refrigeração mecânica empregando R-12, está operando sob
condições tais, que a temperatura do evaporador é - 30 “F e a temperatura
do líquido refrigerante no controle de refrigeração é 80 ºF. Se a taxa de
fluxo de massa do refrigerante através do sistema for 5 Ib/min, determine;
(a) O efeito refrigerante por libra de refrigerante circulado,
(b) A capacidade de refrigeração do sistema em Btu por minuto,
(c) A capacidade refrigerante de um sistema em toneladas.
6-4 Um sistema de refrigeração mecânica empregando amônia, está funcionando
sob tais condições que a temperatura do evaporador é - 10 ºF e o líquido
se aproximando do controle refrigerante está a uma temperatura de 105 ºF.
Se o sistema tem uma capacidade de 18 toneladas, determine:
(a) o efeito refrigerante por libra de refrigerante circulado
(b) a taxa de fluxo de massa em libras por minuto por tonelada
(c) a taxa de fluxo de volume em pés cúbicos por minuto por tonelada
(d) a taxa de fluxo total de massa em libras por minuto
(e) a taxa de fluxo total de volume em pés cúbicos por minuto

Problemas Métricos
6-5 Determine o efeito refrigerante por quilograma de Refriperante-12, se a
temperatura do líquido se aproximando do controle de refrigerante for
32 C ea temperatura do vapor saturado que deixa o evaporador for - 20ºC.

184
Região sub-resfriada
to refrigerante está sob
a forma de um líquido Região de mudança
sub-resfriado) de fase (O refrigerante
é uma mistura | Íquido-
vapor)
Pressão absoluta (Ib/pol?)

Líquido para vapor

Região superaquecida
Vapor para líquido (O refrigerante está
sob a forma de um
vapor superaquecido)
Curva de iíquido
saturado

Curva de vapor saturado —.

Entalpia específica (Btu/ib)

Fig 7-2 Esboço do gráfico


ph ilustrando
as três regiões do gráfico
e a direção de
mudançade fase,

qualquer ponto, entre as duas linhas de saturação, o refrigerante permanece na


forma de uma mistura líquido-vapor. A distância entre as duas linhas ao longo de
qualque
far aca, so pranaçã constante, quando lida na escala de entalpia na base do
gráfico, é o calor latente de vaporização, do refrigerante a esta pressão. As linhas
de líquido e vapor saturados não são paralelas exatamente umas às outras, porque
o calor latente de vaporização do refrigerante varia com a pressão à qual ocorre a
mudança de fase.
No gráfico, à mudança da fase líquida para a de vapor, ocorre progressivamente
da esquerda para a direita, enquanto que a mudança da fase de vapor para a líquida
ocorre da direita para a esquerda. Junto à linha de líquido saturado, a mistura
líquido-vapor é principalmente líquida, enquanto que junto à linha de vapor satu-
rado, esta mistura é principalmente vapor. As linhas de qualidade constante (Fig.
7-3), prolongando-se do alto até a base pela secção central do gráfico,e aproxima-
damente paralelas às linhas de líquido e vapor saturados, indicam a porcentagem
de vapor na mistura com um aumento de 10%. Por exemplo, em qualquer ponto da
linha de qualidade constante mais próxima à linha de líquido saturado, a qualidade
da mistura líquido-vapor é 10%, o que significa que 10% (por massa) da misturaé
vapor. Do mesmo modo, a qualidade indicada da mistura em qualquer ponto ao
longo da linha de qualidade constante mais próxima da linha de vapor saturado é
90% e a quantidade de vapor na mistura líquido-vapor é 90%. Em qualquer ponto
na linha de líquido saturado, o refrigerante é um líquido saturado e em qualquer
ponto ao longo da linha de vapor saturado, o refrigerante é um vapor saturado.
As linhas horizontais que se estendem ao longo do gráfico, são línhas de pressão
constante e as verticais, são linhas de entalpia constante.

189

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do condensador para o controle de refrigerante e a condição do líquido que se apro-
xima do controle de refrigerante é a mesma que sua condição no ponto 4, O pro-
cesso descrito pelos pontos de estado 4 — B inicial e final, ocorre no controle de
refrigerante quando a pressão do líquido é reduzida da pressão de condensação para
a pressão de evaporação quando o líquido passa através do controle.* Quando o
líquido expande para o evaporador através do orifício de controle, a sua tempera-
tura é reduzida da temperatura de condensação para a de evaporação pela transfor-
mação em vapor de uma porção de líquido,
O processo A - B é um tipo de estrangulamento de expansão adiabática, frequen-
temente chamado de “laminação”, no qual a entalpia do líquido de trabalho não
muda durante o processo. Este tipo de expansão ocorre todas as vezes que um
fluido é expandido através de um orifício de uma pressão alta para uma pressão
baixa. Considera-se que isto ocorre sem ganho ou perda de calor através da tubula-
ção ou válvulas e sem rendimento de trabalho.
Dado que a entalpia do refrigerante não muda durante o processoÀ - 8, o ponto
B é localizado no gráfico ph, seguindo-se a linha de entalpia constante do pontoA
ao ponto onde a linha de entalpia constante cruza com a linha de pressão constante
correspondente à pressão de evaporação. Para localizar o ponto 8 no gráfico ph,
devem ser conhecidas à temperatura e pressão de evaporação.
Como um resultado da vaporização parcial de um líquido refrigerante durante o
processo 4A-B, o refrigerante no ponto B é uma mistura líquido-vapor, cujas pro-
priedades são:
p = 35,75lb/pol?a
T = 20º
h = 3146 Btu/lb (o mesmo que no ponto 4)
v = 03154 pés” /lb
s = 0,06657 Btu/lb “F

Nota: À mudança da entropia durante o processo 4-B ocorre como o resultado


da expansão de uma pressão mais elevada para uma mais baixa, sem o rendimento
de trabalho útil, e como resultado de transferência de energia que ocorre dentro do
próprio fluido. Uma transferência de energia que acontece inteiramente dentro
do fluido em trabalho, não afeta a entalpia deste; somente a entropia muda.
No ponto 8, em adição aos valores de p, Te A, a qualidade aproximada do vapor
pode ser determinada do gráfico ph pela interpolação entre as linhas de qualidade
constante, Nestas circunstâncias, a qualidade do vapor quando determinada do grá-
fico ph, é de aproximadamente 27%.
Dado que o refrigerante no ponto B é uma mistura líquido-vapor, somente os
valores de p é T podem ser lidos diretamente da Tabela 16-3, Porém, como a ental-

e. e—e.

* O processo 4 - B é uma expansão adiabática irreversível durante a qual o refrigerante passa


através de uma série de pontos de estado de uma maneira tal, que não há distribuição uniforme
de nenhuma das propriedades. Por isso, não pode ser traçado nenhum trajeto real para o pro-
cesso, à linha 4 - 8 representa simplesmente um processo que começa no ponto de estado À
e termina no ponto de estado B.

193
A quantidade de calor sensível (superaquecimento) eliminado por libra de vapor
no condensador, resfriando-se este da temperatura de exaustão para a temperatura
de condensação, é a diferença entre a entalpia do refrigerante no ponto D e no
ponto E (h; - h,).
O processo E-A é a condensação do vapor no condensador. Uma vez que a
condensação ocorre a pressão e temperatura constantes, o processo E--A segue ao
longo das linhas de temperatura e pressão constante do ponto E para o ponto 4.
O calor rejeitado para o agente de condensação durante o processo E-A é a dife-
rença entre a entalpia do refrigerante nos pontosE e 4 (A, - h,).
Retornando ao ponto 4, o refrigerante completa um ciclo e suas propriedades
são as mesmas que as que foram descritas previamente para o ponto 4.
Uma vez que ambos os processos D-E e E-A ocorrem no condensador, a quan-
tidade total de calor rejeitado pelo refrigerante para o agente de condensação no
condensador é a soma das quantidades de calor rejeitadas durante os processos
D-E e E-A, O calor total cedido pelo refrigerante no condensador é a diferença
entre a entalpia do vapor superaquecido no pontoD e o líquido saturado no ponto
A. Portanto,
de = ha di ha (7-6)

onde q; = ao calor rejeitado no condensador por libra de refrigerante circulado,


Nestas circunstâncias,

go = 90,60 - 31,16 = 59,44 Btu/lb


Se o refrigerante deve alcançar o ponto 4 no fim do ciclo na mesma condição
que deixa o ponto 4 no início do mesmo, o calor total rejeitado pelo refrigerante
para o agente de condensação no condensador deve ser exatamente igual ao calor
absorvido pelo refrigerante em todos os outros pontos do ciclo. Num ciclo satu-
rado simples, a energia do refrigerante é aumentada somente em dois pontos no
mesmo: (1) pelo calor absorvido da câmara refrigerada conforme o refrigerante
vaporiza no evaporador (q,) e (2) pela energia equivalente do trabalho mecânico
de compressão no compressor (q,). Portanto,

fc s Te + Iw (7-7)

Nesta circunstância,

de = 4933 + 10,11 = 59,44 Btu/lb


Onde m é a taxa de fluxo da massa do refrigerante circulado para produzir a
capacidade de refrigeração ou taxa, Q,, de 1 tonelada,

na =
Qe (7-8)
Te

197

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(b) Para o ciclo de 40 ºF,

Ge = ho ha = 82,71 - 31,16 = 51,55 Btuflb


Go = hg'” ho= 90,20 - 82,71 = 7,49 Btuflb
Ge = hyr- ha = 90,20 - 31,16 = 59,04 Btu/lb

Comparando os dois ciclos, note-se que o efeito refrigerante por unidade de


massa de refrigerante circulado é maior para o ciclo que tem a temperatura de vapo-
rização mais elevada. O efeito refrigerante para o ciclo que tem a temperatura de
vaporização de 10 “F, é 48,20 Btu/lb, Quando a temperatura de vaporização do
ciclo é elevada para 40 ºF, o efeito refrigerante aumenta para 51,55 Btu/lb. Isto
representa um aumento por libra no efeito refrigerante, de
neo
(he
n a
((heh- ta) X 100
51 ,5
- 48,520
=-—————— X 100 = 6,95%
he - ha 48,20

O maior cfcito refrigerante por unidade de massa de refrigerante circulado


é obtido à temperatura de vaporização mais elevada pelo fato de que há uma
diferença menor de temperatura entre a temperatura de vaporização e aquela do
líquido que se aproxima do controle refrigerante. Em consequência, à temperatura
de admissão mais elevada, uma fração menor do refrigerante vaporiza no controle e
uma porção maior vaporiza no evaporador e produz resfriamento proveitoso.
Uma vez que o efeito refrigerante por unidade de massa é maior, a taxa de fluxo
de massa de refrigerante requerida para produzir uma tonelada de capacidade de
refrigerante é menor à temperatura de admissão mais elevada do que âquela mais
baixa. Enquanto que a taxa de fluxo da massa de refrigerante requerida por tone-
lada para o ciclo de 10 “F é
200
= 4,15Ib/min
hoc ho 4820
a taxa de fluxo de massa requerida em toneladas para o ciclo de 40 ºF é somente

200 200
EP = 3,88 Ib/min
ho-h, 5155
A diminuição na taxa de fluxo de massa à temperatura de admissão mais ele-
vadaé

4,15 - 3,88
X 100 = 6
4,15 e

Uma vez que a diferença entre as pressões de vaporização e condensação é menor


para o ciclo que tem a temperatura de admissão mais elevada, o trabalho de com-

201

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e para o ciclo de 40 ºF, o coeficiente de eficiência é

he- ha 5155
hg'e he" VA
É evidente que, o coeficiente de eficiência, e em consequência disto, a eficiência
do ciclo, melhora consideravelmente, quando a temperatura de vaporização au-
menta. Nestas circunstâncias, a temperatura de vaporização aumentando de 10 “F
para 40 “F, aumenta a eficiência do ciclo por

6,88 - 4,17
amem X 100 = 65%
4,17

Embora a diferença da taxa de fluxo de massa por tonelada de capacidade de


refrigerante a temperaturas de vaporização variadas, seja quase sempre relativamente
pequena, o volume de vapor que o compressor deve empregar por minuto por tone-
lada varia muito com as mudanças na temperatura de vaporização. Este é, provavel-
mente, um dos fatores mais importantes que influencia a capacidade e eficiência de
um sistema refrigerante de compressão de vapor e é o mais provável para ser obser-
vado pelos estudantes quando estudando os diagramas de ciclo. A diferença nc
volume de vapor a ser deslocado por minuto por tonelada para as várias tempera-
turas de admissão pode ser claramente ilustrada pela comparação dos dois ciclos
em questão.
Para o ciclo de 10 ºF, o volume de vapor a ser deslocado por minuto por tone-
lada é
m(v) = 4,15 X 1,351 = 5,6 pés

enquanto que, à temperatura de admissão de 40 ºF, o volume de vapor a ser deslo-


cado por minuto por tonelada é

m(v) = 3,88 X 0,792 = 3,073 pés


É interessante notar que, enquanto a diminuição na taxa de fluxo de massa à
temperatura de admissão mais elevada é somente 6,5%, a diminuição no volume
do vapor empregado pelo compressor por minuto por tonelada é

5,6 - 3,073
SE X 100 = 45%

Obviamente, a taxa de fluxo de massa mais baixa, influencia somente uma


pequena parte da redução no volume do vapor deslocado por unidade de capaci-
dade à temperatura de admissão mais elevada. Para uma extensão maior, a dimi-
nuição no volume da taxa de fluxo por unidade de capacidade pode ser atribuída
ao volume específico menor do vapor de admissão, que coincide com a pressão e

203

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temperatura de admissão mais elevadas (0,792 pés” /lb a 40 ºF quando comparada
com 1,381 pés?/lb a 10 ºF). O efeito da temperatura de vaporização na eficiência
e capacidade do compressor é exposto com maiores detalhes no Capítulo 12.
A quantidade de calor rejeitado no condensador por minuto, por unidade de
capacidade é muito menor para o ciclo que tem a temperatura de vaporização mais
elevada. Isto é certo, mesmo que a quantidade de calor rejeitado no condensador
por libra de refrigerante circulado seja aproximadamente a mesma para ambos os
ciclos. A quantidade de calor rejeitado no condensador por minuto por tonelada,
para o ciclo de 10º F é

m(ha- ha)= 4,15 X 59,74 = 247,92

enquanto que para o ciclo de 40 ºF o calor rejeitado no condensador por minuto


por tonclada é somente

m(hy- ha) = (3,88)(59,04) = 229,08 Btu

A quantidade de calor rejeitada por minuto por tonelada no condensador, é


menor para a temperatura de admissão mais elevada devido (1) à taxa mais baixa
de fluxo de massa € (2) ao calor menor do compressor por unidade de massa.
Foi mostrado antes que o calor rejeitado no condensador por unidade de massa
de refrigerante circulado é a soma do calor absorvido no evaporador por unidade
de massa (efeito refrigerante) e o calor da compressão por unidade de massa, Uma
vez que o aumento da temperatura de vaporização do ciclo provoca um aumento
no efeito refrigerante bem como uma diminuição no calor de compressão, a quan-
tidade de calor rejeitado no condensador por unidade de massa permanece quase
o mesmo para ambos os ciclos (59,74 a 10 “F comparado a 59,04 a 40º F). Geral-
mente, isto é exato para todas as temperaturas de vaporização porque, qualquer
aumento ou diminuição no calor de compressão, é geralmente acompanhado de
um consequente aumento ou redução no efeito refrigerante.

7-11. Efeito da Temperatura de Condensação sobre a


Eficiência do Ciclo
Embora as variações na eficiência do ciclo com mudanças na temperatura de con-
densação não sejam tão grandes como as provocadas pelas mudanças na tempera-
tura de vaporização, elas não deixam de ser importantes. Geralmente, se a tempe-
ratura de vaporização permanece constante, o rendimento do ciclo diminui con-
forme a temperatura de condensação aumenta,
Para ilustrar o efeito da temperatura de condensação na eficiência do ciclo, são
traçados no gráfico ph da Fig. 7-7, diagramas de ciclo de dois ciclos saturados ope-
rando em temperaturas de condensação diferentes. Um ciclo, 4, B, €, D, e E, tem
uma temperatura de condensação de 100 “FE, enquanto que o outro ciclo, 4º, B', €,
D' e E', opera a uma temperatura de condensação de 120 ºF. A temperatura de
evaporação de ambos os ciclos é 10 “F. Os valores para o ciclo A-B-C-D-E foram

AM

137.5ºF
— 1316 ao ul
3 | LIMºF
It
=8 1 1
5 k
É
o
1
| |
| |

os + + e E

|N
? |

Bla
ha Ra he hehe had ha

Entaipia específica (Btu/lb acima de - 40 “F)

Fig. 7-7 Comparação de dois ciclos saturados simples operando a temperaturas de


condensação diferentes (figura decomposta) (Refrigerante -12)

determinados na secção anterior. Os valores para o ciclo 4-B'-C-D'-E' são os


seguintes:
Do diagrama ph,

Ge = hoo hor = 79,36 - 36,16 = 43,20 Btu/lb


qw = hyr- ho = 93,20 - 79,36 = 13,84 Btu/lb
Go = hgr- hgr= 93,20 - 36,16 = 57,04 Btu/lb

Num cíclo saturado simples, o líquido refrigerante atinge o controle refrigerante


à temperatura de condensação. Portanto, em consequência do aumento na tempe-
ratura de condensação, a temperatura do líquido que se aproxima do controle do
refrigerante aumenta e o efeito de refrigeração diminui. Nesta circunstância, o
efeito refrigerante diminui de 48,20 Btu/lb para 43,20 Btu/lb quando a temperatura
de condensação aumenta de 100 “F para 120 ºF. Isto é uma redução de
48,20 - 43,20
X 100 = 10,37%
48,20
A taxa de fluxo de massa de refrigerante por unidade de capacidade deve ser
maior, porque, o efeito de refrigeração por unidade de massa é menor para o ciclo
que tem a temperatura de condensação mais elevada. Para o ciclo que tem a tempe-
ratura de condensação de 100 “F a taxa de fluxo de massa do refrigerante é 4,15

205

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Ib/min ton. Quando a temperatura de condensação é aumentada para 120 “F, a taxa
de fluxo de massa de refrigerante aumenta para

= 4,63 Ib/min ton


43,20

Isto é, um aumento de
4,63 - 4,15
X 100 = 11,57%
4,15

Dado que a taxa de fluxo de massa do refrigerante (por unidade de capacidade) é


maior à temperatura de condensação mais elevada, acontece que o volume de vapor
comprimido por unidade de capacidade também é maior. Num ciclo saturado sim-
ples, o volume específico do vapor de admissão varia somente com a temperatura
de vaporização. Dado que a temperatura de vaporização é a mesma para ambos os
ciclos, o volume específico do vapor que deixa o evaporador também é o mesmo
para ambos os ciclos, de modo que a diferença no volume do vapor empregado por
unidade de capacidade é diretamente proporcional à diferença na taxa de fluxo de
massa por unidade de capacidade. À temperatura de condensação de 100 ºF, o
volume do vapor comprimido por minuto por tonelada, é 5,6 pés”, enquanto que
' À temperatura de condensação de 120 ºF, o volume do vapor comprimido por
minuto por tonelada aumenta para

463 X 1,351 = 6,25 pés?


Isto representa um aumento no volume de vapor comprimido por minuto por
tonelada, de
6,25 = 56
mem eme X 100 = 11,57%

Obscrve-se que o aumento de porcentagem no volume de vapor utilizado pelo


compressor é exatamente igual ao aumento de porcentagem na taxa de fluxo de
massa. Compare-se isto com o que ocorre quando a temperatura de vapor de vapo-
rização é variada.
Dado que a diferença entre as pressões de vaporização e condensaçãoé maior, o
trabalho de compressão por unidade de massa de refrigerante circulado também
é maior para o ciclo que tem a temperatura de condensação mais elevada, Nesta
circunstância, o calor de compressão aumenta de 11,54 Btu/lb para a temperatura
de condensação de 100 “F, de 13,84 Btu/lb para a temperatura de condensação de
120 ºF. Isto é um aumento de

13,84 - 11,54
SMC x 100 = 20%
11,54

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Temperatura de Condensação, 100 “F Pressão de Condensação, 136,16 Ib/pol? a

Temperatura de admissão 50º 40º 30º 20º 10º 0 -=10º -20º -30º —40º

na de admissão abso- 5,39 51.68 43.16 35.75 29.35 23.87 19.20 15.28 1202 9.32
Efeito refrigerante por
libra 52.62 51.55 50.45 49.33 48.20 4705 45.89 44.71 43,54 42.34

Peso de refrigerante circu-


lado por minuto por
tonelada 3.80 3.88 3.97 405 4.15 4.25 4.36 4.48 4,59 4,73
O—S———

Volume específico de
vapor de admissão 0.673 0.792 0.939 1.121 1.351 1.637 2.00 2.47 309 3.91
Volume de vapor compri- o
"
mido
tonelada
por minuto por 56 308 377o 455 560 69 8.72 [1.10 14.20 18.50 o
Calor de compressão por
libra 6.01 7.49 8.79 10.11 11.54 13,29 14.85 16.73 18.50 20.40

Potência teórica por


tonelada 0.539 0.683 0.818 0.965 1.13 1.35 1.54 1.78 2.00 2.26

Coeficiente de eficiência 8.76 6.88 5.74 4.88 4.17 3.54 309 2.67 2.36 2.07
—— o O —

Fig. 7-8
Potência teórica por tonelada

-. ...
. ——. 8 ——
e ss a

“40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 50


o

Fig. 7-9 O cfeito da temperatura de condensa-


ção na potência por tonelada. Temperatura de admissão

para várias temperaturas de admissão. Estes valores são dados em forma de tabelas
na Fig. 7-8. Em adição, o efeito da temperatura de condensação na potência reque-
rida por tonelada de capacidade de refrigerante é demonstrado por diversas tempera-
turas de condensação na Fig. 7-9.

209
Aplicando a Equação 7-8,

1000W a
"— 10,78 Je '
Aplicando a Equação 6-2,

V = (9,03 g/s kW) (64,96 cm? /g) = 586,59 cm?/s kW

(c) Aplicando a Equação 7-3,

Qw = 372,40 - 349,32 = 23,08 ]/g


Aplicando a Equação 7-12,

Ow = (9,03 g/s kW) (23,08 J/g) = 208,41 W/kW


(d) Aplicando
a Equação 7-6,

de = 372,40 - 238,54 = 133,86 ]/g

Aplicando a Equação 7-9,

O, = (9,03 g/s kW) (133,86 J/g) = 1208,76 W/kW ou 1,208 kW/kW

(e) Aplicandoa Equação 7-17,


11078]
do ec 4 as
23,08 J/p

Problemas Usuais
7-1 Um sistema de refrigeração empregando R-12 está operando baseado em
um ciclo saturado simples com uma temperatura de evaporação de 40ºF e
uma temperatura de condensação de 120 ºF. Determinar o seguinte:
(a) as propriedades de p, 7, uv, h cs, para o refrigerante nos pontos de
estado 4, B, €, D, e E como os últimos são definidos na Fig. 7-4,
(b) o efeito de refrigeração por libra de refrigerante circulado,
(c) a taxa de fluxo de massa de refrigerante em libras por minuto por tone-
lada,
(d) a taxa de fluxo de volume de refrigerante na entrada do compressor em
pés cúbicos por minuto por tonelada, isto é, o necessário deslocamento
do compressor,
(e) o calor de compressão por libra de refrigerante circulado,

213

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20ºF B a
35.75 Ib/po!?a Es 2
20º F o2/8é
35:75 Ib/pol”a “le
30º F Cc 20 E
Vapor saturado ax

Vapor superaquecido S

Cc p' tos [ Fig. 8-1 Diagrama de fluxo de ciclo superaque-


35.75 131.6!b/pol?a 100º E | | cido. O líquido completamente vaporizado no
Ib/po!? a 100º F | | ponto C — vapor saturado — continua a absor-
T3T6Ib/poli 1 | ver calor enquanto que de € para C' o vapor
S | | alcança o compressor em condição de supera-
E A 1O0ºF | | quecimento. Observe-se a elevada temperatura
131.6lb/pol 5 de exaustão. (Refrigerante -12).

” — T
A
ue fo 4
131.6 e prado sonia DA EM E 2 +

aut 70º |
o .— q, !

? |
ê jE a
as
2 /

E = 252 2º
PM us 2 DO-B e — —a EA6 qo mma

? Superaquecimento (| |
| Doro,
Dont od,
e| 2!8! oliio a!
| 8 1 IR &|
Entaipia (Btu/lb)

Fig. 8-2 Diagrama ph comparando o ciclo saturado simples com o ciclo superaque-
cido. (Refrigerante -12).

ponto D' é determinado seguindo-se a linha de entropia constante do ponto €” para.


a linha de pressão constante correspondente à pressão de condensação.
As propriedades do vapor superaquecido, na Fig. 8-2, nos pontos €' e D', quan-
do lidas no gráfico ph, são as seguintes:
No ponto €,,

216

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O coeficiente de eficiência

ha ha 49,33
= 4,88
ha - ho 0,1
A potência por tonelada, para o ciclo superaquecido

tm (h, - he) ” 4,05 X 10,6


=. = 1,01 CV/ton
42,42 42,42

O coeficiente de eficiência

h.-h 49,33
e a = 4,65
ha: = ho 10,60
Em resumo, quando o superaquecimento do vapor ocorre sem produzir resfria-
mento útil, a taxa de fluxo do volume de vapor por unidade de capacidade, a força
requerida por unidade de capacidade e a quantidade de calor rejeitado no conden-
sador por unidade de capacidade são maiores para o ciclo superaquecido que para
o saturado. Isto quer dizer que o compressor, o elemento acionador do compressor,
e o condensador devem ser todos maiores para o ciclo superaquecido do que para o
saturado.

8-4. Superaquecimento que Produz Resfriamento Util


Considere-se agora, que todo o calor recebido pelo vapor de admissão produz res-
friamento útil, Quando isto acontece o efeito de refrigeração por unidade de massa
é maior em uma quantidade igual à quantidade de superaquecimento. Na Fig. 8-2,
considerando que o superaquecimento produz resfriamento útil, o efeito de refrige-
ração por libra para o ciclo superaquecido é igual a

ho- h, = 88,60 - 31,16 = 57,44 Btuflb


Dado que o efeito de refrigeração por unidade de massa é maior para o ciclo
superaquecido do que para o saturado, a taxa de fluxo da massa de refrigerante por
unidade de capacidade é menor para o ciclo superaquecido do que para o saturado.
Enquanto que a massa de refrigerante circulado por minuto por tonelada para o
ciclo saturado é 4,05, a taxa de fluxo da massa para o ciclo superaquecido é

200 200
= 3,48 Ibjmint
ho - ha * STAS ra
——

Portanto, mesmo que o volume específico do vapor de admissão e o calor de


compressão por unidade de massa sejam ambos maiores para o ciclo superaquecido

220

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presso de superaquecimento do vapor de sucção (Fig. 8-3). O uso de um circuito
secante permite uma inundação mais completa do ecvaporador com o líquido refri-
gerante sem o perigo do líquido transbordar dentro da linha de sucção e ser enviado
para dentro do compressor. Isto não somente assegura um meio de superaqueci-
mento do vapor de sucção dentro do espaço refrigerado de modo que a eficiência
do ciclo seja aumentada sem o sacrifício de superfície de evaporação dispendiosa,
mas realmente possibilita o uso mais eficiente da superfície de evaporação existente.
Também, em algumas circunstâncias, particularmente onde a temperatura de sucção
é alta e a umidade relativa do ar exterior é razoavelmente baixa, o superaqueci-
mento do vapor de sucção dentro do o refrigerado elevará a temperatura da
tubulação de sucção evitando a formação de umidade, eliminando assim a necessi-
dade de isolamento para a linha de sucção. Pode ser notado, contudo, que o grau
a que o vapor de sucção pode ser superaquecido dentro do espaço refrigerado é
limitado pela temperatura do espaço. Geralmente, se é usada tubulação suficiente,
o vapor de sucção pode ser aquecido de 4 “F para 5 ºF da temperatura do espaço.
Deste modo, para uma temperatura do espaço de 40 ºF, o vapor de sucção pode
ser superaquecido para aproximadamente 35 ºF.

D
É |. Circuito
secante

o Fig. 8-3 Diagrama de fluxo mostrando o cir-


pa | | cuito secante para o vapor de sucção superaque-
cido dentro do espaço refrigerado.

8-7. Os Efeitos de Sub-resfriamento do Líquido


No diagrama ph da Fig. 8-4, um ciclo saturado simples é comparado a um no qual o
líquido é subesfriado de 100 “F para 80 ºF antes de atingir o controle de refrige-
rante. Os pontos 4, B, €, D e E indicam o ciclo saturado simples, enquanto que os
pontos 4',B', €, D e E indicam o ciclo sub-resfriado.
Foi mostrado (Secção 6-22) que, quando o líquido é sub-resfriado antes de atin-
gir o controle de refrigerante, o efeito de refrigeração por unidade de massa é
aumentado. Na Fig. 8-4, o aumento no efeito de refrigeração por libra resultante
do sub-resfriamento, é a diferença entre h, e hp», e é exatamente igual à diferença

224

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1316

ê Fig. 8-4 O diagrama


ê ph comparando o ci-
clo sub-resfriado c/o
j 35 25 ciclo saturado sim-
£ pres
(Refrigerante-12)

Entaipia (Btu/ib)

entre h, e h,» & qual representa o calor eliminado por libra de líquido durante o
sub-resfriamento.

Para o ciclo saturado, o efeito de refrigeração por libra, q,

=ho- ha = 80,49 - 31,16 = 49,33 Btu/lb

Para o ciclo sub-resfriado, o efeito de refrigeração por libra, q,


=ho- ha = 8049 - 26,28 = 54,21 Btu/lb
Por causa do maior efeito de refrigeração por unidade de massa, a taxa de fluxo
de massa de refrigerante por unidade de capacidade é menor para o ciclo sub-res-
friado do que para o ciclo saturado.

Para o ciclo saturado, a massa de refrigerante circulado por minuto por tone-
lada m

= 4,05lb
49,33

Para o ciclo sub-resfriado, a taxa de fluxo de massa por tonelada m

200
= 3,691]b
54,21

Observe-se que a condição do vapor refrigerante admitido na admissão do com-


pressor é a mesma para ambos os ciclos. Por esta razão, o volume específico do va-
por admitido no compressor será o mesmo para ambos os ciclos, saturado e sub-
resfriado, e dado que a taxa de fluxo de massa por unidade de capacidade, é menor

225

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para o ciclo sub-resfriado do que para o saturado, acontece que o volume de vapor
que o compressor deve empregar por unidade de capacidade também será menor
para o ciclo sub-resfriado do que para o ciclo saturado.

Para o ciclo saturado, o volume específico do vapor de sucção vç

= 1,121 pés*/lb
O volume de vapor comprimido por minuto por tonelada V

= (m)(vc) = 405 X 1,121 = 4,55 pés” jmin

Para o ciclo sub-resfriado, o volume específico do vapor de sucção ve

= 1,121 pés" /ib

O volume de vapor comprimido por minuto por tonelada V

= (m)(vc) = 3,69 X 1,121 = 4,14 pés! /min

Como o volume de vapor comprimido por unidade de capacidade é menor para


o ciclo sub-resfriado, o deslocamento do compressor requerido para o ciclo sub-
resfriado é menor que o requerido para o ciclo saturado,
Observe-se também, que o calor de compressão por unidade de massa é o mesmo
para ambos os ciclos, saturado e sub-resfriado. Isto significa que o aumento no
efeito de refrigeração por unidade de massa resultante do sub-resfriamento é com-
pletado sem aumentar a entrada de energia para o compressor. Qualquer mudança
no ciclo de refrigeração que aumente a quantidade de calor absorvido no espaço
refrigerado sem provocar um aumento na entrada de energia para o compressor
aumentará o c.d.e. do ciclo e reduzirá a força requerida por unidade de capacidade.

Para o ciclo saturado, o coeficiente de eficiência

E
hoc ha
( siiariaçÕÕoO
8049 - 31,16
————————— 4
ha he 90,60 — 80,49
A potência por tonelada

hy- h 4,05 X 10,11


= Mg Hm aaa au ma mm = 0,965 CV/ton
42,42 42,42

Para o ciclo sub-resfriado, o coeficiente de eficiência

ho- ho 8049 - 2628 | 5421


= 5,36
ha - ho 90,60 - 80,49 10,1
226

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Mistura Iíquido-vapor
| 35,75 Ib/pol?a - 20ºF
NAS
Q — — : No Líquido sub-resfriado
q ) 4 131,8 Ib/pol? a — BOºFE
3 Líquido sub-resfriado
20 por transmissão de
Vapor saturado calor ao ar ambiente,
enquanto passa através
Vapor superaquecido | 131,6 Ib/pol?a — 100º da tinha de | Iquido,
131,6 Ib/pol?a — 112º depósito, etc.
> Yo E
selos, 4 — Líquido saturado
Vapor saturado [=] 131,6 Ib/pol?a — 100º
35,75 Ib/pol?a — 20ºF — ) (

Fig. 8-5 Diagrama de fluxo ilustrando o sub-resfriamento do líquido na


linha de líquido (Refrigerante-1 2).

A potência por tonelada

m(hs - ho) o 3,69 X 10,1


cersmt = 0,879 CViton
42,42 42,42

Nesta circunstância, o c.d.e. do ciclo sub-resfriado é maior do que o do ciclo satu-


rado, por
5,56 - 4,88
X 100 = 9,8%
4,88

O sub-resfriamento do refrigerante líquido pode e deve ocorrer em diversos luga-


res e de diversas maneiras. Frequentemente, o refrigerante líquido torna-se sub-
resfriado enquanto armazenado no tanque coletor de líquido ou enquanto passa
através da linha de líquido cedenc calor ao ar ambiente (Fig. 8-5). Em alguns
casos, um líquido sub-resfriado especial é usado para sub-resfriar o líquido (Fig.
8-6). O ganho na eficiência e capacidade do sistema, resultante do líquido sub-
resfriado é muitas vezes mais que suficiente para compensar o gasto adicional do
sub-resfriador, particularmente para aplicações de baixa temperatura.
Onde é usado um condensador resfriado por água, o sub-resfriador do líquido
pode ser canalizado em série ou em paralelo com o condensador. Quando o sub-
resfriador é canalizado em série com o condensador, a água de refrigeração passa
primeiro através do sub-resfriador e posteriormente através do condensador, colo-
cando, assim, à água mais resfriada em contato com o líquido que está sendo sub-
resfriado (Fig. 8-6). Há alguma dúvida sobre o valor de um sub-resfriador canali-
zado em série com o condensador. Dado que a água resfriada é aquecida pelo calor
absorvido no sub-resfriador, ela atinge o condensador a uma temperatura mais ele-

227
Líquido sub-
resfriado p/o
controle
Gás quente
p/o condensador
112º ; 131,6
Ib/pol?a

gua para a torre


Liquido
saturado p/o
90º de água para resfriamento da torre ou esgoto sub-resfriador
Fig. 8-6 Diagrama
de fluxo ilustrando um sub- Fig. 8-7 Diagrama de fluxo mostrando canali-
resfriador canalizado
em série com o conden- zação em paralelo para condensador e sub-
sador. resfriador.

vada e a temperatura de condensação do ciclo é aumentada. Em consequência disto,


o aumento na eficiência do sistema resultante do sub-resfriamento é compensado
parcialmente pelo aumento da temperatura de condensação.
Quando o sub-resfriador é canalizado em paralelo com o condensador (Fig. 8-7),
a temperatura da água que atinge o condensador não é afetada pelo sub-resfriador.
Contudo, tanto para a canalização em paralelo como para aquela em série, o tama-
nho da bomba de água do condensador deve ser aumentado quando é adicionado
um sub-resfriador. Se isto não for feito, a quantidade de água circulada através do
condensador será reduzida pela adição do sub-resfriador e a temperatura de conden-
sação do ciclo aumentará, anulando assim qualquer benefício resultante do sub-
resfriamento.
Quando são empregados sub-resfriadores de líquido em conjunto com conden-
sadores refrigerados a ar, o sub-resfriador geralmente é uma parte integrante do
condensador e o líquido é sub-resfriado pelo calor cedido ao ar circulado sobre
o condensador.

8-8. Trocadores de Calor Líquido-Vapor de Sucção


Outro médoto de sub-resfriar o líquido é efetuar uma troca de calor entre o líquido
e o vapor de sucção frio que retorna ao compressor. Num trocador de calor de suc-
ção o vapor de sucção frio é canalizado através do trocador de calor, em contra-
corrente para o refrigerante líquido quente que flui através da linha de líquido para
o controle de refrigerante (Fig. 8-8). Fluindo através do trocador de calor, o vapor

228

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ficarem em contato, mais estreitamente as duas temperaturas se aproximarão uma
da outra. Dado que o calor específico do vapor é menor que o do líquido, o aumen-
to da temperatura do vapor é sempre maior que a redução da temperatura do lí-
quido. Por exemplo, o calor específico do líquido R-12 é aproximadamente 0,24
Btu/lb enquanto que o calor específico do vapor é 0,15 Btu/lb. Isto significa que
a temperatura de redução do líquido será aproximadamente 62% (0,15/0,24) do
aumento na temperatura do vapor, enquanto que para cada 24 “F de aumento na
temperatura do vapor, a temperatura do líquido será reduzida para 15 ºF.
Para o ciclo do trocador de calor da Fig. 8-9, o vapor absorve 5,71 Btu/lb de
superaquecimento de 20 “F para 60 ºF. Considerando que todo o superaqueci-
mento ocorre no trocador de calor, o calor cedido pelo líquido é 5,71 Btu, de
modo que a temperatura do líquido é reduzida 23,8 ºF (5,71/0,24) quando este
passa através do trocador de calor.

8-9. O Efeito das Perdas de Pressão Resultantes do Atrito


Vencendo o atrito, tanto o interno (dentro do fluído) como o externo (superficial),
o refrigerante sofre uma queda de pressão fluindo através da tubulação, evaporador,
condensador, coletor, e através das válvulas e passagens do compressor (Fig. 8-10).
Na Fig. 8-11, é mostrado um diagrama ph de um ciclo real, ilustrando a perda
de pressão que ocorre em várias partes do sistema. Para simplificar o diagrama, não
é mostrado nenhum superaquecimento nem nenhum sub-resfriamento sendo dese-
nhado nele, para comparação, um ciclo saturado simples.

38,58 Ib/pol? a . NEN NTE EO a cmo ma =


24ºE (temp. sat.) O |
Queda de pressão | E
ii Sina” ador
aipim aa À 114,3 ib/pol?8
Pressão e meet | | F (temp. set.)
Je evaporação médias rem
35,75 Ib/pol?a, 20F 1... (€) Queda de pressão
corpo 158,8 Ib/pol? a através
da linha de
33,08 Ib/pol?a 114ºF (temp. sat.) líquido, 17,3 Ib/pol?
16ºF (temp. sat.) Queda de pressão através aum vatoidas de 180,7 Ibipoi?
too Moscargo,
8,2 Ibfpol” | a É a
mod
| Queda de pressão através
o ; by dos condensadores e da
] linha de gás quente
40 19,1 ib/pol?
131,8 Ib/pol?a
(o E V 100º É (temp, sat.)
4 Co dttpePressão ratura
e temperatura
139 tb/pol?a, 104ºF
Fig. 8-10 Diagrama de fluxo ilustrando o efeito de queda de pressão em várias partes do sis-
tema. A queda de pressão é exagerada para esclarecer. (Refrigerante -12).

232

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9
EXAME DAS APLICAÇÕES
DA REFRIGERAÇÃO

'9-1. História e Objetivo da Indústria


Nos primórdios da refrigeração mecânica, o equipamento utilizado era volumoso,
dispendioso e não muito eficiente. Este equipamento era também de uma natureza
tal, que requeria que um mecânico ou um engenheiro de operação estivesse a postos
durante todo o tempo. Isto limitava o uso da refrigeração mecânica a pequenas apli-
cações, tais como fábricas de gelo, fábricas de empacotamento de carne, e grandes
depósitos de armazenamento.
No espaço de apenas algumas décadas, a refrigeração tormou-se a indústria gigan-
tesca e de rápida expansão que é atualmente. Este progresso explosivo aconteceu
como resultado de diversos fatores. Primeiro, com o desenvolvimento de métodos
de fabricação de precisão, tornou-se possível produzir a curto prazo, equipamento
mais eficiente. Isto, junto com o desenvolvimento de refrigerantes “seguros” e a
invenção do motor elétrico de cavalos-força fracionário, tornou possível a pequena
unidade de refrigeração que é tão usada atualmente em aplicações, tais como refri-
geradores e congeladores domésticos, pequenos aparelhos de ar condicionado e
instalações comerciais. Atualmente, há poucas casas ou estabelecimentos comer-
ciais que não possuam um ou mais conjuntos de refrigeração mecânica de qualquer
gênero,
Poucas pessoas, excluindo as diretamente ligadas com a indústria, conhecem a
parte importante que a refrigeração representou no desenvolvimento da sociedade
altamente técnica nem fazem uma idéia de até que ponto a sociedade depende da
refrigeração mecânica para sua perfeita existência. Não seria possível, por exemplo,
preservar gêneros alimentícios em quantidades suficientes para sustentar a popu-
tação urbana crescente, sem a refrigeração mecânica. Do mesmo modo, muitas das
grandes construções nas quais estão instaladas na maioria a indústria e o comércio
da nação, poderiam tornar-se insustentáveis nos meses de Verão, por causa do calor,
se não tivessem condicionamento de ar com equipamento de refrigeração mecânica.
Em adição, as aplicações de refrigeração mais conhecidas tais como o condicio-
namento de ar de conforto e o beneficiamento, congelamento, armazenamento,
transporte e exposição de alimentos perecíveis, a refrigeração mecânica é usada
na fabricação da maioria dos artigos ou objetos de utilidade do mercado atual.
A lista de processos ou produtos que se tornaram possíveis ou aperfeiçoados através
do uso da refrigeração mecânica é interminável, Por exemplo, a refrigeração possibi-
litou a construção de enormes barragens que são vitais para sancamentos em grande
escala e para projetos hidroelétricos. Possibilitou a construção de estradas e túneis e
o estaqueamento de alicerces e poços de mineração através e sobre terrenos de solo

237

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A invenção do microscópio e a subsequente descoberta dos microorganismos
como a maior causa da deterioração de alimentos motivaram o desenvolvimento
de enlatamento de conservas na França, durante o período de Napoleão. Com a
invenção da conserva em lata, os homens acharam um modo de conservar os ali-
mentos de todas as qualidades em grandes quantidades por períodos de tempo
indefinidos. Os alimentos enlatados têm a vantagem de ser quase inteiramente
imperecíveis, facilmente fabricados e convenientes para manejar e armazenar. Atual-
mente há mais alimento conservado por enlatamento que por todos os outros mé-
todos combinados. A única grande desvantagem de enlatamento é que os alimentos
enlatados devem ser esterilizados a calor, o que frequentemente resulta em super-
' cozimento. Em consequência disto, mesmo que os alimentos enlatados tenham
muitas vezes sua própria fragrância deliciosa e distinta, diferem, em geral, muito
dos produtos frescos originais.
O único meio de conservação de alimentos no seu estado fresco original é pela
refrigeração. Esta, naturalmente, é a principal vantagem que a refrigeração tem
sobre os outros métodos de conservação de alimentos. Porém, a refrigeração tam-
bém tem suas desvantagens. Por exemplo, quando o alimento é conservado por
refrigeração, o processo de refrigeração deve começar muito cedo, após a colheita
ou matança, e deve ser contínuo até que o alimento seja finalmente consumido,
Uma vez que isto requer equipamento relativamente dispendioso e volumoso, é
muitas vezes inconveniente e não econômico.
Obviamente, então, não há nenhum método de conservação de alimentos que
seja o melhor em todos os casos e o método particular usado em qualquer caso
dependerá de um número de fatores, conforme o tipo do produto, o espaço de
tempo em que o produto deve ser conservado, à finalidade a que o produto se des-
tina, e a eficácia do equipamento de transporte e armazenamento. Muitas vezes
é necessário empregar diversos métodos simultaneamente a fim de obter os resul-
tados desejados.

9-9, Deterioração e Apodrecimento


Dado que a conservação do alimento é simplesmente uma questão de evitar ou
retardar a deterioração e apodrecimento, independentemente do método usado,
um pré-requisito para o estudo dos métodos de conservação é um bom conheci-
mento das causas de deterioração e putrefação,
Deve ser reconhecido em princípio, que há graus de qualidade e que todos os
alimentos perecíveis passam por vários estágios de deterioração antes de se torna-
rem impróprios para o consumo, Na maior parte dos casos, o objetivo da conser-
vação dos alimentos não é somente conservar os gêneros de primeira necessidade
numa condição comestível, mas também conservá-los o mais possível no ponto
exato de suas qualidades com respeito à aparência, odor, sabor e teor vitamínico.
Exceto para alguns alimentos em conserva, isto geralmente significa manter os
gêneros de primeira necessidade o mais semelhantes possível de seu estado fresco
original.
Qualquer deterioração suficiente para causar uma mudança determinada na
aparência, odor ou sabor de alimentos frescos diminui imediatamente o valor

241

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vinagre de álcoois variados. A ação bacteriana é útil também na fabricação de outros
gêneros de primeira necessidade como couro, linho, cânhamo e tabaco, e no trata-
mento de resíduos industriais de composição orgânica.
O fermento, devido à sua capacidade em produzir fermentação alcoólica é de
grande valor para as indústrias de cerveja e de vinho e para a produção de todo o
tipo de álcoois. Todos sabem tambéin, da importância do fermento na indústria
panificadora.
O principal uso comercial de fungos é na fabricação de certos tipos de queijo e,
mais importante, na produção de antibióticos tais como penicilina e aureomicina.
Apesar de suas variadas funções úteis e necessárias, o fato é que os microorganis-
mos são destrutivos para os alimentos perecíveis. Por isso, sua atividade, como a das
enzimas naturais, deve ser bem controlada se se pretender evitar a deterioração e
putrefação das substâncias alimentares.
Dado que cada tipo de microorganismo difere um pouco tanto em natureza
como em comportamento, é necessário examinar cada tipo separadamente.

9-12. Bactérias
As bactérias são uma forma muito simples de cultura, sendo formadas de uma célula
viva simples. A reprodução é efetuada por divisão celular. Quando atingem a matu-
ridade, as bactérias se dividem em duas células separadas e iguais, cada uma das
quais por sua vez se desenvolve até atingir a maturidade e se divide em duas células.
As bactérias crescem e se reproduzem numa proporção muito grande. Sob condi-
ções ideais, uma bactéria pode se desenvolver até atingir a maturidade e reproduzir-
se num espaço de tempo de 20 a 30 min, Nesta proporção, uma bactéria simples é
capaz de produzir um tanto de 34 trilhões de descendentes num período de 24
horas. Felizmente, contudo, o ciclo de vida das bactérias é relativamente curto, sen-
do uma questão de minutos ou horas, por isso, mesmo sob condições ideais, elas
não podem se multiplicar nesta proporção.
A proporção à qual as bactérias e outros microorganismos crescem: e se reprodu-
zem, depende de certas condições que os cercam, tais como temperatura, luz e o
grau de acidez e alcalinidade, da existência ou não de oxigênio, umidade, e de um
suprimento adequado de alimento solúvel. Contudo, há muitas espécies de bactérias
e elas diferem grandemente tanto em sua escolha de ambiente, quanto no efeito que
elas têm sobre seu ambiente. Como as formas mais elevadas de cultura, todas as
espécies de bactérias não são igualmente fortes para sobreviver em condições de am-
biente adversas, nem se comportam igualmente sob as mesmas condições de ambien-
te. Algumas espécies preferem condições que são totalmente fatais para as outras.
Igualmente, há algumas bactérias que formam germes. O germe é formado dentro
de suas células e protegido por uma forte cobertura ou parede. Na fase de germe
que é realmente uma fase de repouso ou inércia do organismo, as bactérias são
extremamente resistentes às condições desfavoráveis do ambiente e podem sobre-
viver neste estado quase que indefinidamente. O germe geralmente germinará todas
as vezes que as condições se tornarem favoráveis para que o organismo sustente suas
atividades de vida.

245

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oxigênio, embora algumas espécies possam crescer com a ausência deste, As condi-
ções interiores de câmaras de depósito frias são muitas vezes ideais para o desenvol.
vimento dos fungos, especialmente no inverno. Este problema pode ser um pouco
superado mantendo-se boa circulação de ar na câmara de depósito, pelo uso de
pinturas germicidas e irradiação ultravioleta, e por purificação frequente,
De modo diferente das bactérias, os fungos podem se alimentar de substâncias
que contenham quantidades relativamente grandes de açúcar c ácidos. Muitas vezes
se desenvolvem em frutas ácidas e na superfície de vasilhas de pickles, e são a causa
mais comum da deterioração de maçãs e frutas cítricas.

9-16. Controle de Agentes de Putrefação


Apesar das complicações originadas da diferença de reação dos vários tipos de agen-
tes de putrefação para as condições específicas do ambiente, o controle destas
condições garante os únicos meios de controle destes agentes de putrefação. Ássim,
todos os métodos de conservação de alimentos necessitam envolver a manipulação
do ambiente dentro e ao redor dos produtos conservados a fim de produzir uma ou
mais condições desfavoráveis para a atividade contínua dos agentes de putrefação,
Quando o produto deve ser conservado por um espaço de tempo determinado, as
condições desfavoráveis produzidas devem ser fortes, o suficiente para eliminar
inteiramente os agentes de putrefação ou ao menos torná-los nulos ou inertes.
Todos os tipos de agentes de putrefação são destruídos quando submetidos à
temperaturas elevadas, durante um certo tempo. Este princípio é usado na conser-
vação de alimentos em conserva. À temperatura do produto é elevada a um nível
fatal para todos os agentes de putrefação e é mantida neste nível até que eles sejam
todos destruídos. O produto então é fechado em recipientes herméticos e esterili-
zados para evitar a recontaminação. Um produto assim fabricado permanecerá inde-
finidamente em estado de conservação.
O tempo de exposição requerido para a destruição de todos os agentes de putre-
fação, depende do nível da temperatura. Quanto mais alto o nível da temperatura,
menor será o período de exposição requerido. Com este objetivo, o calor úmido é
mais eficiente do que o calor seco por causa de seu maior poder de penetração.
Quando é usado calor úmido, o nível de temperatura requerido é mais baixo e o
período de processamento é mais curto. As enzimas e todos os microorganismos
vivos são destruídos quando expostos à temperatura da água em ebulição (fervente)
por aproximadamente cinco minutos, mas os germes bacterianos mais resistentes
podem sobreviver nesta condição por muitas horas antes de sucumbirem. Por esta
razão, alguns produtos alimentícios, principalmente carnes e vegetais não ácidos,
requerem longos períodos de processamento que frequentemente provocam um
cozimento excessivo do produto. Estes produtos usualmente são fabricados sob
pressão, de modo que a temperatura de processamento é aumentada e o período
é reduzido.
Outro método de eliminar a atividade dos agentes de putrefação é privá-los da
umidade e/ou de alimentos que são necessários para sua atividade contínua. Tanto
as enzimas como os microorganismos requerem umidade para continuar suas ativi-
dades. Por isso, a eliminação da umidade livre de um produto limitará fortemente

249
dias e em alguns casos a uma semana ou mais em outros, mas raramente por mais
de 15 dias.
À armazenagem à longo prazo geralmente é executada por depósitos de armaze-
namento por atacado ou comerciais. Novamente, o período de armazenagem
depende do tipo do produto armazenado e da condição do produto que entra na
armazenagem. O período máximo de armazenagem a longo prazo estende-se de sete
a dez dias para alguns produtos sensíveis, tais como tomates maduros, melôezinhos
e brócolos, e cerca de seis ou oito meses para os produtos de maior duração, como
cebolas e algumas carnes defumadas. Quando os alimentos perecíveis precisam ser
armazenados por períodos mais longos, eles devem ser congelados e guardados em
congeladores. Contudo, alguns alimentos frescos como tomates, são prejudicados
pelo processo de congelamento e portanto não podem ser congelados com sucesso.
Quando estes produtos precisam ser conservados por longos períodos, deve ser
usado algum outro método de conservação.

9-18. As Condições de Armazenagem


As boas condições de armazenagem para um produto tanto a curto como a longo
prazo, dependem da natureza de cada produto, do espaço de tempo em que ele deve
ser mantido armazenado, e se o produto deve ser acondicionado ou não, Geralmen-
te, as condições requeridas para armazenagem a curto prazo são mais flexíveis que as
requeridas para a armazenagem a longo prazo e, usualmente, são permitidas tempe-
raturas de armazenagem mais clevadas. As condições de armazenamento recomen-
dadas tanto para curto prazo como para longo prazo e a duração aproximada de
armazenagem para produtos variados estão enumeradas nas Tabelas 10-8 até 10-11,
junto com outros dados do produto. Estes dados são o resultado de testes e expe-
riências e podem ser seguidos com muita exatidão, principalmente para armazena-
gem a longo prazo, se a qualidade do produto é para ser mantida a um nível clevado
durante o período de armazenamento,

9-19. Temperatura de Armazenagem


O exame das tabelas indicará que a boa temperatura de armazenagem para a maioria
dos produtos se situa ligeiramente acima do ponto de congelamento do produto,
Há, contudo, muitas exceções.
Embora o efeito de temperaturas de armazenagem erradas seja diminuir a quali-
dade do produto e encurtar a duração do armazenamento, algumas frutas e vegetais
são particularmente sensíveis à temperatura de armazenagem e são suscetíveis às tão
faladas moléstias de armazenagem térmica, quando armazenadas a temperaturas
acima ou abaixo de suas temperaturas críticas de armazenagem, Por exemplo, as
frutas cítricas, apresentam frequentemente, buracos nas cascas quando armazenadas
a temperaturas relativamente elevadas. Por outro lado, elas estão sujeitas a amareleci.
mento (escurecimento da casca) e ficarem aguadas quando armazenadas a tempera-
turas abaixo de sua temperatura crítica. As bananas sofrem danos na casca quando
armazenadas abaixo de 56 ºF, enquanto que o aipo sofre danos de umidade quan-

252
do armazenado a temperaturas acima de 34 *F. Embora a. ..bolas tendam a brotar
a temperaturas acima de 32 ºF, as batatas irlandesas tendem a tornar-se doces a
temperaturas de armazenagem abaixo de 40 ºF.
Abóboras, feijões verdes e pimentas desenvolvem furos em suas superfícies quan-
do armazenados a ou perto de 32 ºF, Também, enquanto que a melhor tempera-
tura de armazenamento para a maior parte das variedades de maçãs é de 30 “F a
32 ºF, algumas espécies estão sujeitas a ligeiro amarelecimento e danos provocados
por umidade quando armazenadas abaixo de 32 “F. Outras apresentam um núcleo
marrom a temperaturas abaixo de 36 “F, e outras ainda apresentam um acastanha-
mento interno quando armazenadas abaixo de 40 ºF.

9.20. Umidade e Movimento do Ar


O armazenamento de todos os perecíveis no seu estado natural (sem embalagem)
requer forte controle não somente da temperatura ambiente mas também da umi-
dade e do movimento do ar no espaço. Uma das principais causas da deterioração
de alimentos frescos não embalados, como carne, aves, peixes, frutas, vegetais, quei-
jos e ovos, é a perda de umidade da superfície do produto por evaporação no ar
ambiente. Este processo é conhecido como dessecação ou desidratação. Nas frutas
e nos vegetais, a dessecação é acompanhada por murchamento e secamento e o
produto sofre uma perda considerável tanto em peso como no teor vitamínico. Nas
carnes, queijos, etc., a dessecação causa descoloração, encolhimento e grandes per-
das na apresentação. Ela aumenta também a taxa de oxidação. Os ovos perdem a
umidade através da casca porosa, com um resultado de perda de peso e depreciação
geral do ovo,
A dessecação pode ocorrer sempre que a pressão do vapor do produto seja maior
que a pressão do vapor do ar ambiente, sendo a perda de umidade do produto pro-
porcional à diferença nas pressões do vapor e à porção da superfície do produto
exposta,
A diferença na pressão de vapor entre o produto e o ar é principalmente uma
função da umidade relativa e da velocidade do ar no espaço de armazenamento,
Geralmente, quanto mais baixa for a umidade relativa e mais elevada a velocidade
do ar, maior será o diferencial da pressão do vapor e maior a taxa de perda de umi-
dade do produto. Ao contrário, as mínimas perdas de umidade ocorrem quando
a umidade no espaço de armazenagem é mantida a nível alto com baixa velocidade
de ar. Por isso 100% de umidade relativa e ar estagnado são condições ideais para
evitar a desidratação de produtos armazenados. Infelizmente, estas condições são
também coniventes ao crescimento rápido de fungos e à formação de limo (bacté-
rias) nas carnes. Também, uma boa circulação de ar no espaço refrigerado e ao redor
do produto é necessária para a refrigeração adequada do mesmo, Por estas razões,
a umidade do espaço deve ser mantida a um pouco menos que 100% e as veloci-
dades do ar devem ser suficientes para assegurar circulação de ar adequada. A umi
dade relativa c as velocidades do ar recomendadas para o armazenamento de produ-
tos variados são enumeradas nas Tabelas 10-8 até 10-11,
Quando o produto é armazenado em recipientes à prova de vapor, a umidade
do espaço e a velocidade do ar não são críticas. Alguns produtos, como frutas secas,

253
tendem a ser hidroscópicos e portanto, requerem armazenamento a umidades baixas
relativas.

9.21. Armazenagens Mistas


Embora a manutenção de boas condições de armazenamento necessitem facilidades
separadas de armazenagem para a maior parte dos produtos, isto não é em geral
praticável economicamente. Portanto, exceto quando grandes quantidades de pro-
duto estão envolvidas, as considerações práticas muitas vezes exigem que um núme-
ro de produtos refrigerados seja colocado em armazenamento comum, Natural-
mente, a diferença nas condições de armazenamento requerida pelos produtos varia-
dos cria um problema com referência às condições a serem mantidas num espaço
destinado à armazenagem comum,
Como uma regra geral, as condições de armazenagem em tais espaços represen-
tam um compromisso e usualmente prescrevem uma temperatura de armazenagem
um pouco acima da ótima para alguns dos produtos terem uma armazenagem mista,
As temperaturas de armazenagem mais elevadas são usadas na armazenagem mista,
a fim de reduzir as hipóteses de prejudicar os produtos mais sensíveis que estão
sujeitos às “moléstias de armazenagem térmica” atrás mencionadas, quando armaze-
nados a temperaturas abaixo de suas temperaturas críticas.
Embora as temperaturas altas de armazenagem tendam à diminuir a duração de
armazenamento de alguns dos produtos mantidos em armazenagem mista, isto não
é geralmente um problema sério quando os produtos são armazenados somente por
períodos curtos como em armazenagem temporária,
Para os armazenamentos a longo prazo, a maioria dos maiores depósitos de arma-
zenamento por atacado e comerciais têm um número de espaços úteis de armazena-
gem separada. A prática geral, em tais casos, é agrupar os produtos variados para
armazenamento e colocar juntos em armazenagem comum, somente os produtos
que requerem aproximadamente as mesmas condições de armazenamento,
Outro problema relacionado com armazenagem mista é o do odor e do sabor
absorvidos. Alguns produtos absorvem e/ou desprendem odores quando armaze-
nados. Devem ser tomadas precauções para não armazenar estes produtos juntos,
mesmo por períodos curtos. Laticínios, em particular, são muito sensíveis com rela-
ção a absorver odores e sabores de outros produtos mantidos em armazenagem mis-
ta. Por outro lado, as batatas, provavelmente, são as que mais transmitem sabores a
outros produtos armazenados e nunca devem ser armazenadas com frutas, ovos,
nozes ou laticínios.

9.22. Condições do Produto quando da Armazenagem


Um dos principais fatores que determina a duração da armazenagem de um produto
refrigerado é a condição do produto em armazenagem fresca, É preciso reconhecer
que a refrigeração simplesmente pára ou retarda o processo natural de deterioração
e portanto, não pode restabelecer a boa condição de um produto que já está dete-
riorado. Nem pode fazer de um produto de qualidade inicial pobre, um produto de

254
entre área de superfície e volume, são pré-refrigerados pela rápida evaporação da
água da superfície do produto numa câmara de vácuo ou jato, Tal processo é cha-
mado de refrigeração a vácuo. A pré-refrigeração é completada num refrigerador a
vácuo (câmara de jato), reduzindo-se a pressão do refrigerador até que a tempera-
tura de saturação da água fique abaixo da temperatura do produto que está sendo
refrigerado, no qual o ponto de vaporização de água da superfície do produto co-
meça com o calor latente requerido sendo retirado do produto, Como a pressão na
câmara é mais reduzida, a refrigeração continua ao nível de temperatura desejado.

9-25. Resfriamento e Armazenagem Combinados


O uso da mesma câmara tanto para resfriamento como para armazenagem não é
recomendado para carnes e produtos similares que são muito sensíveis a tempera:
turas oscilantes, umidade relativa e umidade do ar. Contudo, tais limitações não
se aplicam para câmaras de resfriamento para frutas, como maçãs e peras, dado que
experiências demonstraram que elas podem ser tratadas em câmaras de resfria-
mento e armazenagem combinados, sem efeitos prejudiciais para o produto. Isto,
por causa dos períodos de carregamento relativamente curtos e pelo futo de que o
produto em armazenamento garante um efeito de volante que permite pequena
ou nenhuma oscilação na temperatura do espaço. Às câmaras de congelamento nas
quais o produto a ser congelado entra a temperaturas acima de 45 “F, também
são exceções.

9-26. Congelamento e Estocagem de Congelados


Quando um produto é para ser conservado no seu estado fresco original por um
período relativamente longo, geralmente ele é congelado e armazenado a aproxima-
damente O “F ou abaixo. A relação de produtos alimentícios comumente conge-
lados inclui não somente aqueles que são conservados no seu estado fresco, como
vegetais, frutas, sucos de frutas, bagas, carnes, aves, alimentos do mar e ovos (sem
invólucro), mas também muitos alimentos preparados como pães, massas, sorvetes
ec grande variedade de produtos especialmente preparados e pré-cozidos, incluindo
refeições completas.
Os seguintes fatores regulam a qualidade máxima e duração de armazenagem de
qualquer produto congelado:

1, À natureza e composição do produto a ser congelado.


2. O cuidado usado na seleção, na manipulação c preparo do produto para
congelamento.
3, O método de congelamento.
4. As condições de armazenamento,

Somente produtos de alta qualidade em boas condições devem ser congelados,


Com vegetais c frutas, a seleção da qualidade própria para congelamento é muito
importante. Algumas espécies não são convenientes para congelamento ce resultará

251
Fig. 9-6 Túnel de congelamento para congelação rápida de alimentos. (Cortesia da Companhia Frick).
3. O produto é refrigerado rapidamente abaixo da temperatura à qual ocorre o
desenvolvimento de fermentos, fungos e bactérias, evitando deste modo a
decomposição durante o congelamento.*

A diferença principal entre congelamento lento e congelamento rápido está na


dimensão, número e localização dos cristais de gelo formados no produto quando
os fluidos celulares são solidificados. Quando um produto é congelado lentamente,
sao formados grandes cristais de gelo, o que resulta em danos sérios para o tecido
de alguns produtos, através de rutura celular. Por outro lado, o congelamento
rápido produz menos cristais de gelo que são formados quase que inteiramente den-
tro da célula, de modo que a rutura celular é grandemente reduzida, Sobre o degelo,
os produtos que experimentaram considerável dano celular, são propícios a perder
quantidades excessivas de fluidos através de “potejamento” ou “sangria”, resul-
tando perda de qualidade.
A formação de cristal de gelo começa na maioria dos produtos a uma tempera-
tura de aproximadamente 30 ºF e, mesmo que alguns fluidos extremamente con-
centrados ainda permaneçam não congelados a temperaturas abaixo de - SO “F, a
maior parte dos fluidos é solidificada no período em que a temperatura do produto
é reduzida para 25 ºF. A faixa de temperatura entre 30 ºF e 25 ºF, é muitas vezes
referida como a zona de máxima formação de cristal de gelo, e a rápida remoção de
calor através desta zona é desejável do ponto de vista de qualidade do produto, Isto
é válido principalmente para frutas e vegetais, por causa dos sérios danos de tecido
sofridos, quando congelados lentamente.
Uma vez que o tecido animal é muito mais rígido e muito mais elástico que o
tecido da planta, a taxa de congelamento não é tão crítica no congelamento de
carnes e produtos de carne, como o é no caso de frutas e vegetais. Experiências
recentes mostram que à carne de aves e peixe sofre pouco ou nenhum prejuízo celu-
tar, quando congelada devagar. Isto, contudo, não significa que as carnes congeladas
rapidamente sejam inferiores às congeladas devagar, mas somente que, do ponto de
vista de dano celular, o congelamento rápido não é tão importante para as carnes
como o é para as frutas e vegetais. Por exemplo, a came de aves que é congelada
lentamente, toma uma aparência escura que a torna muito menos atrativa para o
consumidor. Só isto basta para justificar o congelamento rápido de carne de aves.
Também, em todos os casos, o congelamento rápido reduz a duração do processo e,
consequentemente, a importância da deterioração bacterial. Isto não tem valor espe-
cialmente na preparação de peixes, por causa de sua tendência à putrefação rápida.

9-32. Materiais de Embalagem


A desidratação, um dos principais fatores que limitam a duração da armazenagem,
é bastante reduzida por embalagem apropriada. Os produtos não embalados, estão
sujeitos a sérias perdas de umidade não somente durante o processo de congela-

— : “e o us e. —

* Air Conditioning Refrigerating Data Book, Volume de Aplicações, 54 Ealição, Sociedade


Americana de Engenheiros de Refrigeração, 1954-55, p. 1-2.

MA
mento, mas também durante o período de armazenamento. Enquanto estão em
armazenagem, os produtos congelados não embalados perdem continuamente umi-
dade para o ar por sublimação. Isto eventualmente resulta numa condição conhe-
cida como “queima por congelamento”, dando ao produto uma aparência branca
semelhante a couro. À queima por congelamento é usualmente completada por
oxidação, mudanças de sabor, e perda de teor vitamínico.
Com poucas exceções, todos os produtos são embalados antes de serem colo-
cados na armazenagem congelada. Embora a maioria dos produtos seja empacotada
antes do congelamento, alguns, tais como ervilhas e feijões-de-lima, congelados sol-
tos, são embalados depois do processo de congelamento.
Para dar proteção adequada contra a desidratação e oxidação, os materiais de
embalagem devem ser praticamente 100% à prova de gás e vapor e devem ajustar-se
firmemente em torno do produto para excluir o ar o quanto possível. Também, os
espaços de ar nas embalagens têm um efeito isolante que reduz a taxa de refrige-
ração c aumenta seus gastos,
Pelo fato dos produtos congelados estarem em competição com os produtos
conservados por outros métodos, acontecem diversos fatores que devem ser levados
em conta, por ocasião da seleção dos materiais de embalagem. Quando o produto é
para ser vendido diretamente ao consumidor, a embalagem deve ser atrativa e ade-
quada ao uso a fim de estimular as vendas. Do ponto de vista do preço, a embala-
gem deve ser relativamente barata e de uma natureza tal que permita um manejo
eficiente, de maneira que reduza o custo do processo.
Alguns materiais de embalagem geralmente usados, são folha de alumínio, latas
de folha de Flandres, caixas de papelão impregnado, caixas de papelão revestidas
com envoltórios à prova de vapor, papel encerado, celofane, polietileno e outros
plásticos em lâminas.
O peixe congelado, muitas vezes é revestido com um verniz vidrado de gelo (um
revestimento fino de gelo) que proporciona um excelente invólucro de proteção,
Contudo, uma vez que o verniz vidrado de gelo é muito frágil, o peixe vitrificado
deve ser manuscado cuidadosamente para evitar a quebra do verniz vidrado, Tam-
bém, dado que o verniz vidrado de gelo sublima gradualmente para o ar, O peixe
deve ser vitrificado aproximadamente uma vez por més, por imersão em água fresca
ou por pulverização,

9-33. Armazenamento Congelado


A temperatura exata requerida para a armazenagem congelada não é crítica, con-
tanto que ela não seja suficientemente baixa e que não oscile. Embora O “F seja
usualmente adequada para armazenagem a curto prazo (varejo), - 5 “F é a melhor
temperatura para armazenagem a longo prazo em toda a extensão (atacado). Quan-
do os produtos que tém gordura instável (oxidáveis, livres, ácidos gordurosos) são
armazenados em qualquer quantidade, a temperatura de armazenagem deve ser
mantida a - 10 ºF ou abaixo, a fim de obter a máxima duração de armazenamento,
Quando os produtos são armazenados acima de - 20 “F, o que normalmente é
o caso, a temperatura da sala de armazenagem deve ser mantida constante com uma
variação de não mais que 1 “F em qualquer direção. Ás variações na temperatura

265
de armazenagem causam degelo e recongelamento alternados de alguns dos sucos
no produto. Isto tende a aumentar o tamanho dos cristais de gelo no pao e é
eventualmente resulta no mesmo tipo de dano celular como ocorre com
mento lento.
Dado que muitos materiais de embalagem não oferecem proteção completa con-
tra a desidratação, a umidade relativa deve ser conservada a um nível elevado (de
85% a 90%) nas salas de armazenamento congelado, particularmente para armaze-
nagem a longo prazo.
O empilhamento apropriado do produto também é essencial. Este deve ser sem-
pre de tal forma que permita a circulação de ar adequada ao redor do produto. É
particularmente importante deixar uma boa dimensão de espaço de ar entre o pro-
duto armazenado e as paredes da sala de armazenagem. Em acréscimo, para permi-
tir a circulação de ar ao redor do produto, isto elimina a possibilidade do produto
absorver calor diretamente das paredes quentes.

9-34. Refrigeradores Comerciais


O termo “refrigerador comercial” é usualmente aplicado a equipamentos refrige-
rados menores, pré-fabricados, do tipo usado por lojas de varejo, mercados, hotéis,
restaurantes e instalações para processamento, armazenamento, exposição e depó-
sitos de géneros perecíveis. O termo, algumas vezes, é aplicado também aos equipa-
mentos refrigerados maiores, feitos sob encomenda e câmaras usadas para esse fim,
Embora haja um número de equipamentos refrigerados para finalidades especiais
cuja classificação não é necessária, geralmente os equipamentos comerciais
ser agrupados em três categorias ncia: (1) refrigeradores de acesso imediato,
(2) frigoríficos de acesso por pessoas, e (3) balcões ou geladeiras de exposição.

9-35. Refrigeradores de Acesso Imediato


De todos os equipamentos comerciais, o refrigerador de acesso imediato é provavel-
mente o mais versátil e o mais extensamente usado. As utilidades típicas, são:
mercearias, açougues, padarias, farmácias, lanchonetes, restaurantes, floriculturas,
hotéis e instalações de todas as espécies. Enquanto que alguns refrigeradores de
acesso imediato servem somente para uma função de armazenagem, os outros são
usados tanto para armazenagem como para exposição (Fig. 9-8). Os que servem
somente para a função de armazenagem geralmente têm portas sólidas, enquanto
que os que são usados para exposição tém portas vitrificadas.

9-36. Frigoríficos de Acesso de Pessoas (Câmaras)


Os frigoríficos deste tipo são principalmente locais de armazenagem e são utilizados
em uma ampla variedade de dimensões para se adaptarem a todas as necessidades.
Quase todas as lojas de varejo, mercados, hotéis, restaurantes, instituições, etc., de
qualquer dimensão, empregam um ou mais frigoríficos deste tipo para o armazena-
mento de perecíveis de todos os tipos. Alguns frigoríficos são equipados com portas

266

Material com dirretos autorais


Fig. 9-12 Balcão de exposição do tipo aberto para alimentos congela-
dos e sorvete.

muito popular em supermercados e outros grandes estabelecimentos de auto-serviço


a varejo, enquanto que o balcão de serviço encontra uso nas pequenas mercearias,
mercados, padarias, etc. Balcões de serviço típicos, são mostrados nas Figs. 9-9 e
9-10.
Os balcões de auto-serviço são de dois tipos: abertos e fechados, sendo que o
tipo aberto é mais popular. Com o advento dos supermercados, a tendência para
os balcões de auto-serviço do tipo aberto, aumentou muito e os balcões mais anti-
gos, de auto-serviço do tipo fechado estão se tornando obsoletos. Alguns tipos mais
populares de balcões de auto-serviço abertos são mostrados nas Figs. 9-11 e 9-12.
Estes são usados para a exposição de carnes, vegetais, frutas, alimentos congelados,
sorvetes, laticínios, artigos finos, etc. O projeto dos balcões varia um pouco com
relação ao tipo especial de produto que vai ser exposto. Também, os projetos são
aproveitáveis tanto para instalações de parede como isoladas. Mesmo que alguns
necessitem espaço de armazenagem adicional, outros não precisam.

9-38. Equipamentos de Finalidades Especiais


Embora todos os equipamentos refrigerados expostos nas seções anteriores sejam
acessíveis numa variedade de projetos a fim de satisfazer os requisitos específicos
de produtos e aplicações individuais, um número de equipamentos de finalidades
especiais é fabricado e pode ou não cair dentro de uma das três categorias gerais já

269
10-1. A Carga Térmica
A carga térmica no equipamento de refrigeração raramente resulta de alguma fonte
particular de calor. De preferência, ela é a soma do calor que usualmente se des-
prende de várias fontes diferentes. Algumas das fontes mais comuns que abastecem
a carga do equipamento de refrigeração são;
|. O calor que escapa da câmara refrigerada para o exterior, por condução atra-
vés das paredes isoladas.
2. O calor que entra na câmara por radiação direta através de vidro ou outros
materiais transparentes.
3. O calor que entra na câmara por ação do ar quente exterior que entra através
de portas abertas ou através de fendas em volta de janelas ou portas.
4. O calor cedido por um produto quente quando sua temperatura é reduzida ao
nível desejado.
O calor cedido por pessoas que ocupam o espaço refrigerado.
CA

6. O calor cedido por qualquer equipamento gerador de calor, localizado no inte-


rior da câmara, tal como, motores elétricos, luzes, equipamentos eletrónicos,
mesas de vapor, cafeteiras e secadores de cabelo.

Será mostrado muis adiante que todas estas fontes de calor não estão presentes
em todas as aplicações e que a importância de cada fonte de calor com relação à
carga térmica total irá variar consideravelmente com cada aplicação.

10-2. Tempo de Funcionamento do Equipamento


Embora as capacidades do equipamento de refrigeração sejam normalmente dadas
em Btu por hora, nas aplicações de refrigeração a carga térmica total é geralmente
calculada para um período de 24 h, isto é, em Btu/24 h. Então, para determinar a
capacidade requerida do equipamento em Btu por hora, a carga total para o período
de 24 h é dividida pelo tempo de funcionamento desejado para o equipamento,
isto é,

Capacidade de equipamento carga térmica total, Btu/24h (10-1)


requerida em Btu/h tempo de funcionamento desejado

Por causa da necessidade de descongelamento do evaporador a intervalos fre-


quentes, não é prático projetar o sistema de refrigeração de modo que o equipamen-

21]
to deva funcionar continuamente, a fim de poder manejar a carga. Na maioria dos
casos, O ar que passa sobre a serpentina térmica é resfriado a uma temperatura
abaixo de seu ponto de condensação e a umidade é condensada do ar dentro da
superfície da serpentina térmica. Quando a temperatura da superfície da serpentina
está acima da temperatura de congelamento da água, a umidade condensada do ar
sai da serpentina para o depósito de condensação e deixa a câmara pelo dreno de
condensação. Contudo, quando a temperatura da serpentina térmica está abaixo
da temperatura de congelamento da água, a umidade condensada do ar transfor-
ma-se em gelo e adere à superfície da serpentina, causando deste modo “congela-
mento”, para acumular gelo sobre a superfície da serpentina. Uma vez que a acumu-
lação de gelo sobre a superfície da serpentina tende a isolar a serpentina e reduzir
sua capacidade, o congelamento deve ser efetuado periodicamente, elevando-se a
temperatura da superfície da serpentina acima do ponto de congelamento da água
e mantendo-a neste nível até que o gelo tenha derretido na serpentina e deixado o
espaço através do dreno de condensação.
Sem importar como o degelo é efetuado, ele requer um certo tempo, durante
o qual o efeito de refrigeração deve parar na serpentina que está sendo desconge-
lada.*
Um método de descongelar a serpentina é parar o compressor e deixar o evapo-
rador aquecer à temperatura do espaço e permanecer a esta temperatura por um
espaço de tempo suficiente para permitir que a acumulação de gelo derreta da
serpentina. Este método de descongelamento é chamado descongelamento “de ciclo
livre”. Uma vez que o calor requerido para derreter no descongelamento “de ciclo
livre” deve vir do ar do espaço refrigerado, o descongelamento ocorre mais lenta-
mente e é preciso um considerável espaço de tempo para completar o processo. Foi
mostrado na prática que, quando é usado descongelamento de cício livre, o máximo
de tempo de funcionamento permitido para o equipamento é de 16 h em cada
período de 24 h, as outras 8 h sendo permitidas para o descongelamento. Isto signi-
fica, naturalmente, que o equipamento de refrigeração deve ter capacidade sufi-
ciente para completar o equivalente a 24 h de resfriamento em 16 h de tempo de
funcionamento efetivo. Por isso, quando é usado o descongelamento “de ciclo
livre” o tempo de funcionamento do equipamento usado na Equação 10-1 é aproxi-
madamente 16 h.
Quando o espaço refrigerado deve ser mantido a uma temperatura abaixo de 34
“F, o descongelamento de ciclo livre não é possível. A variação na temperatura do
espaço que seria requerida a fim de permitir que a serpentina alcançasse uma tempe-
ratura suficientemente alta para ter o gelo durante o ciclo desligado, seria
prejudicial ao produto armazenado. Por isso, quando a temperatura do espaço é
mantida abaixo de 34 ºF, é usado geralmente, algum tipo de descongelamento
quente suplementar. Em tais casos, a superfície da serpentina é aquecida artificial-

di o

* Uma exceção para isto é quanto um jato contínuo de salmoura é empregado para manter a
serpentina livre de gelo e, neste caso, o equipamento pode ser selecionado para operações
continuas.

272

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10
CÁLCULOS DE CARGA TÉRMICA

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mente, com elementos elétricos, água, ou gás quente da descarga do compressor
(veja Capítulo 20).
O descongelamento por qualquer um destes meios é completado muito mais
rapidamente do que quando é usado o descongelamento de ciclo desligado. Em
consequência, o tempo de interrupção requerido é menor para o descongelamento
e o tempo de funcionamento máximo admissível para o equipamento pode ser
maior que para o descongelamento de ciclo desligado atrás mencionado. Para os
sistemas usando o descongelamento de calor suplementar, o tempo de funciona-
mento máximo admissível é geralmente de 18 a 20 horas em cada período de
24 h, dependendo de quantas vezes é necessário o descongelamento para a aplica-
ção em questão. Como uma regra geral, é usado o tempo de funcionamento de
18 horas.
É de interesse notar que, uma vez que a temperatura da serpentina em aplicações
de condicionamento de ar de conforto é normalmente cerca de 40 “F, nenhum gelo
se acumula sobre a superfície da serpentina e portanto, não é necessário nenhum
período de paralisação para o descongelamento. Por esta razão, os sistemas de con-
dicionamento de ar são projetados geralmente para funcionamento contínuo e as
cargas térmicas para aplicações de condicionamento de ar são determinadas direta-
mente em Btu por hora. Isto é válido também para outras aplicações quando há gelo
acumulado na superfície térmica.
Nos casos em que não é conveniente calcular a carga de refrigeração numa base
de 24 horas, a carga pode ser determinada diretamente em Btu por hora dado que o
resultado é multiplicado por um fator apropriado que causa uma tolerância para
o tempo desejado de operação do equipamento, Quando o tempo desejado de ope-
ração do equipamento é de 16 h em cada 24 h, a carga de refrigeração em Btu por
hora pode ser multiplicada por (24/16) 1,5, o que aumenta efetivamente a capaci-
dade requerida do equipamento ae 50% de modo que o equipamento selecionado
terá a capacidade de manejar a carga térmica de 24 h, nas 16 h requeridas de tempo
de operação. Multiplicações semelhantes podem ser determinadas para outros tem-
pos de operação desejados.

10-3. Cálculo de Carga Térmica


A fim de simplificar os cálculos de carga térmica, a carga térmica total é dividida
em um número de cargas individuais, de acordo com as fontes de calor suprindo a
carga. À soma destas cargas individuais é a carga térmica total sobre o equipamento.
Na refrigeração comercial, a carga térmica total é dividida em quatro cargas sepa-
radas, a saber: (1) a carga cedida pelas paredes, (2) a carga de mudança de ar,
(3) a carga do produto, e (4) a mistura ou carga suplementar.

10-4, A Carga Cedida pelas Paredes


A carga cedida pelas paredes, algumas vezes chamada carga de dispersão da parede,
é a medida da taxa de fluxo de calor por condução através das paredes do espaço
refrigerado do exterior para o interior. Quando não há isolamento perfeito, há sem-

213
pre uma certa quantidade de calor passando do exterior para o interior, sempre que
a temperatura interior está abaixo da exterior. A carga cedida pelas paredes é comum
para todas as aplicações de refrigeração e é geralmente uma parte considerável da
carga térmica total. Algumas exceções são aplicações de líquido resfriado, onde a
área exterior do resfriador é pequena e as paredes do suifitados são bem isoladas.
Em tais casos, a dispersão de calor através das paredes do resfriador é tão pequena
em relação à carga térmica total, que sua influência é negligenciável e ela é geral
mente negligenciada. Por outro lado, refrigeradores de armazenagem comerciais e
aplicações de condicionamento de ar residenciais, são ambos exemplos de aplicações
nas quais a carga cedida pelas paredes muitas vezes representa a porção maior da
carga total.

10-5. A Carga
de Trocas de Ar
Quando a porta de um espaço refrigerado é aberta, o ar quente exterior entra no
espaço para substituir o ar frio mais denso que é perdido do espaço refrigerado
através da porta aberta, O calor que deve ser removido deste ar exterior quente para
reduzir sua temperatura e teor de umidade para as condições designadas do espaço
torna-se uma parte da carga térmica total no equipamento, Esta parte da carga total
é chamada carga de troca de ar.
A relação entre a carga de troca de ar e a carga térmica total varia com a aplica-
ção. Enquanto que em algumas aplicações a carga de troca de ar não tem influência
alguma, em outras ela representa uma porção considerável da carga total, Por exem-
plo, com resfriadores de líquido, não há nem portas ou outras aberturas através das
quais o ar possa passar e, portanto, a carga de troca de ar é inexistente. Por outro
lado, verifica-se o inverso para aplicações de condicionamento de ar onde, em
adição às trocas de ar executadas por portas abertas, há também dispersão con-
siderável de ar dentro do espaço condicionado através de fendas ao redor de janelas
c portas e em outras partes da estrutura. Também, em várias aplicações de condício-
namento de ar, o ar exterior é propositalmente introduzido dentro do espaço condi-
cionado para encontrar as exigências de ventilação. Quando grande número de pes-
soas estão no espaço condicionado, a quantidade de ar fresco que deve ser intro-
duzido do exterior é bem grande e a e térmica resultante da refrigeração e desu-
midificação deste ar para as condições designadas do espaçoé frequentemente uma
grande parte da carga térmica total em taisnadas
Nas aplicações de condicionamento de ar, a carga de troca de ar é chamada tanto
de carga de ventilação como de carga de infiltração. O termo carga de ventilação é
usado quando as trocas de ar no espaço condicionado são o resultado de introdu-
ções deliberadas de ar exterior dentro do espaço para fins de ventilação. O termo
carga de infiltração é usado quando as trocas de ar são o resultado da infiltração
natural do ar dentro do espaço através de fendas em portas e outras aberturas, Cada
aplicação de condicionamento de ar envolverá tanto uma carga de infiltração como
uma carga de ventilação, mas não ambas na mesma aplicação.
Dado que as portas dos refrigeradores comerciais são equipadas com juntas bem
montadas, as fendas ao redor das portas são firmemente vedadas e poderia haver
pequena, ou talvez nenhuma dispersão de ar ao redor de portas de uma instalação

274

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comercial em boa condição. Por isso, na refrigeração comercial, as trocas de ar
são geralmente limitadas âquelas que são executadas por abertura ou fechamento
efetivo de porta ou portas.
A importância de minimizar ou eliminar a dispersão de ar do exterior para o
interior de frigoríficos congeladores através de fendas ao redor de portas e ao redor
de outras aberturas não pode ser super-ressaltada. Ainda que tal dispersão de ar
possa ou não ter um efeito apreciável sobre a carga de refrigeração, o vapor de água
que condensa do ar quente nos espaços afetados de fendas e que se transforma
frequentemente em gelo nestas aberturas, pode ser muito importuno e deveria ser
evitado.
Em adição a portas e juntas bem alinhadas e bem ajustadas e o fechamento
cuidadoso de outras aberturas de parede para reduzir a dispersão de ar, prática bem
idealizada prescreve o uso de um arame aquecedor ao redor do perímetro da porta
para evitar a condensação sobre estas superfícies mantendo sua temperatura acima
da temperatura do ar quente que entra. Em adição, a instalação de um pequeno
respirador de ar quente para igualar a pressão entre o interior e o exterior do refrige-
rador ou congelador também é importante. Sem tal “respirador” controlado, pres-
sões negativas podem se desenvolver no interior do refrigerador ou congelador como
resultado da queda da pressão do ar que ocorre de acordo com a Lei de Charles
quando a temperatura do ar quente que entra no espaço quando as portas são aber-
tas e fechadas é, subsequentemente, reduzida à temperatura projetada do espaço.
Naturalmente, qualquer pressão de ar diferente entre o interior e o exterior da insta-
lação aumenta muito a tendência para a dispersão do ar ao redor da vedação de
portas e através de outras aberturas de paredes, tais como aquelas através das quais
a tubulação de refrigerante e água, linha de drenagem e o condutor elétrico passam
para o exterior.

10-6. A Carga de Produto


A carga de produto é formada do calor que deve ser removido do produto refrige-
rado a fim de reduzir sua temperatura ao nível desejado. O termo “produto” aqui
usado é aplicado para designar qualquer material cuja temperatura é reduzida pelo
equipamento de refrigeração e inclui não somente gêneros de primeira necessidade
perecíveis, como víveres, mas também artigos tais como eletrodos para solda, massa
de concreto, plástico, borracha e líquidos de todas as qualidades. Em algumas
circunstâncias, o produto é congelado, neste caso o calor latente removido é tam-
bém uma parte da carga do produto,
A importância da carga do produto em relação à carga térmica total, como todas
as outras, varia com a aplicação. Mesmo que não seja importante em algumas apli-
cações, em outras ela representa praticamente a carga térmica completa. Quando a
câmara de resfriamento é projetada para armazenamento de produtos, geralmente
o produto é resfriado à temperatura de armazenamento antes de ser colocado na
câmara e nenhuma carga de produto precisa ser considerada desde que este já esteja
à temperatura de armazenagem.* Contudo, em qualquer circunstância, quando o
——— ei

* No projeto de frigoríficos de armazenagem a curto prazo, a prática geral é permitir 10 ºF de


refrigeração do produto.

215

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produto entra na câmara de armazenagem a uma temperatura acima da temperatura
de armazenagem, a quantidade de calor que deve ser removida do produto a fim de
reduzir sua temperatura para a temperatura de armazenagem deve ser considerada
como uma parte da carga total no equipamento térmico,
Em alguns casos, o produto entra na instalação de armazenagem a uma tempe-
ratura abaixo da temperatura normal de armazenagem para este. Um caso em ques-
tão é sorvete, que é frequentemente resfriado a uma temperatura de 0ºF ou -10ºF
durante o processo de solidificação, mas usualmente é armazenado a cerca de 10 “F,
que é a temperatura de imersão ideal. Quando tal produto entra na armazenagem
a uma temperatura abaixo da temperatura do espaço, ele absorve calor do espaço de
armazenagem quando se aquece para a temperatu'a de armazenagem e deste modo
produz uma certa quantidade de efeito refrigerante de si mesmo, Em outras pala-
vras, ele garante o que poderia ser denominado uma carga de produto negativa que
poderia, teoricamente, ser subtraída da carga térmica total. Contudo, isto nunca é
feito, visto que o efeito de refrigeração produzido é menor e não é de natureza
contínua,
A carga térmica do equipamento de refrigeração resultante do congelamento do
produto pode ser tanto intermitente como contínua, dependendo da aplicação. A
carga de produto é uma parte da carga térmica total enquanto a temperatura do
produto está sendo reduzida para a temperatura de armazenagem, ou enquanto esti-
ver acontecendo o congelamento. Uma vez que o produto é congelado à tempera-
tura de armazenagem, elé não é maior que uma carga de calor e a carga de produto
deixa de ser uma parte da carga do equipamento, Uma exceção a isto é na armaze-
nagem de frutas e vegetais que perdem o calor de respiração o tempo todo que estão
armazenados a temperaturas acima da temperatura de congelamento, mesmo que
não haja decréscimo ulterior em sua temperatura (ver Secção 10-18).
Naturalmente há um número de aplicações de refrigeração onde o congelamento
do produto é mais ou menos contínuo e, neste caso, a carga do produto é uma
carga contínua sobre o equipamento. Isto acontece, por exemplo, em câmaras de
resfriamento, onde a função principal é resfriar o produto quente para a tempera-
tura de armazenagem desejada.* Quando o produto foi refrigerado à temperatura
de armazenagem, geralmente ele saí da câmara de resfriamento para uma câmara de
armazenagem e a câmara de resfriamento é então recarregada com produto quente.
Em tais casos, a carga de produto é contínua e é usualmente uma grande parte da
carga total sobre o equipamento.
O resfriamento do líquido é outra aplicação na qual o produto garante uma carga
contínua no equipamento de refrigeração. O fluxo do líquido que está sendo res-
friado através do resfriador é contínuo com o líquido quente que entra no resfria-
dor e o líquido frio que sai. Neste caso, a carga do produto é praticamente a única
carga sobre o equipamento, desde que não haja carga de troca de ar e a carga de ren-
dimento de parede seja negligenciada, como é a carga mista.

* Em alguns casos, o produto não é completamente esfriado à temperatura final de armazena:


mento na câmara de resfriamento c obtém-se algum resfriamento na câmara de armazenamento
de conservação.

216
Nas aplicações de condicionamento de ar não há carga de produto alguma,
embora algumas vezes haja uma “carga de tração descendente” que tende a desapa-
recer quando as condições projetadas do estado estacionário são atingidas.

10-7. A Carga Mista


A carga mista, algumas vezes referida como a carga suplementar, determina todas
as fontes mistas de calor. A principal entre estas, são as pessoas trabalhando ou
ocupando o espaço refrigerado sempre com luzes ou outro equipamento elétrico
| Operando dentro do espaço.
Na maioria das aplicações de refrigeração comerçiais, a carga mista é relativa-
mente pequena, consistindo geralmente do calor cedido pelas luzes e motores de
ventilação usados dentro do espaço.
Nas aplicações de condicionamento de ar, não há carga mista alguma. Isto não
quer dizer que ocupação humana e equipamento não são uma parte da carga tér-
mica nas aplicações de condicionamento de ar. Ao contrário, as pessoas e o equipa-
mento são muitas vezes fatores tão importantes na carga de condicionamento de
ar que são considerados como cargas separadas e são calculados como tal, Por exem-
plo, nas aplicações de condicionamento de ar onde grande número de pessoas ocupa
o espaço condicionado, tais como igrejas, teatros, restaurantes, etc., a carga térmica
que resulta da ocupação humana é frequentemente o fator singular maior na carga
total. Também, muitos sistemas de condicionamento de ar são instalados com o
objetivo único de refrigeração elétrica, eletrônica e outros tipos de equipamento de
produção de calor. Em tais casos, o equipamento geralmente fornece a porção
maior da carga térmica.

10-8. Fatores que Determinam a Carga de Calor Cedido


pelas Paredes
A quantidade de calor transmitido através das paredes da câmara refrigerada por
unidade de tempo é a função de 3 fatores cuja relação é expressa na seguinte
equação:
OQ = (AJ(U)(D) (10-2)
onde: Q = à quantidade de calor transferido em Btu por hora
A = à área da superfície externa da parede (pés quadrados)
U = ao coeficiente total de transmissão de calor em Btu por hora por pé
quadrado por grau Fahrenheit
D = ao diferencial de temperatura através da parede em graus Fahrenheit

O coeficiente de transmissão ou fator “U” é a medida da taxa à qual o calor


passará através de uma área de 1 pé? de superfície de parede por um lado do are
por outro lado para o ar, para cada 1 “E de diferença de temperatura através da
parede. O valor do fator U é dado em Btu por hora e depende da espessura da pa-
rede e dos materiais usados em sua construção. Dado que é aconselhável evitar ao

277

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máximo que o calor entre no espaço e se torne uma carga no equipamento térmico,
os materiais usados na construção das paredes de armazenagem fria devem ser bons
isolantes térmicos, de modo que o valor de U seja mantido tão baixo quanto
possível.
De acordo com a Equação 10-2, uma vez que o fator U é estabelecido para
uma parede, a taxa de fluxo de calor através da parede varia diretamente com a área
de superfície da parede c com o diferencial de temperatura através desta, Uma vez
que o valor de U é dado em Btu por hora por pé quadrado por grau Fahrenheit,
a quantidade total de calor que passa através de qualquer parede dada em 1 h
pode ser determinada, multiplicando-se o fator U pela área da parede em pés qua-
drados e pela diferença de temperatura através da parede em graus Fahrenheit, isto
é, aplicando a Equação 10-2.

Exemplo 10-1 Determine a quantidade total de calor em Btu por hora que passará
através de uma parede de 10 pés por 20 pés, se o fator U para esta for 0,16 Btu/(h)
(pé?) (ºF) e a temperatura de um lado da parede for 40 ºF, enquanto do outro lado
695 ºF.

Solução:
Área total da parede = (10 pés) (20 pés)
= 200 pés
Diferencial de temperatura através da parede, ºF = 95º -40º
= 55ºF
Aplicando a Equação 10-2, o ganho de calor através
da parede = (200) (0,16) (55)
= 1760 Btu/h

Dado que o valor de U na Equação 10-2 é dado em Btu por hora, o resultado
obtido da Equação 10-2 é em Btu por hora. Para determinar a carga de rendimento
da parede em Btu por 24 h, como requerido nos cálculos de carga de refrigeração, o
resultado da Equação 10-2 é multiplicado por 24 h. Por isso, para o cálculo de carga
térmica em aplicações de refrigeração, a Equação 10-2 é escrita para incluir esta
multiplicação, a saber:
Q=AXUXDX A (10-3)

10-9. Determinação do Fator U


Os coeficientes de transmissão totais ou fatores U têm sido determinados para
vários tipos de construção de parede e estes valores são acessíveis em forma tabular,
As Tabelas 10-1 a 10-3 registram os valores de U para vários tipos de paredes para
armazenagem fria.

Exemplo 10-2 Da Tabela 10-1, determine o fator U para uma parede construída
de tijolo de barro de 6 pol com isolamento de placa de cortiça de 4 pol.

278

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Solução: Da Tabela 10-1, primeiro selecione o tipo apropriado de construção de
parede (o terceiro de cima). Na coluna seguinte selecione a espessura do tijolo de
barro desejada (6 pol ) e mova para a direita
para a coluna que registra valores para
4 pol de isolamento. Leia o fator U da parede, 0,064 Btu/(h) (pé?) (ºF).
Se for necessário, o fator U para qualquer tipo de construção de parede pode ser
calculado prontamente, com a condição de que ou a condutividade ou a condutân-
cia de cada um dos materiais usados na construção da parede seja conhecida. A con-
dutividade ou condutância da maioria dos materiais usados na construção de pare-
des pode ser achada nas tabelas. Também, esta informação é geralmente acessível
do fabricante ou produtor do material, A Tabela 10-4 registra a condutividade tér-
mica ou a condutância de alguns materiais frequentemente usados na construção
de paredes de armazenagem fria.
A condutividade térmica do fator k de um material é a taxa em Btu por hora à
qual o calor passa através de seção transversal de 1 pé? do material com espessura
de | pol para cada 1 ºF de diferença de temperatura sobre o material e é dada em
Btu por hora por pé quadrado por grau Fahrenheit por polegada de espessura.
Enquanto a condutividade térmica ou fator k é útil somente para materiais
homogêneose o valor dado é sempre para uma espessura do material de | pol a
condutância térmica do fator C é útil para ambos os materiais, homogêneos e hete-
rogêneos e o valor dado em Btu por hora por pé quadrado por grau Fahrenheité
para a espessura específica do material.
Para qualquer material homogêneo a condutância térmica pode ser determinada
para qualquer espessura dada do material dividindo o fator k pela espessura em
polegadas. Por isso, para um material homogêneo,

k
ç mnX (10-4)

onde: x = à espessura do material em polegadas.

Exemplo 10-3 Determine a condutância térmica de uma placa de cortiça de 5 pol


de espessura.

Solução:
Da Tabela 10-4, o fatork da placa de cortiça

= 0,30 (Btu) (pol )/(h) (pé?) (CF)


Aplicando a Equação 10-4, €

0,30
.— = 0,06 Btu/(h) (pé?) (ºF)

Dado que a taxa de transmissão de calor através de materiais heterogêneos, como


(continua na pdg. 284)

279

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TABELA 10-1,. Coeficientes de Transmissão de Calor (U) para
Câmaras de Armazenagem Fria
Btu por hora por pé quadrado por grau Fahrenheit de diferença entre o ar
dos dois lados
Velocidade do vento 15 m/h
Vedação do vapor do lado quente Espessura de isolamento, Y polegadas
Espessura da parede
TE Ee Placas de X polegadas 2 3 4 5 6 7 8
ii Cortiça =
Bloco
de concreto 8 0.12 0085 0066 0.054 0046 0,040 0.035
Bloco
de concreto 12 0.12 0.083 0.065 0.053 0.045 0039 0.035
Bloco de concreto
é de escória 8 0.11 0081 0064 0.052 0.045 0.039 0.034
Bloco de concreto
bx F de escória 12 0.11 0.079 0.063 0052 0044 0039 0.034

Tijolo comum 8 0.11 0.081 0.064 0.053 0.045 0.039 0034

Tijolo comum 12 O10 0.076 0.061 0.050 0.043 0.038 0.034

Telha de barro 4 0.12 0.085 0.066 0054 0.046 0.040 0.035


Telha de barro 6 0.11 0.081 0.064 0.053 0045 0039 0.035
Telha de barro 8 0.11 0.081 0.064 0.052 0.045 0,039 0.034

Placas de
Lear cortiça

Concreto 6 0.13 0.089 0069 0056 0.047 0.041 0.036


Concreto 8 0.12 0087 0.068 0.055 0.047 0.040 0.036
Concreto 10 0.12 0.086 0.067 0.055 0.046 0.040 0.035
Concreto 12 0.12 0085 0.066 0.054 0.046 0.040 0.035

De Carrier Design Data. Reproduzido por permissão da Corporação Carrier.

280
TABELA 10-2. Coeficientes de Transmissão de Calor (U) para
Câmaras de Armazenagem Fria

Btu por hora por pé quadrado por grau Fahrenheit


de diferença entre
o ar
nos dois lados. Velocidade
do vento exterior 15 m/h

To dicontsusão Material Espessura


de isolamento (polegadas)
| o % SM 2. 3 4 5 6
Es quente 9Cortiça ii 0.079 0.055

de ambos oslados Prarasdacartica ec. o. 0.055 0047


o dó nie tantas == Passes a nan 0.11 0084 0067

Vedação do vapor
do lado quente

Vidro ou
enchimento 0084 0.055 ----- 0.100 0.077 0.062 0.052
de lã mineral

montanteê - nm ea

Tibia dde isolamento


Material (polegadas)

montantes 16 2
de 2" X. id
Serragem 0051 0042 0035
Notas:
Coeficientes corrigidos para montantes de 2 x 4 ou 2 x 6, de centro de 16 pol
b Coeficientes corrigidos para montantes de 2 x 4
* Espessura real 25/32 pol

De Carrier Design Data. Reproduzido por permissão da Corporação Carrier.

281

Material com direitos autorais


TABELA 10-3. Coeficientes de Transmissão de Calor (U) para
Câmaras de Armazenagem Fria
Btu por hora por pé quadrado por grau Fahrenheit de diferença entre o ar
nos dois lados. Velocidade do vento 15 m/h

Espessura da parede, Espessura de isolamento, Y (polegadas)


piso ou teto
X (polegadas) 2 3 4 5 6 7 8

Divisão independente*
Vedação do vapor
no lado quente
eg Fraca de cortiça
Divisão
de cortiça 0.13 0.089 0.069 0056 0047 0041] 0036

Reboco de cimento '


em ambos os lados

Piso? Placa de cortiça?


co Laje2
Acabamento 2 012 0087 0067 0055 0046 0040 0035
ncreto de Lai jo5
acabamento + 0.12 0084 0066 0054 0046 0040 0035
ça

Laje 6 0.11 0083 0065 0054 0045 0039 0.035


Acabamento4
Espuma de vidro?
Laje do piso Laje 2
Acabamento2
0.15 Oll 0087 007] 0060 0053 0.046
Vedação do vapor Laje 5
no lado quente Acsbemento 3 0.15 Oll 0084 0070 0059 0052 0046
Laje6
o Acabamento à 0.14 Ol0 0083 0069 0.059 0051 0.045

Teto*
Vedação do vapor no lado quente
Laje
de concreto
Concreto 4 0.12 0089 0069 0056 0.048 0042 0036
5 Concreto 8 0.12 0086 0067 0055 0047 0041 0036

Dormente PI
de madeira aca de cort ça

Teto*
Vigas do teto ou montantes de parede
Forro
E moceira 28/92 011 0082 0064 0053 0045 0039 0035
e E
Papel e vedação do Placa de cortiça
vapor no tado quente
Teto*
Vedação do vapor no Cáreciidi ticas
| amada fina
epa de cimento Portland
, 0.13 0092 0072 0059 0050 0043 0038

Estrutura de viga
Placa de cortiça em,
— so —— —

à Estes valores também podem ser usados para pisos em terra (solo).
A condutância da superfície para ar parado, 1,85, usada em ambos os lados

Je Carrier Design Data. Reproduzido com permissão da Corporação Carrier.


TABELA 10-4. Condutividade Térmica de Materiais Usados
em Paredes de Armazenagem Fria
Condutividade Condutância
Térmica Térmica
Material Descrição € (k)* (C)*

Alvenaria Tijolo, comum 5.0


Tijolo, fachada 9.0
Concreto, argamassa ou reboco 5.0
Concreto, agregado de areia 12.0
Bloco de concreto
Agregado de areia 4 pol. 1.40
Agregado de areia 8 pol. 0.90
Agregado de areia 12 pol. 0.78
Agregado de escória 4 pol. 0.90
Agregado de escória 8 pol. 0.58
Agregado de escória 12 pol. 0.53
Argamassa de gesso 1/2 pol. 3.12
Telha, argila vazada 4 pol. 0.90
Telha, argila vazada 6 pol. 0.66
Telha, argila vazada 8 pol. 0.54
Madeiras Bordo, carvalho, madeiras de lei similares 1.10
Abeto, pinho, madeiras macias similares 0.80
Madeira compensada 1/2 pol. 1.60
Madeira compensada 3/4 pol. 1.07
Cobertura Cobertura de rolo de asfaito 6.50 0.15
Cobertura construída 3/8 pol. 3.00 0.33
Materiais de Manta ou mat. fibroso, fibra de vidro ou mineral 0.27
isolamento Chapa ou laje
Vidro celular 0.40
Placa de cortiça 0.30
Fibra de vidro 0.25
Poluestireno expandido 0.20
Poliuretano expandido 0.17
Enchimento frouxo
Papel laminado ou massa de madeira 0.27
Serragem ou aparas 0.45
Lã mineral (rocha, vidro, escória) 0.27
Casca de pau-brasil (madeira vermelha) 0.26
Fibra de madeira (madeiras moles) 0.30
Condutância Ar parado 1.65
da superfície Ar em movimento (7,5 m/h) 4.00
(coeficiente Ar em movimento (15 m/h) 6.00
de convecção)
Vidro Vidraça simples 1.13
Duas vidraças 0.46
Três vidraças 0.29
Quatro vidraças 0.21

Do Manual ASHRAE, Volume de Fundamentos, Edição 1972, por permissão da Sociedade


Americana de Engenharia de Calor, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

Material com direitos autorais


o bloco de construção de concreto na Fig. 10-1, poderá variar nas diversas partes do
material, o fator C dos materiais heterogêneos deve ser determinado por testes.
A resistência que uma parede ou um material oferece ao fluxo de calor, é inversa-
mente proporcional à capacidade da parede ou material de transmitir calor. Por isso,
a resistência térmica total de uma parede pode ser expressa como a recíproca do
coeficiente de transmissão total, enquanto que a resistência térmica de um material
individual pode ser expressa como a recíproca de sua condutividade ou condutân-
cia, isto é:
]
Resistência térmica total,R = TV

Resistência térmica de um material individual

1 l x
ou — ou
k C k

Os termos 1/k e 1/C exprimem a resistência ao fluxo de calor através de um


material simples somente de superfície para superfície e não levam em conta a resis-
tência térmica da fina camada de ar que adere a todas as superfícies expostas. Na
determinação da resistência térmica total para o fluxo de calor através de uma
parede de ar de um lado para o ar de outro lado, a resistência do ar em ambos os
lados da parede pode ser considerada. Os coeficientes da camada de ar ou condutân-
cias da superfície para as velocidades médias do vento são dados na Tabela 10-4.
Quando uma parede é construída de diversas camadas de materiais diferentes sua
resistência térmica total é a soma das resistências dos materiais individuais na cons-
trução da parede, incluindo as camadas de ar, isto é,

l l x bo x l
— E — | — pp — + + (10-5)
U f; k1 ka kn ;É

Ayregado
Espaços de ar de concreto

,
*ebat

Fig. 10-1 Bloco de construção de agregado


de concreto.
Portanto,
l
U =
| x X x l
— pt — + .. + ——
fi kk: kn fo
1 o

onde: —= coeficiente de convecção (condutância da superfície) da parede inter-


fi na, piso ou teto.

|
— = coeficiente de convecção (condutância da superfície) da parede exter-
fo na, piso ou telhado.

Nota: Quando são usados materiais heterogêneos, 1/C é substituído por x/k.
Exemplo 10-4 Considerando uma velocidade do vento de 7,5 m/h, calcule o valor
de U para uma parede construída de blocos de construção de agregado de escória de
8 pol, isolada com 4 pol de placa de cortiça, e com acabamento interno com 0,5
pol de reboco de cimento.

Solução:
Da Tabela 10-4, bloco de agregado
de escória de 8 pol Cc = os
Placa de cortiça k = 0,30
Reboco de cimento k = 500
Coeficiente de convecção interna fi = 1,65
Coeficiente de convecção externa f = 4,00

Aplicando a Equação 10-5, a resistência térmica total, 1/U

À l 4
= —— + + + ai +

4 0,58 0,3 5 1,65

= 0,25 + 1,724 + 13,333 = +0,1] + 0,607 = 16,01

Portanto, U = 1/16,01 = 0,062 Btu/(h) (pé) (ºF)

Na maioria dos casos, é o material de isolamento usado na construção da parede


que determina o valor de U para paredes de armazenagem fria. As condutâncias da
superfície e as condutâncias dos outros materiais da parede, têm muito pouco efeito
sobre o valor de U porque a resistência térmica do material de isolamento é muito
grande em relação às camadas de ar e outros materiais. Portanto, para pequenos
frigoríficos é suficientemente exato usar a condutância do material de isolamento
somente como fator U da parede.

285

Material com direitos autorais


somem | Bloco de escóder8ipo
É gore al.
R = 1.724 8T =64ºF
Placa
de cortiça de 4"
R=13.33 47=41,65F
... Reboco de concre
de 0.5to
pol.
R=0.1 AT =0.3F

Pelícudela
ar interna
R = 0.607 AT= 1.9ºF

Fig. 10-2 Gradiente de temperatura através de


uma parede de armazenagem fria típica (veja
Exemplo 10-4).

O emprego dos valores totais de isolamento enumerados para as paredes e os ma-


teriais, descritos nas tabelas, depende da própria instalação e de boa mão-de-obra.
Por exemplo, muitos materiais de isolamento são permeáveis ao vapor de água e, a
menos que uma barreira de vapor adequada e vedada seja instalada no lado quente
do material de isolamento, a pressão mais alta do vapor no lado quente do isola-
mento poderá fazer com que o vapor de água se dirija através do isolamento rumo
à pressão de vapor mais baixa do lado mais frio. Em algum ponto do trajeto do
vapor através do isolamento, a temperatura deste poderá cair abaixo da temperatura
de saturação correspondente à sua pressão, fazendo, assim, com que o vapor se con-
dense em água no isolamento, provocando o eventual alagamento deste último.
Além disso, naqueles casos em que a temperatura do isolamento é mais baixa que a
temperatura de congelamento da água, o vapor condensado poderá, subsequente-
mente congelar. Em qualquer caso, uma vez que ambos, água e gelo, são bons con-
dutores, o valor de isolamento do material poderá ser completamente destruído.
O gradiente de temperatura através de uma parede de armazenamento fria é ilus-
trado na Fig. 10-2. Note-se que a queda de temperatura (diferença) sobre os compo-
nentes individuais da parede é proporcional à resistência térmica oferecida por este
componente e esta queda de temperatura total (diferencial) sobre a parede é a soma
das quedas individuais de temperatura sobre os diversos componentes da parede.

10-10. Diferencial de Temperatura sobre Paredes de


Armazenagem Fria
O diferencial do projeto de temperatura através das paredes de armazenagem fria é
geralmente tomado como a diferença entre o projeto de temperaturas internas e
externas,
A temperatura de projeto interna é aquela que deve ser mantida dentro do espa-
ço refrigerado e geralmente depende do tipo do produto a ser armazenado e do
espaço de tempo que o produto deve ficar em armazenagem. As temperaturas de
armazenagem recomendadas para vários produtos são dadas nas Tabelas 10-8 a
10-11.

286

Material com direitos autorais


A temperatura de projeto externa depende da localização do frigorífico. Para
paredes de armazenagem fria localizadas dentro de uma construção, a temperatura
de projeto externa para a parede mais fria é tomada do mesmo modo que a tempe-
ratura interna da construção. Quando as paredes de armazenagem são expostas ao
ar livre, a temperatura de projeto ao ar livre para a região é usada como o projeto
de temperatura ao ar livre. As temperaturas de projeto ao ar livre são normalmente
as temperaturas ao ar livre médias e incluem uma margem para variações normais
na temperatura de projeto de bulbo seco ao ar livre durante um período de 24 ho-
ras. Essas temperaturas não devem ser usadas para cálculos de carga de condiciona-
mento de ar.

10-11. O Diferencial de Temperatura entre Tetos e Pisos


Quando um frigorífico está localizado no interior de um edifício e existe distância
adequada entre o topo do frigorífico e o teto do edifício para permitir livre circu-
lação de ar ao redor do topo do frigorífico, o teto deste é tratado do mesmo modo
que uma parede interna. Igualmente, quando o topo do frigorífico está exposto ao
ar livre, o teto é tratado como uma parede ao ar livre. O mesmo mantém-se exato
para pisos exceto quando o piso do friporífico é fixado diretamente sobre uma
prancha sobre o solo. Como uma regra geral, a temperatura do solo sob uma pran-
cha varia só ligeiramente durante o ano, e é sempre consideravelmente menor que
o projeto de temperatura de bulbo seco ao ar livre para a região no verão.
Quando o piso de um congelador é fixado diretamente numa prancha sobre o
solo, alguma precaução deve ser tomada para evitar a saída e eventual congelamento
de água subterrânea sob o piso do congelador, dado que as forças expansivas criadas
por tal congelamento poderiam eventualmente causar fortes e severos danos subter-
râncos à estrutura do congelador. As medidas preventivas geralmente incluem alguns
meios de controlar a temperatura do solo sob o congelador, ao mesmo tempo que
assegurar alguns meios de fornecer calor à sua superfície quando as temperaturas
do solo sob o congelador aproximam-se do ponto de congelamento. Dutos de ar
quente, cabos de aquecimento elétrico, e serpentinas para a circulação de salmoura
ou soluções anticongelantes, também foram empregados para suprir o calor neces-
sário para manter a temperatura do solo acima do ponto de congelamento,

10-12. Efeitos da Radiação Solar


Todas as vezes que as paredes de um refrigerador são situadas de tal modo que rece-
bem uma quantidade excessiva de calor por radiação, ou do sol ou de algum outro
corpo quente, a temperatura da superfície exterior da parede em geral, situar-se-á
consideravelmente acima da temperatura do ar ambiente, Um exemplo familiar
deste fenômeno é a excessiva temperatura da superfície de um automóvel estacio-
nado ao sol, A temperatura da superfície de metal é mais alta que a do ar ambiente,
A quantidade à qual a temperatura da superfície ultrapassa a temperatura do ar
ambiente depende da quantidade de energia radiante que se choca com a superfície
e com a reflexividade da superfícic. Lembre (Secção 2-18) que as ondas de energia

287
radiante são refletidas ou absorvidas por algum corpo opaco em que elas batem.
Superfícies suaves e claras, tenderão a refletire absorver menos energia radiante do
que superfícies escuras e ásperas. Por isso, a temperatura de superfícies de paredes
suaves e claras será mais baixa que a de paredes escuras e de estrutura áspera, sob
as mesmas condições da radiação solar,
Uma vez que qualquer aumento na temperatura da superfície externa poderá
aumentar o diferencial de temperatura através da parede, o diferencial de tempera-
tura através de paredes ensolaradas deve ser corrigido para compensar o efeito do
sol. Os fatores de correção para as paredes ensolaradas são dados na Tabela 10-5.
Estes valores são adicionados ao diferencial de temperatura normal. Para paredes
terminadas em ângulos para as orientações registradas na Tabela 10-1, podem ser
usados valores médios.

TABELA 10-5 Tolerância para a Radiação Solar


(Graus Fahrenheit para serem acrescidos à diferença de temperatura normal para
cálculos de dispersão de calor para compensação do efeito do sol. Não usar para
projetos de condicionamento de ar).

Parede Parede Parede Telhado


as apuro “Este Sul Oeste Plano
Superfícies escuras tais como:
Telhado de ardósia
Telhado betuminado 8 5 8 20
Pinturas pretas
Superfícies de meio tom, tais como:
Madeira sem pintura
Tijolo
Telha vermelha 6 4 6 15
Cimento escuro
Pintura vermelha, cinza ou verde
Superfícies claras tais como:
Pedra branca
Cimento claro 4 2 4 9
Pintura branca

Do Manual ASRE, Volume de Projetos, Edição 1957-1958, por permissão da Sociedade Ameri-
e Condicionamento de Ar.
de Calor, Refrigeração
cana de Engenharia

10-13. Calculando a Carga de Calor através das Paredes


Na determinação da carga de calor através das paredes, o calor através de todas as
paredes, incluindo o piso e o teto, deve ser tomado em consideração. Quando
as diversas paredes ou partes de paredes são de construção diferente e tém fatores

288

Material com direitos autorais


U diferentes, a dispersão de calor através das diferentes partes é calculada separada-
mente. Paredes que têm fatores U idênticos, podem ser consideradas juntas, desde
que o diferencial de temperatura entre as paredes seja o mesmo, Também, quando
a diferença no valor U é fraca e/ou a área da parede envolvida é pequena, a dife-
rença do fator U pode ser ignoradae as paredes ou partes de paredes podem scr
agrupadas para cálculo.
Exemplo 10-5 Um refrigerador de 16 pés X 20 pés X 10 pés de altura, está locali-
zado no lado sudoeste de uma construção de armazém (Fig. 10-3). As paredes sul
e este do frigorífico são adjacentes a uma parte das paredes sul e este da construção
do armazém. O armazém tem 14 pés de teto, de modo que há 4 pés de folga entre
o topo do frigorífico e o teto do armazém. O arnazém possui ar condicionado e sua
temperatura interna é mantida aproximadamente a 80 ºF. A temperatura de projeto
interna para o frigorífico é de 35 ºF. Determine a carga de calor através da parede
do frigorífico, se as paredes deste forem da seguinte construção:

Sul
e este
(paredes externas) tijolo de barro 6 pol
placa de cortiça 6 pol |
acabamento interno de reboco de cimento 0,5

+. «vv
SITIATIIETTSISTSEEISISIEITITAITTIITIETErISESRTETIsIa,
CRE Dr TR a De E

Frigorífico 38ºF, |
teto 10 pés
e

Material com direitos autorais


Norte e oeste
(paredes internas) placas de 1 pol em ambos os lados dos montantes
de 2 x 4
cortiça granulada 3 5/8”
Teto o mesmo das paredes norte e oeste
Piso placa de cortiça armada de 4 pol, laje de 5 pol,
acabamento com 3 pol. de concreto

Solução:
Área de superfície da parede:
Parede norte IO X 16 = 160 pés?
Parede oeste IO X 20 = 200 pés
Parede sul IO X 16 = 160 pés?
Parede este IO X 20 = 200 pés?
Teto 16 X 20 = 320 pés
Piso 16 X 20 = 320 pés?
Os fatores U de paredes (Tabelas 10-1, 10-2 e 10-3),

projeto oleo projeto coreçãods projeto


so ar intúitor Parede Tabela 10-5 Proj. de
o livre normal parede
Parede norte 8OºF 35ºF A5ºF 0 45ºF
Parede sul 92ºF 35ºF 57ºF AºF 61ºF
Paredeeste 92º 35ºF 57ºF 6ºF 63ºF
Parede ceste 80º 35ºF 45ºF 0 45ºF
Teto B0ºF 35ºF ASºF 0 A5ºF
Piso 70ºF 35ºF 35ºF 0 35ºF

Paredes norte e oeste 0,079 Btu/(h) (pé?) (ºF)


Paredes sul e este 0,045
Teto 0,079
Piso 0,066

Geralmente, temperatura de projeto exterior 92 ºF


Geralmente, temperatura de projeto de solo 70 ºF
Aplicando a Equação 10-2,

Parede norte 160 X 0,079 X 45 = 569 Btu/h


Parede este 200 X 0,045 X 63 = 567
Parede sul 160 X 0,045 X 61 = 439
Parede oeste 200 X 0079 X 45 = 711

290

Material com direitos autorais


Teto 320 X 0,079 X 45 =1138
Piso 320 X 0,066 X 35 = 739
. ntruda
e a ms

Carga total de calor através das paredes

= 4163 X 24 = 99912 Btu/24 h

Um cálculo de método simplificado pode ser usado para determinar a carga de


calor através da parede para frigoríficos pequenos e grandes quando o fator U da
parede e a diferença de temperatura são aproximadamente os mesmos para todas
as paredes. A Tabela 10-16 registra os fatores de parede (Btu/24 pé”) baseados na
espessura do isolamento da parede e no diferencial de temperatura através dela, Para
calcular a carga de calor através da parede em Btu/24 h pelo método simplificado,
multíplica-se a área total extema da parede (incluindo piso e teto) pelo fator apro-
priado de ganho de parede da Tabela 10-16, isto é,
Carga de ganho da parede = Área da superfície externa
X fator de ganho da parede
Para selecionar o fator apropriado de ganho da parede da Tabela 10-16, deter-
mine a espessura do isolamento da parede na última coluna à esquerda da tabela,
mova diretamente para a coluna encabeçada pelo projeto de diferença de tempera-
tura da parede, e leia o fator de ganho de parede em Btu por 24 h por pé quadrado,
Por exemplo, suponha que as paredes de um frigorífico são isoladas com o equiva-
lente de 4 pol de placa de cortiça c que a diferença de temperatura através das
paredes é 55 ºF. Da Tabela 10-16, leia o fator de ganho de parede de 99 Btu (24 h)
(pé?) (veja o Exemplo 10-18).

10-14. Calculando a Carga de Troca de Ar


O ganho de calor do espaço resultante de trocas de ar no espaço refrigerado é difícil
de determinar com alguma exatidão real, exceto nos poucos casos quando uma
quantidade conhecida de ar é introduzida no espaço paia ventilação, Quando a
massa de ar exterior que entra no espaço num período de 24 h é conhecida, o ganho
de calor do espaço, resultante de trocas de ar, depende da diferença na entalpia do
ar em condições internas ou externas e pode ser calculado aplicando-se a seguinte
equação:

Carga de troca dear = m(h, - h;) (10-6)

onde: m = massa de ar que entra no espaço em 24 h (1b/24 h)


ho = entalpia do ar externo (Btu/lb)
h; = entalpia do ar interno (Btu/lb)
Contudo, uma vez que as quantidades de ar são geralmente dadas em pés cúbicos
em vez de em libras, para facilitar os cálculos, o ganho de calor por pé cúbico do ar

29]
externo que entra no espaço é registrado nas Tabelas 10-6A e 10-6B para várias
condições de ar interno e externo, Para determinar a carga de troca de ar em Btu
por 24 h multiplique a quantidade de ar em pés cúbicos por 24 h pelo fator apro-
priado na Tabela 10-6A ou 10-6B.
Quando a quantidade de ar de ventilação (troca de ar) é dada em pés cúbicos por
minuto (pés* /m), converter pés? /m para pés cúbicos por 24 h multiplicando por 60
min e por 24 h.

Exemplo 10-6 Trezentos pés cúbicos por minuto de ar são introduzidos num
espaço refrigerado para ventilação. Se o interior do frigorífico é mantido a 35 ºF
e a temperatura de bulbo seco exterior c umidade são 85 ºF e 50% respectivamente,
determine a carga de troca de ar em Btu/por 24 h.

Solução:
Pés cúbicos de ar por 24 h

= pés*jm X 60 X 24 = 300 X 60 X 24 = 432000 pés?/24 h


Da Tabela 10-64,o fator da troca de ar = 1,86 Btu/pés”

Carga de ventilação (troca de ar)

= 432 000 pés? /24 h


1,86 Btu/pés”
= 803 520 Btu/24 h

Exceto nos poucos casos em que o ar é propositalmente introduzido no espaço


refrigerado por ventilação, as trocas de ar que ocorrem no espaço são efetuadas
somente por infiltração através das aberturas das portas. A quantidade de ar externo
que entra no espaço através de aberturas de portas num período de 24 h depende
do número, tamanho e localização da porta ou portas, e da frequência e duração das
aberturas das portas. Uma vez que o efeito combinado de todos estes fatores varia
com a instalação individual e é difícil predizer com razoável exatidão, é prática geral
calcular a quantidade de troca de ar nas bases de experiência com aplicações seme-
lhantes. A experiência tem mostrado que, como uma regra geral, a frequência e
duração das aberturas de porta e, por isso, a quantidade de troca de ar, depende do -
volume interno do frigorífico e do tipo de uso. As Tabelas 10-7A e 10-7B registram
o número aproximado de trocas de ar por 24 h para vários tamanhos de frigoríficos.
Os valores dados são para uso médio (veja rodapé das tabelas). O Manual ASRE
define o uso médio e pesado como segue:
Uso médio inclui instalações não sujeitas a temperaturas extremas e quando a
quantidade de alimento guardada no refrigerador não é anormal. Refrigeradores de
confeitarias e clubes podem geralmente ser classificados sob este tipo de uso.
Uso pesado inclui instalações tais como aquelas de mercados movimentados,
cozinhas de hotéis e restaurantes, onde as temperaturas da câmara são próprias para
serem elevadas, quando os períodos de grande movimento estabelecem cargas pesa-

292

Material com direitos autorais


TABELA 10-6A Btu por Pé Cúbico de Ar Removido em Frigorífico
para Condições de Armazenamento Acima de 30
- e. — > ee

Temperatura de Entrada de Ar, ºF


85 90
Câmara de -
Armazenagem, Umidade Relativa do Ar Interior, %
Temp.ºF so 60 70 50 60 70 50 60 50

65 0.65 O8S 112 0.93) 117 1.44 HIS 1.54 1.58


60 0.85 1.03 1.26 1.13 1.37 1.64 “44 1,74 1.78
55 1.12 1.34 1.57 1.41 1.66 1.93 ts 20 2.06
50 1.32 1.54 1.78 1.62 1.87 2.15 1.93 2.22 2.28
45 1.50 1.73 1.97 1.80 206 2.34 ga? MZ 2.47
40 1.69 1.92 2.16 2.00 2.26 2.54 2.31 262 207
35 1.86 2.09 2.34 2.17 2.43 dota 2.49 2.179 2.85
30 200 224 249 2.26 253) 28 2.64 294 2.95
se a. a — - <a as = a ut —. - = =.

Reimpresso do Refrigeration Engineering Data Book, por cortesia da Sociedade Americana de


Engenheiros de Refrigeração.

TABELA 710-6B Btu por Pé Cúbico Removido em Frigorífico para


Condições Abaixo de 30
Temperatura de Entrada de Ar, po o

Câmara de
Armazenagem, Umidade Relativa do Ar Interior, %
Temp. ºF 70 80 70 80 50 60 50 60 50 60

JM) 0.24 0.29 0.58 0.66 2.26 25: 2.95 3.35


23 0.41 0.45 0.75 0.83 2.44 2.71 3.14 3,54
20 0.56 0.61 0.91 0.99 2.62 2.90 3.33 3.13
15 0.71 0,75 1.06 1.14 2.80 3.07 3.51 3.92
IO 0.85 0.89 1.19 1.27 2.93 3.20 3.64 4.04
5 “0.98 1.03 1.34 1.42 3.12 3.40 31.84 4.27
O RE 1.17 1.48 1.56 3.28 3.56 4.01 4.43
— S 1.23 1.28 1.59 1.67 3.41 3.69 4.15 4.57
— 10 1.35 1.41 1.73 1.81 3.56 3.85 431 4.74
— 15 1.50 1.53 1.85 1.93 3.67 3.96 4.42 4.86
— 20 1.63 1.68 2.01 2.09 3.88 4.18 4.66 Sao
— 5 1.77 1.80 doa 2.24 4.00 4.30 4.78 3.21
— MO 1.90 1.95 3 9
2.38 4.21 4.51 5.00 5.44
o.

Reimpresso do Refrigeration Engineering Data Book, por cortesia da Sociedade Americana de


Engenheiros de Refrigeração.

293
TABELA 10-7A Média de Trocas de Ar por 24 Horas para Câmaras
de Armazenamento
acima de 32 º F devido à Abertura
de Porta
e Infiltração
(Não aplique para câmaras que usam dutos de ventilação ou grades)
Trocas Trocas Trocas Trocas
Volume em deAr | Volumeem deAr | Volumeem deAr | Volumeem dear
Pés Cúbicos por 24h | Pés Cúbicos por 24 h | Pés Cúbicos por 24 h | Pés Cúbicos por 24h
250 38.0 1,000 17.5 30,000 2.7
300 34.5 1,500 14.0 40,000 2.3
400 29,5 2,000 12.0 50,000 2.0
500 26.0 3,000 9.5 75,000 1.6
600 23.0 4,000 8.2 100,000 1.4
800 20.0 5.000 Toe

Nota: Para câmara de armazenagem com antecâmaras, reduzir as trocas


de ar a 50% dos
valores na tabela.
Para uso de serviço pesado, adicionar 50% aos valores dados na tabela,
Do Manual ASRE, Volume de Projeto, Edição de 1949, por permissão da Sociedade Ameri-
cana de Engenheiros de Cator, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

TABELA 10-7B Média de Trocas de Ar por 24 Horas para Câmaras


de Armazenamento
abaixo de 32 º F devido à Abertura de Porta
e Infiltração
(Não aplique para câmaras que usam dutos de ventilação ou grades)
Trocas Trocas Trocas Trocas
Volume em deAr | Volumeem deAr | Volumeem deAr |Volumeem deAÃr
Pés Cúbicos por 24h |Pés Cúbicos por 24h |Pés Cúbicos por 24 h |Pés Cúbicos por 24h

250 29.0 1,000 13.5 5,000 5.6 25,000 E


300 26.2 1,500 11.0 6,000 5.0 30,000 k
400 22.5 2,000 93 8,000 4.3 40,000 1.8
500 20.0 2,500 8.1 10,000 3.8 50.000 1.6
600 18,0 3,000 7.4 15,000 3.0 75,000 :.3
800 15.3 4.000 6.3 20,000 2.6 100,000 1.1

Nota: (1)Para câmara de armazenagem com antecâmaras, reduzir as trocas de ar a 50% dos
valores na tabala.
Para uso de serviço pesado, adicionar 50% aos valores dados na tabela.
(2) Para câmaras de unidades de gaveta, duplicar os valores da tabela acima.
Do manual ASRE, Volume de Projeto, Edição de 1949, por permissão da Sociedade Ameri-
cana de Engenheiros de Calor, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

294

Material com direitos autorais


das sobre o refrigerador, e quando grandes quantidades de alimentos quentes são
muitas vezes nele colocadas.*

Exemplo 10-7 Um frigorífico móvel de 8 pés X 15 pés X 10 pés de altura é cons-


truído de 4 pol de placa de cortiça com 1 pol de madeira em cada lado. À tempe-
ratura exterior é de 95 ºF e a umidade é 50%. O frigorífico é mantido a 35 º“F e o
uso é médio. Determine a carga de troca de ar em Btu por 24 h,
Solução: Uma vez que as paredes do frigorífico são aproximadamente de 6 pol de
espessura, as dimensões internas são de 1 pé menos que as dimensões externas
(7 pés X 14 pés X 9 pés), de modo que o volume interno é 882 pés”. Da Tabela
IO-7A por interpolação, o número de trocas de ar por 24 h para um volume de Fri-
gorífico de 900 pés? é 19, e da Tabela 10-6A, o fator de troca de ar é 2,49 Btu/pé”.
Carga de troca de ar
= volume interno X trocas dear X fator de troca de ar
= (882)(19) (2,49) = 41] 700 Btu/24 h

10-15. Calculando a Carga de Produto


Quando um produto entra num espaço de armazenagem a uma temperatura acima
da temperatura do espaço, o produto cederá calor ao espaço até resfriar até a tem-
peratura do espaço. Quando a temperatura do espaço de armazenagem é mantida
acima da temperatura de congelamento do produto, a quantidade de calor cedida
por este no congelador para a temperatura do espaço, depende da temperatura do
espaço e da massa, do calor específico, e da temperatura de entrada do produto. Em
tais casos, o rendimento de calor do espaço do produto é calculado pela seguinte
equação:
= (m)(c) (47) (10-7)
onde: Q = à quantidade de calor em Btu
m = massa do produto (libras)
c = ao calor específico sobre o congelamento, Btu/(Ib) (CF)
AT = à troca na temperatura do produto (ºF)

Exemplo 10-8 Sete mil e quinhentas libras de carne de vaca fresca entram num
refrigerador a 102 ºF e são esfriadas a 45 “F cada dia. Determine a carga do pro-
duto em Btu por 24 h.
Solução: Da Tabela 10-10, o calor específico da carne sobre o congelamento é 0,75
Btu/lb ºF. Aplicando a Equação 10-7,

Carga do produto = (7500)(0,75) (102- 45)= 320 600 Btu/24 h


sl mdf o mio o nao o1 o 0 li—

* The Refrigerating Data Book, Volume Básico, Sociedade Americana de Engenheiros de


Refrigeração, 1949 — Nova Torque, p. 327.

295
Observe-se que nenhum elemento de tempo é inerente na Equação 10-7 e que o
resultado obtido é meramente a quantidade de calor que o produto cederá na refri-
geração à temperatura do espaço. Contudo, dado que no Exemplo 10-8 o produto
é para ser congelado em um período de 24 h, a quantidade de calor resultante repre-
senta a carga do produto para um período de 24 h. Quando o tempo de refrigeração
desejado é inferior a 24 h, a carga de produto equivalente para um período de 24 h
é determinada dividindo-se a quantidade de calor pelo tempo de congelamento
desejado para o produto obter a taxa a cada hora de congelamento e então, multi-
plicando o resultado por 24 h para determinar a carga de produto equivalente para
um período de 24 h, Quando ajustada para incluir estes dois fatores, a Equação
1O-7 é escrita:

(tm) (c) (TD) (24= h) — (10-8)


tempo de congelamento desejado (h)

Exemplo 10-9 Determine a carga do produto em Btu por 24 h considerando que


a came de vaca descrita no Exemplo 10-8 é esfriada em 20 h, em vez de em um
período completo de 24 h.
Solução: Aplicando a Equação 10-8,

(7500) (0,75) (102 - 45) (24 h)


Carga do produto =
20 h
= 384750 Btu/24 h

10-16. Fator de Velocidade de Resfriamento


Durante a parte inicial do período de resfriamento, a Btu por carga de hora no equi-
pamento é consideravelmente maior que a média frequente da carga do produto
como calculada nos exemplos anteriores. Por causa da grande diferença de tempera-
tura existente entre o produto e o ar do espaço no início do período de resfria-
mento, a velocidade de resfriamento e a carga do produto tendem a se concentrar
na parte inicial do período de resfriamento (Secção 9-23). Portanto, a seleção do
equipamento é baseada na hipótese de que a carga do produto é distribuída igual-
mente no período completo de resfriamento, o equipamento selecionado geral-
mente terá capacidade insuficiente para carregar a carga durante os estágios iniciais |
de resfriamento, quando a carga de produto está num ponto culminante.
Para compensar pela distribuição desigual da carga de resfriamento, um fator de
velocidade de resfriamento, é algumas vezes introduzido no cálculo da carga de
resfriamento. O efeito do fator da velocidade de resfriamento, é aumentar o cálculo
da carga do produto de uma quantidade suficiente para fazer a média horária da
velocidade de resfriamento aproximadamente igual à carga horária em condições
culminantes. Isto resulta na seleção de equipamento maior, que possua capacidade
suficiente para carregar a carga durante a fase inicial de resfriamento.
Os fatores de regime de resfriamento para produtos variados estão enumerados
nas Tabelas 10-8 a 10-11. Os fatores dados nas Tabelas são baseados em testes

296

Material com direitos autorais


| ABELA 10-8 Dados de Projeto para Armazenagem de Frutas
DADOS DE 2
RESFRIAMENTO |: F ;
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De Carrier Design Data. Reproduzido por permissão da Corporação Carrier.


TABELA 10-9 Dados de projeto para armazenagem de vegetais
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total de resfriamento, Como um exemplo, os resultados dos testes mostram que nas
operações típicas de resfriamento de carne de vaca e de porco, o regime de resfria-

298
TABELA 10-9 (Continuação)
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De Carrier Design Data. Reproduzido por permissão da Corporação Carrier.

mento é 50% maior durante a primeira metade do período de resfriamento do que


o regime médio de resfriamento para o período inteiro. O cálculo sem o fator de
taxa de resfriamento poderá, naturalmente, mostrar o regime médio de resfriamento
para o período inteiro. Para obter este regime durante o período inicial de resfria-
mento, ele deve ser multiplicado por 1,5. Por conveniência, os fatores de regime de
resfriamento são dados nas Tabelas de forma recíproca e são usados no denomi-

299
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De Carrier Design Data.


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150
159

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as

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com
Material
aaa para armazenagem variada

por permissão da Corporação Carrier.


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Dados

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De Carrier + Data.
10-11
TABELA Epp e has Mal fa ojetis! |
E E 5 45 É dl RGE gi s21 | :ê as : did e :
Sli ER PoRERE OHE disso fria au
nador da equação. Assim, o fator de regime de resfriamento para carne de vaca,
como mostrado na Tabela, é 0,67 (1/1,5).
Quando o fator do regime de resfriamento é usado, a Equação 1 0-8 é escrita:

O e mem AO MD - (10.9)
(tempo de resfriamento) (fator de regime de resfriamento)

Exemplo 10-10 Recalcule a carga do produto descrita no Exemplo 10-9 aplicando


o fator de velocidade de resfriamento apropriado,

Solução: Da Tabela 10-10, o fator da velocidade de resfriamento para o caso de


carne de vaca é 0,67. Aplicando a Equação 10-9,

(7500) (0,75) (102 - 45) (24 h)


Carga do produto =
(20 h) (0,67)

= 574 250 Btu/24 h

Os fatores do regime de resfriamento do produto são, em geral, aplicados so-


mente para câmaras de resfriamento e não são usados normalmente em cálculo de
carga de produto para câmaras de resfriamento. Uma vez que a carga do produto
para câmaras de resfriamento representa geralmente só a pequena porcentagem da
carga total, uma distribuição desigual de carga do produto durante o período de
resfriamento comumente não causará sobrecarga do equipamento e/ou oscilações
inaceitáveis na temperatura do espaço, e por isso nenhuma correção deve ser feita
para esta condição.

10-17. Armazenagem e Congelamento do Produto


Quando um produto é para ser congelado e armazenado a alguma temperatura abai-
xo da sua temperatura de congelamento, a carga do produto é calculada em três
partes:

|. Calor cedido pelo produto em resfriamento, da temperatura de entrada para


sua temperatura de congelamento.
2. O calor cedido pelo produto em solidificação ou congelamento,
3. O calor cedido pelo produto em resfriamento de sua temperatura de congela-
mento para a temperatura final de armazenagem.

O método de determinação da carga do produto resultante da redução da tempe-


ratura (partes 1 c 3) já foi estabelecido. A carga do produto resultante do congela-
mento (parte 2) é calculada pela seguinte equação:

Q = (m)(h,) (10-10)

302

Material com direitos autorais


onde: m = à massa do produto em libras
hi = aocalor latente do produto em Btu por libra
Quando o resfriamento e o congelamento são completados num período de 24 h,
a soma das três partes representa a carga do produto para 24 h. Quando o tempo de
resfriamento e congelamento desejado para o produto é inferior a 24 h, a soma das
três partes é dividida pelo tempo de processamento desejado e então multiplicado
por 24 h, para determinar a carga do produto equivalente a 24 h.

Exemplo 10-11 Cingiúenta libras de came de ave entram no resfriador a 40 ºF e


são congeladas e resfriadas a uma temperatura final de -S “F para armazenagem em
12 h. Determine a carga do produto em Btu por 24 h.
Solução:
Da Tabela 10-10,
O calor específico sobre v congelamento 0,79 Btu/lb “F
O calor específico abaixo do congelamento 0,37 Btu/lb ºF
O calor latente 106 Btu/lb
A temperatura de congelamento 21 ºF
Resfriar a carne de ave da temperatura de entrada
para a temperatura de congelamento, aplicando a
Equação 10-7 (500) (0,79) (40 - 27)
$135 Btu
Congelar, aplicando a Equação 10-10 (500) (106)
= 53000 Btu
Resfriar da temperatura de congelamento para
a temperatura final de armazenagem, aplicando
a Equação 10-7 500 X 0,37
X [27-(-5)]
5920 Btu
Calor total cedido pelo produto (soma de 1,2 € 3) 64.000 Btu

A carga do produto equivalente para um perícdo 64 000


X 24
de 24 h Btu/24 h ——
— —uu “ . ad das cris mio om pm o id og
cmiO a

2 h
128 000 Btu/24 h
ii

10-18. Calor de Respiração


Frutas e vegetais estão ainda vivos depois da colheita e continuam a experimentar
mudanças enquanto armazenados. A mais importante destas mudanças é produzida
pela respiração, um processo durante 0 qual o oxigênio do ar se reúne com os carbo-
hidratos no tecido da planta c resulta no desprendimento de dióxido de carbono e

303

Material com direitos autorais


TABELA 10-12 Calor de Reação de Frutas e Vegetais
o ees ms a

FRUTAS VEGETAIS
Géneros de 1º Temperatura Bru por h Géneros de 1º Temperatura Eree quo dr
Necessidado em "F por Ib Necessidade em F por Ho

Maçãs
Asoarcos q 0
32 ua 40 | no
Feiões, Lima Wu +70
ac tas ia aa so ac Eae Ds ao Ao
Damascos Feições, fava 32 999
40 | 149
e O | SW 4m
, Beterrabas ! 2 055
Banana 40 Oss
Conserva so 150
Amadurecimento SR A a reter iate -— — rm é ums mm
| . a a trepolho) 40 095
A aim Couve io cep MR32 oo À om 059A
e e 40 05
Cerejas anca rama aeee 280
Couve-flor 2 059
e damaiças noi maias 0 095
Amoras me re NO A ARO
Cenouras | 32 045
49 07
“Tin O so 70
varas , CErenços: Amo REAR eERR OAPs E
SO Sos rd
059
Froscas 40 095

AMD A ARO
Toraria Milho, Doce 7 015
ti 10 NO
Pepinos 028
Z 4!
Uvas e 3
Chicória rasas RE 200
Allace 240
Mia sum o
Limões o E [1] o

Moldes 028
E pec fexceto OH
Limos Melões de Água) 75
Cogumelos no
ni AMO
Cebolas 08
Laranjas 039

e
a
Pastinaças
= 045
om
ea AO
Ervilhas IO
treme
te Peras Pimentas
ARO057
o MO
aan Batatas mM Olé
Ameixas 40 o
o 70 eU
e " Espinafro No 0 N o 200)
Marmelos Botata Doce o o rom
Tomates
De e (Verdos) 60 RE
Moiigói (Maduros)
Nabos
MORn 040
“0 050

De Carrier Design Data. Reproduzido por permissão da Corporação Carrier.

AMA
calor. O calor desprendido é chamado calor de respiração e deve ser considerado
como uma parte da carga do produto onde quantidades consideráveis de frutas e/ou
vegetais são mantidas em armazenagem a temperaturas acima da temperatura de
congelamento. A quantidade de calor que se desprende do processo de respiração
depende do tipo e temperatura do produto. O calor de respiração para várias frutas
e vegetais é registrado na Tabela 10-12.
Uma vez que o calor de respiração é dado em Btu por libra por h, a carga do
produto proveniente do calor de respiração é determinada multiplicando a massa
total do produto pelo calor de respiração conforme dado na Tabela 10-12, isto é,

OQ (Btu/24h) = massa do produto (lb)


X calor de respiração (Btu/lb/h) X 24h (10-11)

10-19. Recipientes e Materiais de Embalagens


Quando um produto é resfriado em recipientes, tal como leite em garrafas ou paco-
tes de papelão, ovos em engradados, e frutas e vegetais em cestas e em fardos, o

TABELA 10-13 Calor Equivalente de Motores Elétricos


Btu/CV-h

Perdas Carga
Carga do Motor Conjugada
Conjugada no Espaço no Espaço
Motor no Espaço Refrigerado Refrigerado
CV Refrigerado! Exterior? Exterior”

1/8 até 1/2 4250 2545 1700


1/2 até 3 3700 2545 1150
3 até 20 2950 2545 400
E = E

* Para usar quando tanto o rendimento útil quanto as perdas do motor são dissipados dentro
do espaço refrigerado; ventiladores de acionamento de motores para frigoríficos com unidades
de circulação forçada.
Para usar quando as perdas do motor são dissipadas para o exterior do espaço refrigerado c
o trabalho útil do motor é gasto dentro do espaço refrigerado; bomba de um sistema de circula-
ção de salmoura ou sistema de água gelada, motor do ventilador localizado externamente no
espaço refrigerado movimentando o ar circulante dentro deste.
3 Para usar quando as perdas de calor do motor são dissipadas dentro do espaço refrigerado €
o trabalho útil gasto no exterior refrigerado; o motor no espaço refrigerado movendo a bomba
ou ventilador localizado no exterior do espaço.
Do Manual ASREK, Volume de Projeto, Edição 1949, com permissão da Sociedade Ameri
cana de Engenheiros de Calor, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

305

Material com direitos autorais


calor cedido pelos materiais de recipientes e embalagens resfriando da temperatura
de entrada para a temperatura do espaço, deve ser considerado como uma parte da
carga do produto (veja Exemplo 10-15).

10-20. Cálculo da Carga Mista


A carga mista consiste principalmente de calor cedido por pessoas trabalhando e por
luzes e motores elétricos que funcionam no espaço. O calor cedido por luzes é 3,42
Btu/watt h. O calor cedido por motores e por pessoas trabalhando no espaço é regis-
trado nas Tabelas 10-13 e 10-14, respectivamente.

TABELA 10-14 O Equivalente do Calor de Ocupação


Temperatura
de Refrigeração Equivalente de Calor/Pessoas
F Btu/h
50 720
40 840
mM 950
20 1050
IO 1200
Ú 1300
— |() 1400

Do Manual ASRE, Volume de Projeto, Edição 1949, por permissão da Sociedade Americana
de Engenheiros de Calor, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

Os cálculos seguintes são feitos para determinar o rendimento de calor de varie-


dades:
Luzes: Wattagem X 3,42 Btu/watt h X 24 h
Motores elétricos: fator (Tabela 10-13) X potência X 24 h
Pessoas: fator (Tabela 10-14) X número de pessoas X 24 h

10-21. Uso do Fator de Segurança


À carga térmica total para um período de 24 h é a soma dos ganhos de calor como
calculada nas secções que se seguem. É prática comum adicionar 5% a 10% para
este valor como um fator de segurança. À porcentagem usada depende da regulari-
dade da informação usada no cálculo da carga térmica. Como uma regra geral, é
usado 10%.
Depois que o fator de segurança foi adicionado, a carga de 24 h é dividida pelo
tempo de operação desejado pelo equipamento para determinar a carga média em
Btu por hora (veja Secção 10-2). A carga média horária é usada como base para a
seleção do equipamento.

306

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10-22. Cálculos da Carga por Método Rápido
Sempre que possível, a carga térmica deve ser determinada usando os processos
determinados nas secções precedentes deste capítulo, Contudo, quando os frigorí-
ficos são usados para armazenagem geral, a carga do produto é frequentemente
desconhecida e/ou varia um pouco de dia para dia, tanto que não é possível cal-
culá-la com total exatidão. Em tais casos, pode ser usado um método rápido de
cálculo de carga, o qual envolve o uso de fatores de carga que tenham sido determi-
nados experimentalmente. Quando se emprega o método de cálculo rápido, a carga
total do frigorífico é dividida em 2 partes: (1) a carga de rendimento da parede
e (2) a carga de uso ou serviço.
A carga de rendimento da parede é calculada como traçada na Secção 10-13. A
carga de uso é determinada pela seguinte equação:

Carga de uso = volume interno X fator de uso (10-12)

Observe-se que os fatores de uso registrados na Tabela 10-15 variam com o volu-
me interno do refrigerador e com a diferença de temperatura entre as partes interna
e externa do refrigerador. Também, é feita uma concessão para uso pesado e nor-
mal, Os usos pesado e normal já foram definidos na Secção 10-14. Não é usado
nenhum fator de segurança quando a carga térmica é calculada pelo método rápido.
A carga térmica total é dividida pelo tempo de funcionamento necessário para o
equipamento para determinar a carga média horária usada para selecionar o equipa-
mento (veja Exemplo 10-13).

Exemplo 10-12 Um refrigerador móvel de 18 pés X 10 pés X 10 pés de altura,


tem 4 pol de isolamento de placa de cortiça e 1 pol de madeira em cada lado
(a espessura total da parede é 6 pol). À temperatura fora do refrigerador é 85 ºF.
Três mil e quinhentas libras de vegetais vários são resfriados a 10 “F para tempera-
tura de armazenagem cada dia. Determine a carga térmica em Btu por hora bascada
num tempo de operação de 16 h/dia, para o equipamento. A temperatura interna
é 40 ºF. O uso é pesado.

Solução:
Área de superfície externa = 4X 18 pésX 10 pés
= 720 pés
= 2X 10 pés X 10 pés
= 200 pés?
920 pés”

Volume interno (desde que a espessura total da parede seja 6 pol, as dimensões
internas são 1 pé inferiores às dimensões externas)

= 17pésX 9pés X 9pés= 1377 pés

307
TABELA 10-15 Rendimento de Calor de Uso
o — O am —- - ———. — e —

Dif. de tem tem amb. menos temp. da câmara de armaz.


Volume ve Serviço” nm ——e —— — e o — cmo np. — mm nus img F
1 | “0 so ss s0 | 65 70 75 so | 90 100

2º Médio 1.68 | 187 2m 258 agi [us [us fas fuma (ua 408

| Pesado 5.51 2) HU Ms REU 458 | 480 | UI Mm 496 551


30 Médio ado | 142 165 182 18 “15 241 “18 261 “7 RR
| Pesado 156 (is? [om | 251 sa log lato lag las Jão 150
so Médio 2.28 ul LH 16 LI LS 160) It 182 MM | 228
Pesado 4.55 | 142 177 ps 213 24 eua | 247 281 | 4 s55

75 Médio 1.85 74 3 | ns mu EO RU 4 | 118 167 185


Pesado 28s | 115 141 158 174 183 | Ju 210 24) “5 +58
100 Médio 1.61 1 81 st q 105 Hs 121 | 1) | 115 161
Pesatio 2.52 | ul 124 1:38 151 pt 176 JR MI) 27 254
200 Médio | 138 | 55 89 Tú E, “o 7 ta Ho EM 148
Pesado 2. |) Ha 122 133 Ha 155 | 164 ES [200 222

300 Médio nao 52.0 65 71.5 78 81.5 | 9 07.5 | 01 | 17 50


Pesado US | 4.2 | 01 mm 125 145 Ho 150 166 187 ZUM
400 Médio | EM | 49.0 | 62 2 | TA4( so) BOS| vo 2 | 124
Pesado sms 78.1 UM 18 LS LIM Eh 117 157 Hu 1a
500 Médio 12H 48.1 0.5 0.6 ol WRTLSMTLMTI MSI) E
Pesado 1.87 71.4 84.5 Hi 12 14 | 14 | Ho 150 1us 187
000 édio 1.17 46.8 58 5 mm 70 70 | 8 Kg nm 15 117
esado Leo boo [es [im Me fao fas Jum (ais | tar IK5
800 Médio E Ma 55.5 (1.1 vos T2vl TrTl mis) SAI RE
Pesado |.7U TU 4 sr 0 mos | um H5 14 pt HH 158 HO
1000 Médio 1.10 1.0 05.0 (4.5 ui 71.5 Ri R3.5 ss mo HO
Pesado 1.67 06 4 R+.5 so [Io jm HZ 135 RE 154) 157

| 200 édio O | MOR UR 54.7 MTha TA GTA TT) TO) BM. 99.5
esado 1.58 | 04,2 To | ROM | 8 | os ta tro 126 2 158
1 500 édio NO | 46.8 46.0 o. 5.2 | MES| 644) q 74.6 | 82,8 2
esado 1.50 0.0 75.0 Nos O.0 | v7.5 | 05 ER [20 RO 150
2 000 Médio as | 444 41.8 15.9 Mila) ss) w7TI| amas] 75.2 R1.5
Armazenagem | .775 | MO us 8 12.6 ses 504 | 514 | 58141) q2 61.8 77.5

3 000 Médio 750 | 30.0 7.5 13 SOL ASSIS) MZ) 0] 07.5 75.0
Armazenagem 516 24.0 Sm 41.7 44.6 tr.4 ur 4 .u 44.4 54.8 57.0
5 000 Armazenagem | Mi | 16.1 2 22.2 Melmelmlms) nz) mas 40,3
7 500 Armazenagem | 5 | 122 15.4 16.8 IS. 4 JO SI 24) DD) MA) 27.5 v0.5
10 000 Armazenagem | .210 0.0 12.0 11.2 Malisoltslisol tozi 216 24.0

20 000 Armazenagem 187 7.48 945 10,3 11.2 ee to 1 14.0 15.0 ló 8 18.7
50 000 Armazenagem | .I78 7 8.90 ol mTi mel sl mal Mmzlmo 7.
75 000 Armazenagem | .170 7.04 8 RO MOS OG MSL RS) MA 15.8 17.06
100 000 Armazenagem | .17) 0.92 8 65 o, 58 DAL mz nal mol ISA | 15.6 17.3
O mm am — ee. o am a — —— — — o. — —- == ue a a e — — —

» Para serviço pesado e médio, a carga do produto é bascada na entrada do produto a io graus
acima da temperatura do refrigerador; para armazenagem longa, a temperatura de entrada é
aproximadamente igual à temperatura do refrigerador.
Onde a carga do produto não é a de costume, não usc esta Tabela.
Do Manual ASHRAE, Volume de Fundamentos, Edição 1972, por Permissão da Sociedade
Americana de Engenheiros de Calor, Refrigeração c Condicionamento de Ar.

Fator de rendimento da parede (Tabela 10-16)


(45 ºF DT e isolamento4 pol) 81 Btu/(pés?) (24 h)
Trocas de ar (Tabela 10-7A) (por interpolação) = 149em24h
Rendimento de calor por pé cúbico de ar
(Tabela 10-6A) (50% UR) = 1,69 Btu/pés”
Calor específico de vegetais mistos (Tabela 10-9) = 0,9 Btu/lb ºF

308
autorais
direitos
com
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Material
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Calor médio de respiração de vegetais
(Tabela 10-12) = 0,09 Btu/lb h
Carga de rendimento da parede:
Área X fator de rendimento da parede
= 920 pés? X 81 Btu/(pés?) (24 h)
= 74 500 Btu/24h
Carga de troca de ar:
Volume interno X trocas de ar X fator de troca de ar

= 1377 péscúbicos X 14,9 X 1,69 Btu/pé cúbico


= 34 700 Btu/24 h
Carga do produto:
Redução de temperatura = mXcxar
= 3500 |b X 0,9 Btu/lb “CF X 10ºF
= 31 500 Btu/24 h
Calor de respiração |
Massa X calor de reação X 24h
3500 Ib X 0,09 Btu/(lb)(h) X 24h
= 7600 Btu/24 h

Adição: 148 300 Btu/24 h


Fator de segurança (10%) = 14800 Btu
Carga térmica total = 163 100 Btu/24 h
Capacidade térmica requerida - Carga térmica total
(Btu/h) Tempo de funcionamento desejado

163 100 Btu/24 h


16h

= 10 200 Btu/h

Exemplo 10-13 Recalcule a carga de refrigeração do frigorífico descrito no Exem-


plo 10-12 usando o cálculo de forma resumida.

Solução: Do exemplo 10-12, a área de superfície extema é 920 pés? e o volume


interno é 1 377 pés”. Da Tabela 10-16, o fator de rendimento da parede é 81 Btu/
(pés?) (24 h) e da Tabela 10-15, o fator de uso por interpolação e considerando
uso pesado a 45 ºF DT é 69 Btu/(pés?) (24 h).
Carga de rendimento da parede = área X fator de rendimento da parede
= 920 pés? X 81 Btu/(pés”) (24h)
= 74 500 Btu/24 h

310

Material com direitos autorais


Carga de uso = volume interno X fator de uso
= 1377 pés” X 69 Btu/(pés”) (24 h)
= 95 000 Btu/24 h
Adição = 169 500 Btu/24 h
169 500 Btu/24 h
Capacidade de equipamento requerida = — eae

= 10 600 Btu/h

Exemplo 10-14 Um frigorífico de conservação de 18 pés X 30 pés X 12 pés de


altura é para ser usado para armazenagem a curto prazo de carne de vaca fresca.
Sete mil e quinhentas libras de came de vaca entram no frigorífico a 45 ºF e são
resfriadas à temperatura de armazenagem de 35 ºF cada dia. Todas as paredes são
divisões adjacentes aos espaços não acondicionados (90 ºF e 50% UR) exceto a
parede este (18 pés X 12 pés), que é adjacente a uma câmara de resfriamento man-
tida à mesma temperatura de projeto interior. A construção da parede é um bloco
de escória de 4 pol isolado com o equivalente de placa de cortiça de 4 pol. O piso,
localizado sobre um espaço não acondicionado, é uma laje de concreto de 5 pol iso-
lada com o equivalente de placa de cortiça de 4 pol e acabada com concreto de 3
pol. O teto, situado sob um espaço não acondicionado, é uma laje de concreto de.4
pol com dormentes de madeira e isolada com o equivalente de 4 pol de placa de cor-
tiça. Duas pessoas trabalham no espaço durante os períodos de carregamento, o
uso é médio, e a carga de iluminação é 500 W. Determine a capacidade do equipa-
mento requerida em Btu por hora, baseado num tempo de operação de 18h.

Solução: O fator U para o teto (Tabela 10-3) é 0,069 Btu/(h) (pé?) (ºF); para
o piso (Tabela 10-3), 0,066 Btu/(h) (pé?) (ºF); e para as paredes (Tabela 10-1),
0,066 Btu/(h) (pé?) (ºF). Dado que DT através de todas as paredes exceto da pa-
rede este, incluindo chão e teto, é o mesmo, e uma vez que a diferença de fatores
U na parede é pequena, as paredes podem ser agiomeradas juntas para cálculo. Não
há DT por entre parede este e consequentemente, nenhuma quantidade de calor
através da parede. A área de superfície externa das paredes, exceto a parede este,
é 2000 « O volume intemoé 5400 pés”,
o número de trocas
de ar por 24 h
(Tabela 10-7) por interpolação e considerando uso normal, é 6,9, e o fator de troca
de ar (Tabela 10-6) é 2,17 Btu/pé?. O calor específico (Tabela 10-10)é 0,75 Btu/
(1b) (ºF).

Carga de calor através da parede = (A)(U)(D) (24h)


= (2000) (0,067) (55) (24)
= 176 900 Btu/24 h
Carga de troca de ar = (volume interno) (trocas de ar) (fator
de troca de ar) ,
= (5400) (6,9) (2,17)
= 80 900 Btu/24 h
311

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Carga do produto = (m)(c)(4AT)
= (7500) (0,75) (10)
= 56 200 Btu/24 h
Carga variada
Pessoas = (2)(900) (24)
= 43 200 Btu/24 h
Luzes = (500 W) (3,4) (24)
= 40 800 Btu/24 h
Adição 398 000 Btu/24 h
Fator de segurança (10%) 39 800 Btu/24 h
Carga térmica total = 437 800 Btu/24 h
Capacidade de equipamento 437 800 Btu/24 h
requerida E
ARES
18h
= 24 300 Btu/h

Exemplo 10-15 Três mil caixas de maçãs são armazenadas a 35 ºF num refrige-
rador de armazenagem de 50 pés X 40 pés X 10 pés. As maçãs entram no refrigera-
dor a uma temperatura de 85 ºF e à taxa de 200 fardos diários, por causa dos 15
dias do período de colheita. As paredes, incluindo piso e teto, são construídas de
uma prancha de 1 pol de ambos os lados dos montantes de 2 X 4 e são isoladas com
3 5/8" de lã mineral. Todas as paredes são sombreadas e a temperatura ambiente é
85 ºF..O peso médio de maçãs por caixa de fardo é 59 Ib. Os fardos de caixa tém
um peso médio de 4,5 Ib e um valor de calor específico de 0,60 Btu/lb ºF. Deter-
mine a carga térmica média frequente baseada em um tempo de operação para o
equipamento de 20 h.

Solução: O cálculo da carga é feito para o carregamento máximo que ocorre no


décimo quinto dia. A área de superfície externa é 5800 pés? e o volume interno é
17 200 pés?. O fator U da parede da Tabela 10-2 é 0,072 Btu/(h) (pé?) (ºF). Da
Tabela 10-7A, por interpolação, o número de trocas de ar por 24 h para uso nor-
mal é 3,7,e o fator de troca de ar (Tabela 10-6A) é 1,86 Btu/pé”. Da Tabela 10-8,
o calor específico das maçãs é 0,89 Btu/(lb) (ºF), e o fator da taxa de esfriamento é
0,67. O calor de respiração da Tabela 10-12 por interpolaçãoé 0,023 Btu/(Ib) (h).
Carga de calor através das paredes (A) (CU (D) (24h).
(5800) (0,072) (50) (24)
501 100 Btu/24 h
Carga de troca de ar = (volume interno) (trocas de ar) (fator
de troca de ar)
= (17 200) (3,7) (1,86)
= 118 400 Btu/24 h
AT,
Carga do produto = mm E) 47 Zi
fator de taxa de resfriamento

Se

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“(200 X 59) (0,89) (50)
Maçãs
0,67
783 700 Btu/24 h

H
(200 X 4,5) (0,6) (50)
Caixas de fardo e dr ae —— — EGrs GU

0,67
= 40 300 Btu/24 h
Respiração = (m) (calor de reação) (24 h)
= (3000 X 59)(0,023) (24 h)
= 97700 Btu/24 h
Adição | 541 200 Btu/24 h
Fator de segurança (10%) 154 000 Btu/24 h
Carga térmica total 1 695 200 Btu/24 h
Carga térmica total
Carga média horária
ti

Tempo de operação

| 695 200 Btu/24 h
a es = —re.
em adm —

20 h
= 84 800 Btu/h

Exemplo 10-16 Vinte e duas mil libras de carne de ave preparada são congeladas
a jato em carros de mão por dia (24 h) num túnel de congelamento de 14 pés X
9 pés X 10 pés de altura (veja Fig. 10-4). A came de ave é resfriada a 45 “F antes
de entrar no congelador onde ela é congelada e sua temperatura abaixada para O ºF
para armazenagem, O consumo de luz é 200 watts. Os carros de mão carregam o
total de 1400 Ib de carne de ave diária e têm um calor específico de 0,25 Btu/lb/ºF.
As divisões adjacentes norte e este para a câmara do equipamento e vestíbulo são
construídas com telha de barro de 6 pol isoladas com placa de cortiça de 8 pol,
As divisões sul e oeste para o frigorífico de armazenagem são de telha de barro de 4
pol com isolamento de placa de cortiça de 2 pol. O telhado é uma laje de concreto
de 6 pol isolada com 8 pol de placa de cortiça e coberto com alcatrão, feltro e
pedregulho. O piso é uma laje de concreto de 6 pol isolada com 8 pol. de placa de
cortiça e acabada com 4 pol de concreto. O piso está sobre um espaço rasteiro ven-
tado. O telhado é exposto ao sol. O telhado do equipamento é bem ventilado,
tanto que a temperatura interior é aproximadamente igual à temperatura do ar livre
projetada para a região (92 “F). A temperatura projetada do interior, tanto para a
câmara de armazenagem como para o congelador, é O ºF. A temperatura do vesti-
bulo e umidade relativa são 50 “F e 70%, respectivamente, Determine a carga média
horária de refrigeração baseada em 20 h por dia de tempo de operação para o equi-.
pamento,

Solução:
Área de superfície externa

313
Telhado (9 pés X 14 pés) = 126 pés?
Piso (9 pés X 14 pés) = 126 pés?
Divisão N (9 pés X 10 pés) = 90 pés?
Divisão
& (14 pés X 10 pés) = 140 pés
Volume interno (8 pés X 9 pés X 13 pés) = 936 pés”
Fatores U
Telhado (Tabela 10-3) = 0,036 Btu/(h) (pé?) (ºF)
Piso (Tabela 10-3) = 0,035 Btu/(h) (pé?) (ºF)
Divisões N e E (Tabela 10-1) = 0,035 Btu/(h) (pé?) (ºE)
Fator solar do telhado (Tabela 10-5) = 20 ºF
Trocas de ar (Tabela 10-7B) = 14,0/2 por 24h
Fator de troca de ar (Tabela 10-6B) = 1,48 Btu/pé
Calor específico da carne de ave (Tabela 10-10)
Acima do congelamento = 0,79 Btu/lb ºF
Abaixo do congelamento = 0,37 Btu/lb ºF
Calor latente da came de ave (Tabela 10-10) = 106 Btu/lb
Temperatura de congelamento = 27ºF
Carga de calor através das paredes = (4) (U) (D) (24 h)
Telhado = (126) (0,036)
(92º + 20º) (24) = 12 200 Btu/24h
Piso = (126) (0,035)
(92º) (24) = 97%)%00 Btu/24h
Divisão N = (90) (0,035) (92º) (24) = 7000 Btu/24 h
Divisão E = (140) (0,035) (50º) (24) = 5 900 Btu/24 h
Carga de troca de ar = (volume interno) (trocas de ar) (fator
de troca de ar)
= (936) (7,0) (1,48)
= 9 700 Btu/24 h

314

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Carga do produto
Redução de temperatura
= (m)(c) (AT)
Carne de ave
= (22 000) (0,79) (45 - 27) 312 800 Btu/24 h
= (22 000) (0,37) (27 - 0) 219 800 Btu/24 h
Carros
= (1400) (0,25) (45 - 0) 15 700 Btu/24 h
Congelamento = (m) (Asp)
= (22 000) (106) 2 332 000 Btu/24 h
Carga variada
(luzes) = (150 W) (3,4) (24) 12 200 Btu/24 h
Adição = 2 927 300 Btu/24 h
Fator de segurança (10%)
"= 292 700 Btu/24 h
Carga térmica total
= 3220 000 Btu/24 h
Capacidade de equipamento necessária
3 220 000 Btu/24 h
161 000 Btu/h
20h

Exemplo 10-17 Quinhentos galões de sorvete parcialmente congelado a 25 ºF


entram numa câmara de solidificação de 10 pés X 15 pés X 9 pés cada dia. A solidi-
ficação é completada e a temperatura do sorvete é abaixada para - 20 ºF em 10 h.
As paredes, incluindo piso e teto, são isoladas com 8 pol de placa de cortiça e a
espessura total das paredes é 12 pol. À temperatura ambiente é 90 ºF e a carga de
luz é 300 watts. Considere que o peso médio do sorvete é 5 Ib por galão, o calor
específico médio abaixo do congelamento é 0,5 Btu/lb “F, e o calor latente médio
por libra é 100 Btu. Determine a carga média horária baseada sobre a operação
de 18h.

Solução;
Área de superfície extema 750 pés”
Volume interno
(8 pésX 13 pés
X 7 pés) 728 pés”
Fator de rendimento da parede
(Tabela 10-16) 99 Btu/(pés?) (24 h)
Trocas de ar (Tabela 10-7B)
(interpolada) 16,7 em 24 h
Rendimento de calor por pé cúbico
(Tabela 10-6B) (50% UR) 3,88 Btu/pés?
Carga de calor através das paredes:
área X fator de ganho da parede
= 750 X 99 74 250 Btu/24 h
Carga de troca de ar:

315

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volume interno X trocas
de ar X fator de troca de ar
= 728X 16,7 X 3,88 = 47170 Btu/24h
Carga do produto:
Redução de temperatura
- mXCXDTX 24h
tempo de esfriamento

- (500 X 5) X 0,5 X (25 + 20)X 24


10
= 135 000 Btu/24 h
Congelamento:
o m X calor latente X 24 h
tempo de congelamento
o (500 X 5) X 100 X 24h
—NW
= 600 000 Btu/24 h
Carga mista:
Iluminação: 300 watts X 3,4 X 24 h = 24480 Btu/24 h
Adição: 880 900 Btu/24 h
Fator de segurança (10%) = 88090 Btu
968 990 Btu/24 h
Carga média horária (968.990/18 h) = 53800 Btu/h

Exemplo 10-18 Um refrigerador de 10 pés X 12 pés X 9 pés de altura equipado


com quatro portas de vidro triplo de 2 pés X 3 pés é usado para armazenagem geral
numa armazenagem de víveres. O refrigerador é mantido a 35 ºF e a carga de ser-
viço é pesada. As paredes são isoladas com o equivalente de 4 pol de placa de cor-
tiça e a temperatura ambiente é 80 “F, Determine a carga térmica em Btu por hora
baseada num tempo de operação de 16 h.
Solução: A área do vidro é 24 pés? (4X 2X 3)e a área líquida da parede é 612 |
pés? (636 - 24). Da Tabela 10-16, o fator de rendimento da parede é 81 Btu/(pé?)
(24 h), e o fator para vidro triplo é 320 Btu/(pés*) (24 h). O volume interno é apro-
ximadamente 790 pés”, e (da Tabela 10-15) o fator de uso para um DT de 45 ºF e
uso pesado é 79 Btu/(pé?) (24 h).

Carga de ganho da parede


(área da parede) (fator de ganho da parede)
= (612)(81) = 49 570 Btu/24 h
(área do vidro) (fator do vidro)
= (24)(320) = 7680 Btu/24h

316

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Carga de uso
(volume interno) (fator de uso)
= (790)(79) 62 410 Btu/24 h
Carga térmica total 119 660 Btu/24 h
119 660 Btu/24 h
Carga média horária
16h
7 480 Btu/h

10-23. CÁLCULOS MÉTRICOS


Os exemplos seguintes mostram o uso de unidades métricas em cálculos típicos
de transmissão de calor.

Exemplo 10-19 Uma certa amostra de isolamento de * poliuretano tem uma condu-
tividade térmica (k) de 0,17 (Btu) (pol)/(h) (pé?) (CF). Determine o valor k em
unidades do Sistema intemscional

Solução: A condutividade térmica (k) tem unidades de (W) (m)/(m?) (CK). Por
cálculo matemático, esta fração reduz-se para W/(m) (CK). Aplicando o fator de
conversão da Tabela 1-1,

= (0,17) (0,1442285) = 0,0245 W/(m) (ºK)

Exemplo 10-20 Determine o regime de transmissão de calor em watts através de


uma secção de 8 m? de isolamento de poliuretano descrito no Exemplo 10-19, se a
espessura do isolamento for 10,16 em (4 pol ) e a diferença de temperatura entre
os dois lados for 14 ºC.

Solução: Do exemplo 10-19,k = 0,0245 WI(m)(ºK). Aplicando a Equação 10-2,

0,0245
0 =(4) > (h-T)= Gm) 0,1016
(14º)= 27W
Exemplo 10-21 Da Tabela 10-4, o coeficiente de convecção para a superfície de
uma parede externa com uma velocidade de vento de 7,5 m/h (3,35 m/s) é 4 Btu/
(h) (pé?) (ºF). Determine o valor do coeficiente de convecção em unidades do Sis-
tema Internacional,

Solução: Aplicando o fator de conversão da Tabela 1-1,

C(fo) = (4)(5,678) = 22,7 W/(m?) (ºK)

Exemplo 10-22 O telhado de uma construção de 8 m por 10 m tem um valor U

317
de 0,047 Btu/(h) (pé?) (ºF). Se a diferença de temperatura é 52 ºC, determine o
rendimento de calor através do telhado em watts,

Solução: Usando o fator de conversão da Tabela 1-1,

U = (0,047)(5,678) = 0,267 Wi(m*)(ºK)

Aplicando a Equação 10-2,

Q = (80m?)(0,267)(52º) = 1,11 kW
Problemas Usuais
10-1 Determine o valor de € para uma espessura de 4 ue de um material de
isolamento tendo um valor k de 0,24 (Btu) (pol)/(h) (pé?) (ºF).
10-2 Supondo uma velocidade de vento de 7,5 m/h, calcule o valor de U para
uma parede construída de tijolo de barro vazado de 8 pol isolada com 6 pol
de espuma de poliuretano e acabada no interior com 0,5 pol de reboco de
cimento.
10-3 Uma parede de refrigerador de 10 pés por 18 pés é isolada com o equiva-
lente de 3 pol de poliestireno expandido. Determine o ganho de calor atra-
vés da parede em Btu por 24 h se a temperatura interna for 37 ºF e a tem-
peratura externa for 78 ºF.
10-4 Um refrigerador é equipado com oito portas de vidro de vidraça tripla me-
dindo cada uma 2 pés por 2,5 pés. Determine o ganho de calor de condução
através das portas em Btu por hora, se a diferença de temperatura entre o
interior e o exterior for 40 F.
10-65 À parede norte de um depósito de armazenagem fria é de 12 pés por 60 pés
e é construída de 8 pol de tijolo de barro vazado isolado com 6 pol de pla-
ca de cortiça. A temperatura de projeto interna local é - 10 ºF, Determine
o ganho de calor através da parede em Btu por 24 h,
10-6 Um depósito de armazenagem fria tem um telhado plano de 30 pés por 50
pés, construído de 4 pol de concreto coberto com alcatrão e pedregulho
e isolado com o equivalente de 4 pol de placa de cortiça. Se o telhado é
descoberto e o interior do depósito é mantido a 35 “F, determine o ganho
de calor através do telhado em Btu por hora.
10.7 O piso da câmara de armazenagem fria descrito no Problema 10-6 consiste
de uma laje de concreto de 2 pol isolada com o equivalente de 3 pol de
placa de cortiça e acabado com 2 pol de concreto. Determine o ganho
de calor através do piso em Btu por hora.
10-8 Uma câmara de armazenagem frigorífica tem um volume interior de 2000
pés* e é mantida a uma temperatura de - 10 ºF. O uso é leve, e as condições
de projeto externo (antecâmara) são 50 ºF e 70% UR. Determine a carga de
troca de ar em Btu por 24 h.

318

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10-9 Cinco mil libras de carne de vaca sem gordura, entram numa câmara de
esfriamento a 100 ºF e são esfriadas a 38 ºF em 24 h. Determine a taxa
de esfriamento em Btu por 24 h.
10-10 Quatro mil libras de feijões verdes embaladas em cestas (32 Ib por cesta)
entram numa câmara de esfriamento a uma temperatura de 80 ºF e são
esfriadas a uma temperatura de 33 “F em 20 h. As cestas vazias têm um
peso de 3 Ib e um calor específico de 0,6 Btu/(lb) (ºF). Calcule a carga do
produto em Btu por 24 h.
10-11 Seiscentas libras de carne de vaca preparada e embalada, entram num conge-
lador à temperatura de 36 ºF. A carne de vaca é para ser congelada e sua
temperatura reduzida para O ºF em 5 h. Determine a carga do produto.
10-12 Cinco mil e quinhentos engradados de maçãs estão em armazenagem a
37 ºF. Um adicional de 500 engradados entra no frigorífico de armaze-
nagem a uma temperatura de 85 ºF e é esfriado à temperatura de armazena-
gem em 24 h. O peso médio de maçãs por engradado é 60 Ib, O engradado
tem um peso de 10 Ib e um calor específico de 0,6 med (ºF). Determine
o produto em Btu por 24 h.
10-13 Um frigorífico de 8 pés por 16 pés por 9 pés de altura, equipado com 12
portas de vidro triplo de 2 pés por 2 pés,é usado para armazenagem geral
num shopping-center (uso pesado). As paredes são isoladas com 2 pol de
poliestireno expandido (equivalente a 3 pol de placa de cortiça) e o refrige-
rador deve ser mantido a 35 “F. Determine a carga térmica em Btu por ho-
ra bascada num tempo de operação de 16 h se a temperatura ambiente for
75 ºF.

Problemas Métricos
10-14 Uma certa amostra de isolamento de em De tem uma condutividade
térmica (k) de 0,2 (Btu) (pol)/(h) (pé*) (ºF). Determine o valor de k em
unidades do Sistema Internacional.
10-15 Determine o regime de transmissão de calor em watts através de uma secção
de 32 m” do isolamento de poliestireno descrito no Problema 10-14, se a
espessura do isolamento for 0,1525 m e a diferença de temperatura entre os
dois lados for 60 “C.
10-16 Da Tabela 10-4, o coeficiente de convecção para uma superfície de parede
externa com uma velocidade de 15 m/h (6,7 m/s) é 6 Btu/(h) (062) (ºF).
Determine o valor do coeficiente de convecção em unidades do Sistema
Internacional.
10-17 A parede de uma construção de 3,5 m por 8 m tem um valor U de 0,032
Btu/(h) (pé?) (CF). Se a diferença de temperatura for 60 “ºC, calcular o ganho
de calor através da parede em watts.

319

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11
EVAPORADORES
| N-1. Tipos de Evaporadores
Um evaporador é qualquer superfície de transmissão de calor na qual o líquido volá-
til é vaporizado com o objetivo de remover calor de um espaço ou produto refrige-
rado. Por causa das muitas e diversas aplicações de refrigeração mecânica, os evapo-
radores são fabricados em uma grande variedade de tipos, formas, tamanhos e pro-
jetos, e podem ser classificados em um número de diferentes modos, tais como tipo
de construção, método de alimentação dos líquidos, condição de operação, método
de circulação de ar (ou líquido), tipo de controle de refrigerante, e aplicação.

11.2. Tipos de Construção


Os três tipos principais de construção de evaporador são: (1) de tubo liso, (2)
de evaporador de placa, e (3) com aletas. Os evaporadores de tubo liso e de placa,
são algumas vezes classificados junto com os evaporadores de superfície primária,
nos quais a superfície inteira de ambos estes tipos está mais ou menos em contato
com o refrigerante vaporizante interior. Com o evaporador com aletas, os tubos que
transportam o refrigerante são a única superfície primária. As próprias aletas
não são carregadas com refrigerante e são, por isso, somente superfícies de trans-
missão de calor secundário, cuja função é captar calor do ar ambiente e conduzi-lo
para os tubos que transportam refrigerante.
Mesmo que os evaporadores de superfície primária de ambos os tipos, tubo liso
e de placa, prestem serviço satisfatório numa larga variedade de aplicações, ope-
rando em qualquer faixa de temperatura, são mais frequentemente utilizados para
aplicações dc resfriamento de líquido e aplicações de refrigeração de ar onde a
temperatura do espaço é mantida abaixo de 34 ºF e o acúmulo de gelo na superfície
do evaporador não pode ser facilmente evitado. O acúmulo de gelo no evaporador
de superfície primária não afeta tanto a capacidade do evaporador como afeta as
serpentinas de aletas. Além disso, a maioria dos evaporadores de superfície primária,
particularmente o tipo de placa, são facilmente limpos e podem ser prontamente
descongelados manualmente escovando ou raspando o acúmulo de gelo. Isto pode
ser feito sem interromper o processo de refrigeração e sem pôr em risco a qualidade
do produto refrigerado.

11-3. Evaporadores de Tubo Liso


Os evaporadores de tubo liso geralmente são construídos ou de tubulação de aço ou
de canalização de cobre. A tubulação de aço é usada para evaporadores grandes e

321

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pás "BH pes
e | e,
apa) Li |
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ns Di =| =
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o pass
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) acre] ES

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E. a] [—Ua (—ty-
A —
w ),
(a) (b)

Fig. 11-1 Projetos comuns para serpentinas de tu-


bo liso. (a) Serpentina plana em ziguezague. (b)
Serpentina em forma de trombone oval.

para evaporadores para serem usados com amônia, enquan


to que a canalização
de cobre é utilizada na fabricação de evaporadores menores, des
tinados mais para o
uso de outros refrigerantes do que amônia. Serpentinas de tubo
liso são acessíveis
em um número de tamanhos, formas e projetos, e feitas ger
almente para aplicação
individual. As formas comuns para serpentinas de tubo liso são planas, em zigue-
zague e em forma de trombone oval, como mostrado na Fig. 11-1,
As serpentinas de
tubo liso em espiral são muitas vezes empregadas para resfriamento
de líquido.
Serpentinas de tubulação lisa de tetos móveis grandes, empreg
ando circulação
de ar de convecção natural são usadas frequentemente em câmara
s de armazenagem
frigorífica e em refrigeradores de armazenagem onde é necess
ária a circulação de
grandes quantidades de ar a baixa velocidade. São usadas tamb
ém, ou como serpen-
tinas “secas” ou de “vaporização”, em conjunto com ventiladores
centrífugos para
fornecer o ar resfriado a alta velocidade para resfriamento a jat
o ou operações de
- Congelamento,

11-4. Evaporadores de Placa


Os evaporadores de placa são de diversos tipos. Alguns são constr
uídos de duas
chapas lisas de metal, com tal relevo e soldadas juntas que permit
em um trajeto para
O fluxo de refrigerante entre as duas chapas (Fig. 11-2). Este
tipo particular de
evaporador de placa é muito usado em refrigeradores de uso domést
ico e frigorí-
ficos caseiros porque ele é de fácil limpeza, de fabricação eco
nômica, e pode ser
prontamente moldado em qualquer uma das várias formas requer
idas (Fig. 11.3).
Outro tipo de evaporador de placa consiste de tubulação moldada
instalada entre
duas placas de metal que são soldadas juntas nas bordas (Fig. 11-4).
A fim de garan-
tir bom contato térmico entre a placa soldada e o tubo de transp
orte do refrige-
322
dr ão . (C or te si a da Di vi sã o Ko ld -H old — Fabri-
pa
Fig. 11-2 Evaporador de placa de serpentina
cação Tranter, Inc.)

tí pi ca s en co nt ra da s em ev ap or adores
Fig 11:3 Algumas formas
pl ac a. (C orte si a do s Pr od ut os Dean, Inc.)
tip o
j

14

4 |
k

pl ac a. (C or te si a da Cia . de Re fr ig eração Dole)


Fig. 11-4 Evaporador tipo
sa do , so ld ad o el et ri ca me nt e. Su pe rfície lisa.
(A) Invólucro exterior de placa. Aço pe pa ss a o refrigerante.
de aç o at ra vé s da qu al
(B) Tubulação continua
(C) Entrada do compressor. pa ra to do s Os re fr ig er an te s ex ce to amônia,
a para o co mp re ss or . Co ne xõ es de cobre
(D) Saíd
onde são usadas conexões de aço. da do pe rm an en te me nt e.
ad o € en tã o ve
(E) Encaixe em que o vácuo é realiz ac a ex ce de nt e co nt ém so lu çã o cutética
do vá cu o em pl ac a se ca . O espaço em pl
(F) Espaço
sob vácuo. ns tr uç ão si mp le s. Se m el em en to s mó-
ma nu te nç ão re qu er id a de vi do à solidez, co
Nenhuma ne nh um a ne ce ss id ad e de as si stência.
Ou avaria ;
veis: nada suscetível de desgaste
Fig. 11-5 Placas frigoríficas instaladas num caminhão de transporte de sorvete.
(Cortesia de Refrigeração Dole).

Fig. 11-6 Grupos de placa empregados em câmaras de armazenagem de baixa temperatura.


(Cortesia da Companhia de Refrigeração Dole).
Fig. 11.7 Grupo de placa com derivação de placas para fluxo paralelo de refrigerante,
(Cortesia da Divisão Kold-Hold - Fabricação Tranter, Inc.)

Fig. 11-8 Evaporadores de placa empregados como prateleiras frigori-


ficas. Note que as placas são dispostas para fluxo de refrigerante em
série. (Cortesia da Divisão Kold-Hold — Fabricação Tranter, Inc.)

325
Fig 11-9 Câmara de Gelo. A capacidade de refrigeração excedente é
estabelecida compondo-se uma bateria nos evaporadores de placa.
(Cortesia da Companhia de Refrigeração Dole).

rante, o espaço entre as placas é ou cheio com uma solução eutética ou esvaziado,
de modo que a pressão atmosférica exercida na superfície externa das placas fixa-as
firmemente contra o interior da tubulação. Aqueles que contém a solução eutética
são usados especialmente quando é requerida uma capacidade excedente. Muitos
são usados em caminhões refrigerados. Em tais aplicações, as placas são montadas
vertical ou horizontalmente do teto ou paredes do caminhão (Fig. 11-5) e geral-
mente são unidas a um sistema de instalação central de refrigeração, enquanto os
caminhões ficam estacionados no terminal durante a noite. A capacidade refrige-
rante assim armazenada na solução eutética, é suficiente para refrigerar o produto
durante as operações do próximo dia. A temperatura das placas é controlada pelo
ponto de fusão da solução cutética.
Os evaporadores tipo placa podem ser usados sozinhos ou em grupos. A Fip.
[1-6 ilustra como as placas podem ser agrupadas juntas para a montagem de teto
em câmaras de retenção, instalações fechadas, frigoríficos, etc. As placas podem
ser derivadas para fluxo paralelo do refrigerante (Fig. 11-7) ou ligadas para fluxos
em série.
Os evaporadores de placa proporcionam excelentes prateleiras em câmaras frigo-
ríficas e aplicações similares (Fig. 11-8). Eles também são muito usados como divi-

326
sões em frigoríficos, caixas de exposição de alimentos congelados, câmaras de
sorvete, fontes de soda, etc. Os evaporadores de placa são usados especialmente
para instalações de resfriamento de líquido, onde as raras condições de carga máxi-
ma são encontradas periodicamente, Pela reconstrução de um banco de gelo sobre
a superfície das placas durante os períodos de cargas de luz, uma capacidade de
refrigeração excedente é estabelecida, o que ajudará o equipamento de refrigeração
a carregar a carga através de condição pesada ou máxima (Fig. 11-9). Uma vez que
isto permite o uso de equipamento de capacidade menor do que poderia ordinaria-
mente ser requerido pela carga máxima, é obtida uma economia no custo inicial
e geralmente também nas despesas de operação.

11-5. Evaporadores com Aletas


Serpentinas com aletas são serpentinas de tubo liso sobre as quais foram instaladas
placas de metal ou aletas (Fig. 11-30). As aletas, servindo como superfícies secun-
dárias de absorção de calor, têm o cfeito de aumentar a área de superfície externa
do evaporador, melhorando assim sua eficiência para resfriar ar e outros gases. Com
os evaporadores de tubo liso, grande parte do ar que circula ao redor da serpentina
passa através dos espaços abertos entre os tubos e não entra em contato com a
superfície da serpentina. Quando aletas são adicionadas à uma serpentina, elas se
desenvolvem no interior de espaços abertos entre os tubos e atuam como coletores
de calor. Elas removem o calor da porção de ar que ordinariamente não entraria em
contato com a superfície primária e o conduzem de volta à tubulação.
É evidente que, para serem eficazes, as aletas devem ser unidas à tubulação de
uma tal maneira, que seja assegurado bom contato térmico entre elas e a tubulação.
Em alguns casos, as aletas são soldadas diretamente à tubulação. Em outros, são
colocadas na tubulação e esta é expandida por pressão ou algum meio semelhante,
de modo que as aletas penetram no interior da superfície do tubo e estabelecem
bom contato térmico. Uma variação do último método é alargar ligeiramente a aber-
tura da alcta permitindo assim, que esta entre no tubo, Depois que a aleta está insta-
lada, o alargamento é estreitado e ela fica firmemente fixada ao tubo,
A dimensão e distância da aleta, dependem em parte do tipo especial de aplica-
ção a que se destina a serpentina. À dimensão do tubo determina aquela da aleta,
Tubos pequenos requerem aletas pequenas. Quando o tamanho do tubo aumenta,
o tamanho da aleta aumenta efetivamente. O espaçamento das aletas varia de 1 a
14 aletas por polegada, dependendo principalmente da temperatura de operação da
serpentina.
O acúmulo de gelo nas serpentinas de resfriamento de ar, operando a tempera-
turas baixas, é inevitável, e dado que qualquer acúmulo de gelo sobre as serpentinas
de aletas tende a restringir as passagens de ar entre as aletas c retardar a circulação
de ar através da serpentina, os evaporadores que se destinam a aplicações de baixa
temperatura devem ter uma distância ampla de aletas (duas ou três aletas por pole-
gada) a fim de minimizar o perigo de limitar a circulação de ar. Por outro lado, as
serpentinas destinadas a condicionamento de ar e outras instalações onde a serpen-
lina opera a temperaturas bastante elevadas, de modo que nenhum gelo se acu-

327
a superfícic do evaporador. Contudo, alguma circulação do fluido resfriado por
gravidade ou por ação de uma bomba é ainda necessária para boa transmissão
de calor. º
Independentemente de como o calor alcança a superfície do evaporador, ele deve
passar através das paredes do evaporador para o refrigerante interno por condução.
Portanto, a capacidade do evaporador, isto é, a taxa à qual o calor passa através das
paredes, é determinada pelos mesmos fatores que controlam a taxa de fluxo de
calor por condução através de qualquer superfície de transmissão de calor e é ex-
pressa pela equação
Q=AXUXOD (11-1)

onde: Q = à quantidade de calor transmitida em Btu por hora


A = à área de superfícic externa do evaporador (tanto primária como de

U = 10 os de condutância total em Btu/(h) (superfície externa em pés?)

D = difttença logarítmica média de temperatura em graus Fahrenheit


entre a temperatura externa do evaporador e a temperatura do refrige-
rante dentro do evaporador.

11.7. U ou Fator de Condutância Total


A resistência ao fluxo de calor oferecida pelas paredes do evaporador é a soma dos
três fatores cuja relação é expressa do seguinte modo:

| R L
— = p= 4—— (11-2)
A / k Lo
onde: U = ao fator de condutância em Btu/(h) (pé?) (CFD)
f, = ao fator de condutância da película da superfície interna em Btu/(h)
(superfície interna pés?) (ºFD)
L/K = à resistência ao fluxo de calor oferecida pelo metal de tubos e aletas
fo = ao fator de condutância da película da superfície externa em Btu/(h)
(superfície externa pés?) (ºFD)
R = à relação entre a superfície externa e a superfície interna

Uma vez que se faz necessária uma taxa elevada de transmissão de calor através
das paredes, o fator de condutância ou fator U deve ser tão alto quanto possível. Os
metais, por causa de seu elevado fator de condutância, são geralmente empregados
na execução do evaporador. Contudo, deve-se selecionar um metal que não reage
com o refrigerante. Ferro, aço, latão, cobre e alumínio, são os metais mais comu-
mente usados. Ferro e aço não são atacados por qualquer um dos refrigerantes co-
muns, mas são passíveis de sofrer oxidação se houver alguma umidade livre no sis-
tema. O latão e o cobre podem ser usados com qualquer refrigerante, exceto amô-
nia, que dissolve cobre. O alumínio pode ser usado com qualquer refrigerante, exce-

329
Me pt To). (11-3)

onde: D = à temperatura média aritmética


Te = à temperatura do ar que entra na serpentina
T, = à temperatura do ar que deixa a serpentina
T” = à temperatura do refrigerante nos tubos

Para os valores dados na Fig. 11-12, a diferença da temperatura média aritmética


é
(40- 20)
+ (30 - 20)
E —— eme ms eme ce am ce mm 3 15 OF
2
Uma vez que a Equação 11-3 toma a temperatura média do ar como sendo a
média aritmética das temperaturas de entrada e de saída do ar (ponto central da
linha tracejada na Fig. 11-11), a diferença de temperatura média resultante difere
um pouco do DLMT real, conforme determinado pela seguinte equação, que leva
em consideração a temperatura real média do ar (ponto central da linha curva na
Fig. 11-11):
(T. a A, oi (T, a T,)
Pa (T; = T) (11.4)
T a =)

Aplicando os valores mostrados na Fig. 11-11 na Equação 11-4, a diferença loga-


rítmica média de temperatura,

3º 28
fileira fileira

Saindo «--—— a

&| a |R
Ãr «- - =, . o

32º
Temperatura <: o

* Ar
30º df res do om

Fig. 11-12 Queda da temperatura do ar através de uma serpentina


de resfriamento típica de três fileiras.

333

Material com direitos autorais


tado e devem ser usados sistemas de serpentinas compactos. Em aplicações onde é
permitido, a perda de capacidade resultante do aumento do número de fileiras pode
ser de certo modo compensada, aumentando a velocidade do ar sobre a serpentina,
Também, em algumas aplicações, o uso de serpentinas profundas é desejável para
desumidificação. Como uma regra geral, quanto maior a profundidade da serpen-
tina, tanto mais tempo o ar fica em contato com a superfície da serpentina e mais
estreitamente a temperatura do ar que sai, se aproximará da temperatura da serpen-
tina. Uma vez que a temperatura de alguma parte do ar que passa através de uma
serpentina de resfriamento geralmente é reduzida abaixo da temperatura que entra
no ponto de orvalho, a desumidificação é conseguida. Obviamente, quanto mais
baixa a temperatura do ar que saí, maior a quantidade de desumidificação.

11-12. Circuito do Evaporador


Foi demonstrado no Capítulo 8 que a queda de pressão excessiva no evaporador
resulta no vapor de sucção que chega à admissão do compressor a uma pressão mais
baixa do que é realmente necessário, causando com isso, uma perda na capacidade
e eficiência do compressor.
Para evitar perdas desnecessárias na capacidade e eficiência do compressor, é
interessante projetar o evaporador de tal modo que o refrigerante sofra uma queda
mínima na pressão. Por outro lado, é requerida uma certa quantidade de queda de
pressão para fluir o refrigerante através do evaporador e, dado que a velocidade é
uma função da queda de pressão, a queda na pressão deve ser suficiente para asse-
gurar as altas velocidades do refrigerante, suficientes para tornar as superfícies do
tubo livres de bolhas de vapor e óleo e para levar de volta o óleo para o compressor.
Por isso, bons projetos requerem que o método de circuito do evaporador seja tal,
que a queda de pressão através deste seja o mínimo necessário para produzir veloci-
dades de refrigerante suficientes para assegurar uma taxa alta de transmissão de
calor e bom retorno do óleo.
Geralmente, a queda na pressão através de qualquer circuito do evaporador
depende do tamanho do tubo, da extensão do circuito, e da carga do circuito, Por
carga do circuito, entende-se a taxa de tempo de fluxo de calor através das paredes
do tubo do circuito. À carga do circuito determina a quantidade de refrigerante que
deve passar através do circuito por unidade de tempo. Quanto maior a carga do
circuito, tanto maior deve ser a quantidade de refrigerante que flui através do cir-
cuito e maior será a queda na pressão, Em consequência disto, para qualquer tama-
nho de tubo dado, quanto maior a carga sobre o circuito, menor deve ser o circuito,
a fim de impedir uma queda de pressão excessiva,
Os evaporadores que têm somente um circuito de refrigerante em série simples,
tais como o ilustrado na Fig. 11-14, terão desempenho satisfatório dentro de certos
limites de carga, Quando o limite da carga é excedido, a velocidade do refrigerante
será aumentada acima da faixa desejada e a queda de pressão será excessiva.
Observe-se que o refrigerante entra no topo do evaporador como um líquido e
sai pela base como um vapor. Uma vez que o volume do refrigerante aumenta, con-
forme ele vaporiza, sua velocidade e a queda de pressão por pé aumentam progres-

337
rior molhada e, consequentemente, a taxa de transmissão de calor mais elevada
possível, Como mostrado na Fig. 11-19b, o evaporador inundado é equipado com
um acumulador ou tambor compensador que serve como um coletor de líquido do
qual o refrigerante líquido é circulado por gravidade através dos circuitos do evapo-
rador. O nível do líquido no acumulador é mantido por um controle flutuante supe-
rior ou inferior, e o vapor gerado pela ação de ebulição do refrigerante nos tubos é
separado do líquido na parte superior do acumulador e entra diretamente dentro
da linha de sucção continuamente com o jato de gás que resulta quando a pressão
do refrigerante é reduzida da pressão de condensação para a pressão do evaporador.
Observe-se que o jato de gás nunca penetra na porção de transmissão de calor do
evaporador.
Um evaporador de sobrealimentação líquida é aquele em que a quantidade de
refrigerante líquido circulada através do evaporador é consideravelmente excessiva
em relação âquela que pode ser vaporizada. Como mostrado na Fig. 17-29, o
excesso de líquido é separado do vapor num coletor de baixa pressão ou acumu-
lador, e recirculado ao evaporador, enquanto o vapor é extraído da sucção do
compressor. As taxas de recirculação alcançam de uma baixa de 2 para | a uma
elevação de 6 ou 7 para 1, sendo as taxas mais elevadas, usadas com amônia e, as
mais baixas, com Refrigerantes 12, 22 e 502. Uma taxa de recirculação de 3 por 1
significa que está sendo circulado três vezes tanto líquido, quanto pode ser vapori-
zado;, neste caso a composição do refrigerante na linha de retorno do acumulador
será composta de duas partes de líquido e uma parte de vapor por peso. Com recir-
culação de líquido adequada, a umidade das superfícies internas do tubo e o desem-
penho de evaporadores de sobrealimentação são semelhantes aos resultados obtidos
com operações de inundação plena. A taxa de recirculação ótima para melhor
desempenho do evaporador varia com o número de fatores e é muitas vezes difícil
de predizer. A fim de obter desempenho proporcional, é importante que as reco-
mendações do fabricante do evaporador sejam seguidas tão exatamente quanto
possível. Como no caso de evaporadores de expansão seca, o fluxo de líquido den-
tro dos evaporadores de sobrealimentação é controlado através de algum tipo
de dispositivo de medição, geralmente uma válvula de expansão manual ou um
orifício que é projetado ou ajustado para a máxima taxa de fluxo requerida na
carga culminante.
Os evaporadores de sobrealimentação (recirculação de líquido) são mais comuns
e mais economicamente empregados em sistemas de evaporadores múltiplos como
mostrado na Fig. 11-20. Enquanto são encontradas pequenas dificuldades no
controle da taxa de recirculação para um evaporador simples, o equilíbrio de um
sistema múltiplo de evaporador é um pouco mais tedioso, mas toma-se mais fácil
são
quando a taxa de recirculação aumenta. Por esta razão, as taxas de recirculação
mais elevadas para um sistema de evaporador múltiplo, do que para um evaporador
simples. Também, a fim de evitar a sobrealimentação excessiva do remanescente
dos evaporadores ativos, é instalada uma válvula de derivação ao lado da descarga
da bomba para enviar o líquido excessivo de volta ao recipiente de baixa pressão,
quando um ou mais dos evaporadores do sistema estiver desligado. Uma localização
alternada para a válvula de derivação fica no fim do circuito do refrigerante, mais
longe da bomba (mostrado pontilhado na Fig. 11-20).

342

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11-18. Evaporadores de Convecção Natural
Os evaporadores de convecção natural são usados frequentemente em aplicações
onde são desejáveis velocidades de ar baixas e a mínima desidratação do produto,
Instalações típicas, são refrigeradores domésticos, caixas de exposição, resfriadores
móveis, refrigeradores transitáveis e câmaras de armazenagem grandes.
A circulação de ar sobre a serpentina do resfriador, por convecção natural, é
uma função do diferencial de temperatura entre o evaporador e o espaço. Quanto
maior a diferença na temperatura, mais elevada a taxa de circulação de ar.
A circulação de ar por convecção natural é grandemente influenciada pela forma,
volume e localização do evaporador, o uso de placas defletoras, e a disposição do
produto armazenado no espaço refrigerado. Geralmente, as serpentinas ocas (uma
ou duas fileiras de profundidade) que se estendem ao longo de todo o refrigerador
e cobrem a porção maior da área do forro, são melhores. Quando a profundidade
da serpentina é aumentada, ela oferece maior resistência à livre circulação de ar e a
diferença efetiva média de temperatura (DEMT) é, com isso, diminuída, resultando
uma redução na capacidade da serpentina. Dado que o ar frio é mais denso que o
ar quente, e tende a cair para o chão, os evaporadores devem ser localizados o mais
alto possível acima do chão, mas deve-se tomar cuidado de deixar espaço suficiente
entre o evaporador e o forro, para permitir a livre circulação de ar sobre o topo da
serpentina,
Para resfriadores de menos de 8 pés de largura, frequentemente são usados
evaporadores simples, de montagem de forro. Quando a largura do resfriador excede
8 pés, devem ser usados dois ou mais evaporadores. Para resfriadores onde não há

Fig. 11-22 Instalação aérea de evaporador de convecção natural. O eva-


porador tem aletas de alumínio fundido. (Cortesia da Companhia de
Máquinas de Gelo Detroit).

347
10 200 Btu/h
= CISSFDT 637,5 Btu/(h) (ºF DT)

Capacidade requerida por polegadas de comprimento de aletas

Capacidade requerida por diferença de temperatura (DT) ºF


Comprimento aproximado das aletas

— 637,5 Btu/(h) (CF DT)


= 3,68 Btu/(h) (*F) (pol)
| 173 pol
Devido à largura do resfriador, um evaporador de duas secções pode dar melho-
res resultados. À referência da Tabela R-1, indica que o modelo &% PK-16, com duas
aletas por polegada (1/2 pol distância da aleta) tem uma capacidade de 3,65 Btu/(h)
(CF) (pol). |
Usando este evaporador modelo, o comprimento requerido da aleta é

637,5 Btu/(h) (ºF DT)


175 pol.
3,65 Btuf(h) (ºF) (pol )
O comprimento total do evaporador é 182 pol (175 pol + 7 pol) e, dado que
o comprimento total do interior do resfriador é 204 pol, o intervalo entre o evapo-
radore a parede do resfriador em cada extremidade é 11] pol.
À largura do evaporador pode ser sempre conferida com a largura do resfriador
para se ter a certeza que o evaporador pode ser instalado no espaço, de acordo com
as recomendações do fabricante. Para evaporadores deste tipo, o fabricante reco-
menda que o lado do evaporador não esteja a menos que 6 pol ou mais que 12 pol
da parede do resfriador (dimensão 4 da Tabela R-1 de instalação) e que a distância
entre as duas secções do evaporador (dimensão €) não seja inferior a 6 pol ou supe-
rior a 8 pés.
A largura máxima permitida do evaporador pode ser determinada subtraindo-se
o mínimo das dimensões4 e C da largura interna do refrigerador, a saber:

Fira 92% 20 o >pit]


| 12º
Evaporador 18”

48"

Fig. 11-26 Montagem de cvaporadores à — Evapsrador 18”


de convecção natural em resfriadores de recem coesa
re ma hem gas
armazenagem (veja exemplo 11-1).

351

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Solução: Do Exemplo 11-2, a temperatura projetada da câmara é O ºF e a dife-
vença de temperatura (DT) do evaporador é 15 ºF, de modo que a temperatura
requerida do refrigerante é - 15 “F. Da Tabela R-7, o fator U para a serpentina de
tubo “Prestfin” operando inundado com circulação de ar de convecção natural e
uma temperatura do refrigerante abaixo de - 1 ºF, é 1,2 Btu/(h) (pé?) (DT ºF).
Da Equação 11-1, os pés quadrados de superfície requeridos

Capacidade requerida (Btu/h)


— rece o 0 — e O a e. .— meme amo atom mm

(fator U) (Diferença de Temperatura (DT)

25 000 Btu/h
= 1389 pés?
(1,2) (15)
Os pés lineares do tubo “Prestfin” requeridos

= 1389/8,1 pés? por pé linear (espaço da aleta 1 pol) = 172 pés lineares

11-21. Evaporadores de Convecção Forçada


Em refrigeração comercial, os evaporadores de convecção forçada, comumente
chamados “resfriadores de umidade”, “unidades de serpentina de ventilador” ou
“serpentina de compressor” são essencialmente serpentinas de tubo liso ou tubo
com aletas encerradas numa caixa de metal e equipadas com um ou mais ventila-
dores para assegurar a circulação do ar. Alguns resfriadores de umidade são mos-
trados na Fig. 11-30,
Unidades maiores podem ser utilizadas na montagem do piso e podem ser ope-
radas “úmidas” ou “secas”. Serpentinas úmidas são serpentinas que estão continua-
mente pulverizadas com salmoura ou com uma solução anticongelante, como mos-
trado na Fig. 11-47.
A capacidade total de resfriamento de qualquer evaporador depende diretamente
da quantidade de ar (em pés cúbicos por minuto) circulado sobre o evaporador.
A quantidade de ar requerida para uma dada capacidade de evaporador é, basica-
mente, uma função de dois fatores: (1) a taxa de calor sensível e (2) a queda
na temperatura do ar que passa sobre o evaporador, isto é,

pés /m =
Capacidade total (Btu/h) : X taxa de calor sensível
(11-5)
Queda de temperatura doar X 1,08

A taxa de calor sensível é a relação entre a capacidade sensível de resfriamento


do evaporador e a capacidade total de resfriamento. Quando o ar é resfriado abaixo
de sua temperatura de ponto de orvalho, tanto a temperatura como o teor de umi-
dade do ar são reduzidos (Capítulo 5). A redução da temperatura é o resultado de

355

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descongelamento adequado. Algumas localizações sugeridas para unidades refrige-
radoras de teto suspenso são mostradas na Fig. 11-31.

Exemplo 11-6 Usando uma diferença de temperatura (DT) do evaporador proje-


tada de 10 ºF, selecione uma unidade de serpentina de ventilador da Tabela R-8
que satisfaça os requisitos de um resfriador de armazenagem de cerveja mantido
a 36 ºF e tendo uma carga calculada de resfriamento de 17 200 Btu/h baseada num
tempo de operação de 16 h.

Solução: Da Tabela R-8, selecione unidades refrigeradoras Modelo ff UC-180 tendo


a capacidade de 18 000 Btu/h a uma diferença de temperatura (DT) de 10ºF. Dado
que o motor do ventilador da unidade refrigeradora opera no interior do espaço
refrigerado, o calor do motor torna-se uma parte da carga do espaço resfriado e deve
ser adicionado aos cálculos de carga. Da Tabela R-B, o calor cedido pelo motor de
ventilador é 25 200 Btu/24 h. Dado que os ventiladores operam continuamente
para assegurar a circulação do ar no espaço refrigerado, enquanto a carga média
de resfriamento horário é baseada num tempo de funcionamento de 16 h, a carga
média em Btu por hora resultante do calor do motor do ventilador é

25 200 Btu/24 h
61 -—— = 1575 Btu/h
I

Quando o calor do motor do ventilador é adicionado, a carga média de resfria-


mento horário para os resfriadores de armazenagem torna-se 18 775 Btu/h (17 200
+ 1575). Mesmo que a carga calculada seja um pouco maior que a capacidade do
evaporador, a uma diferença de temperatura (DT) de 10 ºF, a diferença é insigni-
ficante e a unidade refrigeradora selecionada é bem aplicada para a operação. Con-
siderando a operação em condições projetadas, a diferença de temperatura (DT)
de operação do evaporador será

Capacidade requerida
— = X Diferença de temperatura (DT) projetada
Capacidade estabelecida

18 775 Btu/h
X 10ºF = 104ºF
18 000 Btu/h

A Tabela R.9 apresenta os dados de capacidade dos fabricantes para um refrige-


rador de produto montado no piso, de tipo reforçado e representa os métodos de
seleção e capacidade mais compreensivos. Observe-se que as capacidades são dadas
tanto para operação inundada como para seca e que os fatores de correção são
dados para outras quantidades e velocidades de ar e para operação de expansão seca
na faixa de baixa temperatura.

359
Outra vantagem do resfriador tipo Baudelot, que também é oferecida pelo refri-
gerador de tubo duplo, é que o circuito do refrigerante é prontamente dividido em
diversas partes, uma circunstância que permite pré-resfriamento do líquido esfriado
com água fria antes que o líquido entre na parte de expansão direta do refrigerador
(Veja Fig. 17-34).

11-26. Refrigeradores Tipo Tanque


O esfriador de líquido tipo tanque consiste, essencialmente, de uma serpentina de
refrigerante de tubo liso, instalada no centro, ou de um lado de um grande tanque
de aço que contém o líquido esfriado. Mesmo que completamente submersa no
líquido esfriado, a serpentina do refrigerante é separada do corpo principal do Jí-
quido por uma disposição de placa defletora. Como mostrado na Fig. 11-35, um

« — Entrada de liquido quente

P, AAA AAA PANA PAM SPAM


H ASAS PASS SPSS a
= Vo ss
PAPA A
/A
MAPA Da . PSP A Ps
ud AAA

Saída
de líquido
esfriado

E refrigerante
Fig. 11-35 Construção típica de um refrigerador tipo tanque.

agitador movido a motor é utilizado para circular o líquido esfriado sobre a serpen-
tina do resfriador, a velocidade relativamente alta, geralmente entre 100 a 150
pés/m, o líquido sendo aspirado numa extremidade do compartimento da serpen-
tina e descarregado na outra extremidade.
As serpentinas de tubo liso em forma de espiral, mencionadas na Seção 11-4 e a
serpentina tipo canal adutor ilustrada na Fig. 11-36, são dois tipos de serpentina
frequentemente usados em esfriadores tipo tanque. Com qualquer um dos proje-
tos, as serpentinas funcionam submersas. A câmara de gelo mostrada na Fig. 11-9
é outra variação do esfriador tipo tanque.
Os esfriadores tipo tanque podem ser usados em qualquer aplicação de esfria-
mento de líquido onde a higiene não seja um fator principal, e são largamente usa-
dos para esfriamento de água, salmoura e outros líquidos para serem usados como

363
Os diâmetros da carcaça, para esfriador de tubo e carcaça, atingem aproximada-
mente de 6 a 60 pol, e o número de tubos na carcaça varia de menos de 50 para
vários milhares. Os diâmetros do tubo alcançam de 5/8 pol a 2 pol, e a extensão
dos tubos varia de 5 para 20 pés. Os esfriadores projetados para uso com amônia
são equipados com tubos de aço, enquanto aqueles destinados para o uso com
outros refrigerantes são usualmente equipados com tubos de cobre, a fim de obter
um coeficiente de transmissão de calor mais alto. Por causa da condutância da pelí-
cula relativamente baixa de refrigerantes halocarbonados, os esfriadores projetados
para uso com estes refrigerantes são muitas vezes equipados com tubos que são
providos de aletas no lado do refrigerante. No caso de esfriadores de expansão seca,
os tubos são providos internamente de aletas, com aletas longitudinais dos tipos
mostrados na Fig. 11-10, Para operação inundada, os tubos são providos externa-
mente de aletas, usando uma aleta muito curta que sé vrojeta da parede do tubo
aproximadamente só 1/16 de polegada. Como uma regra geral, os esfriadores de
expansão seca são empregados em instalações de tonelagem pequena e média, que
requerem capacidades que alcancem aproximadamente de 2 a 250 toneladas, mas
são acessíveis em maiores capacidades. Esfriadores inundados, aproveitados em capa-
cidades alcançando aproximadamente de 10 a vários milhares de toneladas são apli-
cados frequentemente em instalações de grande tonelagem,

11-29. Resfriadores de Expansão Seca


As principais vantagens dos esfriadores de expansão seca sobre o tipo inundado,
são a troca menor de refrigerante requerida e a segurança de retorno positivo de
óleo ao compressor, Também, como previamente estabelecido, a possibilidade
de danificação do esfriador, no caso de congelamento, é sempre menos considerável
quando o líquido esfriado é circulado sobre os tubos em vez de através deles. Os
detalhes mais importantes da construção de diversos projetos são mostrados nas
Pigs. 11-39 e 11-40.
A fim de manter a velocidade do líquido dentro dos limites que produzirão uma
taxa mais efetiva de queda de pressão na transmissão de calor, a velocidade do
líquido esfriado circulado sobre os tubos é controlada, variando o : »primento e
distância das placas defletoras de segmento. Quando a taxa de fluxo e/ou a viscosi-
dade do líquido é alta, ou baixa, são usadas placas defletoras extensamente espa-
çadas para reduzir a velocidade e minimizar a queda de pressão através do esfriador.
Quando a taxa de fluxo e/ou a viscosidade é mais baixa, ou alta, as placas deiletoras
são usadas espaçadas mais estreitamente, a fim de aumentar a velocidade do fluido
e melhorar o coeficiente de transmissão de calor (Fig. 11-41a).
O número e o comprimento dos circuitos do refrigerante requeridos para manter
a velocidade do refrigerante através dos tubos resfriadores dentro dos limites razoá-
veis, depende da carga total do resfriador e da relação entre a taxa de fluxo do
líquido resfriado e a diferença efetiva média de temperatura (DEMT). Dado que
estes fatores variam com a aplicação individual, acontece que o circuito ótimo de
refrigerante projetado também varia com a aplicação individual. Por esta razão, os
resfriadores são acessíveis tanto com circuitos de refrigerante múltiplos como sim-

367
Alimentação

Fig 11-44 Resfriador de tubo e carcaça vertical “Spira-Flo”, projetado para operação inun-
dada. É dado à água que vaza através dos tubos, uma ação de torvelinho por bocais especial-
mente projetados (detalhe). (Cortesia da Corporação Worthington).

extremas são desaparafusadas, os tubos tornam-se prontamente acessíveis para a


limpeza e os tubos individuais podem ser removidos e recolocados, se necessário.
Os resfriadores mostrados nas Figs. 11-38b e 11-39, empregam lâminas de tubo
fixas, enquanto que os das Figs. 11-38a e 11-40 têm feixes de tubo,
Em alguns projetos de resfriadores inundados, a carcaça é só parcialmente cheia
com tubos a fim de garantir uma larga área de descarga do vapor e velocidade relati-
vamente baixa no espaço sobre os tubos (Fig. 11-43). Este projeto elimina a possibi-
lidade de propagação de líquido dentro da linha de sucção e por isso é particular-
mente bem apropriado para pesados aumentos repentinos na carga.
Nos projetos de resfriadores em que a carcaça é completamente cheia com tubos,
pode ser usado um tambor compensador ou um acumulador, para separar líquido

371
Ae, ES

a)
/A E ”Z

de salmoura f
A
temo
refrigerado ou
|;
/;

/
A
;f
/ / Saimoura fria
DITITIVIZTISSIIITIIIITIDIVIITY

7 para a
serpentina
Salmoura quente
para o resfriador

Controle de
Liquido refrigerante
do coletor AC A MAIA AAA,

ç
4

/
A

Vapor para g/ ;;
a admissão do / í
compressor 7 /
A
Z PIIPISISINIITISSIDISIISISIITS À» E
/
= Bomba de
NS

Salmoura quente Duto de ar


para o resfriador

Controle de refrigerante
Líquido UERR
do coletor + 4 o da
NR

ro e
Pa
oa

as
É
o
|

RT ES

IT: Bomba de salmoura


(b)

Fig. 11-46 (a) Sistema indireto. (b) Sistema indireto —- serpentina de salmoura
em duto de comunicação,

375

Material com direitos autorais


TABELA 11-4 Propriedadades de Sódio
Salmoura Pura de Cloreto
— o to

Calor Início Peso por galão Peso por pés cúbicos


puro
por
% epec,
59F
Dersa.
cor
gre: (a,
"
Bull zação
Baumé cristal-
Na Cl mano
E
Na Ci
Ib/pé
Jum
Ib/pé
fia
Ib/pé
Salmoura
peso 39F ºF Ib/gal bigal cúbico cúbico cúbico
0 1.000 0.0 1.000 32.0 0.000 8.34 8.34 0.000 62.40 62.4

õ 1.035 S.l 0.938 27.0 0.432 8.22 8.65 3.230 61.37 64,6
ó 1.043 6.1 0.927 25.5 0.523 6.19 8.71 3.906 61.19 65.1
E; 1.050 7.0 0.917 24.0 0.613 8.15 8.76 4.585 60.91 65.5
8 1.057 8.0 0.907 23.2 0.706 B.li 8.82 5.280 60.72 66.0
y 1.065 9.0 0.897 21.8 0.800 8.09 8.89 5.985 60.51 66.5

IO 1.072 10.1 0.888 20.4 0.895 8.05 8.95 6.690 60.21 66.9
1 1.080 10.8 0.879 18.5 0.992 8.03 4.02 7.414 59.99 67.4
Iz 1.087 11.8 0.870 17.2 1.090 7.99 9.08 8.136 59.66 67.8
13 1.095 12.7 0.862 15.5 t. 188 7.95 9.14 8.879 59.42 68.3
I4 1.103 13.6 0.854 13.9 1.201 7.93 9,22 9.632 59.17 68.8

So ill 14.5 0.847 12.0 1.392 7.89 9.28 10.395 58.90 69.3
lá 1.118 15.4 0.840 10.2 1.443 7.84 9.33 11,168 58.63 69.8
17 |.126 16.3 0.833 8.2 1.598 7.80 92,40 11.951 58.36 70.3
18 1.134 17.2 0.826 6,1 1.705 7.76 9.47 12.744 58.06 70.8
19 |. 142 18.1 0.819 4.0 1.813 7.73 9.54 13.547 57.75 71.3

20 1.150 19.0 0.813 - 1.8 1.920 7.68 92.60 14.360 57.44 71,8
21 1.158 19.9 0.807 — 0.8 2.031 7.64 9.67 15.183 57.12 72.3
22 1.166 20.8 0.802 — 3.0 2.143 7.60 9,74 16.016 56.78 72.8
233; NS 21.7 0.706 — 6.0 2.256 7.55 0.81 16.854 56.45 73.3
24 1.183 22.5 0.791 + 3.8 2.371 7.51 9.88 17.712 56.09 73.8

25 1.191 23.4 0.786 +tó.l 2.488 7.46 92.95 18,575 58.72 74.3
25.2 1.200 +32.0
cair —e—

Do Manual ASRE, Volume de Projeto, Edição 1957-58, por permissão da Sociedade Americana de
Engenheiros de Calor, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

de sal na solução é aproximadamente 23%. Na Tabela 11-4, são dadas as proprie-


dades térmicas da salmoura de cloreto de sódio em concentrações variadas.
É interessante observar que as propriedades térmicas tanto da salmoura de clo-
reto de cálcio quanto da de cloreto de sódio, são um pouco menos satisfatórias que
as da água. Quando o conteúdo de sal das salmouras é aumentado, a fluidez, o coefi-
ciente de calor específico, e a condutância térmica das mesmas diminuem, Por isso,
quanto mais forte a solução de salmoura, tanto maior a quantidade de salmoura que
deve ser circulada a fim de produzir um efeito de refrigeração dado.
Dado que o peso específico da salmoura aumenta quando a concentração do sal
aumenta, o grau de concentração de sal e as propriedades térmicas da salmoura
podem ser determinadas medindo-se seu peso específico com um hidrômetro,

11-36. Soluções Anticongelantes


Ceitos compostos solúveis de água, geralmente descritos como agentes anticonge-

379

Material com direitos autorais


TABELA 11-5 Pontos de Congelamento de Soluções Aquosas
Álcool Glicerina Etileno-glicol Propileno-glicol
%porpeso “F %porpeso “F %porVol. “F %porVol. “F
5 28.0 IO 29.1 15 22.4 5 29.0
IO 23.6 20 23.4 20 16.2 IO 26.0
15 19.7 30 14.9 25 10.0 I5 22.5
20 13.2 40 4.3 30 3.5 20 19.0
2s 5.5 so -94 3 -4.0 25 14.5
30 -=2,5 60 — 30,5 40 — 12.5 30 9.0
35 — 13.2 70 - 38.0 45 — 22.0 35 da
40 —21.0 80 — 5,5 50 —32.5 40 —8.5
45 —27,5 90 +29.1 45 — 15.0
50 — 34,0 100 +62.6 50 — 25.5
55 — 40.5 55 -— 39,5
59 -— 57.0
Acima de 60% acaba por
cristalizar a — 99,4 ºF

Do Manual ASRE, Volume de Projeto, Edição 1957-58, por permissão da Sociedade Ameri-
cana de Engenheiros de Calor, Refrigeração e Condicionamento de Ar.

lantes, são muitas vezes usados para abaixar o ponto de congelamento da água. Os
agentes anticongelantes mais conhecidos são etileno-glicol, propileno-glicol, Metanol
(álcool metílico), e glicerina. Todos estes compostos são solúveis em água, em todas
as proporções. A temperatura de congelamento de água em solução com percenta-
gens variadas de cada um destes compostosé dada na Tabela 11-5.
O propileno-glicol é, provavelmente, o agente anticongelante mais largamente
usado no serviço de refrigeração. Junto com o etileno-glicol, o propileno-glicol pos-
sui muitas qualidades desejadas. Diferentes da salmoura, as soluções de glicol não
são corrosivas. Elas também não são eletrolíticas e, portanto, podem ser empregadas
em sistemas que contém metais diferentes. Sendo compostos extremamente está-
veis, os glicóis não evaporarão em condições normais de operação. Por causa das
muitas vantagens das soluções de glicol, elas estão sendo usadas para substituir sal-
mouras em um número de instalações, principalmente nas indústrias de laticínios e
de bebidas fermentadas. A troca de salmoura para glicol pode ser completada, prati-
camente sem mudança nos recursos da aparelhagem,

11-37. Unidades de Atomização de Salmoura


Assim como a água resfriada, a salmoura resfriada (ou solução anticongelante) pode
ser circulada diretamente ao redor do produto refrigo ou do recipiente, ou
pode ser usada para refrigerar o ar num espaço refrigerado. Quando usada para res-
friar, a salmoura resfriada é circulada através de uma bobina de serpentina, ou atra-
vés de uma unidade de atomização de salmoura. Nas Figs. 11-46 e 11-47, são mos-

380

Material com direitos autorais


Salmoura
para o
NT (( concentrador

nano | psp Para a unidade


Ao de condensação
Evaporador
de expansão
direta
Da unidade
de condensação

a Concentrador

Sailmoura do
concentrador

Fig. 11-47 Refrigerador de atomização de salmoura

Saimoura
é do resfriador

Salmoura
aa Fig. 11-46 Refrigerador
de atomização de salmoura

Concentrador

R Salmoura do
concentrador

” Salmoura
para o resfriador

381
são direta com R-502 a - 50 ºF. Qual é a capacidade de refrigeração do
produto nestas condições em Btu por hora por grau Fahrenheit?
11-9 Considerando todas as condições do Problema 11-8, exceto que a veloci-
dade da face da serpentina é reduzida de 600 pés/m para 500 pés/m nomi-
nais, determine:
(a) Os pés cúbicos por minuto de circulação de ar sobre a serpentina.
(b) A capacidade da serpentina em Btu por hora por grau Fahrenheit,
11-10 A carga de um refrigerador de produdo de serviços pesados é 132 000 Btu/
h. O refrigerador deve ser operado inundado com amônia, com a diferença
de temperatura (DT) de 10ºF e uma temperatura de refrigerante de -S0ºF.
Se a velocidade da face da serpentina desejada for 400 pés/m, selecione um
refrigerador de produto apropriado da Tabela R-9.
1-1 Considere que o refrigerador de produto do Problema 11-10 é para ser ope-
rado em expansão direta com R-12 e selecione uma unidade de refrigeração
apropriada,
11-12 A carga sobre um resfriador de salmoura tipo tanque é 6500 Btu/h. A sal-
moura deve ser mantida a uma temperatura de O ºF com uma temperatura
de - 9 ºF, Considerando pouca ou nenhuma agitação da salmoura, calcule
os pés lincares de 1 pol de canalização de ferro requerida para o evaporador.
11-13 Trinta e cinco galões por minuto de água são refrigerados a 58 ºF para
48 ºF com R-12 a 40 ºF. Selecione um resfriador apropriado da Tabela
R-10 e determine a queda de pressão da água no esfriador em libras por
polegadas quadradas.
11-14 Pretende-se refrigerar 60 gpm de água de S6 “F para 46 º“F com R-12 a
uma temperatura de 38 ºF. Selecione um resfriador apropriado da Tabela
R-10 se o comprimento máximo permissível do tubo for 14 pés.

383
no seu curso inferior, e o volume do cilindro quando o pistão está no seu curso
superior. Esta parte do volume do cilindro é encontrada multiplicando-se a área da
secção transversal do diâmetro interno pela extensão do curso.
Área de secção transversal em polegadas quadradas = 0,7854Dº?
Volume do cilindro movimentado em cada curso do pistão .
em polegadas cúbicas a (0,7854D*) (1)
Uma vez conhecido o volume do cilindro, o volume total movimentado pelo
pistão de um compressor de cilindro simples por minuto em polegadas cúbicas,
pode ser determinado multiplicando-se o volume do cilindro pelas rpm (A). Quando
o compressor possui mais do que um cilindro, o rolume do cilindro deve também
ser multiplicado pelo número de cilindros (1). Em qualquer caso, a divisão do resul-
tado por 1728 dará o deslocamento do pistão em pés cúbicos por minuto.

Exemplo 12-1 Calcule o deslocamento de um compressor de dois cilindros girando


a 1450 rpm, se o diâmetro do cilindro for 2,5 pol, e a extensão de curso for 2 pol.

Solução: Substituindo pela Equação 12-1,

v, —= (0,7854) (da
2,(2)
5? (145
)0) (2) 16,48 pés" À /m

12-4. A Capacidade Teórica da Refrigeração


A capacidade da refrigeração de qualquer compressor depende das condições de
operação do sistema e, como a capacidade do sistema, é determinada pela massa
de refrigerante circulada na unidade de tempo e pelo efeito de refrigeração por
unidade de massa circulada,
A taxa de fluxo de massa produzida pelo compressor é igual à massa do vapor
de sucção que o compressor recebe na tubulação de admissão por unidade de
tempo. Se se considerar que o compressor é 100% eficiente e que o cilindro do
compressor enche completamente com o vapor de sucção da tubulação de admis-
são com cada curso descendente do pistão, o volume do vapor arrastado no inte-
rior do cilindro do compressor e comprimido por unidade de tempo, será exata-
mente igual ao deslocamento do pistão do compressor. A massa equivalente
desta taxa de volume de fluxo é a massa de refrigerante circulado pelo compressor
por unidade de tempo e pode ser calculada multiplicando-se o deslocamento do
pistão do compressor pela densidade do vapor de admissão na entrada do com-
pressor. Ou, dado que o volume específico é o inverso da densidade, o fluxo de
massa é também determinado dividindo-se o deslocamento do pistão pelo volume
específico do vapor de admissão, isto é:
m = (Vo)(p) (12-2)

m = (Vo) | Cu) (12-3)

388
dro no final do curso de compressão será aumentada. Quando a reexpansão ocorre
durante o curso de admissão, uma porcentagem maior do volume total do cilindro
será preenchida com o vapor da câmara de compressão reexpandido e o volume do
vapor de admissão recebido durante o curso será menor que quando o volume da
câmara de compressão for menor. Para se obter a máxima eficiência volumétrica, o
volume da câmara de compressão de um compressor de vapor deve ser mantido tão
pequeno quanto possível,
Deve ser sublinhado que isto não deve ser tomado como correto para uma bom-
ba de líquido alternativa. Uma vez que um líquido não é compressível, o líquido
deixado na câmara de compressão no final do curso de exaustão, tem o mesmo
volume específico que o líquido na admissão. Portanto, não há reexpansão do lí-
quido no espaço morto durante o curso de admissão e o volume do líquido recebido
em cada curso é sempre igual ao volume arrastado pelo pistão, independentemente
do afastamento ou espaço morto.

12-11. Variação com as Pressões de Admissão e Exaustão


Aumentando a pressão de escape ou diminuindo a pressão de admissão, haverá o
mesmo efeito sobre a eficiência volumétrica que se se for aumentando o afastamen-
to. Se a pressão de escape é aumentada, o vapor no espaço morto será comprimido
a uma pressão mais alta e uma quantidade maior de reexpansão será requerida para
expandilo para a pressão de admissão. Do mesmo modo, se a pressão de admissão
é abaixada, o vapor de compressão deve sofrer uma reexpansão maior expandin-
do-se para a pressão mais baixa antes que as válvulas de admissão possam abrir.
Por outro lado, para uma pressão de escape constante, a quantidade de reexpan-
são que o vapor de compressão experimenta antes que as válvulas de admissão
abram, diminui quando a pressão de admissão se eleva. É evidente, portanto, que
a eficiência volumétrica do compressor aumenta quando a pressão de admissão
aumenta e diminui quando a pressão de escape aumenta.

12-12. Taxa de Compressão


A relação entre a pressão de admissão absoluta e a pressão de escape absoluta é
chamada a taxa de compressão, isto é,

á Pressão de escape absoluta (12:7)


Pressão de admissão absoluta

onde: R = à taxa de compressão

Exemplo 12-4 Calcule a taxa de compressão de um compressor R-12, quando a


temperatura de admissão é 20 ºF e a temperatura de condensação é 100 ºF.

Solução: Da Tabela 16-3,

392

Material com direitos autorais


12-17. Variação da Capacidade do Compressor com
a Temperatura de Admissão
O desempenho do compressor e a eficiência do ciclo variam consideravelmente com
as condições de operação do sistema, O fator mais importante que determina a
capacidade do compressor, é a temperatura de vaporização do líquido no evapora-
dor, isto é, a temperatura de admissão. As grandes variações na capacidade do com-
pressor que são acompanhadas de mudanças na temperatura de admissão operante,
são principalmente um resultado de uma diferença na densidade do vapor de sucção
que entra na válvula de admissão do compressor. Quanto maior a temperatura de
vaporização do líquido no evaporador, mais elevada é a pressão de evaporação c
maior é a densidade do vapor de sucção. Por causa da diferença na densidade do
vapor de sucção, cada unidade de volume de vapor comprimido pelo compressor
representará uma massa maior de refrigerante quando a temperatura de admissão é
alta, do que quando ela é baixa. Isto significa que, para qualquer deslocamento
de pistão dado, a massa de refrigerante circulado pelo compressor por unidade de
tempo aumenta quando a temperatura de admissão aumenta.
O efeito da temperatura de admissão sobre a capacidade do compressor é melhor
ilustrada por um exemplo real,

Exemplo 12.5 Considerando uma eficiência de 100%, se o líquido atinge o con-


trole de refrigerante a 100 “F em cada caso, determine a massa de refrigerante circu-
lada por minuto e a capacidade teórica de refrigeração do compressor no Exemplo
12-1, quando operando em qualquer uma das seguintes temperaturas de admissão:
(a) 10ºFe (b) 40 ºF.

Solução:
(a) Da Tabela 16-3, a densidade do vapor saturado
R12a 10ºF 0,7402 Ib/pés*
H

Do Exemplo 12-1, o deslocamento do pistão 16,48 pés” /min


Taxa de fluxo de massa a admissão de 10 “F 16,48 X 0,7402
12,20 Ib/min

Da Tabela 16-3, a entalpia de vapor saturado


Ri2al0OºF = 79,36 Btu/lb
A entalpia do líquido R-12 a 100 ºF = 31/16 Btu/lb
Efeito refrigerante 48,20 Btu/lb
Capacidade teórica de refrigeração de compressor
a admissão de 10 ºF, Btu/min 12,20 X 48,02
S88,04 Btu/min

588,04
Capacidade teórica de refrigeração em ton
200
2,94 ton
396
171,8
Taxa de compressão
29,35
Da Fig. 12-4, a eficiência volumétrica = 5,85
= 64%
Capacidade real de refrigeração em ton = 2,64 X 0,64
= 1,69 ton
(b) Para a temperatura de admissão de 40 ºF.
Do Exemplo 12-1, o deslocamento do pistão
do compressor = 16,48 pés” /min
Da Tabela 16-3, a densidade do vapor saturado
R-12a40ºF = 1,263 Ib/pé
Taxa teórica de massa de fluxo = 1648 X 1,263
= 2081 Ib/min
Efeito de refrigeração por libra, evaporação a 40 ºF
e condensação a 120 ºF = 46,55 Btu/lb
Capacidade teórica de refrigeração do compressor = 20,81 X 46,55
= 968,7 Btu/min
968,7
Capacidade teórica de refrigeração em ton = mo
= 4,84 ton
Da Tabela 16-3, a pressão de admissão absoluta = 51,68 Ib/pol?
A pressão de exaustão absoluta = 171,8 Ib/pol?
| 171,8
Taxa de compressão =
. 51,68
= 3,32
Da Fig. 12-4, a eficiência volumétrica = 78%
Capacidade real de refrigeração em ton = 4,84X0,78
= 3,78 ton

Examinando-se o primeiro ciclo de 10 ºF, observe-se que elevando-se a tempera-


tura de condensação de 100 ºF para 120 “F reduz-se a capacidade teórica de refrige-
ração do compressor de 2,94 ton para 2,64 ton e a capacidade real de 2,12 ton
para 1,69 ton.
Uma vez que se considera que um compressor 100% eficiente desloca um volume
teórico de vapor igual a seu deslocamento de pistão e dado que a densidade do
vapor de sucção que entra no compressor para qualquer temperatura de vaporização
é sempre a mesma, independentemente da temperatura de condensação, o peso
teórico do refrigerante deslocado pelo compressor é o mesmo a todas as tempera-
turas de condensação e, portanto, a capacidade teórica de refrigeração do compres-
sor para qualquer temperatura de condensação depende somente do efeito refrige-

400

Material com direitos autorais


” ' “ Y

REFRIGERAÇÃO
] RINCI a e

Est manual é um tratado abrangente das


aplicações da refrigeração mecânica e
equipamentos correlatos. Apesar de ser um tratado
de alto nivel, pode ser usado nas escolas de nivel
secundário devido a sua simplicidade e concisão.
Foi tomado cuidado para aliar a teoria à prática, por r
meio do uso de catálogo de dados dos fabricantes pentatas.:
na maioria dos exemplos e problemas. ne

S uMÁRIO: Pressão, trabalho, potência, energia;


Matéria; Energia interna, calor, temperatura;
Processos com gases ideais; Vapores saturados e
superaquecidos; Propriedades psicrométricas do ar:
A refrigeração e o sistema de compressão de vapor:
Diagramas de ciclo e o ciclo saturado simples;
Ciclos reais de refrigeração; Cálculo de carga
térmica; Evaporadores; Eficiência dos compressores
alternativos; Equilibrio do sistema e controle de
ciclo; Condensadores e colunas de resfriamento:
Fluxo de fluidos, bombas centrifugas, tubulação de
agua e salmoura; Refrigerantes; Controle do fluxo de
refrigerantes; Contenção e lubrificação do
compressor; Tubulações de refrigerantes e 4
acessórios; Métodos de degelo, sistema de
refrigeração de baixa temperatura e sistemas de
absorção; Motores elétricos e circuitos de controle;
Tabelas e diagramas: Indice de materiais: Indice de
tabelas e diagramas,

I
ISBN 85-289-0159-9

BB
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a
o

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