BenefYcios Da Terapia Manual Na SYndrome Do TYnel Do Carpo RevisYo Da Literatura

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Benefícios da Terapia Manual na Síndrome do Túnel do Carpo:

Revisão da Literatura

Jessica Silva Bezerra ¹


[email protected]
Dayana Priscila Maia Meija²
Pós Graduação em Fisioterapia em Reabilitação Ortopédica e Traumatológica com Ênfase em
Terapia Manual – Faculdade do Centro-Oeste Pinelli Henriques

Resumo

A síndrome do túnel do carpo é uma neuropatologia com maior frequência ocasionada


pela compressão do nervo mediano, tendo como sintomatologia dores na região do
punho e mão, fraqueza muscular, parestesia e edema. É um distúrbio neuroortopédico
que tem tratamento conservador e cirúrgico, dependendo da gravidade da lesão. Como
tratamento conservador são utilizadas várias técnicas terapêuticas, entre elas está a
terapia manual, que oferece diversos benefícios. O presente artigo trata-se de um
estudo descritivo de revisão literária, tendo como base de pesquisa artigos,
dissertações e monografias encontradas no Scielo, Lilacs, Google Acadêmico e revistas
cientificas, além de livros e acervos em bibliotecas virtuais. Este artigo tem como
objetivo mostrar os benefícios da terapia manual na síndrome do túnel do carpo.
Conforme a revisão de literatura pode-se aferir que a terapia manual é benéfica nas
disfunções ocasionadas pela síndrome do túnel do carpo, sendo um tratamento
terapêutico eficaz na sintomatologia da síndrome.

Palavras-Chaves: Revisão da Literatura; Síndrome do Túnel do Corpo; Terapia


Manual; Técnicas Manipulativas.

1 - Introdução

A Síndrome do Túnel do Carpo (STC) é considerada uma das patologias por


compressão nervosa mais frequente, caracterizada por compressão do nervo mediano, a
STC causa dores frequentes aos movimentos do punho, dormência e formigamento1, é
causada por diversos fatores, entre eles estão as doenças sistêmicas e metabólicas e
fraturas na região do punho e mão 2.

¹ Fisioterapeuta, Pós–graduanda em Fisioterapia Ortopédica com Ênfase em Terapia Manual.

² Orientadora. Graduada em Fisioterapia. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestranda em


Bioética e Direito em Saúde.
O complexo do punho e mão é formado por ossos do antebraço e do carpo, são unidos
por ligamentos, membranas e tendões musculares, há um espaço entre esses ossos
denominado túnel do carpo, onde passam várias estruturas anatômicas. Os principais
responsáveis pela inervação desse complexo são os nervos radial, ulnar e mediano,
sendo o mediano acometido na STC 3.

O túnel do carpo é um espaço fechado que está situado entre os ossos do carpo
radialmente, dentro deste espaço, passam os tendões dos músculos flexores dos dedos e
o nervo mediano, a compressão do nervo mediado causa déficit na condução nervosa,
causando parestesias, diminuição na força muscular, entre outros sintomas 4,5.

A STC é causada por qualquer compressão do nervo mediano, considerada uma das
doenças mais frequentes relacionadas ao esforço repetitivo. Clinicamente, causa déficits
funcionais, sensitivos e motores, tendo inicialmente um tratamento conservador, caso os
sintomas venham a se agravar, é necessário a intervenção de um tratamento cirúrgico 6,7.
O tratamento conservador é composto por tratamento medicamentoso e fisioterapia, na
qual são utilizadas técnicas de terapia convencional e terapia manual, com o objetivo de
prevenir a intervenção cirúrgica 8.

A terapia manual é um método de tratamento que traz benefícios na recuperação das


disfunções cinética-funcionais, visando o equilíbrio e normalização das diversas
alterações funcionais.9 A realização da terapia manual nas disfunções funcionais
caracteriza-se na utilização de técnicas manipulativas, mobilizações articulares e
exercícios específicos, com o objetivo de reduzir a sintomatologia do paciente. A terapia
manual abrange varias técnicas e é necessário ter o conhecimento de cada uma para a
aplicação correta, alguns critérios devem ser seguidos minuciosamente para que hajam
os resultados adequados. É de suma importância a especificidade referente à precisão do
procedimento em relação aos seus objetivos 10.

Este artigo de revisão literária tem como objetivo mostrar os benefícios fisiológicos e
cinético-funcionais da terapia manual na síndrome do túnel do carpo, justificando-se
pela importância de tais técnicas no tratamento fisioterapêutico na síndrome, visando
que os dados levantados poderão beneficiar os profissionais capacitados a realização das
técnicas, contribuindo para seus atendimentos ambulatoriais e clínicos.
2 - Fundamentação Teórica

2.1 Anatomia e Biomecânica do Complexo do Punho e Mão

O Punho é uma articulação condilar formada pela epífise do radio e da ulna que se
articula com os ossos escafoide, semilunar e piramidal do carpo, realiza os movimentos
de flexão, extensão, desvio radial, desvio ulnar e movimentos circulatórios. A flexão
acontece quando a palma da mão vai em direção ao antebraço anteriormente e a
extensão quando a mão vai posteriormente ao antebraço. O movimento de desvio radial
ou abdução do punho ocorre quando o punho é movido lateralmente, e o movimento do
desvio ulnar ou adução do punho ocorre quando o punho é movimentado medialmente;
no movimento circulatório ocorrem todos os movimentos citados acima 11,12.

Os principais músculos que agem nos movimentos do punho são: flexor radial do carpo
que realiza o movimento de flexão e desvio radial do punho, flexor ulnar do carpo que
realiza na sua contração o movimento de flexão e desvio ulnar do punho, extensor radial
longo e curto do carpo, eles têm como função estender e realizar o desvio radial do
punho e o extensor ulnar do carpo que estende o punho e realiza o desvio ulnar do
carpo. Os músculos que realizam a flexão originam-se na região distal do úmero
medialmente e inserem-se na região do carpo e metacarpo, já os extensores originam-se
na região distal do úmero lateralmente, inserindo-se também na região do carpo e
metacarpo. Os músculos flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos
podem auxiliar na flexão do punho durante a sua contração 13.

A estrutura da mão é formada por ossos agrupados no carpo, metacarpo e falanges. O


carpo é formado por oito ossos, escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme,
constituindo assim a primeira fileira do carpo, o trapézio, trapezoide, capitato e hamato,
constituem a segunda fileira transversalmente. A mão possui várias articulações ligadas
por tendões, músculos, fáscias e ligamentos. Os músculos que realizam movimentos dos
dedos são divididos em intrínsecos e extrínsecos, os extrínsecos (flexores e extensores)
originam-se em sua maioria na região do antebraço, são músculos mais fortes e maiores.
A maior parte dos extensores origina-se na extremidade distal e lateral do úmero, e os
flexores têm suas origens nas extremidades distal e medial do úmero. Os músculos
intrínsecos originam-se na mão, são menores comparados aos extrínsecos, e
proporcionam uma melhor coordenação motora dos dedos 14,15.
2.2 Anatomia do Túnel do Carpo

O túnel do carpo é definido como um túnel osteofibroso que anatomicamente está


situado na região ventral do punho, formado pelos ossos do carpo, ligamentos e tendões,
o túnel do carpo é delimitado pelo hâmulo do hamato, pisiforme e piramidal na borda
ulnar e pelo escafoide, trapézio e o tendão do flexor radial do carpo 16.

O túnel do carpo é uma estrutura osteoligamentar bem definida, por ele passam os
tendões dos músculos flexor profundo dos dedos, flexor superficial dos dedos e o
tendão do músculo flexor longo do polegar. Junto com essas estruturas anatômicas
passa pelo túnel do carpo o nervo mediano, que é a estrutura mais acometida na STC,
após o nervo passar pelo túnel, ele se ramifica, levando o impulso nervoso aos músculos
da mão 17.

O nervo mediano origina-se do plexo braquial, passa por toda a região anterior do braço
até chegar ao punho e passar pelo túnel do carpo. Quando se ramifica o nervo mediano é
responsável pela inervação motora dos músculos lumbricais e músculos tênares, exceto
a cabeça profunda do flexor curto do polegar e adutor do polegar, ele leva os estímulos
sensitivos ao dedo indicador, polegar, região radial da palma da mão e região lateral do
dedo anelar 18.

2.3 Síndrome do Túnel do Carpo

A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma patologia neuropática que ocorre com maior
frequência nos membros superiores, há múltiplos fatores que ocasionam essa
neuropatia, entre eles está o excesso de movimentos repetitivos, doenças sistêmicas e
metabólicas e fraturas no complexo do punho e mão 19.

A STC é caracterizada pela compressão ou tração do nervo mediano dentro do túnel do


carpo, essa compressão é ocasionada pela diminuição do espaço do túnel, devido ao
edema das estruturas que o compõem. Quando o túnel do carpo encontra-se estreito, os
tendões, ligamentos e músculos se atritam ocasionando um processo inflamatório. A
compressão ou tração do nervo mediano pode ocasionar problemas circulatórios
intraneurais, lesões axonais e alterações do tecido conjuntivo 20,21.

A redução do canal do túnel do carpo e o volume excessivo das estruturas decorrentes


de processos inflamatórios, lesões neoplásticas e outras etiologias, causam disfunções
motoras ao individuo acometido. Quaisquer pressões que ocorram no interior do túnel
do carpo ocasionará a compressão do nervo, gerando isquemia e dificultando o retorno
venoso. A hopoxemia e a degeneração do tecido neural grave, causam no nervo uma
degeneração axonal e fibrose externa e interna fascicular 22,23.

A STC possui duas fases: aguda e crônica, essas fases distinguem-se de acordo com
suas manifestações fisiopatológicas. Na fase aguda ocorre a compressão temporária do
nervo mediano, a compressão do nervo leva a liberação de substâncias que causam
vasodilatação, consequentemente essa vasodilatação gera um processo inflamatório e
edema intraneural, ocasionando uma deformação na fibra nervosa, porém, é reversível.
Igualmente, ocorre uma isquemia local, entretanto a condução nervosa não apresenta
alterações graves por não haver deformidades permanentes nas estruturas nervosas. Na
fase crônica ocorre uma compressão mais prolongada e acentuada levando a uma
degeneração axonal, tendo presença de aderências, alterações nas estruturas e
mobilidade do nervo, déficit na condução sensorial e motora do nervo 24,25.

2.3.1 Quadro Clínico

O nervo mediano é de suma importância para a realização dos movimentos das mãos,
quando ele é tracionado ou sofre uma compressão excessiva produz os seguintes
sintomas: parestesias e formigamento no trajeto do nervo, diminuição da força
muscular, alteração na sensibilidade nas regiões do dermátomo que é responsável, dor
frequente e constante ao realizar movimentos do punho e mão 26,27.

A dor é predominante no período noturno, porém durante a manhã ela é atuante nos
movimentos básicos, tais como: segurar um objeto, dirigir, realizar atividades laborais
que exigem movimentos repetitivos do punho e mão. Déficit sensitivo e diminuição da
função motora são os principais sintomas. Alguns indivíduos têm os sintomas
persistentes mesmo quando estão em repouso, outros apenas quando começam a realizar
suas atividades de vida diária. Formigamento e dormência nos membros superiores e
alterações na condução nervosa do nervo mediano são frequentes e aumenta a
probabilidade da perda da função motora. Esses sintomas podem variar conforme a
gravidade da doença 28,29,30.
2.4 Terapia Manual e seus Benefícios na Síndrome do Túnel do Carpo

A terapia manual abrange muitas técnicas, cujo método de tratamento proporciona


maior benefício em determinadas patologias e tem como objetivo reestabelecer as
funções do sistema neural, muscular e esquelético. A terapia manual é frequentemente
utilizada nas disfunções osteomiarticulares e tem por finalidade promover um aumento
do líquido sinovial, aliviar dores, aumentar a capacidade funcional de um complexo
articular. São técnicas de manipulações, liberação muscular e técnicas de mobilização
articular e fisiológica. Cada uma possui sua especificidade e é necessário conhecimento
das terapias manuais para um tratamento eficaz.31,32 As técnicas manuais mais utilizadas
são: mobilização neural, maitland, mulligan, liberação miofascial, e osteopatia. São
métodos terapêuticos eficazes que proporcionam grandes benefícios nas disfunções
cinética-funcionais 33.

A mobilização neural é utilizada com o objetivo de restaurar a elasticidade e o


movimento do sistema nervoso, proporcionando o retorno de suas funções e a redução
do quadro sintomático da patologia. A mobilização neural é realizada quando há uma
tensão sobre o sistema nervoso, isso é ocasionado durante a realização de movimentos
lentos e sequenciais conforme o trajeto do nervo a ser mobilizado 34.

É um tratamento terapêutico que promove ganho de amplitude de movimento e


diminuição da dor, reestabelecendo a função motora. É realizada passivamente, sendo
indicado para alterações neurodinâmicas, visando sempre a reestabelecer a função
fisiológica do sistema nervoso.35,36 A mobilização neural pode ser aplicada em
patologias nas quais apresentam disfunções mecânicas e fisiológicas do sistema
nervoso, sendo aplicada de forma direta ou indiretamente na estrutura acometida. A
mobilização articular restaura os movimentos acessórios (movimentos que ocorrem
dentro da articulação), diminuindo o atrito entre os ossos, aliviando a dor e
reestabelecendo a função motora 37.

Por sua vez, a técnica de Maitland é baseada em movimentos rítmicos e oscilatórios,


estimulando o aumento do liquido sinovial, classificada em cinco níveis, sendo a última,
uma técnica manipulativa. Essa classificação é diferenciada pela forma e variação de
aplicação da técnica e seus efeitos fisiológicos 38,39.
O conceito mulligan é uma abordagem terapêutica de resultados imediatos, sendo o
processo de realização indolor ao paciente. São usados métodos de força manual sobre
um segmento, aplicado na maioria das vezes em forma de deslizamento articular. O
mulligan baseia-se no conceito em que as alterações posturais e posicionamento ósseo
contribuem para as restrições articulares e aumento da dor, baseado nesse conceito o
mulligan possui técnicas de mobilizações oscilatórias aplicáveis à articulação com
boqueio de movimento, técnicas manipulativas e técnicas de tração, favorecendo o
ganho de amplitude de movimento, o alivio da dor e recuperação da função motora,
propiciando benefícios duradouros 40.

A osteopatia tem como um dos princípios analisar não somente o local da dor, mas toda
a estrutura corporal. O seu conceito afirma que tudo se interliga e, quando ocorre
alguma alteração mecânica em um determinado complexo, a capacidade que o corpo
tem de se manter em equilíbrio muda, ocasionando disfunções em complexos articulares
distantes. Essa técnica utiliza manipulações articulares que melhoram o alinhamento
corporal, procurando sempre a lesão primária da patologia.41 Na técnica de liberação
miofascial são usados métodos de massagem por deslizamento, fricção e amassamento,
liberando a fáscia que recobre os músculos, diminuindo as tensões musculares e as
restrições das fáscias, propiciando alívio na sintomatologia da disfunção
osteomioarticular.42,43 A utilização dessas técnicas na STC tem sido benéfica, a
mobilização do sistema nervoso e articular traz excelentes benefícios, aliviando dores,
ganhando amplitude de movimento e restaurando suas funções normais 44.

3 - Metodologia

O presente artigo trata-se de um estudo de caráter descritivo em uma revisão literária. A


coleta de dados foi realizada no período do mês de outubro a dezembro de dois mil e
dezesseis. Tendo como base de dados Scielo, Lilacs, Google acadêmico e revistas
científicas, no período de 01 de novembro a 19 de dezembro de dois mil e dezesseis
foram selecionados artigos, teses e monografias nacionais relacionados ao tema,
publicados de 2001 a 2016, além de pesquisas em livros e bibliotecas virtuais na língua
portuguesa. Foram encontradas 55 literaturas, nas quais foram selecionadas 33, tendo
como critérios de seleção: literaturas dos últimos 15 anos, literaturas que enfatizavam a
importância e benefícios fisiológicos e terapêuticos da terapia manual nas disfunções
ortopédicas e as principais técnicas utilizadas pelos profissionais. As principais
palavras-chave para a realização da pesquisa foram: Síndrome do Túnel do Carpo,
Terapia Manual e Técnicas Manipulativas.

4 - Resultados e Discussão

A STC é uma neuropatia resultante de uma compressão do nervo mediano, decorrente


do estreitamento do túnel carpal. Segundo estudos, a etiologia da síndrome está
relacionada a esforços repetitivos, fraturas na região do punho e disfunções musculares.
O tratamento da patologia no estado inicial é conservador, necessitando ser cirúrgico
nos casos mais graves.19,23 Como método de tratamento conservador a terapia manual
tem sido benéfica em diversas patologias. Em um estudo analítico sobre a aplicação da
terapia manual na STC notou-se a redução da sintomatologia na paciente estudada,
houve redução de 90% da dor desde a primeira até a décima sessão, houve melhora na
parestesia, ganho de força e amplitude de movimento 43.

A terapia manual tem como objetivo reestabelecer a função do sistema neural e


musculoesquelético. As técnicas de mobilizações, manipulações e deslizamentos
articulares tem proporcionado analgesia, liberação dos movimentos fisiológicos e
articulares, estimulação do sistema sensorial, aumento e ganho de força muscular em
diversas disfunções do sistema neural e musculoesquelético. Conforme a literatura, a
mobilização do nervo restaura sua elasticidade e mobilidade, diminuindo a parestesia e
formigamento 35,36.

A mobilização do sistema nervoso é um método eficaz na sintomatologia das disfunções


motoras, em um estudo realizado sobre a influência da mobilização neural no sistema
nervoso notou-se excelentes benefícios na funcionalidade e flexibilidade muscular e
redução de quadro álgico. A sintomatologia da STC traz como consequências déficits na
realização das atividades de vida diária, devido o comprometimento do nervo mediano,
que é um dos principais nervos responsáveis pelos impulsos nervosos ao complexo do
punho e mão. O tratamento terapêutico utilizando técnicas como mulligan, maitland,
liberação miofascial e mobilização neural tem proporcionado benefícios duradouros e
são técnicas que estimulam a produção de líquido sinovial, mobilidade articular e
relaxamento muscular 38,39,34,42.

Em um estudo de revisão literária realizada sobre a terapia manual e acupuntura na


STC, observou-se que a terapia manual trouxe aos indivíduos excelentes resultados,
pois as manipulações contribuem para o alívio da pressão no túnel do carpo, redução do
edema, flexibilidade articular, redução das aderências e do quadro inflamatório.19 O
ganho de força através das técnicas manipulativas ocorre devido à descompressão do
nervo mediano e melhora da nutrição tecidual, reestabelecendo a inervação motora. As
técnicas de terapia manual são benéficas em diversas patologias, contribuindo para um
tratamento eficaz 19,17.

Conclusão

A STC é uma patologia neuropática frequente ocasionada pela compressão excessiva do


nervo mediano no túnel do carpo, essa compressão ocorre por diversos fatores. Os
déficits cinético-funcionais causados pela síndrome dificulta a realização das atividades
de vida diária, em alguns casos o tratamento é cirúrgico, porém, quando a síndrome não
está em um estado avançado o tratamento pode ser conservador, nesse caso, a terapia
manual tem sido frequentemente utilizada tendo resultados satisfatórios.

As técnicas de mobilizações e manipulações articulares são benéficas na sintomatologia


dolorosa, sendo um método de tratamento terapêutico eficaz. Conforme o estudo
literário realizado, pode-se afirmar que a terapia manual tem diversos benefícios sobre a
STC, podendo ser um método de tratamento constante em diversas patologias
neuropáticas e musculoesqueléticas tendo resultados satisfatórios sobre os benefícios da
terapia manual na STC, cujas técnicas apresentam resultados que proporcionam alívio
na sintomatologia da síndrome.

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