A Usina de Açúcar e Sua Automação
A Usina de Açúcar e Sua Automação
A Usina de Açúcar e Sua Automação
A Usina de Açúcar
e sua Automação
2ª Edi ão 2003
Autor:
Pa ulo Robert o R ibeiro
SMAR Filial Araçatuba
Divisão Açúcar e Álcool
email: [email protected]
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
Capitulo 1
I NTR ODUÇ ÃO E ES TATI SCAS
2
A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
ORIGEM:
Continente Asiático, trazida logo após o descobrimento do Brasil, pelos
portugueses.
CARACTERÍSTICAS:
Planta semi-perene, monocotiledônica, pertencente á família das gramíneas,
gênero Sacharum officinarum.
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
OS ENGENHOS DE AÇÚCAR
O açúcar era produzido em engenhos usando mão-de-obra escrava e
caracterizou a cultura vigente do século XVI ao XVIII.
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
A MÁQUINA À VAPOR
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
(% )
Exportação Total do Açúcar
Mês Ano 2001 nas
Exportações
Bra sil U S$ FOB Açú car U S$ F OB do
Brasil
Janeiro 4.537.905.000 229.618.827 5,06
Fevereiro 4.083.023.000 74.282.170 1,82
Março 5.167.500.000 116.041.631 2,25
Abril 4.729.698.000 71.822.001 1,52
Maio 5.367.054.000 78.503.793 1,46
Junho 5.041.980.000 163.264.621 3,24
Julho 4.964.485.000 239.760.286 4,83
Agosto 5.727.436.000 287.345.097 5,02
Setembro 4.754.965.000 292.192.709 6,15
Outubro 5.002.529.000 291.304.947 5,82
Novembro 4.500.260.000 281.727.815 6,26
Dezembro 4.345.808.000 151.867.191 3,49
Total 58.222.643.000 2.277.731.088 3,91
(% )
Exportação Total do Açúcar
Mês Ano 2002 na s
Exportações
do
Brasil US$ FOB Açúcar US$ FOB Brasil
Janeiro 3.971.828.775 148.309.343 3,73
Fevereiro 3.658.349.034 127.931.406 3,50
Março 4.260.412.206 63.761.274 1,50
Abril 4.641.399.729 52.996.253 1,14
Maio 4.441.379.547 90.329.025 2,03
Junho 4.078.559.856 186.919.084 4,58
Julho 6.223.334.278 229.823.044 3,69
Agosto 5.751.020.402 219.061.211 3,81
Setembro 6.491.806.837 329.861.646 5,08
Outubro 6.474.407.905 268.940.680 4,15
Novembro 5.126.951.442 183.602.649 3,58
Dezembro 5.242.335.956 192.100.759 3,66
Total 60.361.785.967 2.093.636.374 3,47
Fonte:SECEX/elaboração UNICA
Fonte: Informação UNICA - Ano 6 - Nº 51 - Janeiro/Fevereiro de 2003
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
*US$/t
Fonte: Seces/Elaboração UNICA
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CRISTAL BRANCO
Açúcar produzido através de 3 processos de purificação: Sulfitação,
Carbonataç ão ou Fosfatação. O processo mais utilizado é a Sulfitação .
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AÇÚCAR INVERTIDO
Açúcar obtido através da diluição do açúcar demerara ou V.H.P.
O Açúcar Invertido é obtido através da reação de hidrólise total ou parcial da sacarose. Essa
reação é denominada Inversão, uma vez que ocorre mudança no sentido de rotação no
plano de luz polarizada. O produto final contém sacarose, glicose e frutose, a concentração
de cada um desses açucares muda em função do nível de inversão. O açúcar invertido é
encontrado em diferentes graus de hidrólise.
A açúcar invertido mais produzido é o parcialmente invertido, com 50% de inversão, onde o
poder adoçante é de 85% do valor do açúcar cristal.
A vantagem do Açúcar Invertido é o menor volume e maior tempo de armazenamento, pois
é mais resistente ao ataque de microorganismos.
AÇÚCAR ORGÂNICO
Produto de granulação uniforme, produzido sem nenhum aditivo químico, na fase agrícola
como na industrial e pode ser encontrado nas versões clara e dourada. Seu processamento
segue princípios internacionais da agricultura orgânica e é anualmente certificado pelos
órgãos competentes.
Na produção do açúcar orgânico, todos os fertilizantes químicos são substituídos por um
sistema de integração orgânica para proteger o solo e melhorar suas características físicas
e químicas (evitam-se doenças com o uso de variedades de cana mais resistentes e
combatem-se pragas, como a broca da cana, com seus inimigos naturais, como as vespas)
Exportações Brasileiras de Açúcar (em toneladas)
Ano de 2002
Tipos de Açúcar
Meses Refinado Cristal Demerara VH P Total
Janeiro 156.150 76.530 224.106 410.693 867.479
Fevereiro 76.550 123.250 80.284 64.524 344.608
Março 7.000 173.850 110.951 173.745 465.546
Abril 49.150 70.000 47.511 172.329 338.990
Maio 84.600 78.750 41.709 965.956 1.171.015
Junho 14.000 242.027 16.299 932.881 1.205.208
Julho 77.075 399.762 25.000 971.333 1.473.170
Agosto 41.825 474.850 20.127 1.066.775 1.603.577
Setembro 104.635 478.500 44.000 928.243 1.555.378
Outubro 145.075 445.825 351.930 778.349 1.721.179
Novembro 100.876 297.200 332.021 637.611 1.367.708
Dezembro 126.566 194.550 284.810 607.128 1.213.054
Total 983.502 3.055.094 1.578.749 7.709.568 13.326.913
Particip. (% ) 7,38 22,92 11,85 57,85 100,00
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MELAÇO
Resultante da centrifugação do açúcar, contendo açúcares redutores e parte de
sacarose não cristalizada. É utilizado na fermentação para produção de álcool e
como matéria-prima para fabricação de cachaça e rum.
LEVEDURA SECA
Leite de levedura, que sofreu um processo de desidratação muito rico em
proteína, destinado a ração animal.
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FIBRA EM CANA
É a matéria seca e insolúvel em água que compõe a cana, que posteriormente
dará srcem ao bagaço.
EMBEBIÇÃO
É o processo que embebe água ou caldo ao bagaço já esmagado, para que se
misture com o caldo existente no bagaço e o dilua no próximo terno.
MACERAÇÃO
É o processo no qual o bagaço é saturado de água ou caldo, geralmente a alta
temperatura. A maceração é uma classe especial de embebição.
CALDO CALEADO
É o caldo que passou pelo processo de alcalinização (caleação) para neutralizar o
pH do caldo, após a sulfitação.
LEI TE DE CAL
É a mistura da cal virgem com água, utilizado para neutralização do caldo ou do
xarope.
SACARATO
É a mistura da cal virgem com caldo ou xarope de cana, utilizado para
neutralização do caldo ou do xarope.
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
LODO
São as impurezas retiradas do caldo durante o processo de decantação.
POLÍMERO
Composto químico misturado ao caldo ou xarope, com efeito de decantação ou
flotação das impurezas.
BRIX
São os sólidos solúveis na cana ou na solução açucarada, dos quais uma parte é
a sacarose. É expressada como percentagem de peso de sólidos.
P OL
É o valor obtido pela polarização simples e direta em um sacarímetro de uma
solução de peso normal. É expressada como se fosse um valor real.
PUREZA
É a quantidade de sacarose contida em 100 partes de sólidos totais.
Pureza = pol x 100
brix
INVERSÃO
A sacarose hidrolisa-se com facilidade em soluções ácidas a velocidades que
aumentam notavelmente com o aumento da temperatura e diminuição do pH.
Esta reação hidrolítica é denominada de Inversão, e causa perda de sacarose.
POLISSACARÍDEOS
Este nome é dado a todos os sacarídeos com cadeia de mais de 12
monossacarídeos. Os mais fundamentais presentes na cana-de-açúcar é a
dextrana e o almidom. São muitos prejudiciais nos processos de moagem,
clarificação, cristalização e centrifugação do açúcar.
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
SACAROSE
É o açúcar contido nos vegetais, encontrado em maior volume na cana-de-
açúcar ou na beterraba.
A Sacarose é um dissacárideo produzido pela condensação de glicose e frutose, e
sua fórmula química é C12 H22 O11 (peso molecular 342,30).
Pode ser determinada por meio de um sacarímetro, utilizando métodos analíticos
ou pela polarização direta, já que a diferença entre pol e sacarose não se tem em
conta.
Estrutura e configuração da sacarose:
Glicose Frutose
XAROPE
É o caldo de cana concentrado nos evaporadores, antes de realizar alguma
operação de extração de açúcar.
MA SSA COZ ID A
É a mistura de cristais e licor-mãe descarregado dos Cozedores à vácuo. A massa
cozida é classificada de acordo com sua pureza (Primeira, Segunda ou Terceira).
MAGMA
É a mistura de cristais de açúcar do Cozedor de Granagem com caldo de cana,
xarope ou água. É utilizada como pé dos cozimentos de primeira e de segunda.
MEL
É o licor-mãe separado dos cristais de açúcar através da centrifugação. O mel é
classificado de acordo com o tipo de massa cozida (Mel Rico para massa de
primeira, Mel Pobre para massa de segunda e Mel Final para massa de terceira).
MOSTO
Mosto é o termo empregado em tecnologia, para definir todo o líquido açucarado
susceptível de sofrer fermentação.
Na prática é a mistura de melaço (mel final) com água ou caldo de cana, que é
devidamente preparado para sofrer a fermentação alcoólica.
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VINHO
É o produto resultante da fermentação alcoólica. O vinho é centrifugado para
separação da levedura e enviado para as colunas de destilação.
BAGAÇO HIDROLIZADO
Subproduto que sofre um processo de hidrólise (abertura de células). Bagaço
destinado à ração animal.
GR AU INP M
Porcentagem de álcool em peso, em uma mistura hidro-alcoólica à temperatura
padrão de 20ºC.
Conversões de STAB
1,0000 açúcar Standard = 1,0526 kgs de ART
1,0000 álcool Anidro = 1,7160 kgs de ART
1,0000 álcool Hidratado = 1,64736 kgs de ART
1,63000 kgs açúcar = 1,0000 lts de álcool anidro
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
Conversões do Consecan a - SP
1,0000 açúcar Standard = 1,0495 kgs de ART (Açúcares Totais Redutores)
1,0000 álcool anidro = 1,8169 kgs de ART
1,0000 álcool hidratado = 1,7409 kgs de ART
Fonte: TL Assessoria
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AR 0,5 a 0,8%
ART 14 a 17,5%
FIBRA 12 a 14%
BAGAÇO:
MOAGEM:
EMBEBIÇÃO % CANA 25 a 40%
LAVAGEM DE CANA:
pH ÁGUA LAVAGEM 10 a 11 pH
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pH LODO 8 a 9 pH
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PUREZA MASSA 91
85 aa 93
87%brix – Massa
- Massa A B
70 a 72% - Massa B
PUREZA MEL RICO 74 a 76%
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FERMENTAÇÃO E DESTILAÇÃO:
BRIX MOSTO 18 a 22 brix
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
A fibra da cana tem um efeito notável sobre a extração, quanto maior seja a
fibra, menor será a extração.
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PR OCE as
Decide SSO COLHEITA-TRANSPORTE
condições em que chegará a cana na Usina.
AÇUCAR PRODUZIDO = AC - Pc t - P F
Onde: AC = açúcar na cana
P cT = perdas na colheita-transporte
P F = perdas na fábrica
AÇÚCAR
AÇUC
A AR
MEL FINAL ( P/ DESTILARIA )
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A Us ina de Açúcar e sua Auto m ação
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
Capitulo 2
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
A cana oé pátio
utilizam descarregada e armazenada
de cana para no pátio
evitar inversões de cana. Muitas usinas não
de sacarose.
A cana é lavada nas mesas alimentadoras para eliminação de matérias
estranhas. Um índice tolerável de matérias estranhas na cana é de 3%.
A mesa alimentada a esteira metálica que conduz a cana para o preparo da cana
(picadores e desfibradores). A função dos picadores e desfibradores é a
preparação da cana mediante o quebramento da estrutura dura e ruptura das
células para a moagem.
A cana desfibrada é conduzida pela esteira de borracha até as unidades de
moagem. Esta esteira é de borracha por que possui um eletroimã para
eliminação das partes metálicas, para não danificar os rolos esmagadores.
TERNO
ESTEIR
ARÁPIDA
CANA
ESTEIRA
METÁLICA
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
Vista de um Difusor
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
ENTRAD CABEÇOTE
EIXO DE HIDRÁULICO
ACIONAMENT A
O DE CANA
ROLO CASTEL
DE O
PRESSÃ ROLO
O SUPERIOR
SAÍDA
DE CANA
ROLO
DE
ENTRAD
A PENTES
POSICIONADOR ROLO
DO DE
ROLO
SAÍD
A
MANCAL BASE
AJUSTE DA
BAGACEIRA BAGACEIRA
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
ÁGUA
CANA
DESFIBRADA
BAGAÇO
CALDO CALDO
PRIMÁRIO SECUNDÁRIO
CALD PENEIRA
O ROTATIVA
MISTO CALDO
PENEIRADO
BAGAÇO
- A pol do bagaço na saída do último terno dever ser o mais baixo possível,
sem afetar outros parâmetros da fábrica. A pol do bagaço até 1,5 é aceitável.
- A extração do caldo deve ser a maior possível. A média de extração para uma
moenda é 96% e para um difusor é 98%.
- Limpeza das moendas, mantendo um perfeito estado de assepsia da área,
fazendo desinfeção com água quente, vapor ou produtos químicos.
40
A Usina de Açúcar e sua Au tomação
80
70
%
60
E
X 50
T
R 40
A
Ç 30
Ã
O 20
10
1 2 3 4 5a6
TERNO
S
CAN BAGAÇ
CONTEÚDO DE POL NA FIBRA
PRIMEIRO ÚLTIMO
TERNO TERNO
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Painel Inteligente de Turbina dos ternos da Moenda – Usina Moema – CLP LC700 SMAR
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A Usina de Açúcar e sua Au tomação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Capitulo 3
TRATA MENTO DO CAL DO,
EVAP ORAÇ ÃO E
FLOTADO R DE XAROP E
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
CALDO
DECANTADO AQUECEDORES
CALDO
PENEIRADO VAPOR
COLUN CALDO
A DE AQUECIDO
SULFITAÇÃO P/
DECANTADOR
SULFITAÇÃO SO2
CONDENSAD
O
CAL AGITADOR
ENXOFR
E
FORNO
CALDO
SULFITADO
CALEAÇÃO
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A Usina de Açúcar e sua Automação
TANQUE FLASH
ACIONAMENTO
CALDO DOS
AQUECIDO RASPADORES
CAIXA
CALDO
DE CAIXA DE
CLARO LODO
RASPADORES BANDEJA
S
LOD
O
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
O caldo turvo e claro são retornados para caixa de caldo misto e a torta rejeitada
é enviada para a lavoura. A pol da torta rejeitada não deve ser superior a 1,5%.
ESQUEMA DE UM FILTR O ROTATIVO:
CAMADA DE BAGACILHO
(ELEMENTO FILTRANTE)
LAVAGEM
CÂMARA DA TORTA
DE
FILTRAGEM
VÁLVULA VÁCU
DISTRIBUIDORA O
ALTO
TELA
VÁCUO
BAIXO
TORT
A
LÔDO + BAGACILHO
CALDO CALDO
TURVO CLARO
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Porém, à medida que a água é extraída do caldo, o açúcar fica concentrado, até
aproximar do seu ponto de saturação, isto é, do ponto em que os cristais
começam a aparecer na massa.
A concentração é levada até seu ponto máximo, quando o licor-mãe fica apenas
nos espaços livres entres os cristais (massa cozida). Evidentemente uma massa
assim não pode ser manipulada como um caldo ou um xarope líquido. Por isso a
concentração é separada em duas fases:
- A evaporação , que concentra o caldo clarificado até formar o xarope,
trabalhando apenas com um produto líquido.
- O cozimento , que começa justamente antes do momento em que os cristais
começam a aparecer no xarope e vai até a concentração máxima.
Um evaporador
a qual de Usina
serve como é constituído
aparelho principalmente
de intercâmbio por uma calandra
da temperatura: tubular,
o vapor de
aquecimento envolve os tubos externamente e o caldo a ser evaporado está no
interior do tubo.
O
dovapor
setor utilizado
de moagem na ePré-Evaporação é oOVapor
da casa de força. Vaporde
deEscape
Escapedas turbinas
possui à vapor
uma pressão
média de 1,5 kgf/cm².
Em média a evaporação consome entre 200 a 300 quilos de vapor para evaporar
1000 quilos de água. Enquanto o cozimento consome em média 1100 quilos de
vapor para evaporar até 1000 quilos de água.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
ÁGUA
VÁCUO
1º 2º 3º 4º
EFEIT EFEIT EFEITO EFEIT
Oo O O
103 94º 78º 55º
º
XAROPE
Esquema de Múltiplos Efeitos
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A Usina de Açúcar e sua Automação
CONJUNTO DE EVAPORAÇÃO:
VÁCU ÁGU
SEPARADOR O
DE ARRASTE A
PRÉ
1º 2º 3º 4º
EFEITO EFEIT EFEIT EFEITO
O O
20Bx
CONDENSADO
CALANDRA 65Bx
15Bx CALDO
CLARIFICAD XAROPE
O
VAPOR DE
ESCAPE
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Evaporador à placas
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COZEDORES
40 t/h
0,7 kgf/cm²
1,5 kgf/cm²
30 t/h
100t/
h
PRÉ-EVAPORADOR
25t/h CALDO
104oC 40o
C
AQUECEDORE
S
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Diminuição da incrustação
Menor afetação na cor
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
de densidade
flotem com sejam
e finalmente respeito ao líquido
separadas no qual se encontram em suspensão,
do xarope.
Por meio deste processo são eliminados grandes partes das gomas,
polissacarídeos, almidons. Além de diminuir a viscosidade e ganhar um
incremento de pureza.
O xarope recebe uma dosagem de ácido fosfórico e é aquecido com vapor, para
depois receber o leite de cal para neutralização do pH. Então o xarope passa por
um sistema de aeração e recebe a dosagem do polímero e do descolorante, para
depois ser submetido ao Flotador. O polímero de flotação reage com o ar, com os
sais e as impurezas, formando um flóculo menos denso que o xarope, subindo
para a superfície superior do flotador, formando uma espuma que é separada
através de um raspador, que depois é diluída é retornada para a caixa de caldo
misto.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
CONTROLE DE PH DO XAROPE
Esse controle consiste em medir o pH do xarope, e controlar a vazão de leite de
cal, garantindo a neutralização do xarope e evitando danos ao processo de
cristalização.
CONTROLE DE NÍVEL DO AERADOR
Esse controle consiste em medir o nível de xarope no aerador, através de uma
válvula na saída de xarope do aerador.
COMANDO
Este sistemaE INTERTRAVAM ENTO DE
permite uma operação MOTORES
segura no comando liga/desliga de motores,
pois é feita uma seqüência de partida e intertravamento para desarme da planta,
caso ocorra algum problema de segurança ou desarme algum motor que ponha
em risco a operação do flotador.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Capitulo 4
COZI MENT O e S ECAGEM DO
AÇÚCAR
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A Usina de Açúcar e sua Automação
4.1 – Cozimento
Quando o caldo de cana é concentrado, sua viscosidade aumenta rapidamente
com o brix e quando este alcança 78 à 80 o, os cristais começam a aparecer e a
constituição da massa transforma-se: passa progressivamente do estado líquido
aconsequentemente,
um estado meio sólido, meio líquido,seperdendo
sua manipulação cadacompletamente,
modifica-se vez mais sua fluidez,
torna-see
massa cozida.
A consistência da massa cozida não mais permite fervê-la em tubos estreitos e
nem fazê-la circular facilmente de um corpo para ao outro. Por isso utiliza-se o
Cozedor à Vácuo , que é um evaporador de simples efeito, desenhado para
manipular materiais densos e viscosos. O cozedor é essencialmente um
cristalizador evaporativo, isto é, um equipamento para realizar e controlar a
cristalização do açúcar por meio da evaporação da água.
Existem vários tipos de Cozedores:
- Batelada ou Contínuo
- Verticais ou Horizontais
- Com calandra ou serpentinas
- Com calandra fixa ou flutuante
- Com calandra plana ou inclinada
- Com circulação natural ou forçada (agitação mecânica)
Cozedor batelada, vertical com calandra fixa Vista interna do Cozedor (calandra fixa e plana, com tubos
e plana, para massas de baixas pureza maiores para melhor circulação da massa).
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
MULTI-
SEPARADOR JATO
DE VÁCUO
ARRASTE
ÁGUA
TOMADA
DE QUEBR
PROVA A
XAROPE VÁCUO
ME
L
ÁGUA
LUNETAS
TUBO
CENTRAL
VAPOR
CONDENSADO
CALANDRA
CONDENSADO
DESCARG
A
DE
MASSA
CRISTALIZAÇÃO
80
A Usina de Açúcar e sua Automação
SUPERSATURAÇÃO
Em uma solução açucarada, não há formação e crescimento de cristais se a
solução não estiver Supersaturada, isto é, a solução tem que possuir mais
sólidos do que a água possa dissolver em uma determina temperatura.
A supersaturação possui três zonas:
Zona Metestável
Nesta cristais.
novos zona, os cristais existentes na solução crescem e não há formação de
Zona Intermediária
Esta zona está acima da Metestável. Nesta zona há formação de cristais novos
na presença dos cristais existentes. Os cristais novos e existentes crescem
juntos.
Zona Lábil
Finalmente, mais acima da zona intermediária, está a zona lábil, onde há o
crescimento dos cristais existentes e há formação de cristais novos,
independente da presença de cristais.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
ESGOTAMENTO
É a proporção de sacarose extraída de uma massa cozida.
Cozimentoconhecido
Também A: como cozimento de primeira , consiste em esgotar a
sacarose do xarope, que contém uma pureza média de 80 a 90. Este cozimento
tem início com o magma do cozimento C, que são cristais com tamanho médio
de 0.3 milímetros, que ao crescerem, esgotam a sacarose do licor-mãe. Ao final
do cozimento, o açúcar A deve ter um tamanho de 0.8 a 1 milímetro que está
misturado com o seu licor-mãe, que deve estar com uma pureza menor, cerca de
68 a 72. Essa massa cozida A será centrifugada para separação do açúcar e seu
licor-mãe (mel rico).
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A Usina de Açúcar e sua Automação
CRISTALIZADORES
CENTRÍFUGA
AUTOMÁTICA CENTRÍFUGA
CONTÍNUA
DILUIDOR
MEL MEL MEL MEL
RICO POBRE RICO POBR
A A B E MEL FINAL
B
AÇUCAR A AÇUCAR B MAGMA
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Além destas duas causas freqüentes, os cristais falsos também podem ser
produzidos, devido a:
- uma evaporação rápida demais.
- introdução de produto açucarado frio demais.
- entrada de ar pelas válvulas secundárias (descarga, corte, quebra-vácuo) que
não estão seladas hermeticamente.
Assim que contata-se que os cristais ocupam todo o espaço disponível e que o
licor-mãe está somente nos espaços livres entre os cristais, é alcançado o nível
final, devendo o operador efetuar a descarga de massa para os cristalizadores
ou sementeiras.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Sonda de Radiofrequencia
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MONI TORAÇÃO
Permite DO oNÍVEL
monitorar nívelDOS CRISTALI
de massa ZADO RES
nos cristalizadores, e intertravar com a
descarga dos cozedores para evitar enchimento e transbordo de massa cozida.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
obtendo uma
titulação melhor conservação
proporcionalmente do extraída.
à água açúcar, além de aumentar
O rendimento a polarização
financeiro ea
é muito
superior à perda de peso ocasionada pela água evaporada.
O ar quente que saí através do secador contém uma poeira muito fina de açúcar,
por isso é enviado para uma coluna de lavagem para recuperação do açúcar.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
COLUNA
DE
LAVAGEM
DAMPER ÁGUA
VAZÃO
GASES EXAUSTOR
ENTRADA
DE AÇÚCAR
VÁLVULA
VAPOR ROTATIVA
VIVO
DAMPER
DAMPER
AR
AMBIENT
AR E
AMBIENT
E
RADIADOR ACIONAMENTO AÇÚCAR
PARA
ENSAQUE
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Capitulo 5
REFINARIA
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A Usina de Açúcar e sua Automação
VHP ou mostra
abaixo, açúcar um
B).processo
O processo de refinação
clássico possui várias etapas. O esquema
de refinação.
VAPOR
MASSA AÇÚCAR CALDA DILUÍDA
LAVADO
MISTURADOR CENTRIFUGAS TRATAMENTO
AÇÚCARE MEL DE AFINAÇÃO DERRETI
DOR DA CALDA
AÇUCAR CRISTAL
COZIMENT FILTRAGEM CLARIFICAÇÃO
O DA CALDA DA CALDA
DE REFINO
VAPO ESPUMA
GUA
R
MEL SEPARAÇÃO REFINARIA CLARIFIDORES
DO REFINADO DE AMORFO DE ESPUMA
GUA
DOCE
AÇÚCAR AÇÚCAR
TORTA
REFINADO REFINADO AMORFO
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A Usina de Açúcar e sua Automação
As bolhas
em forma de
dearespuma,
arrastam consigo
que o precipitado
são separadas floculante
pelos para do
raspadores formar uma nata
clarificador. A
calda limpa é retirada da parte inferior do clarificador, para seguir para o
processo de filtragem.
A calda que saí do clarificador possui uma cor clara brilhante, mas com grande
parte da cor do açúcar cristal. A cor se suprime pela ação de meio de
descoloração: carvão de osso animal, resinas químicas, etc. Estas substâncias
extraem a cor e parte das cinzas, com muita eficiência.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
CONTROLE DE PH DA CALDA
Esse controle consiste em medir o pH da calda, e controlar a vazão de leite de cal,
garantindo a neutralização da calda.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
SISTEMA DE SUPERVISÃO
Software de supervisão para operação, arquivo de dados em histórico e emissão de
relatórios, e interligado a uma rede Ethernet para comunicação com os outros setores da
Usina.
Anotações Pessoais:
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Capitulo 6
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Dornas de Fermentaçào
Chegando na fermentação, o melaço é diluído com água ou com caldo, para uma
concentração em média de 18o à 22o brix, srcinando o Mosto . o brix ideal do
mosto depende do tipo de levedura utilizada e do processo de condução da
fermentação. Quando se trabalha com um mosto diluído, a fermentação é mais
fácil, rápida e completa, a multiplicação é favorecida pela transferência de
oxigênio, os problemas de limpeza dos aparelhos são menores, porém exige
maior volume de dornas e diminui a capacidade dos aparelhos, exigindo mais
vapor e água. Quando se trabalha com um mosto muito concentrado, a
fermentação é mais lenta e incompleta (açúcar residual alto), exigindo mais
limpeza nos aparelhos e menor rendimento da fermentação.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Fermentação Preliminar
Esta fase tem início, quando o fermento é adicionado e termina quando o
desprendimento de gás carbônico CO2 se torna evidente.
Nesta fase, apesar do fermento estar consumindo sacarose do mosto,
praticamente
duração destanão
faseháseja
produção
a menor de possível.
álcool, por este motivo
Atualmente deseja-se
existem que de
métodos a
fermentação que elimina-se esta fase.
Fermentação Principal
Esta fase tem início, quando é caracterizado o desprendimento do gás carbônico
CO2. A produção de CO2 vai aumentando progressivamente e com rapidez,
dando a impressão que o mosto está em plena ebulição, por este motivo há um
aumento de 20% do volume e na temperatura. Então torna-se necessário a
verificação constante da densidade (brix) e da temperatura do mosto. As dornas
possuem um sistema de resfriamento do mosto.
Nesta fase a formação de álcool é máxima e rápida, diminuindo o brix do mosto
até o ponto da fermentação complementar.
Fermentação Complementar
Esta fase tem início, quando é caracterizado a queda de desprendimento do gás
carbônico CO2 e com a diminuição da temperatura do mosto. Esta fase é muito
delicada, pois é nelae que pode aparecer infeções e formação dos álcoois
superiores, devido ao óleo da cana. Isto quer dizer que a maior rapidez desta
fase, resultará em um álcool de melhor qualidade, mais fino.
Esta fase é controlada pelas medições de brix, até o ponto favorável para a
destilação. O brix final varia de 3 o à 8o, dependendo da concentração inicial do
mosto e outros fatores.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
O flegma que sai da coluna A16, entra na base da coluna B (que está em cima da
coluna B1) e vai subindo pela coluna B, até chegar em seu topo com 96 oGL,
srcinando o álcool hidratado. Na coluna B1 (coluna de esgotamento), o flegma
vindo da coluna A, vai se esgotando gradativamente até a sua base, aonde está
a entrada de vapor. Na base da coluna B sai o álcool fraco que retorna para a
coluna A.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
formam
para uma mistura
a coluna ternária (água
P (recuperadora). + benzol
O álcool anidro+sai
álcool fraco),
no pé que será
da coluna C. enviada
Tanto o álcool hidratado, como o álcool anidro são resfriados na saída das
colunas, e são enviados para o tanque de medição e posteriormente bombeados
para os tanques de armazenamento.
Condensadores
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A Usina de Açúcar e sua Automação
-- Medição
Medição
de
de
temperatura
temperatura
do
do
mosto
caldo
- Medição de temperatura do mosto antes e depois dos resfriadores
- Medição de temperatura da água de refrigeração dos resfriadores
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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A Usina de Açúcar e sua Automação
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Economia de vapor
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Capitulo 7
GERAÇ ÃO DE VAP OR
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Alimentadores de Bagaço
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A Usina de Açúcar e sua Automação
O uso de sopradores
eficiência de fuligens
total do feixe tubular,em pontos aestratégicos
evitando permanênciada de
caldeira, permitem
fuligens a
entre os
tubos do feixe tubular, pois causaria perda de calor.
Pré-Aquecedor de Ar e Economizador
( Em fase de montagem )
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A Usina de Açúcar e sua Automação
Desaerador Térmico
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Capitulo 9
SECADOR DE LEVEDUR A
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A Usina de Açúcar e sua Automação
As partículas finas que não precipitaram e que tendem a serem arrastadas para a
exaustão (8) são recuperadas através dos ciclones (7). O ar e retirado do
sistema através do chaminé à atmosfera. Normalmente o produto seco e
transportado através de roscas transportadoras até um elevador de canecas
ou transporte pneumático que alimenta um silo pulmão e que também serve
para alimentar o sistema de empacotamento.
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A Usina de Açúcar e sua Automação
SISTE MAde
Software DEsupervisão
SUPERVI SÃO
para operação, arquivo de dados em histórico e emissão
de relatórios, e interligado a uma rede Ethernet para comunicação com os outros
setores da Usina.
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Capitulo 10
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Bibliografia:
PAYNE, John Howard, Operações Unitárias na Produção de Açúcar de Cana, Brasil
(tradução para português), 1989, 246 páginas
SPENCER e MEADE, Manual del Azúcar de Cana, Cuba (tradução para espanhol),
1974, 914 páginas
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