Análise Do Crecimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique Nos Últimos Tres Anos (2020 A 2022)
Análise Do Crecimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique Nos Últimos Tres Anos (2020 A 2022)
Análise Do Crecimento e Desenvolvimento Económico de Moçambique Nos Últimos Tres Anos (2020 A 2022)
anos (2020-2022)
1.0 Introdução
Segundo Banco Mundial (2022), a economia moçambicana foi, nos últimos 22 anos, marcada
por momentos de expansão e de crise, tendo, nos primeiros 15 anos do século xxi, sido
considerada pelas instituições financeiras multilaterais como um caso de sucesso económico,
principalmente devido às altas taxas de crescimento económico, com uma média anual de
cerca de 7,5%, e às medidas prudentes na gestão de políticas macroeconómicas.
Todavia, em 2016, os mercados financeiros internacionais e as mais reputadas agências
financeiras que outrora suportaram a trajectória económica de Moçambique anunciaram a
existência de uma crise financeira e institucional profunda na economia moçambicana
decorrente das dívidas públicas não declaradas (Branco, 2020).
Assim, devida a pertinência do estudo do crescimento e desenvolvimento económico de
Moçambique, aliado aos desastres e doenças que tem atingindo o canal e a população
Moçambicana respectivamente, desenvolveu-se este trabalho com o objectivo de a analisar
este crescimento e desenvolvimento económico nos últimos três anos e este trabalho é de
abordagem qualitativa e foi feito recorrendo às fontes bibliográficas, as quais estão
devidamente citadas e referenciadas nas referencias Bibliográficas.
2.0 Desenvolvimento
Segundo Betho, Chelengo, Jones, Keller, Mussagy, Van & Tarp (2021), o desempenho da
economia moçambicana, em 2020, ficou comprometido devido à interacção de choques
adversos incluindo a eclosão da pandemia da COVID-19, ao ambiente de incerteza causado
pela situação de insegurança nas zonas centro e norte do país, e à ocorrência de choques
climatéricos (chuvas, secas e ciclones) e como resultado, o país registou uma redução na taxa
crescimento média anual do PIB em 2020, em torno de -3,6 pp, comparativamente ao ano
2019.
Assim, foram adoptadas medidas que visavam a minimização dos efeitos, como é o caso das
medidas de isolamento social adoptadas ao longo de 2020 que concorreram para o acentuado
abrandamento do nível de actividade económica, e por conseguinte, afectou a capacidade de
arrecadação de receitas fiscais.
Para fazer face aos desafios sanitários impostos pela pandemia o Governo encetou esforços
junto de parceiros multilaterais e bilaterais com vista a mobilizar recursos adicionais para o
orçamento do Estado. Em adição foram também mobilizados recursos juntos dos parceiros
bilaterais e multilaterais de cerca de US$ 700 milhões, o que permitiu: (i) atender às pressões
na despesa associada ao choque pandémico, (ii) apoiar selectivamente os sectores de
actividade económica que mais se ressentiram do impacto da COVID-19 (educação, saúde,
águas e saneamento, energia, agricultura, e turismo); (iii) compensar os constrangimentos de
liquidez enfrentados particularmente pelas pequenas e médias empresas); e (iv) evitar o
incumprimento do serviço da dívida reduzindo deste modo o risco de confiança do país no
mercado internacional (Macane & Mate, 2022).
Segundo MEF (2021 - 2022), é importante ainda frisar que a COVID-19 aumentou também
os desafios fiscais futuros do país no que tange à necessidade de conter a expansão do nível de
endividamento público, aumentar a capacidade de arrecadação de receitas internas, e de
aprofundar as reformas fiscais estruturais para assegurar a transparência e sustentabilidade
fiscal a médio e longo prazo.
Inflação
Segundo MEF (2022), em 2020, o País registou uma inflação média de 3,14% contra 2,78%
registado em 2019. E prevê-se ainda uma pressão da Inflação em 2021 abaixo de 1 digito em
5%, traduzindo efeitos de:
Conclusão
De modo geral, um cenário alternativo com crescimento moderado foi desenhado tendo em
conta uma gradual dissipação da pandemia, e consequentemente à recuperação e
normalização das actividades económicas, prevendo-se uma taxa média anual de 1.5% em
2021 e 2.8% em 2022.
Referencias Bibliográficas