NT 13
NT 13
NT 13
SUMÁRIO ANEXOS
1 Objetivo A Níveis de pressurização e Áreas de Escape
2 Aplicação B Resumo de exigências para os diversos tipos
3 Referências normativas e bibliográficas de edificações com sistemas de pressurização
4 Definições C Condições para instalação de casa de
5 Procedimentos máquinas de pressurização no pavimento
6 Disposições Gerais cobertura
D Condições para não se revestir os dutos
metálicos de sucção e/ou pressurização
E Esquema geral do sistema de pressurização
F Modelo de cálculo de vazão do sistema
G Modelos de escape de ar a partir da Escada
Pressurizada e Elevador de Emergência
H Modelo de cálculo de escape de ar para o
exterior
1. OBJETIVO
1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento da pressurização de escadas de
segurança em edificações.
1.2 Manter as escadas de emergência livres da fumaça, de modo a permitir a fuga dos ocupantes de uma
edificação no caso de incêndio. Esse sistema também pode ser acionado em qualquer caso de necessidade de
abandono da edificação.
1.3 Compete ao responsável técnico e ao responsável pela obra adotar, dimensionar e instalar corretamente as
medidas de segurança contra incêndio estabelecidas nessa Norma Técnica.
1.4 Compete ao CBMGO, durante a análise dos projetos e nas inspeções, por meio de seus militares, a
verificação por amostragem dos itens exigidos nesta norma, não se responsabilizando pelo dimensionamento,
pela instalação, comissionamento, teste, manutenção ou utilização indevida.
2. APLICAÇÃO
2.1 Esta Norma Técnica (NT) se aplica a todas as edificações descritas no Anexo B.
4. DEFINIÇÕES
4.1 Além das definições constantes da NT-03 - Terminologia de segurança contra incêndio, aplica-se a definição
específica abaixo:
4.2 Espaço pressurizado: caixa de escada, antecâmara, poço, saguão, corredor ou outro compartimento em que
a pressão do ar é mantida em um valor mais alto do que o da zona de fogo.
5. PROCEDIMENTOS
5.1 Conceitos básicos do sistema de pressurização
5.1.2.2 Sistema de 2 estágios: incorporar um nível baixo de pressurização, para funcionamento contínuo, com
previsão para um nível maior de pressurização que entra em funcionamento em uma situação de emergência.
5.1.2.3 Recomenda-se dar preferência para a opção do sistema de 2 estágios, para que se mantenha um nível
mínimo de proteção em permanente operação, bem como propiciar a renovação de ar no volume da escada.
5.1.5.1 O nível de pressurização utilizado para fins de projeto não deve ser menor que o apresentado na Tabela
A1 do Anexo A desta NT e não deve ultrapassar o limite de 60 Pa, considerando-se todas as PCF (portas corta-
fogo) de acesso à escada, na condição fechadas.
5.1.5.2 Os edifícios utilizados por crianças, idosos e ou pessoas incapacitadas precisam de considerações
especiais, a fim de assegurar que as PCF possam ser abertas, apesar da força criada pelo diferencial de
pressão.
5.1.5.3 Na determinação da vazão e pressão dos motoventiladores para obtenção da pressurização, no interior
dos espaços pressurizados, devem ser avaliadas as perdas de carga localizadas em todos os componentes de
captação e distribuição do sistema (dutos, venezianas, grelhas, joelhos, dampers, saídas dos motoventiladores,
rugosidades das superfícies internas dos dutos etc.). Estas perdas devem constar no memorial de cálculo,
atendendo as seguintes condições:
Equação 1:
𝟏
𝑸 = 𝟎, 𝟖𝟐𝟕 𝒙 𝑨 𝒙 (𝑷)(𝑵)
Onde:
Q é o fluxo de ar (m³/s);
A é a área de restrição (m²);
P é o diferencial de pressão (Pa);
N é um índice que varia de 1 a 2;
No caso de frestas em torno de uma PCF, N =2
No caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas em torno de janelas, N = 1,6
Vazão de ar (condição padrão de ar com densidade de 1,204 kg/m3).
a) Na trajetória de escape do ar para fora de um espaço pressurizado, podem existir elementos de restrição
posicionados em paralelo, tal como ilustrado na Figura 1, ou em série, como apresentado na Figura 2,
ou ainda uma combinação desses.
Equação 2:
𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑨𝟏 + 𝑨𝟐 + 𝑨𝟑 + 𝑨𝟒
c) No caso das portas em série, como a PCF da escada e a PCF da antecâmara não ventilada a ela
associada, como demonstrado na Figura 2 acima, temos:
Equação 3:
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 𝟏
= + + +
(𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍)𝟐 (𝑨𝟏 )𝟐 (𝑨𝟐 )𝟐 (𝑨𝟑 )𝟐 (𝑨𝟒 )𝟐
a) Por meio das frestas em torno das PCF (quando essas estiverem fechadas), devendo ser adotados os
valores constantes da Tabela A2 do Anexo A desta NT;
b) Por meio do vão de luz das PCF consideradas na condição abertas, na quantidade estipulada na Tabela
B1 do Anexo B desta NT, somadas às perdas pelas frestas das demais PCF consideradas na condição
fechadas;
c) Por meio das frestas no entorno de portas de elevadores e janelas existentes no espaço pressurizado.
a) Para ser eficaz, a escada de emergência deve ter seus acessos protegidos por PCF, sendo inevitável
que estas sejam abertas ocasionalmente. A pressurização projetada não pode ser mantida, se houver
grande abertura entre a área pressurizada e os espaços adjacentes;
b) Caso haja uma abertura permanente no espaço pressurizado (uma janela dentro da caixa de escada,
por exemplo), deve ser considerada a introdução de vazão de ar suficiente para se obter uma velocidade
média do ar, através desta abertura, de 4 m/s;
c) Abertura intermitente das PCF, quando do abandono da edificação, produz, momentaneamente, uma
perda de pressão no interior da escada. Nesta situação, a vazão de ar determinada pela Equação 1
deve ser avaliada para que seja obtida uma condição satisfatória para minimizar a infiltração de fumaça
no interior da escada nesta situação, devendo possibilitar a manutenção de uma velocidade de ar
mínima de 1,0 m/s saindo através das PCF consideradas na condição abertas;
d) Os critérios para verificação da velocidade do ar a que se referem os itens seguintes são os estipulados
no item 5.1.6.5, adiante;
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
e) O número de PCF, na condição abertas, a ser utilizado nos cálculos, depende do tipo de edificação
considerando-se o número de ocupantes e as dificuldades encontradas para o abandono, devendo
obedecer aos critérios estipulados no Anexo B, desta NT;
f) Uma PCF considerada na condição aberta deve ser acrescentada no cálculo do suprimento de ar do
sistema de pressurização (em relação ao estabelecido no Anexo B, desta NT), em edificações de
escritório até 21 m de altura onde existem locais de reunião de público, com capacidade para 50 ou
mais pessoas (tais como auditórios, refeitórios, salas de exposição e assemelhados). Esse critério deve
ser desconsiderado quando o local de reunião de público estiver no piso de descarga (térreo ou nível
com saída direta para o exterior) ou em mezaninos do piso térreo com acessos através de escadas
exclusivas, de tal modo que a escada pressurizada não seja utilizada como rota predominante de saída
de emergência para esse público;
g) Devem ser considerados os vãos e frestas reais de todas as PCF da caixa da escada pressurizada,
conforme especificado abaixo, na quantidade estipulada no Anexo B desta NT:
I. PCF simples, quando todos os acessos à escada pressurizada ocorrer apenas através de PCF
simples;
II. PCF duplas, quando a quantidade de PCF duplas instaladas for igual ou superior à quantidade
de PCF abertas - critério esse estipulado no Anexo B desta NT, para efeito de dimensionamento
de escapes de ar por meio de PCF na condição abertas;
III. PCF duplas e PCF simples na mesma caixa de escada, quando a quantidade de PCF duplas
for inferior à quantidade de PCF consideradas na condição abertas (conforme critério estipulado
no Anexo B desta NT, para efeito de dimensionamento de escapes de ar por meio de PCF na
condição abertas) devem ser consideradas todas as PCF duplas e, na quantidade devida,
complementar com PCF simples. Neste caso, cada PCF dupla deve ser computada como uma
PCF aberta e não como duas, embora devam ser somados o vão de luz real de cada PCF dupla
e simples consideradas.
h) Em edificações existentes é comum o uso da pressurização de um amplo hall e o uso da PCF no acesso
às unidades residenciais ou unidades de escritório etc., como estabelecido na figura 1 do item 5.1.6.2.
Nesses casos, o número de PCF duplas ou simples calculadas (respeitando-se suas áreas), deve ser
de 4 para edificações com até 60 m de altura, sendo que acima desse valor é exigido o cálculo de 5
PCF abertas.
OBSERVAÇÃO:
O número máximo de PCF por pavimento em contato com esse ambiente pressurizado deve ser de 4 PCF simples. Características diferentes
devem ser avaliadas em Comissão Técnica do CBMGO.
NOTA:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas deve ser calculada pela equação abaixo:
Equação 4:
ONDE:
QT = vazão total requerida do sistema de pressurização;
QFT = vazão total das frestas com todas as portas fechadas (m³/s) conforme Equação 1;
QAT = vazamento de ar através das portas consideradas na condição abertas somadas às frestas das demais portas, na condição
fechadas (m³/s), com velocidade de 1 m/s.
d) Sobre o valor de vazão de ar obtido conforme itens “a” ou “c” acima, devem ser aplicados os fatores
de vazamentos em dutos e de vazamentos não identificados, conforme item 5.1.6.6;
e) Para atender a todas as hipóteses de escapes de ar e de vazamentos não identificados, contidos
nesta NT, invariavelmente a escada pressurizada deve ser provida de dispositivos que impeçam que
a pressão no seu interior se eleve acima de 60 Pa, devido ao excesso de ar que pode ser necessário.
Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o desenvolvimento da equação 4, constante do item
anterior, acrescentar ao resultado final, conforme equação 5, abaixo, os fatores de vazamentos de ar em
dutos e de vazamentos não identificados:
a) Acrescentar 15% para vazamentos em dutos metálicos ou 25% para dutos construídos em alvenaria
ou mistos, sendo que esses valores porcentuais devem ser considerados independentemente do
comprimento dos dutos;
b) Acrescentar 25% - para atender à hipótese de vazamentos não identificados:
II. QTS = QT + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria ou mistos) + 25% (vazamentos não
identificados).
ONDE:
QT = vazão total requerida do sistema de pressurização (m³/s) conforme Equação 4, levando-se em consideração a condição padrão do
ar;
QTS = vazão total requerida do sistema de pressurização (m³/s) conforme Equação 4 acrescida dos fatores de segurança, levando-se
em consideração a condição padrão do ar.
NOTA:
A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas, somada aos dois fatores de segurança acima descritos, deve ser
calculada conforme abaixo:
Equação 5:
𝑸𝑻𝑺 = 𝑸𝑻 𝒙 𝟏, 𝟒
(𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒔𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒕𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒎𝒆𝒕á𝒍𝒊𝒄𝒐)
𝒐𝒖
𝑸𝑻𝑺 = 𝑸𝑻 𝒙 𝟏, 𝟓
( 𝒒𝒖𝒂𝒏𝒅𝒐 𝒔𝒆 𝒕𝒓𝒂𝒕𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝒅𝒖𝒕𝒐 𝒅𝒆 𝒂𝒍𝒗𝒆𝒏𝒂𝒓𝒊𝒂 𝒐𝒖 𝒎𝒊𝒔𝒕𝒐)
a) Para as edificações residenciais com altura superior a 120 m e para as demais ocupações com altura
superior a 90 m será exigida, além da pressurização da escada de segurança, a existência de uma
antecâmara de segurança;
b) Essa antecâmara deve possuir as seguintes características:
I. Ser interposta entre a escada pressurizada e os seus acessos nos pavimentos (áreas
técnicas, áreas comuns ou privativas da edificação), em todos os níveis de pavimento,
considerando-se a partir do piso de descarga, nos sentidos ascendente e descendente
(pavimentos superiores e inferiores ao nível da descarga) dentro do critério de altura fixado
na Tabela B1 do Anexo B desta NT;
II. Ser protegida por PCF P-60, tanto no acesso à antecâmara de segurança quanto no acesso
à escada pressurizada.
NOTA: Edificações acima de 150m de altura devem possuir PCF P-90 tanto no acesso à antecâmara de segurança quanto no
acesso à escada pressurizada.
d) Deve haver um diferencial de pressão (DDP) entre a antecâmara de segurança e o interior da escada
pressurizada, garantindo-se dessa forma o gradiente de pressão no sentido do interior da escada
pressurizada para a antecâmara de segurança; para realizar essa DDP, o Corpo de Bombeiros aceita:
I. A previsão de insuflação somente na escada, deixando uma abertura na parede entre a escada
e cada antecâmara, adotando o princípio de vasos comunicantes, controlados por venezianas
unidirecionais, reguláveis e independentes em cada nível de pavimento, de forma a manter um
gradiente de pressão no sentido do interior da escada pressurizada para a antecâmara de
segurança (Figura – 3). Um único dispositivo de controle de pressão deverá ser localizado no
interior do espaço pressurizado e o cálculo do suprimento de ar para o sistema de pressurização
deve ser dimensionado considerando o escape de ar através dessas grelhas, frestas do elevador
de emergência (se houver – Figura 5) além das portas (adotar as frestas e vãos reais efetivos);
O elevador de emergência, quando possuir a antecâmara pressurizada, deverá atender os critérios descritos
na NT-11 além de possuir casa de máquinas independente e isolada em relação aos demais elevadores, com
paredes com TRRF, mínimo de, 2 h e acessos por PCF P-90;
Deverá adotar os critérios do item 5.1.6.7 e da Tabela A1 do Anexo A, desta NT, e apresentar as seguintes
características:
a) Quando contígua com a escada e não possuir duto exclusivo, deve ser pressurizada pelo mesmo
sistema da escada, conforme previsto no item 5.1.6.7 alínea d;
b) Quando o acesso for independente da escada e a pressurização estiver sendo feita por duto
exclusivo, o cálculo para determinação da vazão de ar de pressurização deverá considerar as frestas
das portas do elevador e das PCF de acesso às antecâmaras conforme a Tabela A2 do Anexo A.
Considerando que esses parâmetros dimensionais poderão estar alterados na conclusão da obra, a
vazão de ar introduzida em cada antecâmara deve ser regulada para que a pressão interna não
ultrapasse a 60 Pa (controle na antecâmara – espaço pressurizado);
das portas de acesso ao elevador nos diversos pavimentos. Para tanto, avaliar as condições para se
manter as antecâmaras pressurizadas até o limite de 60 Pa, considerando-se as resistências das
frestas no entorno das portas dos elevadores e PCF de acesso em cada pavimento, bem como as
velocidades exigidas nesta norma. As paredes do poço do elevador devem seguir os critérios do item
5.3.6, desta NT;
5.1.6.8.2 Edificações com altura ascendente superior a 12m devem possuir elevador de emergência com
antecâmara pressurizada.
5.1.6.9.1 Com a finalidade de eliminar o risco de redução de desempenho do ventilador, em termos de vazão,
deve ser considerado o “efeito do sistema”, atendendo aos parâmetros definidos pelo fabricante. Normas de
referência: Normas ASNI/ASHRAE 51; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação
201-90 - “O fator do efeito do sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas.
5.2 A edificação
a) Em edifícios com múltiplas escadas pressurizadas, devem ser instalados sistemas independentes de
pressurização para cada escada. A exigência de sistemas independentes se aplica aos equipamentos
a serem instalados, devendo estes serem independentes para cada escada (conjunto motoventilador,
dutos de insuflamento, registros e grelhas), e quanto ao ambiente onde serão instalados os
motoventiladores (proteção passiva dos sistemas) pode-se aceitar uma casa de máquinas única,
desde que seja dimensionada conforme item 5.2.4 desta NT, em especial as alíneas “e’”, “j”, “l” e “m”.
Esse conceito se aplica igualmente para os sistemas de detecção automática de incêndio e para o
grupo motogerador, que pode ser único para alimentação dos sistemas de pressurização de uma
edificação;
b) Não devem ser aceitas escadas de segurança com aberturas entre si (uma escada se comunicando
com a outra, através de dutos, janelas etc.);
c) No caso de uma escada em que for utilizado o recurso arquitetônico de aproveitamento de área da
caixa de escada, mantendo-se as larguras e unidades de passagens, com duas entradas distintas
para a mesma caixa de escada em um mesmo nível, é permitida a pressurização por um único duto,
devendo-se levar em conta o número de portas abertas, frestas e perdas em duplicata;
d) Somente é possível existir em uma mesma edificação escadas de emergência pressurizadas e não
pressurizadas que atendam aos mesmos espaços, quando for comprovada a não interferência de uma
sobre a outra, no que tange o arraste de fumaça para dentro das escadas não pressurizadas, sendo
admitidas apenas escadas do tipo enclausurada;
Nota: a comprovação de que trata a alínea d) deste inciso é feita mediante cumprimento de uma das seguintes condições:
I - Separação entre as escadas de segurança pressurizadas e não pressurizadas por um espaço amplo, onde haja
aberturas para o exterior com área mínima equivalente a duas vezes a área da porta de acesso à escada não pressurizada;
ou
II - Apresentação de laudo detalhado demonstrando que a operação do sistema de pressurização não acarretará em fluxos
de fumaça para dentro das escadas não pressurizadas.
c) Sistemas de exaustão podem ser mantidos ligados desde que promovam um fluxo favorável ao
sentido do escape de ar do sistema de pressurização de escada, sendo que tais casos podem ser
analisados em Comissão Técnica;
d) O sistema de alarme e detecção de incêndio também deve ser o responsável pelo comando das
alterações necessárias no sistema de ventilação e ar condicionado. O sinal, que deve dar início a
todas estas alterações na operação desses sistemas, deve vir da mesma fonte que aciona a
pressurização na situação de emergência;
e) Detector de fumaça dentro dos dutos de retorno do ar condicionado pode ser utilizado como sistema
auxiliar de acionamento do sistema de pressurização, devendo o mesmo ser adequadamente
instalado e ter sua eficiência comprovada por meio de ensaio, de acordo com NBR 17240.
a) A edificação deve proporcionar a proteção adequada contra incêndio para todos os componentes que
garantam o funcionamento do sistema de pressurização;
b) Os dutos de sucção e/ou pressurização, seus ancoramentos ou seus revestimentos contra incêndio,
em seu caminhamento interno ou externamente à edificação, não devem passar por ambientes que
possam prejudicar (com danos mecânicos, químicos ou do próprio incêndio) a eficiência do sistema
de pressurização;
c) Os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu caminhamento devem, de preferência, estar
posicionados o mais próximo possível ao teto (laje) dos ambientes, sendo que quaisquer outras
instalações devem estar posicionadas logo abaixo, desde que atendam aos requisitos do item 5.2.5,
letras (f, g e h) desta NT;
d) Os ancoramentos dos dutos e outros acessórios, necessários ao sistema de pressurização, não
podem servir funcionalmente a outros tipos de instalações;
e) Cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização devem estar devidamente protegidos contra a
ação do fogo em caso de incêndio, garantindo o acionamento e o funcionamento do sistema de
pressurização para no mínimo 2 h;
f) Os dutos de sucção e/ou pressurização, para que não seja exigido o revestimento contra incêndio,
devem estar afastados de sistemas de vasos sob pressão, baterias de GLP ou sistemas alimentados
por gás natural, de nafta ou similares e depósitos ou tanques de combustível, de acordo com o
estabelecido no Anexo D desta NT;
g) Para os riscos citados no item 5.2.4 letra (f), em que não consiga os afastamentos estabelecidos no
Anexo D (todos desta NT), além da proteção que garanta resistência ao fogo por 2 h nos dutos de
sucção e/ou pressurização, deve ser prevista distância mínima, medida no plano horizontal, de 2 m
desses riscos;
h) Caso o afastamento de 2 m entre as tubulações que conduzem gás GLP, gases naturais, de nafta ou
similares e os dutos de sucção e/ou pressurização não seja cumprido, essas tubulações de gás
devem ser envolvidas por tubo-luva de proteção, de ferro galvanizado ou aço carbono, devidamente
identificada na cor vermelha e suportado de forma independente, com diâmetro nominal mínimo 1,5
vezes maior que a tubulação a ser envolvida. O afastamento, medido no plano horizontal, entre a
entrada e saída do tubo-luva de proteção e os dutos de sucção e/ou pressurização, deve ser de no
mínimo 1 m, de acordo com o estabelecido no Anexo D desta NT;
i) O grupo motoventilador, seus acessórios, componentes elétricos e de controle, devem ser alojados
em compartimento resistente ao fogo por, no mínimo, 2 h. As PCF de acesso a esse compartimento
devem ser do tipo PCF P-90;
j) Caso o compartimento da casa de máquinas do grupo motoventilador esteja posicionado em
pavimento subsolo, ou outro pavimento que possa causar risco de captação da fumaça de um
incêndio, deve ser previsto uma antecâmara de segurança entre esse compartimento e o pavimento.
Também deve ser previsto sistema de detecção no acesso a esse conjunto compartimento casa de
máquinas. Essa antecâmara de segurança pode possuir dimensões reduzidas, com relação ao
estabelecido na NT-11. O acesso à antecâmara de segurança deve ser protegido por uma PCF P-90,
bem como, o acesso à casa de máquinas do grupo motoventilador ser protegido por uma porta
estanque, de forma a evitar a captação de fumaça que porventura passe pelas frestas desta PCF.
Essa solução pode ser substituída por outra que garanta a diminuição de risco de captação da fumaça
de um incêndio pelo compartimento casa de máquinas do grupo motoventilador;
k) Quando o sistema de interligação do grupo motoventilador for realizado por correias, deve ser
providenciada proteção contra eventuais acidentes pessoais, por meio de grade ou outro dispositivo
que possua mesma finalidade e eficiência;
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
l) Cuidados especiais devem ser tomados para evitar a entrada de água ou produtos agressivos, nos
compartimentos casa de máquinas do grupo motoventilador e do grupo motogerador automatizado,
por intempéries ou mesmo quando da manutenção geral da edificação;
m) O grupo motoventilador deve estar posicionado em compartimento diferente do que abriga o grupo
motogerador automatizado;
n) Prever fechamento adequado para as instalações hidráulicas de água, esgoto e águas pluviais no
interior das casas do grupo motoventilador e grupo motogerador, com TRRF conforme a NT 08 -
Resistência ao fogo dos elementos de construção.
a) O conjunto motoventilador deve atender a todos os requisitos desta NT, para proporcionar a
pressurização requerida;
b) Em todos os edifícios devem ser previstos sistemas motoventiladores em duplicata, com as mesmas
características, para atuarem na situação de emergência, de acordo com os critérios estabelecidos
no Anexo B desta NT;
c) Para se atingir a vazão total de projeto, podem ser utilizados 2 grupos motoventiladores, sendo que
cada grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema e 100% da pressão total
requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência e em conjunto.
a) É essencial que o suprimento de ar usado para pressurização nunca esteja em risco de contaminação
pela fumaça e/ou outros gases tóxicos ou asfixiantes. Medidas para minimizar a influência da ação
dos ventos sobre o sistema de pressurização (como a tomada e a saída de ar) também devem ser
adotadas;
b) As seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas, em relação às aberturas próximas à tomada de
ar da pressurização:
I. 2,5 m das aberturas nas laterais, medidos horizontalmente. Quando a tomada de ar for feita
abaixo do nível do piso de descarga da edificação, a distância deverá então ser de 5m;
II. 2 m das aberturas acima da tomada de ar;
III. Abaixo da veneziana de tomada de ar não serão permitidas aberturas na mesma fachada,
inclusive de extração de fumaça de subsolos;
IV. Não é permitida a instalação da tomada de ar em local interno à linha de projeção do
pavimento superior, devendo estar situada em local seguro e livre de emissão de fumaça e/ou
gases tóxicos ou asfixiantes;
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
V. A tomada de ar não pode ser instalada na divisa com propriedades edificáveis. Quando
instalada em fachada paralela a estas divisas devem distar, no mínimo, 5m medidos
horizontalmente (vide Anexo E desta NT).
c) A tomada de ar deve possuir filtro de partículas, conforme NBR 16401-3, sendo do tipo metálico
lavável;
d) Caso necessário, a tomada de ar deve ser realizada através de duto de captação de um local sem
risco de fumaça de incêndio até o compartimento que abriga o conjunto motoventilador;
e) Não é permitido conjugar a captação de ar do sistema de pressurização com a saída da extração de
fumaça dos subsolos;
5.3.4.1 A instalação do grupo motoventilador e seus acessórios, para o sistema de pressurização, devem
atender às seguintes características:
a) O compartimento que abriga o conjunto motoventilador deve permitir facilidades de acesso para
manutenção, mesmo quando estiver posicionado em nível subterrâneo.
b) A tomada de ar deve localizar-se no nível do terreno, atendendo os critérios do item 5.3.3;
a) Nas edificações existentes, conforme previsto na NT-41 e, quando não houver condições técnicas de
se cumprir o estabelecido no item 5.3.2 e 5.3.3 desta NT, devidamente comprovada a inviabilidade,
quanto à instalação do conjunto motoventilador e a tomada de ar, pode ser permitida sua instalação
no pavimento cobertura;
b) Caso seja aceita a tomada de ar ao nível da cobertura da edificação, requisitos mínimos devem ser
providenciados de modo a diminuir o risco de captação da fumaça que sobe pelas fachadas do
edifício, a saber:
I. Construção de uma parede alta, posicionada em todo o perímetro da cobertura da edificação,
e afastada da tomada de ar 5 m, medida no plano horizontal, tal parede deve ser 1 m, mais
alta que o nível da tomada de ar;
II. Construção de uma parede alta, 2 m acima da tomada de ar, posicionada em todo o perímetro
da cobertura da edificação, quando não se conseguir o afastamento de 5 m, medidos no plano
horizontal.
c) Da mesma forma, o ponto de descarga de qualquer duto vertical que possa eventualmente
descarregar fumaça de um incêndio, deve também estar afastado 2 m, no mínimo, medida no plano
vertical, em relação ao nível da tomada de ar. Esse duto deve atender aos requisitos estabelecidos
no item 5.2.4, letra b, desta NT, e preferencialmente o seu ponto de descarga deve ficar posicionado
o mais próximo possível, medido no plano horizontal, da tomada de ar do sistema de pressurização.
OBS.: Ver Anexo C desta NT.
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
a) Nos edifícios com vários pavimentos, a disposição preferida para um sistema de distribuição de ar
para pressurização consiste em um duto vertical que corre adjacente aos espaços pressurizados,
sendo que, para edificações existentes, havendo impossibilidade técnica justificada de execução
desse duto, pode ser aceita a distribuição de ar através de duto plenum. Neste caso o projeto deve
ser analisado em Comissão Técnica. Devem-se verificar os efeitos da “resistência fluído-dinâmica”
associada ao escoamento vertical do ar pela escada, que se manifesta em série, de um andar a outro.
O problema fica, portanto, na dependência da geometria da escada, que deve ser objeto de análise
específica de cada caso;
b) Os dutos devem, de preferência, ser construídos em metal laminado, com costuras longitudinais
lacradas à máquina, com material de vedação adequado. Os aspectos construtivos devem obedecer
às recomendações da SMACNA, por meio das literaturas HVAC Duct Construction - Metal and
Flexible e HVAC System Duct Design. A utilização de dutos confeccionados em outros materiais, além
de atender as condições de exigência relativas aos dutos metálicos, deve ser submetida à avaliação
da Comissão Técnica, no Serviço de Segurança contra Incêndio e Pânico;
c) Cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem dos dutos do sistema de pressurização,
quando for necessário o uso de revestimento resistente ao fogo para sua proteção, tendo em vista o
aumento de peso causado por esses revestimentos;
d) Dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde que sejam somente para a distribuição do ar de
pressurização, e que a sua superfície interna, preferencialmente, possua revestimento com
argamassa, com objetivo de se obter uma superfície lisa e estanque, ou revestida com chapas
metálicas ou outro material incombustível. Dutos para pressurização, com áreas internas inferiores a
0,5 m², triangulares e muito estreitos (com largura menor que 40 cm), devem, à medida do possível,
ser evitados;
e) Recomenda-se que o nível de ruído transmitido pelo sistema de pressurização no interior da escada
não deve ultrapassar a 85 db(a), na condição desocupada;
f) Caso necessário, um teste de vazamento nos dutos pode ser aplicado de forma a se verificar a
exatidão dos parâmetros adotados. O método de teste deve ser o recomendado pela SMACNA, por
meio da literatura HVAC Air Duct Leakage Test Manual;
g) Registros corta-fogo não devem ser usados na rede de dutos de tomada ou distribuição do ar de
pressurização, de modo que o seu acionamento não prejudique o suprimento de ar;
h) Os dutos metálicos, tanto na tomada de ar quanto na sua distribuição, que ficarem posicionados de
forma aparente, devem possuir tratamento de revestimento contra o fogo, que garanta resistência ao
fogo por 2 h, mesmo que esses dutos estejam posicionados em pavimentos subsolos ou na face
externa do edifício. Exceção, quando do caminhamento do duto externo à edificação com os
afastamentos citados no Anexo D desta NT;
i) Os revestimentos resistentes ao fogo aplicados diretamente sobre os dutos metálicos de ventilação,
quando submetidos às condições de trabalho esperadas, principalmente às condições de um
incêndio, devem demonstrar resistência ao fogo por um período mínimo de 2 h, atendendo aos
seguintes critérios abaixo:
I. Integridade à passagem de chamas, fumaça e gases quentes;
II. Estabilidade ao colapso do duto, que evitaria o cumprimento normal de suas funções;
III. Isolamento térmico, para evitar que a elevação da temperatura na superfície interna do duto
não alcance 140ºC (temperatura média) e 180ºC (temperatura máxima pontual), acima da
temperatura ambiente;
IV. Incombustibilidade do revestimento.
OBSERVAÇÃO:
Os critérios acima devem ser definidos em testes normalizados de resistência ao fogo de dutos de ventilação, utilizando a norma
brasileira, e na sua ausência a norma ISO 6944 – Fire Resistance Tests – Ventilation Ducts ou similar.
j) Caso se adote parede sem função estrutural para proteger dutos metálicos verticalizados, pode ser
adotada a Tabela de Resistência ao Fogo Para Alvenarias, conforme Anexo B da NT-08.
a) Para a pressurização de uma escada, através de duto, devem ser previstas várias grelhas de
insuflamento, localizadas a intervalos regulares por toda a altura da escada, e posicionadas de modo
a haver uma distância máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes. Os pontos de saída
devem ser balanceados para permitir a saída de quantidades iguais de ar em cada grelha, devendo
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
obrigatoriamente haver uma grelha no piso de descarga (pavimento térreo) e uma no último
pavimento;
b) Os dispositivos de ajuste e balanceamento das grelhas de insuflamento não podem permitir
alterações, mesmo que acidentais, após montagens e testes, a não ser por pessoal técnico
capacitado.
sistema, no mínimo, no hall interno de acesso à escada pressurizada e nos seus corredores principais
de acesso, dimensionados conforme NT-19 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio;
OBSERVAÇÃO:
1) Todos os ambientes ou halls que possuem acesso direto à escada pressurizada devem possuir sistema de detecção de
fumaça. Se o pavimento não possuir hall ou corredor isolado para acesso a escada deve ser prevista detecção em todo
pavimento.
2) A escolha do tipo de detector (fumaça, temperatura, etc.) nos ambientes não previstos no Anexo B poderá ser feita de acordo
com modelo apropriado para cada ambiente a ser protegido, levando-se em consideração a sensibilidade do detector e o
tempo de resposta do sistema.
b) Os edifícios em que os detectores de fumaça foram instalados apenas para acionar a situação de
emergência do sistema de pressurização, esse detector deve ser posicionado no lado de menor
pressão de todas as PCF de comunicação entre a escada pressurizada e o espaço adjacente, nos
locais indicados no Anexo B desta NT;
c) A instalação do detector de fumaça dentro do espaço pressurizado não é aceitável;
d) O uso do sistema de detecção, como forma principal de acionamento do sistema de pressurização,
não isenta o uso do sistema de alarme manual, sistema de chuveiros automáticos ou outro sistema
de prevenção ou combate a incêndios.
OBSERVAÇÃO:
1) O treinamento da brigada de combate a incêndios e a elaboração de plano de abandono e emergências, para a plena utilização
do sistema de detecção e alarme, devem ser elaborados e constantemente avaliados.
I. Na sala de controle central de serviços do edifício (desde que possua fácil comunicação com
todo o edifício) ou na portaria ou guarita de entrada do edifício com vigilância permanente;
II. No compartimento do grupo motoventilador e seus acessórios, se este for distante da sala de
controle central.
É importante assegurar que todo ar de pressurização saia do edifício em locais e condições compatíveis com
os critérios adotados no projeto do sistema de pressurização.
No dimensionamento do sistema de pressurização devem ser previstas áreas de escape de ar para o exterior
da edificação, de preferência, utilizando-se de aberturas nos pavimentos. Tais aberturas devem proporcionar,
no total, um mínimo de vazão correspondente a 15% da vazão volumétrica média que escapa de uma PCF
aberta (com velocidade de 1 m/s) por pavimento.
Em edificações até 150m de altura será aceito o escape de ar dos ambientes adjacentes ao espaço
pressurizado através de grelhas ou aberturas permanentes diretamente para o exterior da edificação
atendendo os seguintes requisitos:
a) Deverão atender o item 5.3.11.5 sendo instaladas em, no mínimo, duas fachadas distintas;
b) Ter aberturas na parede, junto ao teto ou no máximo a 15 cm deste, em todos os pavimentos, com
área efetiva mínima de 0,246m² por pavimento (somatória de todas as grelhas ou aberturas
consideradas);
20
NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
Quando se tratar de um edifício vedado ou por opção do projetista, poderão ser instaladas aberturas de
escape especiais que permaneçam normalmente fechadas, na condição normal de uso da edificação, e
funcionem no caso de ativação do sistema de pressurização. Para tais aberturas devem ser observados
os requisitos do item 5.3.11.5 e proporcionar a velocidade de escape máxima do ar de 2,5m/s.
O escape de ar através de dutos verticais poderá ser utilizado desde que não comprometa a
compartimentação vertical exigida para a edificação. As aberturas devem ser protegidas nos moldes do
especificado na NT-09 - Compartimentação horizontal e compartimentação vertical.
O Escape de ar nos pavimentos poderá ser feito através de extração mecânica com um sistema projetado
independente para cada andar, de forma a manter a compartimentação vertical. No caso de um sistema
central coletivo, as grelhas do duto em cada andar devem permanecer normalmente fechados por um
registro resistente ao fogo. Quando o sistema de pressurização entrar em operação, este registro deve
abrir apenas nos andares em que houver fogo.
V. Outros
Outro método de escape de ar para o exterior da edificação, a critério do projetista, poderá ser aceito
desde que seja possível comprovar o desempenho e não haja prejuízo às demais medidas de segurança
exigidas para a edificação, como por exemplo, compartimentação vertical, entre outras.
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
5.3.11.2 Se mais de um destes métodos forem utilizados em um edifício, as exigências relativas a um método
isoladamente podem ser proporcionalmente reduzidas em função da área de escape prevista em cada
método.
5.3.11.3 Nos edifícios onde haja necessidade de sistema de escape do ar de pressurização, baseado na
operação automática para abertura das grelhas no pavimento sinistrado (aberturas especiais, duto vertical ou
extração mecânica), o sinal que opera tais dispositivos deve ser, exclusivamente, do sistema de detecção de
fumaça;
5.3.11.3.1 Devem ser previstos, em cada pavimento, acionadores manuais (comandos de abrir e fechar) para
as grelhas daquele pavimento, os quais devem ser instalados de maneira que não possam ser acionados
acidentalmente;
5.3.11.3.2 O acionamento manual do sistema de alarme em um pavimento, ou outro sistema de incêndio, não
deve provocar a abertura automática das grelhas naquele pavimento;
Nos métodos descritos nos itens 5.3.11.1 I e II, uma das fachadas do edifício em contato com a área de
escape deve ser descontada na avaliação da área efetiva de ventilação necessária em cada andar, de forma
a se prevenir contra a influência dos ventos. Se as aberturas de escape não forem uniformemente distribuídas
à volta da parede externa, o lado que tiver a maior área de escape deve ser descontado para fins de cálculo.
a) Todo equipamento de pressurização deve ser submetido a um processo regular de manutenção, que
inclui: o sistema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo de sistema de alarme de incêndio
utilizado, o mecanismo de comutação, o grupo motoventilador, suas correias de interligação, dutos
(sucção e/ou pressurização) e suas ancoragens e proteções contra incêndio, os sistemas para o
fornecimento de energia em emergência, portas corta-fogo e o equipamento do sistema de escape
do ar acionado automaticamente. Os cuidados com esses equipamentos devem ser incluídos no
programa de manutenção anual do edifício e devem ser apresentados quando da solicitação de
vistoria. Esses cuidados são de inteira responsabilidade do proprietário da edificação e/ou seu
representante legal (como exemplo o síndico);
b) Todos os sistemas de emergência devem ser colocados em operação semanalmente, a fim de
garantir que cada um dos grupos motoventiladores de pressurização esteja funcionando;
c) Sistemas que se utilizam de duplicidade de motores, condições devem ser dadas para o teste
individualizado;
d) Os diferenciais de pressão devem ser verificados anualmente, podendo ser prevista a instalação
permanente de equipamentos para esta finalidade. Uma lista de verificações dos procedimentos de
manutenção deve ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das obras, pelos responsáveis
da instalação do sistema, com manuais em português.
O acionamento do sistema de pressurização deve estar em conformidade com o item 5.3.10 desta NT,
podendo haver a interligação com outros sistemas automáticos de combate, permitindo de forma secundária,
o acionamento do sistema.
Serão aceitos projetos com dutos conjugados de pressurização de escadas e controle de fumaça (para
entrada de ar), desde que atendam as respectivas demandas concomitantemente.
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
a) Um teste de fumaça não é satisfatório para se determinar o correto funcionamento de uma instalação
de pressurização, visto que não se pode garantir que todas as condições climáticas adversas possam
estar presentes no momento da execução do teste. Entretanto, esse teste pode, às vezes, revelar
trajetórias indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por defeitos na construção.
b) O teste de aprovação da pressurização deve consistir de:
c) O teste deve ser feito quando o edifício estiver concluído, com os sistemas de condicionamento de ar
e de pressurização balanceados e todo o sistema pronto e funcionando, com cada componente
operando satisfatoriamente e sendo controlado pelo sistema de acionamento no seu modo correto de
operação em emergência. As medições efetuadas em campo devem seguir as recomendações da
AMCA 203, pela literatura Field Performance Measurement of Fan System.
d) Nos sistemas com 2 estágios são exigidas medições apenas com o segundo estágio operando
(estágio de emergência);
e) O sistema de detecção deve ser submetido aos testes, de acordo com a NT-19, e também
considerando as interferências da pressurização, quando o sistema for de 2 estágios.
I. Vazão de ar insuficiente;
II. Áreas de vazamento para fora do espaço pressurizado, excessivas;
III. Áreas de escape do ar para fora do edifício, insuficientes.
b) Deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores e a vazão de ar através de todas as grelhas de
insuflamento, a fim de se detectar os níveis de escape e o suprimento total de ar que chega à escada.
Para a avaliação do teste de escape podem ser utilizados os procedimentos previstos no MANUAL
SMACNA, HVAC AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da Recomendação Técnica DW/143 da
Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC). Essas medições devem ser efetuadas com
as PCF da escada fechadas, utilizando o próprio ventilador da instalação;
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
c) Caso a vazão de ar que entra na escada esteja de acordo com a prevista em projeto, devem ser
verificadas as frestas em redor das PCF, dando-se atenção especial à folga na sua parte inferior. Se
qualquer PCF tiver folgas inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas. Devem ser
localizadas, também, áreas de vazamentos adicionais não previstas, que devem ser vedadas;
d) Caso a vazão de ar não atinja o nível previsto, o escape de ar a partir dos espaços não pressurizados
deve ser examinado para se ter certeza que está em conformidade com o projeto e as necessidades
desta NT. Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para os valores recomendados. Como
alternativa, pode ser aumentada a vazão de entrada de ar até o nível desejado de pressurização a
ser atingido, mesmo diante de escapes adicionais ou de condições insuficientes. O nível de
pressurização medido não deve ser menor que 90% do valor projetado, nem exceder a 60 Pa.
a) Essa medida deve ser tomada com um anemômetro de fio quente ou outro instrumento com resolução
e exatidão adequados e devidamente calibrado;
b) Velocidade média através da PCF aberta deve ser obtida por meio da média aritmética de pelo menos
12 medições em pontos uniformemente distribuídos no vão da PCF, sendo necessárias condições
estáveis de vento e com o edifício vazio;
c) O número de PCF abertas durante a realização das medições deve seguir o estabelecido no Anexo
B desta NT.
6. DISPOSIÇÕES GERAIS
6.1 Além das exigências previstas nessa norma deverão ser verificados ainda os procedimentos exigidos para
saídas de emergências constantes na Norma Técnica 11.
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ANEXO A
Níveis de pressurização e Áreas de Escape
1º ESTÁGIO 2º ESTÁGIO
50
15 50
OBSERVAÇÕES:
1) Pa = Pascal, sendo que 10 Pa equivalem a 1,0 mmH2O;
Tabela A2 – Áreas típicas de escape para quatro tipos de PCF e Elevador de Segurança.
OBSERVAÇÃO:
Nos demais tipos de PCF, PCF duplas, portas de elevadores, suas dimensões devem ser verificadas junto aos fabricantes.
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ANEXO B
LOCAIS A SEREM
CRITÉRIO NÚMERO DE PCF PREVER GRUPO PREVER SUPERVISIONADOS
GRUPO
NOTAS ESPECÍFICAS
2) Somente é exigido “antecâmara de segurança” nos acessos à escada pressurizada, de acordo com
item 5.1.6.7 desta NT, para edificações residenciais com altura igual ou superior a 120 m e demais
ocupações com altura igual ou superior a 90 m.
3) Quando a edificação for dotada de elevador de emergência, seus acessos devem ser protegidos por
antecâmara de segurança, conforme descrito no item 5.1.6.8.1. desta NT, em todos os pavimentos
atendidos. Essa antecâmara pode ser dispensada apenas no nível térreo (piso de descarga) quando
este não estiver em local de risco de incêndio, ou seja, esse pavimento seja destinado única e
exclusivamente a hall de recepção com acesso diretamente a via pública ou, caso possua,
estacionamento, loja ou dependências com carga incêndio, estas devem possuir compartimentação
em relação a esse hall.
4) Caso o edifício possua local de reunião de público, adotar o item 5.1.6.4. letra (f) desta NT.
5) Foi considerado que o acesso do pavimento para a escada se dá apenas por uma PCF; se o
pavimento tiver acesso por duas ou mais PCF’s (considerando o pavimento mais desfavorável – com
mais acessos), o cálculo será pelo nº total de PCF’s de acesso multiplicado pelo nº de pavimentos do
cálculo.
6) A previsão de detecção automática de fumaça nos locais descritos no item I acima não isenta a
edificação da instalação desse mesmo sistema em outros locais que porventura sejam exigidos pelo
Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco no Estado de Goiás.
7) Toda edificação com altura superior a 150 m deve obrigatoriamente ser analisada por meio de
Comissão Técnica.
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ANEXO C
ANEXO D
ANEXO E
ANEXO F
1) Condições consideradas:
a. situação de emergência (incêndio);
b. todas as PCF da escada pressurizada fechadas;
c. diferencial de pressão entre o espaço pressurizado e os ambientes contíguos igual a 50 Pa.
2) Cálculo das áreas de restrição - escape de ar através de frestas das portas - (A):
a. dados:
NPI = 17; área de fresta de 0,03 m 2 para PCF de ingresso
NPS = 01; área de frestas de 0,04 m 2 para PCF de saída
b. cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de ingresso ao espaço pressurizado
(API):
API = 17 x 0,03 m2
API = 0,51 m2
c. cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de saída do espaço pressurizado
(APS):
APS = 01 x 0,04 m2
APS = 0,04 m2
d. cálculo da área total de restrição (A):
A = API + APS = 0,51 m2 + 0,04 m2
A = 0,55 m2
3) Cálculo do fluxo de ar necessário para o sistema de pressurização considerando as PCF fechadas - (QFT)
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
Cálculo de QFT:
QFT = 0,827 x A x (P)(1/N) (Equação 1)
sendo:
A = área de restrição = 0,55 m2
P = diferencial de pressão = 50 (Pa) (conforme Anexo A desta NT)
N = índice numérico = 2
Portanto, QFT = 0,827 x 0,55 x (50)1/2
QFT = 3,22 m3/s
1) Condições consideradas:
a. área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta:
AVL = 1,64 m2;
b. quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência
(incêndio):
NPA = 02 (sendo 1 de ingresso e 1 de saída)
c. área de passagem de ar por meio das frestas de uma porta corta-fogo fechada:
APF = 0,03 m2 (portas de ingresso);
d. quantidade de PCF fechadas a serem consideradas no cálculo:
NPF = 16
e. Vazão de ar de pressurização para portas fechadas:
QFT = 3,22 m3/s
f. velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta:
VPA (min) = 1 m/s
2) Cálculo da área aberta considerando as portas abertas mais as frestas das PCF consideradas fechadas:
APA = AVL x NPA + APF x NPF
APA = 1,64 m2 x 02 + 0,03 x 16
APA = 3,76 m2
3) Cálculo da velocidade de ar através do vão de luz das PCF consideradas abertas mais frestas das PCF
consideradas fechadas (VPA):
VPA = QFT / APA
VPA = 3,22 m3/s / 3,76 m2
VPA = 0,86 m/s
Como a velocidade encontrada é menor do que 1,0 m/s, a vazão de ar Q FT deve se aumentada até que se
obtenha a referida velocidade mínima de passagem do ar estipulada.
4) Cálculo da vazão corrigida para se obter a velocidade mínima através do vão de luz das PCF
consideradas abertas mais frestas das PCF consideradas fechadas (QAT):
QAT = APA x VPA (min)
QAT = 3,76 m2 x 1,0 m/s
QAT = 3,76 m3/s
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
1) Condições:
a. fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos: 15%
b. fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%
2) aplicação das condições previstas na Equação 4:
QFT < QAT, então QT = QAT
QT = 3,76 m3/s
3) Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de segurança:
QTS = QT x 1,4 [Equação 5 - item 5.1.6.6]
QTS = 3,76 x 1,4
QTS = 5,26 m3/s
1) Condições:
a. situação de emergência (incêndio);
b. todas as PCF da escada pressurizada consideradas fechadas;
c. diferencial de pressão entre o espaço pressurizado e os ambientes contíguos não deve
ser superior a 60 Pa;
d. Todas as portas de acesso a escada pressurizada na condição fechada e escape de ar apenas
pelas frestas e damper de alívio.
2) Cálculo do fluxo de ar necessário para o sistema de pressurização considerando as PCF fechadas para
dimensionamento do damper - (QFTD)
Cálculo de QFTD:
QFT = 0,827 x A x (P)(1/N) (Equação 1)
sendo:
A = área de restrição = 0,55 m2
P = diferencial de pressão = 60 (Pa) (conforme item 5.1.5.1 desta NT)
N = índice numérico = 2
Portanto, QFTD = 0,827 x 0,55 x (60)1/2
QFTD = 3,52 m3/s
QFTD = 3,52 m3/s x 1,4 (fator de segurança)
QFTD = 4,92 m3/s
QD = QTS - QFTD
QD = 5,26 m3/s – 4,92 m3/s
QD = 0,34 m3/s
Portanto o damper de alívio deve ser capaz de manter a pressão no interior do espaço pressurizado abaixo
de 60 Pa, para uma vazão em excesso de 0,34 m³/s.
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
ANEXO G
1) Condições:
a. PCF1: Área de Escape da PCF1 fechada;
b. PCF2: Área de Escape da PCF2 fechada;
c. GR: Área de secção livre da grelha (se houver);
d. EE: Área de Escape da porta do Elevador de Emergência fechada;
𝟏 𝟏 𝟏
𝟐
= 𝟐
+
(𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍) (𝑮𝑹 + 𝑷𝑪𝑭𝟏) (𝑷𝑪𝑭𝟐)𝟐
𝟏 𝟏 𝟏
𝟐
= 𝟐
+
(𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍) (𝑮𝑹 + 𝑷𝑪𝑭𝟏) (𝑬𝑬 + 𝑷𝑪𝑭𝟐)𝟐
𝑨𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑬𝑬 + 𝑷𝑪𝑭
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NORMA TÉCNICA 13/2022 – Pressurização de Escada de Segurança
ANEXO H
Modelo de cálculo de escape de ar para o exterior a partir dos pavimentos utilizando grelhas:
1) Condições:
a. Velocidade de Escape: 1m/s;
b. Duas grelhas em fachadas opostas: Área de secção livre: 0,247m 2 (1200x400);
Sendo:
A = Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta, em caso de
situação de incêndio – adotar PCF simples: 1,64 m2 (conforme Tabela A2 do Anexo A)
V = Velocidade de 1m/s
Portanto, Qesc = 15% * 1,64 * 1
Qesc = 15% * 1,64 * 1
Qesc = 0,246 m³/s
As aberturas permanentes, devem ser capazes de extrair uma vazão total de 0,246 m³/s por
pavimento, considerando as condições adversas descritas no item 5.3.11.5 e a velocidade de 1 m/s.
Obs.: Caso a circulação comum possua acesso a mais de duas fachadas a área efetiva mínima
das grelhas poderá ser distribuída entre as fachadas consideradas para o escape de ar.