Termo de Referência de Estudo Ministerio Da Pesca Exemplo

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MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICULTURA

Secretaria Executiva
Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
Coordenação Geral de Administração
COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

EDITAL DE LICITAÇÃO DA
TOMADA DE PREÇOS N° TP-009/2010
PROCESSO Nº 00350.002342/2010-74
ANEXO I
TERMO DE REFERÊNCIA

1 - ESPECIFICAÇÃO DO OBJETO
1.1 - A presente Licitação tem por objeto a contratação de pessoa jurídica para realização de es-
tudo de mercado, planejamento de investimentos e desenvolvimento de modelo de gestão para
implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à cadeia produtiva da pesca no litoral do
Estado do Paraná, conforme especificações constantes neste Termo de Referência.
2 - JUSTIFICATIVA
2.1 - O objetivo do Governo Federal para o setor da pesca e aquicultura, expresso no Plano
Nacional de Desenvolvimento da Aquicultura e da Pesca - Mais Pesca e Aquicultura, é
“promover o desenvolvimento sustentável do setor pesqueiro e aqüícola, articulando todos
aqueles envolvidos com a pesca e a aquicultura, consolidando uma política de Estado com
inclusão social e contribuindo para a segurança e soberania alimentar do Brasil”.
2.2 - De acordo com este Plano, “estruturar a cadeia produtiva é o grande desafio para garantir
aumento e regularidade da oferta, qualidade e renda aos pescadores e aqüicultores e com um
preço acessível aos consumidores”.
2.3 - Para isso, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) tem investido na construção,
recuperação e ampliação de infraestruturas de apoio à cadeia produtiva da pesca e da aquicultura,
de maneira a contribuir para a melhora da logística de descarga e distribuição do pescado,
viabilizando a oferta do produto de forma mais ágil e a custos menores.
2.4 - Em que pesem estas iniciativas, verifica-se uma carência de infraestruturas adequadas de
apoio à cadeia produtiva e logística em várias localidades como, por exemplo, o litoral
paranaense, o qual é considerado o terceiro celeiro mundial de reprodução de animais aquáticos.
2.5 - Ademais, o litoral paranaense destaca-se pela existência de 60 comunidades pesqueiras e
cerca de 5.300 pescadores artesanais, conforme dados de 2006 do Projeto de Monitoramento da
Atividade Pesqueira no Litoral do Brasil - “Projeto Estatpesca”, resultado de uma parceria entre
a Seap/PR, o Instituto Brasileiro do Meio-Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) e a Fundação de Amparo à Pesquisa de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva
(Fundação Prozee).
2.6 - Segundo dados do “Boletim Estatístico da Pesca de 2007”, elaborado pelo IBAMA, o
Estado do Paraná tem uma produção estimada de 22,4 mil toneladas considerando-se a pesca
extrativa e a aquicultura (Tabela 1).
2.7 - O Estado do Paraná necessita de investimentos adicionais nos diversos elos da cadeia
produtiva para otimizar as atividades de recepção, beneficiamento, armazenamento, distribuição
e comercialização de pescado. Com o estudo, será possível conhecer a realidade do mercado
local, dimensionar as infra-estruturas mais adequadas para os respectivos produtos e serviços a
serem ofertados, planejar os investimentos e desenvolver os modelos de gestão para implantação
e/ou reforma de infraestruturas de apoio à cadeia produtiva da pesca no litoral paranaense.
Tabela 1: Produção estimada por modalidade segundo as regiões e Unidades da Federação
Fonte: Boletim Estatístico da Pesca 2007 (IBAMA)

3 - DISCRIMINAÇÃO DOS SERVIÇOS


3.1 - Área de influência
3.1.1 - A região de referência para o estudo será o litoral do Estado do Paraná, bem como os
municípios que desenvolvem atividades ligadas à produção da pesca em águas interiores e à
produção aqüícola. Atenção especial deverá ser conferida aos municípios onde se encontram
os principais pontos de desembarque como Guaratuba, Matinhos, Pontal do Paraná,
Paranaguá, Antonina e Guaraquiçaba.
3.1.2 - Deverá ser definida a área de influência dos municípios elencados no subitem 3.1.1.
Caso essa área de influência seja maior que a região de referência, deverão ser levantados
dados relativos aos demais municípios não indicados previamente neste Termo de Referência.
3.1.3 - O estabelecimento da área de influência deverá ser fundamentado e apresentar
justificativas com argumentos consistentes sobre as hipóteses e condicionantes que levaram a
contratada a definir os limites apresentados.
3.2 - Estudo de mercado e planejamento de investimentos para implantação e/ou reforma
de infraestruturas pesqueiras na área de influência
3.2.1 - Processo produtivo
O estudo de mercado e o planejamento de investimentos para implantação e/ou
reforma de infraestruturas pesqueiras inicia-se pela compreensão do negócio em questão e
de todo o processo produtivo envolvido.
As infraestruturas de apoio à pesca podem conjugar uma ou mais etapas da cadeia
produtiva. Fazem parte dessa cadeia:
 Unidades de apoio às embarcações pesqueiras, tais como: reparo, fornecimento de
víveres, aguada, força, diesel, gelo, etc;
 Unidades de recepção de pescado, tais como: cais, trapiches, píeres, etc;
 Unidades de beneficiamento de pescado;
 Unidades de conservação de pescado, tais como: fábricas de gelo, câmaras frias,
câmaras frigoríficas, etc;
 Unidades de comercialização de Pescado (atacado e varejo);
 Terminais pesqueiros e outras unidades integradas.
O MPA caracteriza “infra-estruturas integradas” como aquelas que conjugam duas
ou mais das seguintes “infra-estruturas isoladas”: a)-unidades de recepção de pescado; b)-
unidades de conservação de pescado; c)-unidades de beneficiamento de pescado; d)-unidades
de comercialização de pescado; e)- unidades de apoio à pesca.
A título de exemplo, a Figura 1 apresenta um esboço preliminar do fluxograma
do processo produtivo de uma infraestrutura integrada, no caso um Terminal Pesqueiro
Público (TPP). O Fluxograma do processo produtivo foi estabelecido com base nas
operações que podem ser desempenhadas pela administradora de um TPP, previstas no
Decreto nº. 5.231, de 06 de outubro de 2004, e na Instrução Normativa Seap/PR nº. 13, de
17 de agosto de 2005. Outra referência utilizada foi o “Manual de Procedimentos para
Implantação de Estabelecimento Industrial de Pescado: Produtos Frescos e Congelados”,
publicado em conjunto pela Seap/PR e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), em 2007, e disponibilizado no sítio do MPA
(http://www.mpa.gov.br/mpa/seap/html/publicacoes/publicacoes.html).
TPP– Fluxograma do Processo Produtivo
Reparo de Embarcação acostada Área de Acostagem
embarcações

Armazenagem de não Descarga de pescado


perecíveis Lavagem de caixas

Fornecimento de aguada Espera (câmara


fria suja)
Fornecimento de força

Lavagem de pescado
Fornecimento de diesel

Fornecimento de gás Seleção de pescado

Pesagem de pescado

Saída Unid. Recepção


Unidade de Recepção

Fabricação de gelo Beneficiamento de


pescado
Fábrica e Silo de Gelo
Embalagem de pescado

Saída Unid. Processam. Unidade de Processamento


Estacionamento de
caminhões e utilitários Congelamento de
pescado
Unidade de Congelamento
Estacionamento de
carros de passeio Armazenagem (câmara Armazenagem (câmara
fria) frigorífica)

Saída Unid. Cons. Pesc.


Legenda
Etapas obrigatórias
Comercialização de
Etapas opcionais pescado
Operação
Transporte
Expedição
Inspeção
Espera / armazenagem Unidade de Comercialização Unidade de Conservação

Pescado fora do TPP

Figura 1: Fluxograma do Processo Produtivo de um TPP.


3.2.2 - Análise da oferta atual
A contratada deverá estudar o mercado atual (e o potencial de desenvolvimento
futuro) do pescado desembarcado e comercializado na área de influência, considerando, dentre
outros aspectos:
Produtos comercializados: peixes, crustáceos, moluscos etc;
Forma de comercialização: frescos, congelados, eviscerados, filetados etc;
Origem dos produtos comercializados;
Destino dos produtos comercializados.
A contratada deverá realizar um levantamento completo e exaustivo dos
empreendimentos existentes na área de influência, destacando os principais concorrentes e
beneficiários das infraestruturas de apoio à cadeia produtiva da pesca.
Com os resultados do estudo, será possível conhecer a realidade do mercado local, a
potencialidade em nível nacional e internacional, além de avaliar a melhor localização e
dimensionar as infraestruturas mais adequadas para os produtos e serviços a serem oferecidos,
à luz de análises do custo de oportunidade para definição da alternativa proposta.
Identificados os concorrentes, é preciso mapear sua oferta atual, sua capacidade
máxima de oferta e o preço atualmente praticado para cada produto e serviço oferecido.
Tais dados deverão ser apresentados em forma matricial, ou seja, sob a forma de
tabelas. As Tabelas 2 e 3 apresentam exemplos de informações que devem ser coletadas na
análise da concorrência.
Tabela 2: Dados do concorrente Empresa X.
Concorrente 1 – Empresa X
Negócios de que participa Oferta atual Capacidade de Preço praticado
oferta (t) (R$/t)
(t)
Fornecimento de gelo
...

Tabela 3: Dados do concorrente Empresa Y.


Concorrente 2 – Empresa Y
Negócios de que participa Oferta atual Capacidade de Preço praticado
(t) oferta (t) (R$/t)
Beneficiamento de pescado
...
3.2.3 - Unidades apoiadas pelo poder público
Na análise da oferta concorrente, deverá ser dada atenção especial às infraestruturas
de apoio à aqüicultura e à pesca implantadas ou em implantação pelo MPA, pelo Governo do
Estado do Paraná ou pelas Prefeituras na área de influência.
3.2.4 - Análise da demanda por produtos e serviços
3.2.4.1 - Produção de pescado na região de referência
Conforme apresentado na Tabela 1, a produção estimada de pescados do Paraná é de
aproximadamente 22,4 mil t. A contratada deverá atualizar e complementar estes dados
também com informações do pescado produzido em outras regiões do país e comercializados
na região de referência deste estudo, conforme mostrado na Tabela 4.
Tabela 4: Volume de pescado descarregado na região de referência
Tipo de Pescado Volume de pescado descarregado na
região de referência
Peixes
Crustáceos
...
Total

3.2.4.2 - Embarcações pesqueiras operando na região de referência


Outro dado relevante é o volume de embarcações em operação. A Tabela 5 apresenta
o número de embarcações levantadas no Projeto ESTATPESCA em 2005.
Tabela 5: Distribuição da Frota Pesqueira Marinha e Estuarina do Estado do PR.

A contratada deverá avaliar a capacidade média de transporte de pescado de cada


tipo de embarcação e sua freqüência média de descarga. Neste sentido, a Tabela 6 deverá ser
preenchida com o número de embarcações operando em média e nos momentos de pico e vale,
assim como sua capacidade média de transporte de pescado e a frequência média de descarga.
Tabela 6: Levantamento das embarcações pesqueiras operando no mercado de referência.
Tipo de Embarcação Quantidade em Capacidade média Frequência
operação (t/embarcação) desembarque
Média Vale Pico
Pequena (até 8m)
Média (de 8m a 25m)
Grande (maior que 25m)

3.2.4.3 - Levantamento da demanda de cada produto ou serviço


O levantamento da demanda de cada produto ou serviço deverá ser calculado a partir
das relações de demanda entre o referido produto ou serviço e sua respectiva unidade de
referência, como exemplificado na Tabela 7.
Tabela 7: Cálculo da demanda por produtos e serviços oferecidos pelas infraestruturas de apoio à pesca na área de
referência.
Relação de demanda
Processo produtivo Unidade de Referência
Relação Valor
Embarcação no mar X Ton gelo / embarcação no
dia mar X dia
Fabricação de Gelo
Ton pescado Ton gelo / ton pescado
armazenado X hora armazenado X hora
Fornecimento de Diesel Embarcação no mar X Litro diesel / embarcação no
dia mar X dia
Lavagem de Pescado Pescado desembarcado Ton pescado lavado / ton 1
pescado desemb.
... ... ... ...
3.3 - Análise técnica - Proposta de infraestruturas a serem apoiadas
3.3.1 - Definição dos produtos e serviços a serem oferecidos
Com fundamento na análise de mercado (oferta e demanda), a contratada deverá
propor os produtos e serviços a serem ofertados a partir da implantação e/ou reforma de
infraestruturas de apoio à pesca na área de influência do estudo.
As receitas dessas infraestruturas poderão ser oriundas de pelo menos três fontes:
 Comercialização de produtos;
 Prestação de serviços;
 Cobrança pelo uso das instalações e equipamentos.
A Tabela 8 apresenta uma relação preliminar dos produtos e serviços potencialmente
comercializáveis pelas administradoras de infraestruturas de apoio à pesca, considerando as
fontes de receita destacadas acima. A contratada deverá validar esta relação e identificar, por
meio de análise da oferta e da demanda de cada um destes produtos e serviços (e de outros
que, eventualmente, mostrem-se pertinentes no âmbito do estudo), as atividades
economicamente viáveis, a partir da implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à
pesca na área de influência do estudo.
Tabela 8: Produtos e serviços potencialmente comercializáveis a partir da implantação
e/ou reforma de infraestruturas de apoio à pesca na sua área de influência.
Unidade
Fonte Produtos e serviços potencialmente comercializáveis
Comercialização
Comercialização Fabricação de Gelo t
de Produtos
Fornecimento de Aguada m3
Fornecimento de Força (energia elétrica) kWh
Fornecimento de Diesel l
Fornecimento de Gás l
Prestação de Descarga de pescado t.
serviços (com
Armazenagem (espera) em câmara fria suja m3 x h.
mão-de-obra da
Lavagem de pescado t
administradora)
Seleção de pescado t
- Para peixes de uma única espécie (mais 90%)
- Para peixes de mais de uma espécie
- Para moluscos, crustáceos ou pescados misturados
- Para descargas de pequeno porte (menos 1 ton)
Pesagem de pescados t
Transporte de saída da Unidade de Recepção de Pescado t
Beneficiamento de pescado t (entrada)
- Evisceração de pescados
- Filetagem de peixes
- Beneficiamento de crustáceos
- Beneficiamento de moluscos
Embalagem de pescados t
Transporte de saída da Unidade de Processamento de t
Pescado
Armazenagem em câmara fria limpa m3 x h.
Congelamento de pescado t
Armazenagem em câmara frigorífica m3 x h.
Transporte de saída da Unidade de Conservação de Pescado t
Comercialização de pescado t
- Comercialização de peixes
- Comercialização de crustáceos
- Comercialização de moluscos
Expedição de pescado t
Armazenagem de não perecíveis m3 x h.
Apoio ao reparo de embarcações: Puxada ou descida na Unid. X m.
carreira e colocação de cavaletes: (comp. embarc.)
- Para embarcações menores ou iguais a 8m de
comprimento
- Para embarcações maiores que 8m de comprimento
Uso das Uso das instalações do TPP para acostagem: metros lineares
instalações e de cais x h.
- Para descarga
equipamentos do
TPP  - Para reparo
- Ociosa
Uso das instalações do TPP para descarga, lavagem, t
seleção e pesagem:
- Para peixes de uma única espécie (mais 90%)
- Para peixes de mais de uma espécie
- Para moluscos, crustáceos ou pescados misturados
- Para descargas de pequeno porte (menos 1 ton)
Uso das instalações do TPP para lavagem de caixas h.
Uso das instalações do TPP para estacionamento de dia
caminhões e utilitários
Uso das instalações do TPP para estacionamento de carros dia
de passeio
Uso das instalações do TPP para comercialização de t
pescados:
- Descarregados no terminal
- Descarregados fora do terminal
Uso das instalações do TPP para reparo de embarcações – dia x m. (comp.
Diária na carreira: embarc.)
- Para embarcações menores ou iguais a 8m de
comprimento
- Para embarcações maiores que 8m de comprimento
Sublocação de áreas do TPP para a prestação de serviços mês
bancários, de comunicações, de alimentação, etc.

3.3.2 - Dimensionamento técnico das infraestruturas


3.3.2.1 - Definição e dimensionamento das infraestruturas de apoio à pesca a serem
implantadas e/ou reformadas na área de influência
A contratada deverá propor a implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à
pesca na área de influência, a melhor localização e dimensionamento, apresentando as
alternativas disponíveis. As infraestruturas poderão estar todas concentradas ou dispersas na
área de influência de forma a se complementarem. A opção adotada deverá ser justificada em
comparação com as demais alternativas consideradas, através de análise do custo de
oportunidade para definição da alternativa de localização selecionada, bem como das
externalidades associadas.
A contratada deverá avaliar as condições técnicas de projeto com vistas a otimizar os
indicadores de viabilidade econômica de cada empreendimento a ser apoiado. Deverá ser
efetuada uma análise de sensibilidade do dimensionamento de variáveis-chaves de projeto
como, por exemplo:
 Dimensões do cais;
 Quantidade de linhas de lavagem e seleção de pescado;
 Capacidade de armazenagem das câmaras de espera e frigoríficas;
 Capacidade do túnel de congelamento de pescado;
 Dimensões da área de comercialização de pescado;
 Dimensões da área de expedição de pescado;
 Capacidade de produção da fábrica de gelo;
 Capacidade do silo de gelo;
 Capacidade do tanque de óleo diesel;
 Capacidade da área para reparo de embarcações;
 Capacidade do estacionamento para carros de passeio, caminhões e utilitários.
A contratada deverá estimar a vida útil dos empreendimentos e os investimentos
necessários para a ampliação, implantação e/ou reforma das infraestruturas, apresentando um
cronograma físico-financeiro.
Essa análise deverá resultar em diretrizes para a elaboração do Projeto Executivo
para a implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à pesca na área de influência. A
contratada deverá entregar, como parte das diretrizes para a elaboração do Projeto Executivo,
os seguintes produtos: a)- planta de situação; b)- planta de locação; c)- planta baixa de
concepção da ampliação, implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à pesca.
3.3.2.2 - Plano Diretor de Zoneamento Portuário
Deve-se realizar uma análise de compatibilidade entre as infraestruturas a serem
implantadas, reformadas ou ampliadas com os respectivos Planos Diretores de Zoneamento
Portuário. Neste sentido, o estudo indicará as relações de interface, complementaridade,
concorrência, bem como as adequações a serem realizadas para permitir uma operação
harmônica das infraestruturas de apoio à pesca com as determinações dos Planos Diretores de
Zoneamento Portuário vigentes para as demais unidades portuárias.
3.3.3 - Planejamento de Investimentos
A partir das análises efetuadas, a contratada deverá propor um Plano de
Investimentos que atue nos gargalos existentes na cadeia produtiva. Tal plano deverá conter:
 Tipos de infraestruturas a serem apoiadas, com respectivos dimensionamentos
das instalações, especificações de equipamentos e orçamentos dos investimentos
a serem feitos;
 Priorização entre os investimentos propostos;
 Identificação de parceiros públicos e privados que demonstrem interesse
concreto em participar dos investimentos;
A contratada deverá estimar a vida útil dos empreendimentos e os investimentos
necessários para sua implantação, apresentando um cronograma físico-financeiro de
implantação.
3.4 - Estimativas de custos operacionais
A contratada deverá efetuar uma estimativa dos custos operacionais dos produtos e
serviços a serem ofertados a partir da implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à
pesca na área de influência.
Tal estimativa deverá estabelecer, também, a equipe necessária às atividades
planejadas para o empreendimento, definindo funções e as respectivas remunerações.
A seguir, são apresentadas algumas diretrizes para o levantamento desses custos.
3.4.1 - Custos variáveis
Custos variáveis são aqueles diretamente relacionados a cada processo produtivo e
que variam conforme as oscilações nos volumes de produção de cada processo. A Tabela 9
exemplifica os custos variáveis de um processo qualquer (por exemplo, fabricação de gelo). O
levantamento deverá ser feito para todos os produtos e serviços que vierem a ser ofertados a
partir da implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à pesca na área de influência.
Tabela 9: Exemplo de custos variáveis das infraestruturas de apoio à pesca.
Produto final Insumos Relação de produção
Custo por
unidade de
Produto / Unidade Unidade Custo produto final
Serviço Produto referência Insumo referência unitário Relação Valor produzida
Fabricação Gelo Ton gelo Água m3 X m3 Y XxY
de gelo fabricada água /
ton gelo
Energia kWh U kWh / V UxV
elétrica ton gelo
Operador Homens- W HH / Z WxZ
fábrica hora ton gelo
de gelo
Custo total por ton gelo produzida (X x Y) + (U x
V) + (W x Z)
3.4.2 - Custos fixos
Custos fixos são aqueles que não dependem dos volumes produzidos. Podem ser:
a) Diretamente atribuíveis a um ou mais processos produtivos específicos (por
exemplo, custo do túnel de congelamento, diretamente atribuível ao processo de
congelamento);
b) Não vinculados especificamente a um processo produtivo (por exemplo, custo de
segurança das infra-estruturas, rateado por todos os processos).
As Tabelas 10 a 12 apresentam exemplos de custos fixos que poderão ser levantados
considerando a implantação e/ou reforma de infraestruturas de apoio à pesca na área de
influência. Ressalta-se que os dados apresentados são apenas exemplificativos. As tabelas
deverão ser construídas com os dados coletados durante o estudo.
a) Instalações
Tabela 10: Custos fixos de infraestruturas de apoio à pesca – Instalações.
Instalação Vida útil Preço de
(anos) Reposição
Área de acostagem (inclui píer)
Unidade de Recepção (área suja)
Câmara de Espera
Unidade de Processamento (Área Limpa)
Unidade de Congelamento
Unidade de Conservação (armazenagem de pescado congelado)
Unidade de Comercialização e Expedição
Fábrica e Silo de Gelo
Unidade de Armazenagem de não perecíveis
Unidade de Armazenagem de perecíveis resfriados
...
b) Equipamentos
Tabela 11: Custos fixos de infra-estruturas de apoio à pesca – Equipamentos.
Equipamento Qtd. Vida útil (anos) Preço de Reposição
Equipamentos de Fabricação de Gelo
Tanque e bomba de abastecimento de água
Quadro de força
Tanque e bomba de abastecimento de óleo diesel
Tanque e bomba de abastecimento de gás
Caixa (para transporte de pescado)
Empilhadeira
Pallet
Mangueira
Esteira (par seleção de pescado)
Balança
Faca (p/ beneficiamento do pescado)
Túnel de congelamento
Carreira (p/ reparo de embarcações)
Cavalete (p/ reparo de embarcações)
...

c) Serviços de apoio
Referem-se aos processos de apoio necessários para o funcionamento do
empreendimento, os quais geram custos, porém não geram receitas. Para simplificar a análise,
no estudo serão considerados como custos fixos de periodicidade mensal.
Tabela 12: Custos Fixos de Infraestruturas de apoio à pesca – Serviços de apoio.
Serviço de apoio Custo mensal
Administração
Conservação (inclui limpeza)
Manutenção (inclui pequenos reparos e manutenção da infraestrutura)
Segurança
Conservação e manutenção dos equipamentos
...
3.4.3 - Impostos e taxas
Os impostos e taxas a serem pagos pelas infraestruturas de apoio à pesca na área de
influência podem ser de três tipos:
 Recorrentes, com periodicidade fixa: cobrados de forma recorrente,
mensalmente ou anualmente (Ex.: IPTU);
 Incidentes sobre o faturamento: cobrados a partir de uma alíquota incidente
sobre o faturamento. Nesses casos, deve-se trabalhar no estudo com o conceito
de “preço líquido”, ou seja, a alíquota do imposto ou taxa será debitada
diretamente do preço de comercialização do produto ou serviço, considerando-
se nos cálculos a diferença resultante (ex.: se um terminal vende um serviço
por R$ 1,00 e 3% do faturamento devem ser pagos ao MPA como taxa de
arrendamento, o preço líquido do serviço a ser considerado no estudo será de
R$ 0,97);
 Incidentes sobre o lucro operacional: cobrados a partir de uma alíquota
incidente sobre o lucro operacional. Esses impostos e taxas serão considerados
apenas na fase de análise da viabilidade do empreendimento como um todo,
mas não na análise da viabilidade de cada negócio de forma isolada (ex.: o
Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas só é cobrado sobre o lucro operacional
da organização; se não houver lucro, não há cobrança).
As Tabelas 13 a 15 devem ser preenchidas com todos os impostos e taxas a serem
pagos pelas infra-estruturas de apoio a pesca na área de influência do estudo, considerando sua
classificação adequada. Novamente, os dados apresentados são apenas exemplificativos.
Tabela 13: Impostos e taxas recorrentes a serem pagos por infraestrutura de apoio à pesca.
Imposto / Taxa Periodicidade Valor
IPTU Anual
...

Tabela 14: Impostos e taxas incidentes sobre o faturamento bruto a serem pagos por infraestrutura de apoio à pesca.
Imposto / Taxa Periodicidade Alíquota
Taxa de arrendamento (MPA) Mensal 3% Faturamento Bruto
...

Tabela 15: Impostos e taxas incidentes sobre o lucro operacional a serem pagos por infraestrutura de apoio à pesca.
Imposto / Taxa Periodicidade Alíquota
IRPJ Mensal
...
3.5 - Análise econômica
3.5.1 - Viabilidade isolada de cada negócio
A viabilidade isolada de cada negócio (oferta de produto ou serviço) é dada pela
comparação entre o preço praticado pelo mercado, os custos variáveis e os custos fixos
diretamente atribuíveis a cada processo. Inicialmente, devem-se comparar os custos variáveis
com o preço de mercado. Se este for maior que aqueles, deve-se verificar se o volume de
produção projetado é capaz de absorver os custos fixos diretamente atribuíveis.
Na atribuição dos custos fixos aos processos, é necessário estabelecer um critério de
rateio. Embora esse procedimento sempre carregue algum grau de arbitrariedade, deve-se
buscar a maior proximidade possível com a realidade. A Tabela 16 deverá ser preenchida com
os custos fixos atribuíveis diretamente a cada processo, como exemplificados para a fabricação
de gelo.
Tabela 16: Custos fixos diretamente atribuíveis aos processos.
Custo fixo Atribuível diretamente ao % Diretamente
processo atribuível
a) Equipamentos
Equipamentos de Fabricação de Gelo Fabricação de Gelo 100%
...
b) Instalações
...

Feita essa análise, é possível calcular a margem operacional de cada negócio (MON)
a partir da fórmula:
MON = Preço mercado - Σ custos variáveis – Σ custos fixos diretamente atribuíveis
Se MON for positivo, o negócio é viável economicamente, se considerado de forma
isolada.
3.5.2 - Viabilidade do empreendimento como um todo
a) Margem operacional do empreendimento
A margem operacional do empreendimento como um todo será calculada somando-
se a margem operacional de cada negócio e subtraindo-se os custos fixos não diretamente
atribuíveis a nenhum negócio específico:
MOE = Σ MON – Σ custos fixos não diretamente atribuíveis
b) Viabilidade econômica do empreendimento
A viabilidade econômica do empreendimento (VEE), no momento presente, será calculada
subtraindo de MOE os impostos e taxas incidentes sobre o lucro operacional:
VEE = MOE - Σ impostos e taxas
3.5.3 - Lucratividade das infraestruturas de apoio à pesca na área de influência do
estudo
A contratada deverá projetar o fluxo de caixa da operação das infraestruturas de
apoio à pesca a serem implantadas e/ou reformadas na área de influência do estudo ao longo
dos anos, englobando não somente as receitas e despesas correntes, mas também os
investimentos que deverão ser feitos para renovar os equipamentos e as instalações. O fluxo de
caixa deverá ser descontado a valor presente para verificar a viabilidade do empreendimento
ao longo do tempo.
Os fluxos de caixa por unidade de negócio, bem como a demonstração do resultado
do empreendimento, devem ser projetados considerando-se duas hipóteses: a)- investimentos
realizados pela União; b)- investimentos realizados pela iniciativa privada.
Deverão ser utilizados os indicadores usuais de análise de viabilidade econômica
como taxa interna de retorno (TIR), valor presente líquido (VPL), tempo de recuperação dos
investimentos (payback) e relação de benefício/custo (B/C).
3.5.4 - Análise de cenários
Na análise temporal, a contratada deverá trabalhar com cenários, realizando
previsões otimistas, médias e pessimistas na estimativa de receitas e despesas. Ela deverá
trabalhar com diferentes cenários, por exemplo, para a expectativa de crescimento nos volumes
desembarcados nas principais localidades. Deverá também variar o conjunto de produtos e
serviços ofertados nas infraestruturas de apoio à pesca na área de influência e, assim, avaliar a
composição mais lucrativa.
3.5.5 - Compartilhamento dos investimentos
Caso a análise econômica indique ser viável, a contratada deverá propor uma forma
de compartilhamento dos investimentos entre poder público e iniciativa privada.
Deverá ser sugerida também a melhor forma de exploração dos empreendimentos a
fim de possibilitar o retorno dos investimentos a serem feitos por parceiros privados.
3.6 - Análise ambiental
A análise ambiental deverá descrever os danos ambientais eventualmente causados
pela ampliação, implantação e/ou reforma das infraestruturas de apoio à pesca e pela operação
dos empreendimentos, inclusive nas áreas de amortecimento.
A título de exemplo, e não esgotando o tratamento do tema, as questões a seguir
poderão ser ponderadas no levantamento dos danos ambientais. O projeto em tela:
Está localizado em área estratégica, ambientalmente frágil?
Está localizado em área dotada de recursos naturais relevantes?
Produz efeitos em algum ecossistema ou bacia hidrográfica?
Implica desmatamento direta ou indiretamente?
Implica ameaça a espécies endêmicas da região?
Provoca modificações substanciais no uso e na ocupação do solo da região de
interesse?
Implica o uso intensivo de recursos hídricos?
Contribui direta ou indiretamente com a emissão de CO2 e/ou gases de efeito estufa?
Provoca lançamento de esgotos e demais resíduos sólidos, líquidos ou gasosos,
alagamentos, assoreamentos, erosões, aterramentos?
A contratada deverá sugerir também iniciativas a serem tomadas a fim de mitigar os
danos ambientais, caso necessário.
Por fim, a contratada deverá calcular o passivo ambiental resultante da ampliação,
implantação e/ou reforma das infraestruturas e de sua operação, descontadas as mitigações
ambientais. Os impactos ambientais decorrentes da ampliação, implantação e/ou reforma, bem
como da operação dos empreendimentos devem ser apresentados em valores monetários
anuais. Os melhoramentos decorrentes das iniciativas mitigadoras dos danos ambientais
causados também devem ser valorados e deduzidos do passivo ambiental, desde que
devidamente comprovados.
O horizonte temporal a ser considerado deve ser, no mínimo, igual a dez anos
(somados os períodos de implantação e operação) e, no máximo, igual à vida útil estimada
para o empreendimento.
3.7 - Desenvolvimento Participativo do Modelo de Gestão dos Empreendimentos
3.7.1 - Elementos a serem considerados
A etapa final do trabalho consistirá no Desenvolvimento do Modelo de Gestão dos
empreendimentos que vierem a receber investimentos públicos. Para isso, deverá ser
considerada a legislação pertinente, assim como a experiência de empreendimentos
semelhantes.
O Modelo de Gestão a ser proposto deverá conter elementos relativos a:
 Governança participativa, envolvendo representantes dos setores público e
privado;
 Administração profissional e qualificada;
 Operação, envolvendo fluxos internos de movimentação, processamento e
armazenagem;
 Inserção do empreendimento na cadeia produtiva e logística do setor;
 Sustentabilidade econômica, considerando as fontes de receita, custos fixos
e custos variáveis.
3.7.2 - Legislação de Referência
Deverá ser considerado na construção do Modelo de Gestão, dentre outros
referenciais pertinentes, o seguinte:
 Decreto nº 5.231/04
 Instrução Normativa Seap/PR nº 13/05
 Instrução Normativa Seap/PR nº 08/06
 “Manual de procedimentos para implantação de estabelecimento industrial de
pescado: produtos frescos e congelados”, publicado em conjunto pela
Seap/PR e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa) em 2007.
3.7.3 - Produtos a serem entregues
A contratada deverá apresentar uma recomendação ao MPA com relação ao Modelo
de Gestão a ser empregado em cada empreendimento apoiado, considerando o tempo e as
condições ideais de cessão em caso de formalização de parcerias com entes privados.
Deverá ser apresentado relatório com as conclusões do trabalho, contendo em anexo
minutas dos seguintes documentos, para cada um dos empreendimentos apoiados, sempre que
aplicável:
 Regimento Interno do empreendimento, incluindo, dentre outras, cláusulas
relativas a: competências e atribuições da entidade administradora, dos
Operadores de Apoio à Atividade Pesqueira e Conselho Gestor do
empreendimento; horário e normas de funcionamento; produtos e serviços a
serem ofertados, com as respectivas tarifas de referência; circulação de
pessoas e veículos; sanções e penalidades.
 Regimento Interno do Conselho Gestor, incluindo, dentre outras, cláusulas
relativas a: composição, competências e atribuições do Conselho;
freqüência, pauta e condução das reuniões; formas de deliberação e
manifestação das decisões do Conselho.
3.7.4 - Construção participativa do modelo de gestão
A proposta de Modelo de Gestão e os documentos descritos no subitem anterior
deverão ser construídos de forma participativa, envolvendo os representantes do setor
produtivo e do Poder Público (federal, estadual e municipal) naquela localidade.
Antes da apresentação do relatório final, a proposta deverá ser apresentada pela
contratada e debatida em um Seminário de Gestão, com duração de 1 dia, a ser realizado no
Estado do PR.
O local para a realização do seminário será disponibilizado pelo MPA. A contratada
deverá arcar apenas com as despesas relativas à participação de seu pessoal no Seminário.
As contribuições colhidas no Seminário de Gestão deverão ser incorporadas no
relatório final e apresentadas pela contratada ao MPA
4 - ESTRATÉGIA DE PROVISÃO DOS SERVIÇOS
Para o bom andamento dos trabalhos, a equipe de consultores da contratada deverá
permanecer fisicamente alocada no Paraná durante todo o período de coleta de dados (primeiro
mês). A partir do segundo mês, a equipe da contratada poderá trabalhar em sua cidade-base
deslocando-se a campo sempre que necessário para complementar a coleta e análise dos dados.
Foram previstas viagens pontuais a Brasília (uma por mês por consultor), com
duração média de dois dias cada, para reuniões de acompanhamento do projeto no MPA.
5 - QUANTITATIVOS E VALORES ESTIMADOS
A Tabela 17 apresenta o orçamento estimado para a realização dos trabalhos. O
preço da hora de trabalho dos profissionais foi calculado pela média das propostas de preço
apresentadas em licitações semelhantes conduzidas pelo MPA no ano de 2009.
O orçamento do item “deslocamento, hospedagem e diárias” deve cobrir tais
despesas durante os trabalhos, tanto no Paraná, quanto em Brasília/DF. O valor foi orçado
tendo como referências o preço médio das passagens aéreas praticado pelas principais
empresas nacionais e o valor das diárias pagas aos servidores públicos de nível superior para a
cobertura das despesas com hospedagem, alimentação e deslocamentos urbanos, o qual se
encontra definido no Decreto nº 5.992, de 19 de dezembro de 2006, alterado pelo Decreto n.º
6.907, de 21 de julho de 2009. Foi considerado que:
Durante o primeiro mês de trabalho, os consultores permanecerão 26 dias no Paraná,
2 dias em Brasília/DF e 2 dias em sua cidade-base de origem, sendo que, nesta última, não
farão jus a diárias.
Durante o segundo, o terceiro e o quarto mês, os consultores permanecerão, em
média, 10 dias por mês no Paraná, 2 dias por mês em Brasília/DF e 18 dias por mês em sua
cidade-base de origem, sendo que, nesta última, não farão jus a diárias.
Foi acrescentado um valor equivalente a 15,00% da soma das despesas com “Equipe
Técnica (preço com encargos)” e “Deslocamentos, hospedagem e diárias” para cobrir outras
despesas administrativas e o lucro da contratada. Tais despesas deverão ser detalhadas pelas
licitantes na proposta de preços.
Por fim, foram adicionados os impostos e as contribuições devidos, os quais devem
ser calculados “por dentro”, uma vez que incidem sobre o faturamento total.
Tabela 17: Orçamento estimativo

6 - PRAZO DE EXECUÇÃO / VIGÊNCIA


6.1 - A Tabela 18 apresenta o cronograma de realização dos trabalhos, estimado em um prazo
total de quatro meses. O prazo começará a contar a partir da emissão da Ordem de Serviço pelo
MPA, a qual ocorrerá após a assinatura do contrato entre o MPA e a Licitante Vencedora. A
vigência do futuro contrato deverá ser de 6 (seis) meses para atender a possíveis necessidades de
dilatação do prazo de execução em função de eventuais contingências.
Tabela 18: Cronograma de trabalho.
Mês
Etapa 0 0 0 0
1 2 3 4
Emissão da Ordem de Serviço pelo MPA

Análise de mercado (oferta e demanda) – Levantamento e análise de dados

Análise técnica - Proposta de infraestruturas a serem apoiadas com estimativas


dos custos operacionais
Análise econômica e ambiental. Elaboração do relatório final

7 - CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DO OBJETO


7.1 - Deverá ser entregue um relatório ao final de cada etapa, segundo cronograma previsto na
Tabela 19.
Tabela 19: Produtos a serem entregues pela contratada.
Relatório Data entrega
Relatório Parcial 1 - Análise de Mercado (oferta e demanda) –
Mês 02
Levantamento e análise de dados
Relatório Parcial 2 - Análise técnica - Proposta de infra-estruturas a
Mês 03
serem apoiadas com estimativas de custos operacionais
Relatório Final - Análise técnica, econômica e ambiental dos
Mês 04
empreendimentos
7.2 - O relatório final deverá estar estruturado segundo o formato e as diretrizes constantes no
“Manual de apresentação de estudos de pré-viabilidade de projetos de grande vulto” elaborado
pelo Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão.
7.3 - Juntamente com o relatório final, a contratada deverá entregar uma apresentação a ser
utilizada pelo MPA para a divulgação do projeto junto a demais órgãos de governo e à
comunidade beneficiada.
7.4 - O MPA poderá solicitar à contratada que conduza apresentações dos resultados parciais e
finais durante a realização do estudo.
8 - EXIGÊNCIAS DE QUALIFICAÇÃO TÉCNICA NA HABILITAÇÃO
8.1 - Atestado(s) emitido(s) por pessoa jurídica pública ou privada, devidamente registrado nas
entidades profissionais competentes, comprovando que a Licitante ou um dos membros da
equipe de trabalho possui experiência de execução de projetos que envolvam análise de mercado
(oferta e demanda) ou estudo de viabilidade técnica e econômica em algum dos
empreendimentos abaixo relacionados:
a) Terminais pesqueiros;
b) Unidades de beneficiamento de pescados;
c) Unidades de comercialização de pescados;
d) Portos;
e) Portos secos;
f) Aeroportos (para transporte de cargas);
g) Centros de distribuição de cargas abastecidos por via rodoviária ou ferroviária.
8.2 - Atestado(s) emitido(s) por pessoa jurídica pública ou privada, devidamente registrado nas
entidades profissionais competentes, comprovando que a Licitante ou um dos membros da
equipe de trabalho possui experiência de execução de projetos que envolvam análise de impacto
ambiental e cálculo de passivo ambiental na implantação de empreendimentos na área de infra-
estrutura.
8.3 - Considera-se entidades profissionais competentes os Conselhos Regionais Federais de:
Arquitetura e Engenharia; de Economia; de Administração; de Oceanografia, e de Biologia.
8.4 - Considera-se parcelas de maior relevância: estudos de mercado, planejamento de
investimentos e desenvolvimento de modelo de gestão.
9 - EXIGÊNCIAS DA PROPOSTA TÉCNICA
9.1 - A proposta técnica deverá ser elaborada visando atender ao descrito neste Termo de
Referência, estar datilografada ou impressa por processo eletrônico, em 1 (uma) via, em papel
timbrado da Licitante, redigida em linguagem clara, sem emendas, rasuras ou entrelinhas que
impeçam sua perfeita compreensão, devidamente datada, assinada na última folha e rubricada
nas demais, e conter o seguinte:
a) Especificação clara e completa dos serviços oferecidos, de acordo com este Termo de
Referência;
b) Declaração de que tem pleno conhecimento das condições da licitação e da execução
dos serviços, bem como das normas técnicas e da legislação referentes ao assunto;
c) Plano de Trabalho, contendo os nomes, currículos resumidos e quantidade de horas de
dedicação previstas para cada membro da equipe, assim como o cronograma físico-
financeiro de execução dos serviços e respeitando os prazos máximos estabelecidos neste
Termo de Referência;
d) Cópia registrada de atestados, certidões e diplomas que comprovem a experiência da
organização, bem como a experiência e a qualificação dos profissionais membros da
equipe para efeito de cálculo da Nota Técnica conforme item 20 deste Termo de
Referência.
9.2 - O Plano de Trabalho deverá prever a alocação de equipe composta no mínimo por quatro
profissionais, com dedicação de 160 horas por mês cada um durante quatro meses. Caso lhe seja
conveniente, a Licitante poderá alocar uma equipe maior, redistribuindo as horas de trabalho
entre os profissionais, desde que não prejudique a coesão da equipe e o cumprimento das
atividades nos prazos previstos. O Plano de Trabalho deverá mencionar explicitamente o número
de membros da equipe, o nome de cada um, e quantidade de horas de trabalho alocadas a cada
um, totalizando 2.560 horas conforme previsto na Tabela 17 deste Termo de Referência,
distribuídas em um período de quatro meses.
9.3 - A Licitante deverá demonstrar que a equipe a ser alocada é composta por profissionais de
nível superior com formação em uma das seguintes especialidades:
a) Engenharia;
b) Economia;
c) Administração;
d) Oceanografia;
e) Biologia
9.3.1 - Pelo menos três membros da equipe de trabalho deverão ter formação em nível
superior em alguma das especialidades previstas nas alíneas “a”, “b” ou “c”.
9.3.2 - Pelo menos um membro da equipe de trabalho deverá ter formação em nível superior
em alguma das especialidades previstas nas alíneas “d” ou “e”, ou ainda na especialidade
prevista na alínea “a” com ênfase na área ambiental.
9.4 - A Licitante deverá apresentar comprovação do vínculo dos profissionais mencionados no
parágrafo anterior com a organização por meio de um dos seguintes documentos:
a) Contrato Social (quando se tratarem de sócios da empresa);
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social;
c) Certidão comprovando a inscrição do profissional no quadro técnico da organização,
emitida pelo respectivo Conselho Profissional;
d) Contrato de Trabalho;
e) Contrato de Prestação de Serviços;
f) Ata da reunião aprovando o ingresso do profissional em caso de cooperativa ou outro
empreendimento solidário, acompanhada do respectivo Termo de Adesão, quando
existente.
9.4.1 - Não serão aceitos para fins da comprovação requerida neste item, compromissos ou
declarações de intenção de formalização de vínculos futuros.
9.5 - Os critérios para a formação da Nota Técnica são apresentados em anexo a este Termo de
Referência.
9.6 - Serão desclassificadas as Licitantes cuja Nota Técnica for inferior a 4,00 (quatro).
10 - EXIGÊNCIAS DA PROPOSTA COMERCIAL
10.1 - A proposta comercial deverá ser elaborada visando atender ao descrito neste Termo de
Referência, estar datilografada ou impressa por processo eletrônico, em 1 (uma) via, em papel
timbrado da Licitante, redigida em linguagem clara, sem emendas, rasuras ou entrelinhas, que
impeçam sua perfeita compreensão, devidamente datada, assinada na última folha e rubricada
nas demais, e conter o seguinte:
a) Preços unitários e global dos serviços oferecidos, expressos em R$ (reais), com
aproximação de até duas casas decimais, sob pena de desclassificação da proposta. Os
valores deverão ser demonstrados por meio de Planilha de Composição de Preços,
conforme modelo anexo II do Edital;
b) Prazo de validade mínima de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua apresentação;
c) Declaração expressa de estarem incluídos no preço proposto todos os impostos, taxas,
fretes e encargos devidos, bem como quaisquer outras despesas, diretas e indiretas
incidentes na execução dos serviços;
d) A razão social, o CNPJ e o endereço completo da organização, bem como o número de
sua conta corrente, o nome do banco e a respectiva agência onde deseja receber seus
créditos;
e) Os meios de comunicação disponíveis para contato, como, por exemplo, fac-símile,
telefone e e-mail;
f) Os seguintes dados do preposto autorizado a firmar o contrato em nome do licitante:
nome completo, endereço, CPF, Carteira de Identidade, estado civil, nacionalidade e
profissão, informando, ainda, qual o instrumento que lhe outorga poderes para firmar
contrato (Contrato Social ou Procuração).
10.1.1 - Não se considerará qualquer oferta de vantagem não prevista neste Termo de
Referência, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.
10.2 - O preço proposto deverá ser fixo e irreajustável, sendo desclassificadas as propostas que
contiverem condição de reajuste.
10.3 - A Licitante somente poderá retirar sua proposta mediante requerimento escrito endereçado
à Comissão Permanente de Licitação (CPL), antes da abertura do respectivo envelope, desde que
caracterizado motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela CPL.
10.4 - O preço proposto será de exclusiva responsabilidade da Licitante, não lhe assistindo o
direito de pleitear qualquer alteração do mesmo, sob a alegação de erro, omissão ou qualquer
outro pretexto.
10.5 - Não será permitida a subcontratação total dos serviços, somente a parcial, desde que
necessária, prevista e justificada no Plano de Trabalho e após aprovação do MPA.
10.6 - A omissão de qualquer despesa necessária à perfeita execução dos serviços será
interpretada como não existente ou já incluída no preço, não podendo a Licitante pleitear
acréscimo após a abertura das propostas.
11 - REGIME DE EXECUÇÃO
11.1 - O objeto da presente contratação será executado em regime de empreitada por preço
global, em conformidade com os itens adjudicados para a Licitante Vencedora.
12 - ORÇAMENTÁRIA

12.1 - Os recursos necessários ao atendimento das despesas correrão à conta dos recursos
orçamentários deste Ministério estão assim previsto Programa de Trabalho:
20.602.1342.10B5.0001 - Programa: - Desenvolvimento Sustentável da Pesca - Ação: - Apoio
e Implantação de Infraestrutura Aquicola e Pesqueira – PTRES: 023916 – Fonte: 100 –
Natureza da Despesa: 33.90.39.05.
13 - CONDIÇÕES PARA CELEBRAÇÃO E EXECUÇÃO DO CONTRATO
13.1.1 - A assinatura do contrato, que obedecerá às condições estabelecidas neste Termo de
Referência, implicará na obrigatoriedade da Licitante Vencedora em cumprir todas as
obrigações e condições de prestação de serviços especificadas.
13.1.2 - É condição essencial para a assinatura do contrato que a Licitante Vencedora esteja
em situação regular junto ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF
e ao Cadastro de Informação de Crédito não Quitado – CADIN.
13.1.3 - Alterações na execução do contrato somente serão admitidas mediante termo aditivo,
ficando impedida a contratada de fazer qualquer acréscimo sem o respectivo instrumento de
contratação.
13.1.4 - Os pagamentos serão efetuados pelo MPA à contratada mediante entrega e aceite dos
produtos especificados na Tabela 20, acompanhada da respectiva Nota Fiscal de serviços.
Tabela 20: Cronograma de pagamento pelos serviços.
Parcela Item de medição para a liberação da parcela Percentual do
valor total dos
serviços
1ª Aceite pelo MPA do Relatório Parcial 1 35%
2ª Aceite pelo MPA do Relatório Parcial 2 30%
3ª Aceite pelo MPA do Relatório Final 35%
14 - OBRIGAÇÕES DA CONTRATADA
14.1 - A contratada obrigar-se-á a:
14.1.1 - Executar fielmente o objeto que lhe for adjudicado, independentemente de quaisquer
contratempos, garantindo que os produtos e serviços entregues apresentem padrão de
qualidade e quantidade igual ou superiores àqueles previstos neste Termo de Referência.
14.1.2 - Manter preposto, aceito pela Administração, idôneo, com poderes de decisão, para
representá-la durante todo o período de vigência do contrato, principalmente no tocante à
eficiência e agilidade no cumprimento dos fornecimentos previstos.
14.1.3 - Não veicular, em nenhuma hipótese, publicidade ou qualquer outra informação acerca
da prestação do serviço sem prévia autorização do MPA.
14.1.4 - Fornecer número de telefone, fac-símile, e-mail do responsável para contato, a fim de
atender às solicitações do MPA.
14.1.5 - Executar os serviços utilizando-se de mão-de-obra especializada, que detenha
conhecimento das normas técnicas e da legislação vigente pertinentes à execução dos
serviços.
14.1.6 - Responsabilizar-se pelo ônus resultante de quaisquer ações, demandas, custos e
despesas decorrentes de danos causados diretamente a bens de propriedade do MPA, a
entidades vinculadas ou a terceiros, ocorridos por culpa sua ou de qualquer de seus
empregados e prepostos, durante a realização dos serviços, não excluindo ou reduzindo dessa
a responsabilidade do MPA pela fiscalização ou acompanhamento.
14.1.7 - Comunicar ao Gestor/Fiscal do contrato, imediatamente, por escrito, quaisquer
anormalidades ou impropriedades, fato extraordinário ou anormal que venha ocorrer na
execução do objeto contratado, para imediata adoção das medidas cabíveis.
14.1.8 - Manter, durante a vigência contratual, em compatibilidade com as obrigações a serem
assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas neste Termo de
Referência.
14.1.9 - Atender prontamente às solicitações que se fizerem necessárias referentes aos
serviços contratados e executá-los no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas e em até 06 (seis)
horas as consideradas de caráter emergencial.
14.1.10 - Sanar as falhas eventuais, imediatamente após sua verificação e atender prontamente
quaisquer exigências do representante do MPA inerentes ao objeto, reservando ao MPA o
direito de rejeitá-las, se as mesmas não forem efetuadas a contento.
14.1.11 - Responder por quaisquer ônus decorrentes de ações judiciais movidas por terceiros,
que venham a ser exigidas por força de lei, ligadas ao cumprimento do contrato.
14.1.12 - Responsabilizar-se pelos encargos previdenciários, trabalhistas, fiscais e comerciais
e obrigações sociais previstos na legislação em vigor, resultantes do contrato, obrigando-se a
saldá-los na época própria, uma vez que seus empregados não manterão nenhum vínculo
empregatício com o MPA e entidades vinculadas, isentando o MPA de quaisquer ônus, sob
qualquer título, quer seja por via administrativa ou judicial, decorrente de qualquer
inadimplemento.
14.1.13 - Assumir a responsabilidade por todas as providências e obrigações estabelecidas na
legislação específica de acidentes do trabalho, quando forem vítimas os seus empregados na
execução dos serviços ou em conexão com eles, ainda que ocorridos nas dependências do
MPA ou entidades vinculadas.
14.1.14 - Manter seus empregados identificados por crachá quando em trabalho nas
dependências do MPA, devendo substituí-los, imediatamente, caso sejam considerados
inconvenientes à boa ordem e às normas disciplinares do MPA e entidades vinculadas.
14.1.15 - Aceitar, nas mesmas condições contratadas, os acréscimos ou supressões que se
fizerem necessários, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento) do valor do contrato.
14.1.16 - Apresentar o faturamento detalhado dos serviços prestados, discriminados em Nota
Fiscal correspondente, emitida sem rasura, em letra legível, em nome do Ministério da Pesca e
Aquicultura - MPA, CNPJ nº 05.482.692/0001-75, o nome do banco, o número de sua conta
bancária e a respectiva agência, referenciando o número do contrato celebrado ou da Nota de
Empenho, com prazo não inferior a 15 (quinze) dias antecedentes à data do vencimento.
14.1.17 - A contratada deverá também disponibilizar cópia da base dos dados coletados de
acordo com os marcos das principais etapas acordadas no Termo de Referência.
15 - OBRIGAÇÕES DO MPA
15.1 - Prestar à contratada todas as informações e esclarecimentos pertinentes à execução dos
serviços.
15.2 - Acompanhar e fiscalizar a execução do contrato, o fiel cumprimento das obrigações e o
andamento dos serviços da contratada, por meio de Gestor/Fiscal formalmente designado pela
autoridade competente.
15.3 - Emitir pareceres sobre os atos relativos à execução do contrato, em especial quanto ao
acompanhamento e fiscalização da prestação dos serviços e à exigência de condições
estabelecidas neste processo licitatório e nas cláusulas do contrato.
15.4 - Efetuar os pagamentos previstos e acordados, mediante apresentação das Notas Fiscais /
Faturas devidamente atestadas, nas datas e prazos estipulados no contrato.
15.5 - Notificar por escrito à contratada a ocorrência de eventuais imperfeições no curso da
execução dos serviços, fixando prazos para sua correção.
15.6 - Permitir o acesso dos empregados da contratada às dependências do MPA e entidades
vinculadas para execução dos serviços referentes ao objeto do contrato, quando se fizer
necessário, desde que estejam identificados com o crachá da empresa.
15.7 - Solicitar, em tempo hábil, a substituição ou correção dos serviços que não tenham sido
considerados adequados.
15.8 - Assegurar-se da boa prestação e do bom desempenho dos serviços.
15.9 - Assegurar-se de que os preços contratados estão compatíveis com os praticados no
mercado pelas demais empresas do ramo, de forma a garantir que continuem sendo os mais
vantajosos para o MPA.
15.10 - Proporcionar as facilidades necessárias ao bom andamento dos serviços que estejam a
seu alcance.
16 - PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO E ACOMPANHAMENTO
16.1 - Nos termos dos art. 67, § 1º, Lei nº 8.666/93, o MPA designará um Gestor/Fiscal para
representá-lo, acompanhar e fiscalizar a execução do contrato, anotando em registro próprio
todas as ocorrências relacionadas com a execução e determinando o que for necessário à
regularização das falhas ou defeitos observados.
16.2 - Os produtos especificados neste Termo de Referência serão conferidos pelo Gestor/Fiscal
do Contrato que atestará o fiel cumprimento dos requisitos especificados.
16.3 - Na hipótese de haver impropriedades ou falhas operacionais, serão solicitadas as devidas
correções e substituição dos produtos entregues.
16.4 - As decisões e providências que ultrapassarem a competência do Gestor/Fiscal deverão ser
encaminhadas por este às autoridades competentes do MPA.
17 - ALTERAÇÕES CONTRATUAIS
17.1 - O contrato resultante desta Licitação poderá ser alterado nas hipóteses previstas no art. 65
da Lei nº 8.666/93, devidamente justificado e aprovado por autoridade superior do MPA.
18 - DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
18.1 - Garantido o direito à ampla defesa, a Licitante ficará impedida de licitar e contratar com a
Administração e será descredenciado no SICAF, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo
das multas previstas no edital e no contrato e das demais cominações legais, conforme previstos
no art. 28 do Decreto nº 5.450/2005, a licitante que:
a) Não assinar o contrato dentro do prazo de validade de sua proposta;
b) Deixar de entregar a documentação exigida no edital;
c) Apresentar documento ou declaração falsa;
d) Ensejar retardamento da execução de seu objeto;
e) Não mantiver a proposta;
f) Falhar ou fraudar na execução do contrato;
g) Comportar-se de modo inidôneo;
h) Cometer fraude fiscal ou fraude na execução do CONTRATO.
18.2 - Pela inexecução total ou parcial do contrato, por erro ou atraso na execução, execução
imperfeita, inadimplemento contratual ou quaisquer outras irregularidades o MPA poderá,
garantida a prévia defesa, aplicar a Licitante as seguintes sanções previstas no art. 86 a 88 da Lei
8.666/93:
a) Advertência;
b) Multa de 0,3% (três décimos por cento), ao dia, sobre o valor anual, da contratação
observado o limite de 20% (vinte por cento), se a Licitante não cumprir as obrigações
assumidas ou cumpri-las em desacordo com o estabelecido neste procedimento licitatório,
salvo se advier de caso fortuito ou motivo de força maior, devidamente comprovado e
acatado pela administração.
c) Multa de 0,5% (zero vírgula cinco por cento) por dia de atraso sobre a parcela entregue
fora do prazo, até o limite de 20 (vinte) dias, após o qual poderá haver rescisão contratual;
d) Suspensão temporária de participar de licitações e impedimento de contratar com o
MPA, pelo prazo de até 2 (dois) anos;
e) Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública,
enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
sempre que a Licitante ressarcir o MPA pelos prejuízos resultantes e depois de decorrido o
prazo da sanção aplicada com base no subitem anterior;
18.3 - As penalidades serão obrigatoriamente registradas no SICAF e, no caso de suspensão de
licitar, a Licitante deverá ser descredenciada por igual período, sem prejuízo das multas previstas
no Contrato e das demais cominações legais.
18.4 - As penalidades previstas no presente Contrato poderão ser relevados, no todo ou em parte,
quando o atraso na execução do serviço for devidamente justificado e comprovado pela licitante
a ser contratada, por escrito, no prazo máximo de 05 (cinco) dias úteis da ocorrência, em caso
fortuito ou motivo de força maior.
18.5 - Os valores das multas aplicadas deverão ser recolhidos à conta Única do Tesouro
Nacional, através de Guia de Recolhimento, fornecida pela Diretoria de Administração e
Finanças do MPA, no prazo de 05 (cinco) dias a contar da data da notificação, podendo a
administração do MPA, cobrá-las judicialmente, segundo a lei 6.830/80, com os encargos
correspondentes.
18.6 - As penalidades referidas no caput do artigo 81 da Lei 8.666/93 e suas alterações não se
aplicam às demais licitantes que forem convocadas, conforme a ordem de classificação das
propostas.
18.7 - A aplicação de penalidades será feita, mediante processo administrativo específico.
18.8 - O MPA deverá comunicar a Licitante sua intenção de lhe aplicar as penalidades previstas
neste Contrato, quando entender configurada a hipótese de aplicação da sanção, assegurando-lhe
o direito ao contraditório e à prévia defesa, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contados a partir do
recebimento da comunicação.
18.8.1 - Esta comunicação deverá ser feita por meio de Notificação (ofício ou qualquer outro
expediente administrativo), a qual deverá ser entregue pessoalmente, ou pela via postal com
Aviso de Recebimento, no endereço cadastrado no SICAF, da Licitante que ficará sujeito à
penalidade a partir do decurso do prazo para apresentar as razões de defesa;
18.8.2 - Em caso de não conseguir localizar a Licitante, a mesma deverá ser notificada por
meio de publicação oficial (art. 26,§ 4º da Lei 9784/99).
18.9 - As sanções previstas nos subitens “d” e “e” do item 18.2, desta cláusula poderão ser
aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos pela Lei nº
8.666/93, tenha:
a) Sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude fiscal no
recolhimento de quaisquer tributos;
b) Praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
c) Demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em virtude
de atos ilícitos praticados
18.10 - A empresa terá direito a recursos administrativos, nos termos da Lei 8666/93 e 9784/99 e
regras contidas no Edital.
18.11 - A aplicação das sanções previstas no Contrato não exclui a possibilidade de aplicação de
outras, previstas na Lei nº 8.666/93 inclusive responsabilização da Licitante por eventuais
perdas e danos causados à Administração.
18.12 - A multa deverá ser recolhida no prazo máximo de 10 (dez) dias corridos, a contar da data
do recebimento da comunicação enviada pelo MPA.
18.13 - O valor da multa poderá ser descontado da Nota Fiscal ou crédito existente no MPA, em
favor da Licitante, sendo que, caso o valor da multa seja superior ao crédito existente, a
diferença será cobrada na forma da lei.
18.14 - As multas e outras sanções aplicadas só poderão ser relevadas, motivadamente e por
conveniência administrativa, mediante ato do Ministro de Estado do MPA, devidamente
justificado.
18.15 - A Licitante que convocada no prazo de validade da sua proposta, deixar de entregar ou
apresentar documentação falsa exigida para o certame, ensejar o retardamento da execução do
objeto deste Contrato, não mantiver a proposta, falhar ou fraudar na entrega do material,
comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar
com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, e será descredenciado no SICAF, ou nos
sistemas de cadastramento de fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4º da Lei nº
10.520/2002, pelo prazo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas neste edital e
das demais cominações legais.
18.16 - As sanções previstas nos subitens “a”, “d” e “e” do item 18.2 poderão ser aplicadas
juntamente com a do subitem “b”e “c” do item 18.2 facultada a defesa prévia do interessado,
no respectivo processo, no prazo de 05 (cinco) dias úteis.
18.17 - Em qualquer hipótese de aplicação de sanções será assegurado a Licitante o
contraditório e a ampla defesa.
19 - DISPOSIÇÕES GERAIS
19.1 - Pedidos de esclarecimentos relativos a este Termo de Referência deverão ser
encaminhados, por escrito, à Comissão de Licitação, na Coordenação-Geral de Administração –
CGA/MPA, Setor Bancário Sul - SBS, Quadra 2, Lote 10, Bloco "J", Mezanino, sala 102, CEP:
70.070-120, em Brasília/DF, pelo e-mail [email protected], ou ainda, fac-símile (61) 2023-3903,
não sendo aceito, em nenhuma hipótese, o encaminhamento de outra forma.
20 - CRITÉRIOS DE CÁLCULO DA NOTA TÉCNICA, DA NOTA DE PREÇO E DA
NOTA FINAL
20.1 - A licitação será do tipo “técnica e preço”. Cada proposta receberá duas notas de
julgamento: Nota Técnica (NT) e Nota de Preço (NP). A Nota Final (NF) da Licitante será a
média ponderada desses dois valores sendo que, para este cálculo, a Nota Técnica (NT) terá peso
de 60% (sessenta por cento) e a Nota de Preço (NP) terá peso de 40% (quarenta por cento).
20.2 - Ao serem calculados as notas e o resultado final, os valores não inteiros serão
considerados até a segunda casa decimal, desprezando-se as demais, em todas as etapas do
cálculo.
20.3 - Nota Técnica
A Nota Técnica (NT) será calculada pela composição da Nota de Experiência da
Organização (NExpOrg), da Nota de Experiência da Equipe (NExpEq) e da Nota de Qualificação
da Equipe (NQualEq), segundo a fórmula:

3 x NExpOrg + 2 x NExpEq + 5 x NQualEq


NT =
10

Onde:
NT = Nota Técnica
NExpOrg = Nota de Experiência da Organização
NExpEq = Nota de Experiência da Equipe
NQualEq = Nota de Qualificação da Equipe
20.1.1 Nota de Experiência da Organização
Será atribuída a cada proposta uma Nota de Experiência da Organização (NExpOrg),
relativa à quantidade de atestados apresentados que comprovem a experiência anterior da
organização licitante na execução de projetos que envolvam análise de mercado (oferta e demanda)
ou estudo de viabilidade técnica e econômica em algum dos empreendimentos abaixo relacionados:
 Terminais pesqueiros;
 Unidades de beneficiamento de pescados;
 Unidades de comercialização de pescados;
 Portos;
 Portos secos;
 Aeroportos (para transporte de cargas);
 Centros de distribuição de cargas abastecidos por via rodoviária ou ferroviária.
A pontuação será dada segundo a tabela A1.

Número de atestados apresentados NExpOrg


Nenhum 0,00 (zero)
1 2,00 (dois)
2 4,00 (quatro)
3 6,00 (seis)
4 8,00 (oito)
5 ou mais 10,00 (dez)
Tabela A1: Critérios para determinação da Nota de Experiência da Organização
20.1.2 Nota de Experiência da Equipe
Será atribuída uma Nota Individual (NInd) a cada membro da equipe, relativa à quantidade
de atestados apresentados que comprovem a experiência anterior do profissional (na organização
licitante ou não) na execução de projetos que envolvam:
a) Análise de mercado (oferta e demanda) ou estudo de viabilidade técnica e econômica em algum
dos empreendimentos abaixo relacionados:
 Terminais pesqueiros;
 Unidades de beneficiamento de pescados;
 Unidades de comercialização de pescados;
 Portos;
 Portos secos;
 Aeroportos (para transporte de cargas);
 Centros de distribuição de cargas abastecidos por via rodoviária ou ferroviária.
ou
b) Análise de impacto ambiental na implantação de empreendimentos na área de infra-estrutura.
A Nota Individual (NInd) de cada membro da equipe será dada segundo a tabela A2.

Número de atestados apresentados para aquele


NInd
membro da equipe
Nenhum 0,00 (zero)
1 2,00 (dois)
2 4,00 (quatro)
3 6,00 (seis)
4 8,00 (oito)
5 ou mais 10,00 (dez)
Tabela A2: Critérios para determinação da Nota Individual de cada membro da equipe.

A Nota de Experiência da Equipe (NExpEq) será calculada pela ponderação das Notas
Individuais de cada membro da equipe, segundo a fórmula:

Σ NInd
NExpEq =
NM

Onde:
NExpEq = Nota de Experiência da Equipe
Σ NInd = Somatório das Notas Individuais de cada membro da equipe
NM = Número de membros da equipe
20.1.3 Nota de Qualificação da Equipe
Será atribuída a cada proposta uma nota relativa à qualificação acadêmica dos membros da
equipe (NQualEq), calculada segundo a fórmula:

4 x NMGrad + 3 x NMMest + 3 x NMDout


NQualEq =
NM

Onde:
NQualEq = Nota de Qualificação da Equipe
NMGrad = Número de membros da equipe com Graduação em um dos cursos de referência
NMMest = Número de membros da equipe com Mestrado em um dos cursos de referência
NMDout = Número de membros da equipe com Doutorado em um dos cursos de referência
NM = Número de membros da equipe
Cursos de Referência:
 Administração;
 Economia;
 Engenharia;
 Biologia;
 Oceanografia.
20.2. Nota de Preço
A Nota de Preço (NP) será calculada da seguinte forma: à proposta válida com menor preço
será atribuída a nota máxima 10,00 (dez); para as demais propostas será utilizada a seguinte fórmula:

mPr
NP = X 10
Pr
Onde:
NP = Nota de Preço
mPr = Menor Preço entre as Propostas Válidas
Pr = Preço da Proposta em Análise

20.3. Nota Final

O valor da Nota Final (NF) atribuída à licitante será obtido pela seguinte fórmula:

NF = 0,6 x NT + 0,4 x NP

Onde:
NF = Nota Final
NT = Nota Técnica
NP = Nota de Preço

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