Programa de Coordenação de Proteção - PCP
Programa de Coordenação de Proteção - PCP
Programa de Coordenação de Proteção - PCP
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INTRODUÇÃO
O PCP é um software para ambiente Windows, que possibilita, aos responsáveis pelos
estudos de proteção de equipamentos de sobrecorrente, efetuar a verificação da seletividade e da
coordenação com rapidez, confiabilidade e padronização. Foi desenvolvido com a filosofia de não
depender de outros sistemas , possibilitando a entrada de dados manualmente e também com a
de se integrar ao sistema de geoprocessamento da empresa e captar automaticamente parâmetros
de equipamentos, ajustes, valores de correntes de curto-circuito e de carga. A grande vantagem
do PCP é possibilitar a realização de estudos de coordenação de equipamentos de sobrecorrente
tanto em sistemas radiais com apenas um caminho para a circulação das correntes de curto-
circuito, como também sistemas em anel com mais de um caminho para a circulação destas
correntes, cuja particularidade não foi encontrada nos softwares disponíveis no mercado. O PCP
foi projetado para possibilitar a mudança de critérios de coordenação, bem como a inclusão de
novos tipos de equipamentos, com as mais variadas funções e curvas “tempo x corrente”.
O SOFTWARE PCP
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desenvolvimento é minimizar o esforço de, se for necessário, adaptar a aplicação para outras
plataformas, tais como para um ambiente de geoprocessamento onde o sistema operacional é
UNIX.
As principais classes de objeto criadas foram : Tipo de dispositivo, Marca de fabricante de
dispositivo, Modelo de dispositivo, Página de Curvas, Grupo de Páginas de Curvas, Curva, Ajuste,
Coordenação, Caso de Estudo da Proteção, Defeito de Caso e Contribuição para Defeito.
BANCO DE DADOS
Foram criadas tabelas para armazenar os dados de cada um dos objetos envolvidos nas
etapas do processo : Tipo de dispositivo, Marca do fabricante do dispositivo, Modelo de dispositivo,
Curvas características do dispositivo, Página de Curvas, Grupo de Páginas, Ajuste de dispositivo,
Curvas do Ajuste de dispositivo, Tempo de Restabelecimento de dispositivo, Casos de Estudo,
Defeitos e Contribuições dos circuitos referentes a cada Defeito.
Foram criados processos para o gerenciamento dos dados das tabelas de Marcas,
Modelos, Grupos de Páginas, Páginas e Curvas. Também foi criado um processo para o
carregamento dos pontos das curvas.
Os dados de Modelos de dispositivos para cada Marca foram armazenados em uma tabela
que contém para cada Modelo : o Tipo, a Marca do fabricante, a Descrição, o número da Ordem de
Proteção (OPR) usada e o grupo preferencial de páginas com curvas do dispositivo.
A tabela de ajustes contém os dados sobre o dispositivo (Tipo, Marca, Modelo), o local
onde ele foi instalado (Descrição, Número do Circuito, Carga Máxima, Correntes de Curto-circuito
trifásico e Fase-terra máximas e mínimas, Relação de TC) e os ajustes definidos para o mesmo
(Correntes de Ajustes Temporizado e Instantâneo de Fase e de Neutro, Corrente de Ajuste do
SEF, Tempos de Religamento, Número de Operações até o Bloqueio).
Em uma tabela auxiliar são armazenados os dados sobre cada tipo (Lenta, Rápida ou
Instantânea ) ou número da operação (Primeira, Segunda, Terceira ou Quarta ), indicação se a
operação é de Fase ou de Neutro, Número Máximo de Operações, Tipo e Identificação da Curva,
Fator Multiplicador da Curva, Fator Aditivo da Curva, Tempo Mínimo de Resposta, Corrente de
Atuação Instantânea e Fator Aditivo da Curva Instantânea e temporização do SEF.
A tabela de correntes de falta contém, para todos os defeitos simulados para o caso, a
identificação do local do Defeito e os valores das Correntes de Curto-circuito trifásico (3F), fase-
fase (FF) , fase-terra máximo (FT ) e fase-terra mínimo (FTmin ). A tabela de contribuições contém,
para todos os defeitos simulados para o caso, os valores das correntes que circulam em cada
trecho do circuito para os tipos de curtos-circuitos citados na descrição da tabela de Defeitos,
sendo que para curtos-circuitos fase-terra e fase-terra mínimo também são armazenadas as
correntes que circulam no neutro quando ocorrem estes tipos de curto-circuito.
CARREGAMENTO DE CURVAS
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Curvas são relações tempo x corrente usadas para representar características de
operação ou de comportamento de determinada característica , por exemplo:
Os pontos das curvas de atuação dos diversos dispositivos podem ser carregadas no
banco de dados através de um processo que faz a leitura de um arquivo tipo texto que contém as
informações gerais sobre a curva e também, para cada ponto, uma linha com o valor da corrente e
o respectivo valor do tempo de atuação do dispositivo de proteção. O arquivo pode ser gerado
manualmente ou através da recuperação da curva na folha de curvas fornecida pelo fabricante do
dispositivo, utilizando um scanner e uma aplicação de digitalização.
Método usando escaneamento: fazer uma cópia gráfica com o scanner da página onde
estão contidas as curvas. Utilizar um programa para limpar a tela de fundo das curvas e prepará-
las. Utilizar um programa de digitalização de curvas que salve os dados no formato .dad. Ex:
Digitize, origin, etc . Acrescentar na primeira linha do arquivo .dad as informações acima exigidas.
Sempre que criar uma curva, salve-a em um diretório do seu disco rígido, para posterior
carregamento no programa.
CRITÉRIOS DE COORDENAÇÃO
Dentro dos procedimentos de estudos de proteção, existem uma série de variáveis que são
definidas a critério do usuário. A opção Critérios abre uma a tela onde o usuário poderá definir os
valores ou mudá–los quando em determinado estudo estes valores devam ser diferentes.
Para ser alterado qualquer parâmetro basta selecionar a janela do item e digitar um novo
valor e clicar em Aplicar Critérios
CADASTRO DE EQUIPAMENTOS
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Dados permite a entrada de novos equipamentos e marcas, possibilitando desta forma a
atualização dos arquivos.
O PROCESSO
Também foram desenvolvidos processos para a determinação dos valores possíveis para
cada campo do tipo caixa de edição com escolha, a ser preenchido para cada modelo, conforme a
sua Ordem de Proteção (OPR).
COORDENAÇÃO/ SELETIVIDADE
Esta diferença é comparada com os valores mínimos definidos por critério de cada
empresa e que são também dependentes do tipo de coordenação / seletividade que se está
verificando.
VISUALIZAÇÃO DE CURVAS
Através desta facilidade é possível a visualização das curvas de uma página do conjunto
de páginas cadastradas. Esta páginas são réplicas das folhas de curvas dos manuais fornecidos
pelos fabricantes de dispositivos de proteção. O cadastro atual foi montado com base nas curvas
de dispositivos atualmente em uso na Companhia Paranaense de Energia -COPEL, totalizando
147 páginas de curvas. Com a utilização desta facilidade é dispensada a necessidade de se
manter disponível estas folhas impressas para consulta durante o processo de elaboração de
estudos da proteção.
EXEMPLO DE UM CASO
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SE
ESV KF
TELA INICIAL
No nosso exemplo, desejamos coordenar dois religadores , sendo o que está à montante o
tipo ESV com controle RESCO da Westinghouse e o equipamento que está à jusante um KF
hidráulico. Para lançarmos e incluirmos um equipamento, inicialmente escolhemos a opção
“AJUSTE”.
O ajuste de dispositivo é a opção que abre a tela conforme Figura 3, com a qual é possível
a escolha do tipo do dispositivo e o cadastramento de seu número operacional e do local de
instalação e tensão. Para cada tipo de dispositivo de proteção a tela assumirá automaticamente
um formato com número variável de abas e de dados necessários para o tipo ou modelo
selecionado.
Em todas as telas são utilizados botões de comando, caixas de texto e caixas de texto com
escolha (“Combobox” ). As caixas de texto com escolha são as que contém um seta para baixo no
seu lado direito. Quando se clica nesta seta aparecem todas as opções para o dado desta caixa e
é permitida a escolha de um dos valores mostrados.
A tela da Figura 4 possue os campos para lançamento dos dados que devem ser
fornecidos e dizem respeito aos valores de correntes de carga máxima e de curto-circuito,
específicas do ponto do sistema elétrico onde o dispositivo irá ser instalado. Atualmente estes
dados são fornecidos manualmente, mas é possível a integração desta ferramenta com outras que
fazem a simulação de curto-circuito e de carregamento de circuitos.
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ABA “ AJUSTES DE FASE”
Percebam que nesta aba (Figura 5) outra categoria de dados são apresentados, em
função dos valores lançados na aba de dados de carga e curto, que são os limites fornecidos
automáticamente , recomendados para a definição dos ajustes dos dispositivos com base em
critérios tabelados, conforme o modelo ou tipo do dispositivo. Além da forma descrita acima, usada
para as situações de instalação de novos dispositivos, é possível também rever ou reajustar
parâmetros. Nestas situações basta selecionar o dispositivo cadastrado e serão apresentadas nas
telas os dados do ajuste em duas colunas, uma a esquerda que pode ser modificada e outra a
direita valores (armazenados ) que permanece com os valores originais.
Uma vez escolhido a curva , voltamos à ABA de AJUSTE de FASE e escolhemos então a
curva disponível no combo box do campo.
Percebam que , da mesma forma que a aba de fase, nesta aba (Figura 7) a categoria de
dados apresentados, em função dos valores lançados na aba de dados de carga e curto, que são
os limites fornecidos automáticamente , recomendados para a definição dos ajustes dos
dispositivos com base em critérios tabelados, conforme o modelo ou tipo do dispositivo.
Além da forma descrita acima, usada para as situações de instalação de novos dispositivos,
é possível também rever ou reajustar parâmetros. Nestas situações basta selecionar o dispositivo
cadastrado e serão apresentadas nas telas os dados do ajuste em duas colunas, uma a esquerda
que pode ser modificada e outra a direita (valores armazenados) que permanece com os valores
originais.
ABA “ RELIGAMENTO”
Nesta aba da Figura 8 temos disponíveis os campos para se lançar o ciclo de operações
dos religadores em função dos ajustes disponíveis em cada equipamento. Um valor padrão já vem
disponibilizado nos campos para facilitar o lançamento do especialista. Na COPEL utilizamos como
padrão os valores de 3 (três) operações para bloqueio, sendo normalmente uma operação rápida
ou instantânea e duas operações lentas. Os campos para lançar os valores de tempo de
religamento são fornecidos de forma a evitar que o especialista tenha que consultar o manual dos
equipamentos, disponibilizando todos os valores.
COORDENAÇÃO
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envolvidos neste caso e lançamos os valores de corrente de contribuição para defeito na barra,
que são exatamente os valores passantes nos sensores de fase e neutro dos equipamentos,
durante a ocorrência do curto da barra de defeito. Na seqüência definimos o nome do caso e se
houver necessidade lançamos uma descrição do estudo para posterior consulta por outro
especialista. Concluído este passo salvamos o caso no banco de dados.
Notem que à direita da Figura 9 temos que informar ao sistema qual equipamento está à
Jusante e qual está à Montante. Para isto basta escolhermos que nos campos os equipamentos
ficarão selecionados.
Nesta situação , necessitamos alterar novamente os ajustes dos equipamento visando obter a
coordenação. Para isto, retornamos aos campos dos ajustes e alteramos a curva de fase do
religador KF de C para B e novamente verificamos o que ocorreu na coordenação conforme
Figura 13.
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CONCLUSÕES
- Redução do tempo : ganho de tempo de 83% do tempo gasto entre o processo manual e o
informatizado;
A complexidade dos estudos de proteção pode ser avaliada com base na quantidade de tipos
de dispositivos e de seus modelos, e de possibilidades de ajustes possíveis para atender a imensa
variedade de parâmetros reais que ocorrem em cada segmento do sistema de distribuição de
energia elétrica.
A ferramenta está sendo utilizada pela área de Engenharia da Distribuição de energia elétrica
da Companhia Paranaense de Energia ( COPEL ) e tem-se mostrado um grande auxílio para o
especialista envolvido na elaboração dos estudos de proteção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PROGRAMA DE COORDENAÇÃO DE
PROTEÇÃO
PCP
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Figura 4 – Aba de Dados de Carga e Curto-circuito
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Figura 6 – Curvas de Fase do KF
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Figura 8 – Aba de Religamento
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Figura 10 – Tela de Coordenação para Curtos Trifásicos
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Figura 12 – Descoordenação Fase/Terra após a alteração da curva
de neutro
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