Anvisa Esclarece - Anvisa-Qualidade Do Ar Interior de Ambiente Climatizado Artificialmente-12-06-2020
Anvisa Esclarece - Anvisa-Qualidade Do Ar Interior de Ambiente Climatizado Artificialmente-12-06-2020
Anvisa Esclarece - Anvisa-Qualidade Do Ar Interior de Ambiente Climatizado Artificialmente-12-06-2020
Serviços de saúde
Atualizado: 08/08/2018
1.3. Fiscalização
1.4. Penalidades
1.5. Legislação
Teleoperador, esta é a resposta para demandas sobre qualidade do ar interior de ambientes climatizados artificialmente.
Embora o conteúdo tenha sido validado pela GGTES > GRECS, a resposta se aplica a ambientes em geral (não apenas
a estabelecimentos de serviços de saúde).
Tendo em vista a manutenção da qualidade do ar interior em ambientes climatizados, o Ministério da Saúde publicou a
Portaria GM/MS nº 3.523, de 28 de agosto de 1998. Essa Portaria estabelece os requisitos mínimos de manutenção e
limpeza dos componentes do sistema de climatização. Em seu artigo segundo, a Portaria dispõe sobre a existência de
um regulamento técnico referente aos padrões de qualidade do ar. Tal regulamento técnico é a Resolução Específica
(RE) nº 9, de 16 de janeiro de 2003, da Anvisa, que estabelece o padrão referencial de qualidade do ar em ambientes
climatizados artificialmente.
Os padrões referenciais estabelecidos pela RE nº 9/2003 servem de indicador para a verificação da eficácia das ações
relacionadas à manutenção e à limpeza dos componentes do sistema de climatização. Assim, quando os parâmetros de
qualidade do ar de um determinado ambiente não estiverem em conformidade com os padrões referenciais, é necessário
avaliar a frequência e as ações relacionadas à manutenção e à limpeza do sistema, além de fazer uma análise das
causas que originaram as alterações nos parâmetros do ar.
As ações a serem executadas e suas respectivas frequências devem ser compatíveis com as peculiaridades de cada
sistema, garantindo o funcionamento do sistema de climatização e a qualidade do ar interior. As ações mínimas são
apresentadas nas normas previamente citadas, entretanto não há impedimento de ações mais restritivas serem tomadas.
A partir da edição da Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018, fica estabelecido que quaisquer edifícios de uso público e
coletivo que possuírem ambientes de ar interior climatizados artificialmente deverão dispor de um Plano de Manutenção,
Operação e Controle (PMOC) dos respectivos sistemas de climatização, independentemente da capacidade de
refrigeração, visando à eliminação ou minimização de riscos potenciais à saúde dos ocupantes.
Essa Lei também se aplica aos ambientes climatizados de uso restrito, tais como aqueles dos processos produtivos,
laboratoriais, hospitalares e outros, que deverão obedecer a regulamentos específicos.
O inciso II do artigo 2º da Lei nº 13.589/2018 define sistemas de climatização como o conjunto de instalações e
processos empregados para se obter, por meio de equipamentos em recintos fechados, condições específicas de
conforto e boa qualidade do ar, adequadas ao bem-estar dos ocupantes. Contudo, deve-se observar o disposto no artigo
4º da Lei nº 13.589/2018, em que é facultado, aos proprietários, locatários e prepostos responsáveis por sistemas de
climatização já instalados, o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da regulamentação desta Lei, para o
cumprimento de todos os seus dispositivos. Portanto, é preciso aguardar a regulamentação da referida Lei.
Além disso, sempre recomenda-se consultar a vigilância sanitária local para colher o entendimento desse órgão a
respeito do tema e confirmar quais são as exigências do PMOC em sua localidade.
Observação: originalmente, o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) descrito na Portaria GM/MS nº
3.523/1998 seria aplicável aos sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR (medida de potência térmica de
refrigeração). Já as disposições da RE nº 9/2003 se aplicariam a sistemas de climatização com capacidade igual ou
superior a 5 TR.
Teleoperador, note que a Lei nº 13.589/2018 (que se aplica a sistemas de climatização com qualquer capacidade de
refrigeração) não se harmonizou completamente às determinações da Portaria GM/MS nº 3.523/1998 (referente à
exigência do PMOC apenas para sistemas de climatização com capacidade acima de 5 TR) e da RE nº 9/2013 (referente
a sistemas de climatização com capacidade igual ou superior a 5 TR), nem tampouco revogou quaisquer dessas
normativas. Por causa disso, é importante reforçar que o usuário deve consultar a vigilância sanitária local para confirmar
quais exigências se aplicam ao caso concreto.
1.3. Fiscalização
Como subsistema do Sistema Único de Saúde (SUS), o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) obedece ao
princípio da descentralização, sendo as ações de inspeção sanitária pactuadas entre o nível federal e as outras
entidades federativas. Nesse caso, são órgãos de vigilância sanitária dos municípios, estados e Distrito Federal que
realizam a inspeção quanto à qualidade do ar condicionado.
1.4. Penalidades
Quando são identificadas irregularidades sanitárias, os órgãos competentes (vigilâncias sanitárias locais) adotam, de
forma autônoma, as medidas legais pertinentes para prevenir possíveis danos à saúde da população.
Conforme dispõe o artigo 12 da Lei nº 6.437/1977, as infrações sanitárias devem ser apuradas em processo
administrativo próprio, iniciado com a lavratura de auto de infração, observados o rito e prazos estabelecidos nesta Lei.
Segundo disposto no artigo 2, “sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, as infrações sanitárias
serão punidas, alternativa ou cumulativamente, com as penalidades de: advertência; multa; apreensão de produto;
inutilização de produto; interdição de produto; suspensão de vendas e/ou fabricação de produto; cancelamento de
registro de produto; interdição parcial ou total do estabelecimento; proibição de propaganda; cancelamento de
autorização para funcionamento de empresa e cancelamento do alvará de licenciamento de estabelecimento”, no que
couber.
1.5. Legislação
Norma Conteúdo
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