PFG-LP-005 - Líquido Penetrante
PFG-LP-005 - Líquido Penetrante
PFG-LP-005 - Líquido Penetrante
1. OBJETIVO
Este Procedimento fixa as condições técnicas a serem seguidas no ensaio por liquido penetrante de soldas, fundidos,
laminados e forjados, quando requerido, para detectar descontinuidades superficiais, abertas à superfície.
Material: Aços Carbono, Aços Inoxidáveis Ferrítico, Martensíticos e Austeníticos, Aços Ligas e Baixa Liga,
Níquel e Ligas de Níquel, Titânio, Bronze, Alumínio e Ligas de Alumínio.
Processos de Fabricação: Soldado, Laminado, Fundido, Forjado, Trefilados e Extrusados.
Formas: Chapas, Perfis e Tubos.
4. MATERIAIS PENETRANTES
Somente serão utilizados materiais penetrantes aprovados segundo requisitos descritos em 12.3 e listados nas tabelas
abaixo:
(a) Penetrantes Fluorescentes removíveis com água (ASTM Tipo I – Técnica A):
PENETRANTE
REVELADOR
FABRICANTE
MARCA REFERENCIA MÉTODO DE REMOVEDOR REFERENCIA MÉTODO DE
COMERCIAL COMERCIAL APLICAÇÃO COMERCIAL APLICAÇÃO
METAL- AEROSOL
METAL-CHEK FP-91 ÁGUA D-70 AEROSOL
CHEK GRANEL
AEROSOL
MAGNAFLUX ZIGLO ZL-19 ÁGUA ZP-9F AEROSOL
GRANEL
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
(b) Penetrantes Visíveis (não fluorescentes) removíveis com água (ASTM Tipo II-Técnica A):
PENETRANTE
REVELADOR
FABRICANTE
MARCA REFERENCIA MÉTODO DE REMOVEDOR REFERENCIA MÉTODO DE
COMERCIAL COMERCIAL APLICAÇÃO COMERCIAL APLICAÇÃO
VP-30 AEROSOL ÁGUA D-70
METAL-CHEK METAL-CHEK AEROSOL
VP-30HI GRANEL ÁGUA D-70HI
(c) Penetrantes Visíveis (não fluorescentes) removíveis com solvente (ASTM Tipo II-Técnica C):
PENETRANTE REVELADOR
MÉTODO MÉTODO
FABRICANTE MARCA REFERENCIA REMOVEDOR REFERENCIA
DE DE
COMERCIAL COMERCIAL COMERCIAL
APLICAÇÃO APLICAÇÃO
VP-31 E-59 – R 501 D-70
THINNER
METAL-CHEK METAL- AEROSOL AUDI 2800 AEROSOL
CHEK VP-31HI GRANEL THINNER D-70HI
TMC-10
SKC-S SKD-S2
MAGNAFLUX SPOTCHEK SKL-SP AEROSOL THINNER AEROSOL
GRANEL AUDI 2800 SKD-S2
NOTA:
2) Quando um conjunto da tabela apresenta mais do que um produto, todos os relacionados estão aprovados para
utilização;
3) Quando citado materiais penetrantes devem ser incluídos os penetrantes, solvente, produtos de limpeza e
emulsificadores, usados na inspeção;
4) Os removedores citados na tabela do item 4 referem-se aos produtos listados na tabela a seguir:
5) Quando o material a ser inspecionado for Aço Inoxidável Austenítico, Titânio ou Ligas de Níquel, deverá ser
analisado o certificado quanto ao teor de contaminantes (fornecido pelo fabricante). Para Aços Inoxidáveis
Austenítico e Titânio o teor máximo de halogênios (Cloro + Flúor) é de 1% do resíduo em peso, para Ligas de Níquel
o teor máximo de Enxofre é de 1% do resíduo em peso. O método de análise utilizado pelo fabricante deve atender
aos requisitos do ASME V artigo 6, parágrafos T641;
6) O teor máximo de cloretos permitidos na água deve ser inferior a 50 ppm quando a superfície a ser ensaiada for de
aços inoxidáveis austeníticos ou titânio.
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
a) A superfície a ser ensaiada e todas as áreas adjacente com no mínimo 25 mm, deverá estar isenta de óleos,
graxas, vernizes, óxidos e outras impurezas que possam interferir na execução do ensaio. Podem ser utilizados
métodos mecânicos para eliminar possíveis irregularidades superficiais (escovamento, usinagem,
esmerilhamento ou jateamento abrasivo*). Posteriormente deverá ser utilizado o solvente Thinner Audi 2800 ou
os limpadores/removedores TMC-10, R 501 ou E-59 da Metal-Chek, SKC-S da Magnaflux, para garantir a
limpeza.
c) Na preparação da superfície em Aços Inoxidáveis devem ser utilizadas ferramentas de aço inoxidável ou
revestidas com o mesmo, os discos de corte devem ter alma de nylon ou similar. Estas ferramentas devem ser
utilizadas exclusivamente em aços inoxidáveis.
a) A superfície deve ser mantida entre 10° a 52 °C para penetrantes coloridos (Tipo II) e de 10° a 38 °C para
penetrantes fluorescentes (Tipo I).
b) Os materiais penetrantes devem estar durante todo ensaio com temperatura 10° a 38°C.
c) É permitido o aquecimento ou resfriamento da superfície, a fim de se atingir a faixa de temperatura, desde que
não haja conflito com o procedimento de soldagem correspondente.
Penetrante poderá ser aplicado por meio de embalagem pressurizada (aerosol), por pincelamento, imersão ou com
pistola de ar comprimido (granel), conforme indicado na tabela do item 4. O tempo de penetração deverá ser no mínimo
10 e no máximo 60 minutos.
Geral – A remoção do excesso de líquido penetrante que estiver sobre a superfície poderá ser removido inicialmente
com panos secos e limpos. Depois será então removido conforme os itens 9.1 ou 9.2.
a) A remoção do excesso poderá ser feita por meio de jato de água em spray com pressão máxima de 172 kpa
(25psi) ou através de água corrente. A temperatura da água deve estar na faixa de 16° a 38°C. Quando for
utilizada a pistola de ar comprimido a linha deve possuir um filtro de ar e controle de pressão. Deverá ser
utilizada somente a quantidade de água necessária à remoção de todo o excesso evitando-se a lavagem em
demasia. Quando possível, não existe nenhum inconveniente em remover o excesso somente com panos
limpos e secos.
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
A remoção inicial do excesso de penetrante deverá ser feita fazendo o uso de pano absorvente limpo e seco, repetindo
a operação com panos levemente umedecidos com Thinner Audi 2800, TMC-10, R 501 ou E-59 da Metal-Chek, ou SKC-
S da Magnaflux de acordo com o conjunto utilizado. Não é permitida a aspersão de removedores sobre a superfície em
ensaio. Os panos utilizados não devem soltar fiapos ou resíduos. Quando possível, a remoção pode ser feita somente
com panos limpos e secos.
A evaporação deve ser natural aguardando-se um tempo mínimo de 5 minutos. No caso da remoção ter sido feita por
água, antes do tempo de evaporação, recomenda-se enxugar a superfície com auxílio de panos ou papel absorvente.
a) Deverá ser utilizado o Revelador Úmido Não Aquoso (forma “d”), aplicado por aerossol;
b) Antes e durante a aplicação, o recipiente do revelador deverá ser vigorosamente agitado para garantir a
homogeneidade da suspensão;
c) O revelador deverá ser aplicado imediatamente após a secagem da superfície. Tempos longos de secagem
podem prejudicar a sensibilidade do ensaio, não devendo ser superior a 30 minutos. O revelador deverá ser
aplicado por meio de embalagem pressurizada (aerosol). A camada a ser aplicada deverá ser fina e uniforme,
durante a aplicação o revelador deve chegar à superfície levemente umedecida;
d) Deve se tomar cuidado especial quanto à camada de revelador que será aplicada na técnica fluorescente.
Camadas espessas podem reduzir o contraste da superfície com o penetrante, devendo para esta técnica a
camada ser bem fina e uniforme. Excesso de fluorescência de fundo a revelação é sinal de remoção
inadequada, neste caso o ensaio deve ser reiniciado.
Iluminação – Durante a execução do ensaio o nível de iluminação deverá ser mantido no mínimo em 1000 lux. Esta
intensidade deve ser verificada através de um medidor calibrado (luxímetro).
Iluminação – Este ensaio deve ser realizado em ambiente escurecido, com no máximo 10 lux. A intensidade de luz
ultravioleta na superfície da peça deve ser de no mínimo 1000 µW/cm². As medições devem ser efetuadas através de
medidores calibrados.
No caso de medição da luz negra, deverá ser utilizado um radiômetro com espectro centrado em 365 nm. A lâmpada de
luz negra deve ser aquecida no mínimo 10 minutos antes de iniciar os trabalhos ou de realizar medição. O inspetor deve
permanecer no ambiente escurecido pelo menos 5 minutos antes de iniciar a inspeção. É proibida a utilização de lente
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
Deve ser efetuada a inspeção de recebimento de cada lote de material penetrante. Verificar se as embalagens não
apresentam qualquer tipo de avaria ou sinais visíveis de alteração nas informações do rótulo. Somente serão utilizados
produtos identificados com número de lote/corrida, data de fabricação e dentro do prazo de validade.
Os materiais penetrantes deverão ser testados quanto a sua sensibilidade, efetuando se o teste no bloco comparador
JIS-Z-2343 de 10µ para penetrantes fluorescentes (tipo I) e de 30µ para penetrantes coloridos (tipo II). No teste deverão
aparecer 100% das indicações do padrão com sensibilidade igual ou superior ao produto de lote de referência. A
comparação dos resultados pode ser feita através de um padrão fotográfico obtido após o teste no bloco padrão com um
produto similar anteriormente testado. Este teste de sensibilidade equivale ao nível 2 de sensibilidade para os
penetrantes tipo I e tipo II (sensibilidade elevada) conforme a norma Petrobras N-2370.
Para cada novo lote de material penetrante será emitido um registro de recebimento conforme anexo I ou outro similar,
constando no mínimo os itens citados abaixo:
Nome do emitente
Identificação numérica;
Tipo de bloco de referência;
Número e revisão do procedimento;
Materiais penetrantes utilizados;
Condições de iluminamento;
Temperatura durante o ensaio;
Normas e/ou valores de referência para interpretação dos resultados;
Laudo indicando aceitação ou rejeição;
Identificação e assinatura do inspetor/operador responsável;
Número do lote de material penetrante examinado;
Número do lote de material penetrante de comparação (de desempenho conhecido e satisfatório)
A interpretação deve ser iniciada imediatamente após a secagem do revelador para se observar a progressão das
indicações. A avaliação final deve ser feita entre 7 a 30 minutos após a aplicação do revelador.
O critério de aceitação deverá ser conforme a norma de fabricação do equipamento ou definido pelo setor da engenharia
da empresa contratante (cliente).
Quando não for definido o critério de aceitação poderá ser aplicado o critério de aceitação ASME VIII divisão 1 apêndice
8 para tubulações e vasos de pressão (item 14.1) e o critério de aceitação AWS D1.1 para soldas de estruturas (item
14.2).
Indicação é evidenciada de imperfeição da peça mecânica. Devem ser consideradas relevantes somente às indicações
que tenham dimensões maiores do que 1/6’’ (1,5 mm).
Indicação linear é a que apresenta um comprimento maior que três vezes a largura;
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
Indicação arredondada é a que apresenta formato circular ou elíptico com comprimento igual ou menor que três
vezes a largura;
Quaisquer indicações questionáveis ou duvidosas devem ser submetidas a um reexame, para que se defina se
as mesmas são relevantes ou não.
O ensaio de Líquido Penetrante pela norma AWS é uma extensão do ensaio visual e os critérios aplicados são os
mesmos, portanto a avaliação das descontinuidades deve ser baseada na dimensão real da descontinuidade, medida
após a remoção do revelador e não no manchameto como requerido na norma ASME.
Estruturas Estruturas
Juntas
Critérios estaticamente ciclicamente
tubulares
carregadas carregadas
2- Fusão na solda e metal de base – deve existir uma total fusão entre X X X
as camadas de metal de solda e entre metal de solda e metal de base;
4- Porosidade:
NOTAS:
1) ‘’X’’ indica que o critério é aplicável para o tipo de conexão e o quadro em branco indica que não é aplicável;
2) Esta tradução apresenta alguns tópicos da tabela original que consta na norma AWS, com os itens aplicáveis ao
ensaio de líquido penetrante, sempre considerando que foi realizado um ensaio visual antes do ensaio de líquido
penetrante. Portanto descontinuidades como mordeduras e outras, devem ser avaliadas pelo ensaio visual;
Indicações produzidas pelo ensaio por líquidos penetrantes não são necessariamente imperfeições. Marcas de
usinagem, riscos e condições superficiais podem produzir indicações que são similares àquelas produzidas por
imperfeições, mas que não são relevantes para a aceitabilidade. Os critérios dados a seguir se aplicam quando as
indicações são avaliadas.
Qualquer indicação “com uma dimensão máxima de 1/16” (2,0 mm) ou menos deve ser classificada como não relevante.
Qualquer indicação maior considerada como sendo não relevante deve ser considerada como relevante até que um
reensaio com partículas magnéticas ou outro método de ensaio não destrutivo determine se existe ou não uma
imperfeição real. A superfície deve ser esmerilhada ou de outra forma condicionada antes do reensaio. Após se
determinar que uma indicação é não relevante, outras indicações não relevantes do mesmo tipo não precisam ser
reensaiadas.
Indicações relevantes são aquelas provocadas por imperfeições. Indicações lineares são aquelas cujo comprimento é
maior que três vezes a sua largura. Indicações arredondadas são aquelas cujo comprimento é três vezes sua largura ou
menos.
Indicações relevantes devem ser consideradas defeitos se existirem qualquer das condições abaixo:
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
a) Indicações lineares avaliadas como trincas de cratera ou trincas estrela e excedam 5/32” (4 mm) em
comprimento;
b) Indicações lineares avaliadas como trincas diferentes de trincas de cratera ou trincas estrela;
c) Indicações lineares avaliadas como falta de fusão (IF) e excedem 1” (25 mm) de comprimento total em 12” (300
mm) de comprimento contínuo de solda ou 8% do comprimento da solda;
d) Indicações arredondadas devem ser avaliadas de acordo com os critérios abaixo. Para efeito de avaliação, a
dimensão máxima de uma indicação arredondada deve ser considerada como seu tamanho:
Porosidade individual ou aleatória deve ser considerada defeito se existir qualquer das condições abaixo:
Porosidade agrupada que ocorrer em qualquer passe de solda, exceto o passe de acabamento, deve atender o critério
de porosidade individual ou aleatória acima. Porosidade agrupada no passe de acabamento da solda deve ser
considerada defeito se existir qualquer uma das condições abaixo:
NOTA:
As dimensões dos poros não estão em escala. Para dimensões ver o texto dos critérios API no corpo deste
procedimento.
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
NOTA:
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
O resultado das inspeções deverá ser registrado em formulários que contenham no mínimo as informações solicitadas a
seguir ou conforme o Anexo II.
O formulário de relatório utilizado poderá ser alterado sem a necessidade de revisão do procedimento devendo conter
no mínimo as seguintes informações:
Nome do emitente;
Identificação numérica;
Identificação da peça, equipamento ou tubulação, item inspecionado;
Material e espessura;
Número e revisão do procedimento;
Materiais penetrantes utilizados (fabricante, modelo e lote);
Equipamento de iluminação;
Registro dos resultados;
Norma e/ou valores de referência para interpretação dos resultados;
Laudo indicando aceitação, rejeição ou recomendação de exame complementar;
Data;
Identificação do documento que evidência a sistemática de registro dos resultados;
Identificação e assinatura do inspetor responsável.
As peças e equipamentos inspecionados devem possuir uma identificação para relacionar as mesmas com o relatório de
inspeção. Caso existam descontinuidades registráveis deve ser elaborado um croqui contendo a localização das
mesmas. Para descontinuidades reprovadas, adicionalmente registrar na própria peça com marcador industrial a exata
posição do defeito.
O registro das indicações deve seguir o procedimento de identificação e rastreabilidade se forem solicitados pela
empresa contratante ou fiscalização.
Após o término do registro dos resultados a peça deverá ser limpa utilizando se os mesmos requisitos e produtos
descritos no item 5 (preparação da superfície).
Esta limpeza pode ser omitida sempre que não interferir com as etapas subsequentes de fabricação ou de utilização em
serviço.
Ensaio deverá ser realizado por um inspetor qualificado segundo os requisitos do Sistema Nacional de Qualificação e
Cerificação do Pessoal em Ensaios Não Destrutivos (SNQC/END) certificado como LP-N2-G conforme os documentos
NA-001 e DC-001.
Devem ser considerados os aspectos e impactos ambientais, riscos e perigos causados pela atividade de inspeção em
serviço. Antes do início dos trabalhos de inspeção devem ser atendidos os procedimentos e instruções que definem os
requisitos de segurança de cada empresa.
PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO
Utilizar os EPI’s necessários para a execução dos serviços de inspeção, conforme norma regulamentadora n° 6 (NR-6).
Tomar um cuidado adicional quanto à ventilação do local evitando-se realizar o ensaio em locais fechados, pois alguns
materiais penetrantes além de serem inflamáveis, utilizam como propelentes derivados de hidrocarbonetos que são
altamente inflamáveis.
19. REGISTROS
20. ANEXOS