Apostila Marxismo Econ Pol MPCT
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TEXTO 2
I - Significado histórico do marxismo-leninismo
Introdução. Por que marxismo? Por que marxismo-leninismo?
“Seja-me permitido aqui um pequeno comentário pessoal. Ultimamente, tem-se aludido, com
freqüência, à minha participação nessa teoria; não posso, pois, deixar de falar algumas palavras
para esclarecer este assunto. Que tive certa participação independente na fundamentação e
sobretudo na elaboração da teoria, antes e durante os quarenta anos de minha colaboração com
Marx, é coisa que eu mesmo não posso negar. A parte mais considerável das diretrizes principais,
particularmente no terreno econômico e histórico, e especialmente sua formulação nítida e
definitiva, cabem, porém, a Marx. A contribuição que eu trouxe – com exceção, quando muito,
de alguns ramos especializados – Marx também teria podido trazê-la, mesmo sem mim. Em
compensação, eu jamais teria feito o que Marx conseguiu fazer. Marx tinha mais envergadura e
via mais longe, mais ampla e mais rapidamente que todos nós outros. Marx era um gênio: nós
outros, no máximo, homens de talento. Sem ele, a teoria estaria hoje muito longe de ser o que é.
Por isso, ela tem, legitimamente, seu nome”. (ENGELS, “Ludwig Feuerbach e o fim da filosofia
clássica alemã”. In: Obras Escolhidas de Marx & Engels, vol. 3, p. 193 – nota 1.
b) Marx e Engels procuraram entender o mundo de seu tempo e atuar no sentido de transformá-lo.
Dedicam-se ao estudo teórico, aprofundando-se no que havia de mais avançado à sua época, no
âmbito da filosofia, da economia política e das teorias de sociedade:
- Filosofia clássica alemã,
- Economia política inglesa,
- Socialismo utópico e teorias sociais de revolucionários franceses.
2.2. Pilares essenciais da concepção marxista1
“A grande questão fundamental de toda a filosofia [...] é a da relação entre o pensamento e o ser,
entre o espírito e a natureza [...] Que é primeiro: o espírito ou a natureza? Conforme respondiam de
uma maneira ou de outra a esta questão, os filósofos dividiam-se em dois grandes campos. Aqueles
que afirmavam que o espírito é primeiro em relação à natureza e que, por conseguinte, admitiam, em
última instância, uma criação do mundo de qualquer espécie... constituíam o campo do idealismo. Os
outros, que consideravam a natureza como campo primordial, pertenciam às diversas escolas do
materialismo.” (Engels)
“[...]o ideal não é senão o material transposto e traduzido no cérebro humano.” (Marx)
“[...] se se pergunta... o que são o pensamento e a consciência, e donde provêm, conclui-se que são
produtos do cérebro humano e que o próprio homem é um produto da natureza, o qual se
desenvolveu no seu ambiente e com ele; daí se compreende por si só que os produtos do cérebro
humano, que, em última análise, são igualmente produtos da natureza, não estão em contradição,
mas sim em correspondência com a restante conexão da natureza” (Engels) (Citações feitas por
LÊNIN. Karl Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, pp. 7-9)
2.2.2. A Dialética – Estudo dos fenômenos historicamente, na sua gênese e no seu desenvolvimento.
Princípios do movimento e da transição: desenvolvimento/transformação; avanços/recuos;
continuidade/ruptura; mudanças quantitativas/saltos qualitativos. Na natureza, na sociedade e no
próprio pensamento.
“... a dialética é ‘a ciência das leis gerais do movimento tanto do mundo exterior como do
pensamento humano’.” (Marx)
“... o mundo não deve ser considerado como um conjunto de coisas acabadas, mas como um
conjunto de processos em que as coisas, aparentemente estáveis, bem como os seus reflexos mentais
no nosso cérebro, os conceitos, passam por uma série ininterrupta de transformações, por um
processo de gênese e de perecimento...” (Engels)
“Nada há de definitivo, de sagrado para a filosofia dialética. Ela mostra a caducidade de todas as
coisas e para ela nada mais existe senão o processo ininterrupto do surgir e do perecer, da ascensão
sem fim do inferior para o superior, de que ela própria não é senão o simples reflexo no cérebro
pensante.” (Engels) (Citações feitas por LÊNIN. Karl Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, pp. 9-10)
“A unidade real do mundo consiste na sua materialidade [...] O movimento é o modo de existência
da matéria. Matéria sem movimento é impensável do mesmo modo que movimento sem matéria
[...]” (Engels)
“A natureza é a comprovação da dialética [...] as ciências modernas da natureza nos forneceram
1
LENINE, Vladimir Ilich. Obras Escolhidas. Volume 1, 3ª edição, São Paulo: Alfa-Omega, 1986.
materiais extremamente numerosos [...] cujo volume aumenta dia a dia, provando assim que, em
última análise, na natureza as coisas se passam dialeticamente e não metafisicamente.” (Engels)
(Citações feitas por LÊNIN. Karl Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, pp. 7-9)
Desenvolvimento X Evolução
“[...] a idéia [...] de desenvolvimento, tal como a formularam Marx e Engels, apoiando-se em Hegel,
é muito mais vasta e rica de conteúdo do que a idéia corrente de evolução. É um desenvolvimento
que parece repetir etapas já percorridas, mas sob outra forma, numa base mais elevada (‘negação da
negação’); um desenvolvimento por assim dizer em espiral e não em linha reta; um desenvolvimento
por saltos, por catástrofes, por revoluções; ‘soluções de continuidade’; transformações de quantidade
em qualidade; impulsos internos do desenvolvimento, provocados pela contradição, pelo choque de
forças e tendências distintas agindo sobre determinado corpo, no quadro de um determinado
fenômeno ou no seio de uma determinada sociedade; interdependência e ligação estreita,
indissolúvel, de todos os aspectos de cada fenômeno (com a particularidade de que a história faz
constantemente aparecer novos aspectos), ligação que mostra um processo único universal do
movimento, regido por leis...” (LÊNIN, Karl Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, p. 10)
“A concepção materialista da história parte da tese de que a produção, e com ela a troca dos
produtos, é a base de toda a ordem social; de que em todas as sociedades que desfilam pela história,
a distribuição dos produtos e, juntamente com ela a divisão social dos homens em classes ou
camadas, é determinada pelo que a sociedade produz e como produz e pelo modo de trocar os seus
produtos. [...] Quando nasce nos homens a consciência de que as instituições sociais vigentes são
irracionais e injustas, de que a razão se converteu em insensatez e a bênção em praga, isso não é
mais que um indício de que nos métodos de produção e nas formas de distribuição produziram-se
silenciosamente transformações com as quais já não concorda a ordem social, talhada Segundo o
padrão de condições econômicas anteriores. E assim já está dito que nas novas relações de produção
têm forçosamente que conter-se – mais ou menos desenvolvidos – os meios necessários para pôr
termo aos males descobertos. E esses meios não devem ser tirados da cabeça de ninguém, mas a
cabeça é que tem de descobri-los nos fatos materiais da produção, tal e qual a realidade os oferece.”
(Engels – Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico. In: Obras Escolhidas de Marx e Engels,
p. 320)
“A história de toda a sociedade até agora existente – escreve Marx no Manifesto do Partido
Comunista (excetuando a história da comunidade primitiva, acrescentaria Engels mais tarde) – é a
história de lutas de classes. O homem livre e o escravo, o patrício e o plebeu, o barão feudal e o
servo, o mestre de uma corporação e o oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em
constante antagonismo entre si, travaram uma luta ininterrupta, umas vezes oculta, aberta outras, que
acabou sempre com uma transformação revolucionária de toda a sociedade ou com o declínio
comum das classes em conflito [...] A moderna sociedade burguesa, saída do declínio da sociedade
feudal, não acabou com os antagonismos de classe. Não fez mais do que colocar novas classes,
novas condições de opressão, novos aspectos da luta no lugar dos anteriores. A nossa época, a época
da burguesia, distingue-se contudo por ter simplificado os antagonismos de classe. Toda a sociedade
está a cindir-se cada vez mais em dois grandes campos hostis, em duas classes em confronto direto: a
burguesia e o proletariado.” (Marx & Engels – Manifesto do Partido Comunista
Citado por LÊNIN, Karl Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, pp. 12-13)
2.2.5 A Economia Política Marxista – “estudo das relações de produção de uma sociedade
historicamente determinada e concreta no seu nascimento, desenvolvimento e declínio” (LÊNIN, Karl
Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, p. 14).
Teoria do capital – Exame da essência do processo de acumulação no modo de produção capitalista: a
produção de mercadorias. Marx avança em relação aos economistas políticos ingleses,
desvendando o segredo da mercadoria e desenvolvendo a teoria do valor do trabalho.
Duplo valor da mercadoria (de uso e de troca);
Valor de troca como cristalização do trabalho social (tempo socialmente necessário para a
produção da mercadoria);
Relações de trabalho no capitalismo – Compra e venda da força de trabalho (mercadoria singular,
que, ao consumir-se, engendra valor);
Segredo da acumulação capitalista: extração da mais-valia (trabalho não pago);
Exame essência do processo de acumulação no modo de produção capitalista: a produção de
mercadorias;
Marx avança em relação aos economistas políticos ingleses, desvendando o segredo da mercadoria
e desenvolvendo a teoria do valor do trabalho.
“Para obter a mais-valia ‘seria preciso que o possuidor do dinheiro descobrisse no mercado uma
mercadoria cujo valor de uso fosse dotado da propriedade singular de ser fonte de valor’, uma
mercadoria cujo processo de consumo fosse, ao mesmo tempo, um processo de criação de valor. E
esta mercadoria existe: é a força de trabalho humana, O seu uso é o trabalho, e o trabalho cria valor.
O possuidor de dinheiro compra a força de trabalho pelo seu valor, que, como o de qualquer outra
mercadoria, é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário para a sua produção (isto
é, pelo custo da manutenção do operário e da sua família). Tendo comprado a força de trabalho, o
possuidor do dinheiro fica com o direito de a consumir, isto é, de a obrigar a trabalhar durante um
dia inteiro, suponhamos, durante doze horas. Mas em seis horas (tempo de trabalho ‘necessário’), o
operário cria um produto que cobre as despesas de sua manutenção, e durante as outras seis horas
(tempo de trabalho ‘suplementar’) cria um ‘sobreproduto’ não retribuído pelo capitalista, que
constitui a mais-valia.”
“A condição histórica para o aparecimento do capital reside, em primeiro lugar, na acumulação de
uma certa soma de dinheiro nas mão de certas pessoas num estádio de desenvolvimento da produção
de mercadorias em geral já relativamente elevado; em segundo lugar, na existência de operários
“livres” sob dois aspectos – livres de quaisquer entraves ou restrições para venderem a sua força de
trabalho, e livres por não terem terras nem meios de produção em geral – de operários sem qualquer
propriedade, de operários ‘proletários’ que não podem subsistir senão vendendo a sua força de
trabalho. (LÊNIN, Karl Marx. In: Obras Escolhidas, vol. 1, pp. 15-16. Sintetizando trechos de O
Capital, de Marx)
IMPORTANTE:
Ir à gênese da teoria – para compreendê-la em seus fundamentos, em seu desenvolvimento e poder
falar de sua atualidade:
- Nesta perspectiva, é possível distinguir a produção de Marx e Engels (por alguns denominada
“marxiana”) da produção marxista (de seus seguidores) - E analisar, aí, elementos de
continuidade/ruptura e de desenvolvimento da teoria.
Ler o marxismo do lugar e do tempo em que estamos: Considerando-se as mudanças sociais,
econômicas, políticas, culturais... desde seu surgimento; entendendo-se e buscando-se superar as
dificuldades devidas ao fracasso das experiências socialistas deste século.
UNIDADE: ciência e política ao mesmo tempo, com procederes filosóficos – Explicação do real,
captando suas contradições, na perspectiva de sua superação (negação):
teoria do capital --- teoria da revolução negação do capital
- Clássico: resiste ao tempo – mantém-se como referência para épocas ulteriores à da sua produção:
. Profundidade dos problemas tratados / forma paradigmática de abordá-los,
. Revela traços irrecusáveis da vida humana/fornece diretriz metodológica eficaz para enfrentamento
de problemas fundamentais.
- Atual: porque não foram superados os problemas do capitalismo, cujas contradições Marx captou
cientificamente, apontando as leis tendenciais de seu esgotamento e de sua necessária substituição pelo
socialismo.
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Saviani, Dermeval. Marx, 110 Anos: Clássico e... Dramaticamente Atual. Revista Princípios, São Paulo: Ed. Anita
Garibaldi, (29): 44-46, maio, 1993.
1 - O método Materialista Dialético aplicado à economia
A – Marx inicia a análise do Modo de Produção capitalista pela análise da mercadoria. Para Marx “a
riqueza das sociedades onde rege a produção capitalista configura-se ‘em uma imensa acumulação de
mercadorias’ e a mercadoria, isoladamente considerada é a forma elementar dessa riqueza. Por isso
nossa investigação começa com a análise da mercadoria”.
O caminho adotado pelo método cientificamente correto: o concreto é concreto porque é síntese de
múltiplas determinações, isto é, unidade da diversidade e ainda por mostrar que o papel das
determinações abstratas é conduzir à reprodução do concreto, do real, por meio do pensamento.
A Categoria Trabalho - De onde advém a riqueza ou o valor.
Antigo sistema monetário - Fonte da riqueza na (circulação) do dinheiro;
Sistema manufatureiro - Fonte da riqueza no trabalho comercial;
Fisiocratas - Fonte da riqueza no trabalho agrícola;
Para Adam Smith - Fonte da riqueza é o trabalho puro e simples.
Adam Smith colocava o trabalho como um dos fatores de produção. David Ricardo apresentou os
outros: o capital e a terra e estruturou o seguinte esquema explicativo para a origem das riquezas:
Ao final do processo, o Valor dos Fatores de Produção se igualariam ao Trabalho. Daí a abstração
máxima alcançada pela Economia Política clássica: VALOR = TRABALHO HUMANO.
Por que a Economia Política clássica só chegou à fórmula VALOR = TRABALHO, ou seja, percorreu
o primeiro caminho do método e não conseguiu efetuar o segundo, o caminho de volta?
Mercadoria é unidade de contrários e síntese de múltiplas determinações. É ao mesmo tempo valor de
uso e valor de troca. Na mercadoria estão incorporados o trabalho concreto e o trabalho abstrato. No
estudo da mercadoria destacam-se com toda a nitidez as relações dialéticas como concreto e abstrato,
particular e geral, aparência e essência, específico e universal. Com o estudo da mercadoria
desvendam-se as entranhas do modo de produção capitalista.
“Uma economia produz mercadorias quando os bens produzidos são para troca, para serem vendidos
no mercado” – Engels.
Pré-condições para a produção de mercadorias: (1) Divisão da sociedade em classes sociais; (2)
Divisão social do trabalho e (2) Propriedade privada dos Meios de Produção.
Mercadoria: Conceito central para a compreensão do sistema capitalista de produção. É, antes de
tudo, um bem ou um objeto que satisfaz uma necessidade qualquer do homem e que pode ser trocado
por outro bem. A mercadoria possui dois valores: o valor de uso e o valor de troca.
Valor de Uso: É a utilidade que o bem possui para quem o vai consumir.
Valor de Troca: É a proporção pela qual determinados valores de uso trocam-se por valores de uso de
outras espécies. Também é a forma de manifestação do valor.
Lei do Valor: É a lei que explica a origem e a magnitude ou grandeza do valor das mercadorias. Sendo
a mercadoria fruto do trabalho humano e sendo o trabalho humano a fonte do valor, temos que o valor
de uma mercadoria é determinado pela quantidade ou tempo de trabalho socialmente necessário para a
produção de determinada mercadoria.
Preço - É a forma monetária do valor. É como o valor é visto pela sociedade. O preço encobre a
realidade do valor, pois ele oscila muito no mercado (lei da oferta e da procura ou da anarquia e da
concorrência, como dizia Marx).
A mercadoria apresenta um duplo aspecto: ser ao mesmo tempo valor de uso e valor de troca (ou
valor). O trabalho, parte integrante da mercadoria também apresenta um duplo aspecto: ele é concreto
e abstrato.
Trabalho Concreto: É o trabalho que se destina a um determinado fim ou a produção de um valor de
uso qualquer. É o caráter útil do trabalho.
Trabalho Abstrato: Ao retirarmos dos produtos do trabalho o seu caráter útil, resta somente o
dispêndio humano de força de trabalho, o trabalho humano em geral ou trabalho abstrato, forma pela
qual o trabalho cria valor.
Esta propriedade, a do trabalho humano criar valor, é histórica e refere-se a um certo período do
desenvolvimento histórico. Quando Ricardo iguala VALOR= TRABALHO e não consegue “enxergar”
o duplo caráter do trabalho ele estava somente demonstrando a impossibilidade histórica da
burguesia compreender que o seu sistema social estava sujeito as mesmas leis que
caracterizavam os sistemas sociais anteriores. O modo de produção capitalista também não é
eterno.
D -- M M -- D' C M -- D' -- C
FT FT
VALOR = C + V + MV Lucro industrial; Juros bancários; Renda da terra; Lucro comercial; Fundo
de consumo não produtivo.
MV MV C
Taxa de mais valia ------ Taxa de lucro ------ Composição orgânica --------
V C+V C +V
Divisão da Produção Social: É a divisão do trabalho em diferentes ramos, esferas, níveis e setores.
Ex.: trabalhos agrícola, comercial e industrial.
Divisão Técnica do Trabalho: É a divisão do trabalho no interior de um mesmo processo de
produção, onde cada trabalhador realiza um determinado trabalho específico que corresponde a uma
parte do processo.
Divisão Social do Trabalho: É a repartição das diferentes tarefas que os homens e mulheres cumprem
na sociedade (tarefas econômicas, ideológicas ou políticas) e que se realizam em função da situação
dos mesmos na estrutura social. A principal divisão social do trabalho é a existente entre trabalho
manual e trabalho intelectual. Também é relevante a divisão do trabalho existente entre sexos.
Estrutura de Classes: É a articulação das diferentes classes ou frações de classe nos diferentes níveis
(econômico, político e ideológico) de uma dada formação social.
Classe Social: São grandes grupos de homens que se diferenciam entre si pelo lugar que ocupam em
um sistema de produção historicamente definido. Este lugar é determinado pela forma como esses
grandes grupos de homens se relacionam com os meios de produção existentes, pelo papel que
desempenham na organização social do trabalho e pela forma como estes grandes grupos de homens
percebem ideologicamente estas relações.
Consciência de Classe: Um indivíduo ou um grupo social tem consciência de classe quando está ou
estão conscientes dos verdadeiros interesses de sua classe.
Luta de Classes: É o motor ou impulsionador do desenvolvimento histórico desde os tempos mais
primitivos até os dias atuais. É o enfrentamento que se produz entre duas classes antagônicas quando
estas lutam por seus interesses.
Até hoje, a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história da luta de
classes. Homem livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, mestre de corporação e companheiro,
numa palavra, opressores e oprimidos, em constante oposição, tem vivido uma guerra ininterrupta, ora
franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária da
sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.
Noções de teoria do valor, mais-valia. O caráter dinâmico do capitalismo