Regulamento de Consignações Da Rede de Distribuição At, MT E BT

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REGULAMENTO DE CONSIGNAÇÕES DA REDE DE

DISTRIBUIÇÃO AT, MT E BT
DPS 38.008-7 EDP

Natureza do documento Versão Data Emissor

Procedimento de Segurança (DPS) R4 01-06-2016 EDP/DSA – Prevenção e Segurança

Lista de Distribuição: Anexos:


− Direções e Unidades do Centro Corporativo 1. Modelo de Participação de Início de Estaleiro/ Início de Traba-
− Empresas do Grupo EDP (PT) lhos
2. Modelo de Ficha de Participação de Acidente de Trabalho
3. Modelo de Participação de Quase-acidente

Observações: 4. Modelo de Participação de Dados Estatísticos de Acidentes de


Trabalho
Esta revisão foi motivada pela:
− Atualização do documento de aprovação na sequência da
revisão pela gestão aprovada pela OS 10/2016/CAE.

Acessibilidade

Livre
Aprovado por: CAE da EDP
Documento de aprovação: OS 10/2016/CAE, de 1 de junho Grupo EDP X

Restrita

Confidencial
SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA CORPORATIVO

REGULAMENTO DE CONSIGNAÇÕES PARA TRABALHOS FORA DE TENSÃO


DPS 38.008-7 EDP

Índice

1 - DISPOSIÇÕES E PRINCÍPIOS GERAIS........................................................................................... 3


1.1 OBJETIVO................................................................................................................................ 3
1.2 ÂMBITO .................................................................................................................................. 3
1.3 PRINCÍPIOS GERAIS ................................................................................................................ 3
2. DEFINIÇÕES .............................................................................................................................. 4
2.1 GENERALIDADES .................................................................................................................... 4
2.2 DEFINIÇÕES RELATIVAS A PESSOAS OU GRUPOS DE ACTIVIDADE ......................................... 4
2.3 DEFINIÇÕES RELATIVAS À ZONA DE TRABALHOS ................................................................... 6
2.4 DEFINIÇÕES RELATIVAS A DISTÂNCIAS................................................................................... 6
2.5 DEFINIÇÕES RELATIVAS A TRABALHOS .................................................................................. 7
2.6 DEFINIÇÕES RELATIVAS A OPERAÇÕES .................................................................................. 8
2.7 DEFINIÇÕES RELATIVAS A INSTALAÇÕES ................................................................................ 9
3. PRESCRIÇÕES DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS FORA DE TENSÃO ....................................... 10
3.1 PRESCRIÇÕES GERAIS ........................................................................................................... 10
3.1.1 Separar ou isolar completamente a instalação ........................................................................ 10
3.1.2 Proteger contra reposições acidentais ou Bloquear na posição de abertura .......................... 11
3.1.3 Verificar a ausência de tensão .................................................................................................. 12
3.1.4 Ligar à terra e em curto-circuito ............................................................................................... 13
3.1.5 Proteger contra as peças em tensão que estejam na zona de trabalhos ou na sua
proximidade e Delimitar a Zona de Trabalhos ................................................................................... 14
4. ATRIBUIÇÕES .......................................................................................................................... 15
4.1 ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE REQUISITANTE ........................................................................ 15
4.2 ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE RESPONSÁVEL PELA CONDUÇÃO ............................................ 15
4.3 ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL DE CONSIGNAÇÃO ........................................................... 17
4.4 ATRIBUIÇÕES DO DELEGADO DE CONSIGNAÇÃO ................................................................ 18
4.5. ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS .................................................................. 19
4.6 ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL DE ENSAIOS ........................................................................ 21
4.7 ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE EXECUTANTE ............................................................................. 22
5 REGISTOS................................................................................................................................ 23
5.1 GENERALIDADES ..................................................................................................................... 23
5.2 PEDIDO DE INDISPONIBILIDADE ............................................................................................. 23
5.3 ORDEM DE MANOBRAS .......................................................................................................... 24
5.4 BOLETIM DE CONSIGNAÇÃO .................................................................................................. 24
5.5 PEDIDO DE INDISPONIBILIDADE FEITO POR UM UTILIZADOR DA REDE DE
DISTRIBUIÇÃO ...................................................................................................................... 25
5.6 PROCESSO DE CONSIGNAÇÃO.............................................................................................. 25
6. IMPRESSOS ............................................................................................................................. 26

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DPS 38.008-7 EDP

1 - DISPOSIÇÕES E PRINCÍPIOS GERAIS

1.1 OBJETIVO

O presente Regulamento de Consignações tem por objetivo definir e normalizar um conjunto de regras ou pro-
cedimentos, a observar na Rede de Distribuição (RD), para a realização de trabalhos fora de tensão ou ensaios
em instalações elétricas, de forma a garantir a segurança das pessoas e equipamentos.

1.2 ÂMBITO

Este Regulamento aplica-se aos trabalhos fora de tensão (TFT) ou aos ensaios em instalações elétricas de AT,
MT e BT, bem como aos trabalhos ou ensaios na proximidade ou vizinhança de tensão, os quais não sendo pos-
sível executar com a utilização das técnicas usadas nos trabalhos em tensão (TET), obriguem à indisponibilidade
das instalações elétricas ou à adoção de medidas de segurança adicionais.

Este Regulamento não se aplica à realização de trabalhos em tensão.

1.3 PRINCÍPIOS GERAIS

1.3.1 O presente Regulamento, baseando-se no Manual de Prevenção do Risco Elétrico da EDP, respeita o Re-
gulamento da Rede de Distribuição e os princípios gerais e as prescrições mínimas estabelecidas pela
norma NP EN 50110-1.

1.3.2 As manobras na Rede de Distribuição (RD) competem:


− aos Centros de Condução, no que respeita à decisão, operação ou autorização prévia para a sua exe-
cução;
− aos Serviços de Rede, operadores locais internos ou prestadores de serviços habilitados, no que res-
peita à sua concretização.

1.3.3 Todas as intervenções nas instalações elétricas AT, MT e BT deverão ser do conhecimento prévio dos
Centros de Condução, salvo nas condições mencionadas no §1.3.4.
As manobras a realizar nas instalações AT e MT serão coordenadas pelos Centros de Condução.

1.3.4 Em situações de emergência, por razões de segurança, os responsáveis pelas operações de manutenção
e reparação de instalações da Rede de Distribuição ou de instalações a ela ligadas, poderão executar as
manobras de corte e isolamento indispensáveis para preservar a integridade de pessoas e equipamen-
tos, mesmo sem prévio acordo do Centro de Condução.
Neste caso, será dado conhecimento imediato ao Centro de Condução da área abrangida.

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2. DEFINIÇÕES

(Recapitulação do Manual de Prevenção do Risco Elétrico da EDP)

2.1 GENERALIDADES

Disponibilidade – Situação em que um grupo gerador, linha, transformador, painel, barramento, equipamentos
e aparelhos se encontram aptos a responder em exploração às solicitações de acordo com as suas carac-
terísticas técnicas e parâmetros considerados válidos.

Exploração – Conjunto de atividades necessárias ao funcionamento de uma instalação elétrica, incluindo as


manobras, o comando, o controlo, a manutenção, bem como os trabalhos elétricos e não elétricos.

Indisponibilidade – Situação em que um grupo gerador, linha, transformador, painel, barramento, equipamen-
tos e aparelhos não se encontram aptos a responder em exploração às solicitações de acordo com as su-
as características técnicas e parâmetros considerados válidos.

Normas Específicas – Descritivos de procedimentos ou regras, específicos de uma instalação elétrica ou de um


conjunto de instalações similares, destinados a orientar os profissionais que efetuam manobras de rede.

Perigo Elétrico – Fonte de possíveis danos corporais ou prejuízos para a saúde devidos à presença de energia
elétrica numa instalação elétrica.

Uso de Rede – Utilização das redes e instalações do sistema elétrico de serviço público (SEP), nos termos do
Regulamento da Rede de Distribuição e do Regulamento de Acesso às Redes e às Interligações.

Mensagem Registada − Comunicação transmitida, verbalmente, pelo emissor ao recetor, via telefone ou rádio
(registada pelos dois), comportando sempre a data, a hora e a identificação dos intervenientes e repeti-
da pelo recetor ao emissor.

O registo da mensagem pode ser de natureza digital (em suporte informático) ou de natureza escrita
(em suporte de papel).

2.2 DEFINIÇÕES RELATIVAS A PESSOAS OU GRUPOS DE ACTIVIDADE

Centro de Condução – Órgão de Condução das Redes de Distribuição encarregue da vigilância e condução das
instalações e equipamentos das redes de distribuição.

Delegado de Consignação – Profissional habilitado que, estando numa instalação diferente daquela em que se
encontra o Responsável de Consignação, se responsabiliza perante este, pelo estabelecimento e perma-
nência de todas as medidas de segurança necessárias para colocar e manter as suas instalações na situa-
ção definida pelo Responsável de Consignação.

Entidade Empregadora - Pessoa singular ou coletiva que tem trabalhadores ao seu serviço, incluindo trabalha-
dores temporários ou em cedência ocasional, para executar a totalidade ou parte dos trabalhos; pode
ser a Entidade Executante ou Subempreiteiro.

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Entidade Requisitante – Entidade a quem está atribuída a responsabilidade de solicitar por escrito a consigna-
ção de um elemento de rede (ou instalação) para trabalhos fora de tensão; pode ser um Departamento
da EDP ou um utilizador da Rede de Distribuição.

Entidade Executante – Entidade responsável pela execução dos trabalhos ou ensaios nas instalações elétricas,
incluindo de pesquisa, localização e reparação de avarias; pode ser a EDP, o utilizador da Rede de Distri-
buição ou Empreiteiro (PSE).

Entidade Responsável pela Condução – Entidade a quem está atribuída a responsabilidade pela coordenação
de todos os atos de condução da Rede de Distribuição.

Operador – Profissional habilitado para operar as instalações da Rede de Distribuição.

Profissional Habilitado – Pessoa com conhecimentos técnicos ou com experiência que lhe permitam evitar os
perigos que possam advir da eletricidade e possuidora de título de habilitação específico passado pela
entidade empregadora, conforme definido no Regulamento de Atribuições de Títulos de Habilitação.

Responsável de Consignação – É o profissional habilitado sob cuja exclusiva responsabilidade é colocado, du-
rante todo o período da consignação, um elemento de rede (ou uma instalação) onde se vão realizar os
trabalhos ao abrigo da consignação.

Responsável de Ensaios – É o profissional habilitado nomeado pela Entidade Executante para assumir a direção
efetiva dos ensaios abrangidos por uma consignação para ensaios, competindo-lhe estabelecer as medi-
das de segurança necessárias e zelar pela sua aplicação, de acordo com as normas e regulamentos apli-
cáveis.

Responsável de Trabalhos – É o profissional habilitado nomeado pela Entidade Executante para assumir a dire-
ção efetiva dos trabalhos abrangidos por uma consignação, competindo-lhe estabelecer as medidas de
segurança necessárias e zelar pela sua aplicação de acordo com as normas e regulamentos aplicáveis.

Utilizador de Rede de Distribuição – Pessoa singular ou coletiva que usa as redes.

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2.3 DEFINIÇÕES RELATIVAS À ZONA DE TRABALHOS

Zona Protegida:
− em trabalhos fora de tensão: zona delimitada pelos pontos de isolamento (separação);
− em trabalhos em tensão: zona em que todos os elementos da rede têm os seus automatismos pro-
gramados e as suas proteções reguladas para o Regime Especial de Exploração (REE).

Zona de Trabalhos – Local (ais) ou área(s) onde os trabalhos são ou serão realizados, delimitado(s) pelas liga-
ções à terra e em curto-circuito.

A zona de trabalhos situa-se geralmente no interior da zona protegida, exceto no caso de cabos subter-
râneos em que a zona de trabalhos coincide com a zona protegida.

Zona de Trabalhos em Tensão – Espaço em volta das peças em tensão, no qual o nível de isolamento destinado
a evitar o perigo elétrico não é garantido se nele se entrar sem serem tomadas medidas de proteção.

Zona de Vizinhança – Espaço delimitado e situado em volta da Zona de Trabalhos em Tensão. A zona de vizi-
nhança fica compreendida entre o limite exterior da zona de trabalhos em tensão e o limite exterior da
zona de vizinhança (DV) – ver figura 1.

Na Baixa Tensão, a zona entre a superfície da peça nua em tensão (sem contacto) e a distância mínima
de aproximação é considerada zona de trabalhos em tensão, a menos que tenham sido tomadas medi-
das para afastar ou impedir o contacto com a peça nua em tensão.

2.4 DEFINIÇÕES RELATIVAS A DISTÂNCIAS

Distância mínima de aproximação ou Limite exterior da Zona de Trabalhos em Tensão (DL) – Distância míni-
ma no ar que deve ser mantida entre qualquer parte do corpo dum trabalhador (ou qualquer ferramen-
ta condutora que manipule) e qualquer peça a potencial diferente, quer esteja em tensão quer esteja li-
gada à terra. A distância mínima de aproximação é a soma da distância de tensão e da distância de
guarda.

Na Média e Alta Tensões a distância mínima de aproximação representa o limite interior da zona de vizi-
nhança (DL).

Distância de tensão (DT) – Distância no ar, destinada a proteger os trabalhadores contra disrupções que pos-
sam ocorrer durante os trabalhos em tensão (DT = 0,005 Un, em metros, arredondado por excesso para
o decímetro mais próximo, com Un em kV, nunca inferior a 0,10 m para Un > 1 kV).

Distância de guarda (DG) – Distância no ar, destinada a libertar o trabalhador da preocupação permanente de
manter a distância de tensão e da atenção aos gestos involuntários (DG = 0,30 m, para Un < 1 kV; DG =
0,50 m, para Un > 1 kV).

Distância de vizinhança (DV) – Distância no ar que define o limite exterior da Zona de Vizinhança.

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As distâncias de vizinhança prescritas pela EDP, são:


− em BT: − 0,30 m
− em MT e AT (60 kV): 1000 V < Un < 20 kV − 1,5 m
20 kV < Un < 60 kV − 2m
− em AT: 60 kV < Un < 220 kV − 3m
Un > 220 kV − 4m

DV DV Superfície ex-
DL DL terior do dis-
positivo de
proteção iso-
Peça nua em tensão
lante
Zona de Trabalhos em Tensão

Zona de Vizinhança

Figura 1

2.5 DEFINIÇÕES RELATIVAS A TRABALHOS

Trabalho – Qualquer tipo de intervenção (elétrica ou não) cujo fim seja o de realizar, modificar, conservar ou
reparar uma instalação elétrica onde haja a possibilidade de ocorrer um risco elétrico.

Trabalho elétrico – Trabalho que respeite às partes ativas ou seus isolamentos, à continuidade das massas ou
outras partes condutoras dos equipamentos, assim como aos condutores de proteção das instalações.
Inclui os trabalhos fora de tensão, em tensão ou na vizinhança de tensão, em instalações elétricas como
por exemplo, ensaios e medições, reparações, substituições, modificações, ampliações, construções e
verificações.

Trabalho não elétrico – Trabalho que não cabe na definição precedente, efetuado noutras partes das instala-
ções elétricas.
Inclui os trabalhos na vizinhança de uma instalação elétrica, como por exemplo, construções, escava-
ções, limpezas, pinturas, etc.

Trabalho em Tensão – Trabalho em que o trabalhador entra em contacto com peças em tensão ou entra na
Zona de Trabalhos em Tensão com partes do seu corpo ou com ferramentas, com equipamentos ou com
dispositivos que ele manipule.

Trabalho Fora de Tensão – Trabalho realizado em instalações elétricas, após terem sido tomadas todas as me-
didas adequadas para se evitar o risco elétrico e que não estejam em tensão.

Trabalho na Vizinhança de (peças em) Tensão – Trabalho em que o trabalhador entra, com parte do seu corpo,
com uma ferramenta ou com qualquer outro objeto que manipule, dentro da Zona de Vizinhança, mas
sem entrar na Zona de Trabalhos em Tensão.

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2.6 DEFINIÇÕES RELATIVAS A OPERAÇÕES

Bloqueio (de um órgão) – Conjunto de operações destinadas a impedir a sua manobra por comando local (utili-
zando fechaduras, cadeados, etc.) ou por comando à distância (cortando os circuitos auxiliares) man-
tendo-o numa situação determinada.

Condução – Conjunto de atividades de vigilância, controlo e comando, assegurados por um Centro de Condu-
ção da Rede de Distribuição, relativamente a uma ou mais instalações.

Consignação – Conjunto de operações que consistem em isolar, bloquear, estabelecer ligações à terra e em
curto-circuito e delimitar um elemento de rede (ou uma instalação), previamente identificado e retirado
da exploração normal, e que têm por objetivo garantir as condições de segurança necessárias à realiza-
ção de Trabalhos Fora de Tensão nesse elemento de rede (ou nessa instalação).

Consignação para Ensaios – Consignação de uma instalação ou elemento de rede que se caracteriza por, após a
instalação estar indisponível e isolada da rede, poder, para efeitos de ensaios, ser posta sob tensão a
partir de uma rede ou instalação adjacente integrada no ensaio, ou a partir de equipamentos de ensaio.

Corte (de uma instalação) – consiste em efetuar a interrupção de todos os condutores ativos provenientes das
suas fontes de alimentação por meio de equipamentos com poder de corte adequado, como por exem-
plo desligar um disjuntor ou um interruptor.

Desconsignação – Conjunto de operações que permitem restabelecer as condições necessárias para a devolu-
ção à exploração normal de um elemento de rede (ou uma instalação) que se encontrava consignada.
Compreende a identificação do elemento de rede (ou instalação), a retirada das ligações à terra e em
curto-circuito, o desbloqueio dos órgãos de isolamento e a reposição em serviço da instalação.

Ensaios de entrada em serviço – Ensaios prévios à ligação à rede ou executados na fase experimental de liga-
ção.

Isolamento – Ação que consiste em separar eletricamente uma instalação de todas as possíveis fontes de ten-
são, por meio de seccionadores abertos ou por qualquer outro método equivalente de seccionamento
que dê iguais garantias de separação permanente.

Manobras – Ações destinadas a realizar mudanças de esquema de exploração ou a satisfazer, a cada momento,
o equilíbrio de produção-consumo ou o programa acordado para o conjunto de interligações internacio-
nais, ou ainda a regular os níveis de tensão ou a produção de energia reativa nos valores mais conveni-
entes, bem como as ações destinadas a desligar ou a religar instalações para trabalhos.

Manobras de Consignação – Manobras efetuadas numa determinada sequência, visando consignar uma rede,
uma instalação ou um equipamento, para permitir a realização de trabalhos fora de tensão.

Manobras de Desconsignação – Manobras efetuadas numa determinada sequência visando desconsignar uma
rede, uma instalação ou um equipamento, previamente consignada.

Manobras de Exploração – Manobras efetuadas numa determinada sequência visando a alteração da configu-
ração elétrica duma rede ou duma instalação.

Operação – Ação desencadeada localmente ou por telecomando que visa modificar o estado de um órgão ou
sistema.

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Regime Especial de Exploração (REE) – Situação em que é colocado um elemento de rede (ou uma instalação)
durante a realização de trabalhos em tensão, ou na vizinhança de tensão, de modo a diminuir o risco
elétrico ou a minimizar os seus efeitos. As disposições a tomar em cada caso são as indicadas nas condi-
ções de execução dos trabalhos em tensão.

Telecomando – Comando desencadeado por um emissor remoto.

2.7 DEFINIÇÕES RELATIVAS A INSTALAÇÕES

Elemento de Rede – Parte de uma Rede de Distribuição

Instalação (Elétrica) – Conjunto dos equipamentos elétricos utilizados na Produção, no Transporte, na Conver-
são, na Distribuição e na utilização da energia elétrica, incluindo as fontes de energia, como as baterias,
os condensadores e todas as outras fontes de armazenamento de energia elétrica.

O qualitativo “elétrico” é omitido desde que do facto não resulte ambiguidade.

Instalação de distribuição – Conjunto de equipamentos que fazem parte de uma subestação, de um posto de
seccionamento ou de corte, de um posto de transformação ou de uma linha.

Rede – Conjunto de postos elétricos, linhas aéreas e subterrâneas e outros equipamentos elétricos ligados en-
tre si com vista a transportar a energia elétrica produzida pelas Centrais até aos consumidores.

Rede de Distribuição – Parte da rede utilizada para transportar a energia elétrica produzida pelas Centrais até
aos consumidores, com exclusão da rede de transporte e ligações fronteiriças.

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3. PRESCRIÇÕES DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS FORA DE TENSÃO

(Recapitulação do Manual de Prevenção do Risco Elétrico da EDP)

3.1 PRESCRIÇÕES GERAIS

As prescrições seguintes visam garantir que no local de trabalho a instalação elétrica se encontra fora de tensão
e assegurar que esta condição se mantém até à conclusão dos trabalhos.

Após a identificação clara das instalações elétricas afetadas pelo trabalho, devem ser cumpridas de forma abso-
lutamente obrigatória e inequívoca, as seguintes regras essenciais, em duas etapas:

Etapa 1 – Criação da Zona Protegida

Regras a cumprir pelo Responsável de Consignação ou por Operadores seus auxiliares:

1. separar completamente (isolar a instalação de todas as possíveis fontes de tensão);


2. proteger contra a reposição acidental (bloquear na posição de abertura todos os órgãos de
isolamento, ou adotar medidas preventivas quando tal não seja exequível, por exemplo,
reforçando a sinalização);

As manobras de equipamentos fixos de ligação à terra são executadas ou confirmadas pelo Responsável de
Consignação.

Etapa 2 – Proteção da Zona de Trabalhos

Regras a cumprir pelo Responsável de Trabalhos, na zona de trabalhos e antes de iniciar os trabalhos:

3. verificar a ausência de tensão, depois de previamente identificada a instalação colocada fora


de tensão e após receção da mesma;
4. ligar à terra e em curto-circuito (terras amovíveis);
5. proteger contra as peças em tensão que estejam na zona de trabalhos ou na sua proximi-
dade e delimitar a zona de trabalho.

No caso de trabalhos em cabos subterrâneos, a identificação do cabo, na zona de trabalhos, deve ser efetuada
pelo Responsável de Trabalhos, na presença do Responsável de Consignação.

Numa consignação para trabalhos de natureza não elétrica, a Entidade Requisitante designará um profissional
habilitado para definir e confirmar a delimitação da zona de trabalhos e respetivos acessos.

3.1.1 Separar ou isolar completamente a instalação

Esta separação deve ser efetuada por meio dos órgãos previstos para este efeito, em todos os condutores ati-
vos, incluindo o neutro [contudo, em BT, no caso do esquema TNC (terra e neutro comuns) o neutro não deve
ser interrompido].
A separação deve ser visível ou com garantia de que a operação foi efetivamente realizada.

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A confirmação do isolamento, operação obrigatória e a ser realizada localmente, pode ser efetuada das seguin-
tes formas:
− por observação direta da abertura dos contactos;
− pelo retirar das peças de contacto ou de continuidade;
− pela interposição de anteparos isolantes entre os contactos;
− em casos especiais de aparelhos em que o corte efetivo possa não ser visível, pela existência de uma
ligação mecânica totalmente fiável (∗) entre a posição dos contactos e a do dispositivo exterior de si-
nalização que reflete esta posição.

Em BT a certeza da separação pode ser igualmente obtida pela utilização dos seguintes dispositivos de seccio-
namento: seccionadores, bornes de ligação dos aparelhos amovíveis, porta-fusíveis de corta-circuitos, fichas e
tomadas especialmente concebidas para este fim, etc..
As partes da instalação que possam ficar com tensão residual após terem sido desligadas da rede, como os
condensadores e cabos, devem ser descarregadas por meio de dispositivos adequados ao efeito.

3.1.2 Proteger contra reposições acidentais ou Bloquear na posição de abertura

O bloqueio tem por objetivo impedir a manobra dos órgãos de isolamento. Consta de:

− Imobilização do órgão de isolamento


Esta imobilização é realizada por bloqueio mecânico ou outro equivalente que ofereça as mesmas
garantias e deve neutralizar todos os comandos, locais ou à distância, assim como, se necessário,
desligar as fontes auxiliares de energia necessárias para o seu funcionamento.

− Sinalização
Os comandos locais ou à distância dum órgão de isolamento assim bloqueado devem conter uma in-
dicação, sinal ou qualquer outro tipo de registo, referindo explicitamente que aquele órgão está blo-
queado e não deve ser manobrado.
Quando não existirem ou não for possível imobilizar os órgãos de manobra, as placas ou outros dis-
positivos de aviso (elétricos, mecânicos,...) constituem a proteção mínima obrigatória de interdição
de manobra.

(∗) Com eficácia comprovada pela Direção Geral de Energia (§ 2.º, do Artigo 38.º do DR 56/85, de 6 de Setembro)

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As placas de aviso devem ser bem visíveis e explícitas, como por exemplo:

ATENÇÃO
Bloqueado por motivo de trabalhos
PROIBIDO MANOBRAR
Nome: Contacto:

Quando forem usados dispositivos de controlo remoto para proteger contra a religação, a sua manobra deve
ficar inibida.

3.1.3 Verificar a ausência de tensão

Antes de efetuar a verificação de ausência de tensão, deve ser feita a identificação da instalação para
obter a confirmação de que os trabalhos serão efetuados na instalação ou parte da instalação previa-
mente separada e bloqueada

• Identificar a instalação no local de trabalho

No local de trabalho, a identificação pode ser obtida pela combinação de diversos processos, por exemplo:
− o conhecimento da localização geográfica da instalação;
− a consulta de esquemas ou cartas geográficas atualizados;
− o conhecimento das instalações e das suas características;
− a leitura das chapas de avisos, etiquetas, identificação dos apoios, das linhas, etc.;
− a identificação visual, quando se pode seguir a linha ou o cabo desde o lugar onde foi realizado o cor-
te visível ou a ligação à terra e em curto-circuito até à zona de trabalhos;
− para os cabos subterrâneos, a confirmação da identificação por meios não destrutivos (por exemplo,
injetando uma frequência particular) e, antes de serem cortados, a picagem com o pica-cabos;

Uma vez feita a identificação deve ser colocada uma marcação sobre a instalação identificada, a menos que as
ligações à terra e em curto-circuito sejam visíveis de qualquer ponto na zona de trabalhos ou que não exista
qualquer risco de confusão.

• Verificar a ausência de tensão

A ausência de tensão deve ser verificada em todos os condutores ativos, o mais próximo possível do local de
trabalho e precederá sempre o estabelecimento das ligações à terra e em curto-circuito. Esta operação deve
efetuar-se como se a instalação estivesse em tensão, respeitando as distâncias de segurança e usando o equi-
pamento de proteção que seja necessário.

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Os detetores de tensão devem ser adequados à tensão de serviço, e o seu bom funcionamento deve ser verifi-
cado imediatamente antes e após cada operação de verificação.

3.1.4 Ligar à terra e em curto-circuito

A ligação à terra e em curto-circuito não é permitida sem ser precedida da verificação


da ausência de tensão

As ligações à terra e em curto-circuito devem ser efetuadas o mais próximo possível do local de trabalho, de um
e de outro lado da zona de trabalhos e, especialmente no caso de linhas aéreas, pelo menos uma das ligações à
terra e em curto-circuito deve ser visível a partir do local de trabalho.

Todos os elementos de rede com partes nuas que estejam na zona de trabalhos, separados da instalação ligada
à terra e em curto-circuito, deverão igualmente ser ligados à terra e em curto-circuito.

Nos cabos isolados ou linhas aéreas em condutores isolados, as ligações à terra e em curto-circuito são efetua-
das nas partes nuas acessíveis nos pontos de separação do lado onde vão ser realizados os trabalhos, ou o mais
próximo possível de um lado e de outro da zona de trabalhos. Com efeito, na maior parte dos casos as ligações
à terra e em curto-circuito não podem ser feitas no local de trabalho.

Nas linhas aéreas de BT e MT em condutores nus e para uma zona de trabalhos pontual, se não houver inter-
rupção dos condutores durante a realização do trabalho, admite-se que no local de trabalho seja efetuada ape-
nas uma única ligação à terra e em curto-circuito.

Os equipamentos e dispositivos a utilizar para ligação à terra e em curto-circuito devem ser adequados e de
secção apropriada para a corrente máxima de curto-circuito no local, e devem ser ligados primeiro ao ponto de
ligação à terra e só depois às peças a ligar à terra.

Se durante um trabalho os condutores tiverem de ser cortados ou serem separadas fisicamente partes da insta-
lação, devem ser previamente tomadas as medidas indispensáveis e apropriadas para assegurar as continuida-
des das ligações à terra e em curto-circuito.

Quando se prevejam fenómenos de indução significativos adotar-se-ão medidas complementares de segurança,


tais como:
− a ligação à terra em intervalos adequados ou nos pontos de cruzamento com outras linhas, de forma
a reduzirem-se os potenciais induzidos a níveis seguros;
− ligações equipotenciais no local de trabalho, de forma a evitar que os trabalhadores se insiram numa
malha de indução perigosa.

Estas medidas adicionais deverão ser previstas pela Entidade Executante, implementadas pelo Responsável de
Trabalhos e verificadas pelo Responsável / Delegado(s) de Consignação.

Em instalações de baixa tensão as ligações à terra e em curto-circuito são exigidas se houver:


− risco de tensões induzidas provocadas pela proximidade com linhas aéreas de AT;
− risco de poderem ser realimentadas, nomeadamente por um gerador de reserva;
− presença de condensadores ou de cabos de grande comprimento;
− no caso de linhas aéreas, cruzamento com outras linhas aéreas em condutores nus.

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Nas linhas aéreas de baixa tensão em condutores nus com o neutro diretamente ligado à terra em diferentes
pontos, é admissível que seja feita apenas a ligação em curto-circuito de todos os condutores.

É absolutamente obrigatório registar, no Boletim de Consignação, a data e hora do estabelecimento das


ligações à terra e em curto-circuito na zona de trabalhos, antes de se iniciarem os trabalhos e da sua remo-
ção após a conclusão dos trabalhos.

3.1.5 Proteger contra as peças em tensão que estejam na zona de trabalhos ou na sua proximidade e
Delimitar a Zona de Trabalhos

Se existirem peças de uma instalação elétrica na vizinhança do local de trabalhos que não possam ser postas
fora de tensão, devem ser tomadas medidas de precaução adicionais antes do início do trabalho (Trabalho na
Vizinhança de Tensão).

A delimitação da zona de trabalhos e o controlo do acesso à mesma, assegurada pelo Responsável de Traba-
lhos, ou sob a sua responsabilidade, tem por objetivo impedir o acesso indevido às zonas de perigo e, simulta-
neamente, encaminhar as pessoas para aquela zona.

Consiste em balizar em comprimento, largura e altura – por meio de fita ou correntes delimitadoras, redes, bar-
reiras, etc. – e sinalizar com os sinais de perigo e de advertência adequados.

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4. ATRIBUIÇÕES

4.1 ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE REQUISITANTE

4.1.1 Elaborar o Pedido de Indisponibilidade, identificando as instalações ou partes de instalação a interven-


cionar ou a consignar, com indicação da localização, data e duração prevista para a realização de tra-
balhos fora de tensão, e dirigi-lo à Entidade Responsável pela Condução.

4.1.2 Propor o Responsável de Consignação e Delegados de Consignação à Entidade Responsável pela Con-
dução, desde que devidamente habilitados, que serão nomeados por esta, salvo se outro procedimen-
to for acordado.

4.1.3 Assegurar que cada Responsável de Trabalhos reporte ao Responsável de Consignação independente-
mente dos trabalhos exigirem, ou não, a participação de mais do que uma Entidade Executante.

4.1.4 Identificar o Responsável de Trabalhos.

4.1.5 Identificar conjuntamente com o Responsável de Trabalhos os pontos de seccionamento/separação


que delimitarão a zona protegida, de estabelecimento das ligações à terra e em curto-circuito e a zona
a delimitar, sempre que possível e caso se justifique na reunião de preparação de trabalhos em obra.

4.1.6 Em casos de reconhecida necessidade e com conhecimento imediato à Entidade Responsável pela
Condução, diligenciar a substituição do Responsável de Trabalhos.

4.1.7 No caso de trabalhos não elétricos, designar o profissional habilitado para definir e confirmar a delimi-
tação da zona de trabalhos e respetivos acessos.

4.2 ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE RESPONSÁVEL PELA CONDUÇÃO

4.2.1 Receber o Pedido de Indisponibilidade e analisar a sua conformidade.

4.2.2 Elaborar e coordenar todo o processo de consignação referente às instalações de que é responsável.

4.2.3 Proceder à elaboração da Ordem de Manobras, referenciando sempre nesta os casos especiais em que
o corte efetivo não pode ser visível, nos termos definidos no §3.1.1.

4.2.4 Nomear o Responsável de Consignação e/ou o(s) Delegado(s) de Consignação, nas instalações AT, MT e
BT da sua área de influência.
No caso da consignação envolver instalações pertencentes a áreas ou departamentos distintos, a no-
meação do Responsável de Consignação é da competência da Entidade Responsável pela Condução
correspondente à instalação onde se vão efetuar os trabalhos, se outro acordo não vier a ser feito.
No caso de se executarem trabalhos em instalações da responsabilidade de mais do que uma Entidade
Responsável pela Condução, a designação do Responsável de Consignação compete à Entidade Res-
ponsável pela Condução da instalação a que corresponde o trabalho mais demorado, se outro acordo
não vier a ser feito.
No caso de trabalhos de reparação de avarias AT e MT, após as manobras de pesquisa e antes de qual-
quer intervenção na Rede, a Entidade Responsável pela Condução, nomeia, por mensagem registada,
para Responsável de Consignação, um dos profissionais habilitados localizados no terreno.

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4.2.5 Solicitar a indicação do(s) Delegado(s) de Consignação fora da sua área de influência.

4.2.6 Acordar com a Entidade Responsável da Condução da outra, ou outras, instalações implicadas a data e
duração da indisponibilidade.

4.2.7 Confirmar à Entidade Requisitante da indisponibilidade a autorização para a sua concretização e respe-
tiva caracterização.

4.2.8 Retirar de exploração o elemento de rede ou instalação a consignar.

4.2.9 Passar a responsabilidade do elemento de rede ou instalação ao Responsável de Consignação.

4.2.10 Em situação de emergência transmitir ao Responsável de Consignação a necessidade de reposição em


serviço do elemento de rede ou instalação consignada, tão rápido quanto possível.

4.2.11 Receber do Responsável de Consignação o elemento de rede ou instalação desconsignado.

4.2.12 Solicitar às Entidades Requisitantes, quando se tratem de utilizadores da Rede de Distribuição e em


que a consignação abranja as suas instalações, o nome da pessoa ou pessoas envolvidas na consigna-
ção ou trabalhos.

4.2.13 Competem também à Entidade Responsável pela Condução todas as atribuições indicadas em 4.1,
quando entidade requisitante da indisponibilidade.

4.2.14 Enviar o Processo de Consignação ao Responsável Hierárquico do Responsável de Consignação, ao


Responsável de Consignação e à Entidade Requisitante, com a antecedência mínima de dois dias úteis.

Nota: As atribuições acima referidas poderão ser delegadas pela Entidade Responsável pela Condução num
Centro de Condução.

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4.3 ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL DE CONSIGNAÇÃO

A substituição do Responsável Consignação, ou dos Delegados, deverá ser feita só em caso


de reconhecida necessidade, e será sempre registada no Boletim de Consignação por troca
de mensagens entre todas as entidades envolvidas

4.3.1 Analisar o Processo de Consignação e, caso se justifique, efetuar o reconhecimento prévio das mano-
bras previstas.

4.3.2 Receber da Entidade Responsável pela Condução o elemento de rede ou instalação para consignar.

4.3.3 Confirmar com o(s) Delegado(s) de Consignação, que se pode iniciar a consignação.

4.3.4 Executar ou confirmar as manobras de isolamento e bloqueio dos aparelhos que delimitam a instala-
ção a consignar.
As manobras a executar devem ser feitas em contacto com o Centro de Condução e em coordenação
com o(s) Delegado(s) de Consignação.

4.3.5 Manter a instalação na situação referida em 4.3.4., até estarem preenchidas as condições necessárias
para se iniciarem as manobras de desconsignação, retendo os elementos de segurança, nomeadamen-
te as chaves de fechadura ou cadeados que tenham sido utilizados para garantir os bloqueios.

4.3.6 Dar autorização − mediante assinatura no Boletim de Consignação, em duplicado, ou por mensagem
registada − ao(s) Responsável(eis) de Trabalhos para executar(em) as medidas de segurança que lhe(s)
competem na(s) zona(s) de trabalhos.

4.3.7 Confirmar as medidas de segurança na zona de trabalhos e autorizar − mediante assinatura no Boletim
de Consignação ou por mensagem registada − o(s) Responsável(eis) de Trabalho(s) a iniciar(em) os tra-
balhos.

4.3.8 Estar permanentemente contactável durante todo o período de consignação.

4.3.9 Determinar, em situação de emergência da rede, aos Responsáveis de Trabalhos, a interrupção dos
trabalhos e tomar as medidas necessárias para a rápida devolução do elemento de rede ou instalação
à Condução, em condições de ser utilizado.
Simultaneamente determinar ao(s) Delegado(s) de Consignação, que proceda(m) de forma idêntica em
relação aos trabalhos por ele(s) autorizados.

4.3.10 Receber de cada Responsável de Trabalhos − mediante assinatura no Boletim de Consignação ou por
mensagem registada − informação da conclusão dos trabalhos fora de tensão autorizados por si e da
remoção das medidas de segurança na zona de trabalhos, incluindo o registo da data e hora da retira-
da das ligações à terra e em curto-circuito.

4.3.11 Receber do(s) Delegado(s) de Consignação a confirmação de que todos os trabalhos por ele(s) autori-
zados estão igualmente cancelados.

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4.3.12 Confirmar com o(s) Delegado(s) de Consignação que se pode dar início às manobras de desconsigna-
ção.

4.3.13 Estabelecer com o Centro de Condução o início das manobras de desconsignação.

4.3.14 Confirmar com o(s) Delegado(s) de Consignação que a instalação está desconsignada e pronta a ser
devolvida à Condução.

4.3.15 Devolver à Entidade Responsável pela Condução o elemento de rede ou instalação desconsignado.

4.3.16 Assegurar cumulativamente a coordenação das tarefas relacionadas com a segurança das equipas,
quando os trabalhos exigirem a intervenção de várias equipas.

4.3.17 O Responsável de Consignação poderá, nos casos em que se verifica a intervenção de uma única Enti-
dade Executante, desempenhar cumulativamente as funções de Responsável de Trabalhos / Ensaios.

4.3.18 Nos casos em que a separação/isolamento e posterior reposição, seja assegurada através de trabalho
em tensão (TET) - por exemplo: abertura de arcos - o Responsável de Trabalhos da equipa TET interve-
niente acumula as funções de Responsável de Consignação.

4.3.19 O Responsável de Consignação reserva-se o direito de anular a execução dos trabalhos, caso considere
não estarem reunidas as condições de segurança necessárias para a sua realização.

4.3.20 No caso de trabalhos de reparação de avarias AT e MT o Responsável de Consignação, antes do início


dos trabalhos de reparação, identifica perante o Centro de Condução o Responsável de Trabalhos en-
tre um dos profissionais habilitados localizados no terreno.

4.4 ATRIBUIÇÕES DO DELEGADO DE CONSIGNAÇÃO

4.4.1 Receber do Responsável de Consignação, durante a consignação, a indicação da situação em que deve
colocar e manter o seu elemento de rede ou instalação.

4.4.2 Confirmar ao Responsável de Consignação que se pode iniciar a consignação.

4.4.3 Executar no seu elemento de rede ou instalação, em coordenação com o Responsável de Consignação
e com o Centro de Condução, as manobras de consignação necessárias para garantir as condições de
segurança anteriormente definidas (isolamento e bloqueio).

4.4.4 Confirmar ao Responsável de Consignação que o elemento de rede reúne as condições para a realiza-
ção dos trabalhos fora de tensão.

4.4.5 Manter o seu elemento de rede ou instalação na situação referida em 4.4.3. até estarem preenchidas
as condições necessárias para se iniciarem as manobras de desconsignação, retendo os elementos de
segurança, nomeadamente as chaves de fechaduras ou cadeados que tenham sido utilizados para ga-
rantir os bloqueios.

4.4.6 Dar autorização − mediante assinatura no Boletim de Consignação, em duplicado, ou por mensagem
registada − ao(s) Responsável(eis) de Trabalhos para executar(em) as medidas de segurança que lhe(s)
competem na zona de trabalhos, depois de ter recebido essa autorização do Responsável de Consigna-
ção.

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4.4.7 Confirmar as medidas de segurança na zona de trabalhos e autorizar - mediante assinatura no Boletim
de Consignação ou por mensagem registada - o(s) Responsável(eis) de Trabalho(s) a iniciar(em) os tra-
balhos fora de tensão.

4.4.8 Estar permanentemente contactável durante todo o período de consignação.

4.4.9 Determinar, em situação de emergência da rede, ao(s) Responsável(eis) de Trabalhos, a interrupção


dos trabalhos e tomar as medidas necessárias para a rápida devolução do elemento de rede ou insta-
lação, em condições de ser utilizado.

4.4.10 Receber do Responsável de Trabalhos - mediante assinatura no Boletim de Consignação - informação


da conclusão dos trabalhos fora de tensão autorizados por si e da remoção das medidas de segurança
na zona de trabalhos, incluindo o registo da data e hora da retirada das ligações à terra e em curto-
circuito

4.4.11 Receber indicação do Responsável de Consignação que se pode dar início às manobras de desconsig-
nação.

4.4.12 Assegurar cumulativamente a coordenação das tarefas relacionadas com a segurança das equipas,
quando os trabalhos exigirem a intervenção de várias equipas.

4.4.13 Nos casos em que a separação/isolamento e posterior reposição, seja assegurada através de trabalho
em tensão (TET) - por exemplo: abertura de arcos - o Responsável de Trabalhos da equipa TET interve-
niente acumula as funções de Delegado de Consignação.

4.4.14 O Delegado de Consignação deverá informar o Responsável de Consignação, caso considere não esta-
rem reunidas as condições de segurança necessárias para a realização dos trabalhos e ensaios.

4.4.15 No caso de trabalhos de reparação de avarias AT e MT o Delegado de Consignação, antes do início dos
trabalhos de reparação, identifica perante o Responsável de Consignação o Responsável de Trabalhos
de entre um dos profissionais habilitados localizados no terreno.

4.5. ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL DE TRABALHOS

4.5.1 Confirmar a realização das manobras, bloqueios e outras medidas de segurança executadas na Etapa
1, só as podendo alterar com a autorização do Responsável de Consignação ou Delegado de Consigna-
ção.

4.5.2 Receber autorização - mediante assinatura no Boletim de Consignação ou por mensagem registada -
do Responsável ou do Delegado de Consignação para executar ou mandar executar as medidas de se-
gurança respeitantes à Etapa 2.

Nenhum trabalho fora de tensão pode ser iniciado sem que a referida autorização se-
ja dada pelo Responsável de Consignação

4.5.3 Executar, ou mandar executar, as medidas de segurança respeitantes à Etapa 2.

Estas medidas serão implementadas na presença do Responsável ou Delegado de Consignação, sempre


que se justifique.

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4.5.4 Confirmar - mediante assinatura no Boletim de Consignação ou por mensagem registada - ao Respon-
sável de Consignação ou o Delegado de Consignação que estão reunidas as condições para a realização
dos trabalhos fora de tensão.

4.5.5 Se na vizinhança da Zona de Trabalhos existirem peças de uma instalação elétrica que estejam ou pos-
sam ser colocadas em tensão, compete-lhe tomar as medidas de precaução adicionais necessárias, an-
tes do início do trabalho.

4.5.6 A delimitação da zona de trabalhos compreende o seu balizamento, em comprimento, largura e altura,
garantindo que no seu interior só se encontram as pessoas autorizadas ou designadas para o trabalho
a efetuar.

4.5.7 Reunir com todos os trabalhadores sob a sua direção, fazendo referência a todas as medidas de segu-
rança tomadas e aos limites da Zona de Trabalhos, bem como aos cuidados individuais a ter durante a
realização dos trabalhos fora de tensão.

4.5.8 Após autorização do Responsável de Consignação ou Delegado de Consignação, dar início aos traba-
lhos fora de tensão, certificando-se que durante toda a realização dos trabalhos, são cumpridas as
condições de segurança referidas e que os executantes utilizam os equipamentos de proteção indivi-
dual e coletiva necessários.

4.5.9 Em situação de emergência da rede e por indicação do Responsável de Consignação ou Delegado de


Consignação, interromper os trabalhos fora de tensão, e tomar as medidas necessárias para a rápida
devolução à Condução do elemento de rede, em condições de ser utilizado.

4.5.10 Dar por terminados os trabalhos fora de tensão e comunicar a todos os trabalhadores que não podem
executar mais nenhuma operação.

4.5.11 Remover as medidas de segurança por ele introduzidas ou indicadas, na zona de trabalhos.

4.5.12 Informar - mediante assinatura no Boletim de Consignação ou por mensagem registada - o Responsá-
vel de Consignação ou Delegado de Consignação do fim dos trabalhos fora de tensão.

4.5.13 Permanecer no local dos trabalhos, durante todo o período de execução dos trabalhos fora de tensão
e, após a finalização dos trabalhos, estar permanentemente contactável até à recolocação da instala-
ção, objeto de trabalhos, em exploração.

4.5.14 Nos casos em que os trabalhos envolvem uma única Entidade Executante, o Responsável dos Traba-
lhos poderá desempenhar cumulativamente as funções de Responsável de Consignação ou Delegado
de Consignação.

Nos trabalhos na Rede BT, por princípio, o Responsável de Trabalhos desempenha cumulativamente as
funções de Responsável de Consignação ou Delegado de Consignação

4.5.15 No caso de trabalhos de reparação de avarias AT e MT, garante a execução das medidas de segurança
na zona de trabalhos.

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4.6 ATRIBUIÇÕES DO RESPONSÁVEL DE ENSAIOS

4.6.1 Confirmar a realização das manobras e bloqueios mandadas executar pelo Responsável de Consigna-
ção ou Delegado de Consignação, só as podendo alterar com a autorização deste.

4.6.2 Receber autorização – mediante assinatura do Boletim de Consignação ou por mensagem registada –
do Responsável de Consignação ou Delegado de Consignação, para executar ou mandar executar as
medidas de segurança necessárias na Zona de Ensaios.

4.6.3 Executar, ou mandar executar, quando aplicáveis, as medidas de segurança previstas para a zona de
ensaios nomeadamente:
− a identificação da instalação no local onde se vão realizar os ensaios;
− a verificação da ausência de tensão;
− a execução de ligações à terra e em curto-circuito;
− a delimitação da zona de ensaios.
Estas medidas de segurança serão implementadas na presença do Responsável de Consignação ou De-
legado de Consignação, sempre que se justifique.

Nenhum ensaio pode ser iniciado sem que a referida autorização seja dada pelo Res-
ponsável de Consignação

4.6.4 Confirmar - mediante assinatura no Boletim de Consignação ou por mensagem registada - ao Respon-
sável de Consignação ou o Delegado de Consignação que estão reunidas as condições para a realização
dos ensaios.

4.6.5 Reunir com todos os trabalhadores sob a sua direção, fazendo referência a todas as medidas de segu-
rança tomadas e aos limites da Zona de Ensaios, bem como aos cuidados individuais a ter durante a
realização mesmos.

4.6.6 Dar início aos ensaios, certificando-se de que durante a sua realização são cumpridas as condições de
segurança referidas.

4.6.7 Em situação de emergência da rede e por indicação do Responsável de Consignação ou Delegado de


Consignação interromper os ensaios, e tomar as medidas necessárias para a rápida devolução à Con-
dução do elemento de rede, em condições de ser utilizado.

4.6.8 Dar por terminados os ensaios e comunicar a todos os trabalhadores que não podem executar mais
nenhuma operação.

4.6.9 Promover a remoção das medidas complementares de segurança por ele introduzidas ou indicadas.

4.6.10 Informar - mediante assinatura no Boletim de Consignação ou por mensagem registada - o Responsá-
vel de Consignação ou Delegado de Consignação, do fim dos ensaios.

4.6.11 Estar presente no local durante todo o período de realização dos ensaios e, após a finalização dos tra-
balhos, estar permanentemente contactável até à recolocação da instalação, objeto de ensaios, em
exploração.

4.6.12 O Responsável de Ensaios poderá acumular as funções de Responsável de Consignação ou Delegado de


Consignação, quando os ensaios envolvam uma única Entidade Executante.

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Numa consignação para ensaios, quando os ensaios envolvam partes ativas da instalação, só po-
de existir um Responsável de Ensaios

4.7 ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE EXECUTANTE

4.7.1 Nomear o Responsável de Trabalhos.

4.7.2 Receber o Boletim de Consignação e entregá-lo ao Responsável de Trabalhos com a antecedência mí-
nima de dois dias úteis.

4.7.3 Identificar os riscos associados aos trabalhos a realizar e assegurar que o Responsável de Trabalhos
dispõe dos meios necessários à execução das medidas de segurança correspondentes à Etapa 2.

4.7.4 Zelar para que os trabalhos ou ensaios decorram com toda a segurança.

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5 REGISTOS

5.1 GENERALIDADES

As manobras de rede em instalações elétricas, de reconfiguração ou específicas duma consignação, assim como
as disposições e atos que as justificam ou complementam serão, em regra, elaboradas e registadas de forma
apropriada, em papel ou suporte digitalizado, de forma a evitarem-se falsas manobras ou situações de risco pa-
ra as pessoas e equipamentos.

Os impressos tipo a utilizar são os seguintes:


− Pedido de Indisponibilidade
− Ordem de Manobras
− Boletim de Consignação

5.2 PEDIDO DE INDISPONIBILIDADE

5.2.1 Pedido formulado pela Entidade Requisitante, sempre que possível em formato digital, à Entidade
Responsável pela Condução e outras entidades intervenientes, para colocar uma instalação ou ele-
mento de rede indisponível com vista à realização de trabalhos ou ensaios fora de tensão.
Em condições excecionais, se este pedido não puder ser formulado em formato digital, o mesmo deve-
rá ser feito por mensagem registada entre a Entidade Requisitante e a Entidade Responsável pela Con-
dução da instalação.

5.2.2 Para cada trabalho ou conjunto de trabalhos relacionados, preencher-se-á, de preferência, apenas um
pedido de indisponibilidade com a indicação clara das instalações a consignar e a vizinhança de outras
instalações em tensão (cruzamentos, proximidades, etc.) anexando-se, se necessário, esquemas ilus-
trativos da rede em causa.
No Pedido de Indisponibilidade a Entidade Requisitante propõe um Responsável de Consignação e/ou
Delegado(s) de Consignação e identifica o Responsável de Trabalhos / Ensaios.

5.2.3 O pedido de indisponibilidade deverá ser entregue com a antecedência adequada(∗), a fim de permitir
que os avisos de corte, se os houver, possam respeitar os prazos estipulados, assim como permitir a
preparação atempada do(s) processo(s) de consignação correspondentes.

5.2.4 A Entidade Responsável pela Condução preenche a secção que lhe diz respeito, que inclui o despacho
do Pedido de Indisponibilidade, a nomeação do Responsável de Consignação e o número de processo
da consignação. Valida o Pedido e envia cópia à Entidade Requisitante, juntamente com os outros
elementos do Processo de Consignação, e para a Entidade à qual pertencem os Responsáveis / Delega-
dos de Consignação nomeados, no caso de não pertencerem à Entidade Requisitante.

5.2.5 Depois de recebido o Pedido autorizado a Entidade Requisitante, ou a Entidade à qual pertencem os
Responsáveis de Consignação, toma conhecimento e envia-o para o Responsável de Consignação, jun-
tamente com os elementos do Processo de Consignação inerentes à sua intervenção.

(∗ )
A antecedência para a entrega do pedido de indisponibilidade e a resposta face à data prevista para a sua realização são defini-
das por protocolo.

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5.2.6 A Entidade Requisitante poderá descrever as condições técnicas ou as operações a considerar para a
consignação da instalação.

5.3 ORDEM DE MANOBRAS

5.3.1 É o documento onde são descritas duma forma sequencial, todas as manobras a efetuar na rede de
distribuição para consignar e desconsignar o elemento de rede ou instalação que foi objeto de Pedido
de Indisponibilidade.

5.3.2 A elaboração da Ordem de Manobras é da responsabilidade da Entidade Responsável pela Condução.

5.3.3 A Ordem de Manobras integra o Processo de Consignação cujos trâmites estão adiante expressos no §
5.6.

Nos casos em que as manobras na Rede são asseguradas por Operadores auxiliares, a Ordem de Ma-
nobras deverá ser enviada ao respetivo Responsável Hierárquico com a antecedência mínima de dois
dias úteis.

5.3.4 No caso de intervenções que envolvam manobras em Redes AT e MT, deverão existir Ordens de Ma-
nobras específicas, que farão parte de um único Processo de Consignação.

5.4 BOLETIM DE CONSIGNAÇÃO

5.4.1 Documento emitido pela Entidade Responsável pela Condução e distribuído ao Responsável de Con-
signação e aos Delegados de Consignação, no qual será efetuado o registo das operações de consigna-
ção e da autorização de início dos trabalhos e das comunicações entre o Centro de Condução e o Res-
ponsável de Consignação e Delegados de Consignação, e entre o Responsável de Consignação e os De-
legados de Consignação.

A cada Responsável de Trabalhos deverá corresponder a emissão de um Boletim de Consignação.

5.4.2 No caso dos “Trabalhos Inadiáveis” nas redes MT e BT solicitados por escrito ou por telefone ao Centro
de Condução, este procede à abertura de um trabalho inadiável no Sistema de Gestão de Incidentes
(SGI), registando todos os dados necessários, bem como os nomes dos Responsáveis de Consignação e
de Trabalhos.

O Centro de Condução procede à abertura do trabalho inadiável no SGI e regista nas “Observações
Técnicas “ o seguinte:

Antes do início da consignação,


− Nome do Responsável de Consignação;
− Hora do início da Consignação
Antes do início dos trabalhos de reparação,
− Nome do Responsável de Trabalhos
Antes do início da desconsignação,
− Se substituído, nome do Responsável de Consignação;
− Hora do início da Desconsignação.

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5.4.3 No caso da consignação para “Avarias” de MT e de BT, a ocorrência implica a abertura do incidente no
Sistema de Gestão de Incidentes (SGI.

5.4.4 O documento relativo à execução do trabalho, elaborado pelo Responsável de Trabalhos, deverá con-
ter, igualmente, os registos referidos em 5.4.2. quando aplicável na BT.

5.4.5 No caso da rede AT os processos de consignação para “Trabalhos Inadiáveis” e “Avarias” são seme-
lhantes, competindo, neste caso, ao Centro de Condução AT efetuar o respetivo registo.

5.4.6 Na hora de início da desconsignação por avaria, deverá ser confirmada a identificação do Responsável
de Consignação.

5.5 PEDIDO DE INDISPONIBILIDADE FEITO POR UM UTILIZADOR DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO

5.5.1 No caso do Pedido de Indisponibilidade ser feito por um utilizador da RD e depois de consignada a ins-
talação, o estado desta deve ser confirmado ao responsável de exploração do utilizador, por documen-
to pessoalmente entregue se for utilizador da rede MT ou BT, ou ainda por mensagem registada se for
utilizador da rede AT.

5.5.2 Do documento ou mensagem referidos deve constar a data e a hora de início de consignação e a indi-
cação de que:
− A religação só é efetuada depois de restituído o mesmo documento, com o aviso de fim de traba-
lhos preenchido e assinado, ou depois de feita a correspondente confirmação pela via utilizada, em
AT;
− Após a entrega do documento ou da confirmação de aviso de fim de trabalhos a instalação será
considerada, desde logo, em tensão.

Nota: Enquanto não for aprovado um modelo de documento específico, deve ser utilizado o impresso
do Boletim de Consignação.

5.6 PROCESSO DE CONSIGNAÇÃO

5.6.1 O Processo de Consignação é constituído pelo conjunto de toda a documentação reunida pela Entida-
de Responsável pela Condução e referente à consignação, incluindo: Pedido de Indisponibilidade auto-
rizado, Ordem de Manobras e Boletim de Consignação.

O Processo de Consignação deve conter uma capa onde constem os elementos identificadores da con-
signação, preenchida pelas entidades intervenientes.

5.6.2 O Processo de Consignação deverá ser enviado pela Entidade Responsável pela Condução, com a ante-
cedência mínima de dois dias úteis, à Entidade Requisitante, ao Responsável Hierárquico do Responsá-
vel de Consignação e ao Responsável de Consignação.

O Boletim de Consignação deverá igualmente ser enviado, a título informativo e com a antecedência
mínima de dois dias úteis, pela Entidade Requisitante à Entidade Executante ou diretamente ao Res-
ponsável de Trabalhos, quando este não acumule as funções de Responsável de Consignação ou de De-
legado de Consignação.

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SISTEMA DE GESTÃO DA SEGURANÇA CORPORATIVO

REGULAMENTO DE CONSIGNAÇÕES PARA TRABALHOS FORA DE TENSÃO


DPS 38.008-7 EDP

5.6.3 Uma vez concluída a consignação e todas as formalidades descritas, é da inteira responsabilidade do
Departamento ao qual pertence o Responsável de Consignação o competente arquivo do Processo de
Consignação, integrado no processo da obra ou da instalação. Caso o Responsável de Consignação per-
tença a um PSE, o arquivo do Processo de Consignação é assegurado pela Entidade Requisitante.

5.6.4 A nível da BT, sem prejuízo do cumprimento das regras de segurança da competência dos Responsá-
veis de Consignação e de Trabalhos, o processo, por princípio, consistirá apenas na emissão por parte
da Entidade Requisitante do PI dirigido à Entidade Responsável pela Condução e da troca de mensa-
gens antes e após a realização dos trabalhos. A Condução devolverá o PI com a antecedência mínima
de dois dias úteis à Entidade Requisitante.

Os Responsáveis de Consignação providenciarão para que os processos fiquem em local apropriado,


a fim de facilitar a sua entrega a um substituto em caso de necessidade justificada

6. IMPRESSOS

Anexo I – Pedido de Indisponibilidade

Anexo II – Ordem de Manobras

Anexo III – Boletim de Consignação para redes AT, MT e BT

Anexo IV − Capa do Processo de Consignação

Versão: R4 de 01-06-2016 Página 26 de 26

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