O documento discute se a pobreza gera violência. A antropóloga Alba Zaluar e o sociólogo Edmundo Campos Coelho desvinculam a noção de que a pobreza causa violência, apontando que nem todos os pobres são criminosos e períodos de crise econômica não necessariamente aumentam a criminalidade. Alba sugere que a desigualdade social na sociedade de consumo e a busca por prestígio entre jovens pobres podem explicar em parte a violência.
O documento discute se a pobreza gera violência. A antropóloga Alba Zaluar e o sociólogo Edmundo Campos Coelho desvinculam a noção de que a pobreza causa violência, apontando que nem todos os pobres são criminosos e períodos de crise econômica não necessariamente aumentam a criminalidade. Alba sugere que a desigualdade social na sociedade de consumo e a busca por prestígio entre jovens pobres podem explicar em parte a violência.
O documento discute se a pobreza gera violência. A antropóloga Alba Zaluar e o sociólogo Edmundo Campos Coelho desvinculam a noção de que a pobreza causa violência, apontando que nem todos os pobres são criminosos e períodos de crise econômica não necessariamente aumentam a criminalidade. Alba sugere que a desigualdade social na sociedade de consumo e a busca por prestígio entre jovens pobres podem explicar em parte a violência.
O documento discute se a pobreza gera violência. A antropóloga Alba Zaluar e o sociólogo Edmundo Campos Coelho desvinculam a noção de que a pobreza causa violência, apontando que nem todos os pobres são criminosos e períodos de crise econômica não necessariamente aumentam a criminalidade. Alba sugere que a desigualdade social na sociedade de consumo e a busca por prestígio entre jovens pobres podem explicar em parte a violência.
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Pobreza gera violência?
• Estudo de caso:no início dos anos 1980, o
conjunto habitacional Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, tinha se tornado conhecido como uma das localidades mais violentas do país. Os meios de comunicação, em sua maioria, referiam-se à população do local como “perigosa”, “bandida” e sem “escrúpulos”. Nessa mesma época, e nessa mesma localidade, a antropóloga Alba Zaluar deu início a uma pesquisa que resultou no livro A máquina e a revolta. Pobreza gera violência? • Alba desvincula duas noções que, no discurso do senso comum, aparecem quase sempre associadas: pobreza e violência. O indivíduo é violento porque é pobre, é pobre porque não tem acesso à educação, não tendo educação não sabe votar nem exigir seus direitos; • Segundo a antropóloga, a pobreza não é um ingrediente óbvio da criminalidade. Se assim o fosse, todos os pobres seriam necessariamente criminosos, e todos os criminosos seriam pobres. Pobreza gera violência? • O sociólogo mineiro Edmundo Campos Coelho também desmitificou essa correlação causal pobreza-crime. Segundo Coelho os períodos de crise econômica, quando aumentam as taxas de desemprego, não são os de maior aumento da taxa de crimes violentos; • Para o autor, a associação a ser estudada era entre crime e impunidade penal. Isso quer dizer que não punir o criminoso gera mais crime do que situações de carência ou desemprego. Pobreza gera violência? • Se a explicação para a violência não está na pobreza, onde estará? • A desigualdade, e não a pobreza, tende a resultar em violência no contexto da sociedade de consumo; • Alba Zaluar sugere que muitos jovens pobres optem por fazer parte de redes criminosas porque elas podem lhes oferecer prestígio e poder. Essa rede aspira a um estilo de vida em que ganham destaque bens de consumo cujo acesso dificilmente poderia ser alcançado por esses jovens e seus familiares. Pobreza gera violência? • Alba Zaluar nos lembra, ainda, que a chance de morrer precocemente não é exclusiva dos jovens que aderem à rede criminosa: todos os que moram em zonas “dominadas” pela lógica da guerra – ou seja, pelos narcotraficantes – estão igualmente expostos à chance de morrer de forma violenta e arbitrária; • A antropóloga observou na Cidade de Deus que, dependendo da idade do entrevistado, as concepções de “trabalho” variavam significativamente: para os adultos trabalhadores, ser “trabalhador” e “provedor do Bibliografia • BOMENY, Helena et aliae. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2010.