O Regime Juridico Do Exercicio Dos Direitos Colectivos Na Função Pública Moçambicana

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FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO
TRABALHO DE CAMPO DE DIREITO ADMINISTRATIVO

O REGIME JURIDICO DO EXERCICIO DOS DIREITOS COLECTIVOS NA


FUNÇÃO PÚBLICA MOÇAMBICANA

ANTONIO FRANCISCO BUENE

MAXIXE, ABRIL DE 2023

1
FACULDADE DE DIREITO
LICENCIATURA EM DIREITO

O REGIME JURIDICO DO EXERCICIO DOS DIREITOS COLECTIVOS NA


FUNÇÃO PÚBLICA MOÇAMBICANA

Trabalho de campo a ser


submetido na coordenação do
curso de Licenciatura em
Direito da UNISCED.
Tutor: Gercio Alberto

ANTONIO FRANCISCO BUENE

MAXIXE, ABRIL DE 2023

2
Índice
CAPITULO I: Introdução .......................................................................................................... 4

1.1. Objectivos ........................................................................................................................... 4

1.1.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 4

1.1.2. Objectivos específicos ..................................................................................................... 4

1.2.1 Metodologia de trabalho ................................................................................................... 4

CONTEXTUALIZAÇÃO.II ...................................................................................................... 5

2.1. As prerrogativas da Administração Moçambicana à luz do direito vigente ....................... 5

2.1.2. Os poderes ........................................................................................................................ 5

2.1.3. O poder de decisão ........................................................................................................... 5

2.1.5. O poder de decisão unilateral ........................................................................................... 6

2.1.6. O privilégio de execução prévia ...................................................................................... 7

2.1.7. O poder regulamentar ...................................................................................................... 8

2.2.As protecções ....................................................................................................................... 8

2.2.1. A protecção dos agentes da Administração ..................................................................... 9

2.2.2. A protecção contra as acções em responsabilidade ......................................................... 9

2.2.3. A protecção contra as injúrias e violências .................................................................... 10

2.3. As sujeições da Administração Moçambicana à luz do direito vigente............................ 10

2.3.1. Decisões administrativas e sujeições ............................................................................. 11

2.3.2. O princípio de intangibilidade das decisões individuais constitutivas de direitos ......... 11

2.3.3. O princípio de prossecução do interesse público ........................................................... 11

2.3.4. Contratos administrativos e sujeições ............................................................................ 12

2.3.5. Sujeições e função pública ............................................................................................. 12

2.3.6. Competência regulada na escolha dos funcionários ...................................................... 12

2.3.7. O direito dos funcionários ao desenvolvimento da sua carreira .................................... 12

CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 13

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS..................................................................................... 14
CAPITULO I: Introdução

O presente trabalho esta inserida no âmbito da disciplina de Direito Administrativo,


leccionada no 2º ano curso de Direito, cujo escopo é: O REGIME JURIDICO DO
EXERÇICIO DOS DIREITOS COLECTIVOS NA FUNÇÃO PÚBLICA
MOÇAMBICANA

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 O presente trabalho visa fazer uma abordagem sobre o regime jurídico do exercício
dos direitos colectivos na função pública moçambicana.

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceito do regime jurídico do exercício dos direitos colectivos na função pública
moçambicana.

 Debruçar sobre do regime jurídico do exercício dos direitos colectivos na função


pública moçambicana.

1.2.1 Metodologia de trabalho

Para a realização do presente trabalho, optei por fazer uma bibliográfica na qual a fiz através
da leitura do modulo de, Direito Administrativa e de artigos da internet.
CONTEXTUALIZAÇÃO.II

2.1. As prerrogativas da Administração Moçambicana à luz do direito vigente


Um dos princípios estruturante do regime administrativo é de que a Administração deve ter
privilégios e poderes para cumprir eficazmente as suas missões e tarefas de interesse público,
que lhes são atribuídas. As prerrogativas da Administração Moçambicana podem ser
classificadas em duas grandes categorias.

Administração Pública dispõe de poderes em relação aos particulares;

Administração Pública beneficia de protecções especiais que lhes são concedidas, pela ordem
jurídica, contra a acção dos particulares. RIVERO (1981)

2.1.2. Os poderes

A Administração Pública Moçambicana tem poderes de decisão e de execução. Por outras


palavras, o que caracteriza o Direito Administrativo Moçambicano na ordem das
prerrogativas, como, em regra geral, em qualquer outro sistema de administração executiva, é
a faculdade que lhe é conferida de tomar decisões juridicamente executórias e de garantir a
sua execução material.

Para satisfazer às necessidades do serviço, a administração deve dispor dos meios de acção
necessários. Daí a noção de prerrogativas de direito público ou de meios exorbitantes do
direito comum. Enquanto na vida privada os direitos e obrigações só se criam por via
contratual, a administração no interesse do serviço público, deve poder impor obrigações aos
particulares unilateralmente e sem primeiro passar pelo juiz e a sua decisão deve ser
considerada juridicamente válida enquanto o interessado não a tenha feito anular pelo juiz.

2.1.3. O poder de decisão


A decisão é um acto jurídico pelo qual uma autoridade administrativa modifica ordenamento
jurídico. O termo é expressamente consagrado na Constituição da República no que concerne
à determinação do âmbito de conhecimento do Tribunal Administrativo.
Na lógica do regime administrativo ou sistema de administração executiva, a decisão
administrativa é concebida como uma técnica eficaz de governação com um conteúdo
abrangente.

2.1.4. A decisão administrativa como técnica eficaz de governação

No regime administrativo a Administração Pública dispõe de privilégios quando aprova


decisões. Ela pode-se dispensar ao mesmo tempo do consentimento de terceiros e do juiz.
Nesta perspectiva, a Administração Moçambicana dispõe de duas técnicas: o poder de
decisão unilateral e o privilégio da execução prévia.

2.1.5. O poder de decisão unilateral


O poder de decisão unilateral pode-se definir como sendo o poder de modificar
unilateralmente o ordenamento jurídico por exclusiva autoridade, e sem necessidade de obter
o acordo do interessado. Este importante poder pode exercer-se a dois níveis:

a)Primeiro: ao nível regulamentar com a possibilidade de a Administração aprovar actos que


se aplicam a toda uma categoria de particulares,

Por exemplo: quando o Conselho de Ministros aprova o Regulamento de Transporte


Marítimo Comercial ou o Regulamento das Empresas de Segurança Privada ou quando o
Ministro da Saúde, por Despacho, aprova o Regulamento de Atribuição de Casas aos
trabalhadores da saúde, ou a todos esses.

Por exemplo: qualquer particular que deseja realizar uma actividade comercial estará sujeito
ao Regulamento do Licenciamento da Actividade Comercial.

b)Segundo: ao nível individual, com a possibilidade de tomar decisões que se aplicam em


casos individuais e concretos. É o caso,

por exemplo: quando a Ministra da Mulher e da Acção Social delega competência na


Directora de Recursos Humanos do seu Ministério, nomeadamente designada, quando a
Primeira Ministra anula uma adjudicação ou quando o Ministro do Interior profere um
despacho de expulsão de um cidadão estrangeiro.

Em todos casos, a decisão da Administração Pública não está subordinada ao acordo prévio
dos interessados mesmo se esses devem ser informados ou consultados.
Este poder de decisão unilateral existe, também, em matéria contratual.
No âmbito dos contratos administrativos, a Administração dispõe, na fase da sua execução,
de alguns poderes de acção unilateral em relação ao contraente que não têm equiparação nos
contratos sujeitos ao direito privado.

Por exemplo, o poder de modificação unilateral do conteúdo das prestações do seu co-
contratante ou o poder de rescindir o contrato por conveniência do interesse público.
Mas particularmente, o Artigo 45 do Decreto n.° 54/2005, de 13 de Dezembro, precisa as
prerrogativas da entidade pública contratante no âmbito dos contratos sujeitos à referida
regulamentação.
Nesta perspectiva, a Administração Pública tem a prerrogativa de: rescindir unilateralmente
o contrato, suspender a execução do contrato e aplicar as sanções pela inexecução total ou
parcial do contrato.

2.1.6. O privilégio de execução prévia

O privilégio de execução prévia é definido pela alínea g) do Artigo 1 do Decreto n.°


30/2001, de 15 de Outubro como “poder ou capacidade legal de executar actos
administrativos definitivos e executórios antes da decisão jurisdicional sobre o recurso
interpostos pelos interessados”. Este privilégio constitui de acordo com a alínea a) do
Artigo 16 do referido Decreto uma garantia da Administração Pública como estabeleceu a
Primeira Secção no Acórdão WACKENHUT MOÇAMBIQUE, LIMITADA, de 30 de
Outubro de 2007, os principais atributos que caracterizam o acto administrativo são:

A Imperatividade que consiste na prerrogativa que tem a Administração Pública de fazer


valer a sua autoridade, tornando obrigatório o conteúdo do seu acto para todos aqueles a
quem mesmo se dirige, os que têm de o acatar, no caso dos particulares e a

Exigibilidade/auto-executoriedade em virtude dos quais em face do não acatamento ou


incumprimento da decisão, pelos particulares, a Administração Pública, em consequência do
privilégio de execução prévia de que goza, pode impor e mandar cumprir coactivamente e por
meios próprios, as obrigações criadas pelo acto por si expedido, sem necessidade de recorrer
a outros poderes, nomeadamente, ao judiciário”.

O privilégio da execução prévia resulta da possibilidade que a Administração tem de tomar


decisões executórias, isto é, a Administração é dispensada para realizar os seus direitos, do
prévio recurso a um tribunal. Por outras palavras, o privilégio da execução prévia significa
que o acto é revestido de uma presunção de legalidade que obriga o seu destinatário a
executá-lo antes de qualquer contestação.
Esta situação atribui à Administração, pelo menos, duas vantagens:

Primeiro: no âmbito do processo administrativo contencioso, o recurso contencioso não tem


efeito suspensivo da eficácia da decisão impugnada, isto é, o facto de que o particular recorre
do acto administrativo não impede este de ser executado e a Administração poderá executar
este acto apesar de ter um recurso deste pendente perante o juiz.

Segundo: no caso em que um particular contesta as pretensões da Administração, é ele que


deverá recorrer ao juiz; por outras palavras, como esclarece ANDRÉ DE LAUBADÉRE,
“com o privilégio de execução prévia, a Administração constrange o administrado a tomar no
processo a posição desfavorável de recorrente”. Assim, a posição da Administração é
bastante vantajosa porque, perante o juiz, é o recorrente que deverá provar a ilegalidade da
decisão recorrida. O particular estará, pois, numa situação desfavorável em relação à
Administração.

É importante realçar que esta prerrogativa de execução prévia está sujeita a uma obrigação:
a Administração não pode renunciar neste privilégio, Com efeito, as prerrogativas da
Administração Pública não lhes são atribuídas nem no seu próprio interesse e nem no
interesse dos funcionários, mas, pelo contrário, pela prossecução do interesse geral. Assim, a
Administração não pode renunciar ao privilégio de execução prévia, mesmo se desejá-lo.

2.1.7. O poder regulamentar

O poder regulamentar é uma das características do poder de decisão da Administração.


A título de exemplo, de acordo com a alínea f) do n.° 1do Artigo 204 da Constituição,
“Compete, nomeadamente, ao Conselho de Ministros regulamentar a actividade económica e
dos sectores sociais. Administração tem a possibilidade de tomar medidas que podem se
impor a toda uma categoria de particulares ou a todos eles.

2.2.As protecções

A segunda vertente das prerrogativas administrativas é constituída pelas “protecções”


especiais que beneficiam à Administração.
Entende-se que em razão das missões e tarefas que a Administração desempenha, esta deve-
se beneficiar de algumas “protecções” que lhes permitem realizar eficazmente essas.
Nesta perspectiva, pode-se distinguir dois tipos de protecção: a dos seus agentes e a dos seus
bens.

2.2.1. A protecção dos agentes da Administração


Os funcionários das administrações públicas dispõem de uma protecção particular que lhe é
garantida, não apenas no seu interesse, mas, também, no interesse da administração.
Dois pontos de vista podem ser analisados para ilustrar esta protecção.

Primeiro do ponto de vista civil, os funcionários beneficiam de uma protecção contra as


acções em responsabilidade;

Segundo, do ponto de vista estatutário, os funcionários beneficiam de uma protecção contra


injúrias e violências a eles dirigidas.

2.2.2. A protecção contra as acções em responsabilidade

Regra geral, caso um funcionário cause danos decorrentes de um facto ilícito culposo não é
ele próprio que deverá reparar o prejuízo causado, mas a própria Administração, o que
constitui, ao mesmo tempo, uma prerrogativa, ou seja, a protecção dos funcionários é uma
sujeição porque a Administração deverá indemnizar a entidade prejudicada no lugar do
funcionário causador do prejuízo.
Quando um funcionário actua no âmbito do serviço e das suas funções “dentro da sua
competência legal, com observância das formalidades reputadas essenciais e para a realização
dos fins da lei” e que, nesta posição, praticou um acto ou facto ilícito, é a administração que
se responsabiliza e não o funcionário.

Com efeito, como ensinam GUY BRAIBANT e BERNARD STIRN: “os tribunais, ao
abrigo da separação de poderes, não podem se intrometer no funcionamento da
Administração e se eles podiam julgar os funcionários pelas culpas funcionais, eles seriam
inevitavelmente conduzidos a o fazer”. No caso contrário, isto é, se o funcionário praticou
acto ou facto ilícito fora das suas funções, o acto é meramente pessoal e o funcionário deverá
assumir a exclusiva responsabilidade da reparação dos prejuízos causados. Sendo o facto
ilícito praticado pelo agente no exercício das suas funções e por causa desse exercício, a
responsabilidade compete a Administração ou seja, pelos danos produzidos é responsável a
pessoa colectiva de direito público a que pertença o agente; no caso contrário, isto é, se o
funcionário excedeu os limites das suas funções os “actos e decisões não forem praticados
dentro da sua competência legal, com observância das formalidades essenciais estabelecidas
na lei e para os fins desta” responsabilidade compete exclusivamente aos titulares dos órgãos
e aos agentes da pessoa colectiva de direito público, ou seja, pelos danos produzidos é
responsável, única e exclusivamente, a pessoa do seu autor. Todavia, a “imunidade” do
funcionário não é total; a administração tem um direito de regresso contra o seu agente para
pedir-lhe o reembolso das indemnizações pagas à entidade prejudicada.

2.2.3. A protecção contra as injúrias e violências

No plano estatutário, uma protecção é reconhecida aos funcionários contra injúrias e


violências de que podem ser vítimas no exercício das suas funções.
Esta protecção é expressamente afirmada no Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do
Estado (alíneas c) e k) do Artigo 42) e mais particularmente, no Código Penal. Com
efeito, o Artigo 182 do referido Código prevê que: “O crime declarado no artigo
precedente, cometido contra algum agente da autoridade ou força pública, no exercício
das respectivas funções, será punido com prisão até três meses” e que: “Se as ofensas
corporais, de que trata o artigo antecedente, forem praticadas contra as pessoas designadas no
artigo 182.°, serão punidas com as penas estabelecidas para as ofensas corporais nos artigos
359.° e seguintes, mas sempre agravadas”. Do mesmo modo a coacção contra empregado
público é punido nos termos do Artigo 187.° do Código Penal.

O Direito Administrativo não é apenas um direito de prerrogativas, é, também, um


direito de sujeições.

2.3. As sujeições da Administração Moçambicana à luz do direito vigente


O Direito Administrativo Moçambicano não integra apenas prerrogativas para
Administração. A Administração Moçambicana tem, também, obrigações específicas que não
existem, em regra geral, no Direito privado. Isto implica, que a referida Administração está
numa situação paradoxal na qual essa está desprovida de direitos reconhecidos aos
particulares. Neste caso, alguns autores falaram de “sujeições exorbitantes do direito
comum” para caracterizar esta situação. Com efeito, em alguns casos as pessoas colectivas de
Direito Público são obrigadas a praticar actos jurídicos ou materiais, a observar um
comportamento pré-determinado ou a fornecer prestações. Regra geral, essas obrigações são
mais constrangedoras do que aquelas que o Direito Privado impõe para os particulares.
É por isso que as administrações, às vezes, ou queixam dessas obrigações ou tentam escapar a
elas olhando para os instrumentos jurídicos do Direito Privado.
As sujeições constituem, como as prerrogativas, uma componente determinante do regime
administrativo ou sistema de administração executiva e caracterizam, consequentemente, o
conjunto dos elementos essenciais da actividade administrativa que exorbitam do direito
comum: actos jurídicos, função pública e regime dos bens públicos.

Sujeições e actos jurídicos


As sujeições relativas aos actos jurídicos atingem do mesmo modo as decisões e os contratos
administrativos.

2.3.1. Decisões administrativas e sujeições


Numerosas sujeições enquadram o regime jurídico das decisões da Administração dentro das
quais se pode destacar o princípio de intangibilidade das decisões individuais constitutivas de
direitos, o princípio de publicidade da actividade administrativa e o princípio de prossecução
do interesse público.

2.3.2. O princípio de intangibilidade das decisões individuais constitutivas de direitos


A decisão individual constitutiva de direitos, torna-se, em princípio, intangível desde que
tenha produzido efeitos e a Administração já não a pode revogar, mesmo sendo ilegal.
O princípio da intangibilidade das decisões individuais constitutivas de direitos é uma das
construções mais originais do regime administrativo.

2.3.3. O princípio de prossecução do interesse público

Os particulares escolhem livremente os seus fins; a Administração está adstrita à prossecução


do interesse geral e “os funcionários e demais agentes do Estado estão exclusivamente ao
serviço do interesse público” e ainda mais rigorosamente em muitos casos à prossecução do
preciso fim assinalado pela lei a cada tipo de poder.
2.3.4. Contratos administrativos e sujeições
A Administração pública celebra tanto contratos de direito privado, submetidos às regras do
Código Civil, como contratos administrativos. Ora o que caracteriza o contrato administrativo
é precisamente, além de um conjunto original de prerrogativas, as sujeições “ todas inspiradas
pela finalidade da actividade administrativa”. As sujeições aparecem desde o estádio da
formação do contrato: a administração não dispõe de uma competência discricionária para
escolher a seu co-contratante e deve observar a este respeito regras bastante estritas. Além
disso, o co-contratante tem direito não só à remuneração prevista no contrato, mas ainda ao
restabelecimento do equilibro financeiro do seu contrato (pela revisão do contrato ou pelo
atribuir de uma indemnização), quando este foi fortemente abalado.

2.3.5. Sujeições e função pública


Os particulares escolhem livremente os seus empregados e os seus co-contratantes; a
administração está sujeita a severas regras para o recrutamento dos agentes públicos.
Além disso, os funcionários têm direito ao desenvolvimento da sua carreira e a
indisponibilidade da competência.

2.3.6. Competência regulada na escolha dos funcionários


A administração não dispõe de um poder discricionário de recrutamento dos seus
funcionários. Deve respeitar o princípio de igual admissibilidade dos cidadãos aos empregos
públicos e não pode ter em conta o sexo, a religião ou as opiniões políticas dos candidatos.
Deve, proceder ao recrutamento por concurso público.

2.3.7. O direito dos funcionários ao desenvolvimento da sua carreira


O funcionário deve poder contar com o normal desenvolvimento da sua carreira.
Em particular, o Estatuto dos Funcionários e Agentes do Estado estabelece regras precisas
quanto à promoção e posições dos funcionários (actividade, comissão de serviço,
destacamento, etc.).
Em qualquer momento, o funcionário encontra o seu lugar numa organização complexa, feita
de “carreiras”; é promovido nas “classes” integradas nestas na qual ocupa um “lugar”. A este
título tem direito a uma remuneração, isto é, a um “vencimento” prolongado por um pensão
de reforma fixados em leis e regulamentos.
CONCLUSÃO
Concluindo este trabalho, podemos perceber que a corpo da administração pública é um
corpo muito complexo e que é necessário um grande estudo e bom conhecimento para ter o
mínimo domínio recomendado nesta área.

É através deste trabalho que conhecemos quais os direitos que assistem os funcionários
publico em pleno exercício das suas funções, este adopta nos também do conhecimento do
procedimento das regras aplicadas na administração publica, a assistência que esta pode dar
ao seu funcionário através da separação de vários poderes que este dispões na sua existência.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRAIBANT G., STIRN B., Le droit administratif français

DUFAU V (2000). Les sujétions exorbitantes du droit commun en droit administratif,


Paris, Ed. L’Harmattan.

FREITAS DO AMARAL D. Curso de Direito Administrativo, Vol. II.

LAUBADÉRE A DE., J.C. VENEZIA J.C., GAUDEMET Y(1994). Traité de Droit


administratif, Tome I, Paris, 13.ª Ed. LGDJ.

RIVERO J. (1981). Direito Administrativo, Livraria Almedina, Coimbra.

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