Estudo de Viabilidade para A Implementação de Um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Estudo de Viabilidade para A Implementação de Um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Estudo de Viabilidade para A Implementação de Um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Engenharia
iii
iv
Resumo
Impulsionada pelo crescimento do setor aeronáutico, a manutenção de aeronaves
tornou-se uma atividade de negócio bastante competitiva, não só devido ao elevado número de
soluções de mercado existentes mas também porque as empresas MRO têm de regenerar
constantemente os serviços que oferecem de modo a satisfazer as necessidades do cliente.
Estas empresas devem assegurar que a manutenção das aeronaves é realizada em
instalações adequadas, tais como uma placa, um hangar ou uma backshop, para todo o tipo de
atividades previstas, sejam elas, manutenção de linha, de base ou de componentes.
Esta dissertação apresenta um estudo de viabilidade para a implementação de um
hangar de manutenção aeronáutica. Inicialmente foram apontados os âmbitos de negócio atuais
da empresa e realizada uma pesquisa com o objetivo de selecionar as melhores soluções de
mercado para cada área estudada.
De seguida, foram definidos conceptualmente as várias áreas funcionais e backshops
fazendo cumprir os requisitos apresentados pela empresa e a legislação vigente. Uma hipótese
de solução é apresentada com recurso a ilustrações 3D, onde estão já discriminadas as
diferentes zonas de manutenção dos mais variados componentes, fornecendo assim uma visão
espacial das diferentes áreas de trabalho. Desta forma conseguiu-se estabelecer um conjunto
de soluções que cumprem os objetivos desta dissertação.
Palavras-chave
v
vi
Abstract
Driven by the growing aviation industry, aircraft maintenance has become a very
competitive business sector, not only due to the high number of existing solutions but also
because MRO companies have to constantly regenerate their services in order to please
customer needs.
These companies should ensure that the aircraft maintenance is performed in
appropriate facilities, such as an airport apron, a hangar or a backshop, for all kinds of planned
activities, either, line, base or component maintenance.
This dissertation presents a feasibility study for the implementation of an aircraft
maintenance hangar. Initially it were presented the current business areas of the company and
conducted a survey with the purpose of selecting the best market solutions for each case study.
Subsequently, the working/office areas and backshops were defined taking into account
company requirements and the current legislation. One solution hypothesis is presented for
each backshop with 3D illustrations features, where each maintenance area is already defined,
providing a spatial view of each and every different working stations. This allowed to establish
a set of solutions meeting the objectives of this dissertation.
Keywords
vii
viii
Índice
1. Introdução ............................................................................................... 1
7. Planificação ............................................................................................ 31
ix
8.1.1 Requisitos ................................................................................... 35
8.1.2 Legislação ................................................................................... 35
8.1.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 36
8.2 Baterias ........................................................................................... 38
8.2.1 Requisitos ................................................................................... 39
8.2.2 Legislação ................................................................................... 39
8.2.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 40
8.3 Sistemas Elétricos .............................................................................. 40
8.3.1 Requisitos ................................................................................... 41
8.3.2 Legislação ................................................................................... 41
8.3.3 Hipótese de solução ....................................................................... 42
8.4 Ensaios Não Destrutivos ....................................................................... 42
8.4.1 Requisitos ................................................................................... 43
8.4.2 Legislação ................................................................................... 44
8.4.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 46
8.5 Estruturas ........................................................................................ 46
8.5.1 Requisitos ................................................................................... 47
8.5.2 Legislação ................................................................................... 47
8.5.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 48
8.6 Maquinação ...................................................................................... 48
8.6.1 Requisitos ................................................................................... 49
8.6.2 Legislação ................................................................................... 49
8.6.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 49
8.7 Motores ........................................................................................... 50
8.7.1 Requisitos ................................................................................... 50
8.7.2 Legislação ................................................................................... 50
8.7.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 51
8.8 Óleos .............................................................................................. 52
8.8.1 Requisitos ................................................................................... 52
8.8.2 Legislação ................................................................................... 53
8.8.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 54
8.9 Pintura ............................................................................................ 54
8.9.1 Requisitos ................................................................................... 54
8.9.2 Legislação ................................................................................... 55
8.9.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 55
8.10 Resíduos .......................................................................................... 56
8.10.1 Requisitos ................................................................................... 56
8.10.2 Legislação ................................................................................... 56
8.10.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 57
8.11 Serralharia ....................................................................................... 58
8.11.1 Requisitos ................................................................................... 58
8.11.2 Legislação ................................................................................... 58
8.11.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 59
8.12 Sofinare ........................................................................................... 59
8.12.1 Requisitos ................................................................................... 60
8.12.2 Legislação ................................................................................... 60
8.12.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 61
8.13 Tratamentos Químicos ........................................................................ 62
8.13.1 Requisitos ................................................................................... 63
8.13.2 Legislação ................................................................................... 63
8.13.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 63
8.14 Jantes, Travões e Pneus ...................................................................... 64
8.14.1 Requisitos ................................................................................... 64
x
8.14.2 Legislação ................................................................................... 64
8.14.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 65
8.15 Limpeza dos Componentes ................................................................... 65
8.15.1 Legislação ................................................................................... 65
8.15.2 Requisitos ................................................................................... 66
8.15.3 Hipótese de Solução ...................................................................... 66
9. Pavimento .............................................................................................. 67
Bibliografia ................................................................................................... 79
Anexos ......................................................................................................... 81
A. Especificações ......................................................................................... 83
xi
xii
Índice de Figuras
Figura 2.1 Organização do Grupo 7AIr .....................................................................7
Figura 3.1 Hangar 6 e 7 ..................................................................................... 13
Figura 4.1 Hangar convencional (caixa) ................................................................. 16
Figura 4.2 Hangar em T ..................................................................................... 16
Figura 4.3 Diferentes tipos de estruturas para hangares ............................................. 18
Figura 4.4 Hangar com estrutura simples em aço ...................................................... 19
Figura 4.5 Hangar com estrutura em treliça ............................................................ 19
Figura 4.6 Exemplo de portão deslizante unidirecional ............................................... 20
Figura 4.7 Exemplo de portão deslizante bipartido ................................................... 20
Figura 4.8 Portões hidráulicos ............................................................................. 21
Figura 4.9 Portões bipartidos .............................................................................. 21
Figura 4.10 Portões verticais dobráveis em lona ....................................................... 22
Figura 4.11 Estrutura de um pavimento rígido ......................................................... 24
Figura 4.12 Estrutura de um pavimento flexível ....................................................... 25
Figura 4.13 Desenho de construção de um laboratório de Ensaios Não Destrutivos ............. 26
Figura 7.1 Localização do Hangar e da Placa ........................................................... 31
Figura 7.2 Planificação Piso 0 ............................................................................. 32
Figura 7.3 Planificação Piso 1 ............................................................................. 33
Figura 8.1 Kardex Remstar Carrossel Horizontal ....................................................... 36
Figura 8.2 Ilustração 3D da Área de Gestão do Armazém ............................................ 38
Figura 8.3 Cave ............................................................................................... 38
Figura 8.4 Ilustração 3D da Secção das Baterias ....................................................... 40
Figura 8.5 Ilustração 3D da Secção Elétrica ............................................................. 42
Figura 8.6 Ilustração 3D da Secção Ensaios Não Destrutivos ......................................... 46
Figura 8.7 Ilustração 3D da Secção das Estruturas ..................................................... 48
Figura 8.8 Ilustração 3D da Secção da Maquinação .................................................... 49
Figura 8.9 Ilustração 3D da Secção dos Motores ........................................................ 51
Figura 8.10 Ilustração 3D Secção Armazenamento de Óleos e Lubrificantes ...................... 54
Figura 8.11 Secção de Pintura ............................................................................. 55
Figura 8.12 Ilustração 3D da Secção dos Resíduos ..................................................... 57
Figura 8.13 Ilustração 3D da Serralharia ................................................................. 59
Figura 8.14 Ilustração 3D da Sofinare .................................................................... 61
Figura 8.15 Ilustração 3D da Secção dos Tratamentos Químicos .................................... 63
Figura 8.16 Ilustração 3D Secção Jantes, Travões e Pneus ........................................... 65
Figura 8.17 Ilustração 3D da Secção de Limpeza de Componentes ................................. 66
Figura 9.1 ACO Monoblock.................................................................................. 67
Figura 9.2 Hangar da Força Aérea Portuguesa na OTA ................................................ 69
xiii
Figura 10.1 Megadoor VL 3190 em Hangar da Bombardier ........................................... 71
Figura 10.2 Megadoor VL3190 ............................................................................. 72
Figura 11.1 Semi-pórtico Demag EHPE ................................................................... 73
Figura 11.2 Semi-Pórtico Demag .......................................................................... 74
Figura A.1 Planta Armazém-Área de Gestão ............................................................ 84
Figura A.2 Planta Armazém – Cave ....................................................................... 84
Figura A.3 Planta Secção das Baterias ................................................................... 85
Figura A.4 Planta Secção Elétrica ......................................................................... 86
Figura A.5 Planta Ensaios Não Destrutivos .............................................................. 87
Figura A.6 Planta Estruturas ............................................................................... 89
Figura A.7 Planta Limpeza de Componentes ............................................................ 90
Figura A.8 Planta Maquinação ............................................................................. 92
Figura A.9 Planta Secção dos Motores ................................................................... 94
Figura A.10 Planta dos Óleos e lubrificantes ........................................................... 95
Figura A.11 Planta Pintura ................................................................................. 96
Figura A.12 Planta Secção dos Resíduos ................................................................. 97
Figura A.13 Planta da Serralharia ......................................................................... 99
Figura A.14 Planta Sofinare ............................................................................... 101
Figura A.15 Secção dos Tratamentos Químicos ........................................................ 103
Figura A.16 Secção Travões, Jantes e Pneus ........................................................... 104
Figura B.1 Especificações Kardex Remstar Carrossel Horizontal ................................... 107
Figura B.2 Planificação Kardex Remstar Carrossel Horizontal ...................................... 108
Figura B.3 Planificação Kardex Remstar Carrossel Horizontal ...................................... 109
Figura B.4 OmniScan SX ................................................................................... 110
Figura B.5 Aerocheck+ ..................................................................................... 111
Figura B.6 Especificações Aerocheck+ .................................................................. 111
Figura B.7 Orçamento do equipamento AeroCheck e Aerocheck+ ................................. 112
Figura B.8 Especificações AD-2045 ...................................................................... 113
Figura B.9 Ficha Técnica PU PRO UV .................................................................... 115
Figura B.10 Ficha Técnica EP COLOR .................................................................... 116
Figura C.1 Projeto de Arquitetura (Vista da Entrada) ................................................ 119
Figura C.2 Projeto de Arquitetura (Vista do Portão) ................................................. 119
Figura C.3 Projeto de Arquitetura (Vista do Interior) ................................................ 120
xiv
Índice de tabelas
Tabela 2.1 Anexo ao certificado ATO número PT.ATO.009.03.........................................8
Tabela 2.2 Âmbito de Aprovação ...........................................................................9
Tabela 2.3 Lista de Aeronaves cuja aeronavegabilidade é gerida pela Aero Vip ................. 10
Tabela 2.4 Plano de Certificação da Cenfortec ........................................................ 12
Tabela 11.1 Ficha técnica Demag EHPE ................................................................. 73
Tabela A.1 Armazém ........................................................................................ 83
Tabela A.2 Baterias .......................................................................................... 85
Tabela A.3 Secção Elétrica ................................................................................. 86
Tabela A.4 Ensaios Não Destrutivos ...................................................................... 87
Tabela A.5 Estruturas ....................................................................................... 88
Tabela A.6 Limpeza de Componentes .................................................................... 90
Tabela A.7 Maquinação ..................................................................................... 91
Tabela A.8 Motores .......................................................................................... 93
Tabela A.9 Óleos ............................................................................................. 95
Tabela A.10 Pintura ......................................................................................... 96
Tabela A.11 Resíduos ........................................................................................ 97
Tabela A.12 Serralharia ..................................................................................... 98
Tabela A.13 Sofinare ....................................................................................... 100
Tabela A.14 Tratamentos Químicos ..................................................................... 102
Tabela A.15 Travões, Jantes e Pneus ................................................................... 103
Tabela A.16 Formação de Técnicos ...................................................................... 105
Tabela A.17 Material Não Aeronáutico .................................................................. 105
Tabela A.18 Gabinetes Jurídicos ......................................................................... 106
Tabela B.1 Water-washable Fluorescent Penetrants – ZYGLO ...................................... 114
Tabela B.2 Post-emulsifiable Fluorescent Penetrants - ZYGLO ..................................... 114
Tabela B.3 Water-washable Fluorescent Penetrants – AUTOGLO .................................. 114
Tabela B.4 Removers and Emulsifiers ................................................................... 114
Tabela B.5 Developers ..................................................................................... 114
Tabela B.6 Especificações Megadoor VL3190 .......................................................... 117
xv
xvi
Siglas e Acrónimos
ACN Aircraft Classification Number
EU European Union
xvii
xviii
Definições
Aeronave – Qualquer máquina cuja sustentação na atmosfera se deve às reações do ar, que não
as reações do ar contra a superfície terrestre; (Comissão Europeia, 2014, p. 2)
Entidade - Pessoa singular, pessoa coletiva ou parte de uma pessoa coletiva. Essa entidade
pode estar estabelecida em mais de um local dentro ou fora do território dos Estados-Membros;
(Comissão Europeia, 2014, p. 3)
Meios de conformidade aceitáveis (AMC) – Normas não vinculativas adotadas pela Agência para
ilustrar os meios que estabelecem a conformidade com o Regulamento (CE) nº 216/2008 e
respetivas regra de execução. (Comissão Europeia, 2014, p. 7)
xix
xx
1. Introdução
1. Introdução
Neste capítulo é feito um enquadramento da presente dissertação na conjetura atual
da indústria, uma descrição dos processos de fabricação e manutenção aeronáutica e por fim
são estabelecidos os objetivos e limites da dissertação.
1.1 Enquadramento
A indústria aeronáutica tem apresentado ao longo dos últimos anos resultados que
evidenciam um franco crescimento do setor. Com base no relatório anual de 2016 da IATA,
Organização Internacional de Transportes Aéreos, um dos focos desse crescimento situa-se na
Ásia. Em 2015, das 10 localizações com maior crescimento doméstico de transporte de
passageiros 7 encontram-se nesta região. A China ocupa o primeiro lugar com um crescimento
anual de 10,6%, o que representa um total de aproximadamente 36 milhões de passageiros
transportados a mais do que em 2014.
O mercado doméstico número um de passageiros, os Estados Unidos da América, teve
um modesto crescimento de 1,7%, o que representa um total de 8 milhões de passageiros
transportados a mais do que em 2014. Em termos económicos estes resultados refletem-se em
$35,3 mil milhões de dólares de lucro para as companhias aéreas, 2015 foi o ano em que os seus
lucros atingiram um máximo histórico, mais do dobro dos $16,4 mil milhões de 2014.
(International Air Transport Association, 2016, p. 13)
De acordo com o último anuário publicado pela ANAC, Autoridade Nacional da Aviação
Civil, referente ao ano de 2014, o setor da aviação civil em Portugal acompanhou a evolução
da economia nacional, tendo crescido apenas 2%. Existiam até à data da publicação 1 218
aeronaves registadas em Portugal, do total deste número, 178 estavam registadas como
aeronaves de ensino, 93 registadas como aeronaves de trabalho aéreo e 605 registadas como
aeronaves de transporte particular, as restantes aeronaves estavam registadas como aeronaves
de estado, aeronaves de transporte aéreo não regular e transporte aéreo regular. (Autoridade
Nacional da Aviação Civil, 2014, p. 58)
De acordo com o GAMA, General Aviation Manufacturers Association, o número de
aeronaves registadas em Portugal no ano de 2015 ascendeu às 2 314 aeronaves, o que
representa um crescimento muito superior ao do ano de 2014. (General Aviation Manufacturers
Association, 2015, p. 40)
1.2 Fabricação
1
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1.3 Manutenção
2
1. Introdução
3
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1.4 Hangar
4
1. Introdução
5
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
6
2. Descrição da Empresa
2. Descrição da Empresa
2.1 Estrutura global
O Grupo 7Air tem o seu início em 1998 com a criação da Leávia, escola de formação
pilotos profissionais, e com a compra da Aerotécnica, empresa de manutenção de aeronaves
ligeiras. No espaço de um ano, a Leávia foi certificada como a primeira escola em Portugal a
formar pilotos de linha aérea, de acordo com a legislação europeia Part-FCL1. O crescimento
destas empresas ao longo dos anos possibilitou a criação e aquisição de outras empresas do
ramo aeronáutico, a saber, a:
2.2 Leávia
8
2. Descrição da Empresa
2.3 Aerotécnica
A2 Aviões de 5700 Kg, ou inferior Beech A24 Series (Lycoming) Sim Sim
Beech 76 (Lycoming) Sim Sim
Cessna 150/F150 Series (Continental) Sim Sim
Cessna/Reims Cessna 152/F152 Series Sim Sim
(Lycoming)
Cessna/Reims Cessna 172/F172 (Continental) Sim Sim
Cessna/Reims Cessna 182/F182 Series Sim Sim
(Lycoming/Continental)
Cessna 210 Series (Continental) Sim Sim
Cessna 310 Series (Continental) Sim Sim
Beech A23 Series (Lycoming) Sim Sim
SOCATA Rallye Series (Lycoming/Continental) Sim Sim
SOCATA TB Series (Lycoming) Sim Sim
Cessna 402, 414 e 421 (Continental) Sim Sim
Cessna 180 e 185 Series (Continental) Sim Sim
Diamond DA42 (Thielert) Sim Sim
Mooney M20 Series (Lycoming) Sim Sim
Piper PA-23 Aztec (Lycoming) Sim Sim
Piper PA-28 Series (Lycoming/Continental) Sim Sim
Piper PA-31, 32, 34 e 36 Series (Lycoming) Sim Sim
Cessna Model 100 (1953-1962) e 100 Sim Sim
Series (1963-1968)
Pitts S-2 Series (Lycoming) Sim Sim
Commander 112 e 114 (Lycoming) Sim Sim
Tecnam P2006T (Rotax) Sim Sim
PAC 750XL (PWC PT6) Sim Sim
Cessna 206 (Continental) Sim Sim
Britten-Norman BN2A Series (Lycoming) Sim Sim
9
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Motores B2 Pistão Continental 75, 85,90, 125, L45, 200, 300, 360, 47Q e 520 Series
Lycoming 235, 290, 32Q, 340, 360, 540, 541 e 720 Series
Outros C5 Geração Elétrica e Luzes Magnetos Continental S20/S-200, S-1200, D-2000/D-3000 Series.
Magnetos Unison-Slick 4300/6300.
componentes
Alternadores TCM 646843 e 649304. Kelly Aerospace Series.
que não Starter-Generators Lucas Aerospace/Goodrich 23048 e 23069.
motores Starters TCM 655564, 655565, 646238, 646238-1 e 646275.
C14 Trem de aterragem Blocos de travões Meggitt Aircraft Braking System 5006249-2
Jantes de nariz e principais Meggitt Aircraft Braking System
5008309, 5006528. 5006528-1.
Tabela 2.3 Lista de Aeronaves cuja aeronavegabilidade é gerida pela Aero Vip
Fabricante Modelo Matricula
Cessna Aircraft Corporation FR172J D-EGJD
FR172H CS-AHX
F150L CS-APA
F150L CS-AYJ
150A CS-ADF
152 CS-DDP
152 CS-DAT
152 CS-AVC
172 RG II CS-AZD
182 M CS-AKX
210L CS-AOD
210L CS-EBAM
Rockwell Commander 114
Diamond Aircraft Industries Diamond DA42 CS-DIZ
10
2. Descrição da Empresa
A Aero VIP possui ainda um certificado de operador aéreo (COA) utilizando para o
transporte de passageiros as seguintes aeronaves: CS-AYT, CS-DVU, CS-AHX, CS-AOD, CS-DCF,
CS-DVQ, que operam na área de controlo de LPPC FIR (Lisboa). Possui também um certificado
de operador de trabalho aéreo (COTA) podendo realizar os seguintes trabalhos: fotografia e
filmagem oblíqua (CS-AHX), reboque de manga (CS-AHX, CS-AKX, D-EGJD, CS-AZD), voos de
observação e coordenação aérea (CS-AHX, D-EGJD) e lançamento de paraquedistas (CS-AKX).
2.5 Sofinare
11
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
2.6 Cenfortec
12
3. Instalações Atuais
3.Instalações Atuais
13
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
14
4. Estado da Arte
4. Estado da Arte
Neste capítulo é apresentado o estado da arte, de forma resumida é apresentada uma
pesquisa sobre os temas a ser abordados no desenvolvimento da dissertação, isto é, as melhores
soluções para cada área que irão ser implementadas.
2 De acordo com o Decreto-Lei nº 55/2010 de 31 de maio, capítulo 3, artigos 14, 15, 16 e 17.
15
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
O acesso ao hangar é feito através de uma taxyway ou uma taxilane, regra geral e de
forma a garantir um fácil acesso, a placa deverá ser posicionada na parte frontal do hangar,
esta é uma das primeiras considerações a ter em conta, já que assim uma aeronave pode estar
já posicionada para rumar à pista sem obstruir a taxyways.
O hangar tipo T, como podemos ver na Figura 4.2, é de forma retangular dividido em
várias secções (5 a 10), como o nome indica em forma de T, para o armazenamento de múltiplas
aeronaves. Regra geral, existem portões dos dois lados da estrutura de forma a garantir acesso
individual de cada dono/locatário à respetiva secção e por sua vez à aeronave. Na fase de
projeto deste tipo de hangar um dos fatores a ter em conta é o acesso, sendo assim,
normalmente são colocadas taxylanes dos dois lados da estrutura de forma a maximizar o acesso
à pista. Este tipo de hangar pode variar em tamanho consoante o número de aeronaves que se
quer armazenar e a quantidade de secções individuais que se pretende.
O primeiro passo para determinar qual o tipo correto de hangar a utilizar é saber qual
o tipo de atividade que este irá realizar, isto é, se no hangar em questão se vai realizar
manutenção de aeronaves, pintura, entre outros. (Transportation Research Board of National
Academies, 2014, pp. 15-16)
16
4. Estado da Arte
Este tipo de hangar pode ser construído praticamente com qualquer dimensão,
normalmente a dimensão é determinada com base na maior aeronave a armazenar. Se o hangar
for construído para apenas uma aeronave, o tamanho é determinado usando a envergadura e o
comprimento da aeronave em questão. Uma maneira básica para determinar qual a área correta
para o hangar é adicionar tanto à envergadura como ao comprimento da aeronave cerca de 3
metros de cada lado, este espaço adicional fornece ao hangar, por exemplo, espaço para
infraestruturas relacionadas com a abertura de portas, etc.
17
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
adicional podem também ser incluída uma área de entrada, salas de reuniões, casas de banho,
etc. O tamanho do hangar irá depender do tipo e número de aeronaves a estacionar.
A seleção do tipo de estrutura que melhor se adequa a um hangar é feita com base nos
requisitos de atividade exigidos pelo proprietário ou futuro ocupante e pela comparação entre
os diferentes tipos existentes que cumprem mais requisitos.
Devido à facilidade de construção, por norma, a estrutura que suporta um hangar de
manutenção aérea é feita em aço. A estrutura do telhado deverá ser livre de colunas de forma
a permitir o máximo de manobrabilidade das aeronaves dentro do hangar, bem como
flexibilidade para futuras mudanças na estrutura base do mesmo.
A construção de estruturas metálicas, visíveis na Figura 4.3, terá de obedecer à Norma
Europeia EN 1993-1-3:2005 que diz respeito às regras gerais a adotar no projeto de edifícios e
de outras obras de engenharia civil de aço. Nesta norma são também tratadas as regras
complementares a adotar no projeto de certos tipos de estruturas bem como a resistência ao
fogo das estruturas de aço.
Conforme podemos ver na Figura 4.3, os hangares podem ter diferentes tipos de
estruturas metálicas: estruturas metálicas simples, estruturas metálicas em treliça, estrutura
metálica em arco, estruturas metálicas simples com acrescento em forma de “luva”, estruturas
metálicas em cantilever. (REIDsteel, s.d.)
18
4. Estado da Arte
Conforme podemos ver na Figura 4.4, este tipo de hangar é utilizado basicamente para
o parqueamento ou manutenção de pequenas aeronaves. Maioritariamente construído com aço
simples e aço galvanizado, tem um comprimento máximo de aproximadamente 36 metros sem
que se torne necessário a colocação de colunas. Este tipo de estrutura é mais simples do ponto
de vista de projeto, já que é facilmente expandido pela repetição dos elementos selecionados.
Apresenta como grande vantagem a simplicidade de construção e como principal desvantagem
a reduzida flexibilidade das operações. (REIDsteel, s.d.)
Conforme podemos ver na Figura 4.5, este tipo de hangar pode ter várias utilizações já
que a sua construção em treliça permite que o comprimento varie entre os 30 e os 100 metros.
A estrutura em treliça é um sistema eficiente, para comprimentos intermédios, tendo um
sistema de construção relativamente simples. As cargas impostas pela estrutura podem ser
suportadas de duas formas, ou ao longo das paredes do hangar ou nos cantos. A rigidez da
estrutura diminui exponencialmente à medida o comprimento da treliça aumenta, contudo este
efeito pode ser ligeiramente contrariado com o aumento limitado da espessura da treliça.
(REIDsteel, s.d.)
19
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
4.3 Portões
4.3.1 Portões deslizantes
Os portões deslizantes são recomendados quando não se quer utilizar espaço dentro do
hangar para o seu armazenamento e existe espaço para o seu armazenamento nas laterais do
hangar. Este tipo de portão pode ser bipartido, unidirecional ou flutuante, com cada parte a
deslizar em direções opostas ou na mesma direção, respetivamente. O portão flutuante permite
o movimento de cada célula do portão de forma independente. Como se tratam de portões
deslizantes o peso está a ser suportado no carril de baixo o que torna o portão do ponto de
vista de engenharia mais fácil de ser projetado. (Door Egnineering)
Características chave:
Construção em aço;
Deslizante;
Fácil manuseamento;
Múltiplos dispositivos de segurança;
Grande variedade de altura;
Comprimento praticamente ilimitado;
Proteção completa contra fatores atmosféricos;
Elevada luminosidade;
Pequenas portas de acesso.
20
4. Estado da Arte
Os portões bipartidos são em muito semelhantes aos portões hidráulicos, tendo como
grande diferença o método de abertura, o que influencia de forma direta os esforços efetuados.
O método patenteado pela empresa Schweiss utiliza cintas de nylon que aguentam até
aproximadamente 13 000 Kg utilizadas para fazer a abertura do portão conforme a Figura 4.9.
(Schweiss, s.d.)
Características chave:
Múltiplos pontos de levantamento;
Projetada com duas dobradiças para partilha de carga da moldura da
porta;
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Os portões verticais dobráveis em lona são recomendados quando não existe espaço nas
laterais do hangar para armazenar, por exemplo, portas deslizantes ou quando se quer ter um
espaço de acesso com praticamente o mesmo comprimento do hangar. Este tipo de portão, ao
contrário dos deslizantes, elimina a necessidade de grandes fundações. A lona tem apenas
movimento vertical que é orientado por carrinhos de alumínio com juntas isolantes que retraem
após a abertura total do portão. O sistema de operação do portão inicia-se com a primeira
secção de lona a ser puxada para cima, empilhando assim, em camadas, as secções intermédias
até a abertura total ou parcial do portão. Todos os portões estão equipados com supressores
de carga ao longo dos carrinhos de alumínio, estes suportam as cargas de vento que são
transmitidas através da lona e consequentemente dissipam-nas para a estrutura do hangar.
(Gandhi Automations, s.d.)
Características chave:
Inexistência de qualquer carril de deslizamento no chão;
Não existe limitações de espaço relativamente à abertura;
Não existe limitação quanto às dimensões das entradas de luz;
Poucas partes móveis;
Requer pouca manutenção;
Elevada resistência a cargas de vento;
Elevada resistência à corrosão;
22
4. Estado da Arte
4.4 Pavimento
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Os pavimentos flexíveis, utilizados nas pistas de voo, são compostos por uma camada
de desgaste, uma camada de regularização, uma camada de base, uma camada de sub-base e
um leito de pavimento. (Federal Aviation Administration, 2009, p. 71) Estes podem ter uma
composição muito variável dependendo das características dos materiais disponíveis, das
condições climáticas, da resistência do solo de fundação, da intensidade e tipo de tráfego a
que estão sujeitos. A sua composição deve permitir que as cargas que lhes são induzidas sejam
dissipadas através da sua distribuição gradual para um sistema de camadas sobrepostas. Além
da boa dissipação das cargas os pavimentos tem também de ter boas condições de aderência
de forma a prevenir por exemplo hidroplanagem e resistência aos ataques químicos de agente
poluentes muitas vezes libertados pelas aeronaves. (Autoridade Nacional da Aviação Civil, 2012,
p. 12)
Como podemos ver na Figura 4.12, a camada de desgaste e de regularização é
construída a partir de uma mistura de agregados selecionados ligados entre si por um ligante
betuminoso. A superfície da camada de desgaste previne a penetração da água superficial na
camada de base. Por se tratar da camada que está mais sujeita às condições atmosféricas, é
também a que mais se degrada.
A camada de base é a principal componente estrutural do pavimento flexível e distribui
as cargas a que está sujeita através da camada de sub-base e desta para a fundação.
24
4. Estado da Arte
4.5 Backshops
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
26
5. Legislação
5. Legislação
Tendo em conta o tratado que institui a Comunidade Europeia 3, a Agência Europeia
para a Segurança da Aviação, a seguir denominada “Agência”, é responsável pela criação de
regulamentos relativos a regras comuns, no domínio da aviação civil, que visem garantir
requisitos mínimos de segurança bem como de proteção ambiental. Em Portugal, segundo o
artigo nº1 do Diário da República de 16 de março de 2015, a Autoridade Nacional de Aviação
Civil, a seguir denominada “ANAC” é:
“A autoridade nacional em matéria de aviação civil, pessoa coletiva de direito público, com
a natureza de entidade administrativa independente, dotada de autonomia administrativa,
financeira e de gestão, bem como de património próprio. A ANAC exerce funções de regulação,
fiscalização e supervisão do setor da aviação civil e rege-se de acordo com o disposto no direito
internacional e europeu, na lei-quadro das entidades reguladoras, nos presentes estatutos e na
demais legislação setorial aplicável.”
Sendo assim, é da competência da ANAC licenciar, certificar, autorizar e homologar as
atividades e os procedimentos, as entidades, o pessoal, as aeronaves, as infraestruturas,
equipamentos, sistemas e demais meios afetos à aviação civil, bem como definir os requisitos
e pressupostos técnicos subjacentes à emissão dos respetivos atos.
A ANAC faz aplicar: o Regulamento (CE) Nº 216/2008 relativo a regras comuns no domínio
da aviação civil e o Regulamento (CE) Nº 1321/2014 relativo à aeronavegabilidade permanente
das aeronaves e dos produtos, peças e equipamentos aeronáuticos, bem como à certificação
das entidades e do pessoal envolvido nestas tarefas. O Regulamento (CE) Nº 1321/2014 está
dividido em 4 partes:
Parte M (Anexo 1): A parte M diz respeito às medidas a serem adotadas para
assegurar a continuidade da aeronavegabilidade, incluindo no que se refere à
manutenção, e especifica as condições a serem cumpridas pelas pessoas ou
entidades envolvidas na gestão da aeronavegabilidade permanente;
Parte 145 (Anexo 2): A parte 145 estabelece os requisitos que uma entidade
deverá satisfazer para poder emitir ou revalidar homologações para a
manutenção de aeronaves e de componentes de aeronaves;
Parte 66 (Anexo 3): A parte 66 estabelece os requisitos para a emissão de uma
licença de manutenção aeronáutica, bem como as condições relativas à sua
validade e utilização, para aviões e helicópteros;
Parte 147 (Anexo 4): A parte 147 estabelece os requisitos a satisfazer pelas
entidades que pretendem obter aprovação peara a realização de ações de
formação e exames nos termos da parte 66.
3 Nº 2 do artigo 80º
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
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6. Exigências ao nível das instalações
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
b) É aceitável que existam vários escritórios para facilitar a realização das tarefas
atribuídas. Também nestas áreas os técnicos de manutenção aérea devem ter um espaço
reservado no qual seja possível o estudo dos manuais e o correto preenchimento dos registos
de manutenção. (European Aviation Safety Agency, 2015, pp. 9-10)
30
7. Planificação
7. Planificação
Neste capítulo é feito o planeamento do layout do hangar, este obedece a regras
específicas e aos requisitos da empresa. O seu desenvolvimento envolve o planeamento
individual de cada secção bem como a sua disposição no hangar.
7.1 Localização
Na Figura 7.1 podemos ver a possível localização do hangar e da placa. Como ponto de
referência foi utilizado o terminal de passageiros do Aeródromo Municipal de Cascais, a área
rodeada a vermelho será destinada à construção do hangar e a área rodeada a preto à
construção da placa.
O terreno rodeado a vermelho tem aproximadamente 5190 m2 o que permite a
construção de um hangar, conforme podemos ver na Figura 7.2, com 41,5 metros de largura
por 75 metros de comprimento, permite também a construção, nas traseiras, de lugares de
estacionamento para funcionários e clientes e na zona do portão do hangar a construção de
estacionamentos de carros e equipamentos de apoio.
O terreno rodeado a preto tem aproximadamente 10 000 m 2, o que permite a
construção de uma placa com 100 metros de largura por 100 metros de comprimento, estudos
posteriores terão de ser realizados de forma a dimensionar de forma correta esta área.
31
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
7.2 Layout
Na fase inicial deste estudo foram elaboradas as tabelas presentes em anexo que
permitiram além de fazer a descrição completa de cada secção, localizar cada uma delas dentro
do hangar, havendo secções com necessidades de localização diferentes. As secções foram
dispostas conforme os pontos referidos anteriormente e com base na afluência de trabalhadores
durante os processos de manutenção, na dimensão mínima exigida, no tipo de equipamentos
que serão utilizados em cada backshop e na quantidade e especificidade de resíduos que gera.
32
7. Planificação
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
34
8. Secções
8. Secções
Neste capítulo serão abordadas as mais variadas áreas de trabalho com relevância para
o estudo, desde o armazém até ao portão do hangar. Com exceção do pavimento, portão e
ponte rolante, todos os restantes elementos são apresentados da seguinte forma: secção,
requisitos, legislação e hipótese de solução. Neste capítulo estão ainda presentes ilustrações
3D de cada secção elaboradas no SweetHome 3D, com recurso a modelos do website 3D
Wharehouse.
8.1 Armazém
É nesta secção que é feito o armazenamento dos meios materiais necessários para a
atividade de manutenção e esta deve manter níveis de stock adequados para a sua realização.
No armazém geral devem estar todos os componentes e consumíveis necessários ao desempenho
das atividades de manutenção, e num armazém de quarentena todos os materiais, componentes
e ferramentas de calibração segregados do uso.
8.1.1 Requisitos
Atualmente o Grupo 7Air tem em armazém cerca de 600 000 peças, estas devem ser
armazenadas em compartimentos suficientemente resistentes para sustentar todo o material e
componentes neles depositados.
Os materiais devem ser armazenados devidamente identificados e catalogados em
condições de temperatura, humidade e luz solar especificadas pelo fabricante. As matérias-
primas são arrumadas segundo as regras geralmente adotadas na armazenagem industrial, isto
é, separadas por tipo e natureza (componentes elétricos, matérias primas perecíveis, pneus,
outos componentes de borracha, etc.). Os componentes, sempre que tal é possível, devem
permanecer embalados em materiais de proteção adequados a fim de evitar danos ou corrosão
durante o período em que estão armazenados.
Deve existir ainda um armazém com capacidade de alojar artigos em regime de
quarentena, de modo a armazenar os componentes inspecionados que se revelaram inaptos
para utilização.
8.1.2 Legislação
35
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
materiais, equipamentos e ferramentas não aptos para serviço e ainda impedir a deterioração
ou danificação dos artigos armazenados, conforme especificado nas instruções dos fabricantes.
O acesso às instalações de armazenagem deve ser limitado ao pessoal autorizado.”
Conforme a decisão 2015/029/R relativa ao Regulamento Nº 1321/2014 da União
Europeia, ponto AMC 145.A.25 (d):
“1.Instalações de armazenamento para componentes de aeronaves deve ser
limpo, bem ventilado e mantido a uma temperatura e humidade constante para minimizar os
efeitos de condensação. As recomendações de armazenamento do fabricante devem ser
seguidas nos componentes assim assinalados.
2.Estantes de armazenamento devem ser robustas o suficiente para dar suporte
suficiente aos componentes, pequenos e grandes, para que o componente não sofra deformação
alguma durante o armazenamento.
3.Todos os componentes devem, sempre que possível, permanecer embalados
em material de proteção de forma a minimizar os danos e corrosão durante o armazenamento.”
36
8. Secções
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Como podemos observar na Figura 8.2, existe uma área de gestão e entrega no piso 0
cujo acesso é feito única e exclusivamente pelo interior do hangar, o que assegura que toda a
gente que entre na zona de entrega está devidamente autorizado a circular no hangar, apenas
pessoal com autorização especial poderá aceder à zona de gestão e ao armazém. O armazém
está localizado na cave, esta localização permite que o controlo de temperatura, humidade e
luminosidade seja mais fácil de realizar. Como podemos ver na Figura 8.3, a cave encontra-se
distribuída por todo o comprimento do hangar o que permite que, no futuro e caso exista
necessidade, haja um aumento em tamanho do sistema Kardex Remstar carrossel horizontal,
bem como que o armazém de quarenta possa localizar-se também na cave embora em áreas
segregadas.
8.2 Baterias
38
8. Secções
8.2.1 Requisitos
8.2.2 Legislação
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Como podemos observar na Figura 8.4, as zonas de manutenção das baterias ácidas e
alcalinas estão separadas fisicamente mas contidas no interior da secção elétrica, tal
localização satisfaz os requisitos apresentados anteriormente.
No interior de cada secção encontra-se todo o material necessário à manutenção e
armazenamento das baterias, tal como ferramentas, instrumentos especializados, estantes,
etc.
40
8. Secções
8.3.1 Requisitos
8.3.2 Legislação
Conforme é visível na Figura 8.5 existem diversas áreas de trabalho no interior desta
backshop, desde áreas de manutenção de magnetos, starter-generators e alternadores a zonas
de pequenas reparações elétricas. Em anexo estarão disponíveis plantas que identificam cada
uma das áreas de trabalho.
Os ensaios não destrutivos (END) são realizados em materiais novos e usados, de forma
a verificar a existência ou inexistência de descontinuidades e/ou defeitos sem que as suas
propriedades físicas, químicas, mecânicas ou dimensionais sejam alteradas. Sendo assim estes
ensaios inserem-se numa política de controlo de qualidade, tendo como finalidade determinar
a qualidade dos materiais, peças ou equipamentos com vista à sua aceitação ou rejeição.
Existem vários tipos de ensaios não destrutivos tais como: inspeções visuais (IV), líquidos
penetrantes, partículas magnéticas, ultrassom, raio x, raio gama, correntes induzidas,
termografia, etc. (Metalcheck, s.d.) O Grupo 7Air, para além da IV, realiza 4 tipos de ensaios
não destrutivos: líquidos penetrantes, partículas magnéticas, correntes induzidas e ultrassom.
O ensaio por líquidos penetrantes é um processo não destrutivo de localização de
defeitos superficiais nos materiais sólidos e não porosos, aproveitando o fenómeno de
capilaridade. Trata-se, portanto, de um ensaio superficial de inspeção indireta já que utiliza
um penetrante que se introduz nos defeitos superficiais, o qual após a aplicação de um
revelador, mostra, de uma forma clara, esses defeitos.
42
8. Secções
O ensaio por partículas magnéticas consiste em submeter uma peça, ou parte dela, a
um campo magnético. Na região magnetizada da peça, as descontinuidades existentes irão
causar um campo de fuga do fluxo magnético. Sendo assim a aplicação de partículas
ferromagnéticas provocará a aglomeração das mesmas nestes campos de fuga, uma vez que
serão por eles atraídas devido ao aparecimento de polos magnéticos. A aglomeração indicará o
contorno do campo de fuga, sendo que a partir daí é visualizado o formato e extensão da
descontinuidade.
O ensaio por correntes induzidas consiste em induzir num componente/material,
previamente identificado, uma corrente de valor conhecido deslocando em simultâneo uma
sonda ao longo da superfície do mesmo. A conjugação da indução da corrente no componente
com o movimento de deslocamento da sonda leva à criação de um gráfico posteriormente
representado num equipamento adequado. O valor da corrente induzida que é recebido
depende de dois fatores: da corrente aplicada ao componente e da existência ou não de
fissuras. Sendo que fissuras (superficiais ou em profundidade) provocam alterações nas
propriedades eletromagnéticas do material que tem como consequência uma alteração do valor
medido da corrente induzida.
A utilização de ultrassons como método de ensaio não destrutivo, baseia-se na
transmissão de ondas sonoras de elevada frequência num material que constitui a peça a
ensaiar, as quais são refletidas ao incidirem numa superfície de separação entre dois meios com
características acústicas diferentes (interface), como por exemplo, a superfície de uma
descontinuidade. As reflexões, quando recebidas permitem detetar e localizar na peça os
refletores, através do conhecimento do tempo de percurso, velocidade de propagação do som
e ângulo de emissão.
8.4.1 Requisitos
43
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
dedicada. Esta área deve permitir ao operador completa mobilidade e liberdade de movimentos
durante a realização do ensaio.
Dada a minuciosidade do processo esta secção deve estar localizada numa zona de
menor afluência quer de pessoal quer de ruído.
8.4.2 Legislação
44
8. Secções
45
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Como é possível observar na Figura 8.6, nesta secção existem 4 áreas de trabalho
distintas, uma por cada tipo de ensaio realizado. Devido à natureza dos ensaios por ultrassons
e correntes induzidas as suas áreas de trabalho resumem-se a bancadas de trabalho e às
respetivas áreas de armazenamento.
Os líquidos penetrantes e as partículas magnéticas partilham uma etapa dos respetivos
ensaios, a inspeção numa câmara escura sob luz ultravioleta, câmara essa visível na Figura 8.6
entre os respetivos equipamentos.
Em anexo seguem plantas que identificam cada uma das áreas de trabalho bem como
todos os equipamentos e consumíveis utilizados.
8.5 Estruturas
46
8. Secções
8.5.1 Requisitos
8.5.2 Legislação
Quando se requer uma reparação estrutural, esta só deve ser executada quando
prevista no Manual de Reparação Estrutural (MRE). Caso contrário, deverá ser submetida ao
fabricante, para apreciação, uma proposta de reparação ou, deverão ser pedidas instruções de
carácter temporário para realizar a reparação em causa. A ANAC/EASA é sempre mantida
informada das ações desenvolvidas e respetivas conclusões.
Para reparações que alterem o peso, as características de voo, ou o comportamento
eletromagnético e de comunicações da aeronave, é preciso um projeto de reparação a ser
realizado por uma empresa certificada como DOA e com o âmbito adequado ao efeito e nestas
circunstâncias é obrigatório fazer uma comunicação de ocorrência à ANAC. Porém, fora destes
condicionalismos, se uma aeronave apresentar necessidade de ser reparada estruturalmente,
será constituído um processo de registo das atividades de reparação, através da elaboração de
uma Ordem Técnica de Engenharia. Nessa ordem técnica deverão constar, de modo sucinto, a
zona ou zonas de intervenção, a descrição dos trabalhos, o tipo de reparações a efetuar, os
tipos de materiais e até os rebites usados. (Aerotécnica, 2007, p. 3)
Relativamente às instalações, a legislação associada a esta secção está descrita no
capítulo 6 da presente dissertação (Exigências ao nível das instalações), em conforme com o
Regulamento Nº 1321/2014 da União Europeia.
47
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Como é possível observar na Figura 8.7, nesta backshop existem áreas de trabalho
distintas, cada uma equipada com ferramenta e equipamentos adequados. É possível ainda
observar um armazém onde serão armazenados todos os manuais e ferramentas específicas, o
acesso a esta zona será controlado.
Em anexo seguem plantas que identificam cada uma das áreas de trabalho bem como
todos os equipamentos utilizados.
8.6 Maquinação
48
8. Secções
8.6.1 Requisitos
Esta área deve estar equipada com todas as ferramentas e equipamentos especializados
descritos anteriormente.
Dada a proximidade desta zona à backshop de manutenção de motores, esta secção
deve ainda conter uma área de pintura de pequenos componentes, deixando assim de haver a
necessidade de deslocação do trabalhador à área de pintura geral de aeronaves para pintar
pequenas peças dos motores ou restantes componentes.
8.6.2 Legislação
8.7 Motores
8.7.1 Requisitos
Nesta secção devem existir ferramentas específicas para a manutenção de motores tal
como todo o conjunto de comparadores, micrómetros, chaves de torque e outras ferramentas
calibráveis.
Um motor ou hélice removido da aeronave deve ser montado num suporte e protegido
enquanto aguarda pela manutenção ou reparação. Os manuais técnicos dos fabricantes
especificam o intervalo de tempo em que após o processo de manutenção ou reparação o motor
pode permanecer sem que seja necessário o seu armazenamento num local próprio.
A área deve estar disposta de forma a proporcionar uma boa fluidez dos trabalhos a
realizar, assim devem existir três zonas distintas no que toca à manutenção dos componentes:
uma área de desmontagem, uma área de inspeção/manutenção e finalmente uma área de
montagem.
8.7.2 Legislação
50
8. Secções
Como é possível observar na Figura 8.9, existe uma plataforma elevatória capaz de
fazer chegar os motores ou carburadores às devidas backshops de manutenção. Cada área de
trabalho está devidamente equipada com ferramentas que permitem levar a cabo as reparações
ou manutenções programadas. Existe ainda em cada backshop uma área destinada ao
armazenamento de manuais de manutenção fornecidos pelos fabricantes.
51
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
8.8 Óleos
Os óleos podem ser usados como lubrificantes e/ou como fluidos hidráulicos. Uma
definição muito geral de lubrificantes resume-se a substâncias colocadas entre duas superfícies
móveis ou uma fixa e outra móvel, capazes de formar uma película protetora, reduzindo assim
o atrito. A principal função de um fluído hidráulico é de movimentar equipamentos ou
ferramentas num dado processo, ou seja, este é responsável pela transmissão de força nas
peças internas do sistema como, por exemplo, no trem de aterragem ou nos travões. (Federal
Aviation Administration, 2012, pp. 12-2)
8.8.1 Requisitos
52
8. Secções
8.8.2 Legislação
De acordo com o Decreto-Lei que altera o regime geral da gestão de resíduos (Ministério
do Ambiente e do Ordenamento do Território, 2011, p. 3262):
1) A gestão de óleos usados rege-se pelo regime jurídico específico sem prejuízo
da aplicação do disposto no presente decreto -lei em tudo o que não estiver
naquele previsto;
2) Entende-se por “óleos usados” quaisquer lubrificantes, minerais ou sintéticos,
ou óleos industriais que se tenham tornado impróprios para o uso a que estavam
inicialmente destinados, tais como os óleos usados dos motores de combustão e
dos sistemas de transmissão, os óleos lubrificantes usados e os óleos usados para
turbinas e sistemas hidráulicos;
3) Os óleos usados são recolhidos seletivamente sempre que tecnicamente
exequível e tratados em conformidade com os princípios da hierarquia de gestão
de resíduos e da proteção da saúde humana e do ambiente;
4) É proibida a mistura de óleos usados de características diferentes bem como a
mistura de óleos usados com outros tipos de resíduos ou substâncias se
tecnicamente exequível e economicamente viável e quando a mistura em causa
impeça o tratamento dos óleos usados.
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Esta secção estará localizada ao lado do armazém, sendo que a porta de acesso a esta
área estará localizada na área restrita do armazém, assim assegura-se que o acesso é
devidamente controlado.
8.9 Pintura
8.9.1 Requisitos
54
8. Secções
Renovação de ar com uma renovação por hora, suficiente para a eliminação das
poeiras de repintura;
Equipamento de pesagem adequado às quantidades de tinta a preparar;
Documentação atualizada com as características dos produtos;
Manómetros calibrados e mangueiras em bom estado;
Estufa para peças pequenas e painéis de secagem;
Abastecimento contínuo de ar desumidificado e filtrado;
Iluminação adequada e com lâmpadas antideflagrantes;
Equipamento de proteção individual, máscaras e lava-olhos;
Equipamentos relativos à ventilação, iluminação e isolamento da área de
repintura.
8.9.2 Legislação
Caso haja possibilidade estrutural, isto é, se for possível fazer passar a aeronave entre
os pilares da estrutura, a aeronave será pintada conforme a Figura 8.11, caso não seja possível
a pintura será realizada na área frontal desta secção, conforme é possível ver na Figura 7.2,
com recurso a sistemas isoladores em lona e sistemas de extração e renovação de ar. Os pisos
que se encontrarem acima desta área deverão estar colocados a uma altura, no mínimo, de 6
metros.
55
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
8.10 Resíduos
Na sua atividade diária de manutenção a Aerotécnica produz resíduos que têm de ser
eliminados de modo a satisfazer os requisitos legais existentes sobre gestão de resíduos. São
exemplo de resíduos produzidos pela atividade de manutenção: pneus gastos, óleos queimados
e combustíveis contaminados, baterias inutilizadas, calços de travões, restos de tinta e
diluentes, banhos de limpeza e descarbonização, etc. Torna-se assim necessário estabelecer
procedimentos para a remoção e/ou eliminação dos resíduos.
Os resíduos industriais são diferenciados em três categorias: resíduos perigosos,
resíduos não perigosos e resíduos inertes. O resíduo inerte é todo aquele que não sofre
transformações físicas, químicas ou biológicas importantes. O resíduo perigoso é todo aquele
que apresenta pelo menos uma das seguintes características: explosivo, inflamável, irritante,
tóxico, nocivo, corrosivo, etc. O resíduo não perigoso é todo aquele que não se enquadra na
definição de resíduos inertes, nem na definição de resíduos perigosos.
A Aerotécnica não tem capacidade técnica para o processamento dos resíduos que
produz, logo esta procede a uma armazenagem preliminar, até que estes sejam recolhidos por
uma a entidade capaz de proceder à sua eliminação.
8.10.1 Requisitos
8.10.2 Legislação
56
8. Secções
Esta clarificação contribui para uma contínua atualização do regime às novas necessidades da
sociedade e melhoria contínua do sistema de prevenção e gestão de resíduos.´
Segundo o artigo 5º, ponto 1, do decreto-lei acima referido, a responsabilidade pela
gestão dos resíduos, incluindo os respetivos custos, cabe ao produtor inicial dos resíduos. O
ponto 5 esclarece que o produtor pode para o tratamento dos resíduos recorrer: a um
comerciante, a uma entidade licenciada que execute operações de recolha ou tratamento de
resíduos, a uma entidade licenciada responsável por sistemas de gestão de fluxos específicos
dos resíduos.
Ao nível dos resíduos perigosos, segundo o artigo 48º, ponto 1, alínea (b), a Aerotécnica
está sujeita à inscrição e registo de dados no Sistema Integrado de Registo Eletrónico de
Resíduos (SIRER) por ser um estabelecimento que produtor de resíduos perigosos. O SIRER
agrega, nomeadamente, a seguinte informação prestada pelas entidades sujeitas a registo:
a) Origens discriminadas dos resíduos;
b) Quantidade, classificação e destino discriminados dos resíduos;
c) Identificação das operações efetuadas;
d) Identificação dos transportadores.
Conforme podemos ver na Figura 8.12 existem espaços segregados para cada tipo de
resíduo, contudo deverão ser estabelecidas regras quanto à possibilidade de os misturar de
forma a aumentar a eficiência do armazenamento, garantindo sempre que a segurança não foi
negligenciada. Antes de se proceder à mistura de resíduos, deverá ser assegurada, mediante
ensaios prévios, a sua compatibilidade.
Esta secção estará localizada no lado sul do hangar que é servido pela estrada Rua
Bartolomeu de Gusmão visível na Figura 7.1, o que facilita a remoção dos resíduos do hangar.
57
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
8.11 Serralharia
8.11.1 Requisitos
8.11.2 Legislação
4Processo de corte com base na combustão localizada do aço. (Centro de Engenharia e Tecnologia Naval
e Oceânica , s.d.)
58
8. Secções
A serralharia é uma secção que gera bastantes resíduos, alguns deles perigosos, sendo
assim, conforme podemos ver na Figura 8.13, esta secção está disposta num canto do hangar
de forma a haver um controlo maior destes resíduos e de ser difícil a sua proliferação para
áreas em que este pode causar danos.
8.12 Sofinare
59
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
8.12.1 Requisitos
8.12.2 Legislação
60
8. Secções
Como podemos visualizar na Figura 8.14, a Sofinare estará equipada com diversas áreas
de trabalho: uma área de manutenção, composta por quatro bancadas; uma área de
administração e arquivo; uma sala de reuniões; um armazém e por fim uma sala limpa. A sala
limpa não é mais do que um laboratório de trabalho com ambiente controlado onde se é capaz
de mensurar o tamanho das partículas em suspensão. O acesso a esta sala é controlado e feito
através de ambientes intermediários como é o caso da cabine de descontaminação presente na
Figura 8.14 entre o armazém e a sala limpa. As classificações das salas limpas, presentes na
norma ISO 146445, são feitas com base na concentração de partículas em suspensão.
62
8. Secções
8.13.1 Requisitos
Esta secção gera efluentes que devem ser tratados de forma adequada, para isso deve
ser implementado um sistema de tratamento de efluentes de forma a fazer cumprir os
requisitos ambientais associados a este tipo de atividade.
As áreas de anodização e cadmiagem devem ser separadas, devem ainda permitir um
bom manuseamento dos equipamentos associados ao processo de tratamento.
8.13.2 Legislação
Esta área está munida de secções separadas consoante o tratamento a aplicar, havendo
uma área de preparação comum. Em anexo seguem plantas que identificam cada uma das áreas
de trabalho da Figura 8.15.
63
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
8.14.1 Requisitos
8.14.2 Legislação
64
8. Secções
Em anexo seguem plantas que identificam cada uma das áreas de trabalho bem como
todos os equipamentos utilizados.
A decapagem dos materiais pode ser química ou mecânica. A decapagem mecânica por
jato de areia tem como objetivo a limpeza e preparação da superfície de um dado metal para
um tratamento químico e/ou uma pintura. Durante este processo são removidos da superfície
do metal quaisquer vestígios de pó, óleo, ferrugem, tinta e qualquer outro elemento não
desejado. Este processo é essencial para garantir uma boa adesão entre a superfície do metal
e o tratamento e/ou pintura a aplicar posteriormente. A decapagem química consiste inserir o
material a decapar dentro de uma tina, aplicar os respetivos produtos químicos e no final fazer
uma lavagem do material de forma a torná-lo apto para o processo seguinte.
A decapagem mecânica por jato de areia tem como objetivo a limpeza e preparação da
superfície de um dado metal para um tratamento químico e/ou uma pintura. Durante este
processo são removidos da superfície do metal quaisquer vestígios de pó, óleo, ferrugem, tinta
e qualquer outro elemento não desejado. Este processo é essencial para garantir uma boa
adesão entre a superfície do metal e o tratamento e/ou pintura a aplicar posteriormente.
8.15.1 Legislação
65
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
8.15.2 Requisitos
Nesta secção deve estar equipada com todo o material necessário à limpeza dos
materiais. Esta secção gera efluentes que devem ser tratados de forma adequada, para isso
deve ser implementado um sistema de tratamento de efluentes de forma a fazer cumprir os
requisitos ambientais associados a este tipo de atividade.
Conforme podemos ver na Figura 8.17, esta secção está equipada com duas estações
de limpeza por jato de areia e uma tina para limpeza por decapagem química. De forma a
auxiliar o operador foi colocada uma pequena ponte rolante que o auxilia no processo de
limpeza de peças maiores. Em anexo seguem plantas que identificam cada uma das áreas de
trabalho da Figura 8.17.
66
9. Pavimento
9. Pavimento
Os pavimentos aeronáuticos são projetados, construídos e reabilitados para suportar as
cargas impostas pelas aeronaves bem como para proporcionarem uma circulação segura e
confortável independentemente do estado do tempo. A qualidade global do pavimento deve
permitir que este resista ao tráfego das aeronaves, às condições atmosféricas a que está
sujeito, a ações de sopro/sucção dos reatores e hélices, bem como a ações químicas provocadas
pelo derrame de combustíveis, óleos e outros compostos poluentes. A par destas
características, deve ainda manter-se limpo e livre de partículas soltas que possam pôr em
causa a segurança de circulação das aeronaves. (Federal Aviation Administration, 2014, p. 3)
9.1 Placa
A placa é composta por um pavimento rígido, este é constituído por uma camada
superior de betão e cimento, geralmente do tipo portland6, que funciona ao mesmo tempo
como camada de desgaste e de base, com funções de suporte. A elevada resistência à flexão
do betão de cimento faz com que o pavimento não sofra deformações acentuadas, mesmo
quando sujeito a temperatura e tráfego elevado.
Associado ao pavimento deve estar um sistema de drenagem que garanta o seu bom
estado de conservação. A drenagem funciona como manutenção preventiva do pavimento, este
sistema recolhe e remove da superfície do pavimento todo o tipo de escoamento superficial de
água bem como o excesso de água que se situe no solo. Um sistema de drenagem inadequado
pode causar a saturação da sub-base e do leito do pavimento, o que levará a uma consequente
degradação do pavimento.
O suporte deverá ser uma betonilha ou microbetão com uma espessura mínima
de 6 cm. Este deverá ter uma resistência mínima de 15 N/mm². É aconselhada a
adição de fibras de polipropileno na betonilha ou microbetão de modo a reduzir a
formação de fissuração por retração;
É necessária a colocação de uma manga de polietileno com gramagem nunca
inferior a 200 g/m² ou material equivalente. A manga deverá ser colocada em duas
camadas cruzadas e subir nas zonas periféricas do betão de modo a não permitir a
entrada de humidade pelas laterais;
Deverá ser feita uma sobreposição entre peças da manga de polietileno para
garantir uma perfeita colagem entre elas;
A base onde é colocada a manga plástica deverá ser uma superfície que não
rompa a manga de polietileno aquando da betonagem;
De forma alguma deverá haver rutura na manga de polietileno para não
comprometer a barreira de vapor.
7 Resina termoendurecível
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9. Pavimento
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
70
10. Portão
10. Portão
A empresa ASSA ABLOY Entrance Systems, com representação no Porto, é uma empresa
especializada em soluções de automatização de entradas para edifícios. A Megadoor VL3190 é
uma solução apresentada pela empresa para hangares, é de abertura vertical e foi concebida
para aberturas de portas de grandes dimensões permitindo larguras extensas. Concebidas para
ambientes exigentes, oferecem uma máxima confiança estrutural, eficiência energética,
eficiência operacional e manutenção mínima. Ao conceber os laminados das portas com um
número e tipo adequados de vigas intermédias, as portas podem ser dimensionadas para
suportar virtualmente qualquer carga provocada pelo vento e continuarem a oferecer a
proteção contra as condições climatéricas.
As principais vantagens deste modelo são:
Design robusto;
Fiabilidade operacional;
Baixo custo de manutenção;
Boa vedação;
Design flexível;
Adequada para ambientes industriais exigentes;
Segurança de alto nível.
Este modelo permite a configuração de portas múltiplas, como podemos ver no exemplo
da Figura 10.1, que podem ser abertas individualmente, ou se necessário para toda a largura
de abertura, todas em simultâneo. Em contraste com outros tipos de portas, a VL3190 de
abertura vertical requer apenas um espaço limitado no topo da estrutura para armazenamento
das folhas e das colunas de suporte quando estas estão recolhidas.
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
72
11. Pórticos
11. Pórticos
O transporte de componentes de aeronaves dentro da empresa é uma das aplicações
mais exigentes da tecnologia de pontes rolantes. Para a manutenção dos aviões a Demag,
representada em Lisboa, fornece instalações do sistema de pontes rolantes, desde a ponte
rolante monoviga, por exemplo, para montar mecanismos propulsores, até aos sistemas de
ponte rolante com plataformas de manutenção telescópicas e carrinhos de carga. As pontes
rolantes suspensas são igualmente a primeira escolha nesse âmbito, pois abrangem, também
com pontos múltiplos de suspensão, as áreas de manutenção de um hangar com amplitudes
totais iguais ou superiores a 90 metros. (Demag, s.d.)
Maior parte das pontes rolantes são suspensas nas estruturas do telhado do edifício,
esta solução apresenta como principal vantagem a inexistência de apoios adicionais para o carril
da ponte rolante, aproveitando assim de forma ideal a área de trabalho. Contudo, a solução
mais adequada para o caso em estudo é um semi-pórtico, conforme podemos ver na Figura
11.1, visto que a estrutura do telhado assenta apenas em três paredes de apoio, isto é, nas
paredes laterais do hangar e na parede de fundo, a estrutura teria de ser reforçada para
aguentar com as cargas impostas pela ponte rolante e pela sua operação.
73
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
Conforme podemos ver na Figura 11.2, um dos apoios da ponte rolante será a parede
de fundo do hangar, o outro apoio vem integrado com a solução apresentada e desloca-se sobre
um carril na zona do portão.
O sistema apresenta várias configurações, neste caso específico, as configurações
desejadas são, as 12,5 toneladas de capacidade de carga [F], de forma a poder
movimentar/parquear os aviões sem qualquer problema, os 30 metros de bitola [Ikr] de forma
a poder deslocar-se de ponta a ponta do hangar e os 10 metros de espaço livre [A] de forma a
poder fazer o parqueamento em altitude das aeronaves.
74
12. Conclusão
12. Conclusão
O processo de estudo de viabilidade para a implementação de um hangar de
manutenção aeronáutica pode ser feito seguindo 5 passos básicos:
1. Onde estamos?
2. Onde queremos estar?
3. Como lá chegar?
4. Execução do projeto
5. Avaliação do projeto
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
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13. Trabalhos Futuros
Económico
o Realizar uma análise de mercado de forma a obter os melhores preços
tanto em termos de equipamentos como em termos de construção da
infraestrutura.
Estrutural
o A estrutura metálica do hangar carece ainda de algum estudo já que é
intenção da empresa fazer-se o parqueamento de aeronaves em altitude.
o É intenção da empresa que a organização estrutural do interior do
hangar seja modular, isto é, que as paredes das backshops e gabinetes sejam
móveis. Deve ser feito um estudo deste tipo de soluções recorrendo a
empresas especializadas.
o As secções e backshops foram projetadas sem ter em conta as normas
de segurança e higiene do trabalho obrigatórias, isto é, não foram
especificadas posições de extintores, chuveiros e lava-olhos de segurança,
saídas de emergência, etc. Devem portanto ser incluídos na fase de projeto
detalhado.
Organizacional
o A posição dos gabinetes de administração, recursos humanos,
contabilidade e marketing devem ainda ser estudados de forma a permitir
uma maior fluidez e conforto dos trabalhadores.
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
78
Bibliografia
Bibliografia
ACO. (s.d.). ACO Monoblock. Obtido de http://www.acodrenagem.com.br/aco-monoblock/
Aerotécnica. (2004). Norma Funcional 02.23: Armazenagem de produtos de borracha .
Aerotécnica. (2007). Norma funcional 02.61: Execução de Reparações Estruturais em Estruturas
Semimonocoque.
Aerotécnica. (s.d.). Norma Funcional Nº 02.77.
Agência Portuguesa do Ambiente. (s.d.). Nota Técnica: Armazenagem de Óleos Usados.
ASSA ABLOY. (2014). Vertical lifting fabric door: Megadoor VL3190.
Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e afins de Portugal. (2015).
Metalurgia e Metalomecânica: Manual de Prevenção. Lisboa: Autoridade para aas
Condições do Trabalho. Obtido de http://www.act.gov.pt/(pt-
PT)/Publicacoes/ProjetosApoiados/2013/Documents/Manual%20metalurgia%20e%20m
etalomec%C3%A2nica.pdf
Autoridade Nacional da Aviação Civil. (2012). Regulamento sobre a classificação da capacidade
de carga de pavimentos aeronáuticos através da utilização da metodologia ACN/PCN.
Autoridade Nacional da Aviação Civil. (2012). Regulamento sobre a classificação da capacidade
de carga de pavimentos aeronáuticos através da utilização da metodologia ACN/PCN.
Autoridade Nacional da Aviação Civil. (2014). Anuário da Aviação Civil.
Butzbach. (s.d.). Technology. Obtido de http://www.butzbach-
hangardoors.com/en/technology
Centro de Engenharia e Tecnologia Naval e Oceânica . (s.d.). Obtido de
http://www.mar.ist.utl.pt/jgordo/tecest/Enforma%C3%A7%C3%A3o2003.pdf
Cimpor. (s.d.). Ficha Técnica CEM II/B-L 32,5 N.
Comissão Europeia. (2014). Regulamento (UE) Nº 1321/2014. Jornal Oficial da União Europeia.
Comissão Europeia. (2014). Regulamento (UE) Nº 139/2014. Jornal da União Europeia.
Continental Ignition Systems. (2011). Service Support Manual: S-1200 Series High Tension
Magneto.
Demag. (s.d.). Construção e manutenção de aviões. Obtido de
http://www.demagcranes.pt/cms/site/pt/lang/pt/page110094.html
Door Egnineering. (s.d.). H Series HU General Layout. Obtido de
http://www.doorengineering.com/Products/Aviation/documents/H-
SeriesHUGeneralLayout.pdf
European Aviation Safety Agency. (2013). Foreign Part 145 Approvals: Aircraft Line
Maintenance.
European Aviation Safety Agency. (2015). AMC & GM to Annex II (Part 145) to Regulation (EU)
Nº 1321/2014.
European Comission. (2012). Comission Regulation (EU) nº 748/2012. Official Journal of the
European Union.
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Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
80
Anexos
Anexos
81
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
82
Anexo A
A. Especificações
Tabela A.1 Armazém
Tipo de sala/Secção Armazém
Descrição/Uso Esta secção destina-se ao armazenamento de material
aeronáutico e não-aeronáutico.
Localização Gestão: Piso 0
Armazém: Cave.
Acabamentos Parede Deve ter propriedades isolantes que cooperem com o sistema de
ventilação da área de forma a manter condições de temperatura
e humidade constantes.
Chão O chão deverá ser anti deslizante, lavável e anti estático.
Teto Trabalho futuro
Equipamento base Estantes de armazenamento de material aeronáutico, estantes
de armazenamento de material não aeronáutico, arquivos
- Deverá ter uma área segregada para quarentena;
- Deverá ter uma área independente para armazenamento de
artigos em borracha com iluminação independente e sem luz
natural;
- Deverá ter um frigorífico para armazenamento de artigos com
condições específicas de armazenamento;
- Deverá ter secção específica para armazenamento de material
ESD, incluindo bancadas eletricamente isoladas;
- Deverá ter uma zona específica para armazenamento de
material aeronáutico em estado Serviceable;
- Deverá ter uma área de receção/expedição de material,
devidamente equipada com uma bancada anti estática para
manuseamento de material ESD
- Sistema para controlo de entrada apenas a pessoal autorizado
Canalizações Trabalho futuro
Sistemas de ventilação Ar condicionado/ desumidificador
Sistemas de ventilação
Proteção contra fogo Obrigatório
Corrente elétrica Monofásico
Luz Luz florescente ou led
Comunicações Linha telefónica e internet
Observações As especificações do Kardex Remstar Carrossel Horizontal
encontram-se mais à frente nos anexos.
Orçamento: 152.834€ (caixas não incluídas)
Dimensões Área de Gestão: Largura: 5 m
Comprimento: 11,5 m
Área: 57,5 m2
Cave: Largura: 75 m
Comprimento: 11,5 m
Área: 862,5 m2
Input Material novo para armazenamento, material
Output Material novo para manutenção ou substituição
83
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
84
Anexo A
1. Área manutenção;
2. Área de armazenamento.
85
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
86
Anexo A
1. Líquidos penetrantes
2. Partículas magnéticas
3. Ultrassons
4. Correntes induzidas
87
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
88
Anexo A
89
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1. Jato de Areia;
2. Bancada de trabalho
3. Turcos;
4. Armazenamento.
90
Anexo A
91
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1. Área administrativa;
2. Área de equipamentos específicos;
3. Área de trabalho geral
4. Área de pintura de pequenos componentes.
92
Anexo A
93
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1. Área de desmontagem;
2. Área de inspeção;
3. Área de montagem;
4. Área de armazenamento;
5. Área administrativa;
6. Ferramentas;
7. Plataforma elevatória.
94
Anexo A
1. Ferramentas;
2. Área de armazenamento de óleos e lubrificantes;
3. Porta de acesso ao armazém.
95
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1. Estufa de Pintura;
2. Área de Preparação;
3. Área de Pintura.
96
Anexo A
97
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
98
Anexo A
1. Área administrativa;
2. Área de equipamento especializado;
3. Área de equipamento especializado;
4. Área de soldadura;
5. Armazém.
99
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
100
Anexo A
101
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
102
Anexo A
1. Área administrativa;
2. Bancada de trabalho;
3. Cadmiagem;
4. Anodização.
103
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
1. Área administrativa;
2. Equipamento especializado;
3. Bancada travões;
4. Bancada Jantes;
5. Área de limpeza;
6. Armazenamento de componentes/ferramentas.
104
Anexo A
105
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
106
Anexo B
B. Folhas Técnicas
Kardex Remstar Carrossel Horizontal
107
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108
Anexo B
109
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
OmniScan SX
110
Anexo B
111
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
112
Anexo B
113
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
114
Anexo B
Castan
115
Estudo de Viabilidade para a Implementação de um Hangar de Manutenção Aeronáutica
116
Anexo B
Megadoor VL3190
117
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118
Anexo C
119
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