BenefYcios Da Terapia Manual Na SYndrome Do TYnel Do Carpo RevisYo Da Literatura
BenefYcios Da Terapia Manual Na SYndrome Do TYnel Do Carpo RevisYo Da Literatura
BenefYcios Da Terapia Manual Na SYndrome Do TYnel Do Carpo RevisYo Da Literatura
Revisão da Literatura
Resumo
1 - Introdução
O túnel do carpo é um espaço fechado que está situado entre os ossos do carpo
radialmente, dentro deste espaço, passam os tendões dos músculos flexores dos dedos e
o nervo mediano, a compressão do nervo mediado causa déficit na condução nervosa,
causando parestesias, diminuição na força muscular, entre outros sintomas 4,5.
A STC é causada por qualquer compressão do nervo mediano, considerada uma das
doenças mais frequentes relacionadas ao esforço repetitivo. Clinicamente, causa déficits
funcionais, sensitivos e motores, tendo inicialmente um tratamento conservador, caso os
sintomas venham a se agravar, é necessário a intervenção de um tratamento cirúrgico 6,7.
O tratamento conservador é composto por tratamento medicamentoso e fisioterapia, na
qual são utilizadas técnicas de terapia convencional e terapia manual, com o objetivo de
prevenir a intervenção cirúrgica 8.
Este artigo de revisão literária tem como objetivo mostrar os benefícios fisiológicos e
cinético-funcionais da terapia manual na síndrome do túnel do carpo, justificando-se
pela importância de tais técnicas no tratamento fisioterapêutico na síndrome, visando
que os dados levantados poderão beneficiar os profissionais capacitados a realização das
técnicas, contribuindo para seus atendimentos ambulatoriais e clínicos.
2 - Fundamentação Teórica
O Punho é uma articulação condilar formada pela epífise do radio e da ulna que se
articula com os ossos escafoide, semilunar e piramidal do carpo, realiza os movimentos
de flexão, extensão, desvio radial, desvio ulnar e movimentos circulatórios. A flexão
acontece quando a palma da mão vai em direção ao antebraço anteriormente e a
extensão quando a mão vai posteriormente ao antebraço. O movimento de desvio radial
ou abdução do punho ocorre quando o punho é movido lateralmente, e o movimento do
desvio ulnar ou adução do punho ocorre quando o punho é movimentado medialmente;
no movimento circulatório ocorrem todos os movimentos citados acima 11,12.
Os principais músculos que agem nos movimentos do punho são: flexor radial do carpo
que realiza o movimento de flexão e desvio radial do punho, flexor ulnar do carpo que
realiza na sua contração o movimento de flexão e desvio ulnar do punho, extensor radial
longo e curto do carpo, eles têm como função estender e realizar o desvio radial do
punho e o extensor ulnar do carpo que estende o punho e realiza o desvio ulnar do
carpo. Os músculos que realizam a flexão originam-se na região distal do úmero
medialmente e inserem-se na região do carpo e metacarpo, já os extensores originam-se
na região distal do úmero lateralmente, inserindo-se também na região do carpo e
metacarpo. Os músculos flexor superficial dos dedos e flexor profundo dos dedos
podem auxiliar na flexão do punho durante a sua contração 13.
O túnel do carpo é uma estrutura osteoligamentar bem definida, por ele passam os
tendões dos músculos flexor profundo dos dedos, flexor superficial dos dedos e o
tendão do músculo flexor longo do polegar. Junto com essas estruturas anatômicas
passa pelo túnel do carpo o nervo mediano, que é a estrutura mais acometida na STC,
após o nervo passar pelo túnel, ele se ramifica, levando o impulso nervoso aos músculos
da mão 17.
O nervo mediano origina-se do plexo braquial, passa por toda a região anterior do braço
até chegar ao punho e passar pelo túnel do carpo. Quando se ramifica o nervo mediano é
responsável pela inervação motora dos músculos lumbricais e músculos tênares, exceto
a cabeça profunda do flexor curto do polegar e adutor do polegar, ele leva os estímulos
sensitivos ao dedo indicador, polegar, região radial da palma da mão e região lateral do
dedo anelar 18.
A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma patologia neuropática que ocorre com maior
frequência nos membros superiores, há múltiplos fatores que ocasionam essa
neuropatia, entre eles está o excesso de movimentos repetitivos, doenças sistêmicas e
metabólicas e fraturas no complexo do punho e mão 19.
A STC possui duas fases: aguda e crônica, essas fases distinguem-se de acordo com
suas manifestações fisiopatológicas. Na fase aguda ocorre a compressão temporária do
nervo mediano, a compressão do nervo leva a liberação de substâncias que causam
vasodilatação, consequentemente essa vasodilatação gera um processo inflamatório e
edema intraneural, ocasionando uma deformação na fibra nervosa, porém, é reversível.
Igualmente, ocorre uma isquemia local, entretanto a condução nervosa não apresenta
alterações graves por não haver deformidades permanentes nas estruturas nervosas. Na
fase crônica ocorre uma compressão mais prolongada e acentuada levando a uma
degeneração axonal, tendo presença de aderências, alterações nas estruturas e
mobilidade do nervo, déficit na condução sensorial e motora do nervo 24,25.
O nervo mediano é de suma importância para a realização dos movimentos das mãos,
quando ele é tracionado ou sofre uma compressão excessiva produz os seguintes
sintomas: parestesias e formigamento no trajeto do nervo, diminuição da força
muscular, alteração na sensibilidade nas regiões do dermátomo que é responsável, dor
frequente e constante ao realizar movimentos do punho e mão 26,27.
A dor é predominante no período noturno, porém durante a manhã ela é atuante nos
movimentos básicos, tais como: segurar um objeto, dirigir, realizar atividades laborais
que exigem movimentos repetitivos do punho e mão. Déficit sensitivo e diminuição da
função motora são os principais sintomas. Alguns indivíduos têm os sintomas
persistentes mesmo quando estão em repouso, outros apenas quando começam a realizar
suas atividades de vida diária. Formigamento e dormência nos membros superiores e
alterações na condução nervosa do nervo mediano são frequentes e aumenta a
probabilidade da perda da função motora. Esses sintomas podem variar conforme a
gravidade da doença 28,29,30.
2.4 Terapia Manual e seus Benefícios na Síndrome do Túnel do Carpo
A osteopatia tem como um dos princípios analisar não somente o local da dor, mas toda
a estrutura corporal. O seu conceito afirma que tudo se interliga e, quando ocorre
alguma alteração mecânica em um determinado complexo, a capacidade que o corpo
tem de se manter em equilíbrio muda, ocasionando disfunções em complexos articulares
distantes. Essa técnica utiliza manipulações articulares que melhoram o alinhamento
corporal, procurando sempre a lesão primária da patologia.41 Na técnica de liberação
miofascial são usados métodos de massagem por deslizamento, fricção e amassamento,
liberando a fáscia que recobre os músculos, diminuindo as tensões musculares e as
restrições das fáscias, propiciando alívio na sintomatologia da disfunção
osteomioarticular.42,43 A utilização dessas técnicas na STC tem sido benéfica, a
mobilização do sistema nervoso e articular traz excelentes benefícios, aliviando dores,
ganhando amplitude de movimento e restaurando suas funções normais 44.
3 - Metodologia
4 - Resultados e Discussão
Conclusão
Referências Bibliográficas