Este documento discute conceitos-chave da ética, incluindo consciência moral, desenvolvimento da consciência moral e senso moral. Aborda as etapas do desenvolvimento da consciência moral de acordo com Piaget e Kohlberg, assim como as funções da consciência moral. Faz uma distinção entre consciência moral, que envolve julgamento e ponderação, e senso moral, que se refere a sentimentos e ações imediatas baseadas em valores.
Este documento discute conceitos-chave da ética, incluindo consciência moral, desenvolvimento da consciência moral e senso moral. Aborda as etapas do desenvolvimento da consciência moral de acordo com Piaget e Kohlberg, assim como as funções da consciência moral. Faz uma distinção entre consciência moral, que envolve julgamento e ponderação, e senso moral, que se refere a sentimentos e ações imediatas baseadas em valores.
Este documento discute conceitos-chave da ética, incluindo consciência moral, desenvolvimento da consciência moral e senso moral. Aborda as etapas do desenvolvimento da consciência moral de acordo com Piaget e Kohlberg, assim como as funções da consciência moral. Faz uma distinção entre consciência moral, que envolve julgamento e ponderação, e senso moral, que se refere a sentimentos e ações imediatas baseadas em valores.
Este documento discute conceitos-chave da ética, incluindo consciência moral, desenvolvimento da consciência moral e senso moral. Aborda as etapas do desenvolvimento da consciência moral de acordo com Piaget e Kohlberg, assim como as funções da consciência moral. Faz uma distinção entre consciência moral, que envolve julgamento e ponderação, e senso moral, que se refere a sentimentos e ações imediatas baseadas em valores.
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CONCEITOS BÁSICOS DA
ÉTICA E SUA IMPLICAÇÃO
NO CONTEXTO REAL UNIDADE II - Vamos abordar, 1.Conceito de Consciência 2.Desenvolvimento da Consciência Moral 3.Senso Moral 4.Responsabilidade Moral As 2 condições indispensáveis para uma vida ética são: *CONSCIÊNCIA *RESPONSABILIDADE ❑CONCEITO DE CONSCIÊNCIA MORAL Etimologicamente, a palavra consciência vem do latim conscientia: conhecimento de algo partilhado com alguém. Em português, o termo “consciência” tem, pelo menos dois sentidos: 1. Descoberta ou reconhecimento de algo, quer de algo exterior quer de algo interior... 2. Uma qualidade da mente capaz de perceber a relação entre si e o outro. •Numa definição com base nos ensinamentos da Igreja, a “consciência é o centro mais secreto e o santuário do homem, no qual se encontra a sós com Deus,” afirma a Constituição Pastoral Gaudium et Spes. •Para a psicologia, a consciência Em sentido psicológico, a consciência é a percepção do eu por si mesmo, este é o conceito mais conhecido. Noção do que se passa em nós... Em seu sentido moral, o termo consciência, é uma habilidade e a capacidade que uma pessoa possui de ter uma intuição ou julgamento do intelecto que distingue o certo do errado. A consciência Moral é a faculdade que tem o ser humano de juízos de valor éticas sobre atos certo e errado, sendo guiados nesta maneira de fazer ou não fazer- lhes. O matemático e filósofo Blaise Pascal dizia que a consciência é o melhor livro de moral que temos. ❑NATUREZA DA CONSCIÊNCIA MORAL Como faculdade cuja manifestação no ser humano o eleva à dignidade de um ser moral, A consciência moral tem: • UMA BASE RACIONAL: Todos os actos humanos são julgados e avaliados pela razão, em função de valores livre e racionalmente escolhidos. Não é, pois, “às cegas” que concebemos e realizamos a acção. É com a intervenção do pensamento que tomamos consciência dos problemas, que os compreendemos e que equacionamos soluções que nos parecem possíveis. A racionalidade permite-nos analisar criticamente aquilo com que nos deparamos, avaliar as acções pessoais e as dos outros, confrontando o que queremos fazer com aquilo que julgamos que devemos fazer. • UM ELEMENTO AFECTIVO: As relações interpessoais manifestam na consciência uma componente emocional tão forte que é capaz de dinamizar a acção humana do mesmo modo que a razão. Por vezes, junta-se à razão, colaborando e reforçando o seu papel, ou, então, opondo-se-lhe e entrando em conflito com ela. Assim, quer os sentimentos positivos de amor, amizade, simpatia e fraternidade quer os seus contrários manifestam uma “lógica” própria que interfere de modo significativo na acção. •UMA COMPONENTE SOCIAL É interagindo com os outros e através do processo de educação que a consciência moral se vai formando. O seu desenvolvimento passa pela interiorização de um “dever-ser” que lhe vai sendo apresentado pelos diferentes agentes (família, escola, media, grupo de pares, etc.) no decorrer do processo de socialização. ❑FUNÇÕES da consciência moral A expressão “voz da consciência” torna-se significativa para se compreenderem as principais FUNÇÕES / PAPÉIS da consciência moral. Ela é, antes de mais, uma voz que chama, uma voz que julga, uma voz que coage e uma voz que sanciona. •Apelativa, a consciência moral chama-nos para indicar que há valores, normas e deveres a que não podemos renunciar, isto é, orienta as nossas acções. •Imperativa, obriga-nos a agir de acordo com a hierarquia de valores que assumimos como nossos; • Judicativa, julga-nos de acordo com o que fazemos, tendo em conta os ideais/valores que seleccionamos para orientar a nossa vida; • Punitiva, sanciona-nos levando-nos a viver de “consciência pesada”, ou seja, a natureza dos actos praticados determina o aparecimento de sentimentos incomodativos de culpa, arrependimento, vergonha, remorso, etc. ❑TIPOS DE CONSCIÊNCIA Podem-se distinguir dois tipos de consciência, a consciência imediata e a refletida. ✓A CONSCIÊNCIA IMEDIATA ou espontânea caracteriza-se por ser a que remete para a existência do Homem perante si mesmo, no momento em que pensa ou age. ✓A CONSCIÊNCIA REFLETIDA ou secundária é a capacidade do Homem recuar perante os seus pensamentos, julgá-los e analisá-los. ❑ FORMAÇÃO DE CONSCIÊNCIA ÉTICA A consciência, como capacidade de julgar o que é correto e o que não é, de acordo com valores morais pode formar-se ou deformar- se. A educação, as experiências, a cultura... são elementos que intervém na formação da consciência humana. Formar a consciência, é educar os sentidos e atitudes, visando alcançar as virtudes... Segundo B. Haring, a formação da consciência deve realizar-se em cada indivíduo no sentido de: a) Assumir as implicações dos princípios básicos da moralidade b) Aprender a como aplicar as normas de tal forma que possa haver um juízo razoável da consciência; c) Escutar a verdade e procura-la a partir das fontes onde ela, de facto, pode ser encontrada Num site de formação cristã, Padre Faus diz que, “para educar a consciência é necessário tomar quatro atitudes”. 1. O conhecimento da Palavra de Deus 2. A luta para avançar nas virtude 3. A luta contra o orgulho 4. A luta contra o pecado ❑ DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA MORAL O desenvolvimento moral refere-se ao modo como a criança aprende a determinar o que é certo e o que é errado. Jean Piaget e Laurence Kohlberg são autores que estudaram as etapas de desenvolvimento da Consciência humana. Jean Piaget tem uma concepção cognitiva do desenvolvimento da consciência humano e L. Kohlberg uma perspectiva social. Na perspectiva de Piaget, a consciência moral evolui em paralelo com a inteligência e verifica-se um aperfeiçoamento que caminha da heteronomia à autonomia moral. Enquanto que na perspectiva de Kohlberg a consciência moral forma-se a partir da interacção do indivíduo com a sociedade. ‘O homem normal não é social da mesma maneira aos seis meses ou aos vinte anos de idade, e, por conseguinte, sua individualidade não pode ser da mesma qualidade nesses dois diferentes níveis.’ (Piaget ) Piaget dedicou praticamente toda sua vida acadêmica às investigações sobre como se processa o desenvolvimento cognitivo, como se desenvolvem o pensamento e o conhecimento. Piaget identificou, mediante a realização de inúmeras pesquisas com crianças, quatro estágios de desenvolvimento cognitivo. ✓1ª Etapa - Anomia (do grego a, "negação" + nomós, "lei, regra" = sem lei, sem regras). ( 0 á 2anos ) É a etapa do comportamento puramente instintivo, que se orienta pelo prazer ou pela dor. Ou seja, nesta fase a criança procura o prazer e foge da dor. Ela não consegue relacionar suas atitudes a normas morais. ✓2ª Etapa - Heteronomia (do grego heteros, "outros" + nomos, "lei, regra" = lei estabelecida por outros). ( Entre 2 e 6 anos) Nesta fase, a criança obedece às ordens para receber recompensa ou para evitar castigo: a criança presta um respeito absoluto às normas e não possui capacidade intelectual para compreender a razão de ser de uma norma. Moral de Obrigação ✓3ª Etapa - Socionomia (do latim socius, "companheiro, parceiro" + nomos (grego), "lei, regra" = lei interiorizada pelo convivio social). ( 7 á 11 Anos) Seria a fase onde os critérios morais da criança vão se firmando por meio de suas relações com outras. Ela vai interiorizando as noções de responsabilidade, justiça obrigação e respeito. Começa a não fazer aos outros o que não gostaria que fizessem a ela. Agem sempre buscando a aprovação ou evitando a censura dos outros. Moral de Solidariedade ✓AUTONOMIA (do grego: autó- próprio e nomos – lei – lei própria). (a partir dos 12 anos) Nesta fase a criança já interiorizou as normas morais e passa a comportar-se de acordo com elas. Kohlberg, aluno de Piaget, avaliou o raciocínio moral da criança e adultos, apresentando-lhes dilemas morais, ou situações hipotéticas nas quais as pessoas devem tomar decisões difíceis. Pergunta-se aos sujeitos o que a pessoa que está no dilema deve fazer e por quê.... A sua teoria propõe três níveis de moralidade: ❖Raciocínio pré-convencional (4-10 anos de idade) As decisões morais são egocêntricas, o que significa que as decisões são baseadas nos interesses pessoais. •O julgamento se baseia nas necessidades pessoais e nas regras dos outros. ❖Raciocínio Moral Convencional (Adolescentes e Adultos) Centrado no social – tem em conta os interesses dos outros numa determinada sociedade. O sujeito é capaz de olhar para além das consequências pessoais imediatas e considerar o ponto de vista, e especialmente a aprovação dos outros. O julgamento baseia-se na aprovação dos outros, nas expectativas familiares, nos valores tradicionais, nas leis da sociedade. ❖Raciocínio Moral Pós-Convencional Nem é egocêntrico nem social, mas autónomo no seu juízo. As pessoas mantêm princípios de justiça que transcendem as leis existentes e as convenções aceites. O julgamento baseia-se na autonomia. SENSO MORAL VS CONSCIÊNCIA MORAL? Senso Moral é o sentimento que cada indivíduo desenvolve ao entrar em contato com o comportamento da sua sociedade. Por exemplo... ✓Ao ver uma senhora idosa ser desrespeitada ??? ✓Um marido batendo na esposa??? ✓ Quando ver uma criança abandonada na rua??? Se sentir revoltado, indignado, raiva está a fazer uso do senso moral.... Portanto, são sentimentos que se manifestam tendo como base valores morais que são vigentes naquela sociedade, e que determinam o que é certo e o que é errado. O nosso senso moral, vem de nossos sentimentos, o que consequentemente leva as nossas ações. Assim, o senso moral apoiado em princípios éticos (bem/mal, certo/errado) atua como uma régua na medição das ações. Enquanto o senso moral é o SENTIMENTO E A AÇÃO IMEDIATA em resposta as emoções desencadeadas pelos valores morais, a consciência moral está relacionada com a PONDERAÇÃO/DISCERNIMENTO sobre quais decisões a pessoa deve tomar, em relação ao comportamento de si próprio e de outras pessoas. A consciência moral depende do senso moral, onde decidimos no nosso consciente o que devemos fazer, assumindo e sendo responsável pelas nossas ações e decisões. E onde muitas vezes, decidimos com o apoio de nossos sentimentos, sendo assim, tomamos todas decisões em relação ao nossos sentimentos. Imoral e Amoral? AMORAL Amoral é um adjetivo que classifica alguém sem noção de moral, ou seja, não é contra nem a favor dos princípios da moralidade. Amoral é aquilo que está fora da moral, ou seja, é aquilo que é neutro no que se refere à ética. Em um sentido prático, um indivíduo amoral vive sem as condições subjetivas exigidas para que os seus atos ou juízos sejam morais. Amoral é, por exemplo, aquele que, involuntariamente, como acontece na incapacidade mental, não reconhece nem pratica os princípios morais estabelecidos, e que são reguladores da vida em sociedade. 4. IMORAL Imoral é um adjetivo de dois gêneros com origem no latim immoralis que significa uma atitude contrária à moral ou qualifica uma pessoa que se comporta sem moralidade. A palavra imoral é formada pelo prefixo "i" e o substantivo "moral", sendo que o prefixo é usado para sugerir uma negação ou ideia contrária, neste caso mudando o sentido do substantivo. Imoral é, por exemplo, aquele que sabe e reconhece que existem princípios e normas morais sobre a conduta social, mas que os quebra ou viola intencionalmente. ❑Diferença entre amoral e imoral Amoralidade se distingue de imoralidade. Amoralidade= A pessoa não considera os valores morais porque ela os ignora, não os julga bons ou ruins. Imoralidade= a pessoa não concorda com tais conjuntos de regras, ela os conhece, mas contesta e age movida por interesses particulares, de forma imoral. TEMAS PARA O 1º TESTE • Conceito de ÉTICA • Objecto de Estudo da ética • Dicussão Actos humanos Vs Actos do Homem • Historicidade da Ética • Autores e as suas teorias éticas • Debate semelhança ética Vs Moral • Principios da Ético-Moral • Valores Morais • Classificação da Ética •Consciência Moral •Formação da Consciência •Desenvolvimento Moral •Senso Moral •Eticidade •Amoral/Imoral