O Que É o Fator Humano
O Que É o Fator Humano
O Que É o Fator Humano
A expressão “fator humano” é geralmente usada para descrever a interação de indivíduos uns com
os outros, com equipamentos, ambientes e instalações, e com sistemas de gestão. Esta expressão
também é usada para descrever como essas interações são influenciadas por um ambiente de trabalho
e cultura.
Sempre que o indivíduo perceber-se ameaçado por algum fator resultante destas relações (exógenos),
ele consciente ou inconscientemente responderá. Primeiro por mecanismos primários ou instintivos
de defesa, depois racionalizados, aparecem as estratégias ou o coletivo de proteção. Logo, o
comportamento humano pode sofrer inúmeras alterações, até mesmo por fatores endógenos. A
complexidade de todas estas relações fragilizam o indivíduo, provocando ações ou reações
inesperadas com reflexos em desvios comportamentais dos quais podem resultar perda de controle e
o favorecimento de ocorrências ocupacionais/evento danoso.
. Das diretrizes da norma BS OHSAS 18002:2010 tem-se que “Fatores humanos, como capacidades,
comportamentos e limitações, que devem ser levados em consideração [ver item c) da seção 4.3.1 da
OHSAS 18001:2007] ao se avaliar os perigos e riscos dos processos, equipamentos e ambientes de
trabalho.
Recomenda-se que os fatores sejam considerados sempre que houver uma interface humana, levando
em conta questões como facilidade de uso, potencial para erros operacionais, fadiga, tensionamento
do trabalhador, entre outros.
É imprescindível que toda e qualquer avaliação de riscos ocupacionais considere os fatores humanos,
no processo da organização para a identificação de perigos levando-se em conta alguns dos seguintes
itens e suas interações:
Portanto, como fatores humanos podem ser considerados não apenas o comportamento das pessoas
(elemento subjetivo como disciplina, temperamento, iniciativa, postura, hábitos) como também o
contexto e as relações que se processam e sua interação com do trabalhador (ambiente de trabalho,
comandos, stress e tensão), ambiente fora do trabalho (problemas em casa, saúde de familiares,
dívidas, etc), fatores ambientais (calor, frio, ruído), e as capacidades psicológicas (visão em túnel
e/ou visão periférica, doenças pré existentes, hipersensibilidade, capacidade de concentração) como
as capacidades fisiológicas (disposição e vigor físico, resistência, etc.) e limitações (físicas ou
psicológicas) – como fobias, medos, traumas, deficiências ou desvantagens físicas e sociais.
.
Uma visão “holística”, por concepção, nas ciências humanas e sociais, que defende a importância da
compreensão integral dos fenômenos e nunca da análise isolada de seus constituintes é a razão pela
qual não se recomenda precipitação, imprudência ou até mesmo a negligência no exame de todos os
fatores que podem originar o evento danoso (acidente ou doença ocupacional).
Podemos destacar que a moderna gestão e o gerenciamento de riscos ocupacionais deve considerar o
ser humano como um todo, e não apenas a partir do momento em que inicia sua jornada de trabalho.
Treinou, está resolvido. Ao considerar estes fatores humanos a Organização vai avaliar temas e
interfaces como, por exemplo:
✓ qual o ambiente familiar do funcionário? Está tendo problemas em casa? Tem algum familiar
doente? como é o dia a dia do trabalhador na atividade ocupacional? Há pressão exacerbada por
metas? As pessoas estão constantemente apressadas em cumprir prazos, negligenciando protocolos
de segurança? Há carga excessiva de trabalho? Tensionamento das relações, Stress?
✓ como anda a saúde e tranquilidade financeira do mesmo? Está com dívidas, constantemente
preocupado? Os pensamentos e atenção estão desviados para problemas de fora da empresa?
✓ o trabalhador apresenta problemas de vício (jogos, bebida, drogas, dentre outros) que possam
colocá-lo em risco dentro da empresa ou fora dela ou que possam debilitar sua capacidade de
concentração e física?