Introdução Ao Estudo Do Direito IED: Professora: Thandra Pessoa de Sena
Introdução Ao Estudo Do Direito IED: Professora: Thandra Pessoa de Sena
Introdução Ao Estudo Do Direito IED: Professora: Thandra Pessoa de Sena
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO
DIREITO
IED
1 – CONCEITO DE DIREITO:
Na linguagem comum e na linguagem científica, o vocábulo direito é
empregado com significações diferentes. Ele tem sentido nitidamente diverso nas
2 – DIREITO E RELIGIÃO:
Por muito tempo, desde as épocas mais recuadas da história, a Religião
exerceu um domínio absoluto sobre as coisas humanas. A falta de conhecimento era
suprida pela fé. As crenças religiosas formulavam as explicações necessárias. Segundo o
pensamento da época, Deus não só acompanhava os acontecimentos terrestres, mas
neles interferia. Por sua vontade e determinação, ocorriam fenômenos que afetavam os
interesses humanos; assim, diante das tragédias, viam-se os castigos divinos. O Direito
era considerado como expressão da vontade divina. Em seus oráculos, os sacerdotes
recebiam de Deus as leis e os códigos.
Nesse largo período em que o Direito se achava mergulhado na Religião, a
classe sacerdotal possuía o monopólio do conhecimento jurídico. As fórmulas mais
simples eram divulgadas entre o povo, e os casos mais complexos tinha de ser levados à
autoridade religiosa. Os textos não eram divulgados. Durante a Idade Média, ficaram
famosos os juízos de Deus, que se fundavam na crença de que Deus acompanhava os
julgamentos e interferia na justiça. O movimento de separação entre o Direito e a Religião
cresceu ao longo do século XVIII, especialmente na França, nos anos que antecederam a
Revolução Francesa.
3 – DIREITO E MORAL:
Distingue-se o direito da moral. Esta é mais ampla, embora vários pontos
comuns existam entre ambos, uma vez que constituem regras de conduta e neles se nota
a finalidade de conseguir o bem-estar individual e coletivo. O direito se preocupa com a
licitude da conduta das pessoas, a moral visa à honestidade dessa conduta.
Em síntese:
- a moral estabelece norma de conduta destinadas a uma ordem “moral”
entre os tendentes à consecução do bem;
- o direito também estabelece norma de conduta inspiradas pela ordem
moral, mas de natureza exterior;
- as normas de direito recebem uma sanção mais genérica, exterior e por via
coercitiva, pode impor, ou impõe o respeito;
- uma vez sancionadas, as normas de direito se destacam das normas
morais, que lhe serviram de fundamento, passando a operar dentro da ordem jurídica;
- a moral pretende que o homem fuja do mal e pratique o bem; o direito
exige que o indivíduo não prejudique seu semelhante (paz social).
NOÇÕES DE DIREITO
DIREITO E RELIGIÃO
DIREITO E MORAL
DIREITO E JUSTIÇA
Em suma:
"Norma agendi" (direito objetivo)
Norma agendi é a norma de agir. São as disposições típicas do sistema
jurídico. É considerada, por muitos, como o direito estático, porque não há incidência em
casos concretos, havendo apenas abstração normativa, positivada e vigente no
ordenamento jurídico .
"Facultas agendi" (direito subjetivo)
FONTES DO DIREITO
“é a expressão que significa tudo aquilo que origina, que produz algo,
nascente. Assim, para o direito indica, desde logo, as formas pelas quais o direito se
manifesta, surgindo às normas jurídicas e os princípios gerais do direito”.
DE PRODUÇÃO ESTADO
FONTES
IMEDIATA LEI
DO (DIRETA) COSTUMES
ANALOGIA
DE EXPLICITAÇÃO
OU INTEGRAÇÃO PRINCÍPIOS
GERAIS DO
DIREITO
FONTES DO DIREITO
1) LEI
1.2) Eficácia:
É o seu vigor e abrangência no tempo e no espaço, ainda sem efeitos.
1.3) Eficiência:
É a aptidão que a lei tem para produzir efeitos, sendo utilizada.
1.4) Interpretação:
A arte de interpretar as leis chama-se hermenêutica. Hermenêutica jurídica
é a ciência e a arte da interpretação da linguagem jurídica.
Serve para trazer os princípios e as regras que são as ferramentas do
intérprete. A aplicação, a prática das regras hermenêuticas, é chamada exegese.
Espécies de Interpretação:
Sob o critério da natureza, ou meios de fazê-la, temos as seguintes espécies
de interpretação :
gramatical: busca o significado literal da linguagem, aplicando regras de
sistematização da língua;
lógica, contextual ou sistemática: busca contextualizar a norma, visando
o seu alcance, e tem por base as normas anteriores e posteriores e o sistema em que
está incluída;
histórica: busca a intenção do legislador tanto no momento da feitura da
norma quanto na origem do seu instituto, preponderando à análise da situação fática
existente quando da edição do texto legal;
2.1) PRINCÍPIOS:
Os princípios que regem a eficácia da lei no tempo são os seguintes:
Principio da obrigatoriedade (artigo 3º da Lei de Introdução ao Código
Civil): segundo esse princípio, somente a norma jurídica publicada é obrigatória a todos e
ninguém poderá descumpri-la alegando ignorância. Portanto, o erro de direito é
inescusável.
Princípio da continuidade (artigo 2º, "caput", da Lei de Introdução ao
Código Civil): tal postulado estabelece que uma norma permanente só perderá a eficácia
se outra, de mesma ou superior hierarquia, vier modificá-la ou revogá-la. Portanto, a
norma jurídica não perde vigência pelo mero decurso do tempo.
Princípio da irretroatividade (artigo 6º da Lei de Introdução ao Código
Civil): a lei nova não pode retroagir para abarcar situações consolidadas por lei anterior.
Visa estabelecer a segurança jurídica do sistema, por intermédio do direito adquirido, do
ato jurídico perfeito e da coisa julgada.
∆
- CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- EMENDAS À CONSTITUIÇÃO
- LEIS COMPLEMENTARES E LEIS ORDINÁRIAS
- LEIS DELEGADAS
- MEDIDAS PROVISÓRIAS
- DECRETOS LEGISLATIVOS
- RESOLUÇÕES
No topo da pirâmide, temos o Texto Constitucional. Abaixo da Constituição
Federal e das emendas, temos as leis complementares e as leis ordinárias, ambas como
substrato da Constituição Federal, havendo divergência na doutrina a respeito da
supremacia das leis complementares em relação às leis ordinárias, ou da igualdade entre
estas, existindo apenas campos diferenciados de competência. Encontramos, ainda, as
4) ANALOGIA:
Trata-se da aplicação a um caso não regulado de modo direto por uma
norma jurídica, de uma prescrição normativa prevista por uma hipótese distinta, mas
semelhante ao caso não contemplado, fundando-se na identidade do motivo da norma e
não na identidade do fato. Envolve, portanto, a constatação de uma semelhança entre
fatos-tipos diferentes e um juízo de valor que vem apontar a predominância das
semelhanças sobre as diferenças.
5) COSTUMES:
O Direito Consuetudinário ou Costumeiro pode ser conceituado como a
norma aceita como obrigatória pela consciência do povo, sem que o Poder Público a
tenha estabelecido. O Direito Costumeiro apresenta os seguintes requisitos:
Subjetivo: é a crença na obrigatoriedade, isto é, a crença que, em caso de
descumprimento, incide sanção.
Objetivo: constância na realização do ato. A diferença existente entre o
costume e o hábito está no elemento subjetivo, que inexiste neste último. Isso significa
que no hábito existe a prática constante, porém, sem a crença da sua obrigatoriedade.
Os costumes classificam-se em:
"Contra legem": o costume não respeita as normas constantes do sistema
jurídico. É a desobediência reiterada do comando legal com a crença na inefetividade da
lei. Temos, como exemplo, o costume de não respeitar o sinal vermelho, por questão de
segurança, após um determinado horário.
"Praeter legem": é aquele que amplia o preceito da lei. É previsão de uma
conduta paralela, não prevista pela lei, porém, não proibida por esta, podendo-se citar,
como exemplo, o cheque que, apesar de ser uma ordem de pagamento à vista, funciona
como uma garantia de pagamento, respeitando-se sua dupla condição. O cheque pós-
datado deve respeitar a data consignada para apresentação junto ao sacado, embora a
apresentação à vista garanta o pagamento.
"Secundum legem": é o estabelecido nas hipóteses em que o próprio texto
da lei delega ao costume a solução do caso concreto. Esse caso é exemplificado pelo
artigo 569, inciso II, do Código Civil, que determina ao locatário pagar pontualmente o
aluguel segundo o costume do lugar, quando não houver ajuste expresso.
6) JURISPRUDÊNCIA:
A jurisprudência é uma função atípica da jurisdição. São decisões
reiteradas, constantes e pacíficas do Poder Judiciário sobre determinada matéria num
determinado sentido. Não há necessidade de a jurisprudência ser sumulada para ser
fonte. Aqui, cabe ressaltar que a jurisprudência não pode ser confundida com a orientação
jurisprudencial, que é qualquer decisão do Poder Judiciário que esclareça a norma legal.
7) SÚMULA VINCULANTE:
SÚMULA VINCULANTE
LIMITA O NÚMERO DE
RECUSOS:
DESAFOGANDO
JUDICIÁRIO
8) DOUTRINA:
RAMOS DO DIREITO
Critério da posição dos sujeitos: se o Estado age como ente soberano, com
ius imperii, ou se age de igual para igual com os demais os sujeitos da relação jurídica.
Público (Estado)
Privado (Particular)
Nos ensina o Prof. Miguel Reale que há duas maneiras de fazer-se a distinção
entre direito público e privado, uma atendendo ao conteúdo, a outra com base no
elemento formal, como abaixo:
O direito privado não cuida apenas dos interesses individuais mas inclui
também a proteção de valores caros à sociedade e de interesse coletivo, como a família.
Pertencem ao direito privado ramos como o direito civil e o direito comercial.
Importante destacar que toda essa divisão tem função puramente didática,
não significando sob nenhuma hipótese que um ramo do direito tenha maior importância
que outro, posto que todos se destinam a agir em uníssono, visando a organização e o
bem estar da sociedade onde se aplicam.
Referências Bibliográficas
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 21.ed. São Paulo:
Saraiva, 2010.
NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual de introdução ao estudo do direito. 9. ed. 2009.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2010