Método Inovadores
Método Inovadores
Método Inovadores
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
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Tema: Fósforo
Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2023
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................5
1.1. Objectivo Geral.....................................................................................................................5
1.2. Objectivos específicos...........................................................................................................5
1.3. Metodologia..........................................................................................................................5
2. Fósforo (P)...............................................................................................................................6
2.1. Propriedades Químicas.........................................................................................................6
2.2. Ocorrência e abundância.......................................................................................................7
2.3. Alotropias do Fósforo...........................................................................................................8
2.3.1. Fósforo branco...................................................................................................................8
2.3.2. Fósforo vermelho...............................................................................................................9
2.3.3. Fósforo preto....................................................................................................................10
2.4. Aplicações do fósforo.........................................................................................................10
2.5. Importância para os seres vivos..........................................................................................11
2.5.1. Na Alimentação................................................................................................................12
2.6. Isótopos...............................................................................................................................12
2.7. Obtenção industrial.............................................................................................................13
2.8. Obtenção Laboratorial.........................................................................................................13
3. Compostos de fósforo com Oxigénio.....................................................................................13
3.1. Óxido de fósforo III............................................................................................................13
3.2. Pentóxido de difósforo........................................................................................................14
4. Compostos de fosforo com halogênios..................................................................................14
4.1. Haletos de fósforo...............................................................................................................14
4.2. Tricloreto de fósforo (PCl3 )................................................................................................14
4.2.1. Obtenção..........................................................................................................................14
4.3. Tribrometo de fósforo (PBr3)............................................................................................15
4.3.1. Obtenção..........................................................................................................................15
4.3.2. Aplicação.........................................................................................................................15
4.4. Trifluoreto de fósforo (PF3).................................................................................................15
4.5. Triiodeto de fósforo (PI3)...................................................................................................15
5. Fosfato....................................................................................................................................16
5.1. Formas de fosfato................................................................................................................16
5.1.1. Ortofosfato.......................................................................................................................16
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1. Introdução
O presente trabalho tem como principal realce o fósforo e os fosfatos. O nome ´fósforo´ adquiriu
novo significado graças ao químico britânico John Walker, que descobriu um composto que
ardia ao ser friccionado contra certas superfícies. Havia nascido o ´fósforo´ comum, colocado à
venda por Walker em 7 de abril de 1827. Inicialmente foi um artifício perigoso, pois soltava
chispas e costumava queimar as pessoas ou chamuscar sua roupa, até que em 1832 o austríaco J.
Siegal conseguiu fabricar os primeiros fósforos de segurança. Na Química, fosfato é
um íon poliatómico ou um radical que possui um átomo de fósforo, cercado por quatro átomos
de oxigênio. Na forma iônica, a carga formal é de -3. O fosfato é denotado como: PO4 3-. Nos
seres vivos, os fosfatos são encontrados sob a forma de orto fosfato, íon de fosfato solúvel com
fórmula PO43-. (FARBEN, 1928). Por ser obtido também através de reações inorgânicas (Pi) é
convencionalmente chamado de fosfato inorgânico. O ácido fosfórico e os seus sais são
substâncias inorgânicas. O fosfato inorgânico pode ser formado por meio de reações ATP ou
adenosina difosfato (ADP) gerando a formação de ADP ou AMP. (FARBEN, 1928).
1.3. Metodologia
Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa bibliográfica porque consistiu no levantamento
de todas bibliografias já publicadas em forma de livros, revista, publicações avulta e impressa
escrita” (LAKATOS & MARCONI, 1991:45). Sua finalidade é colocar o pesquisador em
contacto direto com aquilo que foi escrito, fazendo uma análise paralela.
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2. Fósforo (P)
De acordo com PACHECO 2008, o fósforo do latim phosphŏrus, e este do grego φωσφόρος,
portador de luz antigo nome do planeta Vênus, foi descoberto pelo alquimista alemão Henning
Brand em 1669, na cidade de Hamburgo, ao destilar uma mistura de urina e areia na procura
da pedra filosofal. Ao vaporizar a ureia obteve um material branco que brilhava no escuro e ardia
com uma chama brilhante. Ao longo do tempo, as substâncias que brilham na obscuridade
passaram a ser chamadas de fosforescentes. Brand, a primeira pessoa conhecida a descobrir o
elemento químico, manteve esta descoberta por um tempo em segredo.
Astrônomos traçaram a jornada do fósforo das regiões de formação estelar até os cometas usando
o ALMA e a sonda Rosetta. As moléculas contendo fósforo se formam quando estrelas
massivas são formadas. Fluxos de gás de jovens estrelas massivas abrem cavidades em nuvens
interestelares. Moléculas contendo fósforo se formam nas paredes da cavidade, através da ação
combinada de choques e radiação da estrela infantil. O monóxido de fósforo é
a molécula portadora de fósforo mais abundante nas paredes da cavidade. Se as paredes da
cavidade colapsarem para formar uma estrela, particularmente uma menos massiva como o Sol,
o monóxido de fósforo pode congelar e ficar preso nos grãos de poeira gelada que permanecem
ao redor da nova estrela. Esses grãos de poeira se juntam para formar seixos, rochas e,
finalmente, cometas, que se tornam transportadores de monóxido de fósforo. Fósforo saiu de
regiões de formação estelar e chegou à Terra através de cometas. Os fósforos atuais são
fabricados com sulfato de antimônio, súlfuros e agentes oxidantes tais como clorato de potássio.
(PACHECO, 2008).
Símbolo: P;
Peso atómico: 30,97376;
Número atómico: 15;
Alta tendência de oxidação;
Alto grau de reatividade;
Indisponível na atmosfera;
Ametal, mole e semi transparente;
É solúvel em dissulfeto de carbono (CS2) e insolúvel em água;
Em contato com o ar queima espontaneamente, produzindo o pentóxido;
É altamente venenoso. Uma dosagem de 50 mg é fatal. Fósforo branco deve ser mantido
imerso em água e o contato com a pele provoca graves queimaduras;
Forma bruta encontrada nas rochas;
O fósforo não é encontrado livre na natureza, mas na forma de fosfatos, principalmente. Pode ser
extraído dos fosfatos de metais alcalino-terrosos, que são encontrados em depósitos de rochas de
minerais como a clorapatita, a fluorapatita e a vivianita são uns dos minerais mais importantes
Nos organismos vivos, a presença desse elemento é importante, pois atua como suporte dos
compostos de cálcio. É encontrado sob a forma de fosfato de cálcio nos ossos e nos dentes, de
ésteres orto fosfóricos, associados aos ossos, e de ésteres difosfóricos, que fazem parte da reserva
genética dos seres vivos.
As principais substâncias que contêm fósforo são o hidreto de fósforo (PH 3); o pentóxido de
fósforo (P205); o ácido orto fosfórico (H3P04); o ácido fosforoso (H3P03); o orto fosfato de cálcio
(Ca3(P04)2). (BRUNET et al., 2005).
Esse tipo de fósforo é extremamente reativo, em grande parte devido à tensão dos ângulos de 60º
entre suas ligações. Ele é tão reativo que precisa ser guardado na água para não entrar em contato
com o ar e explodir. Deve-se ter muito cuidado ao manipulá-lo, pois ele causa queimaduras
graves na pele e intoxicação caso seja ingerido (apenas 0,1 g de fósforo branco ingerido pode
levar à morte)." "o fósforo branco é um sólido branco parecido com uma cera." E "Se for
aquecido na ausência de ar, o fósforo branco se transforma no fósforo vermelho. (SILVA, 2008).
Imagem 2: Fósforo branco guardado em água para não entrar em contato com o ar. Fonte:
https://s2.static.brasilescola.uol.com.br/img/2013/02/fosforo-branco.jpg
Ele é bem menos reativo que o fósforo branco, porém, pode entrar em combustão se sofrer
fricção. É por isso que ele é usado nas superfícies laterais das caixas de fósforo. Quando
esfregamos o palito na superfície da caixinha, o fósforo se acende e, por sua vez, acende o
material altamente inflamável que fica na cabeça do palito. Em alguns países é colocado o
10
contrário do que alguns imaginam, o fósforo não vem na cabeça dos palitos, mas sim do lado de
fora da caixinha que os contém. (SILVA, 2008).
2.5.1. Na Alimentação
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), consumo diário indicado de fósforo é de 700
mg. Essa quantidade deve ser obtida por meio da alimentação, já que por se tratar de um mineral,
esse elemento não é produzido pelo organismo e é obtido pelo consumo dos seguintes alimentos:
Abacate
Amendoim
Aveia
Castanha-do-Pará
Leite e derivados
Lentilhas
Ovos de galinha
Pimenta
Salmão
Sardinha
2.6. Isótopos
%
Símbolo Massa Meia vida Decaimento
Natural
29
P 0 28,9818 4,14 s CE p/ 29Si
30
P 0 29,9783 2,5 m CE p/ 30Si
31
P 100 30,9738 Estável
32
P 0 31,9736 14,28 d b- p/ 32S
33
P 0 32,9717 25,3 d b- p/ 33S
Ca3(P04)2+H2SO4 CaSO4+H3PO4
Apesar de ser designado por trióxido por razões históricas, o óxido de fósforo III é constituído
por moléculas P4O6 de simetria tetraédrica na qual cada átomo de fósforo está ligado aos outros
três por uma ponte de oxigénio. O composto forma-se quando se faz arder fósforo numa
atmosfera deficiente em oxigénio.
P4 + 3O2 →P4O6
P4 + 5O → P4O10
4.3.1. Obtenção
PBr3 é obtido pelo tratamento de fósforo com bromo, usando o próprio PBr3 como solvente (fósforo branco é solúvel
em PBr3). Um excesso de fósforo é usado de maneira a prevenir a formação de PBr5.
4.3.2. Aplicação
O principal uso para tribrometo de fósforo é para a conversão de álcoois primários ou secundários a brometo
de alquila, como descrito acima. PBr3 usualmente dá mais altos rendimentos que ácido bromídrico, e evitando
problemas de rearranjo de carbocátion.
5.1.3. Fosfatos orgânicos
Os fosfatos orgânicos são grupos de orto fosfato que estão ligados a moléculas orgânicas. Um
dos exemplos mais comuns é a molécula de adenosina trifosfato ou ATP. O ATP é comumente
chamado de moeda energética da célula devido ao seu uso como transportador de energia em
reações bioquímicas. Os fosfatos orgânicos surgem devido a processos biológicos, portanto, a
medição da fração de fosfato orgânico fornece uma aproximação da atividade biológica. Para
determinar a concentração total de fósforo, a amostra requer digestão a 150 ° C com ácido
sulfúrico e persulfato de potássio por 30 minutos para converter todas as formas de fósforo
(orgânico e condensado) em orto fosfato.
6. Arsênio (As)
O arsênio ou arsénio (do latim arsenium) é um elemento químico de símbolo As com número
atômico 33 (33 prótons e 33 elétrons) e com massa atómica 75 u. É um semimetal (metaloide)
encontrado no grupo VA da Classificação Periódica dos Elementos. Como conservante
da madeira numa fórmula de arseniato de cobre e crômio, é o uso que representa, segundo
algumas estimativas, cerca de 70% do seu consumo mundial. Foi descoberto em 1250 por Santo
Alberto Magno. (ZUMDAHL, 2012). É considerado um dos cinco elementos químicos mais
letais do mundo, ao lado do chumbo, do tálio, do antimônio e do mercúrio.
(forma β), de estrutura hexagonal , tem propriedades intermediárias entre as formas alotrópicas
descritas, e se obtém da decomposição térmica da arsina ou resfriamento lento do vapor de
arsênio.
Todas as formas alotrópicas, exceto a cinza, não apresentam brilho metálico e apresentam uma
condutibilidade elétrica muito baixa, comportando-se como metal ou não metal em função,
basicamente, do seu estado de agregação. Reage violentamente com o cloro e se combina,
quando aquecido, com a maioria dos metais para formar o arsenieto correspondente; reage,
também, com o enxofre. Não reage com o ácido clorídrico em ausência de oxigênio, porém reage
com o ácido nítrico aquecido, estando concentrado ou diluído, e com outros oxidantes como
o peróxido de hidrogênio, o ácido perclórico e outros. É insolúvel em água, porém muitos de
seus compostos são solúveis. (ZUMDAHL, 2012). É um elemento químico essencial para a vida,
ainda que tanto o arsênio como seus compostos sejam extremamente venenosos.
6.2. Aplicações
Conservante de couro e madeira (arseniato de cobre e crômio), uso que representa,
segundo algumas estimativas, cerca de 70% do seu consumo mundial.
O arsenieto de gálio é um importante semicondutor empregado em circuitos
integrados mais rápidos e caros que os de silício.
É usado como aditivo em ligas metálicas de chumbo e latão.
Tem uso tradicional em inseticidas (arseniato de chumbo), herbicidas (arsenito de sódio)
e venenos. O dissulfeto de arsênio é usado como pigmento e em pirotécnica.
Usado também como descolorante na fabricação do vidro (trióxido de arsênio).
No início da Idade do Bronze o arsênio foi usado como componente do bronze mas
devido à sua toxicidade foi substituído posteriormente pelo estanho.
É aplicado também na conservação de fosseis. Recentemente renovou-se o interesse
principalmente pelo uso do trióxido de arsênio para o tratamento de pacientes
com leucemia.
em operação. Dos 16 tipos de depósitos de ouro geralmente reconhecidos, apenas 6 não têm
associação com arsênio. (ZUMDAHL, 2012).
7. Antimónio (Sb)
O antimônio, símbolo Sb e número atômico 51, é um elemento químico pertencente ao Grupo 15
(grupo do nitrogênio) da Tabela Periódica. Apesar de já ter sido considerado um semimetal, é
mais adequado classificá-lo como um metal. Em sua forma metálica, o antimônio é prateado,
escamoso e bastante quebradiço. Apesar de raro, possui um mineral que o tem como elemento
principal, a estibina (ou estibinita), de fórmula Sb2S3. (KUBASOVA, 1979).
Esse elemento é usado desde a Idade Antiga, quando egípcios e hindus utilizavam a estibina para
fazer a maquiagem preta de seus olhos. Contudo, atualmente é mais empregado na confecção de
baterias automotivas, em retardantes de chama e na indústria de semicondutores. O antimônio,
símbolo Sb, é um metal do Grupo 15 da Tabela Periódica, o grupo do nitrogênio. Até pouco
tempo, era comum ver o antimônio classificado como um semimetal, contudo, tal terminologia
está em desuso. Sua forma metálica apresenta uma coloração prateada, com brilho característico,
mas com um aspecto escamoso, além de ser bastante quebradiço. Existem apenas dois isótopos
naturais do antimônio: 121Sb e 123Sb. Porém, são conhecidos 45 isótopos radioativos.
É importante ressaltar além disso que o antimônio não é um bom condutor de calor e
eletricidade. (KUBASOVA, 1979). Apesar de não ser atacado pelo oxigênio presente no ar em
temperatura ambiente, ele sofre ignição quando aquecido, com a formação de fumos de
coloração branca de composição Sb2O3.
4 Sb + 3 O2 → 2 Sb2O3
Sb2S3 + 3 Fe → 3 FeS + 2 Sb
Outra forma possível de obtenção se dá convertendo o sulfeto a óxido (Sb2O3) via aquecimento
e fazendo a sua redução com carbono (C). Além disso, o antimônio também é comercialmente
obtido como subproduto da mineração de outros metais. (KUBASOVA, 1979).
A produção de antimônio é dominada pela China, que possui mais da metade da produção
mundial desse elemento, com cerca de 60.000 toneladas anuais.
Atualmente, contudo, o antimônio tem seu principal uso na confecção de baterias chumbo-ácido,
muito utilizadas em automóveis. O teor de antimônio em ligas com chumbo varia de 4 a 6% em
massa. O Sb tem boa resistência à corrosão, assim protegendo os terminais da bateria.
8. Bismuto (Bi)
Para PHILLIPS et al. 2002 bismuto (do alemão "Wismut", "massa branca") é um elemento
químico de símbolo Bi, de número atômico 83 (83 prótons e 83 elétrons), de massa atómica igual
a 208,9 u, encontrado no grupo 15 (anteriormente denominado VA) da classificação periódica
dos elementos químicos. À temperatura ambiente, o bismuto encontra-se no estado sólido.
8.2. Aplicações
O oxicloreto de bismuto é usado extensivamente em cosméticos, e o subnitrato de
bismuto, o subcarbonato de bismuto são usados em medicina. O subsalicilato de bismuto
é um líquido cor-de-rosa usado como antidiarreico.
9. Conclusão
Tendo terminado o trabalho concluímos que Fosforo é um nome genérico dado a inúmeras
combinações distintas de fosfatos, tendo sido descoberto em 1669 por Henning Brand.
Fósforo é um não metal (apesar de existir a forma alotrópica conhecida como fósforo preto que
se comporta como um semi-metal, apresentando estrutura cristalina) multivalente pertencente
à série química do nitrogênio (grupo 15 ou 5 A) que se encontra na natureza combinado,
formando fosfatos inorgânicos, inclusive nos seres vivos. Não é encontrado no estado nativo
porque é muito reativo, oxidando-se espontaneamente em contato com o oxigênio do ar
atmosférico, emitindo luz (fenômeno da fosforescência). O fosforo é o único macronutriente que
não existe na atmosfera, se não unicamente quando encontrado em forma sólida nas rochas.
Ao mineralizar-se, é absorvido pelas raízes das plantas e se incorpora a cadeia trófica dos
consumidores, sendo devolvido ao solo, nos excrementos ou através da morte. Uma parte do
fosforo é transportada por correntes de água. Ali, se incorpora na cadeia trófica marinha ou se
acumula e se perde nos solos marinhos, aonde não pode ser aproveitada pelos seres vivos, até
que o afloramento de algas profundas possa reincorporá-lo na cadeia trófica. A partir do "guano"
ou excremento de aves pelicaniformes, o fósforo pode ser reutilizado como "guano" reiniciando
um novo ciclo. Os compostos de fósforo intervêm em funções vitais para os seres vivos, sendo
considerado um elemento químico essencial e um dos elementos CHONPS. O fósforo tem
relevante papel na formação molecular do ADN e do ARN, bem como do ATP, adenosina tri-
fosfato. As células utilizam-no para armazenar e transportar a energia na forma de fosfato de
adenosina. Além disso, funciona como íons tampões, impedindo a acidificação ou alcalinização
do protoplasma.