Aula 2
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Universidade do Estado
do Rio de Janeiro
Eletroquímica
Teorias de Ionização
Mobilidade Iônica
Número de transporte
Eletroquímica (revendo...)
1) Estudo de eletrólitos:
No equilíbrio → termodinâmica dos eletrólitos,
teorias de dissociação eletrolítica, equilíbrios
iônicos em solução, etc.
Fora do equilíbrio → fenômenos de transporte de
massa.
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Condutividade Molar
Pode-se definir uma nova variável, a condutividade molar
(Λ): κ
1 Λ = Λ=lambda
C= ⇒ κ = ρ −1 c c = conc. molar
R
Λ∞
v (diluição)
Λ ∝ 1/c ou Λ ∝ ν (diluição)
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Λ = Λ∞ − k c
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Λ = Λ∞ − k c
KCl
ZnSO4
CH 3COOH
c
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Teorias de ionização
Svante Arrhenius (1887) – 1ª teoria de ionização bem
sucedida. Foi proposta para explicar o comportamento
distintos das soluções eletrolíticas em relação às não
eletrolíticas.
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Teorias de ionização
Princípio da eletroneutralidade:
ν + z + +ν − z − = 0 zi é a carga do íon
νi é a atomicidade do íon
Generalizando-se:
∑ν z
i
i i =0
Teorias de ionização
3) Os íons se distribuem caotica e uniformemente em
solução, de tal forma que as atrações interiônicas se
anulam.
4) A dissociação das moléculas em íons não é completa,
sendo que, no equilíbrio, moléculas e íons coexistirão na
solução.
Quanto maior a formação de íons, maior o grau de
ionização (α).
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Teorias de ionização
Em eletrólitos fracos, tem-se íons presentes em solução
em equilíbrio com moléculas não ionizadas.
nDissociados
α=
BA ↔ B + + A − nTotal
Arrhenius (1887)
Para verificar a validade da teoria:
Logo, Λ∞ deveria ser uma medida do número total de íons
que podem ser formados.
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Seja a reação: BA ↔ B+ + A−
Início: c - -
Equilíbrio: c(1-α) cα cα
Constante de equilíbrio [ B + ][ A− ]
(supondo solução ideal): K=
[ BA]
Então:
α 2c Lei da diluição de
=K Ostwald para
(1 − α ) eletrólitos 1:1
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Λ α 2c
∞
=α =K
Λ (1 − α )
Substituindo a lei de Arrhenius na lei de Ostwald:
Λ
2
Λ Λ
c c . ∞
Λ ∞
Λ ∞
Λ Λ Λ Λ∞
K= = ∞ =c ∞ . ∞. ∞
1− Λ Λ − Λ Λ Λ Λ −Λ
∞
Λ Λ∞
Λ2 Λ2 .c Λ2 c
K =c ∞ ∞ = ∞ 2 =K
Λ (Λ − Λ) (Λ ) − ΛΛ ∞
( )
∞ 2
Λ − ΛΛ ∞
Condutância e Ionização
Para verificar se a Teoria de Arrhenius é satisfatória
para ácidos fracos.
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Condutância e Ionização
Sim, a Teoria de Arrhenius é satisfatória para ácidos
fracos.
Condutância e Ionização
Teoria de Arrhenius é satisfatória para ácidos fracos.
Λ2 c
=K
(Λ )
∞ 2
− ΛΛ∞
⇒ Λc = K
(Λ ) ∞ 2
− KΛ∞
Λ
1 1 1
⇒ = ∞+ .Λc
Λ Λ KΛ∞
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Condutância e Ionização
No entanto, a Teoria de Arrhenius não é satisfatória para
eletrólitos fortes.
Condutância e Ionização
Conclusão ⇒ para eletrólitos fortes:
Λ
≠α
Λ∞
Pensando em eletrólitos fortes:
São eletrólitos cujos íons estão completamente (ou quase
completamente) dissociados em qualquer concentração.
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Constante Dielétrica
Resposta: por que a água tem grande capacidade de
solvatar (acomodar) íons.
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Considerações:
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Equação de Onsager
Cálculos de Debye-Hückel foram modificados por Onsager,
resultando na eq. de Debye-Hückel-Onsager:
(
Λ = Λ∞ − A + BΛ∞ ) c
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Equação de Onsager
Motivo:
Razão de condutância
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Λ∞ = Λ∞+ + Λ∞−
Λ∞+ e Λ∞- são as condutividades molares de cátions e
ânions.
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Geralizando:
Λ∞ = ν + Λ∞+ +ν − Λ∞−
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Ex.:
Relembrando
Curvas experimentais:
Eletr. Forte
Eletrólito Fraco
c
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Mobilidade Iônica
κ) = medida da corrente que um eletrólito
Condutividade (κ
pode conduzir.
Depende de 3 fatores:
Mobilidade Iônica
A velocidade u depende de outros 4 fatores:
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Mobilidade Iônica
A velocidade de migração influencia na condutividade do
eletrólito.
Para obter como a condutividade varia com a mobilidade,
vamos considerar uma superfície de área A (plano
imaginário) localizada no interior da solução eletrolítica
sujeita à ação de um campo elétrico.
+ -
Mobilidade Iônica
u-
u+
Plano
Imaginário
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Mobilidade Iônica
Um cátion localizado em A, após um tempo t, terá
percorrido uma distância = u+t, sendo u+ a velocidade do
cátion (vel=distância/tempo)
A quantidade de carga transferida pelos cátions é a carga
transportada pelos cátions confinados num bloco de certo
volume que migram durante um tempo t (volume = u+t A).
+ -
A
u+t
Mobilidade Iônica
Quantidade de cátions contidos no bloco = c+.V =
c+u+t.A, sendo c+ a concentração de cátions.
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Mobilidade Iônica
As velocidades de transferências de carga pelos cátions e
ânions são obtidas dividindo as quantidades acima (carga
transportadas) pelo tempo.
A velocidade de transferência de carga pelos íons é a
corrente transportada pelos íons através da área A,
denominada I+ e I- .
I + = c+ u+ z+ FA I − = c−u− | z− | FA
E a corrente total:
I = I + + I − = c+ u + z + FA + c−u − | z − | FA
Mobilidade Iônica
Sabemos que, se um mol de eletrólito fornece ν+ cátions e
ν- ânions, as concentrações dos íons são:
c + = ν +α c c− = ν −α c
Substituindo na equação anterior:
I = ν +α c u + z + FA +ν −α c u − | z − | FA
I = α c FA(ν + u + z + + ν − u − | z − |)
Em termos de densidade de corrente (j), j = I/A:
j = α c F (ν + u + z + + ν − u − | z − |)
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Mobilidade Iônica
De acordo com a lei de Ohm (U = I.R), a velocidade dos
íons deve ser proporcional ao potencial elétrico:
u+ = m+ E u− = m− E
sendo m+ e m- constantes chamadas de mobilidade de
cátions e ânions, e E a ddp por unidade de comprimento.
j = α c FE (ν + m+ z + +ν − m− | z − |)
Relembrando a definição de condutividade (κ = j/E) e
condutividade molar [Λ = κ/c = j/(cE)], teremos:
κ j
Λ= = ∴ Λ = α F (ν + m + z + +ν − m − | z − |)
c c.E
Mobilidade Iônica
À diluição infinita, α = 1, assim:
Λ∞ = F (ν + m+∞ z+ +ν − m−∞ | z− |)
Λ∞ = ν + Λ∞+ +ν − Λ∞−
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