Questões de Linguagens - 3º Aulão Jovens Idm
Questões de Linguagens - 3º Aulão Jovens Idm
Questões de Linguagens - 3º Aulão Jovens Idm
Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada
da língua é:
A) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.
B) vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
C) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical
D) ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados.
E) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.
QUESTÃO 2
2. (Enem 2017)
TEXTO I
Frevo: Dança de rua e de salão, é a grande alucinação do Carnaval pernambucano. Trata-se de uma
marcha de ritmo frenético, que é a sua característica principal. E a multidão ondulando, nos meneios da
dança, fica a ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronuncia frevura, frever) que se criou o nome
frevo.
CASCUDO, L. C. Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Global, 2001 (adaptado).
TEXTO II
Frevo é Patrimônio Imaterial da Humanidade O frevo, ritmo genuinamente pernambucano, agora é do
mundo. A música que hipnotiza milhões de foliões e dá o tom do Carnaval no estado foi oficialmente
reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O anúncio foi feito em Paris, nesta quarta-feira,
durante cerimônia da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Disponível em: www.diariodepernambuco.com.br. Acesso em: 14 jun. 2015.
Apesar de abordarem o mesmo tema, os textos I e II diferenciam-se por pertencerem a gêneros que
cumprem, respectivamente, a função social de
A) resumir e avaliar.
B) analisar e reportar.
C) definir e informar.
D) comentar e explanar.
E) discutir e conscientizar.
QUESTÃO 3
(Enem 2017)
O exercício da crônica
Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um
ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque
quis. Com um prosador cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se diante de sua máquina, acende um
cigarro, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido
no noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um
sangue novo.
MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991.
Nesse trecho, Vinícius de Moraes exercita a crônica para pensála como gênero e prática. Do ponto de
vista dele, cabe ao cronista
QUESTÃO 4
(ENEM 2012)
Profundíssimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transição designada como pré-
modernista. Com relação à poética e à abordagem temática presentes no soneto, identificam-se marcas
dessa literatura de transição, como
QUESTÃO 6
(Enem 2014)
A sua concepção de governo [do Marechal Floriano Peixoto] não era o despotismo, nem a democracia,
nem a aristocracia; era a de uma tirania doméstica. O bebê portou-se mal, castigase. Levada a coisa ao
grande o portar-se mal era fazer-lhe oposição, ter opiniões contrárias às suas e o castigo não eram mais
palmadas, sim, porém, prisão e morte. Não há dinheiro no tesouro; ponham-se as notas recolhidas em
circulação, assim como se faz em casa quando chegam visitas e a sopa é pouca: põe-se mais água.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. São Paulo: Brasiliense, 1956 (fragmento).
A obra literária de Lima Barreto faz uma crítica incisiva ao período da Primeira República no Brasil. No
fragmento do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, a expressão “tirania doméstica”, como
concepção do governo florianista, significa que
A) o regime político era omisso e elitista.
B) a visão política de governo era infantilizada.
C) o presidente empregava seus parentes no governo.
D) o modelo de ação política e econômica era patriarcal.
E) o presidente assumiu a imagem populista de pai da nação.
QUESTÃO 7
(Enem 2014)
Pecados, vagância de pecados. Mas, a gente estava com Deus? Jagunço podia? Jagunço – criatura paga
para crimes, impondo o sofrer no quieto arruado dos outros, matando e roupilhando. Que podia? Esmo
disso, disso, queri, por pura toleima; que sensata resposta podia me assentar o Jõe, broreiro peludo do
Riachão do Jequitinhonha? Que podia? A gente, nós, assim jagunços, se estava em permissão de fé para
esperar de Deus perdão de proteção? Perguntei, quente. — “Uai? Nós vive... — foi o respondido que ele
me deu.
ROSA, G. Grande sertão: veredas. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2001 (fragmento).
Guimarães Rosa destaca-se pela inovação da linguagem com marcas dos falares populares e regionais.
Constrói seu vocabulário a partir de arcaísmos e da intervenção nos campos sintático-semânticos. Em
Grande sertão: veredas, seu livro mais marcante, faz o enredo girar em torno de Riobaldo, que tece a
história de sua vida e sua interlocução com o mundo-sertão. No fragmento em referência, o narrador faz
uso da linguagem para revelar
A) inquietação por desconhecer se os jagunços podem ou não ser protegidos por Deus.
B) uma insatisfação profunda com relação à sua condição de jagunço e homem pecador.
C) confiança na resposta de seu amigo Jõe, que parecia ser homem estudado e entendido.
D) muitas dúvidas sobre a vida após a morte, a vida espiritual e sobre a fé que pode ter o jagunço.
E) arrependimento pelos pecados cometidos na vida errante de jagunço e medo da perdição eterna.