Untitled
Untitled
Untitled
39 TRIMESTRE
7 ¦ ¦ ¦ .*
',
iPWiW^lp^sSi^i P*Pti?SSti»5SSffiS
í
. .i 7 :'¦".'¦ -,».¦¦. .¦ ¦ ¦ ¦ >:m
¦ - -'>'¦¦ ¦-. "í:
-¦¦¦•¦ ; .*'¦-? .- r' i ?-;.'
¦,
.'¦ V'- ¦'' * py*'''
y ¦
;¦',. i," ¦¦" .te/.
" ¦ '.',''¦;,' ,Py..PP
te' -:.' '-¦>;';•'¦¦..¦'
^^^1-A^1U^L-. '.
,te|
¦>•
•*P£
re fim TRIMERSAL ,77
'WSk
DO
¦ < í
'*:!te
n
37 TRIMESTRE DE 8o
TOMO X
i
üecUmus profoctQ gnmrle .-, pi-
p:i:ionliío documentam..
.
-»
,u
ASSÍCNATimA ANNUAL OSOOO
*fi
- . j
1 V 1»0 í i IX \ 1»111A ST l I) V R T
mm
te
Kl'A FORMOZA X. 4G
FORTALEZA
1896
77
'•
.'!¦(';<
¦' tt^'.'': .'• &'¦'
'Í ' ¦' ¦ ¦',- **¦.','?''¦ : ' : '¦'..': ''.V ¦'.'"''• -¦'.-_''¦.-' '
. ' ¦'
''.¦'. '.. ¦ ¦.-.'¦* -'"¦...
fèí-ft
SÃ'
¦
.".¦¦
íí"í,.- <
STTIMIIMIARIO
-*-<V'.^..<>^v*-'
PAGINAS
KfôH! presidentes do Ceará. õ.° Presidente Tenente
José Mariano de Albuquerque Cavalcanti. Pelo
ri: - Dr. Paulino Nogueira. ...........
Gedeon Morris de J onere. Pelo Or. José Mv-
ivm~ííís
hM gmo . 286
Additamento ao artigo Os Secretários de Bor-
ges da Fonseca. Por Perdigão de Oliveira. . . . 318
Os Secretários de Borges da Fonseca. Pelo Dr.
G Studart ............... . 3 Õ Ti
O»/
* :
- -A-
í:
¦V.-V'
xMEZA ADMINISTRATIVA
yy
/ DO
:yim
DE ESTATUTOS
Joakini de Oliveira Catunda.—Bacharel Virgílio Augusto de Mo-
raes.—Júlio Cezar da Fonseca Filho.
DB REDACÇÃO
Bacharel Virgílio Augusto de Moraes.--Bacharel Antônio Augusto
de Vasooiicelios,—Bacharel Paulino Nogueira Borges da Fo.ris.ect.
DE HISTORIA, GEOGRÂPHIÀ E ESTATÍSTICA
Doutor Guilherme Studart. — Antônio Bezerra de Menezes.—-
¦
y-"í
. DE ADMISSÃO DE SÓCIOS
Doutor Guilherme Studart,—Júlio Cezar da Fonseca Filho»—P.e £__
Doutor João Augusto da Frota.
ssfgf
'tíWMÊ
WsPBm
X^y-y.. ¦
*'• 'Xj
y\-y -X+i
¦• -X.A ¦ri-'AXy
r'.y.'
¦;:..;
44.O unno
'1 li nogueira
7\ 7 ¦4á;
y - • -<
i
222 REVISTA trimensal
B_v
Mâ REVISTA TRIMENAL
• (1)« Alcunha que a sua afouteza nos lhe havia bom moro-
», perigos
cido diz o citado P.e Dias Martins, pag. 3B2.
(2) Cesario Mariano de Albuquerque Cavalcanti chamou-se ei Io.
Cora 15 annos de idade sentou praça no 1.° de Março de i817 no
8 ° Corpo de Artilharia. Foi reconhecido cadete a 7 do Outubro de
1822, promovido a 2.0 tenente porDec. de 15 de Junho, al.°te-
nente porDec. de 2 de Agosto, a capitão por Dec. de 12 de Outubro
de 1825. íez a campanha da Independência na Bahia e a
de Hanellas de Miranda em. Pernambuco ; foi nomeado commandan- guerra
te do presidio de Fernando de Noronha, onde fallcceo a 27 de
Setembro de 1835, dizem que envenenado
1 ouço depois de morto chegou-lhe a promoção pelo a
pharmaceutico.
major. Casou-se
noKeciíe a Ia de Julho de I824 com D. Anna Joaqiiina Monteiro
Facültia, de cujo consórcio deixou 6 filhos.
(3) Desse segundo consórcio teve sete filhos : Mariana, casada
com o negociante Manoel Joaquim, do Rio de Janeiro Cândida, ca-
y.
sada com o Dr. Sobral, medico em Minas Geraes Maria ;
; da Concei-
çao casada com o conselheiro Dr. Antônio Manoel de Campos
JA
. í Mello, deputado geral por S. Paulo, presidente das
,'r
Alagoas e Maranhão, e ministro da prpvincias do
justiça em I848 ; Dulce, casada
com o Dr. Joaquim Augusto do Livramento,
tatharina, nas legislaturas de I848 a .85%, José,deputado geral por S.
fallecido em 1} te-
:'à
'
A7;fe
'VISTA
226 TR1MENSAL
• :'f:
¦
¦
77-
nheiròs.
Foi nessa ddtorosissima situação que Antônio Carlos, m
considerando-se já prestes a subir ao eadafalso, tendo só
deante dos olhos a imagem da pátria e da esposa queri-
da, fez e^tes dous temissimos sonetos, que a fama per-
petuou na memória popular antes de terem sido confia-
dos á imprensa.
%
& I
11 (i)
M:
•y
yy.y;.
¦¦'"¦¦
¦
¦
¦ y
A
.s?.;_iÀ.
y
¦
y
t>0 INSTITUTO DO CEARA 231
Nem da morte a medonha catadura
Horror infundir pode cm feito fero^
One a morte tão somente ao fraco é dura.
' ' '!
yr-yítf»
; :y
.
'¦¦'•
'L
íyí -
¦•¦;;
UI
£ÜY
»iy-.'.
•-*,. '¦¦X]A
; li
r .'.=77.. >
. 7 .1 493?!
Pk
e seguintes dj 1831, vendo pacifico passarem victoriosas.
deante dos seus olhos, as ondas populares, que se ha-
viam accümülado no Campo de S. Anna, hoje Praça da
Republica. Patriota convicto, é provável que tivesse influi
¦¦¦¦¦_:¦..
-AAA*
. .-. . .
s! JSçjeí _ -»
'
y; y-'<X.X,.. y ,-
7t$it
¦ y
: ySM.
ficialmente.
« Porem com a minha demora de 5 dias pude conhecer
que estaintrigatem também origem napoucaou nenhuma "71
¦y*7;^H^
*v^
4'- ¦ ¦'
.
¦Wfà-'
yy.. '-¦y*i.
:.:>>:¦'.
1 ! ":¦'..
.
- *
S^J'-.
:: .-¦¦•:{
-¦'/-
¦¦:-:¦'¦ ¦ '
'¦
i§lr
: ¦:'..
.;¦
fi:-~fifil
-fi--.fi fi-
, ,J
fififi
y.
'¦""tlfifiy.
fifi
wmm
*' \
A
:
'-¦tfifi: '¦ fi
.-
¦
¦
fi- fififi.
f ¦¦¦yffi
•i d __ REVISTA TR1MENSAL
4*
(1) Pompôo, Em. Est., Tom. £.°, Pag. 310, diz Batunte, sem
duvida nonhunui ôiríti typoiçraphico.
im^^^i^'
':.
:. A
- • -.k'V?-,>
'M :•
acçao com os facciosos de Pinto Madeira, que se compu- •k
mas Interino, vae o leitor saber porque elle escreve agora Com-
mando Geral :
« Achando-se extineto o Commando das Armas desta Provincia
por Dee. de 5 de Dezembro de 1831, o eonvindo a bem do servido
publico continuar no Commando Geral das Tropas reunidas na co-
marca do Crato contra os rebeldes insurgentes na villa do Jardim o
Ex-Commandante Interino das Armas Francisco Xavier Torres,nao
só por ser official de Ia linha mais graduado que se acha na expe-
diçao, como por nelle concorrerem todos os requisitos necessários
para o bom desempenho das ordens deste governo ; nomeio-o Com-
mandante Geral das Forças de Primeira Linha e mais auxiliaros,
• que forem necessárias entrar em expedições militares, para o que os
Senhores Coronéis, Commandantes e mais autoridades desta Pro-
77 : vineia, tanto civis como militares, lhe prestarão todo o auxilio que
requisitar a bem do serviço nacional ; assim o cumprão.
« Palácio do Governo do Ceará. 4 de Fevereiro de 1832 (Estaviío
as Armas do Império) José Mariano de Albuquerque Cavalcanti ».
(1) Este officio tem o seguinte iV£> ; «Si tiver apparocido o Ci-
rurgiáo-mor Sllverio José da Cruz;, sirva-se V. E.K.a de o mandar
ífií'7 com toda brevidade, pois que os feridos muito necessitão delle >.
E' que este cirurgião tinha fugido na oecasião do combate.
5- ", Y-t
»;':
vV
¦ ¦¦¦¦a'. • ¦ .yy-
'< ¦¦!
¦ A' , ¦
'¦ -:m
noitarão.
« Na Ordem do dia de 5 do corrente, como verá V. i S
¦'"'X<ç%
A
.;¦!
m¦vzm !
y . .^
ihhhi. wwiii'WM'W™,F?"".'fff
C
:¦.*'.¦¦' '
i"' '* '¦'''¦; .
,:<¦:'¦ ¦:-¦-'¦¦¦'.'-•"-.¦¦¦¦¦ ¦-¦'.'¦¦''¦ - ¦¦¦¦¦•¦'"
'....".¦. _ i
!':•¦ ..¦',,'' '¦ 7. I* ¦¦' '¦;.,.!
rrr
m
DO INSTITUTO DG CEARA* —itLt
V'
W' A
'Ai' '
'j,
•
AX
. V
m
'A%
no iNBTrTüT o ro ceara! 9i
Mm
te; e corrente na circulação, estava impunemente falsi-
ficado, reduzido á uma quarta parte do peso e do valor
real. O povo deo-lhe o nome onomatopaico de Xcm-Xem,
do quasi nenhum som que produzia; E o peicr era que
esse dinheiro, assim lesado, ccntinua\a com íacil curso
no commercio, sem que o governo pcdesse perseguir
seos passadores, acobertados com a famosa lei da neees-
sidade, de que tanto se tem abusado em todos os tem- AA
pos.
Era deplorável a fraqueza do governo, porém mais do-
lorosaa situação, sobretudo,do funccionario publico que,
não podendo receber seus vencimentos do Erário ex- rítM
Xf
hausto, ia rebatel-OS no usurario, que os pagava pela me-
tade e com o tal dinheiro Xem-Xem. Roubo publico,mas
si não legalisado—ostensivamente tolerado.a produzir to-
dos seus damnosos effeitos ! 'f'mÊ
- V
A%
i#^3.Z®m*imaWW'^V*^'?jf>~*
REVISTA TRIMENSAL
da Provineia de 10 de
(1) Nomeado por Portaria do Presidente"
M arco de 1831.
DO INSTITUTO DO tJ__A_É__' 249
--,y.i
¦"¦¦¦¦ v. ;/' H«r
*
í
2 50 REVISTA TRíMENSAL
.¦.¦;'.¦
go desapercebido (1).
Sorprcndidos tando quanto d.-^e perados os rebel-
des com a perda da melhor posição estratégica, só lhes .
"7^R
....
¦4
¦,: VM
¦"¦'¦'WfÀ
^ a7
>!"'
Yij
nha de ordem da Regência bater os revoltosos, e pedin-
do-lhe suas ordens. Ahi mesmo foi despachado o positi-
vo, que voltou trazendo ordem para o general suguir,
sem perda de tempo, para o Icó, onde devia tomar o
commando em chefe do exercito legal.
'.. •{-'"•<•,".
25 íí REVISTA TfttMÉNSAL
,'••;
VI
. 1
«IÍLmo e E\\mo Snr. Havendo a Regência,em Nome do
Imperador, em sua sabedoria e solicitude pelo bem da
nação, escolhido a V. Ex.* para mandar á esta Província
auxiliar-me na guerra contra os rebeldes, que insidiosa
e atrozmente pertubarão a paz e transtornarão a crdem
publica, e urgindo á administração e ao bem geral que
eu mi recolha á Capital da mesma Província, cumpre
que V. Kx.a, já empossado do commando geral das tro-
pas delia e informado, com está, do estado dos negócios
desta comarca, tome desde logo a seu cargo velar na
segurança e defesa da mesma, como em consolidar a
paz obtida em conseqüência das victorias alcançadas pe-
ias armas nàçionaes e do triumpho da causa publica
contra os inimigos delia que, supposto se achem debel-
lados, despersos e abatidos, comtudo ainda falta pren
REVISTA TKIMKNAL 260
der os infames traidores Antônio Manoel de Souza, Joa-
quim Pinto Madeira, Miguel Torquato e outros, que
tem escapado de todas as nossas deligencias.
«Alem disto ha nesta comarca e nos paizes limitro-
phes da parte da Parahiba e Pernambuco grande numero
de sectatarios d'aquelle pérfido partido e muitos faccino-
rosos que ainda infestão e cõmmettem atrocidades e
horrores contra os cidadãos pacifícose amidos da lei a
*
ye
armas imperiaes.
Ao .teto religioso segue-se um banquete em palácio o^e-
recido ao Presidente pelos seus amigos eenthusiastas. An-
tes,porem,de começar, mando já se achavam presentes to-
dos os convivas,© capitão JoséFerreiraLimaSucupira(l), ¦y
00 INSTITUTO DO CEAKa'
26?
to que elle teve em sua agitada e espinhosa administra-
çao do Ceara.
Vil
, ,• ,.',.» y (
» * y -- -
• if.
¦ 'f''7íwüW
1 ^*«1IH
DO INSTITUTO no ceara' 265
-¦< Emquanlo ao alferes Antônio de Souza Pereira,sou
a declarar-lhe que este está comprehendido em dous '-' «m
crimes, um de roubo na villa do Jardim, e outro de
deserção aggravada da marcha do Rio do Peixe, podendo
V. Ex.a de tudo exigir informações do major Francisco
Xavier Torres, para depois proceder como de direito.
« Não posso approvar o que V. E*x.a fez a respeito ''
¦ ''¦¦ r'$m
' '"¦ •
¦'"' M
r4va
degrade das suas honras ; isto seria em outros crimes, ¦
:
yyâlll
;.---,v<-:V,CJ5
'V^ã
« Eu sei que entre os presos ha alguns velhos e carre-
gados de fâmilia'; mas também sei que entre estes ai-
¦ •* mm
'7 ¦ «"^aliiffi*
y
y/M
V:
' :
P a •. ..
*
9 « L»
11'iVíSTA TK1MENHAL
yy7y.¦
•
....'
* •; '¦'
1 '7 • ' : A . . :
¦¦" ¦ ¦
• Y
" 7,
« Por tudo quanto levo dito e por outros motivos, ' ' '¦
¦"-¦:«
Y.'':v
que reservo para com muni car de viva voz, convém mui-
to que V. Ex.a venha á esta Capital, e delia embarque
com a expedição para Pernambuco, cumprindo que com
antecedência me participe a sua marcha e a estrada por Y
SW^i
270 REVISTA T1UMENSAL
;'tí-'"• 1824, para evitara morte, refugiara-o por algum tempo no convento
do Carmo, do Recife, donde evadio-se depois para o Aracatí, e ahi
estabeleceo-se com o nome mudado, exercendo a profissão de eu-
randeiro, pelo que era tratado vulgarmente por doutor. Era um es-
pinto trefego e audacioso, qualidade que agradou ao povo, de quem
era muito estimado. Fez-se eleger juiz de pa:* em 1832 e deputado
provincial no biennio de 1842 a 1843, e chegou a ser promotor pu-
biico effectivo por nomeação do General José Joaquim Coelho, de-
'O pois Barão da Victoria, em 1842. E? uma individualidade que preci-
da de ser melhor estudada. Até agora só tem sido encarada pelo
lado mia. quo aliás ninguém deixa de ter, sendo esquecidos seos
bons prestimos no meio de todos os seus defeitos. Sei que prestou iWm
Aracatí muito bons serviços. Devido em grande parte aos seos es-
y«;.
formos ainli hojo qiusi tolos os Aracaticnses, du> meiios favoreci-
d>> di firvin, êà'3ein fere escrever e tem um officio.
AW:
•¦'•'."
protecção
desaftectos que, generosos, ampararam-no em
." - -v-.
seo in-
fortumo, occultando-o por algum tempo em suas
casas
ate que poude livrar-se sem mor soffrimento.
Labatut chegou á Capital em
princípios'de Marco e
em Abril seguio com toda sua expedição o Recife
para
onde ja tinhão chegado, desde Marco, Pinto Madeira
e
o vigário Antônio Manoel, sem maior novidade.
Com a sua ausência ficaram os
partidariosdePinto
Madeira sem protecção nem abrigo, entregues á vin-
gança dos seus inimigos poderosos, completamente se-
nhores da situação (1). Forçados
pela necessidade dade-
fesa e da conservação lançaram então mão das armas
I
para repellir os aggressores, revivendo-se assim no cen-
tro novas lutas, que reclamavam providencias tranquilli-
sadoras dos cidadãos pacíficos.
José Mariano ia tomal-as quando chega seu succes-
sor, a quem teve de pássaras rédeas d'administracão
VIII
Novas dificuldades,•umas menores ou iguaes e outras
maiores, fizeram do rosto da administração de José Ma-
nano um governo de espinhos. Ennumeral-as-hei cir-
cumstanciadamente, guardando chronologicamente as
datas.
Com a sua ausência da Capital a moeda Xem-Xem,
de que já fallei, cada vez mais augmenfava em numeio
edeminuia em oéso. industria criminosa com
que os es-
peçuladores levantavam fortuna, emquanto a população
soffpia os effeitos deletérios desse roubo
privilegiado.
>¦¦¦
:;.\-i' -/vi- ¦">.-;,.''.'.:¦'¦'víV ¦:.•¦:¦/:'. ::XX:r: :."X::' X':'.']
X
.a ^i-iXXXX,:^. :X
•" ¦ - V" .!. .' ¦''" n\~> '' "'''¦•' '"
.- XX .
';'V!;".
: '"",
'*<'.,'.
flllll
25-
;".J ¦.-.'=
t :¦ *,¦¦: v.
¦y-,f ''
.;;•¦.'•¦- ¦- v; yy yy;
: y^yzy-yy^-my
IX
*
"í,?wS'^"fí.'."^'^*tf^w""1, !*''<v' ^JStB*1!*?®?
i>m^m«m^M^:-^»^
sw < tr
0&J
REVISTA TRIMKNS1L
"i ¦ :
¦
¦ ¦''
X
Occupar-me-hei agora com a sedição militar de 10 de
Novembro de 1833, facto importantíssimo merece
que
toda a attençao, ate porque tem sido por muitos mystifi-
cado e ainda é por maior numero ignorado em suas
peripécias.
O Major Torres havia adherido, no centro, á
ca de brandura do general Labatut para com'os rebel- politi-
des; pelo que José Mariano, desgostoso, deo finda
por
a sua commissão, mandando que se recolhesse á Capi-
tal. Torres resentio-se, e mais ainda, porque o Presiden-
te não o reintegou no commando do batalhão 22 de
caçadores, que elle sempre havia commandado,
pretex-
$
tando ordens da Regência mandando dissolver o bata-
lhão e reduzil-o a 3 companhias somente. Deo parte de
doente e conservou-se em casa,donde pôz-se a tramar,in-
sinuando^ á oflicialidade, composta quasi toda de paren-
tes e amigos, a deposição do Presidente, caso este in-
sistis.se em não reintegral-o. Para animal-a dava a José
Mariano já por substituído na administração, a força na-
vai a seu lado, só restando o 22 em vergonhosa òbedi-
e ri cia.
As cousas já sc achavam bem dispostas para o incen-
i dio quando um pequeno facto veio ateal-o. A simples
posse do capitão Fernando da Costa no commando da
artilharia foi elevada á altura de grande attentado aos di-
reitos adquiridos do tenente João da Silva Pedreira, que
exercia o logar interinamente.
A's 10 horas da noite do referido dia 10 de Novembro
a população é tomada de grande sobresalto ao toque de
rebate no quartel e aos vivas ao Major Torres e morras
ao Presidente. Durante toda a noite a Capital passou so-
bresaltada, e deo graças a Deus poro movimento nessa
oceasião não ter passado de algazarra.
¦•"ti<iti
* r-
¦ . 7 Ií^tI *
ÜSP^'
"Yv
¦'¦
ti y
•Y
1 *v y?$p
'"'.'¦¦¦'¦'-:'.
y-
¦j^s^wtmmivmm1*^^
'fi.-'¦"¦''-'. '¦'- -,VYY; :''¦¦-*:-'". ¦•/';- '¦'.'-:.V' '-'¦."'''- ¦ '•'¦-:í~-?- '• '¦ .'''.'.',' "y;
£»SM^^ ' -''¦'' ^'
vi-"
¦¦'¦..*"'''.¦'• V'.'y'-¦',¦">/ , v^/."---.'
'Y ' ' '
"' '¦¦¦¦ '¦
:¦¦ j ,-
* J ' 7-7= ;./.;: 7' '
',... ^ M
7-/ 7<-' tf .7 .'-; ¦ • ¦
"7
(1) Pompèo, Em. Est. citado, Vol. %7 Pag. 312, e Pedro Tho-
berge, Esboço Histórico sobre a Província do Ceará, Parte Terceira,
Pag. 113, dizem qne José Mariano so fora refugiar em Àrrouehos.
Mas ha manifesto engano. Quo foi era Maranguape dizem o Cea~
rense Jacaúna, órgão official, n: 187 de 20 de Novembro de 183:1,
e muitas testemunhas insuspeitas e presenoiaes, inclusive o major
Raymnndo Remigio de Mello, que acompanhou o Presidente como
ffkjt sargento ajudante de ordens, e me asseverou o facto ; assim como
*YT
i .-'ÍL.Y-*.. o major Manoel da Rocha Moreira, que então era cadete.
Maranguape a esse tempo ficava distante da Capital 7 léguas ;
mas depois 3 e meia (Poiupêo, Ens* Ed. citado, Pag. 32). Hoje a
cidade é servida por nm ramal da Estrada de ferro de Raturité,
DO INSTITUTO Í30 CÈARa' 279 -31
7,7%>fiBj|
-'.,-"á|_H
gaduras
' em que tinha vindo (1).
Fazia um quarto de hora que José Mariano tinha
tido quando chega Torres a palácio,á f ente do batalhãopar- .•%FEÊk
' .X
autoridade.
Kste nobre e franco proceder do digno marinheiro
com cuja connivencia diziam os sediciosos contar'
transtornou completamente os cálculos destes. y.
êa
(1) Seguiram oom José Mariano o ajudante de ordens alferes Ma- . .yy
noel Kranklin do Amaral, o cirurgião do batalhão Sílverio José da
Cruz, o Capitão João Pereira e Souza, vulgo Cara-preta, os alferes %
yyy
planejadores das intrigas do Ceará, o entrar no palácio para 6
«¦ . i
,¦"7
prender »,
• O orador alludia ao major Torres, cunhado de Albuquerque,
¦¦¦. \t:ü
¦
77
te\-:
'kk''k-
¦'¦¦¦
cesso, compete ao juiz de paz, que o nao deixará de
fazer.
« Deus Guarde a V. Ex.a. Cidade da Fortaleza 12 de
Novembro de 1833. 111.moe Kx.rao Snr. Jo-é Mariano de
h , y.
Albuquerque Cavalcanti,Presidente desta Provincia.José
¦
'¦' '
;¦;
':¦'?.
¦¦.¦
Joaquim da Silva Braga, Juiz de Direito Interino».
DO INSTITUTO DO ORARA 281
E* de justiça não esquecer que muito concorreram
:<-
'
, i
Yv
. , P'-:
te
te
',-ÍK
,V
Presidente da Provincia,
Da mãe Pátria filho amante,
' vão ParM^t0^^|
São elogios, como estes, que n^nos v. V.
'¦ ¦:¦ .... ' " - .
comprados. São
merecimento,
'te '¦¦:'"'.
', ".'..•
¦ ;-.';,,, . •'
r 'tetete,
teM
DO INSTITUTO do ceara' "te$Ê
285 ¦' ' ' '¦'-'
X
"• ¦'*,*>*_5s
í,iy^i___F
" ¦ r?^-_s_____l
1
nio Feijó, subio ao poder, em Setembro, o partido con- -!IJl
'teM
•¦¦.-.
"'te+0
; ,
do Ca|ti.
VIM
-,: 7
i^apiSajjSK-tfis^xgp^'*^;' mm?ynr.
I1BI0I mm m mm
Pelo
do Hio de
Publicado no «Jornal do Commercio »
'
Janeiro.)
Conclusão
V
i'Y'y £"->'.
1
. fn Stl -
a conquista oo Ma a hao
^n A/lnrqnhãO O Conselho
Resolvida
reprezentações.
« instrucções dadas a 28 de Outubro WW»
Nas «roneWanpvan K
ao
almirante Jan Ofirneliszoon, Jansen Bas sobic a con
"i !' t"ai conselheiro politico Pieter
Cvnháo » lê-se a seguinte «^«g;
U do dito ouvnao pam
« Art 9.o Na execução do que fica
do commandeur do Ceara, Gedeon
NJ mlarm^nte o parecer muito tempo o-
feeq.uentade durante
MorrS que, tendo
Morris, Que veuuu versado e como conhe-
muno \ersauu, _,...,:
das essas regiões, e nella^ jsn
indios, á torça manUdos na «sctavida»
ce a língua dos
os moverá a vir em nossa assstencm
dos Portuguezes, conferimos-íbe o
a isto,
E para ainda mais ptedispol-o
n
-.¦ >:>;
•¦
p\
¦¦sX*$ AZ!
¦M.*sm
mos, que elle lá fique até ordem nossa ulterior para as- .. *y
m
sistir o Snr. director com os seus conselhos e pareceres, e Xkl
'/ "!-'J
ÉH
Communicou mais, que esforçar-se-ia por descobrir as SSLU
'7.7'
'.'*-*
¦ /i
¦:; I
E 1
..X.Akm
y ¦' ¦ y. ¦.' ¦,.-;-'...¦".''
./' y.,y.'.''.
,¦¦¦¦.'¦
* ¦' .
'.
'
¦'¦'.. ¦:
.'¦
(6 descobrimento)
mais conveniente empregal-o. »
Km Abril de 16*2 Gedeon Morris se achava ainda no
donde escreveu a seguinte cartaá câmara da
Maranhão, 'explicando %
"'
¦ ('"''¦ . .. ...'"..I..___$..
. *
1 *i
"¦:¦,;' '.-:-.•' ¦
y . ¦ '¦ ¦¦'¦'
;.-.. y y¦::•;••>,;>?í
. z- ¦'¦ ¦¦
¦''
¦*. ¦ .'*-.'¦.' ; .'¦
,
::':.'_-.«Í--'í'-|'te
"'¦'.'.;
'•
"'L-'"'-:'' Z':
•;
R
\\ \
t
Wà REVISTA TR1MKNSAL
' .77
77
$f'yr..^'-.fL:.;';Ly ¦' ¦'"*'7.
Y
V
296 BEVI3TA TRIMENSAL
«»A«»-«-.^6**#*bl-*<0«*' • ••»
NOTA
"-'*''. "•'"'¦
V;':
¦ r.-"-- -¦
VI
'seca,
çfto acalma sobre a tarde, tem-se ensejo para carregar os
navios desde o anoitecer até de manhan.
Esta salina faz sal todos os mezes, eonitanto que se tenha o
cuidado de deixar n'eiia correr a agua salgada no tempo seco, e
se conservar em segnida fechados os esgotos ou rogos ; mas si níio
houver ahi constantemente alguém que isto faca, nada se pode espe-
rar com segurança cVesta salina, porque o sal já feito trasvaza com ¦
¦•
¦'
....7
yyy-:y-"yy'^y
DO INSTITUTO DO CEARÁ* .. . .
Li tf O
gar em vista.
« Tomando em consideração a nossa situação, verifi-
camos, que dispomos de navios bastantes
para o trans-
porte da gente destinada a apoderar-se da praça , que es-
tamos bastante providos de biates eembarcações
pequenas
(o que. sobretudo importa) para navegarem rio acima e
darem desembarque a tropa ; c que se pôde de algum
modo tirar (da guarnição) a gente necessária para o com-
mettimento. Alista porém do commissario dos viveres
mostra, que nos rumazens da Companhia não ha prezen-
mente mais do que 200 barricas de farinha (de trigo),203
barris de carne e 100 de toucinho ; o que apenas nos ¦ ..«í„:
"y
As circunstancias, a que as resoluções alludem, não
J y
deixam duvida sobre a praça a conquistar. Era uma colo- -y
¦
¦ s.i 7
¦ **--¦>', r
'"'%
'
¦
!A.,'. -5
.. .»» . .
, 1 • ,1» .,•
r,
'¦'
;'"'<
•O...
são chamadas.
Ha bastantes navios grandes á dispezição para o
transporte da tropa expedicionária ; mas o principal e o
mais necessário para execução do comettimento vem a
ser os hiatos c embarcações pequenas, nas quaes a tropa.
"'
?
''.;.
"
¦•"'
¦'
...
portunidade,
precedam ou que lá cheguem soecorros taes de Espanha
que nada possamos tentar.
:X.
X'-
'mi
-._•
êt-
302 REVISTA TRÍMENSAL
,'-
X
'sf_M
y#
s
'. .;,
... ...¦'
yyy
300 S
REVISTA TRlMENSAL
¦v.r
A
WÈÊm
-.'¦ AA;
com menos perigo para esta conquista, ao passo que (no rf?$L
'M
7
outro eazo) arriscaríamos tudo, rezolvemos sustar por Ã
queteiros.
No primeiro commettimento entrei nas trinxeiras do
inimigo e lhe tomei uma caza forte, que nos fazia muito
damno, matando 8 Portuguezes e alguns indios. Isto
feito, avancei com os indios até a obra próxima, onde o
inimigo tinha o melhor de suas forças. Os indios e os
brancos que eu tinha commigo deram furiozamente sobre
a obra que muito chegaram até acima d^ella ; com o que
os Portuguezes já começavam a retirar-se.
O capitão Wilteschut. que me auxiliaria com 400 mos-
queteiros. avançou e chegou tão perto da dita obra que a
alcançaria, atirandolhe o caximbo ; e ahi esteve em bata-
lha, avançando ou retirando-se até que tivemos cerca
de 100 entre feridos e mortos.
<£'&
fel
f
i
fi--' 'r'-S
1
DO INSTITUTO DO CEARà' 309
':
.' ./.'¦'
310 REVISTA TRIMENSAL
¦y
P:
Em Carta dc 12 de Junho de lólo, o Conselho Su
premo expunha assim a situação do Maranhão aos di-
rectores da Companhia :
F.
''.''¦-'M
¦¦¦yyyüi
-y%
y
praças. Aclamo-
nos; porém, cc rrplelí mente embaraçados e nâo vemos
probabilidade de enviai acs" do Maranhão, na pcnuiia ¦
i<
#
V,,-
li?.-'
AV.
DO INSTITUTO DO CEARA* 3 1 A
O X t.)
te
*,'
¦-.
t ..*..
do flsrsTiTtrfo no qbíba' ò
ó I1 7i
para pes-
car e apanhar vaccas marinhas na Ilha de S. João, sita
cousa de W léguas a oeste do Maranhão. Como sabe-
mos qne Maxvvel seguiu com o barco e os indios a
para
ilha de S. Christovào, ou Barbados, onde provavelmente
venderá os indios como esvravos, queirão vossas nobre- 77
y-4-x ¦
tSZs
¦
y: " [..' p _
\' :, ¦ k"' kky
''
..¦.'¦'¦¦'
yk'
"¦¦¦.'-A
' krjm
'¦ "vi
n
Os Secretários üe Borges da Fouseca" (l) , .; ¦ vil
no « Estado do Ceará » o
Em 1891 quando publiquei
meu trabalho Os Secretários de Borges da Fonseca, que:
foi reproduzido na Revista,escrevi o seguinte :
« A' falta de documentos não precisamos a data da no-
meação e exercício de lgnacio Gatto. mas o primeiro do-
encontramos contendo seu nome, traz a V
comento, que
¦
¦
.
..
-¦
'¦r-
HH
-¦'.&
y<
'V f
, .
-.— ¦¦:.
>!.;..
*' '¦'
•-..
.
-..
o 20 REVISTA TIÍIMENSAL
:X'('
y ¦'
em sua prezença jurou o Sargento-mor ignacio Jozé Ge-
mes de Oliveira Gato de servir bem e fielmente o Oficio
de Secretario do Governo desta Capitania em o pro-
que
veo o mesmo Snr. por fallecifnento de Felis Manuel de
.V'A . Matos prometendo guardar segredo inviolável em tudo
o que for do Real serviço e Justisa as partes. E
constar se mandou fazer este termo em que asinarão para dia
e era ut supra. Antônio Jozé Vitr.° Borges daFons.»
Ignacio Jozé Gomes de Olivr." Gato.»
Aproveito o ensejo para rectificar as seguintes incor-
recções, que escaparão no meu artigo :
A'pagina 135, linha 35, em vez de—3 de Fevereiro'
deve se,'—2 de Fevereiro *
_A' pagina 136, linha 4, em lugar de—8 de Maio de
1767— deve ser—9 de Maio de 1765.
A' pagina 137, linha 22, em vez de—João Baptista da
Costa Castro—é—João Baptista da Costa Coelho ;
A' pagina 138, linha 22, em vez de -- fali às deve
ser—faltas. '
Ainda á mesma pagina, linha 23, está impresso—bas-
'4 -•'.'¦' - '",'W.^i.,
tam—, quando deve ser bastem ;
A'pagina 139, linha 12, em vez de Nossa Ássump-
çam, deve se ler—Nossa Senr." daAssumpçam.
A'mesma pagina, linha 20. le^se—faz- deve
ser paso ; quando
'
VV
3^»iWbí5rhR5í-'*".''
-;. •
Perdigão de Oliveira.
y
¦yv.
jfijy
**£&*•
m
a. •
" a--a
¦sSÉÊí •¦¦' >',';.
,V
¦'".w-.y p.
. -.;
,- . ,
• ¦ a-
¦ VtoBbbi
¦ p
&
'*
mestre anterior.
Meu artigo, incriminado, intitula-se Os Successor^s
de Borges da Fonseca, o artigo do collega traz por epi-
graphe Os Secretários de Borges da Fonseca.
;|p§§§|
Dous assumptos muito diversos, devendo serestuda-
dos muito diversamente.
Fui criticado por haver escripto o seguinte : * Repare-
se que quem redige o auto de posse e juramento dos go-
•
vernadores interinos é Felippe Tavares de Britto, o mes- aa-
lr.vf•
i
d é Fonseca.» aa
¦ -v-p
«$o ViV
:<s
10
¦*3mmm*Jm.™*\^'H•nv^"^