Curso de Comandos Elétricos
Curso de Comandos Elétricos
Curso de Comandos Elétricos
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1) Introdução
• Motor de Indução
• Motores síncronos
• Servomotores
• Motores de Passo
A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e verificação
do circuito.
B) Proteção contra correntes de curto-circuito: Destina-se a proteção dos condutores do
circuito terminal.
C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do
motor.
D) Dispositivos de manobra: destinam-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja,
sem que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a maior corrente.
Os citados contatos podem ser associados para atingir uma determinada finalidade, como
por exemplo, fazer com que uma carga seja acionada somente quando dois deles estiverem
ligados. As principais associações entre contatos são descritas a seguir.
Os contatos NF da mesma forma podem ser associados em série (figura 1.5a) e paralelo
(figura 1.5b), as respectivas tabelas verdade são 1.3 e 1.4.
Nota-se que a tabela 1.3 é exatamente inversa a tabela 1.2 e portanto a associação em
série de contatos NF é denominada "função não OU". Da mesma forma a associação em paralelo
é chamada de "função não E".
Existem algumas outras combinações entre contatos, mas que não estão incluídas no
escopo deste curso.
Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que vem a mente é o de uma
chave para ligá-lo. Só que no caso de comandos elétricos a "chave" que liga os motores é
diferente de uma chave usual, destas que se tem em casa para ligar a luz por exemplo. A
diferença principal está no fato de que ao movimentar a "chave residencial" ela vai para uma
posição e permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na "chave industrial" ou
botoeira há o retorno para a posição de repouso através de uma mola, como pode ser observado
na figura 2.1a. O entendimento deste conceito é fundamental para compreender o porque da
existência de um selo no circuito de comando.
Figura 2.1 - (a) Esquema de uma botoeira - (b) Exemplos de botoeiras comerciais
A botoeira faz parte da classe de componentes denominada "elementos de sinais". Estes
são dispositivos pilotos e nunca são aplicados no acionamento direto de motores.
2.2) Relés
2.3) Contatores
Para fins didáticos pode-se considerar os contatores como relés espandindos pois o
principio de funcionamento é similar. Conceituando de forma mais técnica, o contator é um
elemento eletro-mecânico de comando a distância, com uma única posição de repouso e sem
travamento.
Como pode ser observado na figura 2.3, o contator consiste basicamente de um núcleo
magnético excitado por uma bobina. Uma parte do núcleo magnético é móvel, e é atraído por
forças de ação magnética quando a bobina é percorrida por corrente e cria um fluxo magnético.
Quando não circula corrente pela bobina de excitação essa parte do núcleo é repelida por ação de
molas. Contatos elétricos são distribuídos solidariamente a esta parte móvel do núcleo,
constituindo um conjunto de contatos móveis. Solidário a carcaça do contator existe um conjunto
de contatos fixos. Cada jogo de contatos fixos e móveis podem ser do tipo Normalmente aberto
(NA), ou normalmente fechados (NF).
Os contatores podem ser classificados como principais (CW, CWM) ou auxiliares (CAW).
De forma simples pode-se afirmar que os contatores auxiliares tem corrente máxima de 10A e
possuem de 4a 8 contatos, podendo chegar a 12 contatos. Os contatores principais tem corrente
máxima de até 600A. De uma maneira geral possuem 3 contatos principais do tipo NA, para
manobra de cargas trifásicas a 3 fios.
Um fator importante a ser observando no uso dos contatores são as faíscas produzidas
pelo impacto, durante a comutação dos contatos. Isso promove o desgaste natural dos mesmos,
além de consistir em riscos a saúde humana. A intensidade das faíscas pode se agravar em
ambientes úmidos e também com a quantidade de corrente circulando no painel. Dessa forma
foram aplicadas diferentes formas de proteção, resultando em uma classificação destes
elementos. Basicamente existem 4 categorias de emprego de contatores principais:
A figura 2.4 mostra o aspecto de um contator comum. Este elemento será mais detalhado
em capítulos posteriores.
2.4) Fusíveis
2.5) Disjuntores
Antigamente a proteção contra corrente de sobrecarga era feita por um elemento separado
denominado de relé térmico. Este elemento é composto por uma junta bimetálica que se dilatava
na presença de uma corrente acima da nominal por um período de tempo longo. Atualmente os
disjuntores englobam esta função e sendo assim os relés de sobrecarga caíram em desuso.
Acionamento Contato
eletromagnético, ex: normalmente
bobina do contator aberto (NA)
Figura 3.1 - Circuitos de comando e potência para uma partida direta de motores
Componentes: 1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 1 relé térmico (F2), 1 contator
(K1), 1 botoeira NF (S0), 01 botoeira NA (S1), 1 Motor trifásico (M1).
Figura 4.1 - Circuitos de comando e potência para uma partida direta de motores com sinalização
Componentes: 1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 1 relé térmico (F2), 1 contator
(K1), 1 botoeira NF (S0), 1 botoeira NA (S1), 1 Motor trifásico (M1), 1 lâmpada verde (H1), 1
lâmpada amarela (H2), 1 lâmpada vermelha (H3).
Figura 5.1 - Circuitos de comando e potência para uma partida com reversão
Componentes: 1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 1 relé térmico (F2), 2 contatores
(K1 eK2), 1 botoeira NF (S0), 2 botoeiras NA (S1 e S2), 1 Motor trifásico (M1).
Exercício: Desenhar e montar o circuito da sinalização da seguinte maneira: lâmpada verde indica
motor girando no sentido horário, lâmpada amarela no sentido anti-horário e lâmpada vermelha
atuação do relé de sobrecarga.
A) Selo
C) Intertravamento
G) Ligamento condicionado
H) Esquema Multifiliar
J) Recomendações de tensão
Certas normas, como por exemplo a VDE, recomendam que os circuitos de comando
sejam alimentados com tensão máxima de 220 V, admitindo-se excepcionalmente 500 V no caso
de acionamento de motor. Neste último recomenda-se a existência de apenas 1 contator.
7.1) Descreva quais e quantos componentes são necessários a manobra de dois motores.
Um deve ter partida direta e o outro partida com reversão. Descreva qual a função de
cada elemento dentro do circuito.
7.5) Desenhe um circuito de comando para um motor de indução trifásico de forma que o
operador possa realizar o ligamento por dois pontos independentes. Para evitar
problemas com sobrecarga deve-se utilizar um relé térmico.
A) B)
Letra A Tente observar o que acontece quando se liga K1 primeiro que K2 e vice-versa.
Letra B K1 pode ser ligado antes de K2? Se sim qual chave desliga K1? Cosnegue-
se ligar K2 após K1? Qual chave deve ser utilizada para desligar K1 após o ligamento de
K2? O contator K2 pode ser desligado de forma independente?
7.7) Desenhe o circuito de comando para dois motores de forma que o primeiro pode
ser ligado de forma independente e o segundo pode ser ligado apenas se o
primeiro estiver ligado.
7.8) Desafio: Faça um comando para manobrar dois motores de modo que o primeiro
pode ser ligado de forma independente. O segundo pode ser ligado apenas
quando o primeiro for ligado, mas pode se manter ligado mesmo quando se
desliga o primeiro motor.
Assim como cada elemento em um comando tem o seu símbolo gráfico específico,
também a numeração dos contatos e denominação literal dos mesmos tem um padrão que
deve ser seguido. Neste capítulo serão apresentados alguns detalhes, para maiores
informações deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.
Com relação a simbologia literal, alguns exemplos são apresentados na tabela 8.1 a
seguir.
A) Contator de potência
B) Contator auxiliar
• Transformadores ou auto-transformadores;
• Chaves série-paralelo;
Uma última característica importante do motor de indução a ser citada é a sua placa
de identificação, que traz informações importantes, listadas a seguir:
• V: Tensão de alimentação
• F.S.: Fator de serviço, quando o fator de serviço é igual a 1,0, isto implica que
o motor pode disponibilizar 100% de sua potência mecânica.
Objetivo: Demonstrar uma das importantes estratégias para evitar altos picos de corrente
durante a partida de um motor de indução trifásico.
1 Disjuntor tripolar (Q1), 1 disjuntor bipolar (Q2), 3 contatores (K1, K2 e K3), 1 relé térmico
(F1), 1 botoeira (NF), 1 botoeira (NA), 1 relé temporizador (K6).
Objetivo: Conhecer uma das estratégias para segurança em prensas, evitando que o
operador inutilize uma das botoeiras, trabalhando somente com a outra.
11.2) Exercícios:
Objetivo: Conhecer uma outra estratégia no comando de prensas, para evitar também que
o operador inutilize uma das botoeiras de comando.
12.3) Cometários
K1 Contator de potência
K2 e K3 Contatores auxiliares
12.2) Exercícios:
13.1) Faça o comando para acionar uma eletro-válvula hidráulica de 4/2 vias que aciona um
cilindro de dupla ação de modo que o retorno seja automático.
13.2) Faça o comando para acionar uma resistência de aquecimento, de modo que após o
operador pressionar a botoeira, a resistência permaneça 10 min ligada, desligando após
este tempo.
13.3) Faça o comando para uma partida com reversão de modo que ao pressionar a
botoeira para reverter a velocidade de rotação haja um tempo de 15s para que o motor
efetue a reversão.
Conforme dito anteriormente uma sobrecorrente é aquela cujo valor excede o valor
nominal de operação do circuito. Ela pode ser causada por dois fatores:
i. Corrente nominal (In): valor de corrente eficaz que o disjuntor deve conduzir
indefinidamente, sem a elevação da temperatura acima dos limites
especificados.
ii. Tensão nominal (Un): o valor da tensão deve ser igual ou superior a do
circuito onde o disjuntor está instalado
iii. Capacidade de interrupção (Icn): valor máximo da corrente que o disjuntor
pode interromper. Este valor deve ser igual a corrente presumida de curto
circuito no ponto de instalação do disjuntor.
iv. Curvas de disparo: Indicam o tempo que o disjuntor leva para interromper a
corrente quando esta ultrapassa o valor da nominal. Um exemplo é mostrado
na figura 14.3, note que quanto maior a corrente menor o tempo para a
interrupção.
Filho, Guilherme Filippo; "Motor de Indução"; Editora Érica; São Paulo; 2000.
Arnold, Robert, Stehr, Wilhelm; "Máquinas Elétricas - Volume 1"; Editora E.P.U; São Paulo;
1976