HIGIENE E VISA IV - Ok
HIGIENE E VISA IV - Ok
HIGIENE E VISA IV - Ok
Portal Educação
CURSO DE
HIGIENE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DE ALIMENTOS
Aluno:
133
CURSO DE
HIGIENE E VIGILÂNCIA SANITÁRIA
DE ALIMENTOS
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
ROGRAMA DE
134
MÓDULO IV
14 INTRODUÇÃO
135
A torta da festa junina
136
desesperado. Disse que os ingredientes eram frescos e de boa qualidade, que fez
tudo com muito cuidado, como sempre fazia, e que não teve nenhuma intenção de
estragar a festa daquelas pessoas. Será que não poderia ser uma indisposição ou
outra comida qualquer?
Para tirar tudo a limpo, os médicos acionaram o pessoal da Secretaria de
Saúde. Uma equipe foi até o restaurante Fogueirinha, enquanto outros agentes
foram entrevistar os doentes e demais participantes da festa, para saber tudo o que
eles haviam comido.
No restaurante, a equipe de vigilância sanitária notou que dois funcionários
que ajudaram a desfiar o frango tinham pequenos cortes infeccionados nas mãos.
Ficaram sabendo também que, antes de ir para a geladeira, o frango tinha ficado
umas três horas em temperatura ambiente. Além disso, as tortas prontas tinham
sido levadas do restaurante para a barraca umas duas horas antes de começar a
festa, quando o calor ainda era intenso.
Os agentes coletaram sobras da torta e levaram para analisar no
laboratório. Só assim eles descobririam o que realmente causou o mal-estar em
todos. Alguns dias depois, o pessoal da vigilância estava de volta com o resultado
do exame. Eles informaram que uma bactéria chamada estafilococos tinha sido
encontrada no recheio da torta. Mas como será que aquela bactéria foi parar lá?
Havia algumas hipóteses... Algum ingrediente poderia estar contaminado ou
algum procedimento errado, durante o preparo ou a conservação, teria causado a
contaminação. Essas coisas são desagradáveis e também muito perigosas, mas
podem acontecer em qualquer lugar onde se prepara, vende, transporta ou guarda
alimentos: numa indústria, num restaurante como o de Naldo, numa lanchonete,
numa padaria e até mesmo em nossa casa. Por isso é importante que todo mundo
saiba como evitar esse tipo de problema.
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Provavelmente, em algum momento de nossa existência ouvimos alguém
dizer “comi algo que não me caiu bem, estou com mal-estar”. Este é um exemplo
que deve ser vivenciado com atenção e com olhar crítico. O cidadão tem o direito a
uma alimentação adequada, incluindo todas as faces da segurança alimentar e os
profissionais de saúde devem estar capacitados para orientação.
Neste último módulo do curso, concluiremos os conhecimentos sobre
higiene e vigilância sanitária de alimentos estudando as principais doenças de
origem alimentar e como um surto alimentar deve ser investigado, com foco em
ações educativas como medida corretiva e preventiva. Bons estudos!
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As doenças de origem alimentar são conhecidas como Doenças
Transmitidas por Alimentos (DTA) ou Doenças Veiculadas por Alimentos (DVA). São
síndromes que afetam o consumidor, manifestando-se com o desenvolvimento de
sintomas clínicos gastrintestinais. O diagnóstico das DTA é uma atividade que
esclarece a ocorrência de um problema relacionado ao consumo de alimentos. Para
caracterizar casos e surtos é necessário que a população esteja informada sobre os
sintomas desta classe de ocorrência (diarreias brandas, episódios de vômito), pois
comumente são considerados pelo próprio afetado como “mal-estar passageiro” e
não necessariamente associados ao consumo de alimentos.
Muitas vezes, a DTA só é diagnosticada quando o indivíduo busca
atendimento médico ao apresentar sintomas graves, como diarreias severas, febre
e/ou incapacitações físicas. Os surtos de DTA podem envolver um número
significativo de afetados. A análise em laboratório das amostras de alimentos
envolvidos é importante para orientar as ações de saúde pública, pois a
contaminação pode ocorrer em qualquer etapa da produção e é essencial o controle
de alimentos em toda a cadeia alimentar – da matéria-prima à distribuição ao
consumidor.
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Aprofundando os conceitos, temos que as doenças alimentares também
podem ser classificadas de acordo com o agente e os sintomas:
Toxinfecção alimentar:
Doença produzida pela ingestão de bactéria patogênica capaz de produzir
toxina na luz intestinal, com capacidade de causar dano ao organismo, não havendo
140
colonização pelo microrganismo. Por exemplo, a toxinfecção por Clostridium
perfringens tipo A ocorre após a ingestão de números elevados desta bactéria na
forma vegetativa; durante a esporulação, que ocorre “in vivo”, ocorre também a
liberação da toxina.
Doenças tóxicas:
São síndromes cujo agente é uma toxina ou uma substância química. A
presença das substâncias químicas tóxicas, como os pesticidas e contaminantes
inorgânicos (metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio), podem ser
consequência de uso indevido na produção primária de vegetais e animais, assim
como dos dejetos industriais e de mineração.
Outros produtos tóxicos, como os resíduos de drogas veterinárias
(antiparasitários, antibióticos, alguns hormônios) podem contaminar o alimento por
falha na aplicação e no cumprimento de tempo de carência. As águas podem ser
contaminadas por diversas substâncias: resíduos de compostos nitrogenados da
adubação, micotoxinas produzidas por fungos toxinogênicos, ficotoxinas (toxinas de
algas de água doce ou salgada), toxinas naturais (histidina e a tirosina), enzimas
bacterianas que podem causar diarreias (como as lipases produzidas por
determinadas espécies de Pseudomonas), dentre outros.
As substâncias tóxicas não são inativadas pelo processamento do produto,
usando calor, por exemplo. As síndromes relacionadas dependem da forma e sítio
de atuação.
141
QUADRO 1 – DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS E CAUSAS
142
imunossuprimidos ou imunocomprometidos, infecção por Clostridium perfringens
(produtor de toxina necrosante dos intestinos), enterovírus, enteroparasitos etc.
b) Enfermidades moderadamente graves: infecção por Salmonella sp,
toxinfecção por Vibrio cholerae 01, infecção por Vibrio para-haemolyticus, infecção
por Aeromonas hydrophila etc.
c) Enfermidades autolimitantes, de menor gravidade: toxinose
estafilocócica, toxinfecção por Bacillus cereus, toxinfecção por Clostridium
perfringens, intoxicação por TDM (toxina diarreica de moluscos) etc.
143
Clostridium perfringens (diarreia putrefativa), Bacillus cereus, Streptococcus faecalis
ou S. faecium;
entre 12 e 74 horas, mediana de 10 a 12 horas, com os sintomas:
cólicas abdominais, diarreia, vômito, febre e calafrio, os agentes podem ser
Salmonella sp; Escherichia coli enteropatogênica, Yersinia enterocolitica,
Aeromonas hydrophila, Campylobacter jejuni, Vibrio cholerae, etc.
d) Sintomas neurológicos (distúrbios visuais, vertigem, comichão, paralisia).
Exemplos:
para período de incubação menor que uma hora, com sintomas:
comichões, dormência, atordoamento, cambaleio, entorpecimento, rigidez de
garganta (dificuldade de deglutição), fala incoerente e parada respiratória, os
agentes podem ser toxinas de moluscos;
menos de uma hora, com os sintomas: gastrenterite, irritabilidade, visão
borrada, dores no peito, cianose, contorção e convulsão, os agentes podem ser
inseticidas organofosforados;
entre 12 e 72 horas, com os sintomas: vertigens, visão borrada ou dupla,
perda de reflexo à luz, dificuldade de deglutição, de fala e de respiração, boca seca,
fraqueza e parada respiratória, o agente pode ser uma neurotoxina botulínica.
e) Sintomas alérgicos (ardência facial, petéquias) – não apresenta agente
microbiano. Exemplos:
para período de incubação menor que uma hora, com os sintomas: dor
de cabeça, tontura, náusea, vômito, gosto picante, queimação na garganta, inchaço
e manchas vermelhas (petéquias) no rosto, dores no estômago e ardência na pele, o
agente pode ser a histamina;
menos de 1 hora, com os sintomas: dormência ao redor da boca,
comichão, dor de cabeça, tontura e náusea, o agente pode ser o glutamato
monossódico.
f) Sintomas de infecção generalizada (febre, calafrio, prostração, dores,
nódulos linfáticos inchados). Exemplos:
para período de incubação entre sete e 28 dias, mediana de 14 dias,
com os sintomas: dor de cabeça, febre, tosse, náusea, vômito, constipação, dores
144
abdominais, calafrios, manchas róseas e fezes sanguinolentas, o agente é
Salmonella Typhi;
entre 10 e 50 dias, mediana de 25 a 30 dias, com os sintomas: febre,
prostração, cansaço, anorexia, náusea, dor abdominal e icterícia, provocado por
agente ainda não isolado (provavelmente viral).
No Brasil, Salmonella e Staphylococcus são os principais agentes etiológicos
do total de surtos de DTA de causa conhecida, representando, respectivamente,
42% e 20% das ocorrências. Em se tratando de contaminação fecal, a presença de
Escherichia coli em vegetais frescos e água ainda é preocupante. Ovos crus e mal
cozidos, bem como alimentos mistos, foram os alimentos mais frequentemente
contaminados, sendo responsáveis pelos surtos em 23% e 17% dos casos,
respectivamente.
Dados da Coordenação de Vigilância das Doenças de Transmissão Hídrica
e Alimentar (COVEH), do Ministério da Saúde, mostram que cerca de 35% dos
casos de DTA tem como local de ocorrência as próprias residências, seguidos de
restaurantes (15%). Neste cenário, a COVEH revela, ainda, que cerca de 50% dos
surtos no país têm o agente etiológico ignorado.
Para o estudo dos agentes causadores de DTA foram elaboradas tabelas
(Tabelas 4, 5 e 6), para facilitar a visualização, comparação e estudo. Acompanhe!
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TABELA 4 – PRINCIPAIS AGENTES BACTERIANOS E FÚNGICOS CAUSADORES
DE DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
AN02FREV001/REV 3.0
1
características
dos estromatas.
Produz em
plantas o
sclerotium, uma
estrutura
granulosa, que
contém toxina.
5) Clostridiu Bacilo gram- Exceto toxina C2, Botulismo por Origem animal Redução do pH e
m positivo, as demais têm neurotoxina, (solo e aplicação de
botulinum anaeróbio, possui ação neurotóxica botulismo de ambiente temperatura mínima
flagelo peritríquio, (bloqueio de lesões, aquático), de 80 ºC/30 min;
forma esporos, neurotransmissor botulismo conservas evitando a
toxinas A, B, E, F es). A dose infantil. Período vegetais, mel. germinação de
(botulismo) – infectante é baixa de incubação esporos e
grupo I. pH: 4,6- – a toxina A é entre 12-36h. proliferação de
4,8, letal em animais Causa náusea, células viáveis.
Temperatura na dose de 1 vômito,
entre 45 ºC - 50 mg/kg de peso. diarreia, fadiga,
ºC, Aa: 0,94, fraqueza
Eh: +200 mV. muscular,
prejuízo visão,
xerostomia.
6) Clostrid Bacilo gram- Número elevado Cepa A: causa Alimentos Cocção em
ium positivo, de células viáveis intoxicação, dor ricos em temperatura de 60
perfringens anaeróbio, forma que esporulam no abdominal, proteína de ºC/10 min para
esporos, imóvel, intestino delgado diarreia, febre e origem animal, inativar toxina. Uso
toxinas alfa-beta- liberando náuseas mal passado. de autoclave para
epsíloniota. enterotoxina, que (período de eliminar esporos.
Temperatura interage com a incubação
entre 40ºC - mucosa entre 8 -12
45ºC, tempo de causando horas)
geração: 7 min, diarreia. Cepa C: causa
Aa: 0,95-0,97, A dose infectante enterite
pH:7-8, é ≥105 UFC/g necrótica, dor
Eh: -200 mV. abdominal,
diarreia com
sangue, vômito.
7) Colifor- Coliformes são Contaminação Clássica EPEC Carnes, leites, Boas práticas de
mes e microrganismos fecal-oral cuja (incubação: 17 hortaliças, fabricação,
Escherichia indicadores. gravidade - 72 horas: massas saneamento básico.
coli E. coli é um depende da diarreia, dor frescas,
bacilo gram- linhagem. abdominal, queijos,
negativo, não Para a linhagem vômito, febre); embutidos,
forma esporos, EIEC, a dose Enterotoxigênic água.
aeróbio, infectante é 106- a ETEC
Temperatura 108 UFC/g. (incubação: 12
entre 7ºC - 46ºC, Para EHEC, a -36 horas:
Aa: 0,95. dose infectante é diarreia
São cinco as 10 UFC/g. aquosa, febre
linhagens baixa, dor
patogênicas. abdominal,
náusea);
Enteroinvasora
AN02FREV001/REV 3.0
2
EIEC
(incubação: 16-
48 horas:
disenteria,
cólicas
abdominais,
febre, mal-
estar, sangue e
muco nas
fezes);
Entero-
hemorrágica
EHEC – E. coli
O157:H7
(incubação: 3-9
dias: sangue
nas fezes,
ausência de
febre).
8) Fusariu Hifas septadas. Micotoxicose por: 1-Vômito, Trigo, cevada, Controle de
m spp Umidade 20-22%, 1-tricoteceno, diarreia, aveia, centeio temperatura e
Temperatura 2-fumonisina, queimação, e milho. umidade no
entre 24-28ºC; 3-zearalenona. esôfago e armazenamento de
Temperatura faringe, grãos.
para produção de anemia,
toxinas: 14ºC - hemorragia;
17ºC (pode 2-
produzir toxina a leucoencefelom
4ºC), pH: 4-8. aequina,
edema
pulmonar em
suínos;
3-síndrome
estrogênica.
9) Listeria Bacilo gram- Por meio da via Fase entérica: Leite, queijos, Boas práticas de
monocytoge positivo, oral alcança o diarreia, febre, carnes, fabricação.
nes anaeróbio trato intestinal. bacteremia, alimentos
facultativo, não Invasão de comprometime processados,
forma esporo, mucosa, nto do sistema manipulados.
flagelos fagocitada e nervoso central
peritríquios. liberada no (meningite).
Temperatura citoplasma, Período de
entre 2,5 ºC - 44 invadindo células incubação de
ºC, adjacentes. A um dia a
pH: 6-8, dose infectante é semanas.
tolera 10 dias em variável, de 100 a
concentração de >105 UFC/g.
10,5 % de NaCl,
Aa: 0,97
10) Penicilli Estruturas Micotoxicose por: 1-doença Cereais, Boas práticas de
um spp esporuladas a hemorrágica frutas. fabricação.
25ºC, septos 1 –rubratoxina, em animais,
transversais a 2-patulina, pigmentos
37ºC. Anemófilo. 3-citrinina. vermelhos em
AN02FREV001/REV 3.0
3
Aa: 0,95. milho;
Umidade: 80 - 2-frutas em
90%, Umidade do deterioração,
grão: 15-18%. antibiótico,
estável em
ácidos;
3-alimentos
fermentados,
arroz amarelo,
afeta rins,
convulsões,
paralisia de
membros,
vômitos.
11) Salmon Bacilos gram- Enterocolite Febre tifoide Trato intestinal Boas práticas de
ella spp negativo, não (mucosa do (causa sepse, de homens e fabricação. Uso do
forma esporo, intestino delgado febre, diarreia, animais, leite calor no preparo de
aeróbio e cólon – vômito, febre e derivados. alimentos. Não
facultativo, infecção na entérica utilizar ovos crus.
flagelos mucosa, não (duração menor
peritríquios septicemia). A que tifoide),
(sorovares dose infectante é enterocolites
pullorum e entre 10-105 (período de
gallinarum são UFC/g incubação
imóveis), entre 12-36
taxonomia pelo horas)
antígeno de
superfície,
3 espécies: typhi,
cholerasuis e
enteritidis,
pH: 7,
Temperatura
entre 35ºC - 37ºC
12) Shigella Bacilo gram- Adesão às Diarreia com Água e Boas práticas de
spp negativo, não células da sangue e alimentos fabricação.
forma esporo, 4 mucosa no muco. contaminados
espécies intestino grosso. Período de por fezes
(dysenteriae, S. dysenteriae incubação de humanas
flexneri, boydii, produz toxina de 1-7 dias.
sonnei), Shiga:
Temperatura: 10- enterotoxina,
40ºC, neurotoxina.
toleram Dose infectante é
concentração de entre 10-
5-6% de NaCl. 100UFC/g
13) Staphyl Coco gram- As enterotoxinas Ingestão de Leite, cremes, Cocção (100 ºC/ 30
ocuccus positivo, são toxina pré- tortas, minutos), redução da
aureus anaeróbio termorresistentes. formada causa saladas, manipulação, manter
facultativo. Das Microrganismo náusea, vômito, presuntos, refrigeração
espécies, S. presente em dor abdominal carnes, adequada.
aureus, hyicus, mãos, nariz, e diarreia. queijos. Microrganismo pode
intermedius boca, pele. A Período de resistir a
coagulam dose infectante é incubação -20 ºC.
AN02FREV001/REV 3.0
4
plasma. ≥105 UFC/g. entre 30 min - 8 A toxina não é
Temperatura horas. produzida em
entre 7-47,8ºC, anaerobiose.
ideal: 37ºC;
Formação de
toxina entre 10ºC
- 46ºC,
toleram
concentração de
10 – 20 % de
NaCl,
pH: 6-7,
Aa: 0,86.
14) Vibrio Bacilo gram- Colonização da Contaminação Água, Saneamento básico.
cholerae negativo possui superfície da causa diarreia, alimentos Boas práticas de
flagelo polar. mucosa com dor abdominal, marinhos, fabricação. Cocção
Temperatura produção de desidratação, hortaliças em temperatura
entre 10 ºC – 43 toxinas. anorexia. contaminadas. acima de 70ºC.
ºC, pH: 5-9,6; A dose infectante Período de
Aa: 0,97 é 106 UFC/mL. incubação
entre 6 - 60
horas.
15) Vibrio Bacilo gram- São quatro Gastrenterite, Peixes. Cozimento,
parahaemol negativo, componentes diarreia, refrigeração,
yticus anaeróbio hemolíticos, com náusea, vômito, congelamento
facultativo, não adesão da febre baixa, adequados.
forma esporo, superfície da câimbras
flagelos laterais mucosa, abdominais,
em meio sólido, 3 produzindo calafrios. Pode
tipos de bacteremia – aparecer muco
antígenos, enterotoxina e sangue.
temperatura entre citotóxica. Período de
5ºC – 43ºC, A dose infectante incubação
pH: 5 - 11, é ≥106 UFC/g. entre 4 -96
concentração de horas.
NaCl excelente:
3%. Tempo de
geração: 9 min.
16) Vibri Bastonete gram- Duas vias para Gastrenterite: Água do mar, Redução no
o negativo, halófilo, entrada no diarreia ou não, alimentos consumo de
vulnificus temperatura: organismo febre, calafrios, marinhos alimentos marinhos
37ºC, humano: ingestão náuseas, (ostras) no verão (pois a
tempo de de alimentos hipotensão. temperatura da água
geração de 22 a marinhos Período de aumenta,
30 min. (gastrenterite) e incubação propiciando a
lesões presentes entre 16 - 38 multiplicação).
na epiderme horas. Cocção a 70ºC.
(infecções de Infecções de
feridas). feridas:
A dose infectante dor no local,
é 102 UFC/g. eritema,
edema, febre,
calafrios.
AN02FREV001/REV 3.0
5
Período de
incubação de
12 horas.
17) Yersinia Bactéria gram- Adesão à célula Gastrenterite, Leite, carne de Boas práticas de
enterocolitic negativa, intestinal com diarreia, dor porco, água. fabricação.
a microaerófilo, invasão da abdominal,
Temperatura mucosa. febre, náuseas,
entre 1,3ºC – Liberação de vômitos.
44ºC, toxinas. Período de
temperatura Sugere-se que a incubação
ideal: 25ºC dose infectante entre 3-7 dias.
(produção de seja 104 UFC/g.
enterotoxina),
Aa: 0,96,
pH: 4,2-9,6.
AN02FREV001/REV 3.0
6
TABELA 5 – PRINCIPAIS AGENTES VIRAIS CAUSADORES DE DOENÇAS DE
ORIGEM ALIMENTAR
AN02FREV001/REV 3.0
7
TABELA 6 – PRINCIPAIS AGENTES PARASITÁRIOS CAUSADORES DE
DOENÇAS DE ORIGEM ALIMENTAR
AN02FREV001/REV 3.0
8
Quadro reumático ou encistada) procedência
muscular: dor conhecida. Boas
muscular, práticas de
insuficiência fabricação.
respiratória,
miocardite.
7) Trichuris Contaminação fecal- Água. Higiene pessoal,
trichiura oral ou por ovos utilização de água
disseminados por tratada.
mosca doméstica.
Dor abdominal,
disenteria,
sangramento,
prolapso retal, perda
de apetite, anemia,
desnutrição, retardo
no desenvolvimento,
obstrução de cólon,
perfuração intestinal.
AN02FREV001/REV 3.0
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Falhas nos processos de higienização de utensílios e equipamentos
utilizados no preparo de alimentos;
Existência de condições ambientais favoráveis ao crescimento de agentes
etiológicos;
Alimentos obtidos de fontes não confiáveis, fornecedores não idôneos;
Práticas inadequadas de armazenamento e conservação;
Uso de utensílio ou recipientes passíveis de liberação de resíduos (tábua
de madeira, por exemplo) ou que contenham resíduos de materiais tóxicos;
Adição intencional ou acidental de substâncias químicas tóxicas aos
alimentos;
Utilização de água cuja potabilidade não é controlada ou garantida (fonte
de abastecimento complementar – solução alternativa);
Contaminação da água a partir da ocorrência de avarias na rede de
abastecimento, construção ou reparo de tubulações, conexões cruzadas,
inundações, efluentes de águas residuárias entre outros;
Contaminação de alimentos a partir de manipulador que manuseou
serviços de higienização de superfícies ou de coleta de resíduos.
AN02FREV001/REV 3.0
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ou mais casos ou um caso não usual) ou casos isolados em se tratando de eventos
graves do ponto de vista clínico ou epidemiológico.
A equipe de vigilância é responsável por verificar a consistência das
informações no momento da notificação com o próprio notificante ou logo a seguir
com outras fontes referenciadas. Se as informações caracterizam a suspeita de um
surto de DTA, inicia-se o planejamento das ações. Algumas orientações devem ser
feitas ao notificante no momento do conhecimento do surto no sentido de:
Evitar que os alimentos suspeitos continuem a ser consumidos ou
vendidos;
Guardar, sob refrigeração, todas as sobras de alimentos na forma em que
se encontram acondicionados até a chegada do grupo encarregado pela
investigação;
Preservar as embalagens e respectivos acondicionamentos quando a
suspeita estiver relacionada a produtos industrializados;
Orientar os doentes a procurar o serviço de saúde;
Não fazer automedicação.
AN02FREV001/REV 3.0
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estabelece que a ocorrência de agravo inusitado, caracterizado como a ocorrência
de casos ou óbitos de doença de origem desconhecida ou alteração no padrão
epidemiológico de doença conhecida, independente de se tratar ou não de Doenças
e Agravos de Notificação Compulsória, deverá ser notificada às autoridades
sanitárias.
A notificação imediata, em, no máximo, 24 horas a partir do momento da
suspeita inicial, deverá ser realizada por um dos seguintes meios de comunicação:
serviço de notificação eletrônica de emergências epidemiológicas (e-notifica), por
meio de mensagem de correio eletrônico enviada ao endereço
[email protected]; serviço telefônico de notificação de emergências
epidemiológicas, 24 horas (Disque-Notifica).
No anexo I da referida portaria, que traz a Lista Nacional de Doenças e
Agravos de Notificação Compulsória, as doenças que interessam a este curso são
botulismo, cólera e febre tifoide. No anexo II, sobre Doenças e Agravos de
Notificação Imediata, deve ser informado caso suspeito ou confirmado de botulismo
e cólera. E, no anexo III, deve-se notificar surto ou agregação de casos ou de óbitos
por agravos inusitados.
Os serviços de vigilância devem estar organizados para providenciar
imediatamente meio de transporte, formulários, material para coleta de amostras,
garantindo disponibilidade para o uso imediato, inclusive aos sábados, domingos e
feriados. O planejamento inicial deve ser feito o mais rápido possível a partir do
conhecimento do surto, sua magnitude, lugar onde se encontram os comensais
(podem estar concentrados ou dispersos em hospitais, domicílios ou locais de
trabalho) e local de ingestão do alimento suspeito.
A equipe previamente constituída para participar da investigação deve ser
contatada para a discussão do problema e definição das atividades específicas a
serem desencadeadas, considerando as características do surto e as necessidades
identificadas, solicita-se a participação de outros profissionais. A responsabilidade e
a coordenação da investigação devem, preferencialmente, ser delegadas a um
profissional da vigilância epidemiológica, que terá a responsabilidade de informar e
acionar os demais membros da equipe.
O laboratório deve ser informado imediatamente da ocorrência para seu
planejamento, organização, preparo dos meios de cultura, designação de pessoal
AN02FREV001/REV 3.0
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para realização das tarefas, incluindo as atividades fora do expediente, se
necessário. Os dados levantados de sintomas prevalentes entre os afetados e
período de incubação indicam o agente veiculado pelo alimento, sendo importantes
para orientar sobre o diagnóstico do(s) agente(s) mais provável(is).
Esses dados devem indicar o alimento que veiculou o agente,
correlacionando a taxa de ataque entre os comensais afetados e os não afetados.
Toda e qualquer informação e observação que permita avaliar falhas/erros no
preparo e na conservação do alimento, que possa ter favorecido o evento, deve ser
compartilhada e discutida entre o pessoal que manipulou/preparou o alimento e os
profissionais que estão procedendo ao levantamento de dados sobre o surto.
A coleta de informações deverá seguir determinados critérios:
a) Lugar: delimitação do espaço onde acontecem os casos. Essa
informação permite a identificação de aglomerados de casos, bem como das fontes
de suprimento de água, local(is) de refeições coletivas e as unidades de saúde de
referência na região do surto;
b) Tempo: delimitação do possível início do surto a partir da data e horário
dos primeiros sintomas do primeiro caso. Essa informação, juntamente com a
delimitação do espaço, permite identificar os casos relacionados e estabelecer a
existência do surto, assim como determinar o período de incubação que orientará as
hipóteses diagnóstica e terapêutica;
c) Pessoa: identificação dos indivíduos envolvidos quanto ao sexo, idade,
ocupação, alimentos consumidos e local de refeições (exposição ao risco), hábitos
alimentares (influenciam na suscetibilidade às doenças);
d) Período de incubação do surto: pode ser calculado pelas medidas
estatísticas de tendência central como a média aritmética, a moda e a mediana.
Todavia, prefere-se a mediana, uma vez que não sofre a influência de valores
extremos muito diferenciados, fato comum em surtos de DTA;
e) Refeição relacionada com surto ou refeição suspeita: determinação
da refeição relacionada ao surto, a partir da análise de informações sobre as últimas
refeições em comum entre os comensais, antes da data dos primeiros sintomas do
primeiro caso. Para cada refeição oferecida identificam-se os que a consumiram
(expostos) e os que não a consumiram (não expostos) e em seguida, realizam-se
cálculos epidemiológicos (taxa de ataque, risco relativo).
AN02FREV001/REV 3.0
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O Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) tem como
objetivo coletar, transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo Sistema
de Vigilância Epidemiológica das três esferas de governo, por meio de uma rede
informatizada, para apoiar o processo de investigação e dar subsídios à análise das
informações de vigilância epidemiológica das doenças de notificação compulsória.
O sistema foi desenvolvido em 2006 para ser operacionalizado da Unidade
de Saúde até a Secretaria Estadual de Saúde, e é alimentado, principalmente, pela
notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista
nacional de doenças de notificação compulsória. Neste sistema, no link
Documentação, é possível fazer o download de diversas fichas, incluindo: ficha de
investigação para botulismo, cólera, febre tifoide; ficha de investigação de surto por
DTA.
Os profissionais da saúde pública, envolvidos nos órgãos de vigilância
sanitária, epidemiológica e laboratórios, recebem capacitação para prevenção e
controle das DTA (curso de Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmitidas por
Alimentos – VE-DTA), em um curso de 40 horas, sendo orientados sobre as
características dos agentes, o planejamento para investigação, os formulários a
serem trabalhados, bem como a análise dos dados e elucidação do surto.
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FIGURA 5 - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO
(SINAN)
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16.2 COLETA E ENVIO DE AMOSTRAS
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produção do alimento suspeito deverá ser efetuada para observar se os padrões
físico-químicos e biológicos estão de acordo com a legislação sanitária vigente.
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Após determinar as taxas de ataque, deve-se calcular a diferença de risco:
RR = TA expostos
TA não expostos
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Cardápio Indivíduos que consumiram Indivíduos que não Diferença RR
(expostos) consumiram (não expostos) de risco
Doentes Sadios Total TA1 Doentes Sadios Total TA2
Lasanha 39 18 57 68,4 16 02 18 88,9 -20,5 0,78
Frango 40 17 57 70,2 15 03 18 83,3 -13,2 0,8
prensado
Frango a 49 16 65 75,4 06 04 10 60 15,4 1,3
passarinho
Polenta 50 17 67 74,6 05 03 08 62,5 12,1 1,2
Macarrão 23 11 34 67,6 32 09 41 78,0 -10,4 0,9
Nhoque 42 15 57 73,9 13 05 18 72,2 1,5 1,0
Risoto 40 16 56 71,4 15 04 19 78,9 7,5 0,9
Radite 29 12 41 70,7 26 08 34 76,5 -5,7 0,9
Alface 08 08 16 50 47 12 59 79,7 -29,7 0,6
Bolo 55 13 68 80,9 0 07 07 0 80,9
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Comensais que por alguma razão querem participar do grupo de doentes
(psicossomático, atestado médico, indenização);
Erro na definição do caso;
Erro de registro ao incluir doentes como não doentes e vice-versa.
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Além da taxa de ataque existem outros tratamentos estatísticos como a
prova de hipóteses para valores de significância estatística, mediante a comparação
das proporções, em uma tabela de contingência 2 x 2 para cada alimento servido.
Atualmente, softwares com análise estatística vêm sendo muito utilizados pelos
serviços para calcular os indicadores de interesse.
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Garantir o acesso da população às informações e conhecimentos
necessários à prevenção e controle dos surtos de doenças transmitidas por
alimentos.
Dentre as medidas, a equipe de vigilância também pode realizar atividade
para gerenciamento dos riscos, por intermédio de programas (Programa de
Inspeção Nacional de Indústria Alimentícia; Programa de Monitoramento de
Produtos no Comércio), alteração na legislação; elaboração de Regulamentos
Técnicos. Também pode ser necessária a interdição de estabelecimentos
produtores, cancelamento do registro do produto no Ministério da Saúde e/ou
proibição de fabricação, importação, distribuição e comercialização de produtos, em
caso de risco iminente à saúde (em caráter transitório ou permanente).
Para gerenciamento dos riscos, algumas recomendações são descritas pelo
Ministério da Saúde, que devem constar dos manuais de boas práticas de fabricação
e sistema APPCC:
Conservar sempre os alimentos de forma correta para que não exista
crescimento bacteriano.
Lavar sempre as mãos antes de manusear os alimentos e sempre que se
troca de alimento.
Lavar muito bem os utensílios existentes na cozinha para a confecção dos
alimentos.
Usar facas diferentes para preparar carne, peixe e legumes de modo a
evitar contaminações cruzadas.
Evitar usar colheres de pau (usar sintéticas ou metálicas).
Evitar usar tábuas de cozinha em madeira ou plástico (determinar vida útil
para as tábuas de polietileno ou usar as de vidro).
Manipular o menos possível os alimentos.
Usar pinças ou luvas sempre que necessário.
Separar alimentos crus de cozidos.
Descongelar os alimentos sob refrigeração no micro-ondas e nunca à
temperatura ambiente.
Lavar muito bem, em água corrente, vegetais e frutas, procedendo a
desinfecção adequadamente.
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Cozinhar sempre muito bem os alimentos, monitorar a temperatura de
cocção.
Separar os alimentos de origem animal dos vegetais.
No caso de trabalhar com sobras, sempre que aquecê-las faça-o muito
bem, em temperatura elevada, para que qualquer microrganismo desenvolvido seja
inviabilizado.
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Após a avaliação, deve se proceder à divulgação dos resultados e das
recomendações que se fizerem necessárias. Muitos casos são notificados
inicialmente de modo informal pela imprensa. Por isso, a divulgação dos resultados
da investigação do surto é importante. Esta divulgação pode ocorrer sob a forma de
boletins, informes, mídia televisiva ou digital, rádio, etc. no intuito de orientar a
comunidade, esclarecendo-a sobre as causas do surto e medidas preventivas.
Quando houver suspeita de que a contaminação do alimento possa estar
relacionada com a sua origem ou processamento, e o alimento esteja sendo
distribuído ou comercializado em outras localidades, pode haver a necessidade de
desdobramento das ações para outros locais. Neste caso, o surto deverá ser
notificado, pelo meio de comunicação disponível, às autoridades sanitárias locais e
demais níveis hierárquicos do sistema.
O relatório expedido pela equipe de vigilância auxilia na consolidação das
informações acerca do surto (principalmente o agente etiológico e as medidas
adotadas para controle e prevenção), garante o retorno das informações aos
técnicos e setores envolvidos na prevenção e controle de surtos de doenças
transmitidas por alimentos, incluindo as medidas adotadas e/ou previstas para médio
e longo prazo.
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FIGURA 8 - ROTINA (RESUMO) PARA ACOMPANHAMENTO DAS DTA
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decisão final por meio de julgamentos morais e avaliações tanto emocionais como
intelectuais (“a mudança não será boa apenas para prevenir doenças no cliente,
mas para que minha empresa seja reconhecida como um serviço de qualidade”).
Para a adoção de um novo comportamento, é necessário estímulo. Muitos
programas educativos conseguem informar e alertar as pessoas sobre a
necessidade de um novo comportamento, mas não conseguem convencê-las a
adotá-lo. Outro desafio é a manutenção do comportamento.
A adesão a uma medida de gerenciamento de risco é influenciada por
fatores como mencionado anteriormente: condição socioeconômica, normas sociais,
grupos de referência, cultura e coerção social, entre outros. O trabalho educativo
deve extrapolar o campo da informação, considerando a integração entre valores,
costumes, modelos e símbolos sociais que resultam na conduta humana.
Além de despertar o interesse para o assunto, a estratégia metodológica
deve ser estimulante para que o manipulador incorpore novos hábitos em sua
prática. É necessário um esforço multissetorial constante entre as esferas de
governo, instituições de ensino, prestadores de serviços, manipuladores e
consumidores, com o propósito não somente de proteção, mas de promoção da
saúde.
Além da capacitação desenvolvida pelo Ministério da Saúde, em parceria
com as Secretarias de Saúde, citadas anteriormente, onde os profissionais da saúde
pública, envolvidos nos órgãos de vigilância sanitária, epidemiológica e laboratórios,
recebem capacitação para prevenção e controle das DTA (curso de VE-DTA), há
que se considerar a iniciativa de entidades de serviços, polos de desenvolvimento
nacionalmente reconhecidos, como SEBRAE, SENAI, SENAC, SESI, SESC, em
parceria com a ANVISA, desenvolvem programas como, por exemplo, o Programa
Alimentos Seguros (PAS), nos segmentos campo, mesa, indústria, distribuição,
transporte e educação, onde de 1998 a 2008, foram realizados mais de 500 cursos
de capacitação em boas práticas para micro e pequenas empresas no segmento
mesa, bem como ambulantes, quiosques, barracas e baianas.
Também foram realizados mais de 120 cursos de formação de consultores
nos diversos segmentos e 20 cursos de multiplicadores. Ou seja, há um número de
profissionais, empresários e manipuladores engajados em aplicar as boas práticas
de fabricação e sistema APPCC, para atender adequadamente à legislação vigente
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e otimizar a visibilidade de sua empresa, pelo comprometimento com a qualidade do
alimento produzido. Mas, ainda há muito trabalho pela frente – o mercado de
alimentos está em constante expansão e todas as regiões do país devem ser
acompanhadas no sentido de proporcionar qualidade com vistas à saúde pública.
Vamos ao trabalho!
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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setembro de 2005, dispõe o Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos,
farinhas e farelos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília. 23
set. 2005.
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30
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 216, de 15 de
setembro de 2004, dispõe sobre o Regulamento técnico de boas práticas para os
serviços de alimentação. Diário Oficial da República Federativa do Brasil.
Brasília, 16 set. 2004.
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31
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1999.
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DIAS, M. C. Comida jogada fora. Correio Brasiliense. 31 ago. 2003. Disponível em:
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alimentos. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 30, n. 2, p. 358-363, mar./abr. 2006.
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36
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---------------------FIM DO CURSO!-------------------
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