1) O artigo 1 resume um estudo sobre a reabilitação vestibular personalizada em pacientes com distúrbios de equilíbrio, comparando diferentes protocolos e exercícios.
2) O artigo 2 avalia como exercícios de Cawthorne e Cooksey melhoram o equilíbrio e reduzem o risco de quedas em idosas.
3) O artigo 3 compara a eficácia de dois protocolos de reabilitação vestibular em diferentes distúrbios vestibulares.
1) O artigo 1 resume um estudo sobre a reabilitação vestibular personalizada em pacientes com distúrbios de equilíbrio, comparando diferentes protocolos e exercícios.
2) O artigo 2 avalia como exercícios de Cawthorne e Cooksey melhoram o equilíbrio e reduzem o risco de quedas em idosas.
3) O artigo 3 compara a eficácia de dois protocolos de reabilitação vestibular em diferentes distúrbios vestibulares.
1) O artigo 1 resume um estudo sobre a reabilitação vestibular personalizada em pacientes com distúrbios de equilíbrio, comparando diferentes protocolos e exercícios.
2) O artigo 2 avalia como exercícios de Cawthorne e Cooksey melhoram o equilíbrio e reduzem o risco de quedas em idosas.
3) O artigo 3 compara a eficácia de dois protocolos de reabilitação vestibular em diferentes distúrbios vestibulares.
1) O artigo 1 resume um estudo sobre a reabilitação vestibular personalizada em pacientes com distúrbios de equilíbrio, comparando diferentes protocolos e exercícios.
2) O artigo 2 avalia como exercícios de Cawthorne e Cooksey melhoram o equilíbrio e reduzem o risco de quedas em idosas.
3) O artigo 3 compara a eficácia de dois protocolos de reabilitação vestibular em diferentes distúrbios vestibulares.
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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO
CURSO DE FONOAUDIOLOGIA
TRABALHO DA DISCIPLINA: INVESTIGAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NOS DISTÚRBIOS
DO EQUILÍBRIO
RIBEIRÃO PRETO 2021 ARTIGO 1
REABILITAÇÃO VESTIBULAR PERSONALIZADA: Levantamento de prontuários dos
pacientes atendidos no ambulatório de otoneurologia da I.S.C.M.S.P. AUTORES: Lucia Kazuko Nishino, Cristina de Freitas Ganança, Andrea Manso, Carlos Alberto Herrerias de Campos, Gustavo P. Korn
O artigo se inicia caracterizando o que é necessário para a manutenção do equilíbrio
corporal, traz a definição de alguns sintomas do desequilíbrio corporal, como tontura rotatória e não rotatória. Assim, por definição do artigo, a manutenção do equilíbrio corporal durante a movimentação do corpo e da cabeça depende de uma harmoniosa interação entre os sistemas sensoriais motores e um processamento preciso dessas informações. Por essa razão, o Sistema Nervoso Central (SNC) necessita de informações redundantes provenientes dos sistemas vestibular, visual e proprioceptivo a respeito do que ocorre no meio ambiente com a finalidade de manter nosso corpo ereto e em equilíbrio. Como definição de tontura, os autores do artigo trazem que existem alguns tipos de tontura, que são subdivididas em tontura rotatória, conhecida como vertigem, e em tontura não-rotatória caracterizada por instabilidade, flutuação, impressão de queda, desvio de marcha, sensação de cabeça oca ou pesada, entre outros sintomas. Após essa introdução sobre o equilíbrio e tontura, o artigo traz a importância dos reflexos para manter o equilíbrio corporal, sendo os mais importantes para essa função o Reflexo Vestíbulo-Ocular (RVO) e o Reflexo Vestíbulo-Espinhal (RVE), sendo que o RVO permite a estabilização do olhar durante o movimento de cabeça e o RVE gera um movimento corpóreo de compensação com o objetivo de manter a estabilidade da cabeça e do corpo e, dessa forma, ajuda a evitar quedas. A Reabilitação Vestibular baseia-se em exercícios físicos específicos e repetitivos que visam ativar os mecanismos de plasticidade neural do SNC, buscando a compensação vestibular, para que o indivíduo possa realizar o mais perfeitamente possível as atividades do dia-a-dia, que estava acostumado a fazer antes da tontura . Quando ocorre uma lesão vestibular, o SNC naturalmente efetua a recuperação funcional do desequilíbrio corporal, por meio da neuroplasticidade. Esse mecanismo adaptativo do comportamento motor vestibular é chamado de Compensação Vestibular. Além desse mecanismo há também a Adaptação, a Habituação e a Substituição, mecanismos estes explorados na RV. Os autores do artigo trazem exercícios que foram realizados nos presentes estudos sobre a reabilitação vestibular, e são eles:
1. Exercícios de Cawthorne (1944) & Cooksey (1945):
Indicados para disfunções vestibulares unilaterais ou traumatismo crânio-encefálico, que priorizam movimentos oculares de perseguição, movimentos de cabeça em várias direções, movimentos de tronco e pernas, exercícios de caminhar, subir e descer escadas e rampas, com olhos fechados e abertos.
2. Protocolo de Herdman - Exercícios para incrementar a adaptação vestibular (Herdman,
1990 e 1996): Indicados para hipofunção unilateral à estimulação vestibular. Interação vestibulovisual. Aumentam o ganho do RVO e a tolerância aos movimentos da cabeça. 3. Protocolo de Herdman - Exercícios para incrementar a estabilização da postura estática e dinâmica (Herdman, 1990 e 1996): - Indicados para hipofunção vestibular unilateral ou bilateral. - Produzem estratégias para realizar as atividades de vida diária, mesmo na privação de informações visuais, somatossensoriais ou vestibulares e auxiliam no desenvolvimento da autoconfiança do paciente e estabelecem os limites funcionais, pois manipulam pistas visuais, somatossensoriais e vestibulares para forçar o indivíduo a integrar e utilizar as informações vestibulares na manutenção da estabilidade postural.
4. Protocolo de Herdman Exercícios de estabilização do olhar (Herdman, 1990 e 1996):
- Indicados para déficits periféricos bilaterais. - Potencializam o reflexo cérvico-ocular e a função residual do reflexo vestibulocular.
5. Protocolo Ganança - Exercícios de estimulação optovestibular (Ganança et al., 1989):
- Indicados para tonturas de origem vestibular que não se beneficiam com outros tipos de exercícios.
6. Protocolo de exercícios da Assoziazione Otologi Ospedalieri Italian (Bolonha, 1983):
- Indicados para vertigem crônica de origem periférica. - Protocolo básico contém 17 exercícios.
7. Exercícios de Davis & O’Leary (1995):
- Indicados em pacientes com alterações de ganho, fase e/ou simetria dos reflexos à prova de auto-rotação cefálica.
8. Exercícios na vertigem posicional:
- Exercícios de Brandt-Daroff; - Manobra Dix-Hallpike; - Reposicionamento canalicular de Epley; - Manobra liberatória de Semont.
Os resultados obtidos no estudo foram:
1.O exame vestibular apresentou-se normal em 40,54% e 59,46% apresentou-se alterado.
2.Quanto aos resultados obtidos com a RV:
- Em relação aos protocolos utilizados, observamos que a Manobra de Epley foi realizada na maioria dos pacientes, 21 pacientes (56,76%) que apresentaram a presença de nistagmo rotatório ou vertigem na manobra de Brandt-Daroff, mesmo com hipóteses diagnósticas diferentes, mas com características de vertigem postural. Destes, 18 pacientes (48,65%) tinham hipótese diagnóstica de VPPB pura, 3 pacientes (8,10%) com vertigem pós-traumática e VPPB, 1 paciente (2,70%) com Doença de Ménière e 1 paciente (2,70%) com diagnóstico de Schwanoma do vestibular. - O segundo protocolo mais utilizado foi o exercício de estimulação do reflexo vestíbulo-ocular de Herdman, em 54,05% dos casos, seguido dos exercícios para a estimulação da postura estática e dinâmica de Herdman (PED), exercício de marcha do protocolo de Herdman, manobra de BrandtDaroff, protocolo da Associazone Otologi Ospedalieri Italiani (AOOI), exercício de estimulação do reflexo cérvico-ocular (RCO), exercício de estimulação optocinética de Ganança et al. (OPTO) e Manobra de Semont (Tabela 1). O número total de sessões variou entre 1 a 15, e mostrou-se relacionado diretamente ao número de protocolos utilizados por paciente, ou seja, os pacientes com maior tempo de terapia foram submetidos a mais exercícios de diferentes protocolos. Os pacientes com VPPB tiveram alta mais cedo que os demais pacientes com vertigem crônica.
3. Do total de altas, 91,89% (35) melhoraram os sintomas significativamente e 8,10% (3)
foram encaminhados para outros tratamentos.
Com os resultados obtidos e comparando com a literatura encontrada, no fim do artigo, os
autores concluem que: “ o sucesso terapêutico nos fez acreditar na Reabilitação Vestibular Personalizada como uma ótima opção terapêutica, pois, além de melhorar significativamente o equilíbrio corporal, também aumentou a autoconfiança perdida pelos pacientes, com melhora direta de sua qualidade de vida.” ARTIGO 2
Melhora do equilíbrio e redução da possibilidade de queda em idosas após os exercícios de
Cawthorne e Cooksey AUTORES: Angela dos Santos Bersot Ribeiro , João Santos Pereira
O objetivo deste estudo foi verificar se a abordagem terapêutica específica para o
sistema vestibular gera aprendizado motor e contribui para a melhora do equilíbrio e a diminuição na possibilidade de queda. Inicialmente, os autores trazem uma definição de equilíbrio, sendo definido por Horak como a habilidade do sistema nervoso em detectar tanto antecipada como momentaneamente a instabilidade e de gerar respostas coordenadas que tragam de volta para a base de suporte o “centro de massa corporal”, evitando a queda. Como amostra para o presente estudo, os autores selecionaram mulheres de 60 a 69 anos,sendo o sexo feminino escolhido por ser a queda prevalente entre as mulheres. A idade faz parte da primeira década do envelhecimento, quando as respostas às intervenções terapêuticas e à atividade física são mais intensas. Os critérios de exclusão dos autores foram a presença de distúrbios neurológicos, otorrinolaringológicos, vasculares, metabólicos, degenerativos ou neoplásicos, que comprovadamente determinam déficits de equilíbrio. Para a avaliação do equilíbrio foi utilizada a Escala do Equilíbrio de Berg (EEB), sendo esse comumente utilizado para avaliar o equilíbrio e o risco de quedas em idosos e leva em conta o efeito do ambiente na função. Todos os indivíduos foram então avaliados pela EEB e após nove semanas foram reavaliados. Os componentes do grupo experimental foram submetidos durante este intervalo aos exercícios de estimulação vestibular de Cawthorne e Cooksey, três vezes por semana, durante sessenta minutos. Como resultado, foi possível analisar que a EEB é sensível para detectar alterações no equilíbrio em idosos saudáveis,assim como os exercícios de Cawthorne e Cooksey aplicados conforme descrito nos procedimentos foram capazes de melhorar o equilíbrio nesta amostra e, consequentemente, diminuir a possibilidade de queda. ARTIGO 3
Comparação de diferentes protocolos de reabilitação vestibular em pacientes com
O objetivo deste estudo foi comparar a eficácia terapêutica de dois protocolos de
reabilitação vestibular em diferentes disfunções vestibulares. A reabilitação vestibular (RV) é baseada em mecanismos relacionados à plasticidade neuronal do SNC. Os métodos do estudo foram: Os pacientes foram submetidos à avaliação otoneurológica composta por anamnese, avaliação audiológica e avaliação vestibular com a vectonistagmografia digital (VENG) da Neurograff Eletromedicina Ltda. Todos responderam a um questionário de qualidade de vida, o Dizziness Handicap Inventory (DHI) brasileiro e à escala analógica de tontura (EVA), pré e pós-reabilitação vestibular, com a finalidade de observar possíveis modificações após o tratamento. O Grupo 1 realizou exercícios baseados na estimulação do reflexo vestibulocular (RVO) vertical e horizontal. O Grupo 2 fez exercícios baseados no protocolo proposto pelo Setor de RV da UNIFESP, que se baseia na realização de exercícios de forma personalizada. Como os resultados obtidos na pesquisa, os autores obtiveram: O Grupo 1 foi composto de 80% mulheres e 20% homens, com idades variando de 32 a 73 anos de idade (média de 51 anos e dois meses). Quanto à conclusão da VENG, 60% apresentaram Síndrome Vestibular Periférica Irritativa (SPVI), sendo 30% SVPI Bilateral e 30% SVPI Unilateral (20% à direita e 10% à esquerda). Os 40% restantes apresentaram Síndrome Vestibular Periférica Deficitária (SVPD), das quais 10% foram SVPD Bilateral e 30% SVPD Unilateral. O Grupo 2 foi composto por 60% de homens e 40% de mulheres, com idades variando de 34 a 88 anos de idade (média 60 anos e 2 meses). Na conclusão da VENG, 70% dos indivíduos apresentaram SVPI e 30% tiveram diagnóstico de SVPD. Considerando a pesquisa na literatura encontrada, os autores concluíram que: A reabilitação vestibular possibilitou melhora significativa do quadro otoneurológico clínico e na autopercepção da tontura independentemente da terapêutica empregada. A reabilitação vestibular personalizada mostrou-se mais eficaz do que o protocolo de estimulação do reflexo vestibulocular na melhora da qualidade de vida de indivíduos com disfunções periféricas crônicas.