Soneto de Separação
Soneto de Separação
Soneto de Separação
Soneto de separação
Ante o mistério da amplidão suspensa
De repente do riso fez-se o pranto
Meu coração é um vago de acalanto
Silencioso e branco como a bruma
Berçando versos de saudade imensa.
E das bocas unidas fez-se a espuma
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida. Lá na úmida senzala,
a minha face?
Não tão feia que não possa casar, A influência má dos signos do zodíaco.
ora sim, ora não, creio em parto sem dor. Profundissimamente hipocondríaco,
Mas, o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, Este ambiente me causa repugnância...
sua raiz vai ao meu mil avô. Que o sangue podre das carnificinas
Vai ser coxo na vida, é maldição pra homem. Come, e à vida em geral declara guerra,
E o Brasil, por seus filhos amado, Que tens o trom e o silvo da procela
Recebe o afeto que se encerra Amo o teu viço agreste e o teu aroma
Nos momentos de festa ou de dor, O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
Olha estas velhas árvores, mais belas E não é a Esperança por sentença
Do que as árvores novas, mais amigas: Este laço que ao mundo nos manieta?