Psicopatologias

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Aula 04

Psicologia para Concursos - Curso Regular 2018

Marina Beccalli

13995860761 - Raquel Sena


SUMÁRIO PÁGINA

1. Psicopatologia 02

2. Diagnóstico Psicopatológico 08

3. Entrevista 14

3.1 Transferência e contratransferência 16


889967
4. Funções psíquicas 17

5. Fundamentos da Psicopatologia Geral 26

6. Implicações estruturais e dinâmicas das


29
Psicopatologias

7. Resolução de questões 47

8. Resumo 67

9. Lista de questões 69

10. Gabarito 82

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1 PSICOPATOLOGIA

Campbell (1986 apud Dalgalarrondo 2008) define a


psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental suas
causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.

A psicopatologia seria um conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do


indivíduo. É uma ciência autônoma que busca ser sistemática, elucidativa e desmistificante
(Dalgalarrondo, 2008).

De acordo com Dalgalarrondo (2008), o campo da psicopatologia inclui um grande número de


fenômenos humanos, associados ao que se denominou historicamente de doença mental,
envolvendo vivências, estados mentais e padrões comportamentais que apresentam.

Jaspers (apud Dalgalarrondo, 2008) fala dos limites da psicopatologia: é preciso estudar o homem
N J
1913/1979), e os limites da psicopatologia seriam que nunca se pode reduzir por completo o ser
humano a conceitos psicopatológicos.

Na psicopatologia e na medicina há vários critérios de normalidade e anormalidade. A utilização de


um modelo ou outro depende das opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional
(Dalgalarrondo, 2008; Lima, 2012).

De acordo com Dalgalarrondo (2008), quando se estudam os sintomas psicopatológicos, dois


aspectos básicos precisam ser o foco: a forma dos sintomas, isto é, sua estrutura básica, parecida
em diversas pessoas (alucinação, delírio, ideia obsessiva, labilidade afetiva, etc.), e seu conteúdo
(conteúdo de culpa, religioso, de perseguição, etc.). O conteúdo que permeia a estrutura do sintoma
é mais pessoal, dependendo da história de vida do paciente, de seu universo cultural e da
personalidade prévia ao adoecimento.

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De acordo com Dalgalarrondo (2008), o estudo da doença mental depende da observação cuidadosa
de suas manifestações. A observação deve ser feita com a ordenação dos fenômenos. É preciso
definir, classificar, interpretar e ordenar os dados de acordo com uma determinada perspectiva,
seguindo certa lógica.

De acordo com Dalgalarrondo (2008), o conceito de normalidade em psicopatologia também


implica a própria definição do que é saúde e doença mental. De acordo com algumas perspectivas,
podemos ter como consequências da determinação da anormalidade:

1. Psiquiatria legal ou forense: implicações legais, criminais e éticas, podendo definir o destino
social, institucional e legal de uma pessoa.

2. Epidemiologia psiquiátrica: a discussão e o aprofundamento do conceito de normalidade em


saúde.

3. Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria: estudo da relação entre o fenômeno patológico e o


contexto social no qual tal fenômeno emerge, recebendo um significado cultural.

4. Planejamento em saúde mental e políticas de saúde: verificar as demandas assistenciais de


determinado grupo, as necessidades de serviços, quais e quantos serviços devem ser colocados à
disposição desse grupo.

5. Orientação e capacitação profissional: São importantes na definição de capacidade e adequação


de um indivíduo para exercer certa profissão, manipular máquinas, usar armas, dirigir veículos, etc.

6. Prática clínica: ajuda a determinar, em processo de avaliação e intervenção clínica, se um


fenômeno é patológico ou normal, se faz parte de um momento existencial do indivíduo ou é algo
de fato patológico.

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De acordo com Dalgalarrondo (2008), há vários critérios de normalidade e anormalidade


em medicina e psicopatologia. A adoção de um ou outro depende de opções filosóficas,
ideológicas e pragmáticas do profissional.

1. Normalidade como ausência de doença:


“ R L - D
N de um transtorno mental
definido. Critério falho e precário, pois define-se a normalidade não por aquilo que ela
supostamente é, mas, sim, por aquilo que ela não é, pelo que lhe falta (Almeida Filho; Jucá, 2002,
apud Dalgalarrondo, 2008).

2. Normalidade ideal:
socialmente constituída e referendada, dependendo de critérios socioculturais e ideológicos
arbitrários.

3. Normalidade estatística: identifica norma e frequência, aplicando-se especialmente a fenômenos


quantitativos, com determinada distribuição estatística na população geral (como peso, altura,
tensão arterial, horas de sono, quantidade de sintomas ansiosos, etc.). O normal passa a ser aquilo
que aparece com mais frequência. Os indivíduos que se situam estatisticamente fora (ou no
extremo) de uma curva de distribuição normal passam a ser considerados anormais ou doentes. É
um critério muitas vezes falho, pois nem tudo o que é frequent
nem tudo que é raro ou infrequente é patológico.

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4. Normalidade como bem-estar: A Organização Mundial de Saúde definiu, em 1946, a saúde como
o completo bem-estar físico, mental e social, e não doença. Conceito muito vasto e impreciso, além
desse completo bem-estar físico, mental e social ser tão utópico que poucas pessoas se encaixariam

5. Normalidade funcional: o fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é


disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social.

6. Normalidade como processo: consideram-se os aspectos dinâmicos do desenvolvimento


psicossocial, das desestruturações e das reestruturações ao longo do tempo, de crises, de mudanças
próprias a certos períodos etários.

7. Normalidade subjetiva: percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de


saúde, às suas vivências subjetivas.

8. Normalidade como liberdade: Alguns autores conceituam a doença mental como perda da
liberdade existencial. A doença mental seria um fechamento, fossilização das possibilidades
existenciais.

9. Normalidade operacional: define-se, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se


trabalhar operacionalmente com esses conceitos.

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(HEPP IBFC 2014) Com relação ao conceito de normalidade, constantemente discutido na


área de saúde mental e psicopatologia dê valores verdadeiro (V) ou falso (F).

( ) Uma definição de normalidade que costuma ser usada em estudos normativos do


comportamento baseia-se no princípio da curva de distribuição normal, que considera a faixa
intermediária como normal, e os extremos como anormais, numa abordagem amparada pelo
princípio estatístico.

( ) Sua definição é dependente da abordagem teórica do profissional, suas opções filosóficas e


ideológicas.

( ) O conceito conhecido como normalidade como processo é baseado em aspectos funcionais,


sendo que o fenômeno é considerado patológico quando produz sofrimento para o indivíduo
ou para o seu grupo social.

A ordem correta de afirmações verdadeiras e falsas, de cima para baixo é:

(A) V, V, F.

(B) F, F, V.

(C) F, V, F.

(D) V, V, V.

COMENTÁRIOS:

Assertiva 1: VERDADEIRA. A ideia de curva normal traz o conceito da normalidade pela via da
estatística. Na faixa intermediária haverá maior representatividade de frequências e ela será
colocada como referência para a normalidade, enquanto os extremos são vistos como
anormalidades, casos raros e quantitativamente serão uma faixa de menor proporção.

Assertiva 2: VERDADEIRA. O critério de normalidade depende da abordagem teórica seguida


pelo profissional.

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Assertiva 3: FALSA. O conceito de normalidade está para além da funcionalidade, envolve


também o sofrimento que a patologia traz para o indivíduo e para o meio que ele vive.

RESPOSTA: A.

(UE/PA PROGRAD/DDA- 2014) Quando se estuda os sintomas psicopatológicos, costuma-se


enfocar dois aspectos básicos que são:

(A) Forma dos sintomas e contradição.


(B) Forma dos sintomas e alucinação.
(C) Forma de delírio e alucinação.
(D) Forma dos sintomas e satisfação.
(E) Forma dos sintomas e seu conteúdo.

COMENTÁRIOS:
(A) INCORRETA. A contradição não é um aspecto básico que se estuda na psicopatologia.
(B) INCORETA. A alucinação é um tipo específico de sintoma, associado a percepção de um
objeto ou som que não existe.
(C) INCORRETA. Delírio é um outro tipo de sintoma, presente nas psicoses, em que se constrói
crenças e histórias elaboradas e mirabolantes de que se tem absoluta certeza.
(D) INCORRETA. A satisfação não é um aspecto a ser estudado na psicopatologia.
(E) CORRETA. A forma e o conteúdo dos sintomas são os aspectos primordiais estudados pela
Psicopatologia.

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2 DIAGNÓSTICO PSICOPATOLÓGICO

Aristóteles (apud Dalgalarrondo, 2008) diz:

Portanto, quem possua a noção sem a experiência, e conheça o universal ignorando o


particular nele contido, enganar-se-á muitas vezes no tratamento, porque o objeto da
cura é, de preferência, o singular.

De acordo com Dalgalarrondo (2008), no processo diagnóstico, existe uma relação entre o
particular, singular e o geral, universal (categoria diagnóstica à qual essa pessoa pertence). Não se
deve esquecer: os diagnósticos são ideias (constructos), mas não objetos reais e concretos.

O diagnóstico psicopatológico faz uso dos dados clínicos, momentâneos (exame psíquico) e
evolutivos (anamnese, história dos sintomas e evolução do transtorno). É essa totalidade clínica
que, avaliada e interpretada com conhecimento (teórico e científico) e habilidade (clínica e
intuitiva), gera um diagnóstico psicopatológico.

De acordo com Dalgalarrondo (2008), a avaliação do paciente é feita principalmente por meio da
entrevista, por meio da qual o profissional pode obter informações valiosas para o diagnóstico
clínico, para o conhecimento da dinâmica afetiva do paciente e para a intervenção e o planejamento
terapêuticos mais adequados.

Com a utilização da entrevista, consegue-se realizar (Dalgalarrondo, 2008):

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• Anamnese: histórico de sintomas que o paciente apresenta ao longo da vida, seus


antecedentes pessoais e familiares.
• Exame psíquico: é um exame do estado mental, envolvendo o relato da
observação do entrevistador quanto a aparência e comportamentos do paciente,
relacionados também às funções psíquicas.
• Exames complementares: exames laboratoriais, neurofisiológicos e de
neuroimagem.
• Exame físico lmente
com pacientes muito regredidos, inseguros, e mesmo com os pacientes psicóticos.

O psicodiagnóstico ajuda muito no diagnóstico psicopatológico. De acordo com Dalgalarrondo


(2008), os testes projetivos mais utilizados são: o teste de Rorschach; o TAT (Teste de Apercepção
Temática, de Murray); o Teste de Relações Objetais TRO de Phillipson; o Teste das Pirâmides, de
Pfister; e o HTP-F (teste de desenho da casa-árvore-pessoa-família), de Buck (2003). Dependem
muito da habilidade, do conhecimento e da experiência interpretativa do psicólogo clínico que os
utiliza.

Já os testes de personalidade estruturados mais usados são o MMPI, o 16-PF e, a partir dos anos
M C J “ is
objetivos, com melhor confiabilidade. Para rastreamento (screening) de possíveis alterações
cerebrais, os testes de Bender e Benton são bastante utilizados.

De acordo com Dalgalarrondo (2008), é importante, desde o início, notar o aspecto global do
paciente, expresso pelo corpo e pela postura corporal, pelas roupas, pelos acessórios, por detalhes
como maquiagem, perfumes, odores, marcas corporais (tatuagens, queimaduras, etc.), porte e
atitudes psicológicas.

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Etapas de uma avaliação psicopatológica:

1. Observação clínica;

2. Avaliação física;

3. Avaliação psicopatológica (entrevista e exame das funções psíquicas e suas possíveis


alterações);

4. Exames complementares (além dos exames citados, pode-se fazer o uso de testes
psicológicos);

5. Hipótese diagnóstica.

Segundo Miranda Sá Jr. (1988), os objetivos da anamnese são:

• Ajudar na conclusão do diagnóstico;

• Orientar um plano terapêutico e a avaliação de sua eficácia;

• Gerar informações para um possível prognóstico do caso;

• Ajudar em atendimentos do paciente no futuro;

• Fornecer novos conhecimentos para o planejamento da assistência, para os estudos


estatísticos e para as investigações epidemiológicas.

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De acordo o mesmo autor, uma anamnese deve conter:

• Dados de identificação: nome, sexo, idade, estado civil, profissão, escolaridade, residência.

• Queixa principal: descrição das queixas, como refletem no comportamento, suas


consequências, que reações provocam nas pessoas, que consequências o adoecimento
provocou no trabalho, etc.

• História da doença atual: reconstituição da doença, quando começou, como se apresentou,


que fatores influenciaram, que fatores podem estar ainda influenciando, se foi feito algum
tratamento (terapias, medicações, internamentos ou outros) ou que tipo de ajuda foi
procurada. Como evoluiu a doença, se ocorreram crises, se sim descrevê-las.

• Antecedentes familiares: pais, se estão vivos, se têm doenças, se estão mortos e qual foi a
causa, que idade tinham, traços de personalidade, biotipo. Perguntar sobre a mãe, número
de gestações que teve, se teve abortos, os filhos nascidos vivos, número de irmãos e irmãs,
posição do paciente na ordem de nascimentos, relacionamento entre eles, predileções, rixas,
se algum tinha alguma doença psiquiátrica. Se há histórico de doenças psiquiátricas na família
(nervosismo, retardamento, loucura, ataques), hábitos tóxicos, conduta antissocial ou
criminosa, homicídios, suicídios.

• Antecedentes pessoais: condições da gestação, se foi desejada ou planejada, se ocorreu


algum problema, como quadros infecciosos, traumatismos, toxicidade ou desnutrição. Avaliar
também condições do parto, se foi prematuro, se foi normal, cesariana, rápido ou se
demorou. Avaliar também as condições do recém-nascido, anotar peso e estatura ao nascer,
como foi seu desenvolvimento psicomotor, doenças na infância. Se sofria de sonambulismo,
terror noturno, pesadelos frequentes, hiperatividade, agressividade. Se há traumas
psicológicos, se o paciente sofreu algum tipo de violência, agressões ou abusos. Se sofreu
convulsões ou desmaios, doenças venéreas, doenças infecciosas, cirurgias ou se tinha hábitos
tóxicos.

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• Antecedentes sociais: as condições sociais e psicológicas da vida infantil, a situação jurídica,


social e econômica da família, as relações afetivas e atitudes dos pais. A escolaridade, que
idade foi alfabetizado, se tinha dificuldades para ler, se reprovou em algum ano letivo na
escola, como era o relacionamento com os colegas e professores, que cursos fez e como foi
sua formação escolar.

• Vida profissional: idade em que começou a trabalhar, como encara o trabalho, a ocupação,
a profissão, histórico de empregos e demissões, situação profissional atual, salário, relações
com colegas e superiores, se há frustrações profissionais ou aspirações para o futuro.

• Psicossexualidade e vida sentimental: quando teve seu primeiro relacionamento amoroso,


frustrações amorosas, atitudes frente ao sexo oposto, idade e condições da iniciação sexual,
como como é a satisfação, se há episódios ou quadros de homossexualidade, relação do
paciente com a masturbação, se tem dificuldades sexuais, frigidez, ejaculação precoce,
impotência. Se houve noivados, casamentos, separações, relacionamentos extra-conjugais, o
ajustamento conjugal no presente e passado.

• Padrões de ajustamento anteriores à doença: como era a situação econômica, as condições


de habitação, hábitos sociais, lazer, traços de personalidade.

• Exame mental: aspecto geral (cuidado pessoal, higiene, vestimentas, postura e atitude do
paciente durante a entrevista). Se o paciente possui o desejo de ser ajudado, como estão suas
funções psíquicas. Observar as funções de consciência, senso de realidade, orientação,
humor/afetividade, atenção, volição, memória, psicomotricidade, consciência do eu,
pensamento, inteligência, linguagem, senso crítico e noção de doença.

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(UE/PA PROGRAD/DAA 2014) Na psicopatologia, para extrair um conhecimento relevante


durante o atendimento com o paciente, se faz necessário aplicar dois eixos básicos, que são:

(A) Anamnese e o exame físico.


(B) Anamnese e o exame orgânico atual.
(C) Anamnese e orientação.
(D) Anamnese e orientação alimentar.
(E) Anamnese e o exame psíquico ou exame do estado mental.

COMENTÁRIOS:
(A) INCORRETA. O exame físico não é suficiente para o conhecimento da patologia.
(B) INCORRETA. Muitas patologias têm características psíquicas que não conseguem ser
medidas em exames orgânicos.
(C) INCORRETA. A orientação faz parte da avaliação do estado mental do paciente, mas apenas
ela e a anamnese não são suficientes para o propósito.
(D) INCORRETA. A orientação alimentar se faz muito mais importante na avaliação dos
transtornos alimentares, mas não tanto nas psicopatologias em geral.
(E) CORRETA. Uma boa anamnese e o exame do estado mental trarão boas informações e
suficientes para produzir conhecimentos importantes.

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3 ENTREVISTA

De acordo com Dalgalarrondo (2008), o profissional, em uma


entrevista, deve ter habilidades de formular perguntas adequadas, ou pode ter que evitar fazer
certas perguntas e apontamentos. É importante que haja uma relação empática entre o profissional
e o paciente, devendo o profissional acolher o sofrimento do paciente, escutando-o em sua história
e experiências de vida. O profissional pode ter que estabelecer também limites em relação a
pacientes invasivos ou agressivos.

A escolha do tipo de entrevista e do manejo em sua condução varia em função do paciente, de


onde será realizada a entrevista (contexto institucional), de quais são seus objetivos e da
personalidade do entrevistador.

De acordo com Dalgalarrondo (2008), existem algumas coisas que devem ser evitadas durante a
condução da entrevista, como posturas rígidas e estereotipadas do entrevistador, uma atitude
muito neutra ou fria, reações de pena ou compaixão às falas do paciente. O entrevistador também
deve evitar fazer comentários valorativos ou julgamentos, responder de maneira hostil e fazer
muitas anotações durante a entrevista.

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Dalgalarrondo (2008), a entrevista inicial é muito importante para


o diagnóstico e para tratamento em saúde mental. Esse primeiro contato, sendo bem-conduzido,
deve produzir no paciente uma sensação de confiança e de esperança em relação ao alívio do
sofrimento.

Dalgalarrondo fala de formas de conduzir a entrevista, de acordo com o tipo de paciente. Pacientes
mais organizados mentalmente, com inteligência normal, com escolaridade boa ou razoável, fora
de um estado psicótico, devem ser entrevistados de forma mais aberta, podendo falar e se expressar
como desejarem. O entrevistador deve falar pouco, devendo incitar o paciente a falar mais sobre
sua história.

Já no caso de pacientes mais desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico, com
altos níveis de ansiedade, deve-se conduzir a entrevista de forma mais estruturada, devendo o
entrevistador falar mais, fazendo perguntas mais simples e diretas de responder.

Em relação a pacientes muito tímidos, ansiosos ou paranoicos, deve-se fazer primeiro perguntas
mais básicas, como nome, onde mora, profissão, estado civil. Aos poucos, o entrevistador passa a
elaborar perguntas mais íntim P

De acordo com Dalgalarrondo, o paciente pode estar muito ansioso nos contatos iniciais e usar
mecanismos defensivos como riso, silêncio, perguntas inadequadas, comentários circunstanciais
sobre o profissional, sendo estratégias involuntárias ou propositais que podem estar sendo
utilizadas para que o paciente evite falar de si, de seu sofrimento, de suas dificuldades.

O profissional deve lembrar polidamente ao paciente que a entrevista tem como objetivo poder
melhor ajudá-lo. Ele também deve deixar claro para o paciente que a pessoa do entrevistador não é
o tema da entrevista.

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3.1 TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA

De acordo com Dalgalarrondo (2008), trata-se de conceitos


primeiramente propostos por Freud, mas que ocorrem também na entrevista inicial. A transferência
seriam reações emocionais do paciente, tanto positivas quanto negativas, ligadas a situações
emocionais de seu passado envolvendo suas relações primárias com seus pais e que são projetadas
no profissional. Ou seja, o paciente projeta inconscientemente no profissional sentimentos
primordiais e infantis que nutria por pessoas significativas de sua infância.

Já a contratransferência ocorre do profissional em relação ao paciente, pois aquele projeta


sentimentos de seu passado (hostis ou afetuosos) no paciente. Seus sentimentos também podem
interferir na leitura e condução do caso. É necessário que o profissional reconheça esses fenômenos
e maneje seus próprios conflitos internos.

SIMULAÇÃO E DISSIMULAÇÃO

De acordo com Dalgalarrondo (2008), é necessário que o profissional saiba da possibilidade de que
os dados fornecidos na entrevista tenham sido manipulados ou alterados pelo próprio paciente. A
dissimulação seria quando o paciente tenta esconder propositalmente sintomas e sinais
alarmantes, I
ou de tomar medicamentos psiquiátricos ou simplesmente de ser taxado com um diagnóstico de
doente mental.

Já a simulação seria quando o paciente cria propositalmente um sintoma, por exemplo dizendo
que ouve vozes, ou vê coisas que não estão realmente lá. Isso ocorre na tentativa de conseguir algum
benefício, como aposentadoria, dispensa do trabalho, não ser preso, pois as circunstâncias são
diferentes quando se trata de um indivíduo que possui diagnóstico de doença mental.

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4 FUNÇÕES PSÍQUICAS

De acordo com Dalgalarrondo (2008), apesar de ser feito o estudo analítico das funções psíquicas
isoladas e de suas alterações, na verdade a separação da atividade mental em distintas funções
psíquicas é um procedimento artificial.

O autor propõe que no exame psíquico se observe:

Exame psíquico (estado mental atual e nos dias anteriores à consulta; utilizar, de preferência, as
palavras do paciente)

1. Aspecto geral: cuidado pessoal, higiene, trajes, postura, mímica, atitude global do
paciente.
2. Nível de consciência.
3. Orientação alo e autopsíquica.
4. Atenção.
5. Memória (fixação e evocação).
6. Sensopercepção.
7. Pensamento (curso, forma e conteúdo).
8. Linguagem.
9. Inteligência.
10. Juízo de realidade.
11. Vida afetiva (estado de humor basal, emoções e sentimentos predominantes).
12. Volição.
13. Psicomotricidade.
14. Consciência e valoração do Eu.
15. Vivência do tempo e do espaço.
16. Personalidade.
17. Descrever sentimentos contratransferenciais.

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18. Crítica em relação a sintomas e insight.


19. Desejo de ajuda.
20. Se for o caso, o tratamento é voluntário ou involuntário?

Dalgalarrondo (2008) também traz as funções mais afetadas nas diversas categorias de transtornos:

Transtornos psico-orgânicos

Nível de consciência

Atenção (também nos quadros de mania, principalmente)

Orientação

Memória

Inteligência

Linguagem (também nas psicoses)

Transtornos afetivos, neuróticos e da personalidade

Afetividade

Vontade

Psicomotricidade

Personalidade

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Transtornos psicóticos

Sensopercepção

Pensamento

Juízo de realidade

Vivência do Eu

MANUAIS DIAGNÓSTICOS

De acordo com Dalgalarrondo (2008), atualmente, existem a Classificação Internacional de Doenças


(CID), que foi organizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DMS), elaborado pela Associação Psiquiátrica Americana
(APA).

As síndromes seriam grupos estáveis de sintomas que derivam de


várias causas. Segundo Dalgalarrondo (2008), o diagnóstico da síndrome ocorre através do raciocínio
clínico e vai evoluindo aos poucos durante as primeiras avaliações até chegar a um conhecimento
de fato sobre o paciente e seu sofrimento mental.

Após identificar os sintomas e ligá-los a determinadas síndromes clínicas, Dalgalarrondo recomenda


que o profissional elabore hipóteses de diagnósticos de transtornos mentais, conforme os
Manuais: CID-10 e DSM-5.

Dalgalarrondo (2008) traz que as síndromes depressivas são atualmente um problema prioritário de
saúde pública. Segundo a OMS, a depressão maior unipolar é a primeira causa de incapacidade
dentre todas as doenças. Os transtornos depressivos têm como característica principal o humor
triste. Mas também envolvem outros sintomas, dentre os quais:

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• Sintomas afetivos: tristeza, melancolia, choro fácil/frequente, apatia, sentimento


de tédio, aborrecimento, maior irritabilidade, angústia, ansiedade, desespero,
desesperança.
• Sintomas instintivos e neurovegetativos: fadiga, cansaço fácil/constante,
desânimo, diminuição da vontade, insônia ou muito sono, perda ou aumento do
apetite, constipação, palidez, diminuição da libido, diminuição da resposta sexual,
incapacidade de sentir prazer em várias esferas da vida.
• Sintomas ideativos: pessimismo, arrependimento, culpa, o mundo visto como um
lugar entediante, ideais de morte, desejo de desaparecer, dormir para sempre,
ideações/planos/atos suicidas.
• Sintomas cognitivos: déficit de atenção ou concentração, déficit secundário de
memória, dificuldade de tomar decisões.
• Sintomas de auto valoração: baixa autoestima, sentimento de
insuficiência/incapacidade, vergonha, auto depreciação.
• Sintomas de volição e psicomotricidade: vontade de ficar na cama o dia todo,
lentificação psicomotora até o estupor, diminuição da fala, redução da voz, fala
lenta, mutismo, recusa a se alimentar, recusa a interagir com outras pessoas.
• Sintomas psicóticos: ideias delirantes, delírio de miséria, delírio de culpa, delírio
hipocondríaco, delírio de inexistência, alucinações auditivas, ilusões visuais,
ideação paranoide.

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As síndromes depressivas são divididas em:

• Episódio ou Fase Depressiva e Transtorno Depressivo Recorrente: no episódio depressivo,


os sintomas estão presentes por no mínimo 2 semanas e no máximo 2 anos de forma
ininterrupta, com média de 6 meses. O diagnóstico de transtorno depressivo recorrente é
dado quando, durante sua vida, o indivíduo passa por episódios depressivos que nunca são
intercalados por episódios de mania.
==d946f==

• Distimia: é uma depressão crônica, de intensidade leve e persistente. Tem início precoce na
vida adulta e dura vários anos. Possui sintomas característicos como: diminuição da
autoestima, fadiga, dificuldade de tomar decisões ou se concentrar, irritabilidade e
sentimentos de desesperança. Os sintomas devem existir por pelo menos 2 anos.

• Depressão atípica: episódios depressivos leves a graves, ou pode aparecer no transtorno uni
ou bipolar. Além dos sintomas comuns da depressão, surgem outros bem característicos,
como: aumento do apetite ou ganho de peso, hipersonia (>10h/dia), sensação do corpo
pesado. Tudo que se passa com o paciente seria um sinal interpretado por ele como rejeição,
reatividade do humor aumentada, fobias.

• Depressão tipo melancólica ou endógena: sintomas endógenos e caráter mais


neurobiológico, sendo pouco influenciada por fatores psicológicos. Os sintomas são:
hiporreatividade geral, tristeza vital, lentidão psicomotora, perda de apetite e peso corporal,
depressão pela manhã, melhora gradual ao longo do dia, insônia, diminuição da latência do
sono REM, sentimento de culpa.

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• Depressão psicótica: depressão grave, em que aparecem também sintomas psicóticos, como
o delírio e as alucinações.

• Estupor depressivo: estado depressivo grave. O paciente fica durante dias em estado de
calepsia (imóvel), geralmente em seu próprio leito, não respondendo ao ambiente. Recusa-
se a se alimentar e usa seu próprio leito para defecar e urinar.

• Depressão agitada ou ansiosa: forte presença de ansiedade e inquietação psicomotora. O


paciente reclama de muita angústia e também de sintomas depressivos. Há risco de suicídio
nos casos mais graves.

• Depressão secundária: causada ou associada a uma doença ou quadro clínico somático, como
a Doença de Parkinson, o AVC, o hipotireoidismo.

(HEPP IBFC 2014) A depressão é, atualmente, um grave problema de saúde, sendo


responsável por ser a psicopatologia que mais incapacita pessoas ao redor do mundo. Assinale
a alternativa INCORRETA em relação ao transtorno depressivo maior:

(A) É duas vezes mais frequente no sexo feminino que no masculino.

(B) Pode aumentar o tempo de internação dos pacientes hospitalizados, e a morbidade em


casos de pós-operatórios.

(C) Está associado com alta mortalidade.

(D) Seu início é considerado somente a partir da idade adulta.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. A depressão aparece com maior frequência em mulheres do que em homens.

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(B) CORRETA. Muitas pesquisas mostram o alto risco de desenvolver depressão no pós-
operatório e no caso de pacientes hospitalizados.

(C) CORRETA. A associação da depressão com outras doenças aumenta o nível da taxa de
mortalidade, pois muitas vezes ela não é ou é mal diagnosticada, o que não permite seu
tratamento adequado.

(D) INCORRETA. A depressão pode surgir na infância até a velhice.

SÍNDROME MANÍACA

De acordo com Dalgalarrondo (2008), as síndromes maníacas trazem como sintoma característico a
euforia e a expansão do eu. Ocorre também o taquipsiquismo (aceleração das funções psíquicas)
por meio da agitação psicomotora, exaltação e pensamento acelerado. Há um aumento da
autoestima, elação (sentimento de expansão e engrandecimento do eu), insônia, que aparece
associada a uma diminuição da necessidade de sono, logorreia, produção verbal rápida, fluente e
persistente, agitação psicomotora, irritabilidade, arrogância, agressividade, desinibição social e
sexual, tendência exagerada a comprar objetos ou a dar seus pertences, ideias de grandeza, poder,
importância social, podendo chegar a delírios de grandeza e alucinações.

As síndromes maníacas são divididas em:

• Mania franca ou grave: forma mais intensa, com taquipsiquismo acentuado, agitação
psicomotora também, fuga de ideias e delírio de grandeza.

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• Mania irritada ou disfórica: irritabilidade, mau-humor, hostilidade com as pessoas, com


possibilidade de heteroagressividade e destruição de objetos.

• Mania mista: aparecem sintomas maníacos e depressivos, podendo ocorrer juntos ou


alternando-se rapidamente. Aparece com mais frequência em jovens e em idosos.

• Hipomania ou episódio hipomaníaco: o indivíduo sente-se mais disposto, fala muito, conta
piadas, não se sente mal com as dificuldades da vida. O indivíduo não se cansa muito após
diversas atividades e deseja fazer sempre mais. Ocorre uma diminuição da necessidade de
dormir. O aspecto característico é que o indivíduo ou seu entorno não são necessariamente
prejudicados pela doença e não há sintomas psicóticos.

• Ciclotimia: o indivíduo passa por muitos e frequentes episódios, com sintomas leves
depressivos e depois discreta elação do humor (hipomania), que ocorrem sem que o indivíduo
passe por um episódio completo de depressão ou de mania.

• Mania com sintomas psicóticos: episódio maníaco grave com sintomas psicóticos, tais como
delírio de grandeza, delírios místicos, podendo surgir também alucinação auditiva ou visual.
O paciente tem seu comportamento bastante alterado, com agitação psicomotora e
desinibição social.

• Transtorno bipolar tipo I: episódios depressivos leves a graves, alternados com fases de
normalidade e com fases maníacas.

• Transtorno bipolar tipo II: episódios depressivos leves a graves alternados com períodos de
normalidade e depois fases hipomaníacas.

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• Transtorno afetivo bipolar, tipo ciclador rápido: muitas fases aparecem sucessivamente e
em pouco tempo: depressivas, maníacas, hipomaníacas ou mistas, com apenas breves
períodos de remissão. O paciente deve apresentar pelo menos 4 fases bem definidas e
diferentes da mania (ou hipomania) e/ou da depressão, em um ano.

(HC UFG/GO COREMU CENTRO DE SELEÇÃO/UFG 2014) Uma paciente jovem, que segue
atendimento psicológico no Ambulatório de Psicologia, apresentou taquipsiquismo,
manifestando-se com agitação psicomotora, exaltação, loquacidade e até logorreia. Durante a
sessão, observou-se que ela se mantinha alegre e brincalhona, mas com o tempo, revelou-se
irritada, arrogante, com alterações de humor entre euforia e elação. A paciente falava mais do
que pensava. (DALGALARRONDO, Paulo. Evolução do Cérebro. São Paulo: Artmed, 2001, p.
406).

Este quadro psicopatológico é conhecido como:

(A) Paranoia.

(B) Transtorno bipolar.

(C) Histriônico.

(D) Mania.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. A paranoia traz um sentimento extremo de desconfiança, mal fundamentado,


podendo envolver inclusive delírios de perseguição. É como se tudo que ocorresse no mundo
fosse direcionado para o indivíduo e um sinal para ele.

(B) INCORRETA. O transtorno bipolar tem episódios depressivos alternados com estados de
mania.

(C) INCORRETA. No transtorno de personalidade histriônico, o paciente tem forte necessidade


de chamar atenção para si, buscando fortemente aprovação, expressando seus sentimentos
de forma desproporcional.

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(D) CORRETA. Na mania, o paciente apresenta humor elevado de forma persistente,


mostrando-se excessivamente expansivo. Pode aparecer sob forma de agitação psicomotora,
exaltação, taquipsiquismo e irritação elevada.

5 FUNDAMENTOS DA PSICOPATOLOGIA GERAL

ESTRUTURAS CLÍNICAS

N N P -1925), Freud aponta uma diferença básica entre neurose e


psicose:
desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas
(Freud,1923/1925, pág 189).

Para Freud, conforme conceitua no mesmo texto, temos que:

• Neurose: se caracteriza por uma recusa do ego em aceitar a poderosa pulsão do id, recusando
a posição de mediador da satisfação pulsional. Ele opera a serviço do superego e da realidade
O
em se fazer conhecido, logo, ele escolhe vias substitutas. O sintoma aparece, então, como
sendo uma representação substitutiva. Tudo isso promove o quadro da neurose.

• Psicose: existe um conflito entre o ego e o mundo externo. O sujeito cria uma nova realidade,
de acordo com os impulsos desejosos do id. Há uma perturbação entre o eu e o mundo
externo, com a criação de uma realidade delirante e alucinatória (a loucura).

F AP R N P tanto na neurose quanto


na psicose existe uma perturbação da relação do sujeito com a realidade.

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N a realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose


ele é remodelado... a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta
substituí- F

Para Freud, o mais importante não é a perda da realidade (que está posto nas duas estruturas), mas
sim os substitutos encontrados para lidar com isso. Na neurose, o substituto é a fantasia; já na
psicose, os substitutos são delírio e alucinação.

PSICOSE: pode ser dividida em Esquizofrenia, Autismo e Paranóia. Seu mecanismo de defesa é a
foraclusão.

NEUROSE: Neurose Obsessiva e Histeria. Seu mecanismo de defesa é o recalque.

PERVERSÃO: não costuma ser dividida, mas pode se apresentar na forma de voyeurismo, fetichismo,
sado-masoquismo, pedofilia.

NEUROSE: Os sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado,


de origem infantil. Segundo o texto Neurose e Psicose, escrito por Freud em 1923, o quadro de
neurose pode ser descrito como o resultado de um conflito entre o ego e o id; e sintoma é uma
representação conciliatória deste conflito. De acordo com Freud, a neurose representa uma
condição resultante entre o conflito que o ego entra com o Id a serviço das limitações impostas pela
realidade do mundo externo.

Freud divide a neurose em:

Neurose histérica - conversão de conflitos psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da


consciência, envolvendo os chamados transtornos dissociativos (de conversão), com o mecanismo
chamado de somatização.

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Neurose obsessiva sintomas como as compulsões e obsessões, relacionada ao transtorno


obsessivo-compulsivo (TOC).

Neurose de angústia - sintoma é a angústia.

Neurose fóbica - sintoma é a fobia.

Neurastenia envolve o estresse e depressão (se assemelha à Síndrome de Burnout).

Psiconeurose não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa.

PSICOSE: A F
neurose. Na psicose, a libido não se volta para os objetos externos e sim se volta para o próprio
sujeito. A psicose envolveria uma perturbação entre o eu e o mundo externo.

Por meio da alucinação, o sujeito constrói uma realidade própria.

PERVERSÃO

Em seu texto "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", Freud diz que a neurose é o "negativo da
N
realidade alucinatória, e a perversão traz a negação da castração, e a libido se fixa na sexualidade
infantil. Na perversão, o sujeito é conduzido pelo imperativo do gozo. O perverso é aquele que sabe
da castração, mas a ignora, tomando o Outro como objeto de gozo.

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6 IMPLICAÇÕES ESTRUTURAIS E DINÂMICAS DAS PSICOPATOLOGIAS

Não existem funções psíquicas isoladas e alterações


psicopatológicas de uma única função: é sempre a pessoa na sua totalidade que adoece. As funções
alteradas fazem surgir transtornos, ligados à personalidade inteira, atingida na sua estrutura e em
seu modo de existir (DALGALARRONDO, 2008).

CONSCIÊNCIA E SUAS ALTERAÇÕES (C10)

• Definição neuropsicológica de consciência: estado de estar desperto, acordado, lúcido (estar


consciente).

• Definição psicológica: dimensão subjetiva da atividade psíquica.

• Definição ético-filosófica: capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as


responsabilidades (consciência moral ou ética).

CAMPO DA CONSCIÊNCIA

O inconsciente: É regido pelo princípio do prazer por meio do processo primário em forma de
condensação e deslocamento. Possui caráter dinâmico.

(1) Atemporalidade
(2) Isenção de contradição
(3) Princípio do Prazer
(4) Processo primário

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ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA CONSCIÊNCIA

Alterações patológicas quantitativas da consciência: Rebaixamento do nível de consciência.

Graus de rebaixamento da consciência:

1. Obnubilação ou turvação da consciência

2. Sopor.

3. Coma.

Síndromes psicopatológicas associadas ao rebaixamento do nível de Consciência:

Delirium

Estado onírico

Alterações qualitativas da consciência

1. Estados crepusculares

2. Estado segundo.

3. Dissociação da consciência.

4. Transe.

5. Estado hipnótico.

6. Experiência de quase-morte

A ATENÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES (C11)

Definição: direção da consciência.

Função: selecionar, filtrar e organizar.

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Natureza da atenção

atenção voluntária

concentração ativa e intencional

atenção espontânea

atenção suscitada pelo interesse momentâneo

Direção da atenção

atenção externa

projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito

atenção interna (se volta para processos mentais do próprio indivíduo)

Amplitude da atenção

atenção focal: campo determinado

atenção dispersa: difusa

Tenacidade

capacidade do indivíduo de fixar sua atenção sobre determinada área.

Vigilância

qualidade da atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro.

ANORMALIDADES DA ATENÇÃO

Diminuição global da atenção: hipoprosexia

Total perda da atenção: aprosexia

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Estado de atenção exacerbada: hiperprosexia. Decorre da superconcentração ativa da atenção


sobre determinados conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais.

Distraibilidade: mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para


fixar-se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo.

A ORIENTAÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES (C12)

Orientação: capacidade de situar-se quanto a si-mesmo e quanto ao ambiente.

Tipos

Orientação autopsíquica: orientação do indivíduo em relação a si mesmo.

Orientação alopsíquica: capacidade de orientar-se em relação ao mundo. Inclui: orientação especial,


orientação temporal (envolve duração e continuidade do tempo).

ALTERAÇÕES DA ORIENTAÇÃO (SEGUNDO A ALTERAÇÃO DE BASE)

Desorientação por redução do nível de consciência.

Desorientação por déficit de memória imediata e recente.

Desorientação apática ou abúlica

Desorientação Delirante

Desorientação por déficit intelectual

Desorientação por dissociação

Desorientação por desagregação

Desorientação quanto à própria idade.

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A SENSOPERCEPÇÃO E SUAS ALTERAÇÕES (C14)

Sensação: fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados,
originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores,
estimulando-os. Fenômeno passivo

Percepção: tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial. Dimensão


neuropsicológica e psicológica consciente Fenômeno ativo. É influenciado pela experiência (ex.
Percepção de uma mesa). Sinônimo de gnosia. Pleno conhecimento do objeto percebido

Conceitos importantes

Representação: reapresentação de uma imagem na consciência, sem a presença real, externa, do


objeto que, em um primeiro momento, gerou uma imagem sensorial. Subtipos de imagem
representativa:

Imagem eidética (eidetismo): representação, de forma muito precisa, com características


semelhantes à percepção.

Pareidolias: são as imagens visualizadas voluntariamente a partir de estímulos imprecisos do


ambiente.

Imaginação: processo de produção de imagens mnêmicas ou criadas. Geralmente ocorre na


ausência de estímulos sensoriais

Alterações da sensopercepção

Hiperestesia: Percepção aumentada. Ocorre em alguns alucinógenos, na epilepsia, enxaqueca, no


hipertireoidismo, na esquizofrenia aguda e em certos quadros maníacos.

Hipoestesia: Mundo exterior é menos estimulante (mais escuro). Ocorre na depressão.

Anestesia: Perda da percepção.

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Analgesia: Perda da percepção da dor.

Parestesias: Sensação de incômodo não doloroso. Formigamento, adormecimento, picada ou leve


queimação.

Alterações qualitativas da sensopercepção

Ilusão: percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. Há sempre um objeto real,
gerador de processo de sensopercepção.

Ilusões mnemônicas: neste caso, há um acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de


memória.

Alucinações mnemônicas: são as verdadeiras criações imaginativas com a aparência de lembranças


ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança
verdadeira. Ilusões mais comuns são as visuais.

Alucinação: percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial
respectivo. Indivíduos sem transtornos mentais podem ter visões ou ouvir vozes, sobretudo a de
parentes próximos já mortos, devido ao desejo intenso de reencontrá-los. Ocorrem na
esquizofrenia, transtorno de humor e depressão, personalidade histriônica, borderline e
esquizotípica, transtorno dissociativo, alcoolismo crônico.

Tipos

Alucinações auditivas

São as mais comuns nos transtornos mentais

I. Sonorização do pensamento

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Esquizofrenia: paciente reconhece claramente que está ouvindo os próprios pensamentos, escuta-
os no exato momento em que os pensa.

II. Sonorização de pensamentos como vivência alucinatório-delirante.

É a experiência na qual o indivíduo ouve pensamentos que foram introduzidos em sua cabeça por
alguém estranho, sendo agora ouvidos por ele.

III. Publicação do pensamento: paciente tem a convicção que os outros ouvem o seu pensamento.

Alucinação musical

Tipo raro de alucinação

Neuropatias ou casos de depressão ou uso de antidepressivos

Alucinações visuais

I. Alucinações simples: ocorrem em neuropatias específicas, esquizofrenia, enxaqueca, abuso de


álcool e epilepsia.

II. Alucinações complexas: podem estar associadas ao sono, fadiga ou emoção intensa. Ocorrem em
esquizofrenia, Alzheimer, demência, delirium, Parkinson, intoxicação por alucinógenos e narcolepsia
com catalepsia.

Alucinações táteis

Alucinações olfativas e gustativas

Alucinações cinestésicas ou cenestésicas: Ocorrem na esquizofrenia e em depressões graves.

Cenestésica: experimentar sensações alteradas nas vísceras e no


corpo.

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Cinestésica: experimentar movimento do corpo (ex. estar diminuindo ou levitando).

Alucinações funcionais: Ocorrem a partir de um estímulo sem relação alguma com o conteúdo da
alucinação (ex. Abrir o chuveiro e ver morcegos saindo).

Alucinações combinadas (sinestesias)

Vários tipos de alucinações

Alucinações extracampinais

Experimentadas fora do campo perceptivo normal

Alucinação autoscópica

Contemplar-se por fora do corpo. Fenômeno do duplo (outro eu em algum lugar).

Alucinações hipnagógicas e hipnopômpicas

Ocorrem quando estamos na relação vigília-sono-vigília

Alucinose

Alucinação percebida como estranha à pessoa. Sujeito estabelece conscientemente diferença entre
si e o sintoma. Comum em quadros psico-orgânicos, intoxicação por substâncias e tumores.

Alucinose peduncular: Alucinose com cenas, pessoas, figuras geométricas, etc.

Alucinose auditiva: Vozes que falam ao paciente em terceira pessoa. Comum em pacientes com
dependência crônica de álcool

Alterações da Percepção ou das imagens percebidas

Alucinação negativa: Não identificar o que deve ser percebido. Fator psicogênico envolvido.

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A MEMÓRIA E SUAS ALTERAÇÕES (15)

Definição: capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos já ocorridos.


Associado a consciência, com a atenção e com o interesse afetivo.

Depende de:

Nível de Consciência e atenção

Sensopercepção e interesse

Conhecimento anterior e capacidade de conhecimento

Organização temporal e canais envolvidos

Conservação (retenção)

Repetição

Associação

Evocação

Capacidade de recuperar e atualizar os dados fixados

Tipos de memória

Memória imediata ou de curtíssimo prazo (de poucos segundos até 1 a 3 minutos).

Memória recente ou de curto prazo (de poucos minutos até 3 a 6 horas).

Memória remota ou de longo prazo (de meses até muitos anos).

Memória Episódica: Recordação consciente de fatos reais. Síndrome de Wernicke-Korsakoff e


Alzheimer afetam ela no curto prazo.

Memória Semântica: É de longo prazo. Guarda conteúdos e significados.

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Memória de procedimentos: É automática e não consciente.

Esquecimento: Oposto da evocação.

Ocorre por:

• Processo normal, fisiológico


• Repressão
• Recalque

Alterações Patológicas da Memória

Alterações Quantitativas

Hipermnésias

Amnésias ou Hipomnésias

Amnésia psicogênica

Amnésia orgânica

Amnésia anterógrada

Amnésia retrógrada

ALTERAÇÕES QUALITATIVAS

Ilusões mnemônicas

há um acréscimo de elementos falsos a um núcleo verdadeiro de memória.

Alucinações mnemônicas

verdadeiras criações imaginativas com a aparência de lembranças ou reminiscências que não


correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança verdadeira.

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Fabulações (ou confabulações)

Elementos da imaginação completam artificialmente as lacunas de memória, produzidas, em geral,


por déficit da memória de fixação. O doente não é capaz de reconhecer como falsas as imagens
produzidas pela fantasia.

Criptomnésias: Lembranças aparecem como memórias novas. Ex. Contar uma história várias vezes
para a mesma pessoa

Ecmnésia: Recapitulação e da revivescência de forma intensa

Lembrança Obsessiva

A AFETIVIDADE E SUAS ALTERAÇÕES (C16)

Definição: Vivência afetiva.

Tipos

As ilusões e as alucinações mnêmicas constituem, muitas vezes, o material básico para a formação
e a elaboração de delírios (delírio imaginativo ou mnêmico).

1. Humor ou estado de ânimo: tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal e


difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento.
2. Emoções: estado afetivo intenso, de curta duração, originado geralmente como a
reação do indivíduo a certas excitações internas ou externas, conscientes ou
inconscientes.
3. Sentimentos: comumente associados a conteúdos intelectuais, valores, representações
e, em geral, não implicam concomitantes somáticos.
4. Afetos: tônus emocional que acompanha uma ideia ou representação mental.
5. Paixões: Estado afetivo extremamente intenso

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Alterações Patológicas da Afetividade

Alterações do Humor
Distimia
Como sintoma: Alteração básica do humor (inibição e exaltação)
Como classificação nosológica
Depressão leve e crônico
Distimia hipotímica ou melancólica
Depressão
Distimia hipertímica, expansiva ou eufórica
Mania
Disforia
Distimia com mau humor
Depressão eufórica
Mania Eufórica

Alterações do humor

Distimia, em psicopatologia geral, é o termo que designa a alteração básica do humor, tanto no
sentido da inibição como no sentido da exaltação.

Não se deve confundir o sintoma distimia com o transtorno


distimia, que é um transtorno depressivo leve e crônico.

A psicopatologia geral utiliza os termos distimia hipertímica, expansiva ou eufórica, para nomear a
exaltação patológica do humor, ou seja, as bases afetivas dos quadros maníacos.

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Pólos básicos das alterações do humor (timopatias)

I. Pólo depressivo ou hipotímico: Transtorno depressivo.

II. Pólo maníaco ou hipertímico:

Mania ou exaltação

Euforia ou Alegria patológica

Humor morbidamente exagerado

Elação: alegria patológica, a expansão do Eu, uma sensação subjetiva de grandeza e de poder, o Eu
vai além dos seus limites, ganhando o mundo.

Puerilidade: Caracteriza-se pelo aspecto infantil, simplório, regredido

Êxtase

Estado de beatitude

Ansiedade, Angústia e Medo

Definição de Ansiedade: A ansiedade é um estado de humor desconfortável, apreensão negativa


em relação ao futuro, inquietação interna desagradável. Inclui manifestações somáticas e
fisiológicas.

Definição de angústia: sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão, sufocamento.


Tem conotação mais corporal e mais relacionada ao passado.

Alterações as emoções e dos sentimentos

Apatia: diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Incapacidade de sentir afetos.

Anedonia: Incapacidade de sentir prazer.

Hipomodulação do afeto: Incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva.

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Inadequação do afeto ou paratimia: Reação completamente incongruente a situações existenciais


ou a determinados conteúdos ideativos, revelando desarmonia profunda da vida psíquica (ataxia
intrapsíquica), contradição profunda entre a esfera ideativa e a afetiva.

Embotamento afetivo e devastação afetiva: Perda profunda de todo tipo de vivência afetiva. É
subjetiva. Ocorre em formas negativas de esquizofrenia.

Sentimento de falta de sentimento: Indiferença afetiva. De origem psicológica.

Labilidade afetiva e incontinência afetiva: Ambivalência afetiva. Vivência de dois sentimentos


incongruentes ao mesmo tempo

Medo: estado de progressiva insegurança e angústia, de impotência e invalidez crescentes, ante a


impressão iminente de que sucederá algo que o indivíduo quer evitar.

O PENSAMENTO E SUAS ALTERAÇÕES (C18)

Alterações dos Elementos Constitutivos do Pensamento

Alterações dos conceitos

Desintegração dos conceitos: conceitos sofrem um processo de perda de seu significado original.

Idiossincrasias

Comum na esquizofrenia e demências

Condensação de conceitos

Alterações dos juízos

Juízo deficiente ou deficitário

Juízo da realidade ou delírio

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Tipos alterados de Pensamento

Pensamento Mágico (comum no TOC).

Personalidade esquizotípica, borderline e histriônica

Tipo de pensamento mágico apenas com valores internos

Pensamento concreto ou concretismo: não ocorre a distinção entre dimensão abstrata e simbólica
e dimensão concreta e imediata dos fatos.

Pensamento Inibido: inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do número de


conceitos, juízos e representações utilizados no processo de pensar.

Pensamento vago

Pensamento prolixo

Pensamento deficitário (ou oligofrênico): É pobre em todas as áreas.

Pensamento confusional

Pensamento demencial

Pensamento desagregado

Pensamento radicalmente incoerente

Pensamento obsessivo

Alterações no processo de pensar

Curso do pensamento

Aceleração e lentificação do pensamento

Bloqueio ou interceptação do pensamento

Roubo do pensamento

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Conteúdo do pensamento: É o que preenche a estrutura do pensamento.

Conteúdos que preenchem as condições psicopatológicas:

1. Persecutórios

2. Depreciativos

3. Religiosos

4. Sexuais

5. De poder, riqueza, prestígio ou grandeza

6. De ruína ou culpa

7. Conteúdos hipocondríacos

O JUÍZO DA REALIDADE E SUAS ALTERAÇÕES (O DELÍRIO) (C19)

Erro simples versus Delírio

Os erros são psicologicamente compreensíveis, enquanto o delírio tem como característica principal
a incompreensibilidade.

Erros mais comuns

Preconceitos

Crenças culturalmente sancionadas

Superstições

Ideias prevalentes.

Superstimação afetiva

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Delírio: idéias delirantes, ou delírio, são juízos patologicamente falsos erro do ajuizar que tem
origem na doença mental base é mórbida, pois é motivado por fatores patológicos.

A LINGUAGEM E SUAS ALTERAÇÕES (C20)

Alterações da Linguagem

Afasia: É a perda da linguagem, falada e escrita, por incapacidade de compreender e utilizar os


símbolos verbais

Alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários

Logorréia, taquifasia e loquacidade

Bradifasia

Mutismo

Perseveração e estereotipia verbal

Ecolalia

Palilalia e logoclonia

Tiques verbais ou fonéticos

Glossolalia

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Pessoal, a aula de hoje foi um breve aquecimento para o estudo da Psicopatologia. Os tópicos que
iniciamos neste encontro serão abordados detalhadamente nas próximas aulas, ok? Nelas vamos
adentrar de fato no CID-10 e no DSM-5, estudando as categorias de patologias e aprendendo a
identificar seus sintomas característicos. Tanto a aula de hoje, quanto a próxima aula são temas
muito cobrados em provas. Portanto, dediquem-se bastante a elas, ok?

Segue o nosso resumo e depois a lista de questões trabalhadas na aula com gabarito ao final. Até o
nosso próximo encontro!

Abraço,

Prof. Marina Beccalli

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Facebook: Marina Beccalli

E-mail: [email protected]

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7 RESOLUÇÃO DE QUESTÕES

1. (ALBA FGV 2014) A respeito dos estados depressivos, assinale a alternativa correta.

(A) No estupor depressivo, o paciente pode vir a falecer por complicações clínicas, como
pneumonias.

(B) Na depressão agitada, o paciente pode apresentar alucinações com conteúdos de culpa.

(C) Na depressão psicótica aguda, o paciente permanece em estado de catalepsia.

(D) A distimia é um quadro de intensidade leve e remissão breve.

(E) Os quadros de depressão secundária costumam estar associados a situações de luto.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. No episódio depressivo grave com sintomas psicóticos, o estupor depressivo
pode comprometer bastante o paciente, ocorrendo diminuição significativa de suas
reações motoras, podendo inclusive causar morte.

(B) INCORRETA. Na depressão agitada o paciente fica deprimido, mas não passivo.

(C) INCORRETA. A depressão psicótica aguda traz sintomas depressivos posteriores à


remissão do episódio psicótico agudo. Já a catalepsia é uma doença em que os membros
do indivíduo se tornam rígidos, mas a pessoa está o tempo todo consciente.

(D) INCORRETA. A distimia é um quadro depressivo que é diferente dos outros pois apresenta
sintomas contínuos.

(E) INCORRETA. Os quadros de depressão secundária costumam estar associados a alguma


doença física ou uso de algum remédio, sendo a depressão consequência direta dessas
situações.

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2. (TJ/RO CESPE 2012) A ciclotimia consiste em um transtorno do humor bipolar cujos sintomas
incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos leves.

COMENTÁRIOS: INCORRETA. Um dos critérios para o diagnóstico de ciclotimia é o tempo que duram
os sintomas, sendo que os episódios duram em geral quatro dias ou menos. Além disso, há menor
gravidade no quadro quando se comparado a outros transtornos.

3. (STJ CESPE 2012) Pacientes com transtorno bipolar do tipo II apresentam pelo menos um
episódio de mania e um de depressão.

COMENTÁRIOS: INCORRETA. Esse transtorno tem como característica a alternância entre episódios
de depressão e episódios de hipomania. Os indivíduos não passam por episódios maníacos
completos.

4. (ALBA FGV 2014) De acordo com o DSM-IV, o diagnóstico positivo dos transtornos maníacos
é feito a partir dos seguintes sintomas:

I. Presença de cinco ou mais sintomas, dentro o total dos sintomas descritos.

II. Persistência dos sintomas durante, ao menos, uma semana.

III. Sintomas como autoestima diminuída, aceleração psicomotora, desinibição social/sexual, fuga
de ideias.

Assinale:

(A) se somente o sintoma I estiver correto.

(B) se somente o sintoma II estiver correto.

(C) se somente o sintoma III estiver correto.

(D) se somente os sintomas II e III estiverem corretos.

(E) se todos os sintomas estiverem corretos.

COMENTÁRIOS:

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Assertiva I: INCORRETA. A característica marcante do transtorno maníaco é o humor anormal e bem


elevado, expansivo ou irritável.

Assertiva II: CORRETA. O diagnóstico desse transtorno se dá pela persistência do sintoma. A


característica marcante da duração do sintoma é importante para diferenciá-lo do quadro bipolar,
que traz episódios maníacos associados a episódios depressivos.

Assertiva III: INCORRETA. Os sintomas apresentados estão ligados ao transtorno bipolar.

RESPOSTA: B.

5. (STJ CESPE 2012) O transtorno bipolar ciclotímico caracteriza-se pela ocorrência de períodos
de hipomania alternados com períodos de mania.

COMENTÁRIOS: INCORRETA. Envolve uma alternância entre episódios de hipomania ou depressão.


É um transtorno mais leve, sendo considerado menos grave.

6. (TRT 9º REGIÃO FCC 2010) De acordo com o DSM-IV-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais), a característica essencial do transtorno bipolar I quanto às características
diagnósticas é um curso clínico caracterizado pela ocorrência de um ou mais episódios:

(A) De hiperatividade ou episódios de déficit de atenção.

(B) Fóbicos ou episódios de ataque de pânico.

(C) Ansiosos ou episódios de estresse agudo.

(D) Hipomaníacos ou episódios hiperansiosos.

(E) Maníacos ou episódios mistos.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Esses sintomas estão ligados ao transtorno de déficit de atenção e


hiperatividade.

(B) INCORRRETA. Esses sintomas estão associados ao transtorno do pânico.

(C) INCORRETA. São sintomas característicos dos transtornos de ansiedade.

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(D) INCORRETA. Sintomas associados à mania.

(E) CORRETA. O aspecto característico do transtorno bipolar do tipo I é a oscilação de humor,


que podendo ter sintomas maníacos, depressivos e/ou mistos.

7. (UNESP VUNESP 2014) O reconhecimento e a caracterização dos comportamentos e emoções


de um indivíduo que sofre com alguma patologia é um aspecto fundamental da psicopatologia.
Nessa tarefa, podem ser definidos como sinais os:

(A) Relatos das experiências subjetivas de um indivíduo, como humor deprimido e falta de
energia.

(B) Episódios que ocorrem concomitantemente e caracterizam uma doença, como delirium e
hiperatividade.

(C) Achados objetivos observados pelo médico, como afeto rígido e retardo psicomotor.

(D) Estados que identificam a vivência pessoal de um indivíduo, como medo e


persecutoriedade.

(E) Sentimentos despertados no caso de situações críticas, como desconfiança e


hipervigilância.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. As experiências objetivas também são importantes para compreender o


quadro.

(B) INCORRETA. É importante a descrição dos episódios ao longo da vida do paciente, não
somente descrever as características que ocorrem concomitantemente.

(C) CORRETA. Os achados objetivos observados são muito importantes para definir o que é
normal ou não.

(D) INCORRETA. A vivência pessoal precisa ser avaliada em relação aos padrões descritivos do
comportamento, pois a psicopatologia estuda os padrões que desviam da média
esperada.

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(E) INCORRETA. Os achados objetivos precisam ter certa cronologia e continuidade, não
estando apenas ligados diretamente a situações de crise.

8. (UE/PA PROGRAD/DAA 2014) O autor Campbell (1986) define a psicopatologia como:

(A) Ramo da ciência que trata da natureza essencial da Psiquiatria.

(B) Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental.

(C) Ramo da ciência que trata da natureza essencial do comportamento.

(D) Ramo da ciência que não trata da natureza essencial da doença mental.

(E) Ramo da ciência que trata apenas da natureza da doença em geral.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Não é o objetivo da Psicopatologia.

(B) CORRETA. Para o autor, a Psicopatologia trata da natureza essencial da doença mental,
observando suas causas, as transformações estruturais e funcionais ligadas às suas
manifestações.

(C) INCORRETA. Seria a descrição do Behaviorismo.

(D) INCORRETA. Na verdade, trata sim da doença mental.

(E) INCORRETA. Existe a especificidade de tratar a doença de natureza mental.

9. (PREF. DE PARAUAPEBAS/PA FADESP - 2015) A doença mental pode provocar sintomas como:

(A) Fortalecimento da memória.

(B) Desequilíbrio emocional.

(C) Aumento da lucidez.

(D) Diminuição da ansiedade.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Pode provocar enfraquecimento da memória.

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(B) CORRETA. A doença mental pode provocar desequilíbrio emocional, gerando grande
sofrimento e prejuízos na vida pessoal e social.

(C) INCORRETA. Gera diminuição da lucidez.

(D) INCORRETA. Causa um aumento da ansiedade.

10. (PREF. DE BELTERRA FADESP - 2014) Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS entende-
se como Transtornos Mentais e Comportamentais:

(A) Os transtornos identificados e diagnosticados por meio dos métodos clínicos diferentes
dos utilizados para os transtornos físicos.

(B) Os transtornos resultantes de fatores genéticos e psicológicos ou, em outras palavras, da


interação da biologia com fatores socioambientais.

(C) As condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor
(emoções) e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas a angústia
expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global.

(D) Os transtornos que podem causar incapacidade leve e temporária, inclusive a


incapacidade de trabalhar.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Para se identificar e diagnosticar os transtornos mentais e comportamentais


são usados métodos clínicos semelhantes aos usados para os transtornos físicos.

(B) INCORRETA. Resultam de fatores genéticos e ambientais.

(C) CORRETA. De acordo com o texto da OMS.

(D) INCORRETA. Os transtornos podem causar incapacidade grave e definitiva.

11. (PREF. DE PARAUAPEBAS FADESP - 2015) Considere os enunciados abaixo:

I O
afetam a mente.

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II. Os transtornos mentais são encontrados em pessoas com bom equilíbrio mental.

III. Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS, cerca de3% da população brasileira sofre de
transtornos mentais severos que requerem cuidados médicos e psicológicos contínuos.

Está correto o que se afirma em:

(A) I, II e III.

(B) I e II.

(C) I e III.

(D) II e III.

COMENTÁRIOS:

Assertiva I: CORRETA. O transtorno mental envolve várias condições que afetam a mente do
indivíduo.

Assertiva II. INCORRETA. Os transtornos mentais aparecem em pessoas com desequilíbrio mental.

Assertiva III. CORRETA. De acordo com dados divulgados, 3% da população brasileira sofre de
transtornos mentais severos.

RESPOSTA: C.

12. (PREF. DE NOVO PROGRESSO FADESP - 2012) Com relação à Psicopatologia, é correto afirmar
que:

(A) Trata-se de um ramo da clínica médica aplicada que não objetiva necessariamente
tratamento e assistência aos doentes mentais.

(B) É responsável pelo estudo das manifestações da inconsciência, sejam essas manifestações
consideradas normais ou anormais.

(C) Trata-se de um estudo descritivo dos fenômenos psíquicos de cunho anormal, exatamente
como se apresentam à experiência imediata, de forma independente dos problemas
clínicos.

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(D) Deve-se considerar o indivíduo globalmente, atentando sempre para os padrões de


normalidade onde o indivíduo a ser questionado se insere, deixando-se guiar pelos
sintomas.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. A descrição está mais relacionada a Psiquiatria, que tem por objetivo sim o
tratamento e a assistência aos doentes mentais.

(B) INCORRETA. Jaspers (2003) diz que a Psicopatologia estuda as manifestações da


consciência que podem ser normais ou anormais.

(C) CORRETA. De acordo com a definição de Jaspers.

(D) INCORRETA. Não se pode deixar guiar somente pelos sintomas do indivíduo, pois é
necessário entender o paciente em toda sua realidade e sofrimento, que está para além
dos sintomas.

13. (UNIFAP UNIFAP - 2016) Marque a alternativa que, segundo o DSM-V é considerada uma forma
crônica de transtorno depressivo persistente.

(A) Ciclotimia.

(B) Distimia.

(C) Depressão maior.

(D) Demência.

(E) Depressão atípica.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. A ciclotimia tem alternância entre períodos com sintomas hipomaníacos e
períodos com sintomas depressivos.

(B) CORRETA. A distimia é um transtorno depressivo persistente, que ocorre na maior parte
do dia, na maioria dos dias, por pelo menos dois anos, sendo considerada a forma crônica
da depressão.

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(C) INCORRETA. Esse transtorno dura um período de pelo menos duas semanas, mas não é a
forma mais grave e crônica.

(D) INCORRETA. A demência é uma síndrome clínica que faz parte de outro grupo de
transtornos, os transtornos neuro-cognitivos.

(E) INCORRETA. A depressão atípica traz episódios com sintomas ansiosos, como pânico e
fobia, e sintomas somáticos.

14. (DPE/RR FCC - 2015) Síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na
cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção
nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento
mental. Associa-se frequentemente a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam
atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. Segundo o DSM-5, trata-se de:

(A) Transtorno mental.

(B) Episódio regressivo.

(C) Rompante melancólico.

(D) Sintoma recorrente.

(E) Impacto laboral.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. Definição aparece exatamente como está no Manual.

(B) INCORRETA. Não está de acordo com a definição do DSM-5.

(C) INCORRETA. Não está de acordo com a definição do DSM-5.

(D) INCORRETA. Não está de acordo com a definição do DSM-5.

(E) INCORRETA. Não está de acordo com a definição do DSM-5.

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15. (DPE/RR FCC - 2015) Segundo consta no CID-10, para um diagnóstico definitivo, o transtorno
bipolar, episódio atual hipomaníaco deve preencher os critérios para hipomania e deve ter havido,
no passado, pelo menos um outro episódio:

(A) Esquizofrênico.

(B) Maníaco.

(C) Misto.

(D) Afetivo.

(E) Psicótico.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Segundo o CID-10, deve ter havido outro episódio afetivo.

(B) INCORRETA. Segundo o CID-10, deve ter havido outro episódio afetivo.

(C) INCORRETA. Segundo o CID-10, deve ter havido outro episódio afetivo.

(D) CORRETA. Segundo o CID-10, deve ter havido outro episódio afetivo.

(E) INCORRETA. Segundo o CID-10, deve ter havido outro episódio afetivo.

16. (AERONÁUTICA CIAAR - 2016) O excerto a seguir remete a um dos subtipos de síndromes
depressivas presentes em Dalgalarrondo (2008). Assinale a alternativa que identifica corretamente
a depressão crônica a qual ele se refere.

É C
vida adulta e dura pelo menos vários anos. Os sintomas depressivos mais comuns são diminuição da
autoestima, fadigabilidade aumentada, dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor
crônico, irritabilidade e sentimentos de desesperança. Os sintomas devem estar presentes de forma

(A) Distimia.

(B) Depressão atípica.

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(C) Estupor depressivo.

(D) Depressão tipo endógena.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. De acordo com a definição proposta por Dalgalarrondo.

(B) INCORRETA. Está associada ao transtorno bipolar.

(C) INCORRETA. Trata-se de um quadro depressivo grave, em que o sujeito permanece em


estado de catalepsia.

(D) INCORRETA. Predominam sintomas endógenos, sintomas agravados pela manhã,


melhorando ao longo do dia, perda do apetite, insônia terminal.

17. (CONSURGE/MG GESTÃO DE CONCURSOS - 2016) As síndromes e reações depressivas surgem


com muita frequência após perdas significativas de pessoas queridas, emprego, moradia ou outros
fatores importantes, levando até à incapacidade, como a depressão maior unipolar. São sinais e
sintomas da síndrome depressiva, EXCETO:

(A) Tristeza, sentimento de melancolia.

(B) Sentimento de tédio e de aborrecimento crônico.

(C) Percepção delirante em relação a coisas ou pessoas.

(D) Angústia, ansiedade e desesperança.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. São sintomas da depressão.

(B) CORRETA. São sintomas da depressão.

(C) INCORRETA. Não é um sintoma característico da síndrome depressiva.

(D) CORRETA. São sintomas da depressão.

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18. (PREF. DE QUERÊNCIA DO NORTE/PR FAU/UNICENTRO -2016) É uma forma de expressão que
muitas vezes passa despercebida, não recebendo atenção médica, o indivíduo está mais disposto
que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos, não se melindra com as dificuldades e os
limites da vida. Pode ter redução da necessidade de sono, não se sente cansado após muitas
atividades e deseja sempre fazer mais. O indivíduo e seu meio não são seriamente prejudicados e
não produz disfunção social importante, e não há sintomas claramente psicóticos e, muitas vezes, a
pessoa acometida não busca serviços médicos. Caracterizada a:

(A) Eutimia.

(B) Ciclotimia.

(C) Hipomania.

(D) Neurastenia.

(E) Polimia.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. A eutimia seria o humor equilibrado.

(B) INCORRETA. A ciclotimia está ligada a sintomas depressivos.

(C) CORRETA. Segundo a definição proposta por Dalgalarrondo (2008).

(D) INCORRETA. A neurastenia seria a fadiga fácil depois de qualquer esforço físico ou mental, dores
nos músculos, sensação de fraqueza e exaustão corporal.

(E) INCORRETA. Não existe esse conceito na literatura.

19. (TRF 2º REGIÃO CONSULPLAN 2017) O exame do estado mental, ou exame psíquico, envolve
a observação sistemática do comportamento de alguém. O desafio para os clínicos, naturalmente, é
organizar as observações de forma que seja possível dispor de informações suficientes para
determinar se um transtorno psicológico pode estar presente. Os exames do estado mental podem
ser estruturados e detalhados (Barlow e Durand, Psicopatologia: uma abordagem integrada, SP,
Cencage 2015 páginas 74 e 74.), mas, na maioria das vezes, são desenvolvidos de maneira rápida

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por clínicos experientes no decorrer da entrevista ou da observação de um paciente. Esses exames


cobrem algumas categorias. São elas:

1. aparência e comportamento.

2. processos de pensamento.

3. humor e afeto.

4. funcionamento intelectual.

5. orientação.

De acordo com o exposto, assinale a alternativa correta.

(A) Somente constam no exame de estado mental: processos de pensamento, humor e afeto e
orientação.

(B) Somente constam no exame de estado mental: processos de pensamento, função intelectual e
orientação.

(C) Somente constam no exame de estado mental: aparência e comportamento, processo de


pensamento e funcionamento intelectual.

(D) Aparência e comportamento, processos de pensamento, humor e afeto, funcionamento


intelectual e orientação: todos constam no exame do estado mental.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Todos os itens constam no exame do estado mental.

(B) INCORRETA. Todos os itens constam no exame do estado mental.

(C) INCORRETA. Todos os itens constam no exame do estado mental.

(D) CORRETA. Todos os itens constam no exame do estado mental.

20. (TRT 1º REGIÃO FCC - 2011) Segundo a Classificação de Transtornos Mentais e de


Comportamento da CID-10, o Transtorno afetivo bipolar (F31) é caracterizado por episódios
repetidos nos quais o humor e os níveis de atividade do paciente estão significativamente

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perturbados, sendo que esta alteração consiste em algumas ocasiões de elevação do humor e
aumento de energia e atividade (mania ou hipomania) e em outras de:

(A) Intensificação da dor e aumento da presença de ideias delirantes (psicose).

(B) Rebaixamento do humor e diminuição de energia e atividade (depressão).

(C) Oscilação do biorritimo, em que o paciente mostra-se frenético e instável (pré-psicose).

(D) Redução da volição e motivação nas atividades ocupacionais, resultando em inadequação


comportamental (conduta antissocial).

(E) Sensação de elevado poder e presença de postura arrogante frente às outras pessoas
(psicopatia).

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Os sintomas não estão ligados ao transtorno bipolar.

(B) CORRETA. Além de episódios de hipomania ou mania, no transtorno bipolar o paciente apresenta
pelo menos um episódio depressivo.

(C) INCORRETA. Os sintomas não estão ligados ao transtorno bipolar.

(D) INCORRETA. Os sintomas não estão ligados ao transtorno bipolar.

(E) INCORRETA. Os sintomas não estão ligados ao transtorno bipolar.

21. (TJ/PR PUC/PR 2017) Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão é hoje uma das
principais causas de afastamentos do trabalho e das relações sociais. Sobre os transtornos
depressivos, é CORRETO afirmar que:

(A) A característica comum do transtorno depressivo maior é a presença de humor triste, vazio ou
irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam a capacidade funcional do
indivíduo.

(B) Os principais sintomas do transtorno depressivo maior são: baixa autoestima, sentimentos de
desesperança, hipomania e alterações do sono e do apetite.

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(C) O transtorno depressivo maior é caracterizado por episódios distintos (depressão e mania)
envolvendo alteração nítidas do afeto, das funções neurovegetativas e das funções do ego.

(D) Todo o processo de luto desencadeia no indivíduo o transtorno depressivo maior devido à
intensidade do sofrimento. Por isso deve-se tratar o indivíduo enlutado rapidamente.

(E) o diagnóstico do transtorno depressivo distímico (distimia) pode ser diagnosticado em adultos
quando a perturbação do humor apresenta explosões de raiva intensas de pouca duração.

COMENTÁRIOS:

(A) CORRETA. São sintomas característicos do transtorno depressivo maior.

(B) INCORRETA. No transtorno depressivo maior, não há alternância entre sintomas depressivos e
sintomas de hipomania.

(C) INCORRETA. Não há alternância entre mania e depressão.

(D) INCORRETA. Não se pode afirmar que todo processo de luto desencadeia no indivíduo o
transtorno depressivo maior.

(E) INCORRETA. Na distimia não há explosões de raiva.

22. (AHM CETRO 2015) A literatura aponta que a prevalência de transtornos psiquiátricos é de
20% a 60% no hospital-geral, e as reações mais comuns são as de ajustamentos e os sintomas
depressivos e ansiosos. Dessa forma, o profissional deve estar ciente da importância do exame
psíquico no paciente que adentra o hospital, de forma a fazer uma avaliação psicológica que possa
ser útil para orientar ações e decisões futuras. Sobre este assunto, analise as assertivas abaixo.

I. Pode-se dividir a avaliação psicológica em exame psíquico e avaliação da dinâmica emocional e


situacional.

II. Não se pode considerar que, por exemplo, um enfarto tenha sido provocado por situações
anteriores de depressão, cansaço, ansiedade fóbica, etc., ou seja, relacionado a situações de possível
transtorno mental.

III. O transtorno mental também pode aparecer manifestado por meio de queixas corporais.

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É correto o que se afirma em:

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

COMENTÁRIOS:

Assertiva I: CORRETA. De acordo com a literatura.

Assertiva II: INCORRETA. Um enfarto pode ser provocado por situações de possível transtorno
mental.

Assertiva III: CORRETA. Sintomas corporais fazem parte de alguns transtornos mentais.

RESPOSTA: C.

23. (IASC - UPENET/IAUPE - 2006) O T -se da vivência de percepção


de um objeto, de forma clara e definida (voz, ruído, imagem), sem o estímulo sensorial respectivo,
“ G B lone, 2004). Assinale o item que
identifica corretamente essa alteração psicopatológica.

A) Delírio.

B) Neologismo.

C) Perseveração.

D) Estado oniróide.

E) Alucinação.

COMENTÁRIOS:

ALUCINAÇÃO: não há o estímulo na vida real e o sujeito o percebe. ILUSÃO: o estímulo existe e
houve uma distorção.

DELÍRIO: Distorção da realidade, com projeção da realidade psíquica do sujeito.

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NEOLOGISMO: Invenções de novas palavras, comum nas psicoses.

PERSEVERAÇÃO: Características repetitiva das psicoses.

ESTADO ONIRÓIDE: parecido com o sonho, com desorientação e confusão.

RESPOSTA: E.

24. (TJ/MG CONSULPLAN 2016) A atenção é uma das funções psíquicas que possuem alterações
quantitativas e qualitativas. Entre as primeiras destacam-se a hipoprosexia e a aprosexia; e entre as
alterações qualitativas observa-se a rigidez e a labilidade. Tendo isso em vista, associe
adequadamente as colunas a seguir.

1. Aprosexia.

2. Hipoprosexia.

3. Labilidade.

4. Rigidez.

( ) Esquizofrenia e demência.

( ) Depressão e oligofrenia apática.

( ) Transtornos dissociativos e epilepsia.

( ) Intoxicação por anfetamina, cocaína e alucinógenos.

A sequência está correta em

(A) 1, 2, 3, 4.

(B) 1, 2, 4, 3.

(C) 2, 3, 4, 1.

(D) 2, 3, 1, 4.

COMENTÁRIOS:

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A aprosexia é a total falta de atenção, característica das psicoses, em que há desinteresse pela
realidade externa. A hipoprosexia é o rebaixamento da atenção, associada com as depressões. Lábil
é uma característica de alguém instável. Rigidez é característica dos transtornos dissociativos e da
epilepsia, em que os membros ficam rígidos.

RESPOSTA: B.

25. (TJ/MG CONSULPLAN 2016) "A atenção é o processo pelo qual a consciência é direcionada
para determinado estímulo (de origem externa ou interna), que pode ser uma imagem perceptiva
ou representativa, um afeto ou um pensamento. Há uma concentração da atividade mental sobre
um objeto específico (ou poucos objetos) em detrimento dos demais. O que é selecionado pela
atividade da atenção adquire maior clareza e nitidez. (...) Atenção e consciência são funções
psíquicas muito próximas e conectadas, mas não são a mesma coisa. Se não há lucidez de
consciência, a atenção não pode funcionar adequadamente, mas a atenção pode estar alterada
mesmo se o nível da consciência está normal." (Cheniaux, 20is, p. 28.)

As principais funções da atenção são a seletividade, a vigilância e detecção de sinal, a sondagem e a


atenção devida. Considerando as referidas informações, analise as afirmativas a seguir.

I. A motivação e o afeto influenciam diretamente a atenção.

II. A atenção voluntária ou ativa relaciona-se, sobretudo, ao inconsciente, mobilizando o indivíduo


na direção de um objeto.

III. A atenção interfere na sensopercepção e é de vital importância para a memória, tanto para
fixação de novas informações, quanto para

evocação das antigas.

IV. A tenacidade é a capacidade de manter a atenção em determinado

objeto por certo tempo, enquanto que a mobilidade da atenção é a capacidade de, a qualquer
momento, desviar a atenção de um objeto

para outro.

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Estão corretas apenas as afirmativas

(A) I e II.

(B) II e III.

(C) I, II e IV.

(D) II, III e IV.

COMENTÁRIOS:

A única incorreta é a III, pois a atenção não está ligada à evocação de informações antigas.

RESPOSTA: C.

26. (TJ/MG CONSULPLAN 2016) O fragmento a seguir contextualiza o tema tratado nas questões
seguintes.

"A palavra consciência vem do latim, cum scientia, que, por sua vez, é uma tradução da palavra grega
syneidesis. Cumscientia significa literalmente uma ciência acompanhada de outra ciência, ou uma
relação cognoscitiva. Originalmente, a apalavra consciência tinha o significado de consciência moral,
que equivale no alemão a Gewissen, e, no inglês, a consdence. Só posteriormente surgiu o conceito
de consciência psicológica - mais amplo que o conceito de consciência moral, abarcando este -, que
corresponde a Bewusstsein, no alemão, e a consciousness, no inglês. Nas línguas neolatinas, como o
português, consciência se refere a ambos os conceitos." (Cheniaux, 2015, p. 17.)

A respeito da consciência psicológica é possível afirmar que ela constitui a síntese ou integração de
todos os processos mentais. São características da consciência psicológica:

(A) A capacidade reflexiva acerca das vivências internas e externas expressa estritamente pelo
aparato fisiológico do sistema nervoso central na forma de estado vigil.

(B) A expressão vigil possibilitada estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso central,
que permite a consciência do eu e dos objetos, desprovida de intencionalidade e de capacidade
reflexiva.

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(C) A vivência interna e atual relacionada à distinção eu/não eu, isto é, consciência do eu e
consciência dos objetos, dotada de intencionalidade e que propicia a consciência da consciência
expressa na reflexão de seus conteúdos psíquicos.

(D) A vivência interna e atual relacionada à distinção eu/não eu, isto é, consciência do eu e
consciência dos objetos, expressa estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso central
na forma de estado vigil, permitindo a apreensão adequada dos estímulos.

COMENTÁRIOS:

(A) INCORRETA. Não é expressa estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso central.

(B) INCORRETA. Não é possibilitada estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso
central.

(C) CORRETA. Descrição correta da consciência psicológica.

(D) INCORRETA. Como vimos, não expressa estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso
central.

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8- RESUMO

P -se a norma, algo que é regular, ordinário. Dessa forma, o


O
somente como o que aparece com mais frequência na estatística, mas como um modelo cultural,
pois o conceito de loucura foi construído ao longo do tempo, sendo pensado de diferentes
maneiras ao longo da História.
Karl Jaspers (1883
doente. O importante seria o modo como o doente se percebe, como ele se vê e se sente,
associado às ideias do contexto social em que ele vive. Os dois fatores é que vão determinar o que
seria a doença mental.
Campbell define a Psicopatologia como o ramo da ciência que trata da natureza essencial da
doença mental, observando suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e
suas formas de manifestações.
Para ajudar na determinação diagnóstica, foram construídos Manuais Diagnósticos e neles foram
catalogadas as principais patologias em grandes grupos. Os grupos diagnósticos trazem na sua
caracterização informações que, com a ajuda de um olhar clínico e profissional, permitem
perceber em qual grupo se encaixa o conjunto de sinais e sintomas.
Dentre os quadros psicopatológicos que estudamos na aula, podemos citar:

• Depressão: ocorre a diminuição/perda de prazer nas atividades diárias, o que pode diminuir
o raciocínio, causar lentificação psicomotora, fadiga, alteração de apetite, redução do
desejo sexual. Todos esses sintomas trazem prejuízos funcionais significativos.
• Transtorno bipolar: é um transtorno de humor caracterizado pela oscilação de episódios
depressivos e episódios maníacos, sendo que o indivíduo pode passar pelos quadros de
forma cíclica ou ter prevalência em um dos quadros.
• Transtorno maníaco: seria a elevação anormal e persistente do estado de humor, ocorrendo
diminuição do sono e da atenção. Há aumento na autoestima, na autoconfiança, podendo
ocorrer comportamentos impulsivos e imprudentes.

Para classificar e categorizar as doenças, temos a Classificação Estatística Internacional de Doenças


e Problemas Relacionadas com a Saúde, chamada de CID, que está em sua 10ª versão. Ela traz
códigos para categorizar cada doença e traz muitos sinais e sintomas, aspectos anormais, queixas,

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circunstâncias sociais e causas externas, que ajudam a identificar qual seria a patologia ou
patologias associadas ao caso.
Já o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) foi publicado pela Associação
Psiquiátrica Americana (APA) e está, atualmente, em sua quinta versão. Como mudanças em
relação à quarta versão, trouxe a inclusão dos itens:

• Transtorno de acumulação;
• Transtorno da oscilação disruptiva do humor;
• Transtorno da compulsão alimentar periódica;
• Transtorno da hipersexualidade;
• Transtorno de arrancar a pele;
• Adicção à internet.

As mudanças dos modelos classificatórios visam atualizar os sintomas e sinais percebidos ao longo
do tempo, de acordo com as mudanças sociais e com pesquisas que vão sendo publicadas.

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9 LISTA DE QUESTÕES

1. (ALBA FGV 2014) A respeito dos estados depressivos, assinale a alternativa correta.

(F) No estupor depressivo, o paciente pode vir a falecer por complicações clínicas, como
pneumonias.

(G) Na depressão agitada, o paciente pode apresentar alucinações com conteúdos de culpa.

(H) Na depressão psicótica aguda, o paciente permanece em estado de catalepsia.

(I) A distimia é um quadro de intensidade leve e remissão breve.

(J) Os quadros de depressão secundária costumam estar associados a situações de luto.

2. (TJ/RO CESPE 2012) A ciclotimia consiste em um transtorno do humor bipolar cujos sintomas
incluem fortes surtos de hipomania e quadros depressivos leves.

3. (STJ CESPE 2012) Pacientes com transtorno bipolar do tipo II apresentam pelo menos um
episódio de mania e um de depressão.

4. (ALBA FGV 2014) De acordo com o DSM-IV, o diagnóstico positivo dos transtornos maníacos
é feito a partir dos seguintes sintomas:

I. Presença de cinco ou mais sintomas, dentro o total dos sintomas descritos.

II. Persistência dos sintomas durante, ao menos, uma semana.

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III. Sintomas como autoestima diminuída, aceleração psicomotora, desinibição social/sexual, fuga
de ideias.

Assinale:

(A) se somente o sintoma I estiver correto.

(B) se somente o sintoma II estiver correto.

(C) se somente o sintoma III estiver correto.

(D) se somente os sintomas II e III estiverem corretos.

(E) se todos os sintomas estiverem corretos.

5. (STJ CESPE 2012) O transtorno bipolar ciclotímico caracteriza-se pela ocorrência de períodos
de hipomania alternados com períodos de mania.

6. (TRT 9º REGIÃO FCC 2010) De acordo com o DSM-IV-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais), a característica essencial do transtorno bipolar I quanto às características
diagnósticas é um curso clínico caracterizado pela ocorrência de um ou mais episódios:

(F) De hiperatividade ou episódios de déficit de atenção.

(G) Fóbicos ou episódios de ataque de pânico.

(H) Ansiosos ou episódios de estresse agudo.

(I) Hipomaníacos ou episódios hiperansiosos.

(J) Maníacos ou episódios mistos.

7. (UNESP VUNESP 2014) O reconhecimento e a caracterização dos comportamentos e emoções


de um indivíduo que sofre com alguma patologia é um aspecto fundamental da psicopatologia.
Nessa tarefa, podem ser definidos como sinais os:

(F) Relatos das experiências subjetivas de um indivíduo, como humor deprimido e falta de
energia.

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(G) Episódios que ocorrem concomitantemente e caracterizam uma doença, como delirium e
hiperatividade.

(H) Achados objetivos observados pelo médico, como afeto rígido e retardo psicomotor.

(I) Estados que identificam a vivência pessoal de um indivíduo, como medo e


persecutoriedade.

(J) Sentimentos despertados no caso de situações críticas, como desconfiança e


hipervigilância.

8. (UE/PA PROGRAD/DAA 2014) O autor Campbell (1986) define a psicopatologia como:

(F) Ramo da ciência que trata da natureza essencial da Psiquiatria.

(G) Ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental.

(H) Ramo da ciência que trata da natureza essencial do comportamento.

(I) Ramo da ciência que não trata da natureza essencial da doença mental.

(J) Ramo da ciência que trata apenas da natureza da doença em geral.

9. (PREF. DE PARAUAPEBAS/PA FADESP - 2015) A doença mental pode provocar sintomas como:

(E) Fortalecimento da memória.

(F) Desequilíbrio emocional.

(G) Aumento da lucidez.

(H) Diminuição da ansiedade.

10. (PREF. DE BELTERRA FADESP - 2014) Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS entende-
se como Transtornos Mentais e Comportamentais:

(E) Os transtornos identificados e diagnosticados por meio dos métodos clínicos diferentes
dos utilizados para os transtornos físicos.

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(F) Os transtornos resultantes de fatores genéticos e psicológicos ou, em outras palavras, da


interação da biologia com fatores socioambientais.

(G) As condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor
(emoções) e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas a angústia
expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global.

(H) Os transtornos que podem causar incapacidade leve e temporária, inclusive a


incapacidade de trabalhar.

11. (PREF. DE PARAUAPEBAS FADESP - 2015) Considere os enunciados abaixo:

I O
afetam a mente.

II. Os transtornos mentais são encontrados em pessoas com bom equilíbrio mental.

III. Segundo a Organização Mundial de Saúde OMS, cerca de3% da população brasileira sofre de
transtornos mentais severos que requerem cuidados médicos e psicológicos contínuos.

Está correto o que se afirma em:

(E) I, II e III.

(F) I e II.

(G) I e III.

(H) II e III.

12. (PREF. DE NOVO PROGRESSO FADESP - 2012) Com relação à Psicopatologia, é correto afirmar
que:

(E) Trata-se de um ramo da clínica médica aplicada que não objetiva necessariamente
tratamento e assistência aos doentes mentais.

(F) É responsável pelo estudo das manifestações da inconsciência, sejam essas manifestações
consideradas normais ou anormais.

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(G) Trata-se de um estudo descritivo dos fenômenos psíquicos de cunho anormal, exatamente
como se apresentam à experiência imediata, de forma independente dos problemas
clínicos.

(H) Deve-se considerar o indivíduo globalmente, atentando sempre para os padrões de


normalidade onde o indivíduo a ser questionado se insere, deixando-se guiar pelos
sintomas.

13. (UNIFAP UNIFAP - 2016) Marque a alternativa que, segundo o DSM-V é considerada uma forma
crônica de transtorno depressivo persistente.

(F) Ciclotimia.

(G) Distimia.

(H) Depressão maior.

(I) Demência.

(J) Depressão atípica.

14. (DPE/RR FCC - 2015) Síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativa na
cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo que reflete uma disfunção
nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento
mental. Associa-se frequentemente a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam
atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. Segundo o DSM-5, trata-se de:

(F) Transtorno mental.

(G) Episódio regressivo.

(H) Rompante melancólico.

(I) Sintoma recorrente.

(J) Impacto laboral.

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15. (DPE/RR FCC - 2015) Segundo consta no CID-10, para um diagnóstico definitivo, o transtorno
bipolar, episódio atual hipomaníaco deve preencher os critérios para hipomania e deve ter havido,
no passado, pelo menos um outro episódio:

(F) Esquizofrênico.

(G) Maníaco.

(H) Misto.

(I) Afetivo.

(J) Psicótico.

16. (AERONÁUTICA CIAAR - 2016) O excerto a seguir remete a um dos subtipos de síndromes
depressivas presentes em Dalgalarrondo (2008). Assinale a alternativa que identifica corretamente
a depressão crônica a qual ele se refere.

É ralmente de intensidade leve, muito duradoura. Começa no início da


vida adulta e dura pelo menos vários anos. Os sintomas depressivos mais comuns são diminuição da
autoestima, fadigabilidade aumentada, dificuldade em tomar decisões ou se concentrar, mau humor
crônico, irritabilidade e sentimentos de desesperança. Os sintomas devem estar presentes de forma

(E) Distimia.

(F) Depressão atípica.

(G) Estupor depressivo.

(H) Depressão tipo endógena.

17. (CONSURGE/MG GESTÃO DE CONCURSOS - 2016) As síndromes e reações depressivas surgem


com muita frequência após perdas significativas de pessoas queridas, emprego, moradia ou outros
fatores importantes, levando até à incapacidade, como a depressão maior unipolar. São sinais e
sintomas da síndrome depressiva, EXCETO:

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(A) Tristeza, sentimento de melancolia.

(B) Sentimento de tédio e de aborrecimento crônico.

(C) Percepção delirante em relação a coisas ou pessoas.

(D) Angústia, ansiedade e desesperança.

18. (PREF. DE QUERÊNCIA DO NORTE/PR FAU/UNICENTRO -2016) É uma forma de expressão que
muitas vezes passa despercebida, não recebendo atenção médica, o indivíduo está mais disposto
que o normal, fala muito, conta piadas, faz muitos planos, não se melindra com as dificuldades e os
limites da vida. Pode ter redução da necessidade de sono, não se sente cansado após muitas
atividades e deseja sempre fazer mais. O indivíduo e seu meio não são seriamente prejudicados e
não produz disfunção social importante, e não há sintomas claramente psicóticos e, muitas vezes, a
pessoa acometida não busca serviços médicos. Caracterizada a:

(A) Eutimia.

(B) Ciclotimia.

(C) Hipomania.

(D) Neurastenia.

(E) Polimia.

19. (TRF 2º REGIÃO CONSULPLAN 2017) O exame do estado mental, ou exame psíquico, envolve
a observação sistemática do comportamento de alguém. O desafio para os clínicos, naturalmente, é
organizar as observações de forma que seja possível dispor de informações suficientes para
determinar se um transtorno psicológico pode estar presente. Os exames do estado mental podem
ser estruturados e detalhados (Barlow e Durand, Psicopatologia: uma abordagem integrada, SP,
Cencage 2015 páginas 74 e 74.), mas, na maioria das vezes, são desenvolvidos de maneira rápida
por clínicos experientes no decorrer da entrevista ou da observação de um paciente. Esses exames
cobrem algumas categorias. São elas:

1. aparência e comportamento.

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2. processos de pensamento.

3. humor e afeto.

4. funcionamento intelectual.

5. orientação.

De acordo com o exposto, assinale a alternativa correta.

(A) Somente constam no exame de estado mental: processos de pensamento, humor e afeto e
orientação.

(B) Somente constam no exame de estado mental: processos de pensamento, função intelectual e
orientação.

(C) Somente constam no exame de estado mental: aparência e comportamento, processo de


pensamento e funcionamento intelectual.

(D) Aparência e comportamento, processos de pensamento, humor e afeto, funcionamento


intelectual e orientação: todos constam no exame do estado mental.

20. (TRT 1º REGIÃO FCC - 2011) Segundo a Classificação de Transtornos Mentais e de


Comportamento da CID-10, o Transtorno afetivo bipolar (F31) é caracterizado por episódios
repetidos nos quais o humor e os níveis de atividade do paciente estão significativamente
perturbados, sendo que esta alteração consiste em algumas ocasiões de elevação do humor e
aumento de energia e atividade (mania ou hipomania) e em outras de:

(A) Intensificação da dor e aumento da presença de ideias delirantes (psicose).

(B) Rebaixamento do humor e diminuição de energia e atividade (depressão).

(C) Oscilação do biorritimo, em que o paciente mostra-se frenético e instável (pré-psicose).

(D) Redução da volição e motivação nas atividades ocupacionais, resultando em inadequação


comportamental (conduta antissocial).

(E) Sensação de elevado poder e presença de postura arrogante frente às outras pessoas
(psicopatia).

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21. (TJ/PR PUC/PR 2017) Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão é hoje uma das
principais causas de afastamentos do trabalho e das relações sociais. Sobre os transtornos
depressivos, é CORRETO afirmar que:

(A) A característica comum do transtorno depressivo maior é a presença de humor triste, vazio ou
irritável, acompanhado de alterações somáticas e cognitivas que afetam a capacidade funcional do
indivíduo.

(B) Os principais sintomas do transtorno depressivo maior são: baixa autoestima, sentimentos de
desesperança, hipomania e alterações do sono e do apetite.

(C) O transtorno depressivo maior é caracterizado por episódios distintos (depressão e mania)
envolvendo alteração nítidas do afeto, das funções neurovegetativas e das funções do ego.

(D) Todo o processo de luto desencadeia no indivíduo o transtorno depressivo maior devido à
intensidade do sofrimento. Por isso deve-se tratar o indivíduo enlutado rapidamente.

(E) o diagnóstico do transtorno depressivo distímico (distimia) pode ser diagnosticado em adultos
quando a perturbação do humor apresenta explosões de raiva intensas de pouca duração.

22. (AHM CETRO 2015) A literatura aponta que a prevalência de transtornos psiquiátricos é de
20% a 60% no hospital-geral, e as reações mais comuns são as de ajustamentos e os sintomas
depressivos e ansiosos. Dessa forma, o profissional deve estar ciente da importância do exame
psíquico no paciente que adentra o hospital, de forma a fazer uma avaliação psicológica que possa
ser útil para orientar ações e decisões futuras. Sobre este assunto, analise as assertivas abaixo.

I. Pode-se dividir a avaliação psicológica em exame psíquico e avaliação da dinâmica emocional e


situacional.

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II. Não se pode considerar que, por exemplo, um enfarto tenha sido provocado por situações
anteriores de depressão, cansaço, ansiedade fóbica, etc., ou seja, relacionado a situações de possível
transtorno mental.

III. O transtorno mental também pode aparecer manifestado por meio de queixas corporais.

É correto o que se afirma em:

(A) I, apenas.

(B) II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

23. (IASC - UPENET/IAUPE - 2006) O T -se da vivência de percepção


de um objeto, de forma clara e definida (voz, ruído, imagem), sem o estímulo sensorial respectivo,
“ G B A ue
identifica corretamente essa alteração psicopatológica.

A) Delírio.

B) Neologismo.

C) Perseveração.

D) Estado oniróide.

E) Alucinação.

24. (TJ/MG CONSULPLAN 2016) A atenção é uma das funções psíquicas que possuem alterações
quantitativas e qualitativas. Entre as primeiras destacam-se a hipoprosexia e a aprosexia; e entre as
alterações qualitativas observa-se a rigidez e a labilidade. Tendo isso em vista, associe
adequadamente as colunas a seguir.

1. Aprosexia.

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2. Hipoprosexia.

3. Labilidade.

4. Rigidez.

( ) Esquizofrenia e demência.

( ) Depressão e oligofrenia apática.

( ) Transtornos dissociativos e epilepsia.

( ) Intoxicação por anfetamina, cocaína e alucinógenos.

A sequência está correta em

(A) 1, 2, 3, 4.

(B) 1, 2, 4, 3.

(C) 2, 3, 4, 1.

(D) 2, 3, 1, 4.

25. (TJ/MG CONSULPLAN 2016) "A atenção é o processo pelo qual a consciência é direcionada
para determinado estímulo (de origem externa ou interna), que pode ser uma imagem perceptiva
ou representativa, um afeto ou um pensamento. Há uma concentração da atividade mental sobre
um objeto específico (ou poucos objetos) em detrimento dos demais. O que é selecionado pela
atividade da atenção adquire maior clareza e nitidez. (...) Atenção e consciência são funções
psíquicas muito próximas e conectadas, mas não são a mesma coisa. Se não há lucidez de
consciência, a atenção não pode funcionar adequadamente, mas a atenção pode estar alterada
mesmo se o nível da consciência está normal." (Cheniaux, 20is, p. 28.)

As principais funções da atenção são a seletividade, a vigilância e detecção de sinal, a sondagem e a


atenção devida. Considerando as referidas informações, analise as afirmativas a seguir.

I. A motivação e o afeto influenciam diretamente a atenção.

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II. A atenção voluntária ou ativa relaciona-se, sobretudo, ao inconsciente, mobilizando o indivíduo


na direção de um objeto.

III. A atenção interfere na sensopercepção e é de vital importância para a memória, tanto para
fixação de novas informações, quanto para

evocação das antigas.

IV. A tenacidade é a capacidade de manter a atenção em determinado

objeto por certo tempo, enquanto que a mobilidade da atenção é a capacidade de, a qualquer
momento, desviar a atenção de um objeto

para outro.

Estão corretas apenas as afirmativas

(A) I e II.

(B) II e III.

(C) I, II e IV.

(D) II, III e IV.

26. (TJ/MG CONSULPLAN 2016) O fragmento a seguir contextualiza o tema tratado nas questões
seguintes.

"A palavra consciência vem do latim, cum scientia, que, por sua vez, é uma tradução da palavra grega
syneidesis. Cumscientia significa literalmente uma ciência acompanhada de outra ciência, ou uma
relação cognoscitiva. Originalmente, a apalavra consciência tinha o significado de consciência moral,
que equivale no alemão a Gewissen, e, no inglês, a consdence. Só posteriormente surgiu o conceito
de consciência psicológica - mais amplo que o conceito de consciência moral, abarcando este -, que
corresponde a Bewusstsein, no alemão, e a consciousness, no inglês. Nas línguas neolatinas, como o
português, consciência se refere a ambos os conceitos." (Cheniaux, 2015, p. 17.)

A respeito da consciência psicológica é possível afirmar que ela constitui a síntese ou integração de
todos os processos mentais. São características da consciência psicológica:

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(A) A capacidade reflexiva acerca das vivências internas e externas expressa estritamente pelo
aparato fisiológico do sistema nervoso central na forma de estado vigil.

(B) A expressão vigil possibilitada estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso central,
que permite a consciência do eu e dos objetos, desprovida de intencionalidade e de capacidade
reflexiva.

(C) A vivência interna e atual relacionada à distinção eu/não eu, isto é, consciência do eu e
consciência dos objetos, dotada de intencionalidade e que propicia a consciência da consciência
expressa na reflexão de seus conteúdos psíquicos.

(D) A vivência interna e atual relacionada à distinção eu/não eu, isto é, consciência do eu e
consciência dos objetos, expressa estritamente pelo aparato fisiológico do sistema nervoso central
na forma de estado vigil, permitindo a apreensão adequada dos estímulos.

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10 GABARITO

1. A
2. E
3. E
4. B
5. E
6. E
7. C
8. B
9. B
10. C
11. C
12. C
13. B
14. A
15. D
16. A
17. D
18. C
19. D
20. B
21. A
22. C
23. E
24. B
25. C
26. C

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